UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA Ob ra Revisão Petroquímica dos Granitóides Pós-Colisionais Ocorrentes na Folha Baía da Guanabara (1.100:000), ra pa RJ, Brasil Co ul ns Gabriel de Andrade Almeida (200604008-1) Janeiro / 2010 ta Prof. Dr. Rubem Porto Jr. DG/UFRuralRJ Orientação ÍNDICE PARTE 1 – ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 1.1. Introdução 1 1.2.Objetivo 1 1.3. Metodologia aplicada. 2 Ob 1.4. Aspectos Fisiográficos 3 1.5. Mata Atlântica (Fauna e Flora) 6 1.6. Os dados Geoquímicos Utilizados 7 ra PARTE 2 – A GEOLOGIA DA REGIÃO 2.1. Aspectos Gerais 8 2.2. Revisão Bibliográfica 8 pa 2.2.1. Revisão Bibliográfica 2.2.2. O Segmento Central da Faixa Ribeira 8 11 3.1. O Granito Pedra Branca ra PARTE 3 – OS GRANITOS ESTUDADOS 23 23 3.1.1. Aspectos de Campo 3.1.2. Aspectos Petrográficos ul ns REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Co CAPÍTULO 4 – CONCLUSÕES ta PARTE 1 – ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 1.1- INTRODUÇÃO Este relatório apresenta as conclusões referentes ao estudo relacionado aos granitóides da porção centro-sul do estado do Rio de Janeiro (segmento central da Faixa Ribeira), mais especificamente aqueles localizados na Folha Baía da Guanabara (1:100.000) e seus arredores. Ob O trabalho foi desenvolvido pelo autor a partir de um projeto de Iniciação Científica aprovado pelo programa PROIC-2008 e intitulado “Estudo Petrotectônico dos Granitóides Tardi a Pós-Colisionais da Folha Rio de Janeiro (1: 100.000 e arredores)”, e desenvolvido ra entre Julho de 2008 e setembro de 2009. As suítes granitóides existentes no segmento centro-sul do Estado do Rio de Janeiro, vêm sendo tema de frequente estudo ao longo das últimas décadas, através de vários pa trabalhos publicados em revistas científicas, teses e congressos. Porém, a individualização de tais corpos, considerando aspectos magmáticos, não vem recebendo a mesma atenção dada ra às pesquisas envolvendo geocronologia e metamorfismo na região. Esta pesquisa visou ao longo de seu desenvolvimento acolher o maior número de dados litogeoquímicos diponíveis na literatura, para que com o tratamento estatísticos destes Co e posterior interpretação geoquímico, surgisse uma melhor comprensão das características destas suítes graníticas, do ponto de vista de sua evolução magmática e de seu posicionamento. ul ns 1.2- OBJETIVOS A pesquisa realizada teve como objetivo principal o agrupamento dos dados geoquímicos disponíveis na literatura sobre os granitóides tardi a pós-tectônicos ocorrentes ta na área de influência da Folha Baia da Guanabara (1:100.000). Procurou-se obter a individualização de uma ou mais suítes de rochas graníticas que pudessem ser associadas a estas rochas, a partir da interpretação da base litogeoquímica levantada. A pesquisa contribui ainda para a caracterização dos respectivos processos petrogenéticos com base num estudo geoquímico-petrológico integrado, além de caracterizar as suítes definidas quanto ao seu eventual potencial metalogenético. 1 1.3- METODOLOGIA UTILIZADA A pesquisa utilizou a metodologia tradicionalmente aplicada ao tipo de estudo proposto. Esta metodologia pode ser descrita a partir da integração de quatro etapas fundamentais: a) Etapa Pré-campo Ob Envolveu o levantamento de dados de localização dos corpos a serem estudados a partir da utilização de imagens de satélite e radar. Neste levantamento foram delineadas feições tentou-se ainda individualizar eventuais estruturais regionais, como padrões de ra fraturamento, por exemplo, bem como traçados possíveis contatos entre tipos rochosos aflorantes, que pudessem ajudar na interpretação da forma dos corpos e seus processos de posicionamento. Além disso, nesta fase desenvolveu-se a aquisição do acervo bibliográfico pa tanto aquele relacionado à geologia da área da Folha Baía da Guanabara, como aquele relacionado aos temas de abordagem específica da pesquisa (geoquímica de granitos). ra b) Etapa de campo O trabalho de campo envolveu a realizaçäo de perfis de médio e longo alcances para o Co reconhecimento geral dos litotipos estudados. A sistemática de trabalho compreendeu a visita a afloramentos, localização em base topográfica de escala adequada (1:50.000), descrição geral dos mesmos com dados de relações temporais e espaciais - inclusive petrográficas e geoquímicas. c) Etapa de laboratório ul ns estruturais - e petrográficos, além de coleta de amostras para eventuais posteriores análises ta Foi realizada nas dependências do Departamento de Geociências da UFRRJ. Compreendeu principalmente as análises petrográficas macroscópica e microscópica dos exemplares coletados e daqueles pertencentes a coleções de lâmina do orientador. O trabalho foi baseadono reconhecimento mineralógico, textural, estrutural e classificação modal com base nas normas da Subcomissäo de Sistemática para Rochas Igneas da IUGS (Streckeisen, 1976). 2 d) Etapa de gabinete Todos os dados obtidos nas etapas anteriores foram compilados nesta etapa, utilizando-se, para tal fim, recursos disponíveis no Departamento de Geociências da UFRRJ. Os dados coletados nos perfis, bem como nas análises petrográficas e geoquímicas receberam aqui a arte final. Foram utilizados durante a confecção deste trabalho os seguintes "softwares": MSWord 7.0, para edição de texto; MSExcel 7.0 para montagem de planilhas e Ob tratamento estatístico; Corel Draw V.13 para edição de figuras; Newpet versão 26-11-93 para geração de diagramas geoquímicos; CIPW para cálculo de normas; Photoshop 7.0 para trabalho de acabamento de fotografias e MSPower Point no preparo de apresentação gráfica ra e painel. As discussões e reuniões entre orientador e bolsista se inserem também nesta fase do trabalho. pa 1.4- ASPECTOS FISIOGRÁFICOS A Serra do Mar, na região foco, configura o limite sul do vale do rio Paraíba do Sul ra (Figura 1). Seus contrafortes internos formam grandes extensões de “morros tipo meia laranja” (Figura 2) ou “mar de morros”, acima dos quais se desenvolvem os compartimentos topográficos mais expressivos, destacando-se a Serra dos Órgãos (Figura 3), com altitudes Co variáveis entre 700 m e 2000 m. A vertente Atlântica da Serra do Mar voltada para a Baía da Guanabara apresenta-se bastante escarpada, formando verdadeiro degrau entre suas partes mais altas (região entre Petrópolis e Teresópolis) e a zona costeira. Desta forma, o conjunto ul ns pode ser dividido em três grandes domínios geomorfologicamente distintos: o domínio da escarpa interior, voltada para o Rio Paraíba do Sul; o Planalto representado pela área interna da Serra dos Órgãos; e o domínio da escarpa oceânica, voltada para a para a Baía da Ilha Grande. A área estudada situa-se inserida geomorfologicamente no domínio da escarpa ta oceânica em conjunto com a área de baixada (Figura 4) entre as escarpas da Serra do Mar, cobertas pela mata atlântica (Figura 5), e a área costeira representada pela Cidade do Rio de Janeiro (Figura 6). Nesta área verificam-se dois compartimentos geomorfológicos contrastantes: a escarpa atlântica, ou vertente sul da Serra dos Órgãos e as planícies costeiras flúvio-marinhas. A escarpa atlântica (vertente sul da Serra dos Órgãos) é caracterizada por um relevo íngreme constituído por colinas e escarpas. A rede de drenagem possui um padrão dendrítico e apresenta rios de alto gradiente. As coberturas superficiais 3 ra Ob ra pa ns Co Figura 1: Localização da área de ocorrência dos Granitóides estudados ta ul 4 ra Ob ra pa lta su n Co Figura 2: morfologia dos morros tipo “meia laranja” característica dos contrafortes da Serra do Mar e das áreas entre a serra e a baixada. Figura 3: A área escarpada da Serra do Mar no segmento da Serra dos Órgãos. Figura 4: Geomorfologia da escarpa oceânica em conjunto com as áreas de baixada Figura 5: Escarpas da Serra cobertas por vegetação nativa (Mata Atlântica). 5 resultantes do intemperismo e erosão das rochas, não são muito espessas e são caracterizadas por depósitos de tálus na base das encostas íngremes e coberturas coluvionares, encotrandose encobertos em grande parte por uma densa vegetação típica de mata atlântica. A região costeira, voltada para o mar, caracteriza-se por um relevo bastante peculiar, apresentando um litoral rochoso escarpado e bastante recortado, com inúmeras ilhotas, costões rochosos, pontas, pequenas praias e enseadas. As planícies costeiras flúvio-marinhas caracterizam-se Ob por apresentar uma rede higrográfica formada por rios meandrantes de pequeno a médio porte que desembocam diretamente na Baía de Sepetiba e Baía da Guanabara. ra 1.5- A MATA ATLÂNTICA (FAUNA E FLORA) Aspecto relevante para a área é o fato da mesma conter regiões onde encontramos faixas residuais da Mata Atlântica, que é o terceiro maior bioma brasileiro e que se estende pa por 4.000 km pela costa Atlântica entre Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Segundo a entidade “Conservation International”, é um dos 5 “hotspots” de biodiversidade mais valiosos da Terra. Compreende a segunda maior Reserva da Biosfera no mundo e ra aproximadamente 600 das 900 unidades de conservação brasileiras. A extraordinária biodiversidade dos ecossistemas da Mata Atlântica resultam da complexa história geológica, fortes variaçðes climáticas no passado, e significantes desníveis de altura (do nível do mar até Co quasi 3.000 m). As cadeias montanhosas da Serra do Mar e Mantiqueira compreendem os picos mais altos na costa Atlântica das Americas. Adicionalmente, florestas pluviais costeiras ul ns são mais ricas em biodiversidade que as do interior (como por exemplo a amazônia). A Mata Atlântica contêm cerca de 250 espécies de mamíferos, 340 anfíbios, 1.023 pássaros e aproximadamente 20.000 árvores. Metade das espécies de árvores e 80% dos primatas são endêmicos. O lugar também é um refúgio importante para a onça pintada e a onça parda, os maiores felinos no hemisfério oeste. A flora da Mata Atlântica é exuberante. Com mais de 450 ta espécies de árvore/hectar (100 x 100 m) em alguns lugares, a biodiversidade é maior que na Amazônia. Sua estrutura e composição varia conforme a altitude, os solos, a temperatura e a precipitações. Enquanto os campos de altitude, acima de 1.800 m, como em Itatiaia, estão dominados por pastos, a subformação altomontanha entre 900 - 1.800 m está caracterizada por florestas de baixa neblina. De 15 a 1.000 m ocorre a subformação montanha com árvores gigantes chegando a 40 m de altitude, o endêmico palmito juçara e muitas orquídeas e 6 bromélias. No nível do mar, ocorrem florestas de planície, mata ciliar e ecossistemas marinhos, fluviais e marinho - fluviais, como manguezais e restinga. Similar à flora, a diversidade da fauna do bioma Mata Atlântica é muito rica. Segundo a Conservation International, este hotspot contêm aproximadamente 264 espécies de mamíferos (72 endêmicos), 934 aves (144 endêmicas), 456 anfíbios (282 endêmicos) e 311 reptiles (94 endêmicos). Com base em estudos altimétricos e pedológicos, os ecossistemas da Ob floresta tropical podem ser divididos em subunidades mais finas, as chamadas faixas altitudinais. Estudos altimétricos e pedológicos (do solo) mostram que a composição e estrutura da flora e fauna dos ecossistemas da Mata Atlântica varíam significadamente conforme o solo e as condições climáticas encontradas em diferentes altitudes. Dentro de um ra determinado gradiente topográfico a vegetação se diferencia adicionalmente conforme os estratos lá encontrados (veja mapa). Em função disso foi necessário dividir os ecossistemas pa deste bioma em subunidades mais finas, as chamadas faixas altitudinais. Dependendo da altitude e da latitude, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) determinou as seguintes faixas: ra ul ns Co 1.6) OS DADOS GEOQUÍMICOS UTILIZADOS A interpretação petroquímica dos dados, visando a interpretação regionalizada deste tipo de magmatismo ocorrente no segmento central da Faixa Ribeira, foi realizada a partir da ta utilização de dados de campo, petrográficos e geoquímicos compilados da literatura disponível sobre o tema. Deve ser feita aqui a lembrança de que a qualidade dos dados obtidos é variavél, podendo ser significativamente melhorada a interpretação a partir do surgimento de novas análises realizadas com bases em técnicas mais apuradas. Foram coletados dados de análises geoquímicas referentes a corpos granitóides de variados tipos e espalhados por toda a região de estudo. Os corpos granitóides selecionados para o estudo foram: Nova Friburgo; Sana, Ipiranga; Suruí, Pedra Branca, Favela, Mangaratiba. 7 PARTE 2 – GEOLOGIA DA REGIÃO 2.1- ASPECTOS GERAIS Rochas granitóides no Estado do Rio de Janeiro encontram-se presentes ao longo de uma faixa de direção NE-SW, cruzando praticamente todo a área do estado. São vários Ob diques, “stocks”, apófises e batólitos, foliados ou não, com diferentes formas e com ampla variação textural. A região tem sua representação mais antiga como pertencendo a um complexo gnáissico-migmatítico de idade pré-cambriana, apresentando sequências orto e ra paraderivadas. São nessas sequências que estão alojados os plutons graníticos com composição e textura variáveis entre si ou em si mesmos (Penha, 1984). São dezenas de corpos, nitidamente intrusivos, localizados próximos às cidades e localidades de Parati, pa Mambucaba, Mangaratiba, Teresópolis, Petrópolis, Lumiar, Frades, Nova Friburgo, Duas Barras, Trajano de Moraes, Magé, Ibitioca, Cambiasca, Campos, Rio Bonito, Macaé, além do Município do Rio de Janeiro (Porto Jr, 1994). ra Especificamente nesta pesquisa serão enfocados os corpos tardi a pós-tectônicos localizados na área de influência da folha Baía da Guanabara (1:100.000), correspondendo aos seguintes granitos: Granito Pedra Branca (Rio de Janeiro), Granito Favela (Rio de Janeiro) , Co Granito Mangaratiba (Mangaratiba), Granito Nova Friburgo (Nova Friburgo), Granito Sana (Nova Friburgo), Granito Ipiranga (Magé), Granito Suruí (Magé). 2.2.1) A Faixa Ribeira: Aspectos genéricos ul ns 2.2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA No contexto geotectônico, a área alvo está inserida no setor central da Faixa Ribeira, cuja estrutura crustal é constituída de diferentes terrenos tectono-estratigráficos (Heilbron et ta al., 1998, 2000a, 2000b): 1) o terreno denominado Ocidental é caracterizado pelo retrabalhamento da margem cratônica e é constituído de duas escamas de empurrão de escala crustal (Domínios Andrelândia e Juiz de Fora) imbricadas de SSE para NNW em direção às margens do Cráton do São Francisco. O Domínio Juiz de Fora é considerado uma duplex crustal resultante do amalgamento dos terrenos Ocidental e Oriental; 2) o terreno denominado Oriental representa outro bloco cratônico ou microplaca (Campos Neto & Figueiredo, 1995) e inclui os seguintes compartimentos: (a) Domínio Cambuci, que é 8 interpretado como associação anti arco; (b) o Domínio Costeiro, que contém a uma sequência distal de margem passiva intrudida pelas rochas do Arco Magmático Rio Negro; e (c) o Domínio Italva, que compreende mármores, gnaisses psamíticos e anfibolitos, considerados como representantes de margem passiva proximal do Terreno Oriental, ou de uma bacia de retro-arco; 3) a Klippe Paraíba do Sul, que constitui-se na escama superior deste segmento da faixa; e 4) o Terreno Cabo Frio, que ocupa pequena área no litoral do estado do Rio de Janeiro Ob e gerou dados que indicam amalgamação relativamente tardia (Schmitt et al., 1999a, 1999b, 1999c; Schmitt, 2001). Em todos os terrenos do segmento central da Faixa Ribeira podem ser identificadas, direta ou indiretamente, três unidades tectono-estratigráficas (Heilbron et al., 1998; 2000a, 2000b): 1) unidades pré-1,8 Ga (ortognaisses e ortogranulitos do embasamento); ra 2) rochas supracrustais pós-1,8 Ga; e 3) granitóides/charnockitóides gerados durante a colagem Brasiliana. pa A área alvo do presente trabalho está inserida no contexto geológico-tectônico da Faixa Ribeira, junto ao contato entre rochas metassedimentares Terreno Ocidental e ortognaisses do Terreno Oriental, marcado por uma zona de cisalhamento de mergulho NW, ra denominada Limite Tectônico Central (Central Tectonic Boundary / CTB - Almeida et al., 1998). O CTB tem sido interpretado como um empurrão do Terreno Oriental sobre o Terreno Ocidental, após a colisão continental oblíqua que fechou o oceano Adamastor em torno de Co 580 Ma (Heilbron & Machado 2003). Este contato foi reativado subseqüentemente durante a evolução da Faixa Ribeira, resultando em uma complexa zona milonítica dobrada. A posição estrutural relativa entre os terrenos Oriental e Ocidental muda ao longo do Estado do Rio de ul ns Janeiro. No setor sul, o Terreno Oriental encontra-se por baixo do Terreno Ocidental enquanto no setor norte encontra-se por cima do mesmo terreno. O CTB é caracterizado por uma zona de cisalhamento com o ângulo de mergulho que varia de baixo a subvertical e separa, sistematicamente, metassedimentos a NW dos ortognaisses a SE. Os indicadores ta cinemáticos mostram movimentos predominantes de topo descendo para NNE, na foliação principal (Almeida, 2000). Vários autores (Tupinambá, 1999; Heilbron et al., 2000; Trouw et al., 2000) advogam que a Faixa Ribeira foi gerada pela colagem dos Terrenos Ocidental e Oriental ao longo do Limite Tectônico Central. Neste contexto, o CTB comporia uma zona de sutura entre os Terrenos Ocidental e Oriental da Faixa Ribeira. Granitóides sin- a tardicolisionais e três episódios metamórficos (605, 580 e 550 Ma) indicam uma história complexa para esta colisão (Heilbron & Machado, 2003). O Terreno Ocidental compreende o Domínio 9 Autóctone e duas escamas de empurrão com vergência para noroeste (Domínios Andrelândia e Juíz de Fora), separados por extensas zonas de cisalhamento (Heilbron et al., 1998; Heilbron et al., 2000a). O Domínio Autóctone é a extensão sul do Cráton do São Francisco, e compreende gnaisses arqueano-paleoproterozóicos cobertos por uma série de sequências proterozóicas (Bacias São João Del Rey, Carandaí e Andrelândia; Ribeiro et al., 1995; Paciullo et al., 2003 In Heilbron & Machado, 2003). Tanto o Domínio Andrelândia Ob quanto o Domínio Juíz de Fora são compostos por embasamentos gnáissicos proterozóicos cobertos predominantemente por sequencias de rochas metassedimentares clásticas, derivadas da erosão da crosta paleoproterozóica, da mesma idade do embasamento gnáissico (Machado et al., 1996; Machado e Gauthier, 1996; Valladares et al., 1999 In Heilbron & ra Machado, 2003). O Terreno Oriental ocupa extensa faixa paralela à costa do Estado do Rio de Janeiro, unidades pa alcançando as regiões litorâneas do centro e do sul desse estado. Esse terreno compreende metassedimentares com abundantes intercalações de quartzitos, rochas carbonáticas e calcissilicáticas. Abundantes rochas granitóides geradas durante os vários ra episódios da colagem Brasiliana integram o Terreno Oriental. Ortognaisses tonalíticos a granodioríticos, stocks quartzo-dioríticos e gnaisses leucograníticos integram o Complexo Rio Negro (Tupinambá et al., 1998; Tupinambá, 1999). Trabalhos recentes, aliando Co mapeamento geológico de detalhe a estudos petrológicos e geocronológicos, levaram à caracterização dessa unidade como um arco magmático brasiliano, denominado Arco Magmático Rio Negro (Tupinambá et al., 1998; Tupinambá, 1999), representando o período ul ns pré-colisional, provavelmente contemporâneo à fase de deformação D1, da Orogênese Brasiliana nesse setor da faixa. Corpos granitóides sin- a tardi-colisionais, cuja geração e posicionamento se deram durante os eventos D1 + D2 (período sin-colisional) e D3 (período tardi-colisional) ocorrem ta em ambos os terrenos, sendo abundantes no Terreno Oriental. Estes incluem corpos de grande expressão areal como o Batólito da Serra dos Órgãos (Tupinambá, 1999) e o Batólito de Niterói (Machado & Demange, 1992). Corpos pós-colisionais como, por exemplo, os Granitos Parati, Nova Friburgo, Frade, Pedra Branca, Favela e Mangaratiba representam eventos tectono-magmáticos tardios, provavelmente relacionados ao colapso da Orogênese Brasiliana no setor central da Faixa (Heilbron et al., 1995; Tupinambá, 1999). 10 2.2.2- O Segmento Central da Faixa Ribeira A Faixa Móvel Ribeira, de idade neoproterozóica a eopaleozóica, compreende um complexo sistema de dobramentos e empurrões, gerados junto à borda sul-sudeste do Cráton do São Francisco, e mostra uma extensão de cerca de 1.400 Km ao longo da costa atlântica brasileira. Pesquisas sistemáticas nesta região têm demonstrado que a estruturação geral deste grande compartimento tectônico encontra-se intimamente relacionada a uma etapa Ob inicial de encurtamento crustal com vergência para NNW, acompanhada de grandes dobramentos em escala regional. Finalmente, uma nova compressão E-W gerou zonas de cisalhamento transpressionais subverticais, de orientação NE-SW e sentido de movimentação ra destral (Heilbron et al., 1995; Ribeiro et al., 1995). Devido à complexidade da evolução litológica e tectono-metamórfica do segmento central da Faixa Ribeira, diversas propostas de compartimentação tectônica têm sido sugeridas. Heilbron et al. (2000) definiram a pa compartimentação da faixa em quatro diferentes terrenos, denominados, de NW para SE, Terreno Ocidental, Klippe Paraíba do Sul, Terreno Oriental e Terreno Cabo Frio (Figura 6). ra Os diferentes terrenos são separados por importantes descontinuidades estruturais, reconhecidas como zonas de cisalhamento dúcteis, de baixo a alto ângulo, com componentes de movimentação inversa e destral (Heilbron et al., 2000) (Figuras 7 e 8). Co O Terreno Ocidental representa a margem retrabalhada do Cráton do São Francisco, sendo sua organização tectônica composta por duas escamas de empurrão (Domínios ul ns Andrelândia e Juiz de Fora) imbricadas em direção ao Domínio Autóctone que bordeja a região cratônica. Junto aos empurrões observa-se a presença de zonas miloníticas, onde ocorre interdigitação tectônica entre rochas de diferentes unidades e/ou domínios. O Domínio Juiz de Fora pode ser reconhecido como um duplex crustal, resultante da colisão entre os terrenos Oriental e Ocidental (Heilbron et al., 2000). ta A Klippe Paraíba do Sul representa a porção estruturalmente superior deste segmento da Faixa Ribeira, constituindo-se de uma escama de empurrão que ocupa a zona de charneira de uma grande estrutura denominada Megassinformal do Paraíba do Sul ( Heilbron et al. 1991 in Heilbron et al. 1995; 1999). A formação desta estrutura encontra-se associada às fases de deformação tardias que dobram, portanto, os empurrões gerados durante a fase de deformação principal (Heilbron et al., 1995). Neste terreno encontra-se ainda uma importante zona de cisalhamento de componente de movimentação destral que a literatura especializada 11 ra Ob Figura 7 - Subdivisão do Sistema Orogênico Mantiqueira: o segmento setentrional é o Orógeno Araçuaí; o segmento central inclui a porção sul do Orógeno Brasília e os orógenos Ribeira e Apiaí e o segmento meridional inclui os orógenos Dom Feliciano e São Gabriel. As cores roxo e laranja indicam os terrenos que alojam os arcos magmáticos neoproterozóicos. ra pa lta su n Co Figura 8: Compartimentação Tectônica do Segmento Central da Faixa Ribeira. Complemento da legenda na Folha ao lado 12 consagrou como Zona de Cisalhamento do Paraíba do Sul (Heilbron et al. 1995; 1998). Próximo a esta estrutura encontram-se grandes faixas de milonitos e L-tectonitos, resultantes do intenso estiramento e recristalização a que foram submetidas as rochas desta região (Heilbron et al., 1995). O Terreno Oriental, com base em dados estruturais e de datação geocronológica, pode ser subdividido em três domínios tectônicos: o Domínio Cambuci, o Domínio Costeiro e a Klippe Italva (Helbron & Machado, 2003). As principais associações Ob litológicas são gnaisses de facies Anfibolito a Granulito intercalados com mármores, quartzitos e rochas calcissilicática intrudidas por rochas granitóides isotrópicas e anisotrópicas, todas de idade Neoprotorozóica ou mais jovens. O Domínio Cambuci representa a escama de empurrão basal do Terreno Oriental na porção norte do Estado do ra Rio de Janeiro. O Domínio Costeiro, onde encontra-se instalado o arco magmático da Faixa Ribeira (Arco Magmático Rio Negro / Tupinambá et al., 1998) encontra-se estruturalmente pa por baixo do Domínio Cambuci e do Terreno Ocidental nos setores central e sul do Estado do Rio de Janeiro. A Italva representa a escama superior do Terreno Oriental e cavalga o Domínio Costeiro (Heilbron & Machado, 2003). ra O contato entre os terrenos Oriental e Ocidental se dá através de uma importante zona de cisalhamento que se estende por mais de 200 km, desde a costa do Estado de São Co Paulo, é a Serra dos Órgãos, no Estado do Rio de Janeiro. Esta estrutura apresenta mergulhos para NW e componente de movimentação inversa, tendo sido denominada por Almeida et al. (1998) de Central Tectonic Boundary (CTB). A formação do CTB provavelmente encontra- os terrenos Oriental e Ocidental (Heilbron et al., 2000). ul ns se associada aos estágios finais da convergência brasiliana, tendo resultado da colisão entre O Terreno Cabo Frio ocupa uma pequena porção da região costeira do Estado do Rio de Janeiro, constituindo uma área com estruturação e litologia próprias, muitas vezes de ta características contrastantes àquelas encontradas no restante da Faixa Ribeira. Dados estruturais e geocronológicos indicam que a amalgamação deste terreno ao restante da Faixa Ribeira foi resultado de uma colisão continental tardia (520 Ma, Schimitt et al., 1999). Três unidades lito-tectônicas foram individualizadas em todos os terrenos/domínios tectônicos da Faixa Ribeira: a) ortognaisses e ortogranulitos do embasamento pré-1,8 G.a.; b) cobertura metassedimentar pós-1,8 G.a., com rochas metabásicas de afinidade geoquímica variada associadas; e c) rochas granitóides formadas durante a Orogênese Brasiliana, 13 classificadas segundo sua relação temporal com as diversas fases de deformação (Heilbron et al., 1995). A figura 9 apresenta um perfil geológico do setor central da Faixa Ribeira segundo Heilbron et al. (2000 a). Localizado estruturalmente no Domínio Tectônico Autóctone, de acordo com Heilbron et al. (1995) o Complexo Barbacena representa uma porção do Cráton do São Francisco caracterizado por apresentar pouca influência do Ciclo Brasiliano. É constituído por seqüência de rochas vulcano-sedimentares (greenstone belts arqueanos) Ob associados a ortognaisses paleoproterozóicos (Ribeiro et al., 1995), com fases de magmatismo básico associado a etapas distensionais da Faixa Ribeira. O Complexo Mantiqueira compreende ortognaisses migmatíticos paleoproterozóicos de composição tonalítica a granodiorítica, apresentando inúmeros enclaves máficos (lentes anfibolíticas), menores ra proporções de rochas granulícas e intrusões granitóides deformadas (Heilbron et al., 2000a). Aflora nos domínios Autóctone e Andrelândia, sendo datados em torno 2,3-2,0 Ga (Rb-Sr) pa (Teixeira, 1985; 1993 In Trouw et al., 2000). O Complexo Juiz de Fora contém predominantemente ortognaisses de facies Granulito ra de idade paleoproterozóica (Duarte et al., 1997; Heilbron et al., 1998), aflorando apenas no Domínio Tectônico Juíz de Fora (Helbron et al., 2000a). Na porção oeste da Faixa Ribeira este domínio tem seu limite sul marcado pelo Domínio Tectônico Paraíba do Sul, aflorando neste Co local, o Batólito Rio Turvo, rocha de idade brasiliana, pertencente ao Complexo Juiz de Fora. O Complexo Quirino engloba rochas do embasamento da Klippe Paraíba do Sul. Esta compreende ortognaisses de composição granodiorítica a tonalítica, com enclaves ul ns calciossilicáticos de idade paleoproterozóica (Heilbron et al., 1995). Predomina nesta suíte, um biotita granitóide (hornblenda-biotita gnaisse). Representando o embasamento das associações metassedimentares do Terreno Cabo Frio, o Complexo Região dos Lagos compreende ortognaisses migmatíticos de composição granítica a granodiorítica, com lentes ta de rocha básica (Schimitt et al., 1999). As coberturas Proterozóicas que se desenvolveram sobre o embasamento 1,8 Ga do Terreno Ocidental, correspondem a duas bacias sedimentares intracontinentais de idade mesoproterozóica (Bacia de São João Del Rei e Bacia de Carandaí), além de uma bacia de margem passiva neoproterozóica (Bacia de Andrelândia) (Paciullo et al., 1993). Esta cobertura meso/neoproterozóica constitui um importante registro da fragmentação do Supercontinente Rodínia. Durante este evento tafrogenético formaram-se, ao redor do Cráton do São 14 Francisco, desde bacias do tipo rifte até típicas bacias de margem passiva (Ribeiro et al., 1995). Desta forma, após o Ciclo Transamazônico, a sedimentação no Terreno Ocidental se dá na Bacia São João Del Rei (1,7-1,3 Ga), representada por sucessões quartzíticas transgressivas, compostas por metarenitos, brechas sedimentares, metaconglomerados e pelitos (Ciclo Lenheiros), seguidas de um sistema fluvial entrelaçado (Ciclo Tiradentes), composto por ortoquartzitos com lentes de metaconglomerados e metapelitos (Ribeiro et al., 1995). Ainda Ob de acordo com este autor, a Bacia Carandaí (1,3-0,9 Ga) é formada por depósitos pelágicos de borda de bacia, que evoluem para pelitos carbonáticos, margas e calcários, evidenciando uma ausência de tectônica compressiva durante sua evolução. Ribeiro et al. (1995) e Heilbron et al. (1998) propuseram um conceito de Ciclo Deposicional para as rochas do Grupo ra Andrelândia. Sendo assim, o Ciclo Deposicional Andrelândia é constuído por uma seqüência composta por quartzitos, paragnaisses e xistos associados a rochas básicas. O topo desta pa seqüência é marcada pela presença de biotita xistos, interpretados como prováveis depósitos marinhos (Ribeiro et. al., 1995). A cobertura metassedimentar da Klippe Paraíba do Sul é denominada Grupo Paraíba do Sul e é composta basicamente por metapelítos, metarenitos ra feldspáticos e metadolomitos, que afloram ao longo de uma faixa estruturalmente isolada de direção preferencial NE-SW. Almeida et al. (1993) propôs a subdivisão do Grupo Paraíba do Sul em três diferentes formações: Três Barras, São João e Beleza. Co O Terreno Oriental compreende o Domínios Cambuci, o Domínio Costeiro e a Klippe Italva. O Domínio Cambuci apresenta cobertura formada por uma seqüência de rochas ul ns metassedimentares compreendendo sillimanita-granada-biotita ganaisses (Kinzigitos) com intercalações de mármore dolomítico e subordinadamente, lentes de rochas calcissilicáticas, gonditos e anfibolitos (Heilbron & Machado, 2003). O Domínio Costeiro comprende duas associações de rochas metassedimentares intrudidas pelo Arco Magmático Rio Negro (Tupinambá, 1999), constituído por rochas intrusivas Neoproterozóicas, e inúmeras gerações ta de rochas granitóides mais jovens (Heilbron & Machado, 2003) tardi- a pós-colisionais. As associações metassedimentares compreendem gnaisses bandados com intercalações de quartzitos e subordinadamente, lentes centimétricas de rochas calcissilicáticas e gnaisses Kinzigíticos com lentes métricas de rochas calcissilicáticas e quartzitos. A seqüência metassedimentar da Klippe Italva compreende granada-biotita gnaisses bandados e espessas camada de mármore calcítico intercalados com anfibolitos bandados e hornblenda-biotita gnaisses homogênios (Heilbron & Machado, 2003). 15 O Terreno Cabo Frio apresenta cobertura sedimentar denominada por Machado et al. (1983 In Trouw et al., 2000) como Grupo Búzios. Este é constituído por gnaisses pelíticos, com intercalações de espessas camadas de rochas calcissilicáticas, anfibolitos e granadaquartzitos, com uma paragênese cianita-sillimanita indicando uma peculiaridade das rochas da região. As rochas desta unidade encontram-se metamorfisadas em alto grau, sob pressão média a alta. Ob Com base em dados geocronológicos U/Pb, a Orogênese Brasiliana é subdividida em quatro principais períodos tectônicos (Machado et al.,1995; Heilbron et al., (1995), Tupinambá et al., 1998): pré-colisional (630-600 Ma); sin-colisional (590-565 Ma); pós-colisional (540-520 ra Ma) e pós-colisional (520-480 Ma). O magmatismo pré-colisional de arco (Arco Magmático Rio Negro) ocorre somente no pa Terreno Oriental (Tupinambá et al., 1998). Os granitóides brasilianos sin a pós-colisionais ocorrem em ambos os terrenos (Ocidental e Oriental) e mostram uma polaridade espacial e temporal dentro da faixa (Heilbron, 1995; Machado et al. 1996). Granitóides foliados tipo-I e ra tipo-S são interpretados como produto de fusão crustal (de embasamento e cobertura), e refletem o espessamento da crosta continental por colisão. Granitóides pós-colisionais a póscolisionais são sempre relatados como associados a rochas toleíticas, sugerindo extensiva Co fusão de rochas crustais com contribuição do manto, provavelmente relacionada ao soerguimento e relaxamento termal que segue a colisão. Os granitóides da Faixa Ribeira podem ser divididos, basicamente, segundo os estágios tectônicos aos quais estão ul ns relacionados. Tal divisão parece ser aceita pela maioria dos autores, tendo sido modificada com a evolução dos dados geoquímicos e geocronológicos. O Complexo Rio Negro (Tupinambá, 1999) é representativo do estágio pré-colisional, sendo bastante deformado, principalmente nas proximidades do Limite Tectônico Central (CTB). O Batólito Serra dos ta Órgãos e o Granito Niterói são representantes do estágio tectônico sin-colisional. Os granitos do estágio tardi/pós-colisional são representados por diversos corpos intrusivos, de dimensões variadas, que afloram ao longo da porção oeste do Domínio Costeiro no Terreno Oriental da Faixa Ribeira (Heilbron & Machado, 2003). A Figura 10 faz um apanhado geral dos estágios tectônicos e exemplifica alguns granitóides possivelmente relacionados a cada um deles, além de citar algumas idades relativas a estes. 16 ra Ob b g 2 2 IV. REATIVAÇÃO TERCIÁRIA - Diques e Stocks Alcalinos; e Brechas n Co 3 4 ra pa Figura 9: Seção estrutural composta do Orógeno Ribeira com a relação entre os diferentes terrenos e domínios estruturais. Legenda: Terreno Ocidental (1-6): 1 à 3 Megasseqüência Andrelândia nos domínios Autóctone, Andrelândia e Juíz de Fora, Terreno Ocidental; 4 à 6- associações do embasamento (Complexo Barbacena, Mantiqueira e Juíz de Fora); Terreno Paraíba do Sul (7-8); 7Grupo Paraíba do Sul; 8- Complexo Quirino; Terreno Oriental (9-13): 9- Sequencia Cambuci; 10Sequncia Italva; 11- Sequencia Costeiro; 12- Arco magmático Rio Negro; 13- Granito colisionais; Terreno Cabo Frio (14-15): 14- Sequencia Búzios e Palmital; 15- Complexo Região dos Lagos. III. QUEBRA DO GONDWANA - Diques Básicos 1 lta su II. ROCHAS MAGMÁTICAS BRASILIANAS 4 - Pós-colisional (520-480 Ma) 3 - Tardi-colisional (540-520 Ma) 2 - Sin-colisional (600-560 Ma) 1 - Pré-colisional (640- 600 Ma) I. MARGEM PASSIVA NEOPROTEROZOICA S S Gnaisses Pelíticos (kinzigito) Leucognaisse (leptinito) Biotita Gnaisse com quartzitos Figura 10: Perfil esquemático de distribuição dos granitóides no âmbito da Faixa Ribeira 17 A partir dos dados geocronológicos e estudos tectônicos relacionados à formação da Faixa Ribeira, a Orogênese Brasiliana foi dividida em três estágios orogenéticos principais de acordo com as fases de deformação que estão intimamente relacionadas às fases de metamorfismo (Trouw et al. 2000 e Heilbron et al., 1993, 1995, 2000): O principal evento tectono-metamórfico corresponde ao primeiro pulso metamórfico (M1) que atingiu condições de facies anfibolito a granulito, coincidindo com o período sin colisional (590-565 Ma) ou da Ob deformação principal (D1+D2). Esta foi responsável pela compartimentação tectônica observada no segmento central da Faixa Ribeira, gerada através do empilhamento de diversas escamas de empurrão com transporte tectônico direcionado para a área do Cráton do São Francisco. Este evento afetou ambos os terrenos, Ocidental e Oriental, sendo ra registrado no terreno Ocidental (estágio metamórfico M1 de Heilbron et al., 1993; Heilbron et al., 2000; Machado et al., 1996), associado com a deformação principal (D1 + D2). No pa segmento central da Faixa Ribeira este estágio orogênico pode ser subdividido em cinco episódios: pré-colisional (630-595 Ma); cedo-colisional (595-565 Ma); sin-colisional (565-540 Ma); tardi-colisional (540-520 Ma) e pós-colisional (520-480 Ma). O período cedo-colisional é ra caracterizado pela deformação principal (D1+D2), responsável pelo empilhamento tectônico, inicialmente representado por dobras recumbentes e empurrões dúcteis com vergência para a área cratônica que, posteriormente, passa a registrar uma importante componente de Co movimentação oblíqua (inversa e destral). Este período está associado à etapa metamórfica M1, com regime de pressão média a alta e zoneamento inverso, e a granitóides deformados do tipo I e S. No Terreno Oriental, este evento é representado principalmente pela colocação ul ns de numerosos corpos de granitóides concordantes com a estruturação regional. Em certos domínios do terreno Ocidental ocorrem registros de um evento metamórfico mais antigo, em torno de 605-628 Ma, provavelmente relacionado à fase inicial de colisão arco-continente. O segundo pulso metamórfico (M2) atingiu a facies anfibolito médio a alto, e está ta relacionado ao período tardi/pós-colisional (545-520 Ma) das fases de deformação tardias (D3+D4) posteriores à foliação principal (Heilbron et. al., 1995; 1998). O período tardi- colisional é representado pela fase de deformação tardia (D3), que resolveu o encurtamento através do redobramento íngreme da foliação pré-existente e da implantação de zonas de cisalhamento com componente direcional destral. A este período está associada a etapa metamórfica M2, com regime de pressão mais baixa, responsável pela intensa fusão parcial da cobertura e do embasamento na porção mais interna da faixa, resultando na geração de 18 diversos corpos granitóides, mais abundantes próximo à região costeira do Estado do Rio de Janeiro. O período pós-colisional representa a transição para o regime distensional predominante no Fanerozóico, com a geração de corpos granitóides isotrópicos, comumente associados a rochas básicas (Heilbron et al., 1995). Este evento pode ser interpretado como resultado da convergência tarde a pós-colisional do Terreno Oriental com a margem de placa São Franciscana (Heilbron & Machado, 2003). Ob O terceiro estágio corresponde ao período pós tectônico, ocorrido entre 503-492 Ma, que é contemporâneo à fase de deformação tardia D4 e está associado a magmatismo granítico (Heilbron et. al., 1995). ra 2.2.3) Os Granitos da Região Alvo Os principais corpos graníticos da região central do estado foram descritos na pa tentativa de ordená-los em sequência, segundo suas idades relativas, do mais velho para o mais novo (Penha, 1984). Rochas plutônicas gnaissificadas predominam em termos mais ra básicos, formando as unidades mais antigas da área (Unidades Santo Aleixo, Rio Negro (Penha et al, 1980) e Série inferior (Hemlbold et al 1965)). Em seguida, ocorreriam plutonitos gnaissificados em maior ou menor grau, representados principalmente pelo Batólito da Serra tectônicas. Co dos Orgãos. São rochas de composição granítica a granodiorítica e com características sin- Cortando esta suíte são reconhecidos plutonitos tardi a pós-tectônico de composição ul ns granodiorítica a granítica, na forma de pequenos “stocks” e bem representado pelo granito Suruí e Pedra Branca (Porto Jr. & Valente, 1988) que tem como uma de suas principais características a presença de megacristais de K-feldspato orientados (Porto Jr., 1994) ta Plutonitos posteriores representados pelos granitos Andorinha (Penha et al, 1980), Nova Friburgo, Ipiranga, Favela, Mangaratiba e Sana posicionaram-se após eventos tectônicos e magmáticos anteriormente referenciados. Esses corpos apresentam-se como diques espessos de composição granítica, tendendo a texturas porfiríticas e contendo xenólitos das rochas encaixantes, com consequente assimilação eventual das mesmas. Por último, foram descritas rochas plutônicas ainda mais jovens, caracterizando um último evento magmático ácido ocorrido na região. São leucogranitos (Granito Rosa, (Rosier, 1957)) 19 aos quais admíte-se afinidades genéticas com o granito Andorinha, podendo representar uma fase mais diferenciada daquele magmatísmo. Baseando-se em dados geoquímicos e de química mineral, Machado & Demange (1991) relataram que o magmatismo brasiliano gerador de granitos como Nova Friburgo, Frades, Suruí e Pedra Branca é do tipo “I”. Concluíram ainda que esse magmatismo brasiliano é muito similar ao magmatismo do tipo Cordilherano de margem continental ativa Ob do tipo Andino. Ainda segundo estes autores, tería ocorrido uma zona de subducção do tipo “B”, em direção a NW, que mergulharía por debaixo do cinturão Ribeira. ra Trabalhos realizados nas Serras da Pedra Branca e Misericórdia (Porto Jr., 1994), considerou os corpos graníticos ocorrentes nessas regiões correlacionáveis, do ponto de vista petrográfico, geoquímico e de campo. Considerou ainda a cristalização fracionada como ra pa sendo o principal mecanismo de diferenciação dentro da evolução do granito Pedra Branca. ul ns Co ta 20 PARTE 3 OS GRANITOS ESTUDADOS (Campo e Petrografia) 3.1 – Granito Pedra Branca 3.1.1 – Aspectos de campo Ob O Granito Pedra Branca corresponde ao litotipo de maior expressão areal na região estudada, compondo grande parte da Serra do Camorim, Sacarrão, Rosilha, Bangu, Barata e a totalidade da Serra do Calembá. É uma rocha holo a leucocrática, caracterizada pela presença ra marcante de fenocristais centimétricos de microclina que sobressaem na matriz média a grossa (>1 a 6mm). Com base nas variações variações texturais foi possível a individualização de três facies distintas para o Granito Pedra Branca: facies bandada, pa largamente dominante na área e facies hololeucocrática e pegmatítica, ambas de ocorrências subordinadas. Enclaves das rochas encaixantes: biotita-granada gnaisse, biotita-hornblenda gnaisse, gnaisses semifacoidais e tonalito Tachas são comumente observados no seu interior, ra quer seja, nas suas porções mais internas ou periféricas. Duas faciologias principais são descritas: Facies Bandada e Facies Hololeucocrática. Co # Granito Pedra Branca, Facies bandada . É representada por rochas holo a leucocráticas de coloração róseade crater magmático ul ns franco e textura inequigranular-hipidiomórfica. São tipos porfiríticos marcados pela presença de fenocristais de microclina de até 8.0 cm envoltos em uma matriz média a grossa (>1 a 6mm). Texturas cumuláticas são comuns nas proximidades de enclaves das rochas encaixantes. Sua composição mineral é dada por: microclina, plagioclásio, quartzo e biotita, esta, em volumes baixos. Allanita ocorre como fase acessória comum, contudo, em volumes ta inferiores aos observados no Granito Rosilha descrito anteriormente (Figuras 11, 12 e 13). # Granito Pedra Branca, Facies hololeucocrática. A fácies hlololeucocrática possui coloração rósea e textura inequigranularhipidiomórfica caracterizada por uma matriz média a grossa (>1mm a 6mm). Eventualmente podem ser observados fenocristais de microclina até 4cm. Sua composição não difere da anterior sendo dada por microclina, plagioclásio, quartzo e biotita (Figuras. 14 e 15). 21 Ob 12 ra ra pa 11 13 Figura 11:Granito Pedra Branca, facies bandada padrão. Figura 12:Granito Pedra Branca, facies bandada padrão.Observar a distribuição dos fenocristais de Kfeldspatos lta su n Co 14 Fig.17 Figura 13: Granito Pedra Branca, facies bandada padrão. Figura 14: Granito Pedra Branca, facies hololeucocrática padrão. Fig.16 Figura 15:Granito Pedra Branca, facieshololeucocrática interdigitada na facies bandada. 15 22 # Granito Pedra Branca, Facies hololeucocrática São rochas, holocristalinas, inequigranular-hipidiomórfica, e com granulação variando no intervalo (<1 a 9mm). A presença de megacristais confere à rocha pontualmente, um caráter porfirítico. Possui composição essencial dada por microclina, quartzo, plagioclásio e biotita em volumes muito subordinados. Os acessórios da rocha são: apatita, allanita, minerais opacos e zircão. Como minerais secundários ocorrem carbonato, muscovita e Ob saussurita (figura 16). A microclina ocorre em grãos finos a grossos variando entre 1 e 9mm. Possui hábito prismático a tabular, geminação "Tartan". Alguns grãos possuem caráter poiqulítico ra caracterizado por inclusões de apatita, quartzo, moscovita, biotita, plagioclásio e titanita (figura 17). O plagioclásio possui granulação fina a média, hábito tabular a prismático, mostrando-se pa geminados pela Lei da Albita. Saussuritização é comumente observada dificultando a visualização das lamelas de geminação. Caráter poiquilítico é caraterizado por inclusões ra de apatita e zircão. Eventualmente são observados inclusos na microclina onde exibem zonamento composicional (figuras 18 e 19). Quando limitados por grãos de microclina exibem textura mirmequítica associada. Co O quartzo ocorre como grãos límpidos, finos a médios (<1 a 3,5mm), de hábito granular a subarredondado, xenomórfico e, quando limitados por grãos de microclina ou menos comumente por grãos de plagioclásio, exibem contatos ul ns côncavo/convexo. tipo “embayment” e A biotita apresenta-se em grãos de hábito tabular e granulação fina a média (<1 a 2mm). Alguns grãos exibem nítida associação com fases de minerais precoces como minerais opacos e apatita. ta Os minerais são finos (<1mm), de hábito tabular e xenomórficos. São observados freqüentemente associados à biotita. A apatita é fina (<1mm) com hábito acicular. É observada inclusa nos grãos de microclina e eventualmente nos plagioclásios e minerais opacos. São raras as observações desta fase mineral na rocha. O zircão possui hábito prismático a subarrendado e granulação fina (<1mm). São muito raros na rocha. A muscovita possui hábito tabular e granulação fina. Ocorre associada à microclina, bordejando-as. Comumente é observada preenchendo fraturas existentes nos grãos de 23 ra Ob 17 12 ra pa 16 n Co 19 Figura 16:Granito Pedra Branca, facies 13 hololeucocrática. Aspecto geral da textura ao microscópio 14 lta su 18 11 Fig.17 Figura 17:Granito Pedra Branca, facies hololeucocrática. Aspecto geral das inclusões em grãos de K-feldspato (microclina) ao microscópio Figura 18: Granito Pedra Branca facies hololeucocrática.Inclusões saussuritizadas de plagioclásio em Microclina. 20 Figura 19: Granito Pedra Branca facies hololeucocrática.Inclusões saussuritizadas com bordas sobrecrescidas de albita em Microclina. 15 Figura 20: Granito Pedra Branca facies bandada. Fig.16 Observar os megacristais de Microclina 24 microclina e plagioclásio de maior dimensão. O carbonato é fino (<1mm) e são observados como material de preenchimento dos interstícios granulares e/ou fraturas existentes em grãos microclina e plagioclásio de maior dimensão. Tabela 1: Composição modal para a facies Hololeucocrática do Granito Pedra Branca Mineral ra Ob microclina quartzo plagioclásio biotita zircão apatita min. opacos muscovita allanita carbonato saussurita Percentual Mínimo 34 33 21 2 0.1 0.2 0.2 0.1 0.3 0.1 0.2 Percentual Máximo 37 42 25 5 0.3 0.4 0.4 0.5 0.5 0.3 0.7 pa Índice de cor: (2% a 5%) = hololeucocrático. Classificação modal das rochas da facies hololeucocrática da Unidade granito pedra branca segundo Streckeisen (1976): monzogranito ra 3.1.2 – Aspectos petrográficos # Granito Pedra Branca, Facies Bandada Co São rochas holocristalinas, de textura inequigranular-hipidiomórfica e com matriz apresentando granulação média (1 a 5mm). A presença de megacristais de até 12mm ul ns confere à rocha uma textura porfirítica típica. A composição mineral da rocha é dada por microclina, plagioclásio, quartzo e biotita. Como acessórios são observados minerais opacos, apatita, allanita, titanita e zircão. Muscovita, clorita carbonato e saussurita são minerais secundários comuns (figura 20). A microclina apresenta-se como grãos finos a médios, hipidiomórficos de hábito ta prismático a tabular. Micropertitas são observadas. Exibem freqüentemente geminação “tartan” e eventualmente "Carlsbad”. Possue caráter poiquilítico conferido por inclusões de plagioclásio, quartzo, biotita e apatita. Quando em contato com grãos de quartzo, mostram contatos em “embayment”, côncavo/convexo. O plagioclásio apresenta-se como grãos finos a médios, geminados pela “Lei da Albita” mostramdo-se freqüentemente alterados para saussurita. São grãos com hábito colunar a tabular, hipidiomórficos. Caráter poiquilítico eventual é marcado pela presença de 25 inclusões de grãos de biotita. Quando em contato com grãos de quartzo, mostram contatos do tipo “embayment”, côncavo/convexo. Textura mirmequítica é comum. Ocorre total ou parcialmente alterado ou com bordas reacionais de composição possivelmente mais albítica quando incluso nos megacristais de microclina (figura 18). Grãos que apresentam sobrecrescimento sintaxial são observados com inversão de suas lamelas de geminação. Alguns grãos apresentam intenso processo de muscovitização. Ob O quartzo mostra grãos límpidos, finos a médios, xenomórficos, por vezes com contornos arredondados com limites côncavo/convexo. Exibe, quando limitado pela microclina e pelo plagioclásio, contatos tipo “embayment”. Extinção ondulante pode ser observada em ra alguns grãos. A biotita ocorre em grãos de hábito tabular a prismático e granulação fina a média (<1 a 1,5mm). Em geral, associa-se aos minerais opacos e menos comumente à titanita e allanita. A allanita ocorre em grãos finos a médios (<1 a 1,5mm), xenomórficos. É pa intimamente associada à biotita e minerais opacos, bordejando-os ou englobando este último. Não é fase acessória abundante na rocha. ra Os minerais opacos são xenomórficos, por vezes esqueléticos, em grãos de hábito tabular e granulação fina a média (<1 a 1,5mm). São comumente observadas “carie texture”, o que indica processo de corrosão. Estão em geral associados à biotita. A apatita é fase acessória Co comum na rocha. Apresenta hábito prismático a subarredondado e granulação fina (<1mm). Ocorre como grãos inclusos nos grãos de plagioclásios e microclinas, sendo nesta última com mais freqüência. O zircão apresenta granulação fina (<1mm), hábito ul ns prismático a subarredondado. A titanita apresenta hábito acicular e granulação fina (< 1mm). São raras as ocorrências desse mineral na nessa rocha. A clorita possui granulação fina (<1mm) e hábito fibroso. São raras e freqüentemente observadas dispostas segundo o plano de clivagem da biotita, como produto de alteração. ta A muscovita e o carbonato apresentam grãos finos e são observados como preenchimento dos interstícios existentes nos megacristais. Compõem a saussurita como produto de alteração do plagioclásio. Possui granulação fina (<1mm). 26 Tabela 2: Composição modal para a facies bandada do Granito Pedra Branca Mineral ra Ob microclina quartzo plagioclásio biotita zircão titanita apatita min. opacos clorita muscovita allanita carbonato Percentual Mínimo 26 33 17 2 0.1 0.1 0.1 0.3 0.1 0.1 0.3 0.1 Percentual Máximo 44 42 28 7 0.4 0.3 0.4 0.6 0.3 0.4 0.5 0.4 Índice de cor: holo a leucocrático. Classificação modal para a facies bandada do Granito pa Pedra Branca (Streckeisen, 1976): Monzo a sienogranito # Granito Pedra Branca, Facies hololeucocrática. ra A fácies hlololeucocrática possui coloração rósea e textura inequigranular-hipidiomórfica caracterizada por uma matriz média a grossa (>1mm a 6mm). Eventualmente podem ser Co observados fenocristais de microclina até 4cm. Sua composição não difere da anterior sendo dada por microclina, plagioclásio, quartzo e biotita. 3.2.1 – Aspectos de campo ul ns 3.2 – Granito Andorinha/Favela O Granito Andorinha/Favela tem área de ocorrência restrita em termos de volume na região estudada, mas corresponde a dezenas de pequenos corpos espalhados por toda a área. ta Nos limites da cidade do Rio de Janeiro recebe a denominação de Granito Favela e para o resto da região de Granito Andorinha. Esse magmatismo representa o evento intrusivo mais jovem na região. É um litotipo leucocrático, de tonalidade variando de cinza a róseo, e sua composição mineralógica essencial é dada por microclina, plagioclásio, biotita e quartzo. É caracterizado pela homogeneidade textural, em texturas equigranulares (média). Contudo, eventualmente podem ser observados pórfiros euedrais de microclina de até 2 cm em meio a matriz. 27 Sua ocorrência se dá sob a forma de diques tabulares, centimétricos, zonados, subverticais a subhorizontais, que cortam à exceção dos diques de fonolito/traquito e diabásio, todos os litotipos já descritos. Seus contatos, são invariavelmente bem definidos (bruscos) e com eventual foliação de fluxo magmático, conferida pelo arranjo planar de feldspatos e principalmente palhetas de biotitas. Na região do Vale do Camorim, Município do Rio de Janeiro, nos níveis topográficos mais elevados, pode ser observado compondo Ob pequenos alinhamentos de matacões tabulares, de mergulhos subhorizontais e paralelos a foliação de fluxo do Granito Pedra Branca. Xenólitos centimétricos, fusiformes e com bordas enriquecidas em biotita refratária, são eventualmente observados em seu interior, orientados segundo uma direção preferencial de fluxo magmático. ra Sua ocorrência na porção SW da área de estudo (Pedreira Ibrata - Pedra do Calembá) é observada sob a forma de um dique de aproximadamente 150m de extensão e largura não pa superior a 2m que apresenta-se cortando subverticalmente as interestratificações das fácies bandada e hololeucocrática do granito Pedra Branca (figuras. 21 e 22). Na região da Serra dos Órgãos este granitóide em geral da forma aos principais picos da região. Por se ra apresentar de forma bastante homogênea e em corpos de forma tabular, esta rocha resiste mais aos processos intempéricos gerando erosão diferencial que facilita a ocorrência de picos por ela formada (figuras 23 e 24) Co 3.2.2 – Aspectos petrográficos # Biotita-Granito (Granito Andorinha/Favela) ul ns Trata-se de uma rocha equigranular, holocristalina de granulação média no intervalo (>1 a 1,8mm). Possui composição mineral essencial dada por microclina, quartzo, plagioclásio e biotita. Como acessório a rocha apresenta titanita, minerais opacos, zircão e apatita. Carbonato, muscovita e clorita são secundários observados (figura 25). ta A microclina possui hábito tabular a prismático e granulação fina a média. Exibe geminação "Tartan" típica, contudo, mostra geminação difusa e menos comumente geminações compostas Carlsbad/Tartan. Apresenta contatos tipo “embayment” com o quartzo. Por vezes, exibe caráter poiquilítico conferido por inclusões de biotita, zircão e apatita (figura 26). . 28 ra Ob 21 ra pa 24 23 lta su n Co 22 Figura 21: Aspecto de campo do Granito Favela: dique subhorizontal (Pedreira Bangu, Mun. Rio de Janeiro) Figura 22: Aspecto de campo do Granito Favela: campo de matacões a meia encosta. (Rosilha, Mun. Rio de Janeiro) Figura 23: Aspecto de campo do Granito Andorinha: dique subhorizontal na parte superior da Serra da Maria Cumprida (Terezópolis) Figura 24: Aspecto de campo do Granito Andorinha: dique subhorizontal no topo (pico) Maria Cumprida (Terezópolis) 29 O plagioclásio apresenta granulação fina a média, em grãos de hábito prismático. Caráter poiquilítico pode ser observado em alguns grãos, conferido pela presença de inclusões de biotita, zircão e quartzo (figura 27). O quartzo ocorre como grãos de granulação fina (<1mm), granular, xenomórfico com caráter intersticial. São grãos invariavelmente límpidos e com extinção ondulante freqüente. A biotita possui hábito tabular em grãos xenomórficos de granulação fina. É observada Ob freqüentemente associada aos minerais opacos (figura 28). . A apatita tem hábito prismático em grãos hipidiomórficos e finos. Freqüentemente são ra observadas inclusas em grãos de microclina. Alanita ocorre comumente nestas rochas fotrmando grãos subédricos bem individualizados (figura 29).Os minerais opacos são xenomórficos, de hábito tabular e granulação fina (<1mm). São observados freqüentemente pa associados à biotita. O zircão ocorre como grãos finos (<1mm), de hábito acicular a prismático. É uma fase acessória de rara observação na rocha. A titanita possui hábito prismático e granulação fina (< 1mm). São raras as ocorrências desta fase mineral rocha. A ra clorita ocorre como produto comum da alteração da biotita. Possui hábito fibroso e granulação fina (<1mm). A muscovita apresenta granulação fina (<1mm), hábito tabular a fibroso e encontram-se preenchendo os interstícios existentes em grãos de maiores dimensões Co de microclina e plagioclásio. Mineral Percentual Máximo 39 27 27 13 0.3 0.6 0.4 0.7 0.4 0.3 ta microclina quartzo plagioclásio biotita zircão apatita titanita min. opacos muscovita clorita Percentual Mínimo 35 23 25 10 0.1 0.3 0.1 0.3 0.2 0.1 ul ns Tabela 3: Composição modal do Biotita-Granito (Andorinha/Favela) Índice de cor: (10% a 13%) = leucocrática Classificação modal das rochas do Biotita-granito (Streckeisen, 1976): Monzogranito 30 25 ra Ob 26 21 24 lta su n Co 29 23 28 ra 22 pa 27 Figura 25: Aspecto de geral da textura ao microscópio do Granito Favela. Figura 26:Microclina suédrica e poiqui;lítica no Granito Favela,. Figura 27: Plagioclásio subédrico médio no Granito Andorinha. Figura 28: Padrão de ocorrência dos grãos de biotita no Granito Andorinha. Figura 29: Ocorrência de grãos euédricos de alanita no Granito Favela. 31 3.3 – Granito Mangaratiba 3.3.1 – Aspectos de campo O biotita granito compreende um corpo plutônico pós-colisional de grande dimensão que ocorre na parte superior da Serra de Mangaratiba, correspondendo a porção central da área mapeada. Ele coincide, em distribuição areal, com o denominado Granito Mangaratiba (DRM-RJ,1983 e Guimarães, 1999), sendo que as características faciológicas dessas rochas, Ob analisadas em campo e laboratório, permitiram a individualização de duas faciologias: uma equigranular e outra glomeroporfirítica. O posicionamento topográfico e estratigráfico destes corpos sugere a possibilidade destes serem correspondentes a estruturas “dique-sill”. Por apresentar contatos geralmente de baixo ângulo com as rochas encaixantes, o biotita granito ra pode ser interpretado como um corpo de atitude subhorizontal podendo corresponder, em parte, a um lacólito ou facólito. Em campo, a ocorrência do biotita granito se dá sob a forma de blocos “in situ” (Figura 30) e matacões “in situ” (Figura 31 ) ou movimentados (Figura 32 ). pa Mais comumente ocorrem nas partes mais altas do morros que constituem a parte central da Cidade de Mangaratiba (Figura 33), na margem de estradas e nas drenagens. Também foram mapeados afloramentos em cortes de estrada e na Praia Ibicuí. Em alguns afloramentos, foi ra possível visualizar estruturas de fluxo magmático não muito pronunciadas (Figura 34). Estas ocorrências pontuais de fluxo podem ser interpretadas, por analogia a outros corpos estudados em outras regiões do Estado do Rio de Janeiro, como possíveis diques Co alimentadores verticalizados das intrusões graníticas que se colocam sob a forma de “sills” quase horizontalizados (Figura 35). O biotita granito é rico em enclaves máficos microgranulares de coloração cinza escuro (Figura 36). Enclaves de variadas composições ul ns ocorrem dispostos sob formas discóides, arredondadas e angulosas, caracterizando diferentes níveis de assimilação (Figura 37). Outra característica associada este litotipo é a presença de glômeros máficos arredondados (Figura 38) em geral constituídos de agregados de biotita, mineral opaco e titanita (mais raramente também allanita) que lhe confere uma textura glomero-porfirítica (Figura 39) que vem caracterizar a faciologia aqui denominada de ta Titanita granito (Figuras 40 e 41). O biotita granito é uma rocha de aspecto homogêneo, com estrutura maciça, leucocrática, com colorações cinzentas a levemente rosadas, equigranular a glomeroporfirítico, de granulação média. Sua mineralogia é formada basicamente por microclina, plagioclásio, quartzo e biotita; por vezes, apresenta pórfiros rosados de Kfeldspato (10-30 mm) e, comumente, apresenta agregados máficos (glomeros), compostos de biotita, hornblenda, mineral opaco e titanita. 32 Ob 31 30 Fig. 24 ra 33 ra pa 32 35 lta su n Co 34 Fig. 28 Fig.16 36 37 33 ra Ob 39 ra pa 38 Figura 38: Granito Pós-colisional: glômeros máficos arredondados. Figura 39: Granito Pós-colisional: textura glomero-porfirítica. Figura 40: Granito Pós-colisional: aspecto de campo da faciologia Titanita granito. Figura 41: Granito Pós-colisional: aspecto de campo da faciologia Titanita granito. 41 lta su n Co 40 34 3.3.2 – Aspectos petrográficos Duas faciologias distintas foram identificadas no campo: uma fácies equigranular com presença de allanita e outra glomeroporfirítica com presença de titanita. A seguir serão apresentadas as características petrográficas de cada uma dessas faciologias. > Facies Equigranular (com presença de allanita) É uma rocha leucocrática, de cor cinza claro e granulação predominantemente média Ob (grãos variando entre 1 a 5 mm) (Figura 42). É composto de quartzo (26%), microclina (27%), plagioclásio (24%), biotita (10%), ortoclásio (2%), allanita (1,%), e carbonato, clorita, muscovita, minerais opacos, zircão e apatita completando o conteúdo mineralógico da rocha. ra Os grãos de quartzo variam de hipdiomórficos a xenomórficos, com granulometria variando de fina (0,6mm) a média (1,5mm). Os grãos apresentam-se com tendência a um hábito arredondado, exibindo contatos do tipo em baía com a microclina e muscovita (Figura 43). Já pa com relação a titanita, os contatos são mais retilíneos. Alguns grãos ter sido formados intersisticialmente, revelando ser uma fase de cristalização mais tardia (Figura 44). É comum ra a ocorrência de grãos de quartzo arredondados como inclusões em megacristais de microclina (Figura 45) apontando para o fato de seu comportamento residual, bem como formando intercrescimento mirmequítico (Figura 46) junto a grãos de plagioclásio Co destabilizados. Os grãos de microclina ocorrem tanto como megacristais de até 1 cm (Figura 47), mas em geral são médios com dimensão em torno de 2 mm (Figura 48). São grãos hipdiomórficos, com granulometria variando de fina (0,3 mm) a média (2 mm). Os grãos ul ns maiores mostram-se ricos em inclusões de quartzo arredondado que podem representar “gotas” de líquido magmático aprisionado na fase final da cristalização (Figura 49). Estes grãos são hipdiomórficos com limite de grãos apresentando contatos reativos (embainhados) (Figura 50). Quando em contato com plagioclásio, apresenta contatos algo mais corrosivo. Alguns grãos apresentam sericita nas extremidades. Em geral, apresentam-se bem ta preservados. Os grãos de plagioclásio são hipdiomórficos, de granulometria variando de fina (0,5mm) a média (3 mm). Exibem hábito prismático (Figura 51), contatos corroídos com a biotita, ortoclásio e microclina. Podem apresentar-se muito modificados hidrotermalmente (saussuritizados) (Figura 52) e não raramente mostram-se zonados composicionalmente (Figura 53). Podem apresentar inclusões, neste caso englobando grãos de biotita cloritizada de hábito tabular, minerais opacos de hábito octaédrico, zircão e apatita, mas nunca microclina ou ortoclásio, estabelecendo uma relação temporal clara de crescimento para este 35 Ob 43 ra 42 ra pa 44 Fig.6 Fi.15 lta su n Co Fig.35 45 Fig.40 46 47 Figura 42 - Granito Mangaratiba: aspecto geral da textura ao microscópio. Facies equigranular (Nicóis cruzados). Figura 43- Granito Mangaratiba: quartzo com padrão “embayment” .(Nicóis cruzados). Figura 44- Granito Mangaratiba: grãos de quartzo de caráter intersticial.(Nicóis cruzados). Figura 45- Granito Mangaratiba: inclusões arredondadas de quartzo em megacristal de microclina.(Nicóis cruzados). Figura 36- Granito Mangaratiba: intercrescimento mimerquítico. (Nicóis cruzados). Figura 47- Granito Mangaratiba: megacristal de microclina. 36 Ob Fig1 49 ra 48 Fig.41 ra pa 50 Fig.37 Fig.6 Fig.39 Fig.16 lta su Fig.39 52 Fig.38 Fi.15 n Co Fig.35 51 Fig.40 53 Fig.40 Fig.46Fig.46 Fig.17 Figura 48: Granito Mangaratiba: grãos de microclina médios na matriz Figura 49: Granito Mangaratiba: grãos de microclina euédrica com inclusões residuais de quartzo (Nicóis Cruzados) Figura 50:Granito Mangaratiba: grãos de microclina subeuédrica com contornos embainhados (reativos) (Nicóis cruzados) Figura 51:Granito Mangaratiba: plagioclásio de hábito prismático (Nicóis Cruzados) Figura 52:Granito Mangaratiba : plagioclásio fortemente saussuritizado (Nicóis Cruzados) Figura 53:Granito Mangaratiba : plagioclásio fortemente zonado(Nicóis Cruzados) Fig.47 Fig.48 37 conjunto de minerais. Uma segunda geração pode ser estabelecida a partir da existência de um sutil sobrecrescimento apresentado por alguns grãos. Como este sobrecrescimento não foi afetado por modificações hidrotermais, entende-se ser ele tardio em termos de aparecimento (Figura 54). Intercrescimento mimerquítico com o quartzo é bastante comum (Figura 55). Eventual presença de ortoclásio foi observada. São grãos hipdiomórficos a xenomórficos, com granulometria em torno de 1 mm. Apresentam fraturas preenchidas por Ob carbonatos. Em geral, apresentam-se razoavelmente sericitizados . Os grãos de biotita apresentam-se fortemente alterada. São grãos hipdiomórficos a xenomórficos de hábito tabular. A granulometria varia de fina (0,05mm) a média (2,00mm). Pode conter inclusões de minerais opacos e, em geral, ocorrem juntos com apatita, minerais ra opacos e zircão. A allanita é um mineral acessório de relativa importância pois foi utilizado como parâmetro de distinção faciológica. Ocorre como grãos hipdiomórficos de granulação pa fina a média em geral junto às porções mais félsicas das rochas. Os grãos de apatita, minaral opaco e zircão e aparecem como minerais acessórios comuns. Os carbonatos ocorrem intersisticialmente, preenchendo fraturas ou por alteração ra principalmente do plagioclásio. Clorita e muscovita são minerais secundários observados. > Facies Glomero-porfirítica (com presença de titanita) Co As diferenças fundamentais que podem ser estabelecidas entre esta faciologia e a anteriormente descrita é a presença de uma textura glomeroporfirítica (Figura 56) ul ns desenvolvida a partir da presença de grumos de material máfico (biotita-mineral opacoapatita-titanita) além da presença de titanita em grãos individualizados na matriz da rocha (Figura 57). É uma rocha leucocrática, de cor cinza claro e granulação média com presença de glomeros que podem ter até 1 ,2 cm de dimensão. Sua composição modal é similar a da facies equigranular apresentando quartzo (21%), microclina (26%), plagioclásio (27%), biotita (12%), ta ortoclásio (4%), titanita (4,%), e carbonato, minerais opacos, zircão, allanita e apatita completando o conteúdo mineralógico da rocha. O padrão descritivo das fases minerais é muito similar ao descrito anteriormente. Será aqui acrescentada apenas a descrição da fase titanita ainda não descrita. A titanita é um mineral acessório de relativa importância. Ocorre como grãos hipdiomórficos de granulação fina a média em íntima associação à minerais opacos e biotita caracterizando a presença de grumos máficos (Figura 58). 38 Ob 55 ra 54 pa Fig.55 05 ra 56 Fig1 n Co Fig.51 Fig.43 58 lta su 57 8Fi.15 Fig.40 Figura 54: Granito Mangaratiba: aspecto geral da textura glomeroporfirítica. (Nicóis Paralelos) Figura 55: Granito Mangaratiba: aspecto geral da textura glomeroporfirítica. (Nicóis Paralelos) Figura 56: Granito Mangaratiba: grãos de titanita em associação aos grumos máficos. (Nicóis Paralelos) Figura 57: Granito Mangaratiba: grãos de titanita individualizados na matriz.(Nicóis Paralelos) Figura 58: Granito Mangaratiba: grãos de titanita individualizados na matriz.(Nicóis Paralelos) 39 3.4 – Granito Nova Friburgo 3.4.1 – Aspectos de campo Trata-se de um maciço bastante homogêneo, com variação faciológica pequena, sendo possível distinguir dois grupos de rochas de composição distinta: um, de composição granítica (sieno a álcali-feldspato granito), que representa a parte principal do maciço e, outro, com termos mais básicos, de ocorrência restrita, que inclui rochas de composição Ob quartzo diorítica a quartzo monzodiorítica. Outras ocorrências deste litotipo se dão sob forma de diques subverticais a subhorizontais espalhadas por toda a área da Serra dos Órgãos (Figura 59). ra Nos dois grupos predomina textura porfirítica, com matriz de granulação média a grossa, mais raramente média/fina. São rochas de cor cinza clara, leucocráticas, incluindo também termos hololeucocráticos. pa 3.4.2 – Aspectos petrográficos Nos termos de composição granítica K-feldspato (microclina) é a fase mais importante, ra seguida pelo quartzo, plagioclásio e biotita. Ocorre na matriz ou como megacristais poiquilíticos, euedrais, pertíticos; com as partitas na forma de gotas ou prismáticas (figura Co 60). O plagioclásio pode ocorrer como megacristal, porém em tamanho menor do que o Kfeldspato, ou na matriz, em cristais muitas vezes zonados, centro mais cálcico do que a associado a fluorita nos seus traços de clivagem. ul ns periferia, podendo também ocorrer sericitizado ou muscovitizado (na parte central), Os minerais ferro-magnesianos ocorrem muitas vezes agrupados, com texturas cumuláticas, juntamente com titanita, allanita, apatita e zircão (figura 61 e 62). A biotita achase localmente transformada em clorita e muscovita. ta Entre os acessórios, titanita, apatita e opacos são os mais abundantes, seguidos pelo zircão e allanita. A apatita e allanita ocorrem em grandes cristais prismáticos ( até 1,6 mm) na matriz ou com o inclusões nas fases essenciais; a primeira ocorre também como inclusão na segunda; a titanita associa-se com biotita, opacos e apatita; os opacos ocorrem associados a biotita ao lado de outros acessórios, constituindo-se juntamente com eles fases cumuláticas. 40 Granito Nova Friburgo ra Ob 59 ra pa 60 61 Figura 59: Granito Nova Friburgo: aspecto geral em afloramento lta su n Co 62 Fig.40 Figura 60: Granito Nova Friburgo: Microclina euédrica a suédrica e poiquolítica (Nicóis Cruzados) Figura 61:Granito Nova Friburgo: grumos máficos (grãos de titanita em associação a biotita e eventual hornblenda (Nicóis Paralelos) Figura 62:Granito Nova Friburgo: grumos máficos (textura cumulática?)(Nicóis Paralelos) 41 Dos minerais de alteração, destacam-se serecita, muscovita e carbonatos associados ao plagioclásio, ou ainda clorita e muscovita, com biotita; e a ocorrência de fluorita associada ao plagioclásio e muscovita. O conjunto faciológico aponta para uma série petrográfica descontínua à biotita e allanita com termos álcali-feldspato graníticos a granodioríticos, com uma lacuna nas rochas monzograníticas (figura 63) (Tupinambá, 1999). Ob 3.5 – Granito Sana 3.5.1 – Aspectos de campo ra Trata-se de um maciço muito homogêneo, com rochas de estrutura maciça, leucocráticas, de cor cinza clara, granulação fina a média, mais raramente grossa, de textura equigranular hipidiomórfica ou de tendência porfirítica (figura 64). Sua composição varia de pa sienogranítica a álcali-feldspato granítica. Uma faciologia porfirítica também ocorre. Nela predominam megacristais de K-feldspato (microclina) em relação ao plagioclásio, o quais são pertíticos e poiquilíticos. ra 3.5.2 – Aspectos petrográficos Co Na mineralogia essencial predomina K-feldspato em relação quartzo, seguido pelo plagioclásio e biotita. O K-feldspato possui forma subédrica em cristais colunares euedrais podendo apresentar plagioclásio e quartzo como inclusões. Fraturas preenchidas por ul ns sericita/muscovita são comuns (figura 65) . O plagioclásio, ocorre comumente saussuritizado, mostramdo-se por vezes zonado. Seus grãos são colunares a equidimensionais (figura 66). O quartzo pode ocorrer em grandes cristais na matriz e exibe com frequência extinção ondulante. Os minerais opacos são os acessórios mais abundantes, seguidos pela apatita, zircão, ta com quantidades menores de allanita (figura 67). Aparecem como inclusões euedrais na biotita ou como cristais secundários associados a biotita, como produtos de alteração junto de clorita e muscovita. A apatita ocorre em cristais menores inclusos nos outros minerais ou em cristais maiores, intersticiais. A allanita ocorre em grandes cristais, em geral isolados, prismáticos, euedrais a anedrais, pleocróicos, amarelados com tonalidade marrom a verde clara, exibindo zoneamento interno marcante. 42 ra Ob ra pa lta su n Co Figura 63:conjunto faciológico para o Granito Nova Friburgo 43 Ob 64 ra ra pa 65 66 Figura 64: Granito Sana: aspecto geral em afloramento lta su n Co 67 Fig.40 Figura 65: GranitoSana: Microclinasuédrica e poiquolítica (Nicóis Cruzados) Figura 66:Granito Sana: plagioclásio fortemente saussuritizado (Nicóis Cruzados) Figura 67:Granito Sana: Crsital de alanita (Nicóis Paralelos) 44 Dos minerais de alteração destacam-se sericita associada ao plagioclásio, clorita a biotita, muscovita a biotita, ou ainda pequenas quantidades de carbonato e zoisita associadas ao plagioclásio. Do conjunto de lâminas analisadas, três delas analisadas destacam-se pelo grau acentuado de altereçao de seus minerais, com plagioclásio fortimente sericitizado, biotita cloritizada, opacos como fase secundária, K-feldspato transformado em muscovita, com a Ob matriz enriquecida em quartzo. 3.6 – Granito Ipiranga 3.6.1 – Aspectos de campo ra O granito Ipiranga é um granito biotitíco com tendência porfirítica , de granulometria fina a média e de cores acinzentadas. Morfologicamente sua área de ocerrência caracteriza-se pela presença de morrotes com formato meia laranja onde se sobressaem grandes blocos pa arredondados e semi arredondados, constituindo verdadeiros campos de matacões. 3.6.2 – Aspectos petrográficos A principal feição microscópica desse granito cosiste na sua textura que varia na sua ra granulação granular porfirítica a porfirítica sensu stritu, onde os cristais maiores de Kfeldspato de coloração variável de branca a rósea, possuem dimensões medias de ordem de Co 0,5 cm a 1 cm, sendo possível reconhecer em alguns exemplares a geminação de Carlsbad A matriz exibe uma granulação muito fina e uma coloração tendendo a cinzento claro que dá a coloração da rocha. Constituído de pórfiros de microclina subédricos, alguns cristais ul ns com característica pertitíca e matriz de quartzo, albita-oligoclásio, microclina, biotita parda e acessórios. O quartzo normalmente e xenomórfico de coloração translúcida à esbranquiçada ou como cristais sub-hedrais ocupando espaços irregulares entre os constituintes da rocha. É frenquente notar processos de microclinização evidenciados pelos pórfiros de K-feldspato que crescem a partir da digestão de plagioclásios quem passam a apresentar bordas ta albitizadas e mimerquíticas no contato com a microclina. Como acessórios são encontrados cristais bem formados de titanita, de cor caramelada, de tamanho milimétrico, allanita também milimétrica exibindo lados pleocróicos, apatita, magnetita, fluorita e alguns cristais xenomórficos de pirita. 45 3.7 – Granito Suruí 3.7.1 – Aspectos de campo O leucogranito Suruí, compreende um conjunto de rochas granitóides de variações texturais conspícuas. São rochas hololeucocráticas, de tons rosados, textura inequigranularhipidiomórfica e granulação variando de média a muito grossa (1 a 12 mm), o que lhe confere caráter porfirítico. Possui composição sieno a monzogranítica, sendo composto, por Ob microclina, plagioclásio e quartzo com biotita em volumes subordinados. Minerais opacos (magnetita e/ou ilmenita) e muscovita ocorrem em pequenos volumes. Ocorre principalmente na região de Suruí, Magé, região da baixada fluminense mas sua ocorrência ra também é notada fortemente nas ilhas da Baía da Guanabara. Duas facies podem ser individualizadas para este conjunto: grossa, dominante em volume, média de menor expressão. A facies grossa, caracteriza-se por sua relativa pa homogeneidade textural, podendo apresentar porém, em veios mais espessos, zonamentos texturais e composicionais centro-borda, além de xenólitos dos tipos gnáissicos das unidades supracitadas. Eventualmente, assume caráter discordante, cortando o conjunto gnáissico ra encaixante sob forma de diques de espessura não superior a um metro e, não raras vezes, ocorre como bolsões quartzosos, com cristais de microclina e quartzo bastante desenvolvidos. A facies média caracteriza-se pela abundante presença de "shilierens" biotíticos e estruturas Co fantasmas em suas porções marginais. Foliação mimética refratária (biotítica), original dos tipos metamórficos, são comumente observadas nesta facies, porém, especialmente associada 3.8.2 – Aspectos petrográficos São litotipos holocristalinos, ul ns aquelas porções em que os contatos com os tipos gnáissicos são mais difusos. hololeucocráticos, de textura inequigranular- hipidiomórfica, granulação variando de média a muito grossa (1 a 12 mm), o que lhe confere, ta eventual caráter porfirítico. Sua composição mineral é dada por microclina, plagioclásio, biotita e quartzo, tendo como minerais acessórios apatita, zircão, titanita e minerais opacos. Como minerais secundários ocorrem: carbonato, clorita, epidoto, muscovita, saussurita e sericita. A microclina é micropertítica, geminada por “tartan”, sendo o feldspato predominante da rocha. Possui hábito tabular a prismático, contornos xenomórfico a hipidiomórficos e 46 granulação variando de fina a muito grossa (1 a 12 mm). Grãos com caráter poiquilítico podem ser observados, neste caso, incluindo apatita, zircão, titanita, biotita e plagioclásio. Os grãos de microclina apresentam-se em geral fraturados e quando assume caráter intersticial, apresenta formas sub-arredondadas. Porções em que sua geminação apresenta-se difusa, sugere, por vezes, que sua gênese esteja relacionada a processos de microclinização do plagioclásio. Pode apresentar com o quartzo contatos do tipo invasivo e, quando, alterada Ob gera sericita e grãos aciculares de muscovita preferencialmente em suas bordas. O plagioclásio apresenta-se geminado, tanto pela Lei da Albita quanto por Carslbad e grãos com elevado grau de alteração, perfazem quase que a totalidade de sua espécie. Possui hábito tabular, terminações xenomórficas e granulação fina a média (0.5 a 3.5 mm). ra Apresenta zonamento óptico e/ou composicional e porções em que sua geminação apresenta-se difusa, sugerem eventualmente processos de microclinização. Bordas de pa composição possivelmente mais albítica e/ou com sobrecrescimento sintaxial podem ser observadas quando em contato com álcali-feldspato. Texturas de intercrescimento com o quartzo podem ser observadas quando da proximidade destes últimos e, quando alterados, ra podem apresentar núcleos nublados. Maclas em cunha, torção do eixo C e intenso fraturamento dos grãos, sugerem esforços sofridos pela rocha. Grãos com finas inclusões de apatita podem ser observados. Sua composição pelo método Michel-Levi foi estimada como Co variando entre An25 a An30 (oligoclásio). O quartzo é xenomórfico, límpido, fraturado, com granulação variando de fina a grossa (<1 a 8 mm). Embora predominantemente intersticial, pode também ocorrer sob a ul ns forma de finos grãos em forma de gotas sub-arredondadas no interior dos feldspatos. Pode apresentar com o plagioclásio textura mirmequítica, quando da proximidade de grãos de microclina, e formarem ainda contatos do tipo invasivo com este último. Evidências de recuperação como sub-grão pode ser também observa. ta A biotita apresenta cor marrom em grãos de hábito tabular com contornos xenomórficos e granulação podendo variar de fina média (<1 a 1.75 mm). Sua alteração para clorita pode ser observada preferencialmente ao longo de seus panos de clivagem, bem como apresentar os típicos “bird eyes”. Forma com a titanita e minerais opacos “grumos máficos”. Caráter poiquilítico, com microinclusões destes últimos minerais pode também ser observado. Sua ocorrência se dá preferencialmente nos flancos de grãos de microclina. 47 Os minerais opacos apresentam hábito acicular a tabular, contornos xenomórficos e granulometria fina. Ocorrem em associação à grãos de biotita e titanita, formando com estes pequenos “grumos” esparsos pela rocha. Sua granulação varia de fina a média (<1 a 1,1 mm). A titanita apresenta hábito acicular, contornos xeno a hipidiomórficos e granulação muito fina (<1mm). Embora possa ocorrer dispersa por toda a seção como inclusões nos feldspatos, preferencialmente associa-se a biotita e minerais opacos, com os quais formam Ob “grumos máficos”. A apatita ocorre em finos grãos de contornos hipidiomórficos, de hábito prismático a hexagonal, em seções basais de granulação fina e inclusos principalmente nos feldspatos. O zircão possui habito prismático a sub-arredondado, terminações hipidiomórficas e ra granulação fina (<1mm). A semelhança da apatita, ocorre pela rocha sob a forma de inclusões em grãos de cristalização subseqüente. pa A clorita surge a partir da alteração da biotita, preferencialmente ao longo de seus planos de clivagem. Possui hábito fibroso, cor de interferência anômola e terminações xenomórficas em grãos finos (<1mm). ra O carbonato possui relevo e cor de interferência alta e ocorre a partir da alteração do plagioclásio. Grãos com até 1mm podem ser observados. O epidoto ocorre em grãos finos de hábito acicular, dispostos preferencialmente sobre grãos de plagioclásio, do qual surge por Co alteração. Possui relevo alto, alta birefringência e forma com a mica branca e carbonato de granulação fina (<1mm) a saussurita. A mica branca apresenta hábito acicular, em grãos xenomórficos de granulação fina a média (<1 a 1.5mm). Grãos médios podem apresentar ul ns clivagem boa segundo uma direção com hábito tabular e terminações hipidiomórficas. Alguns grãos sugerem formação a partir da alteração da biotita. Produtos de saussuritização e sericita surgem a partir da alteração do plagioclásio e microclina respectivamente. A "saussurita" é formada por uma mistura de grãos de epidoto, ta carbonato e mica branca de granulação muito fina (<1mm). 48 Tabela 4 : Composição modal para o Granito Suruí Mineral ra Ob Percentual Percentual Mínimo Máximo plagioclásio 22 43 quartzo 22 25 microclina 28 50 ortoclásio 3 biotita 3 5 zircão 0.6 1.1 apatita 0.4 0.8 allanita 0.4 titanita 0.3 1 min. opacos 0.3 0.9 muscovita 1.8 3.0 clorita 0.2 2.0 sericita 0.3 0.5 carbonato 1.3 3.2 epidoto 0.3 0.5 pa Classificação quanto ao índice de cor: leucocrático. Classificação petrográfica (Streckeisen, 1976): Sienogranito. ra ul ns Co ta 49 PARTE 4 – OS GRANITOS ESTUDADOS (Geoquímica) 4.1- Análise Geral dos Dados Coletados A interpretação geológica/geoquímica/petrológica dos dados, visando a possibilidade de integração dos corpos graníticos tardi a pós-colisionais do segmento central da Faixa Ob Ribeira em suítes ou séries distintas, foi realizada utilizando-se uma possível correlação, feita através de planilhas contendo dados de campo, petrográficos e geoquímicos compilados a partir da literatura disponível sobre o tema. ra Ao todo, foram tratados e forma conjunta análises geoquímicas referentes a corpos graníticos tardi a pós-colisionais de variados tipos e espalhados por toda a região de estudo. Tentou-se que a maior parte dos corpos relacionados a este agrupamento tectônico estivesse pa representado, mesmo quando as análises existentes não apontassem para uma qualidade superior e mesmo que as mais antigas não se mostrassem completas quanto ao conjunto de elementos analisados. ra As primeiras avaliações referentes à geoquímica qualitativa, apontam para a existência de um conjunto relativamente espandido, de caráter subalcalino (Figura 68) e evoluído ao longo de uma tendência calcialcalina (Figura 69). Em diagrama ACK, o conjunto mostra-se Co variando desde tipos metaluminosos (predominantes) até tipos peraluminosos (Figura 70). Do ponto de vista da classificação geoquímica destas rochas elas se enquadram ul ns sistematicamente no grupo dos granitos, tanto por classificação pelo diagrama TAS (Figura 71), quanto quando da utilização de parâmetros muticatiônicos (Figura 72) Os corpos graníticos metaluminosos, e mesmo os peraluminosos, podem ser considerados como do tipo I (Chapell & White, 1974; Pitcher, 1976) com base nas caracetrísticas apresentadas na Tabela 5. ta A análise dos diagramas do tipo Harker é de pouca ajuda quando utilizamos SiO2 como índice de difrenciação. Como se tratam de rochas bastante diferenciadas e de espanssibilidade restrita, diagramas em espaços xy contribuem de maneira restrita. A partir do exercício de utilização de MgO como índice de diferenciação (Figura 73), pode ser dito, entretanto, que estas rochas apontam para correlações positivas para P2O5, CaO, FeO e TiO2, correlações negativas para SiO2, K2O e Na2O e forte dispersão para Al2O3, Rb, Ba, Sr, Hf. 50 20 Na2O + K2O (wt %) 18 16 Figura 68: Diagrama TAS aplicado às rochas estudadas 14 12 10 8 Alcalino 6 Ob 4 2 0 35 40 SubAlcalino 45 50 55 60 65 SiO2 (wt %) 70 75 80 85 ra FeO pa Toleiítico Figura 69: Diagrama AFM aplicado às rochas estudadas ra n Co Calci-Alcalino Na2O + K2O Al2O3/(Na2O + K2O) Metaluminoso Peraluminoso Figura 70: Diagrama ACK aplicado às rochas estudadas 2 1 lta su 3 MgO Peralcalino 1 Al2O3/(CaO + Na2O + K2O) 2 51 15 Granitos U3 10 F T U2 S3 U1 Ob Na2O + K2O (wt %) Ph 5 S2 S1 ra 35 O3 O2 O1 B Pc 0 R 45 55 SiO2 (wt %) 65 75 pa Figura 71: Classificação geoquímica em diagrama TAS para os granitóides estudados ra n Co 300 Granitos 200 4 100 0 -400 8 12 -300 3 7 11 -200 10 2 6 1 5 9 -100 0 P = K - (Na + Ca) lta su Q = Si/3 - (K + Na + 2Ca/3) 400 100 200 300 Figura 72: Classificação geoquímica em diagrama multicatiônico para os granitóides estudados 52 9 .9 8.4 .8 7.8 K2O (wt %) P2O5 (wt %) 1 .7 .6 .5 7.2 6.6 6 .4 5.4 .3 4.8 .2 4.2 .1 3.6 0 0 .1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 3 1 Ob 0 .1 .2 .3 .4 .5 .6 MgO (wt %) .7 0 .1 .2 .3 .4 .7 5 3.7 4.7 3.4 4.4 Na2O (wt %) 4 3.1 ra CaO (wt %) MgO (wt %) 2.8 2.5 2.2 1.9 1 .9 1 4.1 3.8 3.5 3.2 0 .1 .2 .3 pa 1.3 .4 .5 .6 MgO (wt %) .7 75.8 74.6 .9 2 1 73.4 72.2 71 69.8 68.6 67.4 66.2 0 .1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 MgO (wt %) 38 15.8 30.6 15.2 26.9 Hf (ppm) 16.4 34.3 14.6 14 23.2 19.5 13.4 15.8 12.8 12.1 12.2 8.4 11.6 4.7 11 1 0 .1 .2 .3 .4 .5 .6 MgO (wt %) .5 .6 .8 MgO (wt %) lta su 65 2.3 n Co SiO2 (wt %) .8 2.6 ra 77 Al2O3 (wt %) .9 2.9 1.6 1 .8 .7 .8 .9 1 0 .1 1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 1 MgO (wt %) Figura 73: Diagramas de Harker para os granitóides estudados 53 Tabela 5: Parâmetros Discriminantes utilizados por Chapell & White (1974). Granitos tipo S Granitos tipo I Baixo Na. Na2O em geral < 3,2 % em rochas com Alto Na. Na2O em geral > 3,2 % em rochas félsicas, até 5% de K2O, diminuindo para valores < 3,2% para diminuindo para valores >2,2% para rochas com até rochas com até 2% de K2O 2% de K2O Al2O3 / (Na2O+K2O+CaO) > 1,1, em proporção Al2O3 / (Na2O+K2O+CaO) < 1,1, em proporção molecular Fe+3 / Fetotal < 0,2 Fe+3 / Fetotal > 0,2 Corindon normativo (CIPW) > 1% Diopsídio normativo (CIPW) ou Corindon normativo Ob molecular > 1% Litotipos restritos aqueles ricos em SiO2 Litotipos variando de composição f'élsica a máfica ra Xenólitos metassedimentares são comuns Xenólitos máficos ricos em hornblenda e com aparência ígnea são comuns Aos tipos mais felsicos associam-se mineralizações A variados litotipos associam-se depósitos tipo pa de Sn e W "Porphyry Copper" e de Mo Isócronas mostram pontos espalhados dentro de um Isócronas mostram uma regular e linear distribuição largo envelope dos pontos diagramas ra Apresentam-se variações irregulares em vários Apresentam-se variações entre os elementos bem regular dentro dos plutons. As variações nos vários diagramas é linear ou quase linear Co 4.2- Interpretações dos Dados Geoquímicos A partir dos dados compilados da literatura, apresentados nos Anexos A1, A2, A3, A4, área estudada, do ponto de vista qualitativo. ul ns A5 foi realizada a caracterização possível para o conjunto de rochas graníticas ocorrentes na 4.3- Aspectos Gerais dos Granitos da Porção Centro-Sul do segmento ta Central da Faixa Ribeira. A caracterização das rochas estudadas, considerando seus aspectos de campo (estruturas), petrográficos, mineralógicos e tectônicos foram resumidos e apresentados na Tabela 6. Esses dados serão úteis para aclassificação das rochas graníticas estudadas, bem como para a realização da caracterização dos agrupamentos graníticos que será feito com base nestas características e daquelas obtidas pela classificação dos mesmos. 54 Uma primeira observação aponta para a predominância de rochas que derivam aparentemente de fusões crustais profundas, a partir da mineralogia das mesmas. Apesar de termos alguns tipos de caráter peraluminoso que poderiam estar associados a fusões crustais de metassedimentos, quando da observação das características mineralógicas, as mesmas não suportam tal afirmação, já que paragêneses típicas para rochas formadas a partir de fusões de metassedimentos não são encontradas. Ob Quanto ao aspecto estrutural, podemos concluir que existem dentro do conjunto estudado, predomínio quase que total de rochas não deformadas. As que apresentam algum tipo de estrutura s mesmas são relacionadas a fluxo magmático ou referentes a processo de ra alojamento do magma, portanto, sem caracáter tectônico. pa 4.4. Classificação metalogenética para as Rochas Graníticas da Porção CentroSul do Estado do Rio de Janeiro, Folha Rio de Janeiro. (Segmento Central da Faixa Ribeira). 4.4.1 – Introdução ra A literatura apresenta variados tipos de classificações para rochas graníticas. Dentre aquelas mais utilizadas temos as sugeridas por Chapell & White (1974), em clássico trabalho de definição de tipos graníticos I (fonte ígnea) e tipo S (fonte dedimentar). Posteriormente Co essa classificação foi reavaliada e ampliada por Pitcher (1979), surgindo então as rochas graníticas do tipo A e M, enquanto o tipo I foi subdividido em tipo Caledoniano e 4.4.2- Parâmetros Utilizados na Classificação ul ns Cordilheirano. O tipo S não sofreu grandes modificações. A primeira classificação a ser avaliada é a de Chapell & White (1974). Nela, são usados como parâmetros classificatórios a porcentagem de Na2O nas amostras; a proporção molecular do alumínio em relação a de sódio, potássio e cálcio; a relação Fe+3/Fetotal, a dispersão de SiO2 por litotipos e ta ocorrência de paragêneses minerais como biotita/muscovita e biotita/hornblenda. A partir destes parâmetros foi realizada uma primeira distinção entre os vários litotipos graníticos ocorrentes no segmento central da Faixa Ribeira. Dentre os parâmetros que não puderam ser utilizados, por falta de dados na literatura, devem ser citados aqueles relacionados à razões isotópicas 87Sr/86Sr e a avaliação da dispersão dos resultados isotópicos quando plotados em diagramas isocrônicos. Assim, os parâmetros discriminantes considerados como pertinentes pelos autores podem ser obsevados na Tabela 7. 55 Tabela 6: Sintese das características de campo e petrográficas dos granitos estudados Maciço Composição Minerais Minerais Textura e Feições Granítico Dominante Essenciais Acessórios Estrutura Petrográficas FK > Qtz >Plg > Bit Opc > apt > zir +/all FK > Qtz >Plg > Bit Tit > Apt > opc > all Sieno Monzogranito Nova Friburgo Sieno a álcaligranito Andorinhas Sieno monzogranito a FK > Qtz >Plg >Bit Tit > Apt > opc> zir Equigranular médio Suruí Sieno monzogranito a FK > Qtz >Plg Opc > apt > zir Inequigranular porfirítica Mangaratiba Sieno granito FK > Qtz >Plg Tit > Apt > opc> zir Equigranular médio Sana Sieno a álcaligranito FK > Qtz >Plg > Bit Opc > apt > zir Inequigranular porfirítica Sieno monzogranito FK > Qtz >Plg >Bit Tit > Opc > apt > zir Inequigranular porfirítica a pa Ipiranga a ra Ob Pedra Branca Inequigranular porfirítica; bandada; pegmatítica Inequigranular porfirítica Text. Poiquilítica; mirmequita, pertita Text. Poiquilítica; mirmequita e plag zonado Text. Poiquilítica; mirmequita, pertita Text. Poiquilítica; mirmequita, pertita Text. Poiquilítica; mirmequita Text. Poiquilítica; mirmequita, pertita Text. Poiquilítica; mirmequita Com base nestes parâmetros foi realizada então uma comparação com os dados ra disponíveis para as rochas graníticas estudadas. O resultado desta comparação está apresentado na tabela 7. A interpretação dos resultados, que aponta para uma predominância absoluta de tipos graníticos que devem ser classificados como I, confirma a Co afirmação feita anteriormente de que inexistem paragêneses diagnósticas para origem a partir de fusões de metassedimentos, dentre as rochas estudadas. ul ns A classificação proposta por Pitcher (1977) apresenta um avanço em relação à anterior pois as rochas graníticas foram também por seus aspectos tectônicos, além de especificar outros tipos graníticos não contemplados na classificação anterior. Os tipos graníticos foram classificadas por Pitcher (1977) como granitos tipo “M”, tipo “A”, além de tipo “I” cordilheirano e tipo “I” caledoniano. Nesta classificação, apenas o tipo “S” é mantido como ta na classificação de Chapell & White (1974). Para a classificação de granitos tipo “M”, Pitcher (1977) utilizou a ocorrência de associacões minerais como hornblenda e biotita/piroxênio e magnetita; presença de xenólitos de rochas ígneas básicas; observação de k-feldspato intersticial (textura micrográfica); entre outros aspectos. São tipos de derivação mantélica, toleiítica e de ocorrência restrita. Aqueles classificados como tipo “A” apresentam predomínio de biotita-granito com alguma afinidade com a série de granitos alcalinos e sienitos. Presença de pertitas; biotita 56 verde, anfibólio e piroxênio alcalino são discriminantes mineralógicos característicos. São rochas que possuem caráter peralcalino e anorogênicos Os granitos classificados como tipo “I” cordilheirano são aqueles em que a composição tonalítica é predominante. São rochas em que a presença de biotita e hornblenda/magnetita e titanita é conspícua. O tipo “I” caledoniano contrasta com o anterior por apresentar predomínio de corpos Ob com composição granodiorítica a granítica contrastando com com corpos menores de hornblenda-diorito e/ou gabros. A presença de biotita, ilmenita e magnetita e de K-feldspato intersticial é feição mineralógica característica. Os granitos tipo “S” geralmente apresentam altos valores de SiO2, e composições ra monzograníticas em tipos fortemente leucocráticos associados. Muscovita e biotita avermelhada, ilmenita, monazita, granada e cordierita além de megacristais de K-feldpato pa são feições mineralógicas características. A compilação geral dos parâmetros utilizados nesta classificação pode ser sintetizada na tabela 7. ra A partir dos parâmetros utilizados por Pitcher (1977), e considerando as características apresentadas na Tabela 7, podemos afirmar que as rochas graníticas estudadas são predominantemente do tipo I Caledoniano, com alguns poucos, em geral o grupo das rochas Co deformadas, podendo ser admitidos como do tipo I Cordilheirano. Deve ser ressaltado que a avaliação foi feita apenas com base nas características que puderam ser levantadas através da literatura disponível. Outro fator importante é que muitas das características associadas a ul ns cada um dos tipos nào puderam ser consideradas, pois em se tratando este estudo de rochas pré-cambrianas, algumas das evidências, como associações com rochas vulcânicas, podem estar mascaradas por atividades tectônicas posteriores. Do ponto de vista da análise tectônica com base geoquímica estes granitóides tem ta comportamento típico esperado. Em diagramas tectônicos discriminantes (figuras 74 e 75) concentram-se nas interfaces dos campos dos granitos de arco e intraplacas apontando para pequenas variações nos ambientes que se reletem em suas composições. O diagrama multicatiônico R1 x R2 (figura 76) apresenta para estas mesmas amostras uma dispersão que só aparentemente se mostra maior já que os granitos continuam dispersos pelos campos dos granitóides sin a tardi colisionais. É importante ressaltar que neste diagramas o conceito 57 aplicável de granitos sin-colisionais se refere aos tipos tardios em geral. Assim, não é possível a separação daqueles tipicamente sin-colisionais do tipo S dos sin-colisionais do tipo I. Tabela 7 : Parâmetros discriminantes utilizados por Pitcher (1977). Tipo M Tipo I Tipo I (cordilheirano) (caledoniano) ra Ob Plagiogranitos com Predomínio de tonalitos. gabros subordinados A composição pode variar de diorito a monzogranito. Associamse frequentemente com gabros Hornblenda e biotita; Hornblenda e biotita; piroxênio e magnetita magnetita e titanita Tipo A Granitos com alto SiO2 , com monzogranitos leuocráticos associados. Variantes autometassomáticas estão presentes Muscovita e biotita avermelhada. Ilmenita, monazita, granada e cordierita. K-feldspato em geral K-feldspato muitas vezes intrersticial . Rosa em como megacristais e com amostra de mão história anterior. Branco em espécies de mão. População de xenólitos Predominio de xenólitos de caráter variado de origem metassedimentar Al / (Na + K + Ca /2) 1 Al / (Na + K + Ca /2) > 1,05 Predomínio de granodioritos e granitos que contrastam com corpos menores de hornblenda diorito e/ou gabros Biotita; ilmenta e magnetita pa K-feldspato intersticial K-feldspato intersticial e (micrográfico) xenomórfico. Rosa em amostra de mão Tipo S 87Sr 87Sr / 86Sr 0,704 Associados à vulcanismo do tipo “arco de ilha” de curta Arco de ilha oceânica Associam-se mineralizações do tipo “porphyry Copper” e Au Presença de pertitas. Xenólitos afins Em geral tem caráter peralcalino, sendo relativamente rico em Fe Ampla variação: 0,703 – 0,712 Plutons multiplos com volume relativamente pequeno com vulcânicas hipabisais associadas Associados a vulcanismo (calderas) alcalinos Plutonismo de duração pequena São pós orogênicas ou anorogênicas Associados intumescência rifteamento a e ta Associado a dobramentos abertos e a metamorfisma de soterramento Biotita verde. Anfibólios alcalinos e piroxênio de tipos alcalinos Astrofilita ul ns Plutonismo duração 0,705 < 87Sr / 86Sr < 87Sr / 86Sr > 0,708 0,709 Grande mutiplicidade Complexos isolados com Batólitos multiplos. local. Batólitos lineares. mutiplos plutons e corpos Plutons pouco volumosos Associados aos menores. com caráter diapírico. “Cauldrons” Associados a grandes Por vezes associados a Em geral não associamvolumes de andesitos e andesitos-basaltos tipo se a qualquer tipo de dacitos platô vulcanismo. Episódio plutônico de Plutonismo de pequena Plutonismo de moderada duração muito longa duração em geral pós- duração. Pode ser sin ou cinemático pós-cinemático Arco magmático de Tipo caledoniano. Colisão continental. margens continental. Ascensão pós Hercinotipo. Ocorre ainda Andino fechamento da sutura em zonas dúcteis encratônicas Associado a movimentos Associado a falhamentos Associado a zonas de encurtamento. verticais com pequeno do tipo “dip-slip e strike- forte encurtamento lateral e a slip”. retrometamorfismo Metamorfismo de baixa pressão metamorfismo de é comum soterramento Associam-se Raramente são Associam-se mineralizações do tipo mineralizados mineralizações de Sn e “porphyry Copper” e Mo W (greisen) e de veios Co Plutons pequenos de composição variável: quartzo-diorito-gabro / 86Sr < 0,706 ra Xenólitos de de rochas Xenólitos dioríticos que ígneas básicas podem representar material reliquiar Al / (Na + K + Ca /2) < 10 Al / (Na + K + Ca /2) < 1,05 Predomínio de biotitagranito. Afinidade com de granitos alcalinos e sienito. Associam-se concentrações de columbita, fluorita e cassiterita 58 1000 Nb (ppm) WPG 100 Ob VAG + syn-COLG 10 ra 1 10 pa 1 ORG Y (ppm) 100 1000 1999 Figura 74: Diagrama Tectônico N x Y aplicado aos granitóides estudados ra 1999 1000 100 lta su Rb (ppm) WPG n Co syn-COLG 10 VAG 1 1 ORG 10 100 Y + Nb (ppm) 1000 1999 Figura 75: Diagrama Tectônico Rb x (Y+Nb) aplicado aos granitóides estudados 60 1 - Fracionados do Manto 2 - Pré Colisional 3 - Pós-Soerguimento 4 - Tardi-Orogenico 5 - Anorogenico 6 - Sin-Colisional 7 - Pós-Orogenico Ob R2 = 6Ca + 2Mg + Al 2500 2000 ra 1500 2 pa 1000 3 4 ra 500 1 6 5 0 500 n Co 0 7 1000 1500 2000 2500 R1 = 4Si - 11(Na + K) - 2(Fe + Ti) 3000 3250 Figura 61: Diagrama Multicatiônico R1 x R2 aplicado aos granitóides estudados lta su 61 PARTE 5 – GEOLOGIA ECONÔMICA REFERENTES ÀS ROCHAS GRANÍTICAS 5.1) Introdução As propostas de classificação das rochas graníticas petrográfico-petrológicas mais atuais não consideram os fatores relacionados à geração dos magmas. Apenas as divisões Ob propostas com vistas à metalogenia considera a origem dos magmas graníticos como fator determinante na composição do magmatismo. Estas propostas, entretanto, visam muito mais a especificação do magmatismo granitíco pelo interesse metalogenético despertado, do que a ra classificação das séries, que são difíceis de serem aplicadas para todos as rochas graníticas nos diferentes ambientes orogenéticos. Uma das classificações que será abordada para as séries plutônicas é aquela proposta pa por Lameyre e Bowden (1982), discutida e detalhada posteriormente por Bowden et al. (1982), por Lameyre et al. (1982) e por Wernick (1984). Baseia-se no triangulo QAP usado por Streckeisen (1976) para a nomenclatura das rochas graníticas. A maior vantagem desta ra classificação é a de fundamentar-se na composição mineralógica real da rocha, traduzida nos componentes principais dos granitos (quartzo, feldspato alcalino e plagioclásio). O fenômeno de convergência das séries graníticas, o grande problema das Co classificaçães baseadas na composição química das rochas, é assim evitado. Este problema pode ser avaliado quando lançam-se os tipos graníticos escolhidos por Pitcher (in Bowden et ul ns al., 1982). É facil perceber que as séries das mais variadas composições e dos mais diferentes ambientes tectônicos convergem para o pólo A do diagrama, tornando praticamente impossível diferenciar umas das outras. O mesmo não se passa com o diagrama QAP, onde foi possível determinar sete domínios diferentes, ocupados por séries graníticas com características próprias, típicas de ta diferentes ambientes geotectônicos (Figura 77). O dominio 1 é ocupado pelas rochas graníticas toleiíticas, desprovidas de feldspato potássico, com albita (An0-5). São granitos com composições correspondentes ao eutético quartzo-albita, formando, no lado QA, os diferenciados albíticos. Os domínios 2, 3 e 4 são de granitos calci-alcalinos. Estas séries são diferenciadas pelo fracionamento do plagioclásio e pela quantidade relativa deste mineral em relação ao feldspato potássico. 61 O domínio 2 tem características marcadas pelo fracionamento inicial da hornblenda, seguida pela biotita e pelo plagioclásio. Os teores em K20 das rochas raramente ultrapassa 2%. Esta série é denominada calci-alcalina trondhjemítica ou de baixo K. ra Ob ra pa ul ns Co ta Figura 77: Séries de evolução para rochas graníticas. Um segundo tipo de série calci-alcalina, representada pelo dominio 3, é denominado calci-alcalina granodiorítica, com teores normais de K. Este grupo é intermediário entre a série trondhjemítica e a série calcialcalina monzonítica, domínio 4, caracterizada pelo alto teor em K. 62 Note-se que as denominações dadas às diferentes séries calcialcalinas correspondem, respectivamente, ao nome da rocha intermediária de cada série (trondhjemito, granodiorito, monzonito), portadoras das maiores diferenças composicionais, visto que ocorre uma convergência dos termos finais e há uma origem comum para os termos iniciais. As séries calcialcalinas monzoníticas, ricas em K, são tambem denominadas de subalcalinas (Biondi, 1987). Esta última mostra similaridades composicionais com as séries vulcânicas Ob shoshoniticas e com as suites associadas a granitos rapakivi. São caracterizadas por uma sequência assinalada pelo conjunto: gabros/monzogabros (e/ou monzodioritos) --> monzonitos --> quartzo monzonitos --> monzogranitos, onde o enriquecimento em quartzo ocorre somente nos termos finais, sugerindo que o fracionamento seja controlado por ra piroxênios sódicos e anfibólios ricos em silica (in Lameyre e Bowden (1982). Os dominios 5 e 6 são de granitos alcalinos Nestas séries as composições das rochas pa variam de gabros até sienitos. Somente nesta fase as rochas adquirem suficiente quartzo para caracterizarem granitóides. O domínio 5 corresponde às séries mais aluminosas das províncias alcalinas, geralmente com composições potássicas. O domínio 6 é dos granitos ra alcalinos típicos (nordmarkitos), com composições sódicas. Finalmente, tem-se o domínio 7, que se superpõe aos termos finais de todas as outras séries. São os granitos crustais, caracterizados pela ausência de enclaves básicos e pela Co abundância de xenólitos metassedimentares. Composicionalmente, quase sempre tem minerais aluminosos, tais como a moscovita e/ou silimanita, a andaluzita, a cordierita ou granadas, e os seus minerais félsicos têm composições próximas daquelas do mínimo termal sistema experimental Qz-Ab-Or. São ul ns do rochas genericamente denominadas de leucogranitos. Os termos ricos em albita podem ser denominados alaskitos ricos em oligoclásio de leucogranodioritos (Lameyre e Bowden, op. cit.). Quando greisenizadas e caulinizadas as composiçõess destas rochas migram em direção ao polo Q do diagrama QAP. ta A presença, numa mesma região, de granitos mineralizados junto à granitos estéreis, ambos pertencentes a mesma granitogênese, é um problema que intriga os autores há muito tempo. Muitos foram os trabalhos escritos onde se procuraram características que permitissem identificar os granitos capazes de gerar jazidas, separando-os dos estéreis. A grande maioria dos trabalhos relata descobertas, baseadas nos mais variados critérios, que se revelaram de validade local ou, quando muito, regional, mas nunca universal. Ainda, mesmo para os granitos portadores das "características mineralizantes", não há nenhuma certeza de 63 que a ele se associe algum depósito mineral. Muito resta a ser feito neste domínio, devendo ser considerados fatores adicionais além daqueles diretamente relacionados à rochas graníticas, uma vez que os fatores mais óbvios, que são os composicionais, revelam-se ineficientes. Definitivamente, estudos estatísticos exaustivos de comparação dos teores médios em óxidos dos granitos mineralizados com os granitos estéreis não revelaram diferenças Ob significativas (Biondi, 1987). Também não há correlação entre a mineralização e a concentração geoquímica do elemento de minério no granito. É fácil concluir que a tentativa de solução do problema utilizando-se unicamente informações petroquímicas parece inadequada. ra Se não é possível, ainda, correlacionar um determinado tipo de granito a qualquer mineralização específica, o mesmo não parece ocorrer quando se trata de séries graníticas e pa de conjuntos de elementos de minério. Estudos desenvolvidos separadamente na Austrália (Chappell e White, 1974) e no Japão (Ishihara, 1981) conduziram a conclusões muito semelhantes no que diz respeito aos tipos de granitos de cada região. Basicamente, as duas ra principais conclusões foram: a) Os granitos podem ser divididos em dois grandes grupos ou Séries. Um grupo corresponde aos granitos derivados da fusão de rochas ígneas da crosta ou do manto. O Co outro grupo corresponde aos granitos originados da fusão de rochas de origem sedimentar. b) Ao primeiro grupo, de derivação ignea, associam-se sobretudo os depósitos de Cu + Au, de Cu e de Cu + Mo. Ao segundo grupo, de derivação sedimentar, associam-se sobretudo os ul ns depósitos de Sn e W. Deve-se ressaltar que não há uma boa correlação entre os grupos ou séries mencionados acima e as séries evolutivas definidas por Lameyre e Bowden (1982). Os correspondentes aos granitos tipo "I" e "S" envolvem somente granitos orogenéticos, o que ta não ocorre com as séries evolutivas. Quimicamente, tanto os granitos tipo "I" quanto os tipo "S" podem ter composições calci-alcalina. Há granodioritos, tanto do tipo "I" como do tipo "S". Granitos destes dois tipos podem ocorrer juntos ou separados, espacial e/ou temporalmente. Nos granitos de idades caledonianas da Escócia e da Irlanda, por exemplo, parecem coexistir características "ígneas" e "sedimentares" (Pitcher, 1977). Em um mesmo complexo são inseparáveis, espacial e temporalmente, granitos dos dois tipos (Pitcher, op. cit.). No geral, entretanto, os granitos 64 derivados da fusão de rochas de origem sedimentar ocupam o domínio 7 do diagrama QAP. Os granitos de derivação ígnea ocupam todas as outras posições (Lameyre et al.,1982). Chappell e White (1974), como apresentado anteriormente, denominaram de granitos tipo I aqueles derivados da fusão de rochas ígneas e de tipo S os derivados da fusão de rochas sedimentares. A tabela 5 mostra as principais características dos dois grupos de granitos. Esta classificação é aproximadamente equivalente à de Ishihara (1981), que Ob denominou de granitos a magnetita as séries de derivação ígnea e de granitos à ilmenita as séries de derivação sedimentar, mas também algumas séries de derivação ígnea. Deve-se ressaltar que, em alguns casos, podem ocorrer mudança significativas na fugacidade de oxigênio durante a cristalização dos granitos, o que pode tornar delicada a distinção de ra granitos tipo I daqueles tipo S com base somente na presença de magnetita ou ilmenita (Ishihara, 1981). pa Como qualquer outra classificação de rochas ígneas, nenhuma das características listadas nas tabelas de parâmetros apresentadas deve ser considerada definitiva. Deve-se sempre somar qualidades e analisar a série granítica e não um ou outro corpo ra individualmente. Apesar disso, as tendências indicadas pelos parâmetros indicados nas tabelas são consideradas reflexos de diferenças fundamentais nas condições genéticas das duas séries. Co Granitos do tipo "I", à magnetita, ou do tipo 2 são derivados de materiais ígneos, enquanto os do tipo "S", à ilmenita, ou do tipo 1 são geralmente crustais, derivados de materiais sedimentares. As diferenças observadas nos valores isotópicos dos granitos crustais devem ul ns refletir uma origem em tipos de crostas diferentes. A classificação "I" / "S" dos granitos quando ampliada (Pitcher, 1983, tabela 7), tentou mostrar as diversas características de cada um dos tipos de granitos conhecidos, separados conforme o tipo de área fonte. Note-se que, vista deste modo, a classificação genética das ta séries graníticas aproxima-se bastante da classificação modal proposta por Lameyre e Bowden (op. cit.). Os granitos tipo "M" são equivalentes aos granitos toleiíticos (dominio 1). Os granitos tipo "A" parecem equivalentes aos granitos aluminosos potássicos (dominio 5) graníticas peralcalinos sódicos (dominio 6). Os granitos "I" são equivalentes às séries calcialcalinas. O tipo "I" andino mostra características trondhjemítico-granodioríticas (dominios 2 e 3). Apenas os granitos "I" caledonianos são mais difíceis de situar. São granitos mais continentais, calcio-alcalinos, com algumas caracteristicas dos granitos "S". Ocupam uma 65 posição transicional entre os granitos dos dominios 2 e 3 e aqueles do dominio 7, típico dos granitos S. Os depósitos de sulfeto maciço podem ser associados aos das séries calcialcalinas e trondhjemíticas. Os depósitos de Cu-Mo em pórfiros relacionam-se às séries calcio-alcalinas granodioríticas e os depósitos de Cu-Au relacionam-se aos granitos tipo "M", ou granitos toleiíticos (Hutchinson, 1982). Em alguns casos os granitos destas séries geram veios Ob quartzosos com Pb-Zn (a mineralização não esta contida no granito). Os granitos tardi- orogênicos pertencentes às séries monzoníticas freqüentemente contêm pequenas concentrações de molibdenita e, em alguns casos, de U e Th. Estas mineralizações assemelham esta série às séries alcalinas que, além do U e Th, concentram muitos outros ra elementos, especialmente ETRs, Zr, Nb e Fe. Os granitos crustais, são bastante férteis. O W ocorre geralmente fora do corpo pa granitico, como scheelita no contato ou wolframita em veios de quartzo. O urânio é encontrado em zonas superpostas às coberturas migmatitícas das cúpulas. Finalmente, o ouro, na mesma área, é claramente concentrado nas cúpulas dos leucogranitos (Lameyre et ra al., op. cit). No oeste da África, o ouro parece associar-se com trondhjemitos-tonalitos de 2.0 G.a. Co 5.2) Tipos de depósitos minerais relacionados à granitos Os depósitos minerais relacionados seguintes tipos: às rochas graníticas são classificados nos ul ns # Porphyry copper - depósitos apicais disseminados de Cu, Mo e Cu+Mo. Alguns autores estendem este modelo a depósito de Sn existentes na Bolívia. Há uma certa deficiência de descrições mais detalhadas deste tipo de depósito na literatura. ta # Greisens - depósitos apicais disseminados de Sn que dificilmente constituem concentrações econômicas, mas ainda são responsáveis pela maioria do Sn lavrado, recuperado de concentrações secundárias formadas por seus desmontes pela erosão. # Filões - entre os depósitos granitgênicos periféricos, estes são os conhecidos e estudados a mais tempo. São responsáveis pela maior variedade de elementos metálicos de minérios contidos nos depósitos granitogênicos. 66 # Pegmatitos - depósitos complexos cuja gênese muitas vezes se confunde com a dos granitos . A este depósito, corresponde boa parte das gemas colocadas no mercado de pedras preciosas mundialmente. Os pegmatitos chamam a atenção pelo formato curioso como ocorrem e principalmente pela variedade de espécies minerais que podem ser encontradas nesses corpos. # Escarnitos - são formados pelo contato entre granitos e rochas carbonatadas que venham Ob ser como hospedeira destes. As concentrações de W nestes depósitos são as mais conhecidas (depósitos classicos de escarnito), além de concentrações de Fe, Cu e Zn-Pb. A tabela 8 permite uma visão geral dos depósitos de minerais metálicos genéticamente relacionados aos granitos. ra Tabela 8 : Tipos de depósitos relacionados a granitos, coposição dos minérios neles existentes e sua localização em relação à suite granítica Posição na suíte granítica Tipo de depósito pa Disseminados (porphyry copper) Apicais Greisen Composição do minério Cu+Mo, Cu, em granitos, granodioritos, quartzomonzonitos e quartzo-doritos. ra Mo em sienitos. Cu+Au em sienitos e dioritos. Sn (Bi, Mo, W, Li, F). W (Mo,Sn). Sn, W, Be, Ta, Mo, Bi. Filões hidrotermais - Epitermais Co Periféricos U, Hg, Sb, As, Au+Te, Mn, etc. - Mesotermais Ag, Pb, Zn, Ni+Co+Bi+Ag, U (Ra), Fe (Cu), Mn, etc. -Hipotermais Au (Cu), Cu, Au (Mo), Cu (Mo, Bi), etc. -Pneumatólitos -Escarnitos (metassomatismo ou metamorfismo de contato) ul ns Pegmatitos Sn, Sn (Nb+Ta), Sn+W, Au (W+Sn), etc. Li, Be, Ta (U, Sn) ta Fe (Cu, Co, Au) em calcáreos Fe (Cu, Zn) em dolomitos W , Mo, Cu (Zn, Be) em calcáreos Cu, Mo (W, Zn) em calcáreos Zn, Pb, Ag (Cu, Bi, Zn) em calcáreos Sn, F (Be, W) em calcáreos Sn, F (Be, B) em dolomito 5.3) Análise do Pontencial Econômico Referente às Rochas Graníticas da Folha Baía da Guanabara (Segmento Central da Faixa Ribeira). Considerando os aspectos levantados pela pesquisa, bem como o processo de classificação ao qual as rochas graníticas estudadas forma submetidas devemos concluir que o potencial econômico destas rochas, a luz das informações hoje disponíveis é baixo. Porém, devemos avançar mais no conhecimento destes conjuntos para termos uma análise definitiva. 67 O conjunto de dados levantado caracteriza uma falha crucial nos estudos que até aqui foram desenvolvidos para as rochas graníticas da região estudada: a total desvinculação das características levantadas (campo, petrografia, estrutura e geoquímica) de uma abordagem que envolva também o potencial metalogenético. Alguns dados que seriam muito importantes e indicadores de mineralizações são desprezados no decorrer dos levantamentos de campo e laboratório, dificultando e até impedindo uma avaliação criteriosa para efeitos de Ob avaliação metalogeética. Assim, apesar das assinaturas geoquímicas e dos demais dados apontarem para áreas potenciais, como os granitos não deformados, pós-orogênicos, não existem dados que permitam a criação de áreas de investigação potencialmente promissoras. ra Evidentemente que o fato de não termos referência na região de processos exploratórios para bens metalíferos que poderiam estar associados aos granitos estudados, pode servir como indicativo de que estas rochas são estéreis. Mas devemos insistir no aspecto pa de que, de uma maneira geral, existe uma falta de tradição em pesquisa mineral para a região o que pode estar levando à desconsideração de materiais economicamente importantes. ra ul ns Co ta 68 PARTE 6 – SUMÁRIO DE CONCLUSÕES Podemos a título de conclusão levantar os seguintes aspectos: 1) A pesquisa aponta para a existência de dois conjuntos graníticos tardi a pós-colisionais distintos para o segmento da Faixa Ribeira estudado: um de rochas levemente Ob deformadas e com características similares aos granitos tipo I cordilheirano, e outro não deformado com características similares aos granitos tipo I caledonianos; ra 2) Apesar de termos dois grupos que apresentam estruturação algo distinta e, portanto devemos assumir que idades diferentes, ambos os grupos correspondem a rochas associadas à evolução a partir de processos que devem estar associados a fusões parciais pa de rochas ígneas infracrustais; ra 3) Os dois grupos, apesar de distintos, apresentam caracetrísticas geoquímicas similares, sendo todos os litotipos estudados do tipo subalcalino, evoluídos ao longo de uma tendência calcialcalina, com predominância dos tipos metaluminosos; Co 4) Que por estas características as rochas graníticas da região são pobres do ponto de vista do potencial metalogenético, mas que concentrações de metais (Cu, Au) podem ocorrer ul ns eventualmente principalmente associadas a áreas ainda não fortemente denudadas pelo processo erosivo (raras na região estudada); 5) Que pela ausência de granitos do tipo S (gerados por fusão de metassedimentos ou de ta origem supracrustal) mineralizações potenciais para Sn e W não devam ser encontradas; 6) Que deve-se ter mais atenção quando da realização dos trabalhos na região para o conjunto de informações que podem servir para uma análise metalogenética mais apurada; 69 7) Que a definição de um modelo tectônico consistente para a área, que envolva as rochas graníticas como parte importante do conjunto poderá vir a facilitar a carcetrização de zonas potenciais para a investigação de campo (prospecção). 8) Que a qualidade variada dos dados geoquímicos e de petrografia e a ausência de dados para muitas das intrusões graníticas já citadas na literatura, mas as quais não se associam Ob dados relevantes, pode ser hoje um fator determinante para uma avaliação com grande potencial de erro. ra 9) Que a utilização de técnicas como sensoriamento remoto e gravimetria, das quais hoje existem pouquíssimos dados, devem ser consideradas como fundamentais para um estudo petroquímico/metalogenético. ra pa ul ns Co ta 70 PARTE 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, J.C.H., TUPINAMBÁ, M.A., HEILBRON, M., AND TROUW, R. 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Unwin Hyman Ed. London, UK. 466p ul ns Co ta 76 ANEXOS Anexo 1 – Base geoquímica para o Granito Pedra Branca Rock Type Gr Pedra Branca Holo Gr Pedra Branca Holo Gr Pedra Branca Holo Gr Pedra Branca Gr. Pedra Branca Holo Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Holo Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca SiO2 75,27 75,00 74,50 72,34 71,92 71,90 71,90 71,64 71,50 71,40 71,40 71,30 71,15 71,10 70,80 70,80 ra Ob Al2O3 Fe2O3 FeO MnO MgO CaO 13,45 0,49 0,10 0,01 0,05 1,20 13,60 0,10 0,60 0,01 0,05 1,30 13,80 0,10 0,70 0,02 0,10 0,94 13,92 1,08 0,20 0,07 0,26 0,91 13,18 0,95 0,90 0,03 0,69 1,94 14,00 0,44 1,40 0,03 0,36 1,70 13,90 0,54 1,40 0,04 0,32 1,60 14,67 0,66 0,10 0,01 0,05 0,59 13,90 1,50 0,74 0,04 0,40 1,50 13,90 1,50 0,75 0,05 0,43 1,50 13,80 1,50 0,82 0,05 0,41 1,50 13,90 2,40 0,75 0,04 0,40 1,90 14,36 2,23 1,10 0,03 0,85 2,45 14,50 0,12 1,30 0,02 0,38 1,40 14,30 0,45 1,55 0,02 0,39 1,60 13,70 1,10 0,68 0,03 0,67 1,82 pa TiO2 0,03 0,06 0,05 0,15 0,48 0,31 0,32 0,43 0,35 0,39 0,35 0,25 0,44 0,33 0,38 0,48 ra Sample PIT-03E PJT - 10A PST - 5A PT 02 RG-05 PJT - 12F PMT - 4 PBG 2 PMT - 2 PMT - 15 PMT - 3 PST - 5B P-03 PST - 7 PRGF - 3A PST - 3 Rb 206 180 230 133 188 190 220 308 210 230 230 120 133 230 210 Ba 812 900 1100 2951 1436 1160 1400 1516 1600 1400 1400 630 632 1460 1380 PST - 3 Gr. Pedra Branca 200 1520 K2O 5,69 5,20 5,80 6,87 5,05 5,80 5,60 9,41 5,80 5,80 5,90 3,10 3,62 6,40 6,10 6,15 P2O5 0,04 0,00 0,06 0,05 0,17 0,10 0,11 0,06 0,13 0,11 0,12 0,05 0,11 0,10 0,12 0,15 LOI 0,22 0,30 1,09 0,48 1,36 0,59 0,88 0,47 0,88 1,27 1,05 1,95 0,19 0,62 0,65 0,80 Total 99,56 99,92 100,56 99,85 99,64 99,83 99,91 100,18 99,94 100,40 100,00 100,54 99,78 99,77 99,76 99,81 Sr 169 310 280 550 431 400 320 252 310 315 350 250 216 330 340 Nb 6 8 17 4 14 9 16 3 12 12 14 12 11 16 12 Zr 69 33 45 118 308 270 255 29 280 210 240 300 161 250 285 Y 22 9 10 6 7 7 11 7 10 14 13 11 9 15 11 Hf 2,4 2,6 3,2 3,4 8,2 2,5 2,3 1,1 3,3 4,9 4,2 5,1 4,6 6,5 3,9 Ta 0,5 0,3 0,5 0,2 0,5 0,4 0,1 0,4 0,3 0,8 0,5 0,75 0,3 0,5 0,7 340 20 340 5 4,2 0,9 ul ns ta Rock Type Gr Pedra Branca Holo Gr Pedra Branca Holo Gr Pedra Branca Holo Gr Pedra Branca Gr. Pedra Branca Holo Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Holo Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Co Sample PIT-03E PJT - 10A PST - 5A PT 02 RG-05 PJT - 12F PMT - 4 PBG 2 PMT - 2 PMT - 15 PMT - 3 PST - 5B P-03 PST - 7 PRGF - 3A Na2O 3,01 3,70 3,40 3,51 2,97 3,20 3,30 2,09 3,20 3,30 3,10 4,50 3,25 3,50 3,40 3,43 77 Rock Type Gr Pedra Branca Holo Gr Pedra Branca Holo Gr Pedra Branca Holo Gr Pedra Branca Gr. Pedra Branca Holo Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Holo Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Gr. Pedra Branca Eu 0,93 0,66 0,80 1,98 1,31 0,80 1,20 1,04 0,98 1,09 1,11 1,32 1,23 1,32 1,42 1,54 Gd 1,4 0,99 1,04 5,6 2,0 2,29 3,90 1,5 3,60 3,78 4,09 4,24 3,5 3,90 4,20 5,09 Tb 0,2 0,15 0,16 0,4 0,3 0,42 0,30 0,2 0,25 0,43 0,32 0,54 0,4 0,55 0,80 0,80 Dy 0,9 0,55 0,53 1,6 1,3 0,83 1,01 1,2 1,25 1,23 1,69 1,34 1,9 2,23 3,21 3,54 Rock Type etr total FMMT Zr/Nd Ba/Y Ba/Sr Zr/Hf Gr Pedra Branca Holo 50,1 0,7 8,2 37 4,8 28,3 Gr Pedra Branca Holo 35,8 0,8 5,7 100 2,9 12,7 Gr Pedra Branca Holo 36,7 1,0 7,2 110 3,9 14,1 Gr Pedra Branca 430,5 1,8 1,6 492 5,4 35,1 Gr. Pedra Branca Holo 85,1 3,1 19,9 205 3,3 37,7 Gr. Pedra Branca 345,9 2,5 4,7 166 2,9 108,0 Gr. Pedra Branca 428,4 2,6 3,6 127 4,4 110,9 Gr. Pedra Branca Holo 35,9 1,3 4,4 217 6,0 25,6 Gr. Pedra Branca 393,7 3,0 4,3 160 5,2 84,8 Gr. Pedra Branca 269,7 3,1 4,2 100 4,4 42,9 Gr. Pedra Branca 369,8 3,1 3,9 108 4,0 57,1 Gr. Pedra Branca 238,2 3,8 6,9 57 2,5 58,8 Gr. Pedra Branca 148,4 4,7 5,9 70 2,9 35,0 Gr. Pedra Branca 175,7 2,1 6,9 97 4,4 38,5 Gr. Pedra Branca 260,7 2,8 31,1 125 4,1 73,1 Gr. Pedra Branca 230,5 3,0 7,4 304 4,5 81,0 Ta/Hf 0,22 0,12 0,16 0,07 0,06 0,16 0,04 0,33 0,09 0,16 0,12 0,15 0,07 0,08 0,18 0,21 Nb/Zr 0,09 0,24 0,38 0,04 0,05 0,03 0,06 0,11 0,04 0,06 0,06 0,04 0,07 0,06 0,04 0,06 (Eu/E u)n 0,38 0,43 0,50 0,19 0,40 0,15 0,14 0,45 0,13 0,13 0,14 0,18 0,21 0,22 0,12 0,16 Ce 21,0 15,95 16,39 202 35,9 172,60 221,00 13,0 199,20 107,34 177,10 98,09 66,0 80,32 158,60 101,20 Pr 2,54 1,85 2,01 21,9 4,25 19,20 22,30 1,63 25,60 15,87 28,24 12,09 7,69 7,45 9,30 7,87 Nd 8,4 5,79 6,24 72,2 15,5 57,85 69,90 6,6 65,30 50,42 62,29 43,76 27,5 35,98 9,16 45,87 Sm 2,0 1,07 1,14 9,8 2,7 6,35 8,80 1,6 7,36 8,98 8,19 6,56 4,8 4,23 16,00 8,96 ra pa Ho 0,2 0,12 0,10 0,2 0,2 0,14 0,15 0,2 0,25 0,54 0,35 0,45 0,3 0,40 0,54 0,40 Er 0,8 0,31 0,28 0,3 0,7 0,38 0,30 0,6 0,54 0,98 0,97 1,20 0,8 0,67 1,56 1,23 Tm 0,08 0,03 0,04 0,05 0,10 0,06 0,05 0,08 0,08 0,06 0,08 0,07 0,08 0,10 0,08 0,13 Yb 1,7 0,28 0,33 0,2 0,6 0,34 0,22 0,5 0,52 0,65 0,68 0,72 0,5 0,43 0,42 0,76 Lu 0,12 0,07 0,07 0,04 0,11 0,06 0,04 0,07 0,04 0,10 0,12 0,09 0,07 0,04 0,12 0,16 ul ns Co Sample PIT-03E PJT - 10A PST - 5A PT 02 RG-05 PJT - 12F PMT - 4 PBG 2 PMT - 2 PMT - 15 PMT - 3 PST - 5B P-03 PST - 7 PRGF - 3A PST - 3 La 9,8 7,98 7,61 115 20,1 84,62 99,20 7,4 88,70 78,21 84,59 67,75 33,6 38,09 55,30 52,90 ra Ob Sample PIT-03E PJT - 10A PST - 5A PT 02 RG-05 PJT - 12F PMT - 4 PBG 2 PMT - 2 PMT - 15 PMT - 3 PST - 5B P-03 PST - 7 PRGF - 3A PST - 3 ta 78 Anexo 2 – Base geoquímica para o Granito Mangaratiba SiO2 TiO2 Al2O3 Fe2O3 FeO MnO MgO CaO Na2O K2O P2O5 H2O LOI MA-BT-28B MA-BT-39 MA-BT-7B MA-BT-9A MA-BT-26C MA-BT-20 MA-BT-75 MA-BT-49C 69,39 69,90 69,93 70,33 71,16 72,40 72,50 72,80 0,67 0,64 0,77 0,61 0,48 0,40 0,49 0,42 14,84 14,60 13,70 13,75 13,40 14,00 14,30 14,00 3,95 1,50 3,54 3,08 2,84 0,93 0,90 1,40 0,22 1,60 0,25 0,29 0,31 1,00 1,40 0,94 0,04 0,05 0,05 0,05 0,14 0,02 0,02 0,02 0,86 0,60 0,83 0,59 0,52 0,31 0,39 0,12 2,68 2,20 2,13 1,67 1,86 1,20 1,70 1,30 3,06 2,30 2,41 2,41 2,48 1,90 2,10 1,70 4,47 5,90 5,95 6,10 5,58 6,70 6,00 6,60 0,14 0,25 0,27 0,15 0,13 0,18 0,20 0,11 0,00 0,41 0,00 0,00 0,00 0,44 0,13 0,00 0,85 0,43 1,34 1,52 1,38 0,44 0,28 0,76 Rb Ba Sr Nb Zr Y Hf 241,00 218,00 231,00 228,00 149,00 290,00 234,00 250,00 862,00 1656,00 1896,00 1267,00 1776,00 826,00 1130,00 1491,00 213,00 439,00 418,00 240,00 462,00 223,00 339,00 282,00 24,00 39,00 40,00 27,00 21,00 43,00 45,00 39,00 225,00 423,00 556,00 475,00 443,00 378,00 371,00 421,00 18,00 46,00 61,00 22,00 34,00 73,00 70,00 82,00 9,00 16,00 22,00 24,00 11,00 9,00 15,00 18,00 La Ce Pr Nd Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu 115,00 156,17 307,00 262,00 129,00 181,82 136,73 199,54 239,00 307,47 576,00 502,00 260,00 359,91 267,50 398,43 26,50 0,00 64,50 50,40 28,70 0,00 0,00 0,00 72,80 123,39 178,00 132,00 87,90 130,20 104,86 149,23 12,00 19,54 30,40 21,70 14,60 19,11 15,89 20,35 1,38 2,65 3,31 2,09 1,48 1,51 1,89 1,66 8,00 12,99 21,20 12,20 10,00 9,93 9,64 9,69 1,00 0,00 2,70 1,30 1,30 0,00 0,00 0,00 4,10 10,78 13,50 5,20 6,90 6,10 7,80 5,37 0,70 1,91 2,30 0,80 1,30 0,83 1,34 0,67 1,70 5,51 6,10 2,20 3,50 2,44 3,75 1,90 0,22 0,00 0,81 0,29 0,49 0,00 0,00 0,00 1,20 4,61 4,60 1,60 3,00 1,44 2,82 1,04 0,15 0,69 0,60 0,20 0,40 0,22 0,40 0,16 Ob Sample Name ul ns Co MA-BT-28B MA-BT-39 MA-BT-7B MA-BT-9A MA-BT-26C MA-BT-20 MA-BT-75 MA-BT-49C ra Sample Name pa MA-BT-28B MA-BT-39 MA-BT-7B MA-BT-9A MA-BT-26C MA-BT-20 MA-BT-75 MA-BT-49C ra Sample Name ta 79 Anexo 3 – Base geoquímica para o Granito Nova Friburgo Rock Type Granito (N.Friburgo) Granito (N.Friburgo) Granito (N.Friburgo) Granito (N.Friburgo) Granito (N.Friburgo) Granito (N.Friburgo) Granito (N.Friburgo) Granito (N.Friburgo) Granito (N.Friburgo) Granito (N.Friburgo) Granito (N.Friburgo) SiO2 76,70 72,70 72,00 71,00 70,70 70,50 69,50 69,30 69,00 69,00 68,70 ra Ob Sample Name fribur12 fribur11 fribur10 fribur9 fribur8 fribur13 fribur7 fribur6 fribur5 fribur13 fribur4 Ba Sr Nb 590,0 344,0 14,0 830,0 330,0 20,0 945,0 285,0 39,0 820,0 350,0 28,0 1010,0 464,0 22,0 1090,0 376,0 24,0 2110,0 620,0 82,0 1280,0 360,0 41,0 1780,0 445,0 58,0 1050,0 220,0 34,0 2100,0 325,0 18,0 Pr Nd Sm 32,90 131,10 12,10 29,00 122,90 13,40 56,2 176 17,3 52,50 145,20 15,20 43,1 100,1 10,2 39,01 145,90 14,20 34,10 176,20 21,30 26,90 154,20 15,30 33,40 121,00 18,20 36,30 116,20 13,90 41,80 156,20 22,10 Dy 2,20 2,55 4,5 3,90 1,9 2,90 3,97 3,65 6,60 6,40 7,20 Ba/Sr 1,7 2,5 3,3 2,3 2,2 2,9 3,4 3,6 4,0 4,8 6,5 Zr/Hf Ta/Hf 46,7 0,1 10,8 0,1 48,8 0,2 20,0 0,1 20,0 0,1 41,3 0,3 53,6 0,1 95,0 0,3 66,7 0,2 80,0 0,2 20,8 0,1 (Eu/Eu)n 0,01 0,09 0,10 #VALOR! 0,12 0,09 0,09 0,11 0,14 0,18 0,10 La/Yb 115,6 246,1 211,8 162,1 159,7 207,0 164,5 170,1 81,9 119,6 198,6 Ho 0,76 0,60 1,0 0,80 0,5 0,75 0,91 0,72 1,24 1,10 1,30 P2O5 0,05 0,10 0,08 0,20 0,05 0,14 0,21 0,14 0,12 0,13 0,07 Er 1,40 1,17 2,2 2,25 1,4 2,25 2.35 1,56 3,02 2,90 2,56 LOI 0,28 0,57 0,68 0,37 1,13 0,45 0,25 0,35 0,75 0,22 2,00 Tm 0,30 0,22 0,30 0,24 0,20 0,18 0,17 0,19 0,45 0,30 0,35 total 100,03 99,64 99,74 99,81 100,41 99,83 99,50 100,11 99,40 99,48 99,80 Yb 1,10 0,85 1,2 1,35 1,8 1,30 1,10 1,40 2,10 2,10 1,40 Nb/Zr 0,0 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 Lu 0,18 0,15 0,28 0,31 0,20 0,28 0,16 0,14 0,24 0,20 0,30 ta Ba/Y 26,8 30,7 27,0 20,0 56,1 43,6 55,5 34,6 53,9 65,6 84,0 K2O 5,34 6,12 5,98 5,85 6,03 5,78 5,57 5,88 6,30 5,66 5,46 ul ns Zr/Nd 3,2 1,1 2,2 2,2 2,4 2,3 3,3 2,5 5,0 2,8 1,6 Na2O 3,28 3,13 3,61 3,17 3,44 5,06 3,13 3,22 3,44 5,45 3,65 Hf Ta 9,0 1,1 12,0 1,6 8,0 1,5 16,0 2,1 12,0 0,6 8,0 2,0 11,0 0,9 4,0 1,3 9,0 1,7 4,0 0,7 12,0 1,1 Tb 0,90 0,65 1,1 0,78 0,8 0,65 0,45 0,43 1.23 1,26 1,43 Co etr total 697,77 718,33 917,61 775,97 814,98 877,39 887,46 849,88 727,84 836,30 935,51 Zr Y 420,0 22,0 130,0 27,0 390,0 35,0 320,0 41,0 240,0 18,0 330,0 25,0 590,0 38,0 380,0 37,0 600,0 33,0 320,0 16,0 250,0 25,0 Eu Gd 1,13 87,40 1,34 8,20 1,93 11,1 1,54 7,217,32 1,48 7,2 1,45 8,32 1,77 9,23 1,65 7,34 2,83 11,76 3,24 11,20 2,87 17,20 ra Sample Name fribur12 fribur11 fribur10 fribur9 fribur8 fribur13 fribur7 fribur6 fribur5 fribur13 fribur4 Rock Type Rb Granito (N.Friburgo) 256,0 Granito (N.Friburgo) 201,0 Granito (N.Friburgo) 355,0 Granito (N.Friburgo) 327,0 Granito (N.Friburgo) 329,0 Granito (N.Friburgo) 332,0 Granito (N.Friburgo) 230,0 Granito (N.Friburgo) 341,0 Granito (N.Friburgo) 322,0 Granito (N.Friburgo) 296,0 Granito (N.Friburgo) 193,0 La Ce 127,20 299,10 209,20 328,10 254 390 218,90 333,00 279 367 269,10 391,10 180,90 457,20 238,10 398,30 171,90 355,10 251,10 390,10 278,10 402,70 Al2O3 Fe2O3 FeO MnO MgO CaO 11,40 0,49 0,21 0,02 0,96 1,20 12,80 0,39 1,72 0,05 0,28 1,50 13,30 1,10 1,07 0,04 0,16 1,40 13,70 0,77 2,01 0,04 0,56 1,70 12,60 2,60 1,15 0,03 1,20 1,30 13,30 0,45 2,29 0,03 0,45 0,90 13,60 1,50 1,50 0,04 1,10 2,10 14,30 1,10 1,72 0,06 1,30 1,90 13,90 0,81 2,15 0,05 1,40 1,00 13,50 0,30 2,43 0,04 0,58 1,60 13,30 2,80 1,43 0,05 0,72 1,40 pa Sample Name fribur12 fribur11 fribur10 fribur9 fribur8 fribur13 fribur7 fribur6 fribur5 fribur13 fribur4 Sample Name fribur12 fribur11 fribur10 fribur9 fribur8 fribur13 fribur7 fribur6 fribur5 fribur13 fribur4 TiO2 0,10 0,28 0,32 0,44 0,18 0,48 1,00 0,84 0,48 0,57 0,22 80 Anexo 4 – Base geoquímica para o Granito Ipiranga Sample Name Ip-7 Ip-11 Ip-9 Ip-16 Ip-8 Ip-12 Ip-15 Ip-1 Ip-3 Ip-5 Ip-2 Ip-10 Ip-18 Ip-17 Ip-4 Rb 219 220 145 231 219 225 220 218 214 243 231 199 204 219 231 Ba 1267 1786 2098 2197 1670 1398 2097 1752 1843 1828 1593 1672 1934 1708 1587 Sr 410 287 290 381 299 271 286 601 612 441 381 510 361 329 491 Sample Name La 159,40 230 234,00 249 223,02 176,00 219,00 181,43 199,94 253,00 258,53 278,00 237,88 189,23 214,3 Ce 286,50 418 385,00 367 383,67 417,60 368,00 290,87 260,96 602,30 507,03 387,00 411,42 423,30 487,30 Pr 39,54 46,7 42,30 33,9 39,01 35,20 30,20 34,03 30,33 52,10 60,22 62,30 49,10 38,40 47,20 ra Al2O3 Fe2O3 14,50 1,19 15,10 0,90 14,20 1,10 14,20 0,80 13,70 1,10 15,10 0,70 15,10 1,22 16,10 0,90 15,81 1,23 14,20 1,14 15,10 1,64 15,10 1,19 15,10 1,40 16,10 0,90 17,00 1,77 MnO MgO 0,03 0,43 0,04 0,35 0,04 0,47 0,05 0,59 0,04 0,64 0,04 0,61 0,04 0,56 0,03 0,45 0,05 0,55 0,05 0,70 0,03 0,63 0,05 0,74 0,05 0,82 0,04 0,60 0,05 0,61 CaO 1,39 1,54 1,83 1,74 1,69 2,17 1,93 1,79 1,59 1,89 1,89 1,89 1,67 1,59 1,70 Nb 28 20 18 11 16 17 16 42 33 38 31 27 35 43 22 Zr 350 550 370 360 380 295 315 515 485 515 700 430 710 315 385 Y 22 27 26 22 26 21 33 36,0 34,0 31,0 35,0 36,0 37,0 31,0 30,0 Hf 6 12,0 11 12,0 14 3 2 12 15 12 17 11 12 7 16 Ta 1,2 0,4 0,7 0,9 1,1 1 0,6 2 2 2 1 2 1 1 1 Nd 106,40 148 125,00 94,0 156,78 147,90 125,00 117,08 106,56 174,00 204,71 168,00 168,41 156,40 187,30 Sm 15,14 19,3 12,30 8,4 15,23 19,40 12,30 17,05 15,63 26,30 25,75 23,10 21,69 22,80 20,70 Eu 1,34 1,93 1,54 1,48 1,45 1,77 1,65 2,83 3,24 2,87 2,65 2,65 2,69 2,89 3,45 Gd 7,14 12,0 6,90 7,0 7,32 8,28 6,32 11,76 10,76 16,58 15,66 14,20 13,23 15,23 12,90 Tb 0,90 1,2 0,65 0,4 0,75 0,85 0,90 1,36 1,26 1,98 1,68 1,50 1,47 1,23 1,09 ra pa Na2O 3,00 3,20 2,90 2,60 2,40 2,50 2,56 3,10 2,80 2,60 2,99 2,60 2,80 2,80 2,70 K2O P2O5 H2O Total 5,61 0,08 0,77 99,97 5,40 0,06 0,69 99,73 5,90 0,10 0,73 99,74 5,70 0,15 0,97 100,13 6,46 0,16 1,19 99,81 5,70 0,12 0,92 100,45 5,23 0,17 0,91 99,51 5,40 0,40 1,24 100,29 5,40 0,13 0,62 99,70 5,80 0,16 0,81 99,73 4,76 0,17 1,37 100,11 5,34 0,18 0,67 99,67 5,30 0,24 0,91 99,98 5,63 0,17 0,90 99,51 4,59 0,15 0,61 99,73 Co Ip-7 Ip-11 Ip-9 Ip-16 Ip-8 Ip-12 Ip-15 Ip-1 Ip-3 Ip-5 Ip-2 Ip-10 Ip-18 Ip-17 Ip-4 FeO 0,70 0,70 1,23 1,80 1,60 1,80 1,10 0,70 1,21 1,90 1,53 1,90 1,90 1,60 1,10 Dy 2,85 5,4 3,20 1,9 3,03 4,81 3,30 6,49 6,08 8,20 7,80 8,50 7,06 2,21 3,29 Ho 0,52 0,9 0,80 0,3 0,75 0,91 0,75 1,14 1,05 1,30 1,23 1,50 1,20 1,32 1,12 Er 1,17 2,1 2,00 1,0 1,98 2,24 1,35 3,02 2,84 2,56 2,80 3,60 3,04 2,20 2,51 Tm 0,22 0,27 0,21 0,14 0,18 0,16 0,19 0,37 0,35 0,35 0,30 0,40 0,38 0,29 0,43 Yb 0,74 1,0 1,56 1,6 1,30 1,09 1,27 2,10 2,30 1,35 1,61 2,00 2,13 2,01 2,11 Lu 0,14 0,21 0,24 0,19 0,15 0,18 0,12 0,31 0,32 0,36 0,24 0,58 0,30 0,17 0,31 ta TiO2 0,36 0,15 0,20 0,50 0,50 0,46 0,50 0,28 0,44 0,64 0,42 0,60 0,56 0,21 0,52 ul ns SiO2 71,91 71,60 71,04 71,03 70,34 70,33 70,19 69,90 69,87 69,84 69,58 69,41 69,23 68,97 68,93 Ob Sample Name Ip-7 Ip-11 Ip-9 Ip-16 Ip-8 Ip-12 Ip-15 Ip-1 Ip-3 Ip-5 Ip-2 Ip-10 Ip-18 Ip-17 Ip-4 81 Sample Name etr total FMMT Zr/Nd 622,00 887,35 815,70 766,14 834,62 816,39 770,35 669,86 641,60 1143,25 1090,19 953,33 920,01 857,68 984,01 3,3 3,7 3,0 3,8 2,4 2,0 2,5 4,4 4,6 3,0 3,4 2,6 4,2 2,0 2,1 57,6 66,1 80,7 99,9 64,2 66,6 63,5 48,7 54,2 59,0 45,5 46,4 52,3 55,1 52,9 ra Ob Ip-7 Ip-11 Ip-9 Ip-16 Ip-8 Ip-12 Ip-15 Ip-1 Ip-3 Ip-5 Ip-2 Ip-10 Ip-18 Ip-17 Ip-4 Ba/Y 3,1 6,2 7,2 5,8 5,6 5,2 7,3 2,9 3,0 4,1 4,2 3,3 5,4 5,2 3,2 Ba/Sr Zr/Hf Ta/Hf Nb/Zr (Eu/Eu)n 58,3 45,8 33,6 30,0 27,1 98,3 157,5 42,9 32,3 42,9 41,2 39,1 59,2 45,0 24,1 0,2 0,0 0,1 0,1 0,1 0,3 0,3 0,2 0,1 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,0 0,1 0,0 0,1 0,1 0,09 0,09 0,12 0,13 0,10 0,10 0,13 0,14 0,17 0,10 0,09 0,10 0,11 0,11 0,15 215,4 226,0 149,6 158,3 171,6 161,9 171,9 86,4 86,9 187,4 160,3 139,0 111,7 94,1 101,6 ra pa ul ns Co ta 82 Anexo 4 – Base geoquímica para o Granito Suruí MA-BT-28B MA-BT-39 MA-BT-7B MA-BT-9A MA-BT-26C MA-BT-20 MA-BT-75 MA-BT-49C MS - 20D MS - 1D MS - 17D MS-14D MS - 1A MS - 15A MS - 63A Rb 241,00 218,00 231,00 228,00 149,00 290,00 234,00 250,00 170 280 210 220 210 130 130 Ba 862,00 1656,00 1896,00 1267,00 1776,00 826,00 1130,00 1491,00 790 1230 1830 1150 850 2370 2520 Sr 213,00 439,00 418,00 240,00 462,00 223,00 339,00 282,00 390 410 1000 420 350 1190 850 MA-BT-28B MA-BT-39 MA-BT-7B MA-BT-9A MA-BT-26C MA-BT-20 MA-BT-75 MA-BT-49C MS - 20D MS - 1D MS - 17D MS-14D MS - 1A MS - 15A MS - 63A La 115,00 156,17 307,00 262,00 129,00 181,82 136,73 199,54 7,61 54,43 50,26 53,34 51,57 57,11 98,32 Ce 239,00 307,47 576,00 502,00 260,00 359,91 267,50 398,43 117,73 132,98 129,25 130,23 116,22 160,28 232,10 Pr 26,50 0,00 64,50 50,40 28,70 0,00 0,00 0,00 ra Al2O3 Fe2O3 14,84 3,95 14,60 1,50 13,70 3,54 13,75 3,08 13,40 2,84 14,00 0,93 14,30 0,90 14,00 1,40 14,50 0,20 14,90 0,01 14,60 0,10 15,00 0,25 14,90 0,42 15,30 1,70 14,70 2,50 MnO 0,04 0,05 0,05 0,05 0,14 0,02 0,02 0,02 0,03 0,02 0,03 0,01 0,02 0,06 0,06 MgO 0,86 0,60 0,83 0,59 0,52 0,31 0,39 0,12 0,15 0,22 0,18 0,16 0,15 1,30 1,40 Nb 24,00 39,00 40,00 27,00 21,00 43,00 45,00 39,00 18 28 21 19 31 36 27 Zr 225,00 423,00 556,00 475,00 443,00 378,00 371,00 421,00 110 29 150 255 240 800 1220 Y 18,00 46,00 61,00 22,00 34,00 73,00 70,00 82,00 9 37 9 35 22 69 47 Hf 24 38 31 36 25 16 33 Nd 72,80 123,39 178,00 132,00 87,90 130,20 104,86 149,23 6,59 48,73 50,39 48,72 44,10 89,00 99,87 Sm 12,00 19,54 30,40 21,70 14,60 19,11 15,89 20,35 1,33 10,32 10,20 7,54 8,19 16,77 16,99 Eu 1,38 2,65 3,31 2,09 1,48 1,51 1,89 1,66 0,81 1,12 1,50 1,05 1,00 2,37 2,75 Gd 8,00 12,99 21,20 12,20 10,00 9,93 9,64 9,69 0,96 4,65 7,50 6,04 5,00 10,56 12,09 ra pa FeO 0,22 1,60 0,25 0,29 0,31 1,00 1,40 0,94 0,81 0,52 1,40 0,60 0,67 1,30 1,60 CaO Na2O K2O P2O5 H2O Total 2,68 3,06 4,47 0,14 0,85 101,17 2,20 2,30 5,90 0,25 0,43 99,97 2,13 2,41 5,95 0,27 1,34 101,17 1,67 2,41 6,10 0,15 1,52 100,54 1,86 2,48 5,58 0,13 1,38 100,28 1,20 1,90 6,70 0,18 0,88 99,92 1,70 2,10 6,00 0,20 0,31 100,31 1,30 1,70 6,60 0,11 0,76 100,17 1,80 3,70 5,50 0,08 1,07 100,16 1,10 3,20 8,30 0,16 0,57 100,46 1,30 3,20 7,60 0,07 1,02 100,93 1,30 3,60 6,90 0,15 0,94 100,11 1,30 3,70 6,70 0,09 0,93 100,09 3,70 4,00 5,10 0,51 1,45 100,53 3,70 3,80 5,10 0,53 1,09 100,22 Co Tb Dy Ho 1,00 4,10 0,70 0,00 10,78 1,91 2,70 13,50 2,30 1,30 5,20 0,80 1,30 6,90 1,30 0,00 6,10 0,83 0,00 7,80 1,34 0,00 5,37 0,67 0,81 0,16 2,32 0,45 3,20 0,59 2,60 0,60 2,82 0,50 8,31 1,61 7,98 1,57 Er 1,70 5,51 6,10 2,20 3,50 2,44 3,75 1,90 0,45 1,14 0,90 1,14 1,04 4,10 3,76 Tm 0,22 0,00 0,81 0,29 0,49 0,00 0,00 0,00 Yb 1,20 4,61 4,60 1,60 3,00 1,44 2,82 1,04 0,36 0,47 0,42 0,58 0,53 3,10 2,79 Lu 0,15 0,69 0,60 0,20 0,40 0,22 0,40 0,16 0,06 0,06 0,05 0,06 0,07 0,37 0,45 ta TiO2 0,67 0,64 0,77 0,61 0,48 0,40 0,49 0,42 0,22 0,09 0,13 0,10 0,21 0,71 1,00 ul ns SiO2 69,39 69,90 69,93 70,33 71,16 72,40 72,50 72,80 72,10 71,37 71,30 71,10 71,00 65,40 64,74 Ob MA-BT-28B MA-BT-39 MA-BT-7B MA-BT-9A MA-BT-26C MA-BT-20 MA-BT-75 MA-BT-49C MS - 20D MS - 1D MS - 17D MS-14D MS - 1A MS - 15A MS - 63A 83 Anexo 5 – Base geoquímica para o Granito Sana SiO2 69,30 69,20 69,10 69,10 TiO2 0,46 0,66 0,79 0,76 Sample Name sana-4 sana-2 sana-1 sana-3 Rb 376 286 347 315 Ba 720 1000 860 150 Al2O3 Fe2O3 14,40 0,75 14,50 1,05 15,10 1,09 15,00 1,68 Sr 296 375 395 550 ra Ob Sample Name sana-4 sana-2 sana-1 sana-3 Sample Name sana-4 sana-2 sana-1 sana-3 etr total 1111,98 1033,34 965,16 907,13 MgO 0,62 0,82 1,10 0,88 CaO 1,50 1,70 2,50 2,10 Nb 23 19 19 22 Zr 500 450 485 515 Y 31,0 35,0 36,0 37,0 Hf 16 13 16 18 Ta 3 1 3 2 Eu 2,87 2,55 2,40 2,80 Gd 14,20 15,78 15,90 14,20 Tb 2,12 1,68 1,80 1,60 Na2O 2,46 2,19 2,59 2,43 K2O P2O5 H2O LOI Total 6,05 0,14 0,02 0,63 98,63 5,75 0,20 0,65 0,44 99,45 4,52 0,29 0,08 0,19 100,11 5,18 0,22 0,06 0,17 99,36 Dy 8,00 6,20 7,40 7,20 Ho 1,35 1,63 1,10 1,30 Ce 615,20 525,10 398,20 401,20 Pr 45,20 55,20 67,90 51,90 Nd 178,20 224,20 152,90 171,10 Sm 17,40 20,20 22,10 21,03 Zr/Nd 2,8 2,0 3,2 3,0 Ba/Y 23,2 28,6 23,9 4,1 Ba/Sr 2,4 2,7 2,2 0,3 Zr/Hf Ta/Hf Nb/Zr (Eu/Eu)n La/Yb 31,3 0,2 0,0 197,6 34,6 0,1 0,0 121,5 30,3 0,2 0,0 137,7 28,6 0,1 0,0 107,6 Er 2,20 2,40 3,50 3,10 Tm 0,45 0,45 0,30 0,20 Yb 1,13 1,45 2,10 2,13 Lu 0,36 0,30 0,46 0,27 ra La 223,30 176,20 289,10 229,10 MnO 0,05 0,04 0,05 0,05 pa Sample Name sana-4 sana-2 sana-1 sana-3 FeO 2,25 2,25 2,71 1,73 ul ns Co ta 84