1. EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA

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Noções de IMUNOBIOLOGIA
profs. Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso
EPIDEMIOLOGIA, IMUNOPROFILAXIA, IMUNOTERAPIA E IMUNOBIOTECNOLOGIA
1. EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA
Estuda a frequência e a distribuição temporal e
espacial de uma certa enfermidade sobre uma certa
população.
QUESTÕES PROPOSTAS
PREVALÊNCIA : número total de casos de uma
doença, num determinado período e espaço, numa
dada população.
INCIDÊNCIA : número de novos casos de uma
doença, num determinado período e espaço, numa
dada população.
NÍVEL ENDÊMICO : prevalência esperada num
determinado período. O nível endêmico é obtido através
da média, ao longo do tempo
(5 a 10 anos), do
número de casos ocorridos num determinado espaço.
ENDEMIA : quando a prevalência se mantém igual
ou abaixo do nível endêmico.
EPIDEMIA : quando a prevalência se mantém acima
do nível endêmico.
prevalência
100
90
EPIDEMIA
80
70
60
NÍVEL
ENDÊMICO
50
40
30
ENDEMIA
20
10
0
Jan
Mar
Abr
Jun
Ago tempo
Casos especiais de epidemia :
I – SURTO: quando o espaço ocupado por uma
epidemia é restrito.
II – PANDEMIA: quando o espaço ocupado por
uma epidemia é intercontinental.
1. (profs.Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso) Vacina contra
a febre amarela deve ser inoculada em pessoas antes
que visitem o Pantanal e a floresta Amazônica.
Baseando-se nos reservatórios naturais, nos vetores e na
prevalência dessa virose nessas regiões, qual a provável
justificativa?
2. (profs.Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso) É comum
ouvirmos que: “...um grande número de casos de uma
certa doença constitui uma epidemia e, um número
reduzido de casos dessa mesma moléstia representa
uma endemia”.
Há lógica nessa afirmação? Um único caso de uma
determinada doença infecciosa, numa certa localidade,
pode constituir uma epidemia? Em que circunstância?
3. (profs.Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso) A prevalência
esperada de uma certa bacteriose em uma cidade do
estado da Bahia, no mês de junho, é igual a vinte e dois
casos. Vinte e quatro casos dessa doença infecciosa, em
junho, nessa cidade configura uma endemia, uma
epidemia ou um surto? E no estado da Bahia?
Analisando o problema em São Paulo, poderemos
considerar que na Bahia esteja ocorrendo uma endemia
ou uma epidemia?
4. (profs.Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso) Em
determinados períodos do ano, no litoral paulista, a
hepatite A pode tornar-se epidêmica. Como justificar a
redução do nível endêmico de hepatite A no litoral
paulista, no mes de junho?
5. (profs.Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso) Quando se
afirma que uma certa doença é epidêmica numa certa
região, qual o significado dessa declaração?
1.
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A ativa estimula o sistema imunológico que passa a
sintetizar anticorpos.
2. TIPOS DE IMUNIZAÇÃO:
O sistema imunológico (lat.: immenis = isento, livre
de) é o responsável pela defesa dos animais livrando-os
de parasitas, por exemplo.
Na passiva, o organismo recebe anticorpos prontos
que foram produzidos em indivíduos de mesma espécie
ou de espécie diferente.
São considerados dois tipos de imunização: ativa e
passiva.
(estimula a
síntese de
anticorpos)
PASSIVA
(ocorre doação
de anticorpos)
EXEMPLOS
NATURAL
Doenças infectocontagiosas tais como gripe,
resfriado, dengue, leptospirose.
ARTIFICIAL
NATURAL
ARTIFICIAL
APLICAÇÃO
Vacinas de 1ª., 2ª. e 3ª. geração.
Amamentação e doação transplacentária.
Soros imunológicos homólogo e heterólogo.
3. PRODUÇÃO DE ANTICORPOS:
Após estímulo (contato com antígeno) o sistema
imunológico (plasmócitos) passa a sintetizar anticorpos
(respostas primária e secundária).
Depois da apresentação dos antígenos, os linfócitos
B são convertidos em plasmócitos e células de
memória imunológica.
Profilática
ATIVA
TIPOS
Terapêutica
IMUNIZAÇÃO
I. (RESPOSTA PRIMÁRIA) - antígeno (ag) fagocitado (fg=fagócito) e
apresentado para diferentes linfócitos B (LB1,LB2,LB3). Linfócito LB1
selecionado (seleção clonal). Linfócito T auxiliar (LT aux) estimula LB1
que se transforma em plasmócitos(pla) e células de memória
imunológica(cmi) / II. (RESPOSTA SECUNDÁRIA) – mesmo antígeno
estimula linfócitos B1 e células de memória que transformam-se em
plasmócitos.
O tempo necessário para que o sistema passe a
produzi-los denomina-se “janela imunológica”.
A janela imunológica após um primeiro estímulo (I.)
varia de sete a dez dias.
A janela reduz a partir de um segundo estímulo (II.),
passando para 2 a 3 dias, mediante o estímulo de
linfócitos B e células de memória também capazes
de se converter em plasmócitos.
RESPOSTA
JANELA
IMUNOLÓGICA
Quantidade
de anticorpos
produzidos
Duração da
resposta
Células
estimuladas
PRIMÁRIA
7 a 10 dias
pequena
curta duração
linfócitos B
SECUNDÁRIA
E DEMAIS
2 a 3 dias
elevada
longa duração
linfócitos B e
células de memória
imunológica
2.
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QUESTÕES PROPOSTAS
6.
Na vacinação utilizam-se diversas doses do produto
administrado. Qual a importância das “doses reforço” no processo de vacinação?
(profs.Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso)
7.
(FUVEST) Um camundongo recebeu uma injeção de proteína A e, quatro semanas depois, outra injeção de
igual dose da proteína A, juntamente com uma dose da proteína B. No gráfico abaixo, as curvas X, Y e Z
mostram as concentrações de anticorpos contra essas proteínas, medidas no plasma sanguíneo, durante oito
semanas. As curvas : a) X e Z representam as concentrações de anticorpos contra a proteína A, produzidos
pelos linfócitos, respectivamente, nas respostas imunológicas primária e secundária.
b) X e Y representam as concentrações de anticorpos
contra a proteína A, produzidos pelos linfócitos,
respectivamente, nas respostas imunológicas
primária e secundária.
c) X e Z representam as concentrações de anticorpos
contra a proteína A, produzidos pelos macrófagos,
respectivamente, nas respostas imunológicas
primária e secundária.
d) Y e Z representam as concentrações de anticorpos
contra a proteína B, produzidos pelos linfócitos,
respectivamente, nas respostas imunológicas
primária e secundária.
e) Y e Z representam as concentrações de anticorpos contra a proteína B, produzidos pelos macrófagos,
respectivamente, nas respostas imunológicas primária e secundária.
4.TIPOS DE VACINAS
TIPO DE
VACINA
(geração)
1ª.
DENOMINAÇÃO E MATÉRIA-PRIMA
DENOMINAÇÃO
VACINAS
MATÉRIA-PRIMA
(antígeno utilizado)
Micro-organismo etiológico atenuado ou inativado
MATÉRIA-PRIMA
(antígeno utilizado)
DENOMINAÇÃO
3ª.
BCG
TRÍPLICE VIRAL
DENOMINAÇÃO
2ª.
CELULARES
EXEMPLO
VACINAS
ACELULARES
Fragmentos do antígeno presentes no micro-organismo
Toxina inativada do micro-organismo (toxóide)
TETRA VIRAL
HEPATITE B
MENINGITE
MENINGOCÓCICA
ANTITETÂNICA
V A C I N A S G Ê N I C A S (de DNA)
Plasmídeos que transportam genes que são expressos em células
tranfectadas (células em que o DNA injetado conseguiu penetrar as
membranas citoplasmática e nuclear e utilizar o maquinário enzimático
necessário à transcrição e tradução, para produzir o antígeno).
ANTIMATÉRIA-PRIMA São considerações relativas à segurança das vacinas de DNA:
TUBERCULOSE
(antígeno utilizado) I- a possibilidade de integração ao genoma do hospedeiro (aumentando o
risco de malignidade por ativação de oncogenes ou inativação de genes
supressores de tumor);
II- indução de respostas contra as células transfectadas (levando ao
estabelecimento de doenças auto-imunes).
Fragmentos do antígeno, presentes em micro-organismos
intracelulares, que serão aderidos na membrana citoplasmática da
MATÉRIA-PRIMA célula hospedeira.
ANTI- HPV
TERAPÊUTICA (antígeno utilizado)
A exposição do antígeno (escondido no meio intracelular) “marca” a
célula que será destruída por linfócitos NK
3.
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4.
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VACINA TERAPÊUTICA
Na imunização (defesa) de vertebrados participam :
I - A síntese de anticorpos que “bloqueiam” antígenos (substâncias estranhas ao organismo atacado) .
A associação entre antígeno e anticorpos promove aumento da massa molecular “facilitando” (opsonização)
a captura das macropartículas obtidas que serão digeridas por fagócitos. Esse mecanismo pode ser
classificado como IMUNIDADE HUMORAL ou INATA;
II - A atuação de linfócitos T (NK : Natural Killer e CD8 citotóxicos) que destroem células “marcadas” , ou seja
“diferenciadas” das demais. A destruição ocorre por “indução da apoptose” (destruição celular programada) e
“ação de fagócitos sobre os resíduos” (limpeza). Esse processo pode ser classificado como IMUNIDADE
CELULAR ou ADAPTATIVA.
Uma vacina 1ªria, 2ªria ou 3ªria representa um exemplo de imunização ativa artificial e apresenta ação
profilática (preventiva), isto é, prepara o organismo contra a instalação do agente etiológico de uma
doença infectocontagiosa ao estimular a síntese de anticorpos.
A VACINA TERAPÊUTICA “marca” as células que serão reconhecidas e destruídas por linfócitos T.
Assim, uma vacina terapêutica também exemplifica uma forma de imunização ativa artificial ao estimular
a defesa . Simultaneamente, age na terapia (tratamento) de alterações celulares provocadas por um
microparasita ao reconhecer e destruir “células alteradas” e , potencialmente perigosas (como células
cancerosas, por exemplo) , entre células normais.
VACINA DE 2ª.GERAÇÃO E VACINA TERAPÊUTICA CONTRA HPV
São conhecidos mais de 70 diferentes tipos de
papilomavírus que utilizam o homem (HPV =
Human Papiloma Virus = vírus do papiloma
humano) como hospedeiro.
Quando os papilomavírus atacam a pele
(tecido epitelial) provocam verrugas cutâneas.
Quando atacam mucosas (tecido epitelial de
revestimento
:
oral,
anal,
vaginal,
uterina)
provocam condiloma e papiloma.
HPV6 e HPV11 são agentes etiológicos do
condiloma
acuminado,
popularmente
denominado “crista de galo”, e são
transmitidos através do contato sexual.
Alguns tipos de HPV provocam “divisão celular desorganizada” nas células
hospedeiras podendo gerar neoplasia (câncer), sendo então considerados
oncovírus (gr.: onkos = tumor /vírus que provocam câncer).
Os HPVs que contaminam a vagina através do contato sexual e atingem o colo
uterino (cérvix) , penetram nas células da mucosa uterina promovendo
inflamação cervical.
Alguns tipos de HPV (6, 11, 16, 18, 30, 31, 33, 34, 35, 39, 40, 42, 43, 44, 45, 51, 52,
56, 57, 58, 61, 62) provocam câncer de colo de útero (carcinoma cervical).
VACINA DE 2ª.GERAÇÃO - No Calendário Nacional de Vacinação brasileiro está
sendo utilizada uma vacina de 2ª. geração tetravalente anti-HPV, aplicada em
adolescentes do sexo feminino a partir dos 9 anos de idade (início da atividade
sexual) contra os tipos de HPV (6, 11, 16 e 18) que provocam câncer cervical.
5.
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6.
_______________________________________________________
1. HPV16 oncogênico invade célula da mucosa cervical e passa a produzir cópias. Durante o processo de produção das
cópias do HPV determinadas proteínas virais fixam-se na membrana celular (2.), outras permanecem no interior da
célula atacada (oncoproteína do HPV16) (3.). 4. A célula atacada por HPV16 poderá iniciar câncer cervical. 5. Vacina
terapêutica contém a oncoproteína do HPV16 ligada a outra proteína (gD) que compõe o vírus do herpes simples e
apresenta afinidade pelas proteínas do HPV16 que se prendem na membrana da célula atacada. A afinidade facilita a
aderência da vacina na célula atacada pelo HPV 16. A oncoproteína do HPV16 presente na vacina fica exposta e atrai
linfócitos T NK que destroem a célula parasitada pelos HPV16 ,que poderá tornar-se cancerosa, provocando câncer na
mucosa do colo do útero (carcinoma cervical).
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QUESTÕES PROPOSTAS
8. (profs.Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso) Uma criança com cinco anos de idade rasgou o pé em uma
lata. No pronto socorro tomadas as devidas informações (anamnese = gr. anámnésis : recordação) , após
desinfecção e sutura, em primeira instância o médico deverá prescrever soro antitetânico ou vacina
antitetânica ? Justifique sua resposta.
9.
(profs.Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso)
No calendário de vacinações , contra quais infecções utilizam-se as
vacinas : DPT, MMR, BCG e Sabin ?
10.
(profs.Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso)
Classifique as vacinas abaixo de acordo com a matéria-prima
utilizada em sua confecção:
I – Vacina Salk anti-poliomielite injetável produzida com poliovírus inativados pela -propiolactona .
II – Vacina Sabin anti-poliomielite oral produzida com poliovírus atenuados por passagens sucessivas em células
renais de macaco ou células embrionárias humanas.
III – Vacina comestível contra hepatite B, produzida com carga genética dos vírus da hepatite B inserida nas
células do embrião da banana, utilizada como alimento até o 6º. mês de vida.
IV – Vacina anti-HPV (Papilomavírus Humano) produzida com cópias de fragmentos do DNA híbrido, dos vírus
16 e 18 - sabidamente oncogênicos (causadores de câncer colo uterino), inoculadas em fibras musculares
femininas.
V – Vacina anti-hepatite B produzida com cópia de gene do vírus da hepatite B inserida no plasmídeo de
leveduras, que passam a sintetizar o peptídeo do vírus que será utilizado no preparo da vacina.
5. DOAÇÃO TRANSPLACENTÁRIA DE ANTICORPOS
Anticorpos podem atravessar a placenta (anexo embrionário onde parte é de origem materna e
parte é produzida pelo embrião) migrando do sangue materno para o sangue do embrião.
7.
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8.
QUESTÕES PROPOSTAS
Ig G
11.
Ig A
colostro
leite
colostro
leite
Égua
1500-5000
20-50
500 - 1500
50-100
Vaca
3400-8000
33-120
100-700
5-11
Ovelha
4000-6000
60-100
100-700
5-12
Porca
3000-7000
100-300
950-1050
300-700
Cadela
120-300
1-3
500-2200
110-620
Gata
3250-4400
100-440
150-340
240-620
(profs.Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso) Da análise da
tabela ao lado que relata a quantia de algumas Igs ou
anticorpos (mg/dl), presentes no colostro e no leite maduro
de diferentes espécies;
a) Estabeleça uma relação entre a imunização passiva
natural , transplacentária e via colostro, ocorrida nos potros
e nos filhotes de suínos.
b) Qual a importância do colostro e do leite maduro para os
filhotes de mamíferos placentários ?
12.
(profs.Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso) A produção de leite é uma característica de determinados
vertebrados.
Por qual motivo se indica o aleitamento materno humano , como medida imunológica, somente até o 6º. mês
de idade ? Justifique.
13.
(VUNESP)
A placenta desempenha várias funções no organismo humano, entre elas a de transporte de
substâncias.
a) Cite duas substâncias que são transportadas do feto para o organismo da mãe e duas que são transportadas
do organismo materno para o feto, considerando nesse último caso, apenas substâncias prejudiciais ao feto.
b) Além da função de troca de materiais entre o feto e o organismo materno, cite duas outras funções da
placenta.
6. SORO IMUNOLÓGICO
É obtido a partir de anticorpos, presentes no plasma (parte líquida do sangue) sanguíneo.
Quando produzido com anticorpos de animais de mesma espécie denomina-se soro homólogo.
Quando a fonte são animais de espécies diferentes o soro é classificado como heterólogo.
Após o soro imunológico ter sido
inoculado como medida terapêutica, a
durabilidade dos anticorpos que
compõem o soro homólogo é maior
do que a durabilidade dos anticorpos
presentes em no soro heterólogo.
Dessa forma, a utilização de soro
heterólogo promove a síntese de
anticorpos
contra
os
anticorpos
estranhos inoculados.
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EXEMPLOS MAIS COMUNS DE SOROS IMUNOLÓGICOS HETERÓLOGOS FABRICADOS PELO INSTITUTO BUTANTAN (SP)
TIPO
UTILIZAÇÃO
contra o veneno de(a)...
diferentes espécies de jararacas
(Bothrops sp)
diferentes espécies de cascavéis
(Crotalus sp)
diferentes espécies de corais
(Família Elapidae - Micrurus sp)
ANTIOFÍDICOS
ANTIARACNÍDICOS
surucucu (Lachesis sp)
AÇÃO DO VENENO
DENOMINAÇÃO
soro imunológico...
proteolítica, coagulante e hemorrágica
antibotrópico
neurotóxica, miotóxica e coagulante
anticrotálico
neurotóxica, miotóxica e hemorrágica
antielapídico
proteolítica, coagulante, hemorrágica e
neurotóxica
POLIVALENTES
antilaquético
jararaca e cascavel
antibotrópico – crotálico
(antiofídico)
jararaca e surucucu
antibotrópico - laquético
armadeira
(Família Ctenidae - Phoneutria sp)
aranha marrom
(Loxosceles sp)
escorpiões marrons e amarelos
(Tityus bahiensis) e (T. serrulatus)
neurotóxica
proteolítica e hemolítica
neurotóxica
larva (lagarta) da mariposa
Lonomia obliqua
antiescorpiônico
POLIVALENTES
armadeira, aranha marrom e
escorpião
INSETOS
LEPIDÓPTEROS
antiloxoscélico
antiaracnídico
hemorrágica
antilonômico
QUESTÕES PROPOSTAS
14. (profs.Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso) Lactentes prematuros apresentam bronquíolos de menor
diâmetro, sistema imunológico menos desenvolvido e recebem menor quantidade de anticorpos
maternos transplacentários, tornando-se mais suscetíveis à ação do Vírus Sincicial Respiratório que
infecta lactentes até os dois anos de idade.
Palivuzumabe é um fármaco composto por anticorpos , essencialmente homólogos, que atuam na
neutralização e inibição de proteínas do capsídeo do VSR, impedindo-os de adsorver as células do sistema
respiratório dos lactentes.
A utilização do Palivuzumabe durante a prematuridade em lactentes não
infectados, constitui uma medida profilática ou terapêutica? Justifique.
15. (profs.Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso) O veneno da cascavel possui ação neurotóxica, miotóxica e
coagulante enquanto que o veneno da jararaca é proteolítico, coagulante e hemorrágico. É comum a utilização
do “garrote”, logo após um acidente ofídico, numa tentativa de atrasar a distribuição , através do sangue, do
veneno inoculado no local da picada.
Existe lógica no emprego indiscriminado desse procedimento em acidentes ofídicos ocorridos no Brasil?
Justifique sua resposta.
BIBLIOGRAFIA:
ROUQUAYROL, Maria Zélia e DA SILVA, Marcelo Gurgel Carlos. EPIDEMIOLOGIA & SAÚDE, 7ª.Edição. RIO DE JANEIRO:
MedBook Editora Científica Ltda, 2013.
FILHO, Naomar de Almeida e BARRETO, Mauricio Lima. EPIDEMIOLOGIA & SAÚDE, FUNDAMENTOS, MÉTODOS,
APLICAÇÕES. RIO DE JANEIRO: Guanabara Koogan, 2012.
PARHAM, Peter. O SISTEMA IMUNE, 3ª. Edição. PORTO ALEGRE: Artmed Editora Artes Médicas Sul Ltda., 2011.
MALAGUTTI, William. IMUNIZAÇÃO, IMUNOLOGIA E VACINAS. RIO DE JANEIRO: Editora Rubio Ltda., 2011.
BARRAVIERA, Benedito. VENENOS ANIMAIS. RIO DE JANEIRO: EPUC Editora de Publicações Científicas Ltda.,1994.
CARDOSO, João Luiz Costa e outros. ANIMAIS PEÇONHENTOS NO BRASIL, BIOLOGIA, CLÍNICA E TERAPÊUTICA DOS
ACIDENTES. SÃO PAULO: Sarvier Editora de Livros Médicos Ltda. FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo, 2003.
DINIZ, Mariana de Oliveira e outros. BIOTECNOLOGIA APLICADA AO DESENVOLVIMENTO DE VACINAS. SÃO PAULO :
Estudos Avançados 24(70), 2010.
9.
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contém anticorpos prontos. Tal procedimento deve
ser realizado de forma cuidadosa observando-se
possíveis reações ocorridas durante a administração.
9. DPT : difteria, coqueluche e tétano ; MMR :
sarampo, caxumba e rubéola ; BCG : tuberculose ;
Sabin ; poliomielite.
10. I – vacina de 1ª.geração II - vacina de 1ª.geração
III - vacina de 3ª.geração
IV - vacina de 3ª.geração
V – vacina de 2ª. geração.
1. O Pantanal e a Floresta Amazônica são regiões
endêmicas da febre amarela aonde podemos
encontrar os reservatórios naturais (macacos) e
respectivos vetores (mosquitos) contaminados.
Portanto, uma medida profilática (vacina amarílica) é
necessária.
2. Não. Considera-se uma epidemia quando a
prevalência(número total de casos de uma doença)
supera o nível endêmico da região. Portanto, se não
há casos da referida doença ao longo do tempo (nível
endêmico = 0) na região, um único caso (prevalência
acima do nível endêmico) configura uma epidemia.
3. Uma epidemia, uma vez que a prevalência (24
casos) superou o esperado (nível endêmico em junho
= 22 casos). Na cidade ocorre uma epidemia,
considerando o estado da Bahia e o estado de São
Paulo pode-se afirmar que em uma cidade do
recôncavo baiano está ocorrendo um surto epidêmico.
4. A hepatite A torna-se epidêmica no período das
férias quando a população nas cidades litorâneas
cresce exorbitantemente, aumentando o volume de
dejetos fecais contaminados lançados no mar. O vírus
da hepatite A é liberado junto com as fezes e
portanto, nessa época, ocorre aumento na
contaminação com essa virose. Já no mês de junho,
reduz a população litorânea diminuindo a chance da
contaminação com o referido vírus.
5. Quando uma doença é epidêmica numa certa
região, o número de casos supera o esperado (nível
endêmico). O cálculo do número de doentes
esperados, numa certa localidade e num determinado
tempo, é uma média dos casos ocorridos ao longo dos
5 a 10 últimos anos.
6. As “doses reforço” estimulam as respostas :
secundária, terciária etc,
aonde a síntese de
anticorpos é maior e apresenta mais durabilidade.
7. A
8. Caso a criança já tenha sido vacinada contra o
tétano, indica-se uma “dose reforço da vacina” para a
elaboração de uma resposta 2ª.ria, 3ª.ria etc
responsáveis pela síntese de anticorpos em 48 horas.
Caso nunca tenha sido vacinada anteriormente,
utiliza-se o “soro imunológico antitetânico” que
11.
a) Os potros e filhotes de porcos devem ser
amamentados , logo após o nascimento, uma vez que
a doação transplacentária de anticorpos pela mãe é
mínima e através do colostro a taxa fornecida é
elevada.
b) O colostro é rico em anticorpos, portanto apresenta
função imunológica. Já o leite maduro, por apresentar
uma baixa % de anticorpos, desempenha função
nutritiva.
12. A partir do 6º. mês o sistema digestório do recém
nascido está amadurecido e portanto, passa a digerir
os anticorpos presentes no leite.
13.
a) Do feto para a mãe : dióxido de carbono e uréia. Da
mãe para o feto : anticorpos e micro-organismos
patogênicos.
b) Fixação do embrião no endométrio e produção da
gonadotrofina coriônica, que permite a manutenção
do endométrio.
14. A utilização de anticorpos para bloquear as
proteínas que permitem a fixação dos vírus nas células
hospedeiras é considerada “imunoprofilaxia passiva”,
ou seja, uma medida profilática.
Na imunoprofilaxia passiva são fornecidos anticorpos
para prevenir uma determinada virose.
15. Não. O garrote atrasa a distribuição do veneno
neurotóxico da cascavel. No entanto, o veneno da
jararaca, serpente mais frequente em acidentes
ofídicos no Brasil, é proteolítico e apresenta ação local
com o desenvolvimento de extensa lesão no local da
picada. Nessa circunstância, a utilização de um garrote
agrava muito o problema.
10.
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