2° Ano FILOSOFIA 01. A Idade Média teve como característica principal o teocentrismo. Neste período, a Igreja Romana dominava a Europa, ungia e coroava reis, organizava cruzadas à terra santa e criava, em torno das catedrais, as primeiras universidades ou escolas. A filosofia desse período passa a ser chamada de: a) filosofia iluminista b) filosofia patrística c) filosofia escolástica d) filosofia renascentista e) bíblica 02. A Patrística, filosofia cristã dos primeiros séculos, poderia ser definida como: a) retomada do pensamento de Platão, conforme os modelos teológicos da época, estabelecendo estreita relação entre filosofia e religião. b) configuração de um novo horizonte filosófico, proposto por Santo Agostinho, inspirado em Platão, de modo a resgatar a importância das coisas sensíveis, da materialidade. c) adaptação do pensamento aristotélico, conforme os moldes teológicos da época. d) criação de uma escola filosófica, que visava combater os ataques dos pagãos, rompendo com o dualismo grego. e) a retomada do pensamento grego clássico, baseado puramente na lógica, na razão. 03. A Patrística (séculos II ao V d.C.) é o movimento intelectual dos primeiros padres da Igreja, destinado a justificar a fé cristã, tendo em vista a conversão dos pagãos. Sobre a Patrística pode-se afirmar, com certeza: I. assume criticamente elementos da filosofia platônica na tentativa de melhor fundamentar a doutrina cristã. II. considera que as verdades da razão estão sempre em contradição com as verdades reveladas por Deus. III. incorpora as teses da metafísica aristotélica para fundar uma teologia estritamente racionalista. IV. considera a razão como auxiliar da fé e a ela subordinada, tal como expressa a frase de Sto. Agostinho "creio porque entendo". a) II e IV são corretas. b) I e IV são corretas. c) III e IV são corretas. d) Apenas II é correta. e) Nenhuma está correta. 04. A teologia natural, segundo Tomás de Aquino (1225-1274), é uma parte da filosofia, é a parte que ele elaborou mais profundamente em sua obra e na qual ele se manifesta como um gênio verdadeiramente original. Se se trata de física, de fisiologia ou dos meteoros, Tomás é simplesmente aluno de Aristóteles, mas se se trata de Deus, da origem das coisas e de seu retorno ao Criador, Tomás é ele mesmo. Ele sabe, pela fé, para que limite se dirige, contudo, só progride graças aos recursos da razão. GILSON, Etienne. A Filosofia na Idade Média, São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 657. De acordo com o texto acima, é correto afirmar que a) a obra de Tomás de Aquino é uma mera repetição da obra de Aristóteles. b) Tomás parte da revelação divina (Bíblia) para entender a natureza das coisas. c) as verdades reveladas não podem de forma alguma ser compreendidas pela razão humana. d) é necessário procurar a concordância entre razão e fé, apesar da distinção entre ambas. e) nenhuma questão nesta prova tem algum sentido lógico. 05. (Enem 2012) TEXTO I Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras. BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado). TEXTO II Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha”. GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado). Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que a) eram baseadas nas ciências da natureza. b) refutavam as teorias de filósofos da religião. c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas. d) postulavam um princípio originário para o mundo. e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas. 06. “A casa de Deus, que cremos ser uma, está, pois, dividida em três: uns oram, outros combatem, e outros, enfim, trabalham.” BISPO ADALBERON DE LAON, século XI, apud LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente medieval. Lisboa: Editorial Estampa, 1984. p. 45-46. A sociedade do período medievo possuía como uma de suas características a estrutura social extremamente rígida e segmentada. A sociedade dos homens era um reflexo da sociedade divina. Essa estrutura é uma herança da filosofia: a) patrística, de Santo Agostinho. b) escolástica, de Abelardo. c) racionalista, de Platão. d) dialética, de Hegel. e) do logos, de Platão. 07. A importância do filósofo medieval Tomás de Aquino reside principalmente em seu esforço de valorizar a inteligência humana e sua capacidade de alcançar a verdade por meio da razão. Discorrendo sobre a “possibilidade de descobrir a verdade divina”, ele diz: “As verdades que professamos acerca de Deus revestem uma dupla modalidade. Com efeito, existem a respeito de Deus verdades que ultrapassam totalmente as capacidades da razão humana. Uma delas é, por exemplo, que Deus é trino e uno. Ao contrário, existem verdades que podem ser atingidas pela razão: por exemplo, que Deus existe, que há um só Deus etc. Estas últimas verdades, os próprios filósofos as provaram por meio de demonstração, guiados pela luz da razão natural”. A partir dessa citação, identifique a opção que melhor expressa esse pensamento de Tomás de Aquino. a) A Filosofia é capaz de alcançar todas as verdades acerca de Deus. b) O ser humano só alcança o conhecimento graças à revelação da verdade que Deus lhe concede. c) A fé é o único meio de o ser humano chegar à verdade. d) Mesmo limitada, a razão humana é capaz de alcançar por seus meios naturais certas verdades. e) Deus é um ser absolutamente misterioso e o ser humano nada pode conhecer d’Ele. 08. (Enem 2013) Quando ninguém duvida da existência de um outro mundo, a morte é uma passagem que deve ser celebrada entre parentes e vizinhos. O homem da Idade Média tem a convicção de não desaparecer completamente, esperando a ressurreição. Pois nada se detém e tudo continua na eternidade. A perda contemporânea do sentimento religioso fez da morte uma provação aterrorizante, um trampolim para as trevas e o desconhecido. DUBY, G. Ano 1000 ano 2000 na pista dos nossos medos. São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado). Ao comparar as maneiras com que as sociedades têm lidado com a morte, o autor considera que houve um processo de: a) mercantilização das crenças religiosas. b) transformação das representações sociais. c) disseminação do ateísmo nos países de maioria cristã. d) diminuição da distância entre saber científico e eclesiástico. e) amadurecimento da consciência ligada à civilização moderna. 09. Na medida em que o Cristianismo se consolidava, a partir do século II, vários pensadores, convertidos à nova fé e, aproveitando-se de elementos da filosofia greco-romana que eles conheciam bem, começaram a elaborar textos sobre a fé e a revelação cristãs, tentando uma síntese com elementos da filosofia grega ou utilizando-se de técnicas e conceitos da filosofia grega para melhor expor as verdades reveladas do Cristianismo. Esses pensadores ficaram conhecidos como os Padres da Igreja, dos quais o mais importante a escrever na língua latina foi santo Agostinho. COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia: Ser, Saber e Fazer. São Paulo: Saraiva, 1996, p. 128. (Adaptado) Esse primeiro período da filosofia medieval, que durou do século II ao século X, ficou conhecido como: a) Escolástica. b) Neoplatonismo. c) Antiguidade tardia. d) Patrística. e) Medievalística 10. (Enem 2014) A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua matemática, os caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras geométricas, sem cujos meios é impossível entender humanamente as palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um obscuro labirinto. GALILEI, G. “O ensaiador”. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978. No contexto da Revolução Científica do século XVII, assumir a posição de Galileu significava defender a: a) continuidade do vínculo entre ciência e fé dominante na Idade Média. b) necessidade de o estudo linguístico ser acompanhado do exame matemático. c) oposição da nova física quantitativa aos pressupostos da filosofia escolástica. d) importância da independência da investigação científica pretendida pela Igreja. e) inadequação da matemática para elaborar uma explicação racional da natureza. 11. (Enem 2012) Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado). Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao: a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo. b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana. d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem. e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão. 12. (Enem 1999) (...) Depois de longas investigações, convenci-me por fim de que o Sol é uma estrela fixa rodeada de planetas que giram em volta dela e de que ela é o centro e a chama. Que, além dos planetas principais, há outros de segunda ordem que circulam primeiro como satélites em redor dos planetas principais e com estes em redor do Sol. (...) Não duvido de que os matemáticos sejam da minha opinião, se quiserem dar-se ao trabalho de tomar conhecimento, não superficialmente mas duma maneira aprofundada, das demonstrações que darei nesta obra. Se alguns homens ligeiros e ignorantes quiserem cometer contra mim o abuso de invocar alguns passos da Escritura (sagrada), a que torçam o sentido, desprezarei os seus ataques: as verdades matemáticas não devem ser julgadas senão por matemáticos. (COPÉRNICO, N. De Revolutionibus orbium caelestium) Aqueles que se entregam à prática sem ciência são como o navegador que embarca em um navio sem leme nem bússola. Sempre a prática deve fundamentar-se em boa teoria. Antes de fazer de um caso uma regra geral, experimente-o duas ou três vezes e verifique se as experiências produzem os mesmos efeitos. Nenhuma investigação humana pode se considerar verdadeira ciência se não passa por demonstrações matemáticas. (VINCI, Leonardo da. Carnets) O aspecto a ser ressaltado em ambos os textos para exemplificar o racionalismo moderno é: a) a fé como guia das descobertas. b) o senso crítico para se chegar a Deus. c) a limitação da ciência pelos princípios bíblicos. d) a importância da experiência e da observação. e) o princípio da autoridade e da tradição. 13. (Uff 2012) Leonardo da Vinci (1452-1519), artista, pensador e inventor, foi um dos responsáveis pelas mudanças profundas da cultura europeia a partir do Renascimento. Para ele, os que se limitam a imitar o que outros fizeram, em vez de aprender diretamente com a natureza, “tornam-se netos e não filhos da natureza”. Segundo ele, as ciências que “começam e terminam na mente” não possuem a verdade, porque nos discursos puramente mentais “não ocorre a experiência, sem a qual nada oferece certeza de si mesmo.” Considerando essas citações, marque a alternativa que melhor apresenta a concepção de Leonardo da Vinci sobre o conhecimento e a arte. a) Sábios são aqueles que se submetem aos conhecimentos de seus antecessores. b) A observação e a experiência diretas são indispensáveis para o conhecimento da natureza. c) A observação da natureza impede o trabalho da mente. d) A observação e a experiência diretas são necessárias somente nas ciências aplicadas. e) É prudente confiar apenas nos sábios que nos antecederam. 14. (Ueg 2011) Conhecimento é a relação que se estabelece entre o sujeito cognoscente e um objeto. Na Grécia antiga não havia fragmentação do conhecimento, e pensar sobre um assunto envolvia a totalidade dos outros. Os filósofos gregos da antiguidade se preocupavam basicamente com os problemas do ser e do não ser, da permanência e do movimento, da unidade e da multiplicidade das ideias e das coisas. Já para o pensador medieval, o problema principal era a conciliação entre fé e razão. No Renascimento, surgem as seguintes grandes modificações: a) a união entre fé e razão, o fideísmo e o positivismo. b) a união entre fé e razão, o teocentrismo e o interesse pela moral. c) a valorização da fé em detrimento da razão, o cosmocentrismo e o fideísmo. d) a separação entre fé e razão, o antropocentrismo e o interesse pelo saber ativo. 15. (Enem PPL 2012) Assentado, portanto, que a Escritura, em muitas passagens, não apenas admite, mas necessita de exposições diferentes do significado aparente das palavras, parece-me que, nas discussões naturais, deveria ser deixada em último lugar. GALILEI, G. Carta a Benedetto Castelli. In: Ciência e fé: cartas de Galileu sobre o acordo do sistema copernicano com a Bíblia. São Paulo: Unesp, 2009. (adaptado) O texto, extraído da carta escrita por Galileu (1564-1642) cerca de trinta anos antes de sua condenação pelo Tribunal do Santo Oficio, discute a relação entre ciência e fé, problemática cara no século XVII. A declaração de Galileu defende que a) a bíblia, por registrar literalmente a palavra divina, apresenta a verdade dos fatos naturais, tornando-se guia para a ciência. b) o significado aparente daquilo que é lido acerca da natureza na bíblia constitui uma referência primeira. c) as diferentes exposições quanto ao significado das palavras bíblicas devem evitar confrontos com os dogmas da Igreja. d) a bíblia deve receber uma interpretação literal porque, desse modo, não será desviada a verdade natural. e) os intérpretes precisam propor, para as passagens bíblicas, sentidos que ultrapassem o significado imediato das palavras. 2° Ano SOCIOLOGIA 1. O processo de globalização estabelece intensa circulação, não somente de mercadoria, mas também do capital financeiro. Nesse contexto de mundialização, predomina a competição em todos os níveis, a liberalização dos mercados, a desregulamentação dos mecanismos de controle da economia, a flexibilização das relações de trabalho etc. Sobre o fenômeno da globalização, é possível afirmar, EXCETO a) De acordo com o sociólogo britânico Anthony Giddens, a globalização atinge também a dimensão das ideias e valores, e os indivíduos são “desencaixados de seus contextos locais”. b) A globalização é um fenômeno estritamente empresarial e não interfere no desenvolvimento autônomo da América do Sul e do principal país da região: o Brasil. c) Com a globalização, o Estado perde força no planejamento e na implementação de políticas públicas e sociais. d) No contexto da globalização, a ideologia neoliberal estabelece sua hegemonia, e o mercado firma-se como o grande regulador e dinamizador da vida econômica. e) A questão ambiental é discutida em nível global pelas principais nações com intuito de preservar o planeta para as próximas gerações. 2. (Enem 2015) A questão ambiental, uma das principais pautas contemporâneas, possibilitou o surgimento de concepções políticas diversas, dentre as quais se destaca a preservação ambiental, que sugere uma ideia de intocabilidade da natureza e impede o seu aproveitamento econômico sob qualquer justificativa. PORTO-GONÇALVES, C. W. A globalização da natureza e a natureza da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 (adaptado). Considerando as atuais concepções políticas sobre a questão ambiental, a dinâmica caracterizada no texto quanto à proteção do meio ambiente está baseada na a) prática econômica sustentável. b) contenção de impactos ambientais. c) utilização progressiva dos recursos naturais. d) proibição permanente da exploração da natureza. e) definição de áreas prioritárias para a exploração econômica. 3. “O sociólogo Zygmunt Bauman, em seu livro Globalização: as consequências humanas, afirma que a ‘globalização‘ tem sido apresentada como o destino irremediável do mundo, mas que, no fenômeno da globalização, há mais coisas do que pode o olho apreender, pois o fenômeno da globalização tanto divide como une.” Fonte: BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999. (adaptado) Essa crítica do autor é, também, expressa em outras linguagens como na charge abaixo. Com base na charge e nas ideias de Zygmunt Bauman, pode-se afirmar que o fenômeno da globalização a) seleciona povos, países e setores que serão inseridos no processo, determinando a forma da inserção. b) uniformiza todos os países e atinge a todos da mesma maneira, sem distinção de etnia, credo e ideologia. c) distribui igualmente entre povos e países os produtos advindos do desenvolvimento econômico e tecnológico. d) transforma as nações em uma só, criando uma verdadeira “aldeia global”, na qual todos os povos são iguais. e) padroniza o mundo social, cultural, política e economicamente, reduzindo as desigualdades entre as nações. 4. Black blocs, lições do passado, desafios do futuro. Uma das grandes novidades que as manifestações de junho de 2013 introduziram no panorama político brasileiro foi a dimensão e a popularidade que a tática black bloc ganhou no país. É claro que ninguém que conhecia a história da tática black bloc quando ela começou a ganhar popularidade no Brasil esperava que os setores dominantes da sociedade nacional tivessem algum conhecimento sobre o assunto. Surgida no seio de uma vertente alternativa da esquerda europeia no início da década de 1980, a tática black bloc permaneceu muito pouco conhecida fora do Velho Continente até o fim do século XX. Foi só com a formação de um black bloc durante as manifestações contra a OMC em Seattle, em 1999, que as máscaras pretas ganharam as manchetes da imprensa mundial. Natural, portanto, que muita gente ache que a tática tenha surgido com o chamado “movimento antiglobalização” e tenha se baseado, desde o início, na destruição dos símbolos do capitalismo. FIUZA, Bruno. Black Blocs: A origem da tática que causa polêmica na esquerda. Vi o mundo. 08 out. 2013. Adaptado. Disponível em: <http://www.viomundo.com.br/politica/black-blocs-a-origem-da-tatica-que-causapolemica-na-esquerda.html> Acesso em 14 out. 2013 A tática black bloc ficou conhecida no Brasil após as manifestações de junho de 2013 pela redução das passagens de ônibus em diversas cidades no Brasil. Entre setembro e outubro do mesmo ano, os black blocs também estiveram presentes durante as manifestações de professores grevistas do Rio de Janeiro. Tendo por base esse contexto, assinale a alternativa que apresenta somente proposições sociologicamente corretas a respeito desse tipo de manifestação urbana. I. Os black blocs estão inseridos em uma lógica mundial mais ampla de movimentos anticapitalistas. II. Por se utilizar de táticas violentas, os black blocs têm sido bastante criticados pela grande mídia no Brasil. III. Tanto os professores, quanto os manifestantes ou os black blocs procuram transformações na sociedade. IV. Ao atacarem símbolos do capitalismo, os black blocs demonstram que sua única intenção é causar violência. V. Grupos como esses black blocs são originados pelo ódio de certos setores da sociedade. A educação é a única forma de coibir esse tipo de atuação. Estão corretas: a) Somente as afirmativas I e II. b) Somente as afirmativas I, II e III. c) Somente as afirmativas I e III. d) Somente as afirmativas I, II, III e IV. e) Todas as afirmativas estão corretas. 5. Cresce o número de intercâmbios O setor de intercâmbios está aquecido e é esperado crescimento, mesmo com alta do dólar. Até o fim do ano, 365 mil estudantes devem começar uma temporada no exterior para trabalhar ou estudar. Em relação a 2010, a procura por intercâmbios cresceu 50%, especialmente para destinos como Canadá e Austrália, onde estudantes encontram mais facilidades para trabalhar. Fonte: Jornal da Band. 24 nov. 2011. Disponível online em: <http://www.band.uol.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=100000458135> Acesso em 20 mar. 2013. Entre os fatores que causam o aumento do interesse em programas de intercâmbio estão: I. O contexto de globalização econômica, que exige das pessoas que estejam aptas a viver e a se relacionar com outras culturas. II. A diminuição da oferta de emprego qualificado em países ditos emergentes, como Brasil, Índia e Rússia. III. A expansão das empresas multinacionais, que passam a se interessar por profissionais disponíveis a deixarem seu país natal. IV. O barateamento das viagens internacionais e consequente acesso da classe média a esse tipo de oportunidade. V. A falta de interesse estrangeiro em trazer estudantes e trabalhadores brasileiros para seus países. Estão corretas: a) Somente as afirmativas I, II e III. b) Somente as afirmativas I, III e IV. c) Somente as afirmativas II, IV e V. d) Somente as afirmativas III, IV e V. e) Somente as afirmativas I e IV. 6. “Não quero que a minha casa seja cercada de muros por todos os lados, nem que minhas janelas sejam tapadas. Quero que as culturas de todas as terras sejam sopradas para dentro de minha casa, o mais livremente possível. Mas recuso-me a ser desapossado da minha por qualquer outra.” GANDHI, M. Relatório do desenvolvimento humano 2004. In: TERRA, Lygia; COELHO, Marcos de A. Geografia geral. São Paulo: Moderna, 2005. p.137. Considerando-se as ideias pressupostas, o texto a) afirma que a globalização aumentou, de modo sem precedente, os contatos e a união entre os povos e seus valores, reforçando o respeito às diferenças socioculturais. b) critica a intolerância com relação a outras culturas, gerando assim os conflitos comuns neste novo século. c) indica o reconhecimento à diversidade cultural, além das necessidades de afirmação e de identidade, seja étnica, seja cultural, seja religiosa. d) nega a existência da exclusão cultural e ressalta a homogeneização mundial e a superação/eliminação de fronteiras culturais. e) nenhuma das respostas anteriores. 7. Nas últimas três décadas tornou-se cada vez mais evidente que o processo de globalização é profundamente contraditório, uma vez que os benefícios e as conquistas que esse processo anuncia não estão disponíveis a todos e podem, inclusive, ter aplicações socialmente indesejáveis. Qual das situações descritas a seguir NÃO EXPRESSA uma das dinâmicas da globalização? a) Milhões de trabalhadores vivem fora do seu país de origem; a grande parte deles em situação irregular perante os órgãos de imigração; o turismo globalizado e o comércio sexual envolvendo crianças, adolescentes e adultos de ambos os sexos é um fenômeno que atinge todos os continentes. b) As técnicas criminosas tornam-se cada vez mais complexas e sofisticadas com o emprego da internet, com a transnacionalidade, com a utilização do sistema bancário e com a cooptação de agentes públicos. c) O tráfico internacional de drogas cresceu espetacularmente desde os anos 80, até atingir, atualmente, uma cifra anual superior aos proventos do comércio internacional de petróleo; o narcotráfico é o segundo item do comércio mundial, só sendo superado pelo tráfico de armamento. d) Com a globalização, surge o bandido social, que é um tipo de criminoso, cuja maior ambição é fazer com que o mundo se torne mais justo; para isso comete crimes de toda ordem, e reparte igualmente com as pessoas de seu grupo o produto de sua atividade criminosa. e) O desenvolvimento dos meios de comunicação de massa e tecnologias informacionais contribuíram para o surgimento de movimentos sociais ligados em rede sociais pelo mundo, capazes de fazer com que um crime praticado no interior da Amazônia tenha uma repercussão mundial. 8. No Brasil, o problema das desigualdades sociais ocupa a agenda de pesquisa e reflexão dos principais cientistas sociais do país. Jessé Souza, um dos mais destacados sociólogos da atualidade, enxerga, na fragmentação do conhecimento e na fragmentação da percepção da realidade, os principais obstáculos para o enfrentamento do problema. Considerando esse ponto de vista do sociólogo, pode-se afirmar: a) Desigualdade social é um problema exclusivamente de conjuntura econômica, podendo ser superado com o crescimento econômico. b) O aumento da renda e o acesso ao emprego resolvem o problema das desigualdades sociais no Brasil. c) No Brasil, com o surgimento de “uma nova classe média” (como se difunde em jornais e televisão), o problema das desigualdades sociais desaparece por causa, principalmente, do acesso generalizado aos bens de consumo. d) A reprodução de classes marginalizadas envolve a produção e a reprodução das condições morais, culturais e políticas da marginalidade, que vão para além do problema da renda per capita. e) Nenhuma das respostas anteriores está correta. 9. Em junho de 2015, o Papa Francisco tornou pública a encíclica Laudato sí (Louvado sejas), na qual trata do meio ambiente e da atual crise ecológica, conforme trecho a seguir. 48. O ambiente humano e o ambiente natural degradam-se em conjunto; e não podemos enfrentar adequadamente a degradação ambiental, se não prestarmos atenção às causas que têm a ver com a degradação humana e social. De fato, a deterioração do meio ambiente e a da sociedade afetam de modo especial os mais frágeis do planeta: “Tanto a experiência comum da vida quotidiana como a investigação científica demonstram que os efeitos mais graves de todas as agressões ambientais recaem sobre as pessoas mais pobres”. Por exemplo (...), a poluição da água afeta particularmente os mais pobres que não têm possibilidades de comprar água engarrafada, e a elevação do nível do mar afeta principalmente as populações costeiras mais pobres que não têm para onde se transferir. O impacto dos desequilíbrios atuais manifesta-se também na morte prematura de muitos pobres, nos conflitos gerados pela falta de recursos e em muitos outros problemas que não têm espaço suficiente nas agendas mundiais. Apud http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/ papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html No trecho selecionado da encíclica, o papa estabelece a) a relação entre a desigualdade social e a fragilidade do equilíbrio ecológico planetário. b) o vínculo entre a responsabilidade humana no aquecimento global e a elevação do nível do mar. c) a interdependência entre o desenvolvimento tecnológico e o progresso material e moral. d) o papel da política internacional para o uso responsável das fontes hídricas. e) a importância de preservar o bem comum, sobretudo a água potável. 10. Observe a figura a seguir: A sociedade se organiza em camadas ou estratos. Estes permitem que os membros do grupo tenham desiguais oportunidades sociais e recompensas. A figura apresenta uma maneira de organização dos grupos por camadas ou estratos. Sobre esta, é CORRETO afirmar que a) a sociedade brasileira se organiza segundo esses critérios com a ressalva de que as oportunidades sociais e recompensas são igualitárias. b) os indivíduos que formam o grupo da figura pertencem às castas sociais, pois há uma rígida organização das posições das pessoas pelo nascimento. c) a divisão social é uma forma de estamento, pois é regulada por normas, de modo que a vida particular, com condições irracionais de consumo, impede a formação livre do mercado. d) a figura apresenta uma estrutura social formada por classes em que a classe média é composta pelas pessoas que estão na base da organização e estão sustentando os demais indivíduos do grupo. e) há uma desigualdade social provocada pela maneira desigual de distribuição das riquezas circulantes no grupo social, no qual aqueles que estão mais acima são sustentados pelos que estão na base do grupo.