PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA EQUAÇÕES EXPONENCIAIS Chamamos de equações exponenciais toda equação na qual a incógnita aparece em expoente. Exemplos de equações exponenciais: 1) 3x =81 (a solução é x=4) 2) 2x-5=16 (a solução é x=9) 3) 16x-42x-1-10=22x-1 (a solução é x=1) 4) 32x-1-3x-3x-1+1=0 (as soluções são x’=0 e x’’=1) Para resolver equações exponenciais, devemos realizar dois passos importantes: 1º) redução dos dois membros da equação a potências de mesma base; 2º) aplicação da propriedade: a m a n m n (a 1 e a 0) EXERCÍCIOS RESOLVIDOS: 1) 3x=81 Resolução: Como 81=34, podemos escrever 3x = 34 E daí, x=4. 2) 9x = 1 Resolução: 9x = 1 9x = 90 ; logo x=0. x 81 3 3) 256 4 x 81 3 Resolução : 256 4 x x 4 34 3 3 3 4 ; então x 4. 4 4 4 4 4) 3 x 4 27 3 4 Resolução : 3 27 3 3 3 3 ; logo x x 4 x 4 3 x 3 4 PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA 5) 23x-1 = 322x Resolução: 23x-1 = 322x 23x-1 = (25)2x 23x-1 = 210x ; daí 3x-1=10, de onde x=-1/7. 6) Resolva a equação 32x–6.3x–27=0. Resolução: vamos resolver esta equação através de uma transformação: 32x–6.3x–27=0 (3x)2-6.3x–27=0 Fazendo 3x=y, obtemos: y2-6y–27=0 ; aplicando Bhaskara encontramos y’=-3 e y’’=9 Para achar o x, devemos voltar os valores para a equação auxiliar 3x=y: y’=-3 3x’ = -3 não existe x’, pois potência de base positiva é positiva y’’=9 3x’’ = 9 3x’’ = 32 x’’=2 Portanto a solução é x=2 FUNÇÃO EXPONENCIAL Chamamos de funções exponenciais aquelas nas quais temos a variável aparecendo em expoente. A função f:IRIR+ definida por f(x)=ax, com a IR+ e a1, é chamada função exponencial de base a. O domínio dessa função é o conjunto IR (reais) e o contradomínio é IR+ (reais positivos, maiores que zero). GRÁFICO CARTESIANO DA FUNÇÃO EXPONENCIAL Temos 2 casos a considerar: quando a>1; quando 0<a<1. Acompanhe os exemplos seguintes: 1) y=2x (nesse caso, a=2, logo a>1) Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e o gráfico abaixo: PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA x y -2 1/4 -1 1/2 0 1 1 2 2 4 2) y=(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1) Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e o gráfico abaixo: x y -2 4 -1 2 0 1 1 1/2 2 1/4 Nos dois exemplos, podemos observar que a) o gráfico nunca intercepta o eixo horizontal; a função não tem raízes; b) o gráfico corta o eixo vertical no ponto (0,1); c) os valores de y são sempre positivos (potência de base positiva é positiva), portanto o conjunto imagem é Im=IR+. PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA Além disso, podemos estabelecer o seguinte: a>1 0<a<1 f(x) é crescente e Im=IR+ Para quaisquer x1 e x2 do domínio: x2>x1 y2>y1 (as desigualdades têm mesmo sentido) f(x) é decrescente e Im=IR+ Para quaisquer x1 e x2 do domínio: x2>x1 y2<y1 (as desigualdades têm sentidos diferentes) INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS Chamamos de inequações exponenciais toda inequação na qual a incógnita aparece em expoente. Exemplos de inequações exponenciais: 1) 3 x 81 (a solução é x 4) 2) 2 2x-2 2 x x 2 1 (que é satisfeita para todo x real) 3 4 4 3) (que é satisfeita para x -3) 5 5 4) 25 x - 150.5 x 3125 0 (que é satisfeita para 2 x 3) PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA Para resolver inequações exponenciais, devemos realizar dois passos importantes: 1º) redução dos dois membros da inequação a potências de mesma base; 2º) aplicação da propriedade: a>1 0<a<1 a > a m>n a > an m<n (as desigualdades têm mesmo sentido) (as desigualdades têm sentidos diferentes) m n m EXERCÍCIO RESOLVIDO: 1) 4 x 1 4 x 4 x 1 11 4 Resolução : 4x 11 A inequação pode ser escrita 4 x 4 x .4 . 4 4 Multiplica ndo ambos os lados por 4 temos : 4 x 4.4 x 16.4 x 11 , ou seja : (1 4 16).4 x 11 -11.4 x 11 e daí, 4 x 1 Porém, 4 x 1 4 x 4 0. Como a base (4) é maior que 1, obtemos : 4 x 40 x 0 Portanto S IR - (reais negativos) FUNÇÃO LOGARÍTMICA A função f:IR+IR definida por f(x)=logax, com a1 e a>0, é chamada função logarítmica de base a. O domínio dessa função é o conjunto IR+ (reais positivos, maiores que zero) e o contradomínio é IR (reais). PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA GRÁFICO CARTESIANO DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA Temos 2 casos a considerar: quando a>1; quando 0<a<1. Acompanhe nos exemplos seguintes, a construção do gráfico em cada caso: 3) y=log2x (nesse caso, a=2, logo a>1) Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e o gráfico abaixo: x y 1/4 -2 1/2 -1 1 0 2 1 4 2 4) y=log(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1) Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e o gráfico abaixo: x y 1/4 2 1/2 1 1 0 2 -1 4 -2 PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA Nos dois exemplos, podemos observar que d) o gráfico nunca intercepta o eixo vertical; e) o gráfico corta o eixo horizontal no ponto (1,0). A raiz da função é x=1; f) y assume todos os valores reais, portanto o conjunto imagem é Im=IR. Além disso, podemos estabelecer o seguinte: a>1 0<a<1 f(x) é crescente e Im=IR Para quaisquer x1 e x2 do domínio: x2>x1 y2>y1 (as desigualdades têm mesmo sentido) f(x) é decrescente e Im=IR Para quaisquer x1 e x2 do domínio: x2>x1 y2<y1 (as desigualdades têm sentidos diferentes) EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA Chamamos de equações logarítmicas toda equação que envolve logaritmos com a incógnita aparecendo no logaritmando, na base ou em ambos. Exemplos de equações logarítmicas: 7) log3x =5 (a solução é x=243) 8) log(x2-1) = log 3 (as soluções são x’=-2 e x’’=2) 9) log2(x+3) + log2(x-3) = log27 (a solução é x=4) 10) logx+1(x2-x)=2 (a solução é x=-1/3) Alguns exemplos resolvidos: 1) log3(x+5) = 2 Resolução: condição de existência: x+5>0 => x>-5 log3(x+5) = 2 => x+5 = 32 => x=9-5 => x=4 Como x=4 satisfaz a condição de existência, então o conjunto solução é S={4}. 2) log2(log4 x) = 1 Resolução: condição de existência: x>0 e log4x>0 log2(log4 x) = 1 ; sabemos que 1 = log2(2), então log2(log4x) = log2(2) => log4x = 2 => 42 = x => x=16 Como x=16 satisfaz as condições de existência, então o conjunto solução é S={16}. 3) Resolva o sistema: log x log y 7 3. log x 2. log y 1 Resolução: condições de existência: x>0 e y>0 Da primeira equação temos: log x+log y=7 => log y = 7-log x Substituindo log y na segunda equação temos: 3.log x – 2.(7-log x)=1 => 3.log x-14+2.log x = 1 => 5.log x = 15 => PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA 3 => log x =3 => x=10 Substituindo x= 103 em log y = 7-log x temos: log y = 7- log 103 => log y = 7-3 => log y =4 => y=104. Como essas raízes satisfazem as condições de existência, então o conjunto solução é S={(103;104)}. INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS Chamamos de inequações logarítmicas toda inequação que envolve logaritmos com a incógnita aparecendo no logaritmando, na base ou em ambos. Exemplos de inequações logarítmicas: 1) log2x > 0 (a solução é x>1) 2) log4(x+3) 1 (a solução é –3<x1) Para resolver inequações logarítmicas, devemos realizar dois passos importantes: 1º) redução dos dois membros da inequação a logaritmos de mesma base; 2º) aplicação da propriedade: a>1 0<a<1 logam > logan m>n>0 logam > logan 0<m<n (as desigualdades têm mesmo sentido) (as desigualdades têm sentidos diferentes) EXERCÍCIOS RESOLVIDOS: 1) log2(x+2) > log28 Resolução: Condições de existência: x+2>0, ou seja, x>-2 (S1) Como a base (2) é maior que 1, temos: x+2>8 e, daí, x>6 (S2) O conjunto solução é S= S1 S2 = {x IR| x>6}. PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA Portanto a solução final é a intersecção de S1 e S2, como está representado logo abaixo no desenho: 2) log2(log3x) 0 Resolução: Condições de existência: x>0 e log3x>0 Como log21=0, a inequação pode ser escrita assim: log2(log3x) log21 Sendo a base (2) maior que 1, temos: log3x 1. Como log33 = 1, então, log3x log33 e, daí, x 3, porque a base (3) é maior que 1. As condições de existência estão satisfeitas, portanto S={x IR| x 3}. Limites Noção intuitiva de limite Seja a função f(x)=2x+1. Vamos dar valores a x que se aproximem de 1, pela sua direita (valores maiores que 1) e pela esquerda (valores menores que 1) e calcular o valor correspondente de y: x y = 2x + 1 1,5 4 1,3 3,6 1,1 3,2 1,05 3,1 1,02 3,04 1,01 3,02 x y = 2x + 1 0,5 2 0,7 2,4 0,9 2,8 0,95 2,9 0,98 2,96 0,99 2,98 PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA Notamos que à medida que x se aproxima de 1, y se aproxima de 3, ou seja, quando x tende para 1 (x 1), y tende para 3 (y 3), ou seja: Observamos que quando x tende para 1, y tende para 3 e o limite da função é 3. Esse é o estudo do comportamento de f(x) quando x tende para 1 (x 1). Nem é preciso que x assuma o valor 1. Se f(x) tende para 3 (f(x) 3), dizemos que o limite de f(x) quando x 1 é 3, embora possam ocorrer casos em que para x = 1 o valor de f(x) não seja 3. De forma geral, escrevemos: se, quando x se aproxima de a (x a), f(x) se aproxima de b (f(x) b). Como x² + x - 2 = (x - 1)(x + 2), temos: Podemos notar que quando x se aproxima de 1 (x 1), f(x) se aproxima de 3, embora para x=1 tenhamos f(x) = 2. o que ocorre é que procuramos o comportamento de y quando x 1. E, no caso, y 3. Logo, o limite de f(x) é 3. PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA Escrevemos: Se g: IR IR e g(x) = x + 2, g(x) = entanto, ambas têm o mesmo limite. (x + 2) = 1 + 2 = 3, embora g(x) Propriedades dos Limites 1ª) O limite da soma é a soma dos limites. O limite da diferença é a diferença dos limites. Exemplo: 2ª) O limite do produto é o produto dos limites. Exemplo: f(x) em x = 1. No PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA 3ª) O limite do quociente é o quociente dos limites desde que o denominador não seja zero. Exemplo: 4ª) Exemplo: 5ª) Exemplo: 6ª) Exemplo: 7ª) PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA Exemplo: 8ª) Exemplo: Limites Limites Laterais Se x se aproxima de a através de valores maiores que a ou pela sua direita, escrevemos: Esse limite é chamado de limite lateral à direita de a. Se x se aproxima de a através de valores menores que a ou pela sua esquerda, escrevemos: Esse limite é chamado de limite lateral à esquerda de a. O limite de f(x) para x a existe se, e somente se, os limites laterais à direita a esquerda são iguais, ou sejas: Se Se Continuidade Dizemos que uma função f(x) é contínua num ponto a do seu domínio se as seguintes condições são satisfeitas: PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA Propriedade das Funções contínuas Se f(x) e g(x)são contínuas em x = a, então: f(x) f(x) . g(x) é contínua em a; g(x) é contínua em a; é contínua em a . Limites envolvendo infinito Conforme sabemos, a expressão x (x tende para infinito) significa que x assume valores superiores a qualquer número real e x (x tende para menos infinitos), da mesma forma, indica que x assume valores menores que qualquer número real. Exemplo: a) , ou seja, à medida que x aumenta, y tende para zero e o limite é zero. b) , ou seja, à medida que x diminui, y tende para zero e o limite é zero. c) , ou seja, quando x se aproxima de zero pela direita de zero por valores maiores que zero, y tende para o infinito e o limite é infinito. ou PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA d) , ou seja, quando x tende para zero pela esquerda ou por valores menores que zero, y tende para menos infinito Limite de uma função polinomial para Seja a função polinomial Demonstração: Mas: Logo: . Então: De forma análoga, para Exemplos: , temos: Derivadas A derivada de uma função y = f(x) num ponto x = x0 , é igual ao valor da tangente trigonométrica do ângulo formado pela tangente geométrica à curva representativa de y=f(x), no ponto x = x0, ou seja, a derivada é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função no ponto x0. A derivada de uma função y = f(x), pode ser representada também pelos símbolos: y' , dy/dx ou f ' (x). PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA A derivada de uma função f(x) no ponto x0 é dada por: Algumas derivadas básicas Nas fórmulas abaixo, u e v são funções da variável x. a, b, c e n são constantes. Derivada de uma constante Derivada da potência Portanto: Soma / Subtração Produto por uma constante PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA Derivada do produto Derivada da divisão Potência de uma função Derivada de uma função composta Integrais Integrais indefinidas Da mesma forma que a adição e a subtração, a multiplicação e a divisão, a operação inversa da derivação é a antiderivação ou integração indefinida. Dada uma função g(x), qualquer função f'(x) tal que f'(x) = g(x) é chamada integral indefinida ou antiderivada de f(x). Exemplos: PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA 1. Se f(x) = , então é a derivada de f(x). Uma das antiderivadas de f'(x) = g(x) = x4 é . 2. Se f(x) = x3, então f'(x) = 3x2 = g(x). Uma das antiderivadas ou integrais indefinidas de g(x) = 3x2 é f(x) = x3. 3. Se f(x) = x3 + 4, então f'(x) = 3x2 = g(x). Uma das antiderivadas ou integrais indefinidas de g(x) = 3x2 é f(x) = x3 + 4. Nos exemplos 2 e 3 podemos observar que tanto x3 quando x3+4 são integrais indefinidas para 3x2. A diferença entre quaisquer destas funções (chamadas funções primitivas) é sempre uma constante, ou seja, a integral indefinida de 3x2 é x3+C, onde C é uma constante real. Propriedades das integrais indefinidas São imediatas as seguintes propriedades: 1ª. ou diferença das integrais. 2ª. , ou seja, a integral da soma ou diferença é a soma , ou seja, a constante multiplicativa pode ser retirada do integrando. 3ª. , ou seja, a derivada da integral de uma função é a própria função. Integração por substituição Seja expressão . Através da substituição u=f(x) por u' = f'(x) ou , ou ainda, du = f'(x) dx, vem: PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA , admitindo que se conhece . O método da substituição de variável exige a identificação de u e u' ou u e du na integral dada. INTEGRAIS DEFINIDAS Seja uma função f(x) definida e contínua num intervalo real [a, b]. A integral definida de f(x), de a até b, é um número real, e é indicada pelo símbolo: onde: a é o limite inferior de integração; b é o limite superior de integração; f(x) é o integrando. Se representa a área entre o eixo x e a curva f(x), para PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA Se representa a área entre as curvas, para PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA A integral definida, nos exemplos vistos, representa uma área, o que ocorre em muitos casos, e é uma das formas de se apresentar a integral definida. De forma geral, para , a área limitada por f(x) e o eixo x, é dada por , que pode representar a soma das áreas de infinitos retângulos de largura cuja altura é o valor da função num ponto do intervalo da base: Subdividindo o intervalo [a, b] em n subintervalos através das abscissas x0=a, x1, x2,...,xn=b, obtemos os intervalos (a, x1), (x1, x2), ...., (xn-1, b). Em cada intervalo (xi-1, xi) tomemos um ponto arbitrário hi. Seja De acordo com a figura, os retângulos formados têm área e PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA Então, a soma da áreas de todos os retângulos é: que nos fornece um valor aproximado da área considerada. Aumentando o número n de subintervalos , tal que tenda a zero e o número n de subintervalos tenda a infinito , temos as bases superiores dos retângulos e a curva praticamente se confundindo e, portanto, temos a área considerada. Simbolicamente, escrevemos: Exemplo: Seja a área entre y = x e o eixo x, para : PROFº ERIVELTON - MATEMÁTICA Esta área é dada por: Podemos notar que o processo do limite nos leva ao resultado procurado. Dividindo o intervalo [0, b] em n subintervalos, cada um terá largura . Sejam, então, os pontos Como f(x) = x, então . .