Indicadores de desempenho: Revestimento de Argamassa SISTEMA DE INDICADORES DE DESEMPENHO REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS INDICADORES DE DESEMPENHO Indicadores de desempenho são como termômetros para a aferição do produto, serviço ou processo, de acordo com parâmetros pré-estabelecidos. Devem fazer parte do dia-a-dia do gerenciamento da obra, inseridos nas rotinas de gestão, em geral nas medições de serviços. A extensão das aferições pode variar: em processos mais estáveis eles podem ser menos freqüentes, já quando existem muitas variações, devem ser apurados com maior frequência. 3 INDICADORES DE PRODUTIVIDADE São índices de referência para medição do desempenho dos processos produtivos: comparam os recursos utilizados com o resultado (produto) atingido. INSUMOS Produtividade: Insumos Produtos ou: Produtos Insumos Kg argamassa por m² de revestimento INDICADOR DE CONSUMO DE MATERIAIS O consumo de materiais é um item muito importante a ser controlado em uma obra. A relação entre o que foi consumido de material e o que foi previsto em projeto gera este indicador. O consumo Deve ser vinculado ao local de de projeto aplicação, pois além de facilitar sua considera apuração, permite rastreabilidade do perdas processo “comuns” FÓRMULA DO INDICADOR DE CONSUMO: I1 Este indicador mede o desvio entre o consumo efetivo de materiais e o consumo teórico, previsto em projeto. I1 = (e – t) 100/ t onde: (e) Consumo de Materiais Efetivo (t) Consumo de Materiais de Projeto Exemplo: e= 2,80 kg/m² ; t=2,61kg/m² I1=(2,80-2,61)100/2,61= 7,28% Ou seja o consumo está aproximadamente 7% acima do projetado O PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS O consumo de materiais efetivo é extraído a partir de uma planilha de controle da quantidade de insumos que foram gastos por uma determinada área em m²; No caso do revestimento interno, o controle poderá ser feito por ambiente, unidade ou pavimento, Nos revestimentos externo, o controle poderá ser feito por faixa de pavimento ou empena de fachada Planilha de controle Trecho: (pavimento, unidade etc...) Data de aplicação: Responsável: Tipos de Consumo Tipos de Materiais Argamassas de Materiais Unidade Área Consumo de aplicação da Argamassa (m2) Consumo Efetivo/m2 MVO Industrializada Cimento Kg Areia Kg Total Kg Kg Tabela 1 – Controle do Consumo Efetivo de Material/m2 Rastreabilidade: onde gastamos? A saída de material do almoxarifado para a obra deve ser controlada, indicando-se numa tabela o local de aplicação, o que facilita o preenchimento das tabelas 1 e 2 para se obter o indicador de consumo de materiais. Tipos de Argamassas Tipos de Materiais Unidade MVO Industrializada Cimento Kg Areia Kg Total Kg Kg Quantidades Área de Aplicação - Local Planilha do indicador Tipos de Argamassas Consumo de materiais Indicador Unidade Consumo efetivo/m2 (e) Consumo projeto/m2 (t) (e – t) 100/ t Benchmark MVO Kg Industrializada Kg Tabela 2 – Indicador – Consumo de Materiais Acompanhar a variação permite identificar precocemente desvios que podem afetar o plano de suprimentos da obra. Índice de referência INDICADOR DE ESPESSURA DE REVESTIMENTOS INTERNOS As espessuras das taliscas demonstram a quantidade de argamassa que deverá ser usada para a perfeita regularização do revestimento. Elas denunciam quando as alvenarias e estruturas encontram-se fora do prumo. INDICADOR DE ESPESSURA: I2 Este indicador é obtido a partir das medições das espessuras reais das taliscas comparadas à espessura especificada no projeto O desvio nesta relação é expresso pela seguinte fórmula: I2 = (e – t) 100/ t (resultado em %) onde: (e) = Média Aritmética das Espessuras Reais das Taliscas em cm (t) = Espessura de Projeto em cm. Exemplo: e= 1,9 cm ; t=1,5 cm I1=(1,9 -1,5)100/1,5= 26,7% Ou seja a espessura está quase 27% acima do projetado COLETA DE DADOS DE TALISCAS As medições devem ser feitas por painel, por exemplo: A,B,C e D, seguindo o sentido horário a partir da esquerda do acesso. (ver planta baixa) Em cada painel as medições das taliscas devem ser de acordo com o esquema das diagonais conforme a figura. (elevação) C B D A 2 3 5 1 4 APROPRIAÇÃO DAS ESPESSURAS DAS TALISCAS Código Painel * Área do Painel** (cm2) A codificação dos painéis facilita o controle das medições, por exemplo: Paq2p3 que significa Painel A do quarto 2 do 3º pavimento-tipo. Devem ser descontados os vãos existentes em cada painel. Talisca Espessura Real (cm) 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 ÁREA TOTAL PAINEÍS (cm2) Nº DE MÉDIA DAS TALISCAS ESPESSURAS REAIS INDICADOR FINAL DE ESPESSURA Tipo de Argamassa Espessura de Taliscas (cm) Indicador Benchmark Média da Espessura Real (e) Espessura de Projeto (t) (e-t)100/t Padrão Obs: A área total permite ter a comparação do volume total resultante de algum desvio, facilitando correções no gerenciamento de compras e empreiteiros Exemplo: 1200m² x 0,015 x27%= 4,86 m³ de acréscimo! Índice de referência (padrão) INDICADOR I3: PRUMO PARA REVESTIMENTOS EXTERNOS O prumo das fachadas é um item de fundamental na execução dos revestimentos externos. Este indicador é obtido a partir do somatório das variações de todas as linhas de prumo de uma fachada dividido pelo total de números de linhas de prumo, que é expresso pela seguinte fórmula: I3 = v/p onde: (v) Somatório das Variações de Todas as Linhas de Prumo de uma Fachada (p) Total de n° de Linhas de Prumo PROCEDIMENTO PARA COLETA DE DADOS PARA REVESTIMENTOS EXTERNOS Para face de fachada com até 3 metros de comprimento colocar dois prumos e para cada módulo a mais de 3 metros adicionar mais uma linha de prumo sucessivamente. São medidos os pontos no cruzamento dos prumos com as linhas horizontais que passam pela metade do pé direito de cada pavimento, até a superfície externa da alvenaria existente As medições deverão ser feitas por face de fachada e no melhor sentido de subida ou descida do andaime. L1 L2 L3 VARIAÇÃO NO PRUMO D Variação é a diferença entre a distância padrão superior (D) e a distância encontrada em cada pavimento. Pode ser positiva ou negativa. V4 V3 V2 V1 MAPEAMENTO DA FACHADA Pavimento L1 L2 L3 L4 Linha de Prumo / Fachada L5 L6 L7 L8 L9 V1 V2 V3 V4 V5 L10 L11 L12 V10 V11 V12 Térreo PUC 1º Tipo 2º Tipo 3º Tipo 4º Tipo 5º Tipo 6º Tipo 7º Tipo 8º Tipo 9º Tipo 10º Tipo Cobertura Variação Onde: V1 = ∑L1 ....V12 = ∑L12 V6 V7 V8 V9 INDICADOR GERAL DE PRUMO A média da variação, resultado do somatório das Variações - V das linhas - L1 até L12 dividido pelo número de linhas de prumo – 12, será o indicador de prumo para revestimentos externos. . Estes dados deverão ser introduzidos na tabela 7 para a obtenção deste indicador Prumo Tipo de Argamassa Somatório das Variações (v) Indicador Benchmark N de prumos (p) O ideal seria zero, mas deve ser estabelecido um fator de tolerância em função da altura e tecnologia adotada, por exemplo, entre -1,5 e +1,5 v/p Índice de referência (padrão) Padrão INDICADORES DE QUALIDADE Os indicadores de qualidade são parâmetros para a aferição do desempenho de produtos ou serviços em relação às necessidades dos clientes internos e externos. A planicidade / prumo dos painéis executados é um item de averiguação fundamental a ser verificado após a execução dos revestimentos internos. Cada obra deve ter um limite de tolerância para a variação do prumo e planicidade. Os painéis dentro do limite estão conformes. INDICADOR GERAL DE CONFORMIDADE DE PLANICIDADE Este indicador é obtido a partir da relação de painéis em conformidade pelo total de painéis executados, que é expresso pela seguinte fórmula: I 4 = (a X100)/b - resultado em % Onde: (a) Total de Painéis em Conformidade (b) Total de Painéis Executados Exemplo: I4= (127X100)/144= 88,20 % ou seja mais de 10% dos painéis estão não-conformes, um índice inaceitável! COLETA DE DADOS DE PLANICIDADE As medições devem ser feitas por painel, por exemplo: A,B,C e D, seguindo o sentido horário a partir da esquerda do acesso. Em cada painel as medições devem ser de acordo com as réguas 1 e 2 conforme a elevação. 2 C 1 2 B 1 1 D 1 A 1 2 2 2 MEDIDAS NAS RÉGUAS D 1 D 1 2 Dist. de referên cia 1 D 1 2 Dist. de referên cia 1 1 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5 Régua Painel Plano Régua Painel Côncavo Dist. de referên cia Régua Painel Convexo APROPRIAÇÃO DAS DISTÂNCIAS DAS RÉGUAS Réguas Código Painel * Área do Painel** (m2) 1 Pontos Distâncias (m) 1 2 3 4 5 2 1 2 3 4 Código Painel * Área do Painel** (m2) 5 Nº de Pontos (n) Médias das Distâncias (D) * A codificação dos painéis facilita o controle das medições, por exemplo: Paq2p3 que significa Painel A do quarto 2 do 3º pavimento-tipo. ** Em relação à área do painel, devem ser descontados os vãos existentes em cada um deles CONFORMIDADE DO PAINEL A conformidade do painel será função das médias das distâncias, comparadas à uma distância padrão. Código Painel * Média das Distâncias (D) Distância Padrão (D’) Conformidade do Painel (D/D’) O painel está conforme caso o resultado seja igual a 1, ou dentro dos limites de tolerância definidos para a obra, por exemplo entre 0,98 e 1,02. Exemplo: A média das distâncias foi 5 e a distância de referência padrão também era 5, o índice é 1,o painel está conforme. EXEMPLOS DE RESULTADOS D 1 D 1 2 Média= dist. Ref. 1 D 1 2 Média> dist. Ref. 1 1 2 3 3 4 4 4 5 5 5 Régua Painel Plano Régua Painel Côncavo 3 Média> dist. Ref. Régua Painel Convexo RESULTADO DO INDICADOR GERAL DE PLANICIDADE Ele verifica o percentual total de painéis conformes no conjunto da obra. Tipo de Argamassa Planicidade Total de Painéis em Conformidade (a) Total de Painéis Executados (b) Indicador Benchmark (a-b)X100/b Padrão