Oficina 5 - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

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Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais
Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
Oficinas de Qualificação da Atenção
Primária à Saúde em Belo Horizonte
Oficina 5
A Organização do Trabalho para a
Atenção Programada
Guia do Gerente de Projeto
(Tutor)/Facilitador
Belo Horizonte, 2010
ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Av. Augusto de Lima, 2.061 – Barro Preto – BH – MG
CEP: 30190-002
Unidade Geraldo Campos Valadão
Rua Uberaba 780 – Barro Preto – BH – MG
CEP:30180-080
www.esp.mg.gov.br
Equipe do PDAPS – Superintendência de Educação- ESP-MG
Dinalva Martins Irias
Eleni Fernandez Motta de Lima
Ivan Rodrigues Machado
Virgínia Rodrigues Braga
Revisão Técnico-Pedagógica:
Dinalva Martins Irias
Poliana Estevam Nazar
Editora Responsável: Fabiane Martins Rocha
Produção Gráfica e Diagramação:
André Moncorvo Oliveira
Marcos Vinícius Braga
Impressão:
Autêntica Editora
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS
Rua Sapucaí, 429 – CEP: 30150-050
Belo Horizonte – MG
www.saude.mg.gov.br
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE
Av. Afonso Pena 2336 Funcionários Belo Horizonte – MG – CEP:30130-007
www.pbh.gov.br
ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE:
Eugênio Vilaça Mendes
Maria Emi Shimazaki
Marco Antônio Bragança de Matos
Fernando Antônio Gomes Leles
Wagner Fulgêncio Elias
Luciana Maria de Moraes
Marli Nacif
GRUPO DE ADAPTAÇÃO DAS OFICINAS DE QUALIFICAÇÃO
DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM BELO HORIZONTE
Representantes da Secretaria Municipal de Saúde:
Adriana Lúcia Meireles
Alexandre Moura
Aline Mendes Silva
Amália Efigênia Froes Fonseca
Ana Maria Resende
Andréia Ramos Almeida
Bárbara Lyrio Ursine
Bianca Guimarães Veloso
Carlos Alberto Tenório Cavalcante
Denise Ribeiro Mesquita
Eliana Maria de Oliveira Sá
Eliane Maria de Sena Silva
Evely Capdeville
Heloisa Faria de Mendonça
Heloisa Maria Muzzi
Janete dos Reis Coimbra
Josei Karly S. C. Motta
Lenice Harumi Ishitani
Letícia de Castro Maia
Lorena Guimarães Antonini
Luisa da Matta Machado Fernandes
Maria Eliza V. Silva
Maria Imaculada Campos Drumond
Maria Terezinha Gariglio
Max André dos Santos
Neuslene Rivers Queiroz
Nomária César de Macedo
Paula Nair Luchesi Santos
Paulo César Nogueira
Rosa Marluce Goes de Andrade
Rúbia Márcia Xavier de Lima
Sandra Alice Pinto Coelho Marques
Sandra Cristina Paulucci
Serafim Barbosa dos Santos Filho
Sônia Gestera de Mattos
Vanessa Almeida
Representantes da Secretaria de Estado de Saúde de Minas
Gerais:
Conceição Aparecida Gonçalves
Luciana Maria de Moraes Pereira
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
SUMÁRIO
1. COMPETÊNCIAS............................................................................................................05
2. OBJETIVOS....................................................................................................................05
3. ESTRATÉGIAS E ATIVIDADES..........................................................................................05
4. ESTRUTURA GERAL E PROGRAMAÇÃO.........................................................................06
1° Dia ...............................................................................................................................07
Atividade I. Introdução e Dinâmica Inicial..........................................................................07
Atividade II. Apresentação das Atividade Realizadas no Período de Dispersão Relacionadas
à Oficina III : Diagnóstico Local............................................................................................07
Atividade III. Reflexão sobre a Quarta Oficina no Nível Local...........................................08
Atividade IV. Os Desafios para Organização da Atenção Programada na Rede de Atenção
em Saúde em Belo Horizonte...........................................................................................08
Atividade V. A Gestão Clínica : Conceitos e Ferramentas.................................................18
Atividade VI. A Gestão Clínica : Condução de Casos Clínicos...........................................30
2° Dia ...............................................................................................................................31
Atividade VII. A Organização da Atenção Programada.....................................................31
Atividade VIII. Programação Local: Conceitos e Importância para as Equipes de Saúde..31
Atividade IX. Programação Local: Programação das Ações para a Hipertensão Arterial..36
Atividade X. Plano de Trabalho para o Período de Dispersão...........................................43
Atividade XI. Avaliação da Oficina e Encerramento..........................................................48
3
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
1. COMPETÊNCIAS
Ao final desta Oficina, espera-se que os participantes tenham desenvolvido
capacidade para:
• Compreender a importância da organização da atenção programada para
a estruturação do processo de trabalho na atenção primária em saúde;
• Compreender os princípios da gestão clínica para orientar a
programação;
• Elaborar a programação local para uma equipe de saúde tendo em vista
determinada população e um diagnóstico local.
2. OBJETIVOS
Este módulo está estruturado para alcançar os seguintes objetivos:
• Apresentar o produto da Oficina 3 – Territorialização e Diagnóstico Local;
• Relatar as atividades realizadas no período de dispersão após a Oficina 4 –
Organização da Demanda Espontânea;
• Identificar os elementos importantes para a reorganização dos processos
de trabalho e elaboração da agenda das equipes;
• Realizar alinhamento conceitual sobre a gestão clínica;
• Realizar alinhamento conceitual e compreender a importância da
programação local;
• Elaborar uma programação local para as equipes de saúde, utilizando um
método de cálculo com base nos protocolos da SMSA.
3. ESTRATÉGIAS E ATIVIDADES
Esta Oficina aponta a importância da programação das ações para a
organização das agendas das equipes e traz abordagens que propiciem
o engajamento dos participantes no processo de aquisição dos novos
conhecimentos que favoreçam a reflexão sobre seu contexto e o processo
a ser desenvolvido nas suas atividades.
As estratégias educacionais a serem desenvolvidas têm por objetivo subsidiar
os profissionais nas atividades que serão realizadas nos períodos de dispersão
e durante o exercício de sua prática na gestão municipal.
Este módulo tem carga horária total de 16 horas, distribuídas em dois dias
de atividades.
5
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
4. ESTRUTURA GERAL E PROGRAMAÇÃO
1° DIA
Horário
Atividade
Metodologia
8h00 às 8h30
Introdução e Dinâmica Inicial
Apresentação no auditório
8h30 às 9h00
Apresentação das Atividades
Realizadas no Período de Dispersão
Apresentação no auditório
Relacionadas à Oficina III: Diagnóstico
Local
9h00 às 9h30
Intervalo
9h30 às 10h30
Reflexão sobre a Quarta Oficina no
Atividades em grupo
Nível Local
10h30 às 12h00
Os Desafios para Organização da
Atenção Programada na Rede de Atividade em grupo
Atenção à Saúde em Belo Horizonte
12h00 às 13h30
Almoço
13h30 às 15h00
A Gestão Clínica: Conceitos e
Atividades em grupo
Ferramentas
15h00 às 15h15
Intervalo
15h15 às 17h00
A Gestão Clínica: Condução de Casos
Clínicos
Atividades em grupo
2° DIA
Horário
6
Atividade
Metodologia
8h00 às 10h00
A Organização da Atenção
Programada
10h00 às 10h30
Intervalo
10h30 às 12h00
Programação Local: Conceitos e
Importância para as Equipes de Atividades em grupo
Saúde
12h00 às 13h30
Almoço
13h30 às 15h15
Programação Local: Programação das
Atividades em grupo
Ações para a Hipertensão Arterial
15h15 às 15h30
Intervalo
15h30 às 16h45
O Plano de Trabalho para o Período de
Atividade em grupo por distrito
Dispersão
16h45 às 17h00
Avaliação da Oficina e Encerramento
Exposição dialogada no auditório
Atividade em grupo
Oficinas de Qualificação da Atenção
em
Belo Horizonte
– Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
CURSO TPrimária
ÉCNICO DEà
ASaúde
GENTE C
OMUNITÁRIO
DE SAÚDE
ATENÇÃO
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistema
de avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações necessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
1º DIA
ATIVIDADE6:I Pré-Teste
– INTRODUÇÃO E
ATIVIDADE
DINÂMICA INICIAL
30 minutos
Tempo estimado: 30 minutos
Objetivo
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serão
Objetivo:
abordados nesta semana.
Material• Apresentar uma síntese das primeiras oficinas e da estrutura geral da
quinta oficina.
Cópias do pré-teste
no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Desenvolvimento
Desenvolvimento:
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo de
inicial;
• Conduzir
avaliação
do Curso,uma
e temdinâmica
objetivo
analisar o que eles já conhecem sobre os temas que
Cpor
URSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
serão•abordados
na
etapa;
Apresentar uma síntese das primeiras oficinas em Belo Horizonte;
2. lembrar ATENÇÃO
que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,
• Apresentação
da programação
da Oficina
5 não
pelo
destacando
sem preocupar-se
em acertar
ou não,para
pois orientar
neste
momento,
serelator,
estará
julgando
o certo
Este é apenas
um esquema
a apresentação
do curso
e do sistema
como
ela
se
relaciona
com
as
quatro
oficinas
que
a
precederam
e
com
ou errado,
mas
o
que
eles
conhecem
ou
não
sobre
determinados
assuntos.
Isto
é
imporde avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações
netante para
acalmar
a
ansiedade
que
porventura
o
grupo
expresse;
aquelas
que
a
sucederão.
cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
Fechamento
ATIVIDADE
II – APRESENTAÇÃO
ATIVIDADE
6: Pré-Teste
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possa
passar para seu caderno de atividades
DAS ATIVIDADES REALIZADAS
30 minutos
NO PERÍODO DE DISPERSÃO
AVALIAÇÃO
DO ALUNORELACIONADAS
- PRÉ-TESTE
À OFICINA III:
Objetivo
Nome: ____________________________________________________Turma:
_______
Aplicar
o pré-teste para identificar
o conhecimento prévio
dos ACS sobre os temas
que serão
Diagnóstico
Local
1
abordados nesta semana.
Município: __________________________________________________GRS: _______
Tempo estimado: 30 minutos
Material
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Objetivo:
Leia com atenção o seguinte caso:
Desenvolvimento
• Apresentar uma experiência bem-sucedida de realização do Diagnóstico
1
1. deve preparar
o Secretaria
grupo para
oterceira
pré-teste,
dizendo
que
esta atividade
é parte do
de
Caso extraído de:Local,
CEARÁ. produto
deda
Saúde
do Estado.
Escola derefletindo
Saúde Pública. a
Curso
Técnico de Agente
Comunitário
de
oficina,
importância
doprocesso
processo
do Curso,
tem
porComunitário
objetivo de
analisar
o que
eles
já conhecem
sobredeos
temas
que
Saúde:avaliação
Etapa Formativa
1: Manuale1:
Agente
Saúde, sua
história
e suas
atribuições / Escola
Saúde
Pública
do
ocorrido
nas
oficinas
locais.
Ceará,serão
Escola de
Formação emna
Saúde
da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação em
abordados
etapa;
Saúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,
Desenvolvimento:
33
sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certo
ou errado,
mas
o que eles conhecem
não sobre
assuntos.
Isto é impor• Um
representante
de umouCentro
dedeterminados
Saúde deverá
apresentar
aos
tante para
acalmar a ansiedade
que porventura
expresse; de elaboração do
participantes
da oficina
um relatoo grupo
da experiência
Manual do Docente.pmd
33
24/1/2008, 11:32
3. certificar-se,
através delocal,
leitura,abordando
se as perguntas
foram compreendidas
poras
todos.
diagnóstico
a construção
dos dados,
discussões
ocorridas e como a equipe tem se apropriado dessas informações no
cotidiano.
Fechamento
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possa
passar para seu caderno de atividades
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
Município: __________________________________________________GRS: _______
7
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ATENÇÃO
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistema
de avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações necessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE6:IIIPré-Teste
– REFLEXÃO SOBRE A
ATIVIDADE
QUARTA OFICINA NO NÍVEL
LOCAL
30 minutos
Tempo estimado: 1 hora
Objetivo
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serão
abordadosObjetivo:
nesta semana.
• Refletir sobre os processos ocorridos na quarta oficina local.
Material
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Desenvolvimento:
Desenvolvimento
• O facilitador de cada grupo deverá conduzir os participantes da Oficina 5
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo de
a uma reflexão avaliativa da situação atual após a quarta oficina local;
avaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas que
serão•abordados
na etapa;
Os principais
pontos para reflexão são:
2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,
»» a interação entre a equipe distrital e os facilitadores;
sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certo
ou errado,
o que eles
conhecem
ou nãoe sobre
determinados assuntos. Isto é imporinteração
entre
o facilitador
os trabalhadores;
»» amas
tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
»» a realização da quarta oficina local;
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
URSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
produto da quarta oficina: Matriz de Gerenciamento
»» a preparação Cdo
Fechamento
de Processo.
ATENÇÃO
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possa
ÉEste
importante
recuperar
o quepara
foi feito
de relevante,
comodo
foram
é apenas
um esquema
orientar
a apresentação
cursoabordadas
e do sistema
passar para seu
caderno
de atividades
de
avaliação.
O
Manual
do
Aluno
e
do
Docente
contém
todas
as
informações
as possíveis dificuldades e as ações para superação dos problemas. necessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
ATIVIDADE6:IVPré-Teste
– OS DESAFIOS PARA
ATIVIDADE
ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO
30 minutos
PROGRAMADA NA REDE DE ATENÇÃO
Àcom
SAÚDE
EM
BELO caso:
HORIZONTE
Leia
atenção
o seguinte
Município: __________________________________________________GRS: _______
Objetivo
Tempodos
estimado:
1 hora
30 minutos
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio
ACS sobre
osetemas
que serão
abordados
semana.
Caso extraídonesta
de: CEARÁ.
Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário de
1
Saúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública do
Ceará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação em
Material
Saúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
Objetivos:
• Recuperar a discussão da Oficina 4 sobre as diretrizes institucionais para
33
a organização da demanda espontânea e programada e sobre o equilíbrio
das agendas das equipes;
Desenvolvimento
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Manual do Docente.pmd
1. deve •
preparar
o grupo
o pré-teste,de
dizendo
que esta
atividade
é parte do processo de
Refletir
sobrepara
os conceitos
condição
aguda
crônica;
33
24/1/2008,e
11:32
avaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas que
Introduzir
discussão sobre a programação das ações e a atenção
serão•abordados
na aetapa;
2. lembrar programada.
que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,
sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certo
Desenvolvimento:
ou errado,
mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é importante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
• Apresentar a atividade, destacando sua duração e etapas que a
compõem;
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
Fechamento
• Realizar a leitura do Estudo de Caso (10 minutos);
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possa
passar para seu caderno de atividades
8
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
• Formar pequenos grupos;
• Cada grupo deve nomear um coordenador e um relator;
• O grupo deverá analisar o Estudo de Caso e procurar abordar as seguintes
questões (20 minutos):
1. Quais são os principais problemas identificados no Estudo de Caso?
(Citar 3)
2. As condições apresentadas no caso podem ser consideradas condições
agudas ou condições crônicas?
3. O que você entende por condição aguda e condição crônica?
4. Quais as principais diferenças na organização da atenção para as
condições agudas e para as condições crônicas?
• Cada relator apresentará as conclusões de seu grupo, e a seguir o
facilitador conduzirá uma síntese destacando os pontos em comum e
as divergências de cada grupo (20 minutos);
• Ler o Texto 1: Os desafios para organização da atenção programada na
rede de saúde em Belo Horizonte (20 minutos);
• Sintetizar a atividade com a turma, recuperando os conceitos mais
importantes (20 minutos).
Estudo de Caso1
O Centro de Saúde Carmópolis está localizado no Bairro Leopoldina, em uma
área de risco elevado, e possui quatro Equipes de Saúde da Família (ESF).
De acordo com o cadastro atualizado dos Agentes Comunitários de Saúde
(ACS), em julho de 2010, o Centro de Saúde (CS) possuía uma população
de 9.590 habitantes.
Na última semana, as equipes começaram a analisar os indicadores que
vão compor o primeiro diagnóstico de saúde da população da área de
abrangência da unidade. Em uma análise preliminar, a ESF 1 percebeu
que apenas 52% dos pacientes hipertensos e 38% dos diabéticos eram
considerados acompanhados, de acordo com o protocolo.
Nessa mesma semana, D. Maria Olímpia, que é vinculada à ESF1, novamente
compareceu ao Centro de Saúde Carmópolis. Lá foi recebida pelo estagiário
do “Posso Ajudar”, que a escutou atenciosamente e a direcionou para a
recepção onde sua demanda seria encaminhada. D. Maria Olímpia não
possuía nenhuma queixa clínica naquele dia e precisava conversar com sua
ESF sobre a saúde de seu marido.
O Estudo de Caso foi elaborado pela equipe de coordenação do Projeto Gestão Clínica em curso na
SMSA e adaptado por Janete Ferreira.
1-
9
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Em local reservado na recepção, a auxiliar de enfermagem perguntou se ela
estava melhor da infecção urinária, pois não tinha dado notícia depois de
sua última consulta e do tratamento recomendado. Ela sorriu, respondendo
que estava bem e que havia melhorado muito com os remédios, mas que o
motivo da sua visita era seu marido – o Sr. Tarcísio –, que estava tirando o
seu sono nas últimas semanas e, em função disso, ela gostaria de agendar
uma conversa com sua ESF. A auxiliar, então, agendou para o dia seguinte
uma conversa com a enfermeira da sua equipe, que poderia escutar com
mais atenção seu problema.
No dia seguinte, D. Maria Olímpia compareceu ao CS na hora marcada e
foi atendida no consultório pela enfermeira da sua ESF. Disse à enfermeira
que ela estava pelejando muito com o marido, pois ele “não tinha medo de
nada, a não ser de médico e hospital”. Ao contrário dela, que fazia direitinho
o acompanhamento da pressão alta e do colesterol, o Sr. Tarcísio às vezes
ficava muito tempo sem ir ao Centro de Saúde.
D. Maria Olímpia disse que o Sr. Tarcísio andava muito desanimado, acordava
à noite e havia emagrecido. Um dia, na volta do trabalho, o compadre
preocupado com a falta de ar do amigo, vendo-o subir escadas, convenceu-o
a procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA): “Onde tudo é resolvido
rápido, até com exame de sangue e urina.”
Na semana retrasada, ela levou o Sr. Tarcísio à UPA, e ele assustou-se ao
ser informado de que precisaria ser internado no hospital, pois o coração
estava inchado, e a glicose, alta. Injeções e comprimidos seriam necessários.
Em 5 dias, recebeu alta com recomendação de procurar um cardiologista.
Uns dias depois da alta, houve nova crise e, de novo, voltou à UPA. Uma
nova internação foi necessária. Foram mais 6 dias desta vez até a alta com
mais remédios (“de 5 tipos”), além da mesma recomendação de procurar
o cardiologista.
Assim, D. Maria Olímpia pede à enfermeira que olhe o sumário de alta para
conseguir o encaminhamento de seu marido para o cardiologista.
A enfermeira ouve tudo atentamente e comenta que realmente era uma pena
que o Sr. Tarcísio não estivesse indo regularmente ao Centro de Saúde.
Sumário de alta
HOSPITAL “Z”
Motivo da internação: Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)
Exame clínico: Dispnéia + crepitações + edema
Exames complementares: Raio-X de tórax, ECG, exames laboratoriais
Evolução: boa
Tratamento realizado: O2, captopril, furosemida, espironolactona, glibenclamida, digoxina.
Condições de alta: Melhorado
Diagnóstico de alta: ICC
Recomendações pós-alta: Consulta com cardiologista
10
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
D. Maria diz que ele ia ao Centro de Saúde de vez em quando pegar os
remédios, mas falava que tinha que trabalhar muito e não queria saber
desse negócio de “medir a pressão”: - Esse pessoal que tira pressão todo
dia acaba passando mal!!!
A enfermeira, com o sumário de alta em mãos, sai para buscar o prontuário.
No prontuário do Sr Tarcísio, ela não encontra a impressão da última consulta.
Estava registrada apenas a medida de pressão arterial - PA (alta) e renovação
de receita sem informar data de retorno.
A enfermeira considerou importante discutir o caso e foi conversar
pessoalmente com sua equipe para encontrar uma solução. O médico, ao
ver o sumário de alta, recomendou agendar uma consulta com o Sr. Tarcísio
para o dia seguinte.
Na consulta, ao avaliar o Sr. Tarcísio, o médico fica impressionado como
um caso tão grave não frequentasse regularmente o Centro de Saúde.
Ouviu, anotou tudo e agendou a próxima consulta, além de encaminhar o
paciente para uma avaliação com o cardiologista. O médico conversou com
o Sr. Tarcísio e a D. Maria e falou que o acompanhamento da Insuficiência
Cardíaca e da Hipertensão Arterial era muito importante para o paciente e
para toda a Equipe de Saúde da Família.
Contou até que a equipe do Centro de Saúde Carmópolis estava justamente
analisando os indicadores para o diagnóstico de saúde de sua população
e que era importante que cada equipe conhecesse todos os hipertensos
e diabéticos de sua área, realizasse esforços para que eles buscassem o
Centro de Saúde e programasse o atendimento deles através de consultas
regulares com o médico, enfermeiro ou cardiologista, de acordo com a
necessidade.
D. Maria Olímpia aproveitou a oportunidade para dizer que ela ia com
frequência ao CS, nunca perdia um retorno agendado, estava sempre em
contato com o ACS e, quando tinha alguma dúvida, ia às reuniões de grupos
que o Centro de Saúde organizava.
O médico deu os parabéns à D. Maria Olímpia e pediu a ela que ajudasse a
diminuir o medo que o Sr Tarcísio tinha de médico: - Frequentar o Centro de
Saúde e mudar alguns hábitos de vida é melhor do que precisar de outras
internações e ficar com o coração cada vez mais fraco! Assim não dá nem
para esperar o time ser campeão, Sr Tarcísio!!!!
11
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
TEXTO 1
OS DESAFIOS PARA A ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO
PROGRAMADA NA REDE DE SAÚDE EM BELO HORIZONTE 2
Estamos iniciando mais uma Oficina de Qualificação da Atenção Primária à
Saúde (APS), a Oficina 5: Organização da Atenção Programada.
Nas três primeiras oficinas, tratamos da Análise da APS, da Rede de Atenção à
Saúde e do Diagnóstico Local. Dissemos que esse diagnóstico nos prepararia
para esta quinta oficina que aborda a programação das ações. A quarta
oficina apontou as diretrizes para a organização do processo de trabalho para
atendimento à demanda espontânea, que são apresentadas na Figura 1.
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Figura 1: Demanda espontânea e atenção programada
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Nessa figura estão sintetizados os principais conceitos e arranjos institucionais
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apontados para o atendimento da demanda espontânea e atenção ���
����programada,
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(CSs) do município, ou seja, um processo de trabalho mais padronizado
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uniforme que permita o reconhecimento da identidade do SUS-BH perante
seus usuários. Esses conceitos e arranjos serão discutidos ao longo deste
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texto.
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As discussões realizadas até aqui apontam a�����'�.��������������������������
necessidade de construir
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um conjunto de ações padronizadas o suficiente para atender às
diretrizes colocadas pela instituição e flexíveis o bastante para respeitar
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2Texto elaborado por Janete Maria Ferreira e colaboradores. Janete Maria Ferreira é pediatra, epi-
demiologista
e Gerente-Geral
das Oficinas
de Qualificação
da Atenção
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em Belo
Horizonte.
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texto se baseia fortemente nas discussões realizadas pelo grupo que conduziu a quarta oficina “Or-
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ganização
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SUS-BH.
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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
as especificidades locais. Dessa forma, podemos dizer que são três os
principais desafios para a organização desse processo de trabalho: (1) a
busca do equilíbrio na agenda das equipes, (2) a reorganização das ações
para o atendimento das condições agudas e crônicas e (3) a complexidade
da discussão do processo de trabalho em saúde, objeto muito dinâmico.
Ressaltamos que, por isso, a discussão do processo de trabalho em cada
centro de saúde poderá estar pronta, mas nunca estará acabada.
A busca do equilíbrio nas agendas
Estudos realizados até o momento pela equipe da Secretaria Estadual de
Saúde (SES) e Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) mostram que uma
distribuição percentual equilibrada das atividades a serem realizadas pelas
equipes seria: 38% para atendimento da demanda espontânea, 50% para
atenção programada (incluindo as ações de promoção e vigilância em saúde),
10% para atividades relacionadas à educação permanente e 1% a 2% para
atividades administrativas (reuniões de equipe, por exemplo).
Como já apontamos anteriormente, para caminhar na direção a essa agenda
mais equilibrada, é preciso, primeiramente, conhecer a população da área
de abrangência do Centro de Saúde e elaborar um diagnóstico local. Esse
diagnóstico apontará os principais aspectos do território, os problemas
da população ali residente, como, por exemplo, o número esperado de
gestantes, o número de hipertensos a serem acompanhados e as crianças
a serem inscritas na Puericultura.
Além disso, é preciso abordar conjuntamente a demanda espontânea e
a atenção programada. A Figura 1 apresentada neste texto aponta que,
para além desses dois blocos, parece existir um terceiro: a atenção não
programada ou a ser programada.
Na prática, a discussão da agenda das equipes precisa perpassar todos
os blocos, de forma a caminhar a partir da atenção ao agudo em direção
à atenção programada, como uma forma de organização progressiva do
processo de trabalho das equipes.
O atendimento das condições agudas e crônicas
O segundo desafio sobre o processo de trabalho nos Centros de Saúde é a
abordagem dos conceitos de condição (de saúde) aguda e crônica, apontados
na Oficina 2, quando da discussão do Modelo de Atenção. Segundo Mendes
(2009), as condições de saúde podem ser definidas como as circunstâncias na
saúde das pessoas que se apresentam de forma mais ou menos persistentes
e que exigem respostas sociais reativas ou proativas e eventuais ou contínuas
por parte dos sistemas de atenção à saúde.
Tradicionalmente trabalha-se em saúde com uma divisão entre doenças
transmissíveis e doenças crônicas não transmissíveis. Essa tipologia é
largamente utilizada, em especial pela epidemiologia. É verdade que essa
tipologia tem sido muito útil nos estudos epidemiológicos, mas, por outro
lado, ela não tem sido útil/adequada para referenciar a organização dos
sistemas de atenção à saúde. A razão é simples: do ponto de vista da resposta
social aos problemas de saúde - o objeto dos sistemas de atenção à saúde
13
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
-, certas doenças transmissíveis, pelo longo período de seu curso natural,
estão mais próximas da lógica de enfrentamento das doenças crônicas que
das doenças transmissíveis de curso rápido. Por isso, tem sido considerada
uma nova categorização, com base no conceito de condição de saúde,
desenvolvida inicialmente por teóricos ligados aos modelos de atenção às
condições crônicas (von Korff apud MENDES, 2009) e depois acolhida
pela Organização Mundial da Saúde (MENDES, 2009): as condições agudas
e as condições crônicas.
Essa tipologia está orientada, principalmente, por duas variáveis-chave
contidas no conceito de condição de saúde: primeira, o tempo de duração
da condição de saúde, breve ou longo; e segunda, a forma de enfrentamento
pelo sistema de atenção à saúde. Nas condições agudas, o enfrentamento
normalmente é episódico, reativo e feito sobre a queixa momentânea, e,
nas condições crônicas, o enfrentamento precisa ser contínuo, proativo e
realizado por meio de cuidados, mais ou menos permanentes, expressos
num plano de cuidado elaborado conjuntamente pela equipe de saúde e
pelas pessoas usuárias.
As condições agudas, em geral, apresentam um curso curto, inferior a três
meses de duração, e tendem a se autolimitar; ao contrário, as condições
crônicas têm um período de duração mais ou menos longo, superior a três
meses, e, nos casos de algumas doenças crônicas, tendem a apresentar-se de
forma definitiva e permanente (Singh apud MENDES, 2009). As condições
agudas, em geral, são manifestações de doenças transmissíveis de curso
curto, como dengue e gripe, ou de doenças infecciosas, também de curso
curto, como apendicite, ou de causas externas, como os traumas. As doenças
infecciosas de curso longo são consideradas condições crônicas.
As condições crônicas englobam:
• todas as doenças crônicas (como diabetes, doenças cardiovasculares,
cânceres, doenças respiratórias crônicas, etc),
• doenças infecciosas persistentes (hanseníase, tuberculose, HIV/AIDS,
hepatites virais, etc.),
• condições ligadas à maternidade e ao período perinatal (acompanhamento
das gestantes e atenção ao parto, às puérperas e aos recém-natos),
• condições ligadas à manutenção da saúde por ciclos de vida (puericultura,
hebicultura e monitoramento da capacidade funcional dos idosos),
• distúrbios mentais de longo prazo,
• deficiências físicas e estruturais contínuas (amputações, cegueiras,
deficiências motoras persistentes, etc.),
• doenças metabólicas e algumas doenças bucais.
As condições agudas manifestam-se, em geral, por eventos agudos; as
condições crônicas podem se manifestar, em momentos discretos e de
forma exuberante, sob a forma de eventos agudizados.
Do ponto de vista da organização dos sistemas de atenção à saúde, o que
14
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
caracteriza uma condição crônica é a forma da resposta social desse sistema
que será sempre proativa, contínua e integrada. Bem diferente do modo de
resposta às condições agudas, que pode ser episódica e reativa.
Em relação às condições agudas, a Figura 1 apresenta um arranjo possível
dentro das diretrizes institucionais que é a estruturação de uma “equipe de
referência para os casos agudos” através do rodízio entre as equipes de um
mesmo Centro de Saúde e os dispositivos do “Posso Ajudar” e da “Classificação
de Risco”. Esse arranjo foi traduzido em um fluxograma apresentado na
Figura 2.
O fluxograma aponta que todos os usuários em situação de emergência
deverão ser atendidos de imediato pela equipe de saúde. A equipe deverá
realizar os primeiros cuidados necessários, providenciar o suporte adequado
e transferir o paciente de forma segura para o ponto de atenção competente,
pactuado e com capacidade resolutiva.
As situações que não se caracterizam de imediato como “emergentes”
deverão passar pela “classificação de risco” no fluxo habitual para avaliação
da situação/queixa pelo profissional enfermeiro que poderá, dependendo
da classificação de sua gravidade, encaminhá-lo para um atendimento
ou agendar uma consulta. Esse momento demostra, claramente, o
entrelaçamento entre o atendimento às condições agudas e crônicas.
Em relação às condições crônicas, o arranjo apresentado na Figura 1 se
refere à atenção programada, ou seja, um processo planejado contínuo e
integrado.
Neste ponto, consideramos necessário relembrar os conceitos de
“necessidade” e “demanda”, apresentados na Oficina 4, e sua distinção.
A “necessidade” pode ser definida como exigência proveniente de um
sentimento de privação de qualquer coisa absolutamente imprescindível à
vida; estado que resulta da privação do necessário. O conceito de “demanda”
remete à ação de demandar; procura, pedido ou exigência, mais ou menos
expresso pelo usuário, situado entre o desejo e a necessidade.
15
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Usuário chega na unidade
Usuário encaminhado
Receber o usuário
Encaminhar para UPA
ou PS
Usuário agendado
Emergência?
Agendar com ESF
S
Atender paciente na sala de
observação
S
N
Atenção a ser
programada?
N
Queixa
clínica?
S
N
Classificar
risco
Demanda
assistencial?
S
Vermelho
laranja
N
N
Encaminhar para os devidos
setores (Gerência)
Amarelo
S
Realizar
atendimento
clínico
Usuário encaminhado
Verde
Melhora?
S
S
Conduta?
Azul
N
S
S
Encaminhar para
outros setores do CS
Usuário agendado
Agendar com ESF/Equipe
de apoio/outros
profissionais
S
Crônico
agudizado?
N
Usuário atendido
Figura 2. Fluxograma da organização da demanda espontânea
Portanto, quando introduzimos a discussão da atenção programada, estamos
indo ao encontro da necessidade da população adscrita a um serviço de saúde,
nem sempre percebida ou trazida pelos cidadãos. Na atenção programada,
buscamos o critério de adscrição da clientela em relação à equipe do PSF, ou
seja, o usuário deverá, preferencialmente, ser identificado no território pelo
Agente Comunitário de Saúde (ACS) e atendido pelo conjunto de profissionais
do Centro de Saúde de sua área de moradia. Ou seja, o objetivo é conquistar
os princípios do primeiro contato, da longitudinalidade, da integralidade do
cuidado e o vínculo permanente de cada usuário com sua equipe de saúde.
Como já apontado anteriormente, procura-se organizar o serviço, pautando-se
não mais pelos eventos agudos, mas pela abordagem dos problemas crônicos
e/ou condições crônicas.
Para a atenção programada, serão destinados atendimentos e consultas
agendadas, estabelecendo-se o limite máximo de consultas por turno,
conforme critério estabelecido previamente. Os quantitativos de consultas e
atendimentos programados serão calculados tomando como base a população
adscrita e o diagnóstico local realizado por cada Centro de Saúde (que se
baseia nos dados de cadastramento das famílias residentes no território)
16
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
e tendo como parâmetros os protocolos implantados na rede do SUS-BH e
apresentados no sistema de Prontuário Eletrônico SISREDE.
Assim, a atenção programada deve abranger todos os ciclos de vida dos
indivíduos/famílias – desde o nascimento à velhice –, atendendo aos protocolos
institucionais (ou linhas de cuidado) operacionalizados por redes integradas
de atenção, com o objetivo de promover a saúde, identificar precocemente e
controlar as patologias de relevância, prestar assistência de forma integrada e
resolutiva. Ou seja, a organização do atendimento dar-se-á de acordo com os
ciclos de vida ou condição de saúde – SAÚDE DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE,
DA GESTANTE, DO ADULTO E DO IDOSO, perpassadas pela SAÚDE MENTAL
E BUCAL – ou por patologias de maior relevância – HIPERTENSÃO, DIABETES
e TUBERCULOSE.
Nessa organização, deverão ser previstas também as ações de vigilância
em saúde e promoção à saúde e a atenção à demanda assistencial a ser
programada, destaque no bloco central da Figura 1.
Essa demanda a ser progressivamente programada é muito frequente hoje nos
nossos Centros de Saúde e consiste em um universo de renovação de receitas,
atestados médicos, solicitação de exames ou consultas de especialistas. O
arranjo organizacional apontado para essa demanda é um horário reservado
na agenda para conversa da equipe com seus usuários.
A complexidade do processo de trabalho em saúde
Finalmente, quanto ao terceiro desafio apontado na discussão do processo
de trabalho em saúde, é importante relembrar os apontamentos da quarta
oficina. A discussão do processo de trabalho em saúde tem característica
própria: seu objeto e todos seus componentes são indivíduos que atuam e
interferem no processo e no resultado final do trabalho, portanto, são todos
sujeitos da ação. Esse sujeito detém algo muito precioso que é seu próprio
saber e que deve ser escutado no processo de trabalho em saúde, gerando
a necessidade de acolhimento em cada momento, seja em um atendimento
a uma condição aguda ou crônica, seja em uma atividade programada ou
não.
Em relação às condições crônicas, o protagonismo dos usuários se torna
essencial. Como dito anteriormente, nas condições crônicas o enfrentamento
precisa ser contínuo, proativo (incluindo mudanças de hábitos de vida e o
autocuidado) e realizado por meio de cuidados expressos num plano elaborado
conjuntamente pela equipe de saúde e pelas pessoas usuárias.
Apenas através dessa abordagem conjunta estabeleceremos, entre as equipes
e seus usuários, a comunicação, a confiança, a cooperação e a autonomia
necessária para o momento do encontro: o mais importante de todo nosso
processo de trabalho.
REFERÊNCIAS
MENDES, EV (2009). As redes de atenção à saúde. ESP-MG. Belo Horizonte.
MEHRY, EE; CHAKKOUR, M; STÉFANO, E; STÉFANO ME; SANTOS, CM;
RODRÍGUEZ, RA. Em busca de ferramentas analisadoras das tecnologias
em saúde: a informação e o dia a dia de um serviço, interrogando e gerindo
trabalho em saúde. In: MERHY, EE; ONOCKO, R (Orgs.). Agir em saúde: um
desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 1997. p.113-50.
TURCI, MA (org). Avanços e desafios na organização da atenção de saúde
de Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde. Belo Horizonte, HMP
Comunicação, 2008;
17
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ATENÇÃO
Oficinas de Qualificação da Atenção
Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistema
de avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações necessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE V – A GESTÃO CLÍNICA:
Conceitos e ferramentas
ATIVIDADE 6: Pré-Teste
30 minutos
Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos
Objetivo
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serão
abordados Objetivos:
nesta semana.
• Compreender o conceito de Gestão Clínica;
Material
Cópias do
no as
caderno
do aluno eou
papel
pautado para tecnológicos
cada ACS.
• pré-teste
Conhecer
ferramentas
instrumentos
no cuidado
clínico;
Desenvolvimento
• Relacionar os conceitos e as ferramentas com a condução dos casos
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo de
clínicos
pelas
equipes.
avaliação
do Curso,
e tem
por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas que
serão abordados na etapa;
2. lembrar
que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,
Desenvolvimento:
sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certo
• Apresentar
atividade,
destacando
suadeterminados
duração e etapas
queIsto
a é imporou errado,
mas o quea eles
conhecem
ou não sobre
assuntos.
compõem;
tante para
acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
3. certificar-se,
através
de leitura,
se as perguntas foram compreendidas por todos.
• Formar
pequenos
grupos;
• Os grupos deverão discutir as seguintes questões (30 minutos):
Fechamento
Devolver as
do pré-teste da
na Gestão
semana Clínica?
de concentração 2 para que o aluno possa
»» respostas
Qual a importância
passar para seu caderno de atividades
»» O que é Gestão Clínica?
»» Quais os instrumentos da Gestão Clínica que você conhece?
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
• Discussão em plenária (30 minutos);
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
• Ler o Texto 2 - Gestão Clínica: princípios, conceitos e proposições (30
minutos), destacando os pontos mais importantes.
Município: __________________________________________________GRS: _______
Leia com atenção o seguinte caso:
1
Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário de
Saúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública do
Ceará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação em
Saúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
33
Manual do Docente.pmd
18
33
24/1/2008, 11:32
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
TEXTO 2
GESTÃO CLÍNICA: PRINCÍPIOS, CONCEITOS E PROPOSIÇÕES3
Gestão clínica: estratégia para a qualidade em saúde
O conceito de Gestão Clínica está intimamente relacionado à crescente e
relativamente recente preocupação mundial com a qualidade na prestação de
serviços na sociedade. Num sentido amplo, “Gestão Clínica” pode ser definida
como “o dever da qualidade em saúde” [1], apontado pela Organização
Mundial de Saúde já em 1983, no seu documento histórico, “Princípios
da Garantia da Qualidade” [2]. Passados mais de 25 anos, muito mais que
“garantir”, o desafio que se impõe é o de fomentar e sustentar a qualidade,
numa agenda de esforços contínuos, que a Gestão Clínica quer facilitar.
No entanto, o próprio conceito de qualidade em saúde parece mais complexo
do que em outras áreas da atuação humana. Isso porque a qualidade dos
“produtos” das ações de saúde não são tão facilmente reconhecidos,
nem medidos. Muitos indicadores de saúde dependem mais de variáveis
econômicas e sociais, como a mortalidade infantil. Outras vezes, os indicadores
são “macro” demais, e não podem orientar a percepção de qualidade que
pode ser atribuída a um determinado prestador de cuidados à saúde. Outras
vezes, um usuário satisfeito com o seu contato com o serviço de saúde, com a
atenção e a solidariedade que encontrou pode ir para casa sem ter recebido
as intervenções que poderiam fazer diferença para sua condição de saúde.
A complexidade da definição da qualidade em saúde pode ser mais bem
compreendida com o conceito de graus de excelência do cuidado [3], que
pressupõe avanços e retrocessos em seis dimensões (Tabela 1).
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Tabela 1
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Qualidade na saúde: Dimensões da excelência clínica
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Fonte: Material de apoio ao Projeto de Gestão Clínica nas Doenças Crônicas (SMSA, MS, OPAS e
Hospital Albert Einstein)
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Texto elaborado valendo-se de adaptação do material de apoio do Projeto Gestão Clínica nas
Doenças Crônicas, parceria SMSA, MS, OPAS, e Hospital Israelita Albert Einstein, que busca a
implantação das linhas de cuidado das doenças crônicas com a incorporação de ferramentas da
Gestão Clínica. Projeto em implantação na rede SUS-BH.
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19
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
É importante notar que o desenvolvimento científico, tecnológico e
econômico dos últimos anos não apenas facilitou, mas impôs desafios
à conquista dos degraus da excelência clínica. Em outras palavras, o
“progresso” nem sempre significa maior qualidade na saúde, conforme
quadro abaixo (Quadro 1).
Desafios modernos à excelência clínica
• Quanto mais recursos, mais gastos e, com frequência, menos
qualidade e mais risco.
• Recursos, procedimentos e intervenções são utilizados só porque
estão disponíveis, não porque realmente fazem a diferença
(“consumismo” em saúde).
• Os que mais precisam de cuidados tendem a receber o cuidado de
pior qualidade.
• Os cidadãos têm direitos iguais, mas a qualidade do cuidado à
saúde é muito heterogênea.
• O modelo assistencial é centrado no médico, com o paciente e a
equipe interdisciplinar em segundo plano.
• Uma parcela pequena dos cidadãos, que inclui muitos idosos, gasta
a maior parte dos recursos da saúde.
• Recursos especializados de alto custo e que beneficiam poucos
devem estar concentrados, mas o acesso a eles nem sempre é
garantido aos que mais precisam.
QUADRO 1: Desafios modernos à excelência clínica.
Fonte: Adaptado de Mendes, Plano Diretor da Atenção Primária, SES, 2009.
Em diversos países, a Gestão Clínica tem se mostrado uma estratégia
eficiente na promoção da qualidade do cuidado. O substantivo gestão
significa o ato ou o modo de governar ou de administrar, em outras
palavras, as decisões e ações para coordenar os meios para se atingir um
fim, um objetivo. Já o adjetivo “clínica” substitui a expressão “centrada no
paciente” e diz respeito ao encontro de qualquer profissional de saúde
da ponta com um paciente e na interação produtiva que ali ocorre.
Portanto, fazer Gestão Clínica significa tomar decisões e agir utilizando
de todos os meios para atingir o fim, o objetivo principal: a qualidade
clínica, que significa efetividade - fazer diferença - no atendimento das
demandas dos pacientes, que buscam sofrer menos, internar menos,
viver mais e melhor. Para a gestão clínica, todos os agentes envolvidos
seja eles profissionais de apoio, seja profissionais da ponta assistencial,
20
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
seja gestores em todos os níveis, devem estar alinhados nesse mesmo
objetivo. Todos podem e devem fazer Gestão clínica quando administram
ou gerenciam o seu tempo, os seus investimentos pessoais em aprendizado,
a sua motivação, os recursos materiais ou humanos, o jeito de trabalhar, a
organização dos processos do dia a dia.
A gestão clínica quer deflagrar processos de descentralização progressiva,
promovendo a maior autonomia e responsabilidade dos profissionais de
saúde, de tal forma que os melhores resultados positivos para os pacientes
sejam reconhecidos como conquista de todos.
Os pilares e os princípios que sustentaram as experiências de Gestão
Clínica em diferentes países são sintetizados no Quadro 2.
Pilares e princípios da Gestão Clínica
PILARES • EFETIVIDADE CLÍNICA:
• Uso eficiente da
informação
• Avaliação da performance
clínica para MELHORAR
• Desenvolvimento
profissional CONTÍNUO
• GERENCIAMENTO DE
Risco e CULTURA DA
Segurança DO
PACIENTE
• Valores e
envolvimento do
paciente - usuário
PRINCÍPIOS
1. O que realmente importa – objetivo
e foco maior – são os resultados para o
paciente.
2. As lideranças clínicas devem promover
envolvimento para a pactuação de
responsabilizações.
3. Dados e informação devem ser utilizados
para orientar ações.
4. A promoção da qualidade deve ser autosustentável.
5. A abordagem de problemas e desafios
deve ser sistêmica e não focada em
indivíduos ou na busca por culpados.
6. Uma forte cultura do aprendizado, a
partir das demandas, erros e falhas deve
ser disseminada.
7. Parcerias devem ser estabelecidas
para que objetivos específicos sejam
atingidos.
QUADRO 2: Pilares e princípios da Gestão Clínica.
Fonte: Material de apoio ao Projeto de Gestão Clínica nas Doenças
Crônicas (SMSA, MS, OPAS e Hospital Albert Einstein).
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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Efetividade clínica e responsabilização
Efetividade clínica é a medida do efeito de intervenções específicas sobre
seu objetivo, o de manter e melhorar a saúde, garantindo aos pacientes o
maior ganho em saúde com os recursos disponíveis. Para a Gestão Clínica,
esse efeito é fruto do trabalho de profissionais individuais que atuam em
equipes, que operam em redes, dentro de um sistema. Com essa premissa,
a Gestão Clínica foi definida como “responsabilização corporativa pela
performance clínica” [7]. Mas o que é responsabilização?
Um autor a definiu como uma pirâmide de atributos, com a competência na
sua base [8]. (Figura 1) - O pressuposto é o de que, sem competência, não há
como assumir responsabilidades. Assim, um profissional competente (com
seus conhecimentos, habilidades e atitudes) assume responsabilidades no
cuidado de seus pacientes, seja diretamente, seja através do apoio ou da
gestão.
De outra forma, os pacientes demandam a competência dos profissionais,
que assumem responsabilidades com a autoridade conferida pelos gestores
e pelos próprios pacientes, na sua autonomia, verdadeiros parceiros e
corresponsável no cuidado.
Mas, para falar de responsabilização é preciso chegar a efeitos ou
resultados. Esses podem acontecer aquém, dentro, ou além do esperado.
Quaisquer que sejam os resultados, a competência dos profissionais
passa a ser apenas a base (meio) para se chegar ao fim - resultados, ou
efetividade clínica. Responsabilização pressupõe, então, prestação de
contas dos resultados.
No entanto, sabemos que iniciativas de cunho fortemente administrativo,
que vêm de cima para baixo, e focadas em quantitativos numéricos, metas
de produção de procedimentos e contenção de gastos, desmotivam e
frustram os profissionais clínicos e pouco contribuem para a promoção da
qualidade [9].
Ao invés disso, a Gestão Clínica propõe uma cultura de responsabilização
pela qualidade a partir da consciência organizacional - que quer dizer
“sentir-se parte” da equipe unida, envolvida e motivada, por um objetivo
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comum para profissionais, equipes e pacientes. Tal premissa está presente
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nas experiências
de cogestão e nos contratos internos de gestão propostos
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pela Política Nacional de Humanização [10, 11].
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Figura 1: Responsabilização por resultados
Fonte: Bergman, 1981
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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
De outra forma, efetividade clínica e responsabilização podem ser melhor
entendidas se você, a pessoa certa, faz a coisa certa, da forma certa (com
suas habilidades, competência e em equipe), na hora certa (tratamento,
serviços, cuidado quando o paciente precisa), no local certo (centro de
saúde, hospital ou outro ponto de atenção da rede assistencial bem
articulada), com o resultado certo ou esperado.
Ferramentas que facilitam a efetividade clínica: diretrizes, linhas de
cuidado, gerenciamento de doença e gerenciamento de casos
Precisamos de referências para nos guiar na tomada de decisões que
permitem implementar ações efetivas. De outra forma, como saberemos
se estamos fazendo a coisa certa, aquilo que faz diferença para os nossos
pacientes? O quadro abaixo sintetiza conceitos-chave para responder a
essa demanda.
De modo prático, existem pacientes parecidos, que têm determinada
condição de saúde, como aqueles com diabetes, hipertensão arterial ou
insuficiência cardíaca. Um enorme conhecimento científico foi acumulado
para cada uma dessas condições. As diretrizes baseadas em evidências
sintetizam o conhecimento que é realmente relevante para os pacientes.
Esse conhecimento é apresentado de modo claro e objetivo, na forma de
recomendações para o que deve ser feito e o que deve ser evitado. Com
essa base, ações coordenadas podem ser planejadas e executadas, de tal
forma que recursos sejam otimizados e mais pessoas sejam beneficiadas,
sem perder de vista a singularidade de cada paciente. As diretrizes servem
para orientar toda a equipe e os próprios pacientes.
Linhas de cuidado, gerenciamento de doença (ou condição de saúde)
e gerenciamento de caso (LC e GDC) dizem respeito a estratégias para
o cuidado integral coordenado desses grupos de pacientes com base
em diretrizes e se aplicam, particularmente, às doenças crônicas. Tais
estratégias devem dar respostas para todas as fases que um indivíduo
atravessa durante a evolução de sua doença ou condição de saúde, desde
a prevenção até os cuidados no fim de sua vida. O paciente é o centro das
LCs e do GDC e deve ser envolvido e apoiado para a sua participação e para
o autocuidado. Pacientes que recebem apoio e se cuidam bem ajudam a
si mesmos.
Ao fazer isso, também permitem que a equipe possa ter mais tempo para
ajudar os pacientes que precisam de mais ajuda, através do gerenciamento
de casos. Este pode ser entendido como um plano interdisciplinar de
cuidados para os pacientes que demandam mais, pelo seu alto risco e
complexidade. Esse é coordenado, geralmente, por um profissional de
enfermagem.
23
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Para que os pacientes realmente sejam incluídos nas linhas de cuidado
e se beneficiem do gerenciamento de doença e do gerenciamento de
casos, eles precisam ser conhecidos pela equipe. Isso pode ser conseguido
através de listas atualizadas de pacientes portadores de uma doença,
estratificados pelo seu risco e gravidade - os registros de pacientes. Desta
forma, a equipe passa a utilizar essa lista para conhecer a demanda dos
pacientes, o que orienta o gerenciamento das estruturas, dos recursos,
incluíndo as competências individuais, dos processos, e também o trabalho
em equipe e as articulações com a rede.
Diretrizes clínicas são proposições desenvolvidas sistematicamente
e sintetizam o melhor conhecimento para ajudar os profissionais e os
pacientes a decidir sobre as intervenções adequadas para determinadas
circunstâncias e condições clínicas [12].
Linhas de cuidado são planos multidisciplinares de cuidado integral,
aplicados em um momento apropriado, para ajudar os pacientes com uma
condição específica a “atravessar” etapas clínicas, visando a resultados
positivos [13].
Gerenciamento de doença (ou condição de saúde) e gerenciamento de
casos estão relacionados com o planejamento e a execução das linhas
de cuidado das doenças crônicas a partir da estratificação dos pacientes
pela sua necessidade de cuidado; os que demandam menos recebem
apoio para o autocuidado, e os mais graves recebem cuidado mais
intensivo pelos profissionais, tendo em vista um planejamento da oferta
dos recursos da rede [22,23].
Auditoria clínica: medir a performance para melhorar
Na busca da efetividade clínica, precisamos de uma medida objetiva
de como realmente estamos na nossa performance. Como tem sido o
cuidado dos pés dos nossos pacientes diabéticos, por exemplo? Os nossos
pacientes com insuficiência cardíaca estão recebendo os medicamentos
que evitam crises, internações e prolongam a vida, com melhor qualidade?
Sabendo como estamos, podemos planejar e pactuar recursos (como o
tempo), processos na equipe e articulações com a rede, para atingirmos
o padrão almejado. Com esse objetivo, a Gestão Clínica utiliza-se da
auditoria clínica.
Com a auditoria clínica, dados sobre o nosso desempenho num aspecto
peculiar do cuidado de um grupo específico de pacientes nossos levam
à ação que nos aproxima de um patamar de qualidade que podemos
alcançar.
24
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Portanto, não estamos falando de um instrumento de fiscalização de
fraudes, de punição de culpados, de regulação de acesso ou de burocracia,
sem feedback para quem está na ponta. É esse feedback que deve fortalecer
os agentes da mudança no aprimoramento da qualidade. Experiências
mostram que a auditoria clínica pode beneficiar principalmente aqueles
que mais precisam melhorar, quando esses recebem o feedback adequado
sobre sua performance [17].
PONTOS-CHAVE:
• Gestão Clínica não é responsabilidade apenas dos gestores, nem
centrada no médico; não é burocracia nem estratégia de redução de
custos.
• Para a Gestão Clínica o trabalho em equipe significa responsabilização
individual e coletiva pela efetividade clínica.
• Efetividade clínica refere-se aos resultados alcançados em relação
aos resultados que deveriam ser atingidos, utilizando padrões de
qualidade, na Prática Baseada em Evidências.
• Linhas de cuidado, gerenciamento de doença e gerenciamento de
casos dizem respeito a ações coordenadas e planejadas voltadas para
o cuidado integral de pacientes com condições específicas. Tais ações
são orientadas por diretrizes baseadas em evidências.
• Profissionais motivados dedicam-se à Gestão Clínica quando pensam
criticamente sobre o que fazem e buscam o aprendizado pelo resto da
vida: novos conhecimentos e habilidades para atender às demandas
dos pacientes.
Gerenciamento de risco e cultura da segurança do paciente
Qualidade e segurança na saúde são conceitos inseparáveis. Embora o
desejo de fazer o bem pressuponha o de “primeiro não fazer mal”, princípio
ético atribuído a Hipócrates, a realidade mostra que a segurança não está
garantida na assistência à saúde. Na perspectiva dos pacientes, procurar o
serviço de saúde pode também significar correr riscos.
Hoje, casos graves que resultam em processos jurídicos contra profissionais
e instituições de saúde estão frequentemente na mídia. Mas a iatrogenia,
entendida como danos resultantes da assistência à saúde, acontece no dia
a dia, e inclui desde reações alérgicas graves e outras complicações que
poderiam ser evitadas até omissões que podem também causar danos.
Estimativas da Organização Mundial de Saúde [19] sugerem que 1 em cada
300 pacientes sofre algum dano resultante de intervenções no processo
25
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
de assistência à saúde, no hospital ou na comunidade. Esses danos podem
vir de diagnósticos tardios, causa frequente no cuidado primário, de
prescrições potencialmente danosas (3-5% delas, em alguns estudos), de
infecções ou de erros de comunicação [20]. Os custos de tais danos são
enormes.
Tal situação impõe o desafio de salvar vidas a partir do aprendizado com
os erros, ou melhor, com eventos significativos relacionados à segurança
do paciente, ou eventos sentinela. Esses são eventos não intencionais, não
importando o quanto trivial ou comum, que poderiam ou que realmente
causaram danos ao paciente [20]. Para aprender com erros, é necessária
uma cultura de transparência e de segurança do paciente, que permite
um gerenciamento de risco sustentável. Isso significa bem mais que uma
postura reativa [19], como as medidas que são tomadas em resposta à má
prática por conselhos profissionais ou comitês de ética.
Há duas abordagens diante de danos reais ou potenciais aos pacientes. A
primeira é uma abordagem individual, centrada na busca por culpados e na
punição da negligência, do deslize ou da fraqueza moral. Já a abordagem
sistêmica dos incidentes se concentra no entendimento das condições
em que os indivíduos trabalham, muitas delas “latentes”, verdadeiras
armadilhas para eventos que ameaçam os pacientes. A compreensão das
condições latentes e das falhas ativas permite o aprendizado com o erro.
Este permite que barreiras sejam construídas no caminho, para prevenir
que o mesmo erro ocorra com outros pacientes.
PONTOS-CHAVE:
• Eventos significativos relacionados à segurança do paciente ou
eventos-sentinela são aqueles que fogem de um padrão aceitável e
significam dano real ou potencial ao paciente.
• A cultura da segurança torna os eventos-sentinela desafios para
melhorar, e não motivos de culpa e vergonha, que precisam ser
escondidos.
• Fazer auditoria clínica significa rever objetivamente a nossa
performance para melhorar.
Gestão Clínica e microgestão para a qualidade
No Brasil é comum a utilização da expressão “gestão da clínica”, que foi
descrita como: “a aplicação de tecnologias de microgestão dos serviços
de saúde com a finalidade de assegurar padrões clínicos ótimos, de
26
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
aumentar a eficiência, de diminuir os riscos para os usuários e para os
profissionais, de prestar serviços efetivos e de melhorar a qualidade da
atenção à saúde” [21]. O foco na microgestão e a finalidade nos padrões
clínicos ótimos deixam clara a essência comum. Também as ferramentas
propostas refletem as semelhanças: diretrizes clínicas, gerenciamento
de grupos de pacientes com problemas comuns (condição de saúde ou
doença), gerenciamento de casos e auditoria clínica.
Gestão Clínica no cuidado primário
No cuidado primário, podemos aprender com várias experiências bemsucedidas que permitiram identificar os componentes-chave para
incorporar a Gestão Clínica no dia a dia do Centro de Saúde:
• Liderança clínica efetiva, que motiva e une a equipe no alinhamento de
objetivos e metas.
• Capacidade e competência na prestação de serviços.
• Gerenciamento proativo do risco (para pacientes e profissionais).
• Informação inteligente (coleta e utilização na clínica).
• Envolvimento nas auditorias clínicas multiprofissionais.
• Envolvimento dos pacientes e da comunidade no planejamento do
serviço.
• Promoção da qualidade a partir da experiência do paciente.
• Promoção de melhorias a partir de reclamações.
• Promoção de melhorias valendo-se de lições de eventos relacionados à
segurança do paciente.
PONTO-CHAVE:
• A Gestão Clínica não acontece sem liderança e envolvimento nos
Centros de Saúde.
Conclusão
Em síntese, todo ato de gerir - e todos nós gerenciamos algo, como, por
exemplo, o nosso tempo e as nossas prioridades, esta inserido na Gestão
Clínica, quando o paciente é o centro das nossas ações, para quem
buscamos a efetividade clínica. Podemos pensar em gerenciamento de
doença (se estamos com foco nos pacientes diabéticos, por exemplo), de
27
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
casos (se nos ocupamos daqueles que mais precisam de cuidados, como
aqueles pacientes com insuficiência cardíaca que acabaram de receber
alta do hospital), de filas, de fluxos, de pessoal, da educação permanente
e tantos outros gerenciamentos. Fazemos Gestão Clínica quando o nosso
foco é no paciente.
Mas, talvez, a melhor síntese esteja em um desafio, o de promover uma
cultura e um ambiente favoráveis à responsabilização pela segurança e
qualidade na saúde. Esse desafio passa, necessariamente, pela construção
de verdadeiras pontes essenciais, entre clínicos e gestores, entre clínicos
e pacientes, médicos e enfermeiros, entre conhecimento e performance,
entre atenção primária e secundária e tantas outras. Portanto, podemos
dizer também que a Gestão Clínica tem o desafio de construir pontes.
PERGUNTAS-CHAVE:
EFETIVIDADE CLÍNICA:
• Que referências utilizamos para tomar as nossas decisões e
implementar as nossas ações?
• Como é que sabemos se realmente estamos fazendo aquilo que faz a
diferença para os nossos pacientes?
GERENCIAMENTO DE RISCO E SEGURANÇA DO PACIENTE:
• Como podemos reduzir as chances de coisas ruins acontecerem?
•
• Como podemos aprender com eventos-sentinela que tenham ou não
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causado danos?
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�����!����
"��!�!�DA COMUNIDADE
FOCO NO PACIENTE
E ENVOLVIMENTO
•
• Que experiência real os pacientes têm desse serviço?
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•
• O serviço é seguro e efetivo nas suas ações?
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28
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Referências:
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approaches to quality of care. Qual Health Care, n. 8, p. 184–190, 1999.
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Qual Health Care, n. 1, p. 79-95, 1989.
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publications/corporate_publications/our_theory_of_change.html
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health.wa.gov.au/docs/clinical_gov/1.2%20Clinical%20Governance%20Guidelines.pdf>
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scot.nhs.uk/
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7. GALBRAITH, S. Clinical governance. Edinburgh: Scottish Office, 1998. [NHS MEL75].
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d.].
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crônicas não transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. (Série B. Textos Básicos de Saúde.
Série Pactos pela Saúde, v. 8).
11. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de
Humanização. HumanizaSUS : documento base para gestores e trabalhadores do SUS. 3. ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006. (Série B. Textos Básicos de Saúde).
12. FIELD, M. J.; LORH, K. N. (Ed.). Clinical practice guidelines: directions for a new program, Institute
of Medicine. Washington, DC: National Academy Press, 1990.
13. CAMPBELL, H. et al. Integrated care pathways. BMJ, n. 316, p. 133-7, 1998.
14. SMITH, R. Improving the management of chronic disease. BMJ, n. 312, 2003.
15. WU, S.Y.; Pearson, M. L.; KEELER, E. B. Sustainability and spread of chronicillness care
improvement. Disponível em: <http://www.rand.org/health/projects/icice/improve_illness.html>.
16. NICE. NATIONAL INSTITUTE FOR CLINICAR EXCELENCE. Principles for best practice in clinical audit.
[s. l.]: Radcliff Medical Press, 2002.
17. JAMTVEDT, G. et al. Audit and feedback: effects on professional practice and health care outcomes.
Cochrane Database Syst Rev., v. 19, n. 2, 2006.
18. KOHN, L.; CORRIGAN, J.; DONALDSON, M. (Ed.). To err is human: building a safer health system. [s.
l.]: Institute of Medicine; National Academy of Sciences, 2000.
19. WORLD HEALTH ORGANIZATION. World alliance for patient safety. [s. n. t.], 2004. Disponível em:
<www.who.int/patientsafety>.
20. BHASALE, A. L. et al. Analysing potencial harm in Australian general practice: an incident-monitoring
study. Med. J. Aust., n. 169, p. 73-6, 1998.
21. MENDES, Eugênio Vilaça. As redes de atenção à saúde. Belo Horizonte: ESP-MG, 2009.
22. MIDWEST BUSINESS GROUP ON HEALTH. JURAN INSTITUTE. Reducing the cost of poor-quality
29
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
health care through responsible purchasing leadership. BMJ, n. 324, p.
1478, 2002.
23. Wagner EH, Austin BT, Von Korff M. Organizing care for patients with
chronic illness. Milbank Quarterly, v. 74, n. 4, p. 511-44, 1996.
24. SCALLY, G.; DONALDSON, L. Clinical governance and the drive for
quality improvement in the new NHS in England. BMJ, n. 317:p. 61-65,
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
1998.
ATENÇÃO
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistema
de avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações necessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE6:
VIPré-Teste
– A GESTÃO CLÍNICA:
ATIVIDADE
CONDUÇÃO DE CASOS CLÍNICOS
minutos
Tempo estimado: 1 hora30
e 45
minutos
Objetivo
AplicarObjetivo:
o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serão
abordados nesta semana.
• Relacionar os conceitos e as ferramentas com a condução dos casos
clínicos pelas equipes.
Material
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Desenvolvimento
Desenvolvimento:
1. deve•preparar
grupo para grupos;
o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo de
Formaropequenos
avaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas que
• abordados
Cada grupo
serão
na deverá
etapa; relacionar o texto 2 com o Estudo de Caso do Sr.
(pág.é9)
a partiredas
questões
minutos):
2. lembrarTarcísio
que a tarefa
individual
que seguintes
cada um deve
colocar(60
somente
aquilo que já sabe,
sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certo
»» No caso do Sr. Tarcísio, quais ferramentas de Gestão Clínica poderiam
ou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é importer sido utilizadas?
tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
»» Com
base na
Clínica,
como seria
responsabilização
e o cuidado
3. certificar-se,
através
de Gestão
leitura, se
as perguntas
forama compreendidas
por todos.
clínico no caso do Sr. Tarcísio?
Fechamento
»» Quais os resultados esperados, caso o Sr. Tarcísio fosse abordado por
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possa
meio da Gestão Clínica?
passar para seu caderno de atividades
• Discussão em plenária (30 minutos);
• Sistematizar
a atividade
com a1 turma, recuperando os conceitos mais
AVALIAÇÃO
DO ALUNO
- PRÉ-TESTE
importantes (15 minutos).
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
Município: __________________________________________________GRS: _______
Leia com atenção o seguinte caso:
1
Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário de
Saúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública do
Ceará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação em
Saúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
33
30
Manual do Docente.pmd
33
24/1/2008, 11:32
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ATENÇÃO
é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistema
2º Este
DIA
de
avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações necessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE 6:
VIIPré-Teste
– A ORGANIZAÇÃO DA
ATIVIDADE
ATENÇÃO PROGRAMADA
30 minutos
Tempo estimado: 2 horas
Objetivo
AplicarObjetivo:
o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serão
abordados nesta semana.
• Abordar as diretrizes institucionais para implantação do processo de
gestão clínica na rede de atenção à saúde de Belo Horizonte;
Material
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
• Apresentar as iniciativas em curso do projeto “Gestão Clínica” envolvendo
as equipes dos Centros de Saúde de Belo Horizonte;
Desenvolvimento
1. deve•preparar
o grupo
para o entre
pré-teste,
dizendo
que esta
atividade éeparte
do processo
Descrever
a relação
Gestão
Clínica,
programação
abordagem
dasde
avaliação
do
Curso,
e
tem
por
objetivo
analisar
o
que
eles
já
conhecem
sobre
os
temas
que
condições crônicas nos Centros de Saúde;
serão abordados na etapa;
• Apresentar
principais
características
processo
deaquilo
programação
2. lembrar
que a tarefa as
é individual
e que
cada um devedo
colocar
somente
que já sabe,
local
e
experiências
exitosas;
sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certo
ou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor• Abordar a importância da programação local para o cotidiano e a
tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
organização do processo de trabalho das equipes de saúde.
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
Fechamento
Desenvolvimento:
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possa
• Painel no auditório: exposição dialogada com todos os participantes da
passar para seu caderno de atividades
Oficina;
• O Painel contará com representantes e convidados que abordarão os
1
AVALIAÇÃO
DO
ALUNO - PRÉ-TESTE
temas
relacionados
aos objetivos dessa iniciativa;
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
• Cada apresentador fará a apresentação do tema; deve ser reservado de
ATENÇÃO
a 60 minutos para discussão com os participantes.
Município:40
__________________________________________________GRS:
_______
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistema
de avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações necessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
Leia com atenção o seguinte caso:
1
ATIVIDADE6:
VIII
– PROGRAMAÇÃO
ATIVIDADE
Pré-Teste
Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário de
Saúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública do
Ceará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação em
30 minutos
Saúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
LOCAL: CONCEITOS E IMPORTÂNCIA
PARA AS EQUIPES DE SAÚDE
Objetivo
33
Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serão
33
24/1/2008, 11:32
abordados nesta
semana.
Manual do Docente.pmd
Objetivo:
Material
• Realizar alinhamento conceitual sobre a programação local;
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
• Discutir a importância da programação local para a organização das
agendas;
Desenvolvimento
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo de
avaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas que
serão abordados na etapa;
2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,
sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certo
31
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
• Introduzir a ideia de monitoramento e contratos internos de gestão.
Desenvolvimento:
• Retomar a discussão do auditório com a turma, reforçando os conceitos
de Gestão Clínica e agenda (30 minutos);
• Formar pequenos grupos;
• Cada grupo deve nomear um coordenador e um relator;
• O grupo deverá abordar as seguintes questões:
• O que é programação?
• Qual é a sua importância?
• Como se faz programação?
• Cada relator apresentará as conclusões de seu grupo e, a seguir, o
facilitador conduzirá uma síntese destacando os pontos em comum e
as divergências de cada grupo (20 minutos);
• Ler o Texto 3: Algumas considerações sobre a programação (15
minutos);
• Sintetizar a atividade com a turma, reforçando os conceitos mais
importantes (15 minutos).
TEXTO 3
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A PROGRAMAÇÃO4
Nesta Oficina, estamos discutindo sobre a organização da atenção
programada, e, para organizar essa atenção, o principal instrumento é a
programação. Por isso, é necessário que façamos algumas considerações
sobre essa importante ferramenta de trabalho das equipes da atenção
primária.
Como dissemos na Oficina 4, a diferença entre a demanda espontânea e
a programada é que nesta, temos tempo para planejar e programar como
vamos atendê-la, ou seja, temos condição de fazer sua programação.
Para início de conversa, vamos considerar, por enquanto, planejamento e
programação como a mesma coisa; porém, a rigor, existe uma diferença
entre eles.
É preciso ter claro que o planejamento/programação é uma ação humana,
inerente ao ser humano, fazemos isso “naturalmente”. Quem é que nunca
planejou na vida? Fazemos isso o tempo inteiro. Planejamos nosso dia a
dia, por exemplo, o que vamos fazer amanhã; uma viagem de férias; uma
festa de aniversário, etc.
4Texto elaborado por Max André e colaboradores. Max André é médico sanitarista, integrante da
equipe do Centro de Educação em Saúde da SMSA e do Grupo de Condução das Oficinas de Qualificação
da Atenção Primária em Belo Horizonte.
32
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Aqui, podemos fazer outra consideração: nós planejamos não somente por
uma questão de escolha, mas por necessidade. Podemos dizer que, de certa
maneira, somos obrigados a planejar. Mas por que somos obrigados a isso?
Basicamente, por dois motivos: primeiro, devido a escassez de recursos, ou
seja, de maneira geral, nossos recursos são menores que nossas necessidades
ou demandas. Por exemplo, a maioria de nós se vê obrigado a planejar/
programar nosso orçamento doméstico, caso contrário, chegaremos ao
final do mês com muitas contas para pagar. Isso porque nossa renda pode
ser menor do que a quantidade de coisas que precisamos ou temos para
pagar, não é mesmo? Em outras palavras, se somos responsáveis, precisamos
organizar nosso orçamento, para não ficarmos em falta com nossas contas.
Na linguagem gerencial, isto é uma questão de eficiência.
O segundo motivo é uma questão de eficácia, ou seja, para alcançarmos
nosso objetivo. Aqui, cabe uma pergunta: podemos alcançar um objetivo
sem planejar? Podemos, mas dependemos do acaso. O problema é que a
chance de alcançarmos um objetivo, por sorte, é muito pequena.
E o inverso? Se planejarmos, teremos certeza de que nosso objetivo será
alcançado? A resposta é não. O planejamento não nos dá certeza de nada,
ele apenas aumenta a nossa chance de alcançar o objetivo.
Por exemplo, vamos pegar o caso do Amir Klink, o navegador, que atravessou
a oceano Atlântico num barco a remo e aquele padre que resolveu viajar
no balão. Um conseguiu seu objetivo e chegou bem ao destino, e o outro
não. Podemos dizer, sem medo de errar, que houve uma diferença muito
grande entre o planejamento de uma viagem e o da outra. Amir Klink ficou
dois anos planejando e programando uma viagem de 100 dias, enquanto
o padre, embora não saibamos em quantos dias ele planejou sua viagem,
mas pela quantidade de falhas, podemos dizer, talvez, que não houve um
bom planejamento. Aliás, essa é a nossa cultura, não gostamos muito de
planejar as coisas, somos mais de “dar um jeitinho” ou de confiar em Deus,
de que tudo vai dar certo.
Em síntese, queremos considerar, inicialmente, que o planejamento e a
programação fazem parte de nossa vida e que são indispensáveis para a
qualidade dela.
Obviamente que isso vale para o nosso trabalho. Devemos lembrar que,
na última oficina, quando falamos do trabalho humano e comparamos
com o trabalho animal, apontamos que o trabalho humano tem uma
intencionalidade, que o homem é capaz de pensar o seu trabalho antes
de realizá-lo, e, portanto, pode organizá-lo de maneiras diferentes? Pois é,
isso é planejar e programar.
Portanto, assim como na nossa vida, em geral, no trabalho do Centro de
Saúde, precisamos planejar e programar nossas ações. Nele, temos as
mesmas dificuldades relacionadas à escassez de recursos, que, de maneira
geral, são menores do que a necessidade e a demanda da população. Além
disso, temos objetivos a ser alcançados. Se olharmos para o caso que foi
apresentado nesta Oficina, veremos que o seu Tarcisio teve problemas no
seu acompanhamento no Centro de Saúde e que os indicadores mostram
que a equipe não está conseguindo alcançar seus objetivos. Portanto, isso
33
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
demonstra que o processo de planejamento e programação precisa ser
melhorado.
Nesta altura da conversa, provavelmente, você deve estar se perguntando: se
o planejamento e a programação fazem parte do nosso cotidiano e é inerente
ao ser humano, por que temos de vir para uma oficina de qualificação
aprender a programar? Não seria uma incoerência aprender a fazer aquilo
que já fazemos? A resposta é não. Uma coisa é planejar e programar coisas
mais simples do nosso cotidiano. Outra coisa é programar a atenção da
população da área de abrangência de um Centro de Saúde. Esta é uma
programação muito mais difícil de ser feita.
Em geral, programamos nossas coisas do dia a dia de forma intuitiva,
ninguém nos ensinou formalmente, aprendemos na vida, vendo os outros
fazerem, ou por termos uma capacidade maior de organização, certo talento
para isso. No entanto, para organizar o atendimento de um serviço de
saúde, isso não basta. Um Centro de Saúde é uma organização complexa e
temos de planejar e programar de forma sistemática, com método, senão
corremos o risco de não dar certo, além de desperdiçarmos os recursos
que são poucos.
O planejamento e a programação fazem parte de uma área de conhecimento
na administração e da administração em saúde. Não podemos pensar na
organização de nosso trabalho sem essa ferramenta. Temos de nos apropriar
de método de planejamento e programação e este é o objetivo desta
Oficina: criar competência e capacitar a equipe de saúde para programar
e organizar sua agenda, a fim de dar conta da atenção programada e da
demanda espontânea.
Antes de entrarmos no como fazer uma programação, precisamos falar do
que é uma programação. Podemos definir o planejamento e a programação
como uma ação pensada. Ou seja, é aquilo que podemos prever; portanto,
podemos nos organizar, antes de fazer. Por exemplo, suponhamos que você
tenha decidido fazer uma festa para comemorar o aniversário de seu filho.
Você está planejando uma festa, antes de fazê-la. E a programação? Bom,
uma vez decidido que você vai fazer a festa, você agora vai programá-la.
Isto é, você vai dizer qual dia é melhor, o horário, o local da festa, o número
de convidados, o que deverá ser servido e sua quantidade, a música, a
decoração e assim por diante.
Resumindo, o planejamento é um raciocínio que realizamos antes de fazer
alguma coisa. O contrário do planejamento é o improviso, porque fomos
pegos de surpresa. Essa situação é chamada de “imprevisto”. Vamos supor que
você tenha planejado e programado uma festa para 50 pessoas e apareceram
80, aí você, se não se preparou para isso, terá que improvisar.
E a programação? Podemos dizer que, dentro do planejamento, a
programação é aquele momento em que vamos fazer os cálculos, para
saber o como: quais as ações, para quantas pessoas, quando, quem fica
responsável, com que recursos, etc.
Para isso, precisamos de parâmetros. Por exemplo, para sabermos a
quantidade de salgados e doces, podemos usar como parâmetro 10 unidades
de salgados e 5 unidades de doces por pessoa. Como se chegou a esse
34
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
parâmetro? Provavelmente, pela experiência.
Assim também será no Centro de Saúde. Teremos que decidir como nos
organizar para atender todos os hipertensos, os diabéticos, as crianças, os
idosos, as mulheres, os doentes mentais, etc. Por exemplo, em relação aos
usuários hipertensos, precisamos conhecer quantos hipertensos esperamos
encontrar na nossa área; quantos deles serão hipertensos graves, moderados
e leves. A partir disso, a equipe vai programar quantas consultas médicas,
de enfermagem, grupos operativos, visitas domiciliares e outras ações terão
que oferecer a esses hipertensos, para poder acompanhá-los. Ao final calcula
quanto tempo os profissionais do Centro de Saúde terão que reservar na
sua agenda, para fazer estes atendimentos.
Uma vez feito tais cálculos, a equipe poderá definir sua meta em relação à
cobertura e ao acompanhamento de seus hipertensos. Essa meta poderá
ser progressiva, ao longo dos anos, considerando aquilo que é possível fazer.
Tudo isso precisa ser feito para que a equipe organize sua agenda.
Outra consideração importante é que, para que a equipe faça sua
programação, é imprescindível o uso dos protocolos, pois, são eles que
dizem o que tem de ser feito para a equipe acompanhar os hipertensos e
são eles que também contêm os parâmetros para a programação.
Temos que considerar também a necessidade do uso da informática na
elaboração dessa programação. Fazer todos estes cálculos “na mão” seria
muito trabalhoso; portanto, precisamos utilizar o computador para nos
ajudar. Assim, usaremos uma planilha de cálculo, de modo que, ao definirmos
os parâmetros e a nossa população, ela fará o cálculo para nós.
Por fim, cabe dizer que, feita essa programação e organizada a agenda, se
criam as condições para se fazer a pactuação entre os diferentes níveis da
Secretaria de Saúde e com os Conselhos de Saúde. Ou seja, entre os níveis
locais e distritais e estes e o nível central.
Essa pactuação deverá contemplar as metas de cobertura e acompanhamento
da população das áreas de abrangência, bem como pactuar o que precisa ser
feito para se atingirem estas metas, que seriam indicadores de processo.
Uma vez pactuadas e contratadas as metas, os indicadores serão monitorados
e acompanhados por todos os níveis, para ver se o que foi combinado está
ou não sendo cumprido. Tudo isso será discutido na Oficina 6.
Acreditamos que, desta forma, estaremos dando um passo importante na
qualificação da nossa atenção primária. Considerando o conhecimento da
população, o cadastro atualizado, o diagnóstico local, a Gestão Clínica e a
programação, teremos a possibilidade de organizar a agenda das equipes,
de forma a aproveitar melhor os recursos e a atingir melhores resultados
(Figura 1).
Com certeza, todo esse esforço não será uma panaceia para todos os
problemas, mas, sem dúvida, poderá amenizar e melhorar alguns deles,
ajudando na caminhada para construirmos juntos um sistema de saúde
melhor para os trabalhadores e a população.
35
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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
*Contratos Internos de Gestão
ATENÇÃO
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Figura 1 - Etapas para
organização
demanda
espontânea
e atenção programada
Este
é apenas umdaesquema
para
orientar a apresentação
do curso e do sistema
de avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-
����������������������������������������������������������������������������
cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE IX – PROGRAMAÇÃO
LOCAL: PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES
30 minutos
PARA A HIPERTENSÃO ARTERIAL
ATIVIDADE 6: Pré-Teste
Objetivo
Tempo estimado: 1 hora e 45 minutos
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serão
abordados
nesta semana.
Objetivo:
• Compreender as fases e o método de cálculo para programação local
Material
tendo como exemplo a hipertensão arterial;
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
• Compreender a importância dos dados e das informações para a
Desenvolvimento
programação local.
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo de
Desenvolvimento:
avaliação
do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas que
serão
abordados
na etapa;
• Apresentar
a atividade, destacando sua duração e as etapas que a
2. lembrarcompõem;
que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,
sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certo
grupos; ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor• Formar
ou errado,
mas pequenos
o que eles conhecem
tante
acalmar
ansiedade
queum
porventura
•para
Cada
grupoadeve
nomear
relator.o grupo expresse;
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
• 1ª Parte:
Fechamento
»» Cada grupo deverá responder às questões propostas (30 minutos);
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possa
»» Em seguida, socializar com todo o grupo (20 minutos).
passar para seu caderno de atividades
• 2ª Parte:
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
36
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
»» Cada grupo deverá preencher o quadro de acordo com os dados
apresentados (20 minutos);
»» Em seguida, o relator de cada grupo deverá apresentar o resultado
do trabalho (20 minutos).
»» Ler o restante do texto (Pensando na Agenda) e sintetizar a atividade
com a turma, destacando os pontos importantes relacionados ao
método apresentado para a programação local e como se relaciona
com a atividade que se dará no período de dispersão (15 minutos).
1ª Parte:
Programando o acompanhamento dos portadores de Hipertensão Arterial
da área de abrangência da ESF1 do Centro de Saúde Carmópolis5
Esta atividade pretende motivá-lo a refletir e a preparar-se para abordar
o acompanhamento dos pacientes hipertensos adscritos ao seu Centro
de Saúde. Discutiremos sobre ações que têm um enorme potencial de
prevenção de problemas sérios como acidente vascular cerebral, insuficiência
cardíaca, infarto agudo do miocárdio, insuficiência renal e outras, altamente
prevalentes em nosso meio, além de poder detectar e abordar precocemente
os fatores de risco para essas complicações. Além disso, esse tema introduz
um importante conceito na organização dos serviços, que é a vigilância
à saúde das pessoas. Por fim, entendemos que essas ações possibilitam
o desenvolvimento de habilidades necessárias a todo profissional de
saúde que atua na atenção primária, como a comunicação adequada
com a população, o conhecimento da realidade de saúde, sociocultural
e psicossocial da comunidade em que atua, e, por isso, essas ações são
consideradas estruturantes da assistência à saúde do adulto.
É importante que você programe algum tempo para discutir com sua
equipe as atividades que serão propostas ao longo do estudo. Você também
precisará levantar dados sobre a comunidade em que atua. Procure conhecer
suas possíveis fontes de informação e comece a mobilizar sua equipe para
ajudá-lo. Esperamos que, ao final desse exercício, você tenha contribuições
concretas a dar na organização do atendimento aos usuários hipertensos
de sua área de abrangência.
Refletindo sobre a organização das ações da equipe de saúde: o diagnóstico
do processo de trabalho atual e a definição de metas
Para planejar as ações de saúde, de modo geral, é necessário considerar
alguns aspectos. Em relação à Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS):
»» A equipe conhece todos os moradores hipertensos da sua área?
»» A equipe já desenvolve alguma ação planejada para os portadores
de HAS de sua área? Qual? Quem são os responsáveis?
»» Como é a programação atual da agenda da equipe para esse
acompanhamento?
»» O acompanhamento dos usuários hipertensos segue o protocolo?
Texto elaborado por Zeina Soares Moulin, médica de família e pediatra da SMSA, atualmente na
GERSA Centro-Sul.
5-
37
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
»» Como a equipe avalia o impacto dessas ações na saúde dos usuários
hipertensos?
»» Dentro da sua realidade e governabilidade, o que poderia ser feito para
melhorar o processo de trabalho e alcançar melhores resultados?
Na Oficina 4, você deve ter refletido e discutido com a equipe questões
como:
»» Como compatibilizar o atendimento de pacientes com problemas
agudos e o acompanhamento adequado das condições prioritárias,
com os usuários hipertensos?
2ª Parte:
O acompanhamento da população portadora de Hipertensão Arterial
Sistêmica (HAS)
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Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a mais frequente das doenças
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cardiovasculares, acometendo cerca de 35% da população brasileira acima
de 40 anos. O controle da HAS é geralmente �insatisfatório
pelo curso
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assintomático na maior parte dos casos, subdiagnóstico e tratamento
inadequado, além da baixa adesão por parte dos pacientes.
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PA limítrofe - é aquela cuja PASistólica está entre 130-139 e a
PADiastólica entre 85-89mmHg.
HAS Estágio 1 - PAS entre 140-159 e PAD entre 90-99.
HAS Estágio 2 - PAS entre 160-179 e PAD entre 100-109
HAS Estágio 3 - PAS entre ≥180 e PAD entre ≥110
Fonte: Protocolo de HAS/risco cardiovascular
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O acompanhamento dos usuários hipertensos é um eixo integrador na
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organização da atenção à saúde do adulto pelo grande número de portadores
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e pela necessidade de mudanças de hábitos de vida e do autocuidado.
No entanto, frequentemente os profissionais de saúde se deparam com
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dificuldades objetivas para implementar essas ações.
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Hipertensão Hipertensão Hipertensão
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Classificação
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Limítrofe
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Risco Baixo
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Sem risco
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Risco Baixo
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adicional
Risco
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risco adicionais
Moderado
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Moderado
Risco
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FONTE: 2007 ESH/ESC Guidelines - Adaptado
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38
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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Esperamos que, ao final dessa atividade, você compreenda a importância
de:
»» Conhecer a proporção de adultos hipertensos esperados de sua área
de abrangência,
»» Realizar a estratificação de risco cardiovascular global de todos
os hipertensos segundo os níveis de PA e o risco cardiovascular
global, utilizando a identificação de fatores de risco para doenças
cardiovasculares e a presença de lesões de órgão-alvo e condições
clínicas associadas;
»» Planejar as ações da equipe, de modo a promover o acompanhamento
adequado dos usuários hipertensos sob sua responsabilidade, com
base no conhecimento da estratificação de risco cardiovascular global
desse grupo populacional;
»» Atender, registrar no protocolo do SISREDE e analisar o
acompanhamento realizado;
»» Intervir oportuna e adequadamente nos casos de controle
insatisfatório.
PLANEJAR E PROGRAMAR É PRECISO...
Começaremos agora a montar um planejamento específico para as ações
de saúde do adulto em uma área de abrangência. O primeiro passo é
levantar algumas informações que ajudam a dimensionar o “problema”.
É importante registrar, organizar e guardar essas informações, já que elas
serão a sua referência para avaliar o sucesso de suas intervenções. Procure
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envolver todos os membros da sua equipe – médico, enfermeiro, auxiliares
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de enfermagem e agentes comunitários de saúde – não só no levantamento
das informações necessárias, mas também na elaboração
e implementação
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das propostas, ou seja, procure construir coletivamente um planejamento
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das ações.
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Lembre-se... Planejar implica:
Conhecer a realidade atual em que você atua.
Definir claramente o que se deseja fazer.
Prever o que deve ser feito para alcançar os objetivos propostos.
Utilizar os recursos existentes da melhor forma para concretização
dos objetivos.
Avaliar os resultados obtidos.
Fonte: OPAS, 2000
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Como exercício, usaremos os dados populacionais da Equipe de Saúde da
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Família 1 do CS Carmópolis. Nesta atividade, faremos uma simulação que
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permite o planejamento
das ações, como:
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»» Quantos adultos com 25 anos ou mais moram na área de
abrangência?
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39
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
»» Quantos hipertensos são esperados nessa população?
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»» Quantos hipertensos, segundo o risco cardiovascular, são
esperados?
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Fonte: Ficha de qualificação dos indicadores
Prevalência esperada de HAS em BH: 25,8% da população
entre 25 e 59 anos; 52,5% para >60anos.
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Agora vamos partir para a programação das atividades previstas, considerando
o número de hipertensos, o grau de risco, o número de consultas médicas
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e de enfermagem e as ações coletivas/grupos operativos, sabendo que o
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protocolo
propõe:
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Fonte: Protocolo de HAS/risco cardiovascular
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você possa programar o acompanhamento �
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• Calcule qual seria a necessidade de atendimentos para acompanhar
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Analise criticamente os seus cálculos e discuta com a equipe que
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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
.
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41
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Com essas informações, você poderá identificar também aqueles usuários
hipertensos cuja saúde está em situação de maior risco e que precisarão
de uma atenção especial da equipe do Centro de Saúde ou até de
acompanhamento especializado.
Existem várias modalidades de atendimento. Cada uma cumpre objetivos
específicos e poderá ser realizada por diferentes profissionais da equipe
de saúde, de acordo com sua formação, suas habilidades pessoais, sua
disponibilidade, etc. A utilização das várias modalidades de atendimento
é uma excelente estratégia de abordagem, pois permite envolver toda a
equipe no acompanhamento do hipertenso, possibilita uma abordagem
integral da saúde e ajuda a equacionar a agenda dos profissionais. A escolha
das modalidades de atendimento dependerá, então, das características
da população assistida pela equipe, mas, também e principalmente, das
características da própria equipe.
As atribuições a serem desenvolvidas por cada profissional da equipe para
um acompanhamento qualificado dos usuários hipertensos estão descritas
no protocolo de hipertensão arterial sistêmica preconizada pela SMSA e
devem servir como norteador das ações da equipe.
PENSANDO NA AGENDA...
Você já levantou várias informações importantes para o planejamento de seu
trabalho. Agora você pode sistematizá-las para elaborar uma proposta de
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contemplando o número de atendimentos calculados. Procure detalhar o
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cronograma, a modalidade e os responsáveis por cada
atendimento e os
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recursos materiais �!�����������"��������������������"������������������������������
necessários.
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A SMSA preconiza:
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- 50% de atenção programada
- 10% de educação permanente
- 1% a 2% de atividades administrativas
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Discuta
com sua equipe e decidam juntos as metas a serem atingidas, os
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prazos
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sua
programação
deve contemplar atividades para todos os ciclos de
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garantindo o acompanhamento adequado para todas as condições �
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Objetivo – “o que” se deseja alcançar
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Atividade – “como fazer” para realizar os objetivos
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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
A planilha de programação, que é objeto do período de dispersão
desta Oficina, possibilitará uma visão geral do dimensionamento
das atividades necessárias
para cobertura dos grupos e condições
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
prioritárias a partir dos parâmetros da SMSA. Com isso, a equipe terá
ATENÇÃO
melhores
condições de definir metas “possíveis”, maior resolutividade
nos
atendimentos
e maior grau
de satisfação
de todos.
obra!
Este é apenas um esquema
para orientar
a apresentação
do Mãos
curso eà do
sistema
de avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações necessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE X6:–Pré-Teste
O PLANO DE TRABALHO
ATIVIDADE
PARA O PERÍODO DE DISPERSÃO
30 minutos
Tempo estimado: 1 hora e 15 minutos
Objetivo
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serão
abordadosObjetivos:
nesta semana.
• Aplicar os conteúdos apresentados nesta Oficina;
Material
o caderno
conteúdo
da oficina
todos
oscada
profissionais
Cópias •
doRepassar
pré-teste no
do aluno
e papelpara
pautado
para
ACS.
da equipe
de saúde;
Desenvolvimento
• Apresentar e discutir com toda a equipe as fases e instrumentos da
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo de
programação local;
avaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas que
serão
na etapa;
Elaborar uma
programação local e introduzir a discussão da agenda da
•abordados
2. lembrarequipe
que a tarefa
é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,
de saúde;
sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certo
• Operacionalizar
uma programação
com a assuntos.
participação
das
ou errado,
mas o que eles conhecem
ou não sobrelocal
determinados
Isto é imporequipes.
tante para
acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
Fechamento
ORIENTAÇÃO: OS PRODUTOS DO TRABALHO DE DISPERSÃO6
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possa
passar para seu caderno de atividades
a) REPASSE DO CONTEÚDO DA OFICINA PARA AS EQUIPES DE SAÚDE
• Esta atividade deverá ser realizada pelos facilitadores dos Centros de
Saúde com o apoio do nível distrital;
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1
Nome: ____________________________________________________Turma: _______
• Repassar o conteúdo da Oficina para todos os profissionais das equipes
os
instrumentos de programação local.
Município:de
__________________________________________________GRS:
_______e
saúde dos CSs, retomando o tema da programação, as etapas
Leia com atenção o seguinte caso:
1
b) ELABORAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO LOCAL PARA A HIPERTENSÃO
ARTERIAL E DIABETES
Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário de
Saúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública do
Ceará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação em
Saúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
• Durante a Oficina 5, foi feita uma atividade sobre Hipertensão Arterial.
Agora serão programadas, nesse primeiro momento, as ações para a
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Melitus (DM) a partir da
33
sua população e do seu diagnóstico local;
Manual do Docente.pmd
6-
33
24/1/2008, 11:32
Texto de apoio adaptado do Manual da Atenção Primária à Saúde - SES/MG.
43
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
• Esta atividade deverá ser realizada pelas equipes, com o apoio do nível
distrital, no período de dispersão da quinta oficina. Esse exercício será
feito no próprio Centro de Saúde utilizando planilhas em Excel;
• Cada equipe de saúde deve discutir os resultados a serem alcançados
para a HAS e a DM, assim como os parâmetros para sua execução e
possíveis metas de cobertura e a agenda de saúde das equipes que será
construída para atenção à demanda espontânea, atenção programada
e ações de promoção e vigilância em saúde;
• As diretrizes institucionais deverão orientar a elaboração dessa agenda
de saúde das equipes: os princípios e critérios que devem ser utilizados,
as atividades a serem contempladas, a periodicidade e responsabilidade
para definição, o monitoramento e as estratégias para implantação;
• Baseada nessas normas, cada equipe deverá elaborar, após o término
da sexta oficina, a agenda de atendimento. Essa agenda será pactuada
através de Contratos Internos de Gestão que serão o objeto de uma
próxima oficina.
c) OPERACIONALIZAÇÃO PARA PROGRAMAÇÃO LOCAL PARA A HIPERTENSÃO
ARTERIAL E DIABETES
Fase preparatória:
Fazer discussão com toda a equipe sobre o diagnóstico da área de
responsabilidade, produto da terceira oficina, apontando os passos para a
programação local:
• o significado e o objetivo da programação;
• os instrumentos de programação;
• a relação da programação com o diagnóstico local realizado;
• a definição dos resultados, das atividades e metas;
• a importância da programação para a organização dos serviços prestados
à população da área de responsabilidade;
• a relação da programação com o monitoramento e a avaliação das ações
realizadas.
Fase de programação:
A programação dever ser feita para a área de responsabilidade de cada
equipe de saúde da família e para a sua população adstrita, para o período
de 1 ano, a partir da situação de saúde diagnosticada previamente.
O instrumento de programação é a PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO LOCAL,
que é organizada por ciclo de vida, patologia ou condição e estratificação
por grau de risco e estabelece:
• os dados de cadastro da população, por faixa etária e sexo;
• a classificação das famílias por grau de risco;
• a situação de saúde da população cadastrada, com dados epidemiológicos
44
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
e assistenciais;
• os resultados esperados para a resolução de problemas de saúde e
melhoria da situação de saúde e qualidade de vida da população;
• as atividades mínimas a serem executadas para alcançar esses
resultados;
• os parâmetros para realização das atividades, visando à garantia da
qualidade das ações de saúde;
• as responsabilidades dos componentes das equipes na realização dessas
atividades, possibilitando a organização do serviço da UAPS;
• o público a ser beneficiado, identificado por ciclo de vida, patologia ou
condição e grau de risco;
• o quantitativo de atividades a serem executadas;
• as metas progressivas a serem alcançadas até a cobertura total da
população;
• o prazo para cumprimento dessas metas.
d) SEQUÊNCIA DE PASSOS PARA A PROGRAMAÇÃO LOCAL:
PASSO 1: CADASTRO DA POPULAÇÃO
• Lançar na planilha Cadastro os dados relativos à população cadastrada,
por faixa etária e sexo;
• Lançar também os dados relativos à classificação por grau de risco da
família (classificação segundo o risco social e clínico - Oficina 3), se a
informação estiver disponível;
• Na classificação segundo o risco social e clínico, deve ser lançado o número
de famílias e integrantes por grau de risco (sem risco, com baixo, médio
e alto risco). A planilha fará o cálculo da densidade familiar média por
grau de risco.
PASSO 2: SITUAÇÃO DE SAÚDE
• A planilha SITUAÇÃO DE SAÚDE analisa alguns dados epidemiológicos e
assistenciais;
• Na primeira coluna, identifica-se a população alvo, com suas condições
e patologias;
• Na segunda coluna são indicados os parâmetros de incidência ou
prevalência dessas condições e patologias. A aplicação desses parâmetros,
o valor em porcentagem, calcula a POPULAÇÃO ALVO ESTIMADA;
• A equipe deve lançar na coluna POPULAÇÃO ALVO ATENDIDA o número
de usuários identificados ou cadastrados no acompanhamento da unidade
de saúde;
• Com esse dado, será calculada automaticamente a COBERTURA DE
ATENDIMENTO, indicando o vazio de assistência (diferença entre o
45
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
percentual de cobertura encontrado com o ideal de 100% de cobertura)
que deve ser superado com a programação de ações.
PASSO 3: PROGRAMAÇÃO
• Como exercício da atividade de dispersão da quinta oficina, serão
trabalhados, nesse momento, as ações para hipertensão arterial e
diabetes;
• Em cada uma das planilhas, as atividades são descritas com os parâmetros
mínimos para a sua realização, assim como o responsável pela sua
execução;
• No lado direito da planilha, a equipe deve definir a META PROGRAMADA,
indicando a porcentagem de cobertura (%) que deseja alcançar para cada
uma das atividades;
• É sempre numérica e pode ser progressiva desde a atual porcentagem
de cobertura até a cobertura total da população (100%);
• A planilha calculará o número correspondente de usuários beneficiados
na atividade, bem como o quantitativo dessas atividades para o prazo
de um ano.
46
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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
47
CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ATENÇÃO
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistema
de avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações necessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.
ATIVIDADE6:
XIPré-Teste
– A AVALIAÇÃO DA
ATIVIDADE
OFICINA E ENCERRAMENTO
30 minutos
Tempo estimado: 15 minutos
Objetivo
Objetivo:
Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serão
abordados•nesta
semana.
Avaliar
o desenvolvimento da Oficina 4, retomando seus objetivos e
Material
competências propostas para seus participantes.
Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.
Desenvolvimento:
Desenvolvimento
• É importante compreender o momento de “preenchimento” do
1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo de
questionário
uma
“atividade
seja, uma
oportunidade
avaliação
do Curso, ecomo
tem por
objetivo
analisaravaliativa”,
o que eles jáou
conhecem
sobre
os temas que
para
que
os
participantes
se
corresponsabilizem
com
o
desenvolvimento
serão abordados na etapa;
processo
e fornecendo
informações
paraque
ajustes/
2. lembrardas
queoficinas,
a tarefa analisando
é individual eo que
cada um
deve colocar
somente aquilo
já sabe,
correções
de
rumos
nos
casos
necessários;
sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certo
ou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor• A “atividade avaliativa” deve ser realizada distribuindo-se a turma em
tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;
grupos de 3 a 4 pessoas, cada grupo discutindo as questões e respondendo
a um único questionário com as alternativas que melhor representarem
sua percepção coletiva. Lembrar que se trata de uma avaliação tomando
Fechamento
como base os objetivos previstos para cada oficina;
Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possa
3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.
passar para
seu momento
caderno de de
atividades
• No
aplicação
do instrumento, os condutores devem estar
atentos para esclarecer dúvidas (e registrar o que apareceu como dúvidas
relacionadas às questões); 1
AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE
Ao final, os facilitadores devem recolher os questionários e encaminháNome: •
____________________________________________________Turma:
_______
los à Coordenação da Oficina. Fazer uma conclusão rápida do trabalho
Município:realizado,
__________________________________________________GRS:
_______
dizer da própria avaliação sobre a Oficina e anunciar os
próximos
passos.
Leia com atenção o seguinte caso:
1
Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário de
Saúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública do
Ceará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação em
Saúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).
33
Manual do Docente.pmd
48
33
24/1/2008, 11:32
ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO
Coordenadoria de Educação Permanente
INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DAS OFICINAS DE QUALIFICAÇÃO DA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO SUS-BELO HORIZONTE
Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
DATA: ________ OFICINA N0. ___TURMA:___ COR:___________ DISTRITO(S): ______________
UNIDADE(S) DE SAÚDE: ___________________________________
1. Assinale o número da alternativa que melhor expressar sua avaliação sobre os itens abaixo:
1.Não 2.Muito pouco 3. Mais ou menos 4. Sim
Pontuação
Itens avaliativos
1
1.1) Os conteúdos atendem aos interesses e às necessidades do serviço
1.2) Os conteúdos se relacionam com o cotidiano de trabalho
1. Conteúdo
1.3) Os conteúdos foram tratados com profundidade suficiente,
considerando a proposta desta Oficina
1.4) Os produtos previstos ajudam na reorganização do processo de
trabalho local
2.1) No início dos trabalhos, foram estabelecidas ou reafirmadas “regras de
convivência”, pactuadas coletivamente
2.2) A pactuação de “regras de convivência” possibilitou maior
corresponsabilidade e compromisso de todos com o andamento das oficinas
2.3) A programação e a condução das oficinas estimularam a participação e
interação entre os participantes/equipe
2.4) A articulação/encadeamento das atividades favoreceu o clima de
diálogo e participação
2) Estratégias
metodológicas
2.5) A forma de agrupamento/distribuição dos participantes (por turmas)
favoreceu o compartilhamento de experiências, conhecimentos, etc.
2.6) O conhecimento e a experiências prévios dos participantes foram
levados em conta
2.7) O tempo dedicado às atividades foi adequado e proveitoso
2.8) A metodologia utilizada favoreceu o alcance dos objetivos previstos
2.9) Esta Oficina está gerando oportunidade para que os participantes
discutam e proponham ajustes para as oficinas seguintes
2
3
4
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 4: A organização da demanda espontânea
3.1) Os condutores mantiveram a postura de acolher e
problematizar adequadamente as questões que o grupo levantou
(temáticas, conflitos, questões relacionadas aos produtos, etc.)
3) Sobre os
condutores
(oficineiros,
facilitadores,
apoiadores)
3.2) Os condutores (em seu conjunto) mostraram-se com
conhecimento suficiente/adequado quanto aos conceitos
trabalhados
3.3) (Apenas para as oficinas realizadas nos CS) > Esta Oficina
contou com a participação de referência técnica (apoiador) do
Distrito Sanitário
3.4) Dê uma nota de 1 a 4 considerando sua avaliação relacionada ao
desempenho geral da condução da Oficina pelo conjunto de condutores
(número menor indicando pior desempenho e número maior indicando
melhor desempenho)
4.1) Conseguimos formular as questões que nos incomodam (caso não tenha
havido necessidade dessa intervenção, deixar em branco
4.2) Tomamos iniciativas e fizemos sugestões nos trabalhos de grupo
4.3) Estabelecemos associação entre as oficinas e o trabalho cotidiano
4)
Autoavaliação
“do grupo”
quanto à
participação
no processo
4.4) Interessamo-nos pelas bibliografias sugeridas
4.5) Percebemos avanço na apropriação de conhecimento
4.6) Tivemos disponibilidade para mudar a forma de agir e interagir com o
outro (nos casos que consideramos pertinentes, necessários)
4.7) Fizemos sugestões quando percebemos que a abordagem não
estava agradando à turma ou não estava atendendo aos objetivos e às
expectativas (caso não tenha havido necessidade dessa intervenção, deixar
em branco)
4.8) Cumprimos/respeitamos as “regras de convivência” pactuadas
coletivamente
5) Material
didático
5.1) Textos, caderno de oficinas, orientações, instrumentos como planilhas,
matrizes, etc., foram adequados
5.2) Os instrumentos utilizados permitiram reflexão entre o que foi
discutido e o trabalho cotidiano
6.1) Percebemos que houve cuidado em se providenciar um espaço
satisfatório para realização das oficinas, considerando ambiente físico e
6)
Infraestrutura e logística em geral
logística
6.2) O espaço/ambiente de oficinas foi satisfatório quanto a: lanche, água,
banheiro e conforto em geral
7) Sobre o
instrumento
avaliativo
7.1) Este tipo de instrumento avaliativo (questionário) permite que você
expresse sua opinião sobre o que você gostaria de avaliar
Espaço para sugestões:
49
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
ANEXOS
1 - Parâmetros assistenciais da SMSA para a programação das ações
2 - Ficha de qualificação dos indicadores
51
52
PARÂMETRO
12,0%
37,0%
3,0%
21,72% do total de gestantes
12% dos adolescentes
37% de adolescentes de 12 anos livres
de cárie - código 00 (nenhuma cárie,
restauração, extração) no último ano, por
área
3% dos adolescentes de 15 a 19 anos podem
ser desdentados anterior (valor estimado)
Sobrepeso e obesidade
Livres de cárie
Desdentado anterior
21,72%
1,0%
20,0%
20,0%
Gravidez na adolescência
2. ADOLESCENTE
20% das crianças < 1 ano podem ser
Crianças < 1 ano do grupo de risco consideradas com algum dos fatores de
(ver Agenda de Compromisso da Criança)
risco e devem ser acompanhadas
20% das crianças de 1-5 anos podem ser
Crianças de 1-5 anos do grupo de
consideradas com algum dos fatores de
risco (ver Agenda de Compromisso da Criança)
risco e devem ser acompanhadas
1% das crianças menores de 6 anos
Evento Sentinela em Saúde Bucal. podem ser código 3 (mais de 8 dentes com
Crianças menores de 16 anos
necessidade de restauração ou extração) e
devem ser acompanhadas pela ESF
1. CRIANÇA
PÚBLICO / AÇÃO DE SAÚDE
SITUAÇÃO DE SAÚDE
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS E ASSISTENCIAIS
POPULAÇÃO- POPULAÇÃO- COBERTURA
ALVO
ALVO
DE
ESTIMADA
ATENDIDA ATENDIMENTO
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
25% dos hipertensos
Alto e muito alto risco
20% do diabéticos
100% dos diabéticos cadastrados recebem
tratamento odontológico completado
Usuário de insulina
Tratamento odontológico
completado para diabético
cadastrado
53
100,0%
20,0%
35,0%
35% do diabéticos
20,0%
25,0%
20% do diabéticos
Sem tratamento medicamentoso
20,0%
12,0%
25,0%
25% do diabéticos
20% da população com 60 anos ou mais
Diabéticos com 60 anos ou mais
Não usuário de insulina, sem
hipertensão
Não usuário de insulina, com
hipertensão
12% da população adulta entre 30 e 59
anos
Diabéticos de 30 a 59 anos
4. DIABETES (inclui adulto e idoso)
35% dos hipertensos
Médio risco
35,0%
40,0%
40% dos hipertensos
Baixo risco
25,80%
52,5%
25,8% da população adulta entre 25 e 59
anos
PARÂMETRO
Hipertensos com 60 anos ou mais 52,5% da população com 60 anos ou mais
Hipertensos de 25 a 59 anos
3. HIPERTENSÃO (inclui adulto e idoso)
PÚBLICO / AÇÃO DE SAÚDE
SITUAÇÃO DE SAÚDE
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS E ASSISTENCIAIS
POPULAÇÃO- POPULAÇÃO- COBERTURA
ALVO
ALVO
DE
ESTIMADA
ATENDIDA ATENDIMENTO
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
54
1% da população geral
PARÂMETRO
0,6% da população de 15 a 49 anos
4 pessoas / usuário com TB
22% da população adulta e idosa
Uso prejudicial ou abuso de 11% da população infantil / adolescente,
substâncias lícitas ou ilícitas
adulta e idosa
10% da população infantil / adolescente,
Transtornos mentais menores
adulta e idosa
3% da população infantil / adolescente,
Transtornos mentais graves
adulta e idosa
Transtornos mentais
7. SAÚDE MENTAL (inclui adulto e idoso)
Soropositividade
6. HIV / AIDS
Contatos de bacilíferos
Usuário com tuberculose pulmonar
4% dos sintomas respiratórios
bacilífera
Sintomático respiratório
5. TUBERCULOSE (toda a população)
PÚBLICO / AÇÃO DE SAÚDE
3,0%
10,0%
11,0%
22,0%
0,60%
4
4,0%
1,0%
SITUAÇÃO DE SAÚDE
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS E ASSISTENCIAIS
POPULAÇÃO- POPULAÇÃO- COBERTURA
ALVO
ALVO
DE
ESTIMADA
ATENDIDA ATENDIMENTO
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Realização da mamografia
Gestantes de Risco Habitual e
de Alto Risco que podem ser
acompanhadas na UAPS
Gestantes de Alto Risco que
devem ser encaminhadas ao
Serviço de Referência
Tratamento odontológico
completado para gestantes
cadastradas
Gestante
100,0%
15,0%
15% das gestantes
100% das gestantes cadastradas recebem
tratamento odontológico completado
85,0%
101,0%
50,0%
100,0%
17,0%
100,0%
33,33%
85% das gestantes
Nº total de gestantes do ano anterior
(número de DNV) + 1%
100% das mulheres de 40 a 49 anos com
exame clínico de mama positivo realizam
mamografia
50% das mulheres na faixa etária de 50 a 69
anos realizam mamografia a cada 2 anos
9. GESTANTE
17% das mulheres de 40 a 49 anos
33% das mulheres de 25 a 59 anos realizam
coleta a cada 3 anos
100% das mulheres de 40 a 49 anos realizam
exame clínico anualmente
PARÂMETRO
Exame clínico das mamas positivo
Exame clínico das mamas
Coleta de exame papanicolau
8. CÂNCER DA MULHER
PÚBLICO / AÇÃO DE SAÚDE
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS E ASSISTENCIAIS
SITUAÇÃO DE SAÚDE
POPULAÇÃO- POPULAÇÃO- COBERTURA
ALVO
ALVO
DE
ESTIMADA
ATENDIDA ATENDIMENTO
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
55
56
10,0%
100,0%
100,0%
70,0%
28,0%
28% da população de 65 a 74 anos necessita
de prótese total removível superior
Tratamentos completados em
70% da população com acesso a atenção
relação à primeira consulta
primária com tratamento completado
odontológica
100% da população de condições prioritárias
do Centro de Saúde (diabéticos, gestantes
Levantamento de necessidades
e outros) e espaços coletivos (escolas,
em saúde bucal
creches, ILP, outros) realiza levantamento
de necessidades.
100% das famílias beneficiadas pelo Bolsa
Recebimento de kit de higiene
Família recebem o kit de higiene bucal a
bucal
cada 4 meses
10% dos indivíduos cadastrados em
Escovação diária em espaços
espaços coletivos fazem higienização bucal
coletivos
diariamente
11. SAÚDE BUCAL
Desdentado anterior
20,0%
20% dos idosos de 60 a 79 anos são
considerados idosos frágeis
100,0%
100% dos idosos > 79 anos são considerados
idosos frágeis
Acompanhamento do idoso frágil
80,0%
PARÂMETRO
Acompanhamento dos idosos de 80% dos idosos de 60 a 79 anos são
risco habitual
considerados de risco habitual
10. IDOSO
PÚBLICO / AÇÃO DE SAÚDE
SITUAÇÃO DE SAÚDE
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS E ASSISTENCIAIS
POPULAÇÃO- POPULAÇÃO- COBERTURA
ALVO
ALVO
DE
ESTIMADA
ATENDIDA ATENDIMENTO
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Oficinas de Qualificação da Atenção
Primária à Saúde em Belo Horizonte
Oficina 3
Territorialização e Diagnóstico Local
FICHAS DE QUALIFICAÇÃO DOS INDICADORES DO PERFIL
EPIDEMIOLÓGICO E ASSISTENCIAL PARA O
DIAGNÓSTICO LOCAL, DISTRITAL E MUNICIPAL
(PRIMEIRA FASE)
Belo Horizonte, 2010
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
INDICADORES DAS CRIANÇAS (0 A 9 ANOS)
1 - PROPORÇÃO DE NASCIDOS VIVOS DE BAIXO PESO AO NASCER
• Nº 1 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Percentual de nascidos vivos com peso ao nascer inferior a 2,5 kg, de
mães residentes na área e no período considerado em relação ao total
de nascidos vivos na mesma área e período.
• Compreende a primeira pesagem do recém-nascido, preferencialmente
realizada durante a primeira hora de vida7.
2. INTERPRETAÇÃO
• Mede, percentualmente, a freqUência de nascidos vivos de baixo peso,
em relação ao total de nascidos vivos. A ocorrência de baixo peso ao
nascer expressa retardo do crescimento intrauterino ou prematuridade e
representa importante fator de risco para a morbi-mortalidade neonatal
e infantil.
• Proporção elevada de nascidos vivos de baixo peso está associada, em
geral, a baixos níveis de desenvolvimento socioeconômico e de assistência
materno-infantil.
Numerador: Número de nascidos vivos com peso ao nascer inferior a 2,5
kg no período considerado e na área.
Denominador: Número total de nascidos vivos no período considerado e
na área.
3. USOS
• Analisar variação populacional, em determinado território e período da
proporção de nascidos vivos de baixo peso.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e
ações voltadas para a promoção da saúde reprodutiva, proteção e atenção
à saúde materno-infantil.
4. LIMITAÇÕES
• A construção do indicador pode estar inconsistente devido ao atraso na
entrada de dados no banco (outros municípios ou distritos, preenchimento
inadequado de declaração de nascidos vivos).
• Os dados de 2006 a 2009 estão disponibilizados no banco de dados do
Organização Mundial de Saúde. Classificação internacional de doenças e problemas relacionados
à saúde. Décima revisão. v.2. p. 137. São Paulo: Centro Colaborador da OMS para a Classificação de
Doenças em Português/Edusp, 1994.
7.
58
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Tabnet (Intranet) para os Centros de Saúde, caso seja necessário solicitar
às GEREPIs.
5. FONTE
• Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).
6. CÁLCULO
Número de nascidos vivos com baixo peso (< 2,5 kg) no período e na área
Número total de nascidos vivos no período e na área
7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE
• Área: CS, Distrito Sanitário e Município
• Periodicidade: anual
8. COMENTÁRIOS
• Parâmetro: 11% do total de nascidos vivos
2 - PROPORÇÃO DE NASCIDOS VIVOS COM PREMATURIDADE
• Nº 2 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Percentual de crianças nascidas com tempo gestação menor de 37
semanas, de mães residentes, na área e no período considerado, em
relação ao total de crianças nascidas na mesma área e período.
• Segundo à Organização Mundial de Saúde (OMS), consideram-se
prematuras as crianças nascidas com menos de 37 semanas ou 259 dias,
contados a partir do primeiro dia do último ciclo menstrual regular.
2. INTERPRETAÇÃO
• Mede, percentualmente, a frequência de nascidos vivos prematuros,
em relação ao total de nascidos vivos. A ocorrência de prematuridade
ao nascer expressa importante fator de risco para a morbi-mortalidade
neonatal e infantil.
• Proporção elevada de nascidos vivos prematuros estão associada, em
geral, a fatores epidemiológicos: demográficos (idade materna, intervalo
gestacional, número de gestações e gravidez indesejada), sócio-econômicos
(estado civil, educação, nutrição e nível social), comportamentais (drogas
lícitas e ilícitas), raças amarela e negras, estatura materna (menor que
1,50 m), doenças maternas da gravidez (infecção urinária, vaginose
59
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bacteriana, prematuridade iatrogênica, doença periodontal), atenção
à saúde (qualidade de atendimento do pré-natal), disponibilidade e
adequação das ações de saúde em todos os níveis.
• Permite avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de ações de saúde
em todos os níveis de atenção (educação e saúde, promoção e prevenção,
diagnóstico precoce e tratamento) para a saúde materno-infantil.
Numerador: Número de crianças nascidas com menos de 37 semanas ou
259 dias (contados a partir do primeiro dia do último ciclo menstrual regular)
no período considerado e na área.
Denominador: Número total de nascidos vivos no período considerado e
na área.
3. USOS
• Analisar variação populacional em determinado território e período da
proporção de nascidos vivos prematuros.
• Contribuir para orientar iniciativas de intervenção nutricional, orgânica
e condutas de risco da gestante.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e
ações voltadas para a promoção da saúde materno-infantil.
4. LIMITAÇÕES
• A construção do indicador pode estar inconsistente devido ao atraso na
entrada de dados no banco (outros municípios ou distritos, preenchimento
inadequado de declaração de nascidos vivos).
• Os dados de 2006 a 2009 estão disponibilizados no banco de dados do
Tabnet (Intranet) para os Centros de Saúde, caso necessário solicitar às
GEREPIs
5. FONTE
• Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).
6. CÁLCULO
Número de crianças prematuras (< 37 semanas) no período e na área
Número total de nascidos vivos no período e na área
7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE
• Área: CS, Distrito Sanitário e Município
• Periodicidade: anual
60
x100
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8. COMENTÁRIOS
• Parâmetro:
»» 9,5% do total de nascidos vivos segundo série histórica de Belo
Horizonte
»» 6% a 8% do total de nascidos vivos segundo a OMS
3 - NÚMEROS DE ÓBITOS DE CRIANÇAS < 1 ANO
• Nº 3 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Número de óbitos em menores de um ano de idade, residentes na área
e no período considerado.
• O índice considerado aceitável pela OMS é de 10 mortes para cada mil
nascimentos.
2. INTERPRETAÇÃO
• Estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro ano
de vida.
• Reflete, de maneira geral, as condições de desenvolvimento
socioeconômico e a infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a
qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da
população infantil.
• Expressa a composição da mortalidade infantil por períodos, neonatal
(precoce e tardio) e pós-neonatal.
• Percentuais elevados de óbitos neonatais estão preponderantemente
associados a fatores da gestação e do parto, enquanto, no período pósneonatal, predominam as causas ambientais.
• Para análise dos dados, sugere-se a participação do Comitê de Investigação
de Óbitos de cada distrito: o conhecimento dos óbitos por faixa de peso
(<1.500g e >1.500g), por causa da morte, por componente (neonatal
precoce e tardio, pós-neonatal), por classificação de evitabilidade e uma
análise situacional dos óbitos investigados.
3. USOS
• Analisar variação populacional em determinado território e período da
proporção de óbitos em < de 1 ano.
• Contribuir na avaliação dos níveis de saúde da população da área de
abrangência.
• Identificar a necessidade de estudos sobre as causas da distribuição da
mortalidade por subgrupos da faixa etária de menores de um ano.
61
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• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e
ações de saúde voltadas para a atenção ao pré-natal e ao parto, bem
como para a proteção da saúde materno-infantil.
4. LIMITAÇÕES
• A construção do indicador pode estar inconsistente devido ao atraso
na digitação de dados no banco (ocorrência em outros municípios,
preenchimento ilegível da declaração de óbito e resgate de dados nos
hospitais).
• Os dados de 2006 a 2009 estão disponibilizados no banco de dados do
Tabnet (Intranet) para os Centros de Saúde, caso necessário solicitar às
GEREPIs
5. FONTE
• Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)
6. CÁLCULO
Número total de mortes de crianças menores de um ano na área e no
período considerado
7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE
• Área: CS, Distrito Sanitário e município
• Periodicidade: anual
• Faixa etária: 6 dias (período neonatal precoce ), 7-27 dias (período neonatal
tardio) e 28-364 dias (período pós-neonatal).
8. COMENTÁRIOS
• O recomendável é a ausência de mortes evitáveis de crianças menores
de 1 ano.
• Parâmetro: em construção.
4 - PROPORÇÃO DE CRIANÇAS <1 ANO ACOMPANHADAS NA
PUERICULTURA
• Nº 4 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Número de crianças menores de 1 ano, residentes na área, acompanhadas
pelo médico de saúde da família ou pediatra ou enfermeiro e registradas
62
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no Sistema Saúde em Rede com CID Z00.1, Z76.1, Z76.2 no período
considerado em relação ao total de crianças captadas/atendidas no
mesmo período e na área.
2. INTERPRETAÇÃO
• Conhecer como está se processando o acompanhamento de crianças
menores de 1 ano na população de responsabilidade da ESF.
Numerador: Serão considerados crianças menores de 1 ano acompanhadas
aquelas que, ao completar 1 ano, tenham sido assistidas de acordo com o
protocolo da SMSA, que recomenda:
5° dia: consulta com enfermeiro
1 mês: consulta com pediatra
2 meses: consulta com enfermeiro
3 meses: consulta com generalista
4 meses: consulta com enfermeiro
6 meses: consulta com pediatra
9 meses: consulta com enfermeiro
12 meses: consulta com generalista
Para efeito do indicador e registro no Sistema Saúde em Rede, serão
considerados:
1. Os pacientes que completaram um ano de idade de 1º/01 a 31/12 do
ano em questão
2. E que tiveram todas as consultas de acompanhamento, sendo no mínimo
oito atendimentos e uma consulta no primeiro mês, cinco consultas até o
final do primeiro semestre e três no segundo semestre. Dessas 8 consultas,
quatro devem ser com profissional médico (generalista ou pediatra) com
diagnóstico de puericultura assinalado ou CID Z00.1, Z76.1, Z76.2.
Numerador considerado no SISREDE:
Período
1º mês
Até o final do 1º semestre
2º semestre
Total
Parâmetro
1 consulta
5 consultas
3 consultas
8 consultas
Denominador: Crianças menores de 1 ano atendidas no Sistema Saúde em
Rede com CID 10a. rev. Z00.1, Z76.1, Z76.2, e/ou atendimento realizado
no protocolo da criança pelo médico generalista e/ou pediatra e/ou
enfermeiro.
63
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
3. USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o diagnóstico/
monitoramento do estado de saúde da população menor de 1 ano
residente em Belo Horizonte, bem como a Atenção Primária em Saúde
no nível local e distrital.
4. LIMITAÇÕES
• Nos atendimentos realizados, nem sempre o profissional de saúde registra
o CID específico para atendimento da criança.
• Em alguns casos, o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado,
levando a que seja inserido na equipe de sua antiga moradia.
• A falta de atualização das microáreas de responsabilidades do Agente
Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado como de
outra equipe ou de equipe ignorada.
• As crianças que não tiveram concluído 1 ano em relação à data do 1º
atendimento não serão incluídas no numerador e no denominador desse
indicador.
5. FONTE
• Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
• Denominador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
6. CÁLCULO
Nº de crianças < 1 ano acompanhadas na puericultura no período e na área
Nº total de crianças <1 ano captadas/atendidas no período e na área
7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e município
• Período: trimestral, semestral e anual
8. COMENTÁRIOS
• Parâmetro: 100% de acompanhamento das crianças captadas/
atendidas
64
x100
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5 - PROPORÇÃO DE CRIANÇAS < 5 ANOS COM DESNUTRIÇÃO
ACOMPANHADAS
• Nº 8 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Este indicador mede o número de crianças desnutridas com idade inferior
a 5 (cinco) anos acompanhadas pelo médico generalista e/ou pediatra e/
ou enfermeiro no Sistema Saúde em Rede com CID E40 a E46 ou critério
de desnutrição (moderada, grave ou em risco de desnutrição), segundo
o protocolo da criança na área em questão.
2. INTERPRETAÇÃO
• Nas crianças menores de cinco anos, a desnutrição está quase sempre
associado a baixos níveis socioeconômicos e a deficiente assistência
materno-infantil. A contribuição dos fatores genéticos costuma ocorrer
a partir dos cinco anos de idade8.
Numerador: Número de crianças desnutridas com idade inferior a 05 (cinco)
anos acompanhadas pelo médico generalista e/ou pediatra e/ou enfermeiro
no Sistema Saúde em Rede com CID E40 a E46 ou critério de desnutrição
(moderada, grave ou em risco de desnutrição) segundo o protocolo da
criança na área em questão.
1. Pacientes que foram atendidos no ano anterior ao do indicador e atendem
aos critérios de diagnóstico conforme ficha de qualificação.
2. E pacientes atendidos em qualquer data e que atendem aos critérios de
diagnóstico desde que tenham tido pelo menos um atendimento no ano
anterior ao do indicador , por clínico, generalista ou enfermeiro em qualquer
protocolo exceto acolhimento.
3. Destes pacientes, selecionar aqueles que têm idade dentro da Faixa etária
conforme protocolo da ficha de qualificação de 01/01 a 31/12 do ano em
questão (ano do indicador).
4. Selecionar aqueles que tiveram todas as consultas conforme ficha de
qualificação NO ANO EM QUESTÃO.
Denominador: Número total de crianças < de 5 anos com desnutrição
captadas/atendidas
3. USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores, para o diagnóstico/
monitoramento do estado de saúde da população menor de 5 anos
residente em Belo Horizonte, bem como a Atenção Primária em Saúde
no nível local e distrital.
• Analisar as variações por CS ou agregados por Distrito Sanitário, bem
como as variações temporais dos dados coletados para o SISREDE.
Habitch, JP et al. Height and weight standards for preschool children: how relevant are ethnic
differences In growth potential.Lancet 1974 (April 6): 611-612.
8.
65
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
4. LIMITAÇÕES
• Nos atendimentos realizados nem sempre o profissional de saúde refere
a doença, ou informa no protocolo específico.
• Em alguns casos o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado
levando a que seja inserido na equipe de sua antiga moradia.
• A falta de atualização das microáreas de responsabilidades do Agente
Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado como de
outra equipe ou de equipe ignorada.
5. FONTE
• Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
6. CÁLCULO
Nº de crianças <5 anos com desnutrição acompanhadas no período e área
x100
Nº total de crianças <5 anos com desnutrição captadas/atendidas no período e área
7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Período: trimestral, semestral e anual.
8. COMENTÁRIOS
• Parâmetro: 100% de acompanhamento das crianças desnutridas captadas/
atendidas
6 - PROPORÇÃO DE CRIANÇAS < 5 ANOS COM ASMA ACOMPANHADAS
• Nº 9 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Este indicador mede o número de crianças com asma e idade inferior a 5
(cinco) anos acompanhadas pelo médico generalista e/ou pediatra e/ou
enfermeiro de acordo com o protocolo e registradas no Sistema Saúde em
Rede com CID J45.0 a J46.9. Ou ainda atendimento realizado no protocolo
de asma identificados no protocolo da criança na área em questão em
relação ao total de crianças menores de cinco anos com asma captadas/
atendidas na área e no período.
2. INTERPRETAÇÃO
• Verificar o acompanhamento das crianças asmáticas na população de
responsabilidade da ESF em relação ao número total de crianças menores
de cinco anos com asma captadas/atendidas.
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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Numerador: número de crianças com idade inferior a 5 anos com asma
acompanhadas pelo médico generalista e/ou pediatra e/ou enfermeiro
no Sistema Saúde em Rede de acordo com o protocolo e registradas no
Sistema Saúde em Rede com CID J45.0 a J46.9 ou atendimento realizado
no protocolo de asma identificados no protocolo da criança
1. Pacientes que foram atendidos no ano anterior ao do indicador e atendem
aos critérios de diagnóstico conforme ficha de qualificação.
2. E pacientes atendidos em qualquer data e que enquadrem nos critérios
de diagnóstico desde que tenham tido pelo menos um atendimento no ano
anterior ao indicado, por clínico, generalista ou enfermeiro em qualquer
protocolo exceto acolhimento.
3. Desses pacientes, selecionar aqueles que têm idade dentro da faixa etária
conforme protocolo da ficha de qualificação de 1º/1 a 31/12 do ano em
questão (ano do indicador).
4. Selecionar aqueles que tiveram todas as consultas conforme ficha de
qualificação no ano em questão.
Classificação
Asma com profilaxia medicamento/
asma
Parâmetro
4 consultas/ano
Denominador: Número total de crianças < de 5 anos com asma captadas/
atendidas pelo médico generalista e/ou pediatra no Sistema Saúde em Rede
com CID 10a. rev. J45.0 a J46.9 ou atendimento realizado no protocolo de
asma.
3. USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o diagnóstico/
monitoramento do estado de saúde da população menor de 5 anos
residente em Belo Horizonte, bem como a Atenção Primária em Saúde
no nível local e distrital.
• Analisar as variações por CS ou agregados por Distrito Sanitário, bem
como as variações temporais dos dados coletados para o SISREDE.
4. LIMITAÇÕES
• Nos atendimentos realizados, nem sempre o profissional de saúde indica
a doença ou informa no protocolo específico.
• Em alguns casos, o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado,
levando a que seja inserido na equipe de sua antiga moradia.
• A falta de atualização das microáreas de responsabilidade do Agente
Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado como de
outra equipe ou de equipe ignorada.
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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
5. FONTE
Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
Denominador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
6. CÁLCULO
Nº de crianças <5 anos com asma acompanhadas na área e no período
x100
Nº total de crianças <5 anos com asma captadas/atendidas na área e no período
7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Período: trimestral, semestral e anual
8. COMENTÁRIOS
• Dados de prevalência: 25% das crianças menores de 5 anos têm asma,
destes, 5% têm asma grave.
• Parâmetro: 100% de acompanhamento das crianças com asma moderada
ou grave captadas/atendidas.
INDICADORES DOS ADOLESCENTES
(10 A 19 ANOS)
1 - NÚMERO DE INTERNAÇÕES POR ABORTAMENTO
• Nº 1 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Este indicador mede a ocorrência de internações hospitalares por aborto
(CID O00 a O08, O026-2, O031.1 e N96) e suas complicações no âmbito
do SUS, nas adolescentes residentes de determinada área de abrangência
de Belo Horizonte, na idade de 10 a 19 anos no período considerado.
2. INTERPRETAÇÃO
• Avalia o impacto das ações de saúde relacionadas a adolescente gestante
(de 10 a 19 anos), especialmente no que se refere ao diagnóstico, promoção
do autocuidado e tratamento adequado de casos.
• Levar em consideração o número total de internações de mulheres de
10 a 19 anos por aborto e suas complicações esperadas para aquela área
de abrangência específica.
68
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
3. USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores, para o monitoramento
do estado de saúde da população feminina adolescente e gestante de 10
a 19 anos, residente nas áreas de abrangência dos Distritos e Centros de
Saúde e as redes: complementar, de urgência/emergência e hospitalar
no nível distrital e local.
• Analisar variações por CS, Distrito Sanitário, bem como variações temporais
do número de internações de adolescentes gestantes de 10 a 19 anos,
por aborto e suas complicações, identificando situações de desigualdade
e tendências que demandem ações e estudos específicos.
• Contribuir na análise da qualidade da assistência à mulher gestante
das condições de acesso aos serviços de saúde, no contexto do modelo
assistencial adotado.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e
ações de saúde voltadas para a atenção da mulher gestante.
4. LIMITAÇÕES
• O indicador é influenciado pela contagem cumulativa de internações de
um mesmo paciente, pela mesma causa, durante o período analisado.
• Frequentemente o aborto não é a causa principal da internação, mas sim
uma das suas complicações.
• O número só abrange o universo das internações hospitalares na rede SUS,
não incluindo também o conjunto de pessoas beneficiárias de seguros
privados de saúde.
5. FONTE
• Banco de dados de egressos hospitalares
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Número de internações por aborto e suas complicações nas mulheres (10
a 19 anos) residentes de determinada área de abrangência de CS na faixa
etária específica e no período de tempo considerado.
7. CATEGORIAS DE ANÁLISE
• Unidade geográfica: CS, Distrito Sanitário e Município
• Periodicidade: ano fechado e 12 últimos meses disponíveis
69
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2 - NÚMERO DE ÓBITOS POR CAUSAS EXTERNAS
• Nº 2 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Número de mortes por causas externas em residentes (acidentes e
violência), por subgrupos específicos, por faixa etária de 10 a 19 anos,
no período considerado9.
2. INTERPRETAÇÃO
• Mede o número de mortes por causas externas e dimensiona a sua magnitude
como problema de saúde pública.
• Reflete aspectos culturais e de desenvolvimento socioeconômico, com o concurso
de fatores de risco específicos para cada tipo de acidente ou violência.
• Expressa as condições da assistência médica dispensada e a qualidade do
registro das ocorrências.
• Leva em consideração o número total de mortes por causas externas esperadas
para aquela área de abrangência específica.
3. USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o monitoramento
do estado de saúde da população de 10 a 19 anos residente nas áreas de
abrangência dos CS e Distritos Sanitários l.
• Analisar variação populacionaes por Distrito Sanitário, bem como as
variações temporais do número de mortes por causas externas em
segmentos populacionaes, identificando situações de desigualdade e
tendências que demandem ações e estudos específicos.
• Contribuir na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento
socioeconômico da população.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas
públicas de promoção, proteção e recuperação da saúde, concernentes
às causas externas de mortalidade.
4. LIMITAÇÕES
• Requer atenção à subenumeração de mortes captadas pelo sistema de
informação sobre mortalidade.
• Apresenta restrição de uso sempre que ocorra elevada proporção de
mortes sem assistência médica ou por causas mal definidas.
• Imprecisão na declaração da intencionalidade da ocorrência (homicídio,
suicídio ou acidente) condiciona o aumento da proporção de causas
externas de intenção não determinada, comprometendo a qualidade do
indicador. Isso ocorre sempre que é registrada apenas a natureza da lesão
observada (capítulo XIX da CID-10), dificultando a codificação segundo a
causa externa (capítulo XX da CID-10).
As mortes por causas externas (acidentes e violência) correspondem aos códigos V01 a Y98 do
capítulo XX – causas externas de morbidade e mortalidade, da 10ª Revisão da Classificação Internacional
de Doenças (CID-10).
9.
70
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
5. FONTE
• Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM )
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Número de mortes de residentes por faixa etária de 10 a 19 anos
em determinada área por causas externas em determinado período.
7. CATEGORIAS DE ANÁLISE
• Área: CS, Distrito Sanitário e Município
• Periodicidade: ano fechado e 12 últimos meses disponíveis.
• Grupo de causas, de acordo com a seguinte classificação:
Grupos de causas
Acidentes de transporte
Suicídios
Homicídios, incluídas as intervenções legais
Causas de intenção indeterminada
Demais causas externas
Códigos na CID-10
V01-V99
X60-X84
X85-Y09 e Y35-Y36
Y10-Y34
Demais códigos de V01-Y98
3 - PROPORÇÃO DE ADOLESCENTES GRÁVIDAS CAPTADAS/ATENDIDAS
• Nº 7 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Percentual de gestantes adolescentes captadas/atendidas residentes na
área no período considerado em relação à população total de gestantes
adolescentes estimadas na mesma área e período.
• Serão considerados como gestantes adolescentes captadas/atendidas toda
gestante na faixa etária de 10 a 19 anos atendida em primeira consulta pelo
médico generalista e/ou ginecologista e/ou enfermeiro no Sistema Saúde
em Rede com CID Z34 a Z35 ou atendimento realizado no protocolo de
pré-natal, sendo gerado um número de identificação do SISPRENATAL.
2. INTERPRETAÇÃO
• Verificar a captação de gestantes adolescentes (10 a 19 anos) em
relação ao total de gestantes adolescentes estimadas na população de
responsabilidade da equipe.
Numerador: Toda gestante adolescente (10 a 19 anos) residente na área
atendida pelo enfermeiro ou médico de saúde da família ou ginecologista
71
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
no Sistema Saúde em Rede no protocolo de pré-natal com número de
identificação do SISPRENATAL.
1. Gestante atendida no protocolo de pré-natal com geração de nº de sispn
no ano em questão
2. Selecionar aquelas na faixa de 10 a 19 anos na data do atendimento
acima.
Denominador: Número estimado de gestantes adolescentes (10 a 19 anos)
calculado de acordo com o número de nascidos vivos de mães adolescentes
do SINASC no período considerado.
3. USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o diagnóstico/
monitoramento do estado de saúde das adolescentes residentes em Belo
Horizonte, bem como a captação para o pré-natal na Atenção Primária
em Saúde no nível local e distrital.
4. LIMITAÇÕES
• Não abranger o universo das gestantes, excluindo aquelas que não foram
cadastradas no SISREDE/ SISPRENATAL;
• O número de gestantes esperado a partir do SINASC considera que a taxa
de crescimento é de 0%;
• Os atendimentos às gestantes realizados pelo profissional de saúde
que não foram realizados no protocolo de pré-natal do SISREDE não
gerarão número de identificação no SISPRENATAL, portanto não serão
considerados no indicador;
• Não serão contabilizadas na área de abrangência as mulheres que
realizarem pré-natal em serviços fora da rede municipal de saúde;
• As mulheres atendidas serão contabilizadas no indicador da área de
abrangência responsável pela sua área de moradia;
• Os dados cadastrais de endereço da família desatualizados no Censo BH
Social;
• Os dados do denominador podem estar subestimados por não considerar
aborto, natimorto e gemelar.
5. FONTE
• Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
• Denominador: Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC)
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Nº de gestantes adolescentes captadas/atendidas no último ano
Nº total de gestantes adolescentes estimadas no último ano
72
x100
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
7.CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE
• Área: CS, Distrito Sanitário e Município
• Periodicidade: ano civil completo, parcial e 12 últimos meses válidos com
exclusão dos três últimos meses devido à baixa completude do dado.
8. COMENTÁRIOS
• Para efeito do cálculo do numerador, considera-se gestantes cadastradas
no SISREDE (e consequentemente no SISPRENATAL) como gestantes
captadas/ atendidas.
• 21,72% do total de gestantes em Minas Gerais são adolescentes. Em BH
esse percentual é de 10%, atingindo 30% nas áreas de risco.
• Parâmetro: espera-se a captação de 100% das adolescentes gestantes
estimadas na área.
4-PROPORÇÃO DE ADOLESCENTES GRÁVIDAS ACOMPANHADAS
• Nº 8 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Percentual de gestantes adolescentes residentes na área da equipe
atendidas pelo médico de saúde da família ou ginecologista ou enfermeiro,
no Sistema Saúde em Rede, no protocolo de pré-natal, com número de
identificação no SISPRENATAL, que tenham entre 37 a 41 semanas + 6 dias
de gravidez, e realizado 6 (seis) consultas ou mais conforme o estabelecido
no protocolo de atendimento da SMSA no período selecionado em relação
ao total de gestantes adolescentes captadas/atendidas na mesma área
e período.
2. INTERPRETAÇÃO
• Verificar o acompanhamento de gestantes adolescentes (10 a 19 anos)
em relação ao total de gestantes adolescentes estimadas na população
de responsabilidade da equipe.
Numerador: Toda gestante adolescente (10 a 19 anos) residente na área
atendida pelo médico de saúde da família ou ginecologista ou enfermeiro
no Sistema Saúde em Rede no protocolo de pré-natal com número de
identificação no SISPRENATAL, que tenha entre 37 a 41 semanas + 6 dias de
gravidez, e realizado 6 (seis) consultas ou mais conforme o estabelecido no
protocolo de atendimento da SMSA no período selecionado.
1. Gestante atendida no protocolo de pré-natal com geração de nº de
SISPRENATAL no ano em questão e no ano anterior
2. Selecionar aquelas na faixa erária de 10 a 19 anos, na data do atendimento
acima
3. Selecionar aquelas que tem todas as consultas de acordo com a ficha de
qualificação na gestação acima
73
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
4. Protocolo de acompanhamento (6 consultas) no ano de 2009
Classificação
Adolescente Gestante 1º trimestre
Adolescente Gestante 2º trimestre
Adolescente Gestante 3º trimestre
Total
Parâmetro
1 consulta
2 consulta
3 consulta
6 consulta
Denominador: Toda gestante adolescente (10 a 19 anos) residente na área
atendida pelo médico de saúde da família ou ginecologista ou enfermeiro
no Sistema Saúde em Rede, no protocolo de pré-natal, com número de
identificação no SISPRENATAL, que tenha entre 37 e 41 semanas + 6 dias
de gravidez no período selecionado.
3.USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o diagnóstico/
monitoramento do estado de saúde das gestantes adolescentes residentes
em Belo Horizonte, bem como a Atenção Primária em Saúde no nível
local e distrital.
4. LIMITAÇÕES
• Nos atendimentos realizados, nem sempre o profissional de saúde se
refere a gravidez ou não menciona no protocolo específico para prénatal.
5. FONTE
• Numerador e denominador: Sistema Saúde em Rede
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Nº de adolescentes grávidas acompanhadas no período e na área
Nº total de adolescentes grávidas captadas/atendidas no período e na área
x100
7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Período: trimestral, semestral e anual
8. COMENTÁRIOS
• Parâmetro: Espera-se um acompanhamento de 100% das gestantes
adolescentes captadas/atendidas.
74
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
INDICADORES DOS ADULTOS (20 A 59 ANOS)
1- PROPORÇÃO DE ADULTOS HIPERTENSOS CAPTADOS/ATENDIDOS
• Nº 1 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1.CONCEITUAÇÃO
• Percentual de indivíduos com 25 anos a 59 anos com hipertensão arterial,
captados/atendidos de acordo com o protocolo específico da SMSA-BH
pelas equipes de Belo Horizonte em relação ao total de hipertensos
estimados na mesma faixa etária, da mesma área.
2.INTERPRETAÇÃO
• Verificar a captação de hipertensos na população de responsabilidade
das equipes.
Numerador: Serão considerados hipertensos captados os indivíduos de
25 a 59 anos atendidos por médico generalista e/ou clínico no CS, com
diagnóstico de hipertensão (CID 10a rev. I10 a I13) em qualquer protocolo
e/ou atendimento no protocolo de risco cardiovascular/hipertensão
classificados com hipertensão estágio I, II ou III (palheta de classificação).
• Pacientes que foram atendidos no ano em questão e se enquadrem
nos critérios de diagnóstico conforme ficha de qualificação. Ou seja,
serão considerados hipertensos captados os indivíduos de 25 a 59 anos
atendidos por médico generalista e/ou clínico no CS, com diagnóstico
de hipertensão (CID 10a rev. I10 a I13) em qualquer protocolo e/ou
atendimento no protocolo de risco cardiovascular/hipertensão classificados
com hipertensão estágio I, II ou III (palheta de classificação).
• Também pacientes atendidos em anos anteriores que se enquadrem
nos critérios de diagnóstico desde que tenham tido pelo menos um
atendimento no ano em questão, por clínico, generalista ou enfermeiro
em qualquer protocolo, exceto acolhimento.
• Desses pacientes, são selecionados aqueles que têm idade dentro da
faixa etária conforme ficha de qualificação no ano em questão.
OBS.: Quando o paciente tiver mais de um dos critérios de diagnóstico,
considerar o mais recente.
Exemplo: adultos hipertensos captados em 2009:
1. Todos os pacientes atendidos em 2009 com os critérios de hipertensão
da ficha (atendido por generalista ou clínico no protocolo de hipertensão
e/ou CID de hipertensão...) são selecionados.
2. Selecionam-se também todos os pacientes atendidos até 31/12/2008 com
os critérios de hipertensão da ficha (atendido por generalista ou clínico no
protocolo de hipertensão e/ou CID de hipertensão...) desde que tenham
tido pelo menos um atendimento em 2009 por generalista ou clínico ou
enfermeiro em qualquer protocolo, exceto acolhimento.
75
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
2.Em seguida, são selecionados os que completaram idade entre 25 a 59
anos de 1º/01 a 31/12 de 2009.
OBS.: Estes valores serão o denominador dos indicadores de acompanhados
para o ano seguinte.
Denominador: Número estimado de 25,8% da população de 25 a 59 anos
da área em questão, em determinado período de tempo. Serão construídos
dois indicadores, usando-se dois denominadores diferentes:
»» Denominador 1: A estimativa de hipertensos esperados será baseada
em 25,8% da população de 25 a 59 anos, fornecida pelo IBGE.
»» Denominador 2: A estimativa de hipertensos esperados será baseada
em 25,8% da população de 25 a 59 anos, fornecida pelo Censo BH
Social.
3.USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para a programação/
monitoramento do estado de saúde dos adultos residentes em cada área
e do processo de trabalho no nível local.
4.LIMITAÇÕES
• Nos atendimentos realizados, em que o profissional de saúde não tiver
inserido a doença ou o diagnóstico para hipertensão.
• Em alguns casos, o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado,
levando a que seja inserido na área de sua antiga moradia.
• A falta de atualização das microáreas de responsabilidade do Agente
Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado como
equipe ou de equipe ignorada.
• A falta de inativação do cadastro por motivo de óbito do paciente no
módulo do BH-Vida o manterá ativo na listagem dos indicadores.
• As consultas dos hipertensos captados realizadas com os especialistas
não serão consideradas para efeito de acompanhamento; contudo, o
especialista terá acesso ao protocolo e poderá reclassificar o indivíduo.
5.FONTE
5.1 Numerador: Sistema Saúde em Rede SISREDE
Denominador: IBGE
5.2 Numerador: Sistema Saúde em Rede SISREDE
Denominador: Censo BH Social
6.MÉTODO DE CÁLCULO
Nº de hipertensos de 25 a 59 anos captados na área e no período
Nº de hipertensos estimados de 25 a 59 anos na área e no período
76
x100
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
7.CATEGORIAS DE ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Faixa etária: idade maior ou igual a 25 anos
• Gênero: feminino ou masculino
• Patologia: Hipertensão (CID I10 a I13)
• Periodicidade: ano civil completo e 12 últimos meses disponíveis
8. COMENTÁRIOS
• Parâmetro: Serão considerados como casos esperados para hipertensão
a prevalência de 25,8% da população com idade maior ou igual a 25 anos
(sendo: 9,9% de 25 a 39 anos, 32% de 39 a 59 anos, e 52,5% acima de
60 anos).
• Desse total, são estimados: 40% de hipertensos de baixo risco, 35% de
hipertensos de risco médio e 25% de hipertensos de alto risco.
• Será utilizada a população cadastrada na área de responsabilidade da
Equipe de Saúde Família e da área de abrangência do CS.
• São situações de alerta quando o resultado encontrado for
significativamente diferente do parâmetro esperado, o que deverá
desencadear ações de vigilância.
2- PROPORÇÃO DE ADULTOS DIABÉTICOS CAPTADOS/ATENDIDOS
• Nº 2 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1.CONCEITUAÇÃO
• Percentual de indivíduos de 30 a 59 anos com diabetes mellitus, captados/
atendidos de acordo com o protocolo específico da SMSA-BH em
determinada área de Belo Horizonte em relação ao total de hipertensos
esperados, de 30 a 59 anos, dessa mesma área.
2.INTERPRETAÇÃO
• Verificar a captação de diabéticos na população de responsabilidade
do CS.
Numerador: Serão considerados diabéticos captados os indivíduos atendidos
pelo médico generalista e/ou médico clínico com CID E10 a E14 e/ou realizado
no protocolo de diabetes, na faixa etária de 30 a 59 anos (considerar Diabetes
Tipo 1 e Tipo 2).
Numerador dos indicadores de diabéticos captados/esperados para um
determinado ano:
• Pacientes que foram atendidos no ano em questão e se enquadram nos
critérios de diagnóstico conforme ficha de qualificação. Ou seja, serão
considerados diabéticos captados os indivíduos de 25 a 59 anos atendidos
77
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
por médico generalista e/ou clínico no CS, com diagnóstico de diabetes
(CID 10a rev. E10 a E14) em qualquer protocolo e/ou atendimento no
protocolo de diabetes.
• Também pacientes atendidos em anos anteriores que atendem aos critérios
de diagnóstico desde que tenham tido pelo menos um atendimento no
ano em questão, por clínico, generalista ou enfermeiro em qualquer
protocolo, exceto acolhimento.
• Desses pacientes, são selecionados aqueles que têm idade dentro da faixa
etária conforme ficha de qualificação no ano em questão.
OBS.: quando o paciente tiver mais de um dos critérios de diagnóstico,
considerar o mais recente.
Denominador: Número estimado de 12% da população com idade de 30
a 59 anos da mesma área de abrangência em uma determinada área e
período, considerado no numerador. Serão construídos dois indicadores,
usando dois denominadores diferentes:
»» Denominador 1: A estimativa de diabéticos esperados será baseada
em 12% da população de 30 a 59 anos, fornecida pelo IBGE.
»» Denominador 2: A estimativa de hipertensos esperados será baseada
em 12% da população de 30 a 59 anos, fornecida pelo Censo BH
Social.
3.USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores, para a programação
e/ou monitoramento do estado de saúde dos residentes na faixa etária de
30 a 59 anos na área definida e do processo de trabalho no nível local.
4.LIMITAÇÕES
• Nos atendimentos realizados, em que o profissional de saúde não tiver
inserido a doença ou o diagnóstico para diabetes.
• Em alguns casos, o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado,
levando a que seja inserido na área de sua antiga moradia.
• A falta de atualização das microáreas de responsabilidades do Agente
Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado como
outra equipe ou de equipe ignorada.
• A falta de inativação do cadastro por motivo de óbito do paciente no
módulo do BH-Vida o manterá ativo na listagem dos indicadores.
5.FONTE
5.1 Numerador: Sistema Saúde em Rede SISREDE
Denominador: IBGE
5.2 Numerador: Sistema Saúde em Rede SISREDE
Denominador: Censo BH Social
78
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
6.MÉTODO DE CÁLCULO
Nº diabéticos com idade de 30 a 59 anos captados na área e no período
Nº diabéticos esperados com idade de 30 a 59 anos na área e no período
x100
7.CATEGORIAS DE ANÁLISE
• Área : ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Faixa etária: 30 a 59 anos
• Gênero: feminino ou masculino
• Patologia: Diabetes (CID E10 a E14- considerar Tipo1 e Tipo2)
• Periodicidade: ano civil completo e 12 últimos meses disponíveis
8.COMENTÁRIOS
• Parâmetro: Será considerada como caso esperado para diabetes a
prevalência de 12% da população com idade de 30 a 59 anos. Será utilizada
a população cadastrada na área de responsabilidade da Equipe de Saúde
Família e na área de abrangência do CS.
• São situações de alerta quando o resultado encontrado for
significativamente diferente do parâmetro esperado, o que deverá
desencadear ações de vigilância.
3- PROPORÇÃO DE ADULTOS DIABÉTICOS ACOMPANHADOS
• Nº 6 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1.CONCEITUAÇÃO
• Percentual de indivíduos com Diabetes Mellitus, acompanhados de acordo
com o protocolo específico da SMSA-BH em determinado período e
área de Belo Horizonte em relação ao total de indivíduos diabéticos
diagnosticados, desta mesma área e no mesmo período.
2.INTERPRETAÇÃO
• Conhecer como está se processando o acompanhamento dos portadores
de diabetes na população de responsabilidade da ESF, acompanhados de
acordo com o protocolo específico da SMSA-BH, que foram diagnosticados
em uma determinada área, em um determinado período de tempo.
Numerador: serão considerados acompanhados os indivíduos de 30 a 59
anos atendidos com CID E10 a E14 e/ou atendimento realizado no protocolo
de diabetes pelo médico generalista, clínico e/ou enfermeiro que tenha
número de consultas correspondente ao preconizado no protocolo de
atendimento ao diabético da SMSA.
79
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Diabético
Classificação terapêutica
DM Tipo I
DM Tipo II
Insulino-dependente
Insulino-dependente
Não insulino-dependente
Nº consultas/ano
Médico Enfermeiro
3
3
3
3
2
2
1. Pacientes que foram atendidos no ano anterior ao do indicador e se
enquadram nos critérios de diagnóstico conforme ficha de qualificação.
2. Pacientes atendidos em qualquer data e que se enquadram nos critérios
de diagnóstico desde que tenham tido pelo menos um atendimento no ano
anterior ao do indicador por clínico, generalista ou enfermeiro em qualquer
protocolo, exceto acolhimento.
3. Desses pacientes, selecionar aqueles que têm idade dentro da faixa etária
conforme protocolo da ficha de qualificação de 1º/1 a 31/12 do ano em
questão (ano do indicador).
4. Selecionar aqueles que tiveram todas as consultas conforme ficha de
qualificação no ano em questão.
Denominador: Será considerado como paciente cadastrado (30 a 59 anos)
que aquele em algum momento, for atendido por médico de saúde da família
e/ou médico clínico ou especialista com diagnóstico relativo a diabetes
(CID E10 a E14, considerar Tipo1 e Tipo 2) e/ou atendimento realizado no
protocolo de diabetes.
O denominador corresponde ao numerador do indicador de captados
conforme descrito acima para o ano anterior.
• Os pacientes atendidos pontualmente ou equivocadamente no protocolo
de diabetes poderão ser excluídos mediante a concessão de alta
administrativa no protocolo específico.
• Não será considerada qualquer outra alta nesse protocolo.
• Os pacientes que estiverem sem informação sobre a classificação
terapêutica serão incluídos apenas no denominador até que sejam
classificados e possam ser avaliados em relação ao acompanhamento
no protocolo estabelecido.
• Caso o paciente não tenha concluído 1 ano de acompanhamento em
relação à data do primeiro atendimento, ele não será incluído no indicador.
Esses pacientes serão incluídos na listagem como pacientes que não
completaram um ano.
3.USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para a programação
e/ou monitoramento do estado de saúde dos indivíduos, residentes na
área definida e do processo de trabalho no nível local.
80
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
4.LIMITAÇÕES
• Nos atendimentos realizados, em que o profissional de saúde não tiver
inserido a doença ou o diagnóstico para diabetes.
• Em alguns casos, o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado,
levando a que seja inserido na área de sua antiga moradia.
• A falta de atualização das microáreas de responsabilidades do Agente
Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado como
outra equipe ou de equipe ignorada.
• A falta de inativação do cadastro por motivo de óbito do paciente no
módulo do BH-Vida o manterá ativo na listagem dos indicadores.
5.FONTE
• Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
6.MÉTODO DE CÁLCULO
Nº diabéticos de 30 a 59 anos acompanhados na área e no período
Nº diabéticos de 30 a 59 anos captados/atendidos na área e no período
x100
7.CATEGORIAS DE ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Faixa etária: 30 a 59 anos
• Gênero: feminino ou masculino
• Patologia: Diabetes
• Periodicidade: trimestral, semestral e anual
8.COMENTÁRIOS
• Parâmetro: 100% de acompanhamento dos diabéticos captados/
atendidos
• Prevalência da diabetes na população 30 a 59 anos: 12%
5- RAZÃO DE COLETA DE EXAMES CITOPATOLÓGICOS DE COLO DE ÚTERO
– PAPANICOLAU
• Nº 8 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1.CONCEITUAÇÃO
• O indicador expressa a razão de exames citopatológicos do colo do útero
(Papanicolau) realizados em residentes da área, do sexo feminino de 25
a 59 anos, possibilitando avaliar a oferta de exames para a cobertura das
residentes da área definida e no período considerado.
81
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
2. INTERPRETAÇÃO
• Este dado revela e permite avaliar a capacidade da rede assistencial de
ofertar exames, bem como a capacidade de cobertura da população.
Numerador: número de exames citopatológicos coletados em mulheres na
faixa etária de 25 a 59 anos que foram atendidas em qualquer protocolo
pelo médico generalista e/ou ginecologista e/ou enfermeiro.
Serão construídos dois indicadores, usando dois denominadores
diferentes:
»» Denominador 1: O número total de mulheres (100%) de 25 a 59 anos
na área, segundo o IBGE.
»» Denominador 2: O número total de mulheres (100%) de 25 a 59 anos
na área, segundo o Censo BH Social.
3. USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o diagnóstico/
monitoramento do estado de saúde da população feminina de 25 a 59
anos residente em Belo Horizonte, bem como a Atenção Primária em
Saúde no nível local e distrital.
• Analisar as variações por CS ou agregados por Distrito Sanitário, bem como
as variações temporais dos dados coletados para o SISREDE, comparandoos com o SISCOLO, com o propósito de avaliar a sua consistência.
• Pode indicar possíveis sub-registros expressivos de dados para o SISREDE e
SISCOLO e contribuir para o desenvolvimento operacional do sistema.
4. LIMITAÇÕES
• O indicador não retrata a real cobertura da população-alvo do
rastreamento do câncer do colo do útero, já que avalia a solicitação de
exame citopatológico com base no número de exames, e não no número
de mulheres examinadas.
• Como um indicador “proxy” (substituto ou indireto) de cobertura, é
preciso considerar:
1. Periodicidade de realização do exame: se houver repetição de exames em
período menor que o preconizado pelo protocolo (um exame a cada três anos,
após duas citologias anuais consecutivas negativas), pode significar que parte
da população-alvo não esteja tendo acesso ao exame de Papanicolaou e que
outra parte está repetindo exames desnecessariamente. Uma comparação
com o SISCOLO pode ser interessante. O SISCOLO apresenta os campos
citologia anterior (se a mulher já realizou o exame preventivo) e tempo da
citologia anterior (há quanto tempo). Essa informação permite ao gestor
avaliar o padrão de periodicidade de exames, bem como a captação de
mulheres, ou seja, aquelas que estão realizando o exame pela primeira
vez.
82
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
2. Cobertura da saúde suplementar: nas unidades que considerarem os
dados do IBGE, especialmente em áreas de baixo risco que apresentam
cobertura alta de planos privados de saúde, a razão poderá mostrar
resultados mais baixos, uma vez que o cálculo desse indicador considera a
população feminina total.
As mulheres atendidas serão contabilizadas no indicador da equipe
responsável pela sua área de residência.
5. FONTE
5.1 Numerador: Sistema Saúde em Rede SISREDE
Denominador: IBGE
5.2 Numerador: Sistema Saúde em Rede SISREDE
Denominador: Censo BH Social
Esse dado pode apresentar problemas, uma vez que o SISREDE reporta a
proporção de mulheres que obtiveram solicitação de exame preventivo
para câncer de colo de útero na população de responsabilidade das ESFs,
nos CSs, realizados segundo protocolo da SMSA que preconiza uma coleta
a cada 3 anos.
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Nº exames citopatológicos do colo do útero coletados em mulheres de 25 a 59 anos na área e no período
Nº total de mulheres de 25 a 59 anos, na mesma área e período
7. CATEGORIAS DE ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Faixa etária: 25 a 59 anos
• Periodicidade: ano civil completo e 12 últimos meses disponíveis
8. COMENTÁRIOS
• Parâmetro: 100% das mulheres de 25 a 59 anos realizam a coleta a cada
3 anos (a população esperada corresponde a 33% da população feminina
na faixa de 25 a 59 anos anualmente ).
• São situações de alerta quando o resultado encontrado for
significativamente diferente do parâmetro esperado, o que deverá
desencadear ações de vigilância.
83
x100
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
6 - TAXA DE INCIDÊNCIA DE INDIVÍDUOS COM TUBERCULOSE
• Nº 10 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Número de casos novos notificados de tuberculose (todas as formas
– códigos A15 a A19 da CID-10), por 100 mil habitantes, na população
residente na área, no ano considerado em relação ao total de indivíduos
da mesma faixa etária residentes, na mesma área.
2. INTERPRETAÇÃO
• Estima o risco de um indivíduo vir a desenvolver tuberculose, em qualquer
de suas formas clínicas, numa determinada população, com intervalo de
tempo determinado e exposta ao risco de adquirir a doença.
• Indica a persistência de fatores favoráveis à propagação do bacilo
Mycobacterium tuberculosis, que se transmite de um indivíduo a outro,
principalmente a partir das formas pulmonares da doença.
• Taxas elevadas de incidência de tuberculose estão geralmente associadas
a baixos níveis de desenvolvimento socioeconômico e a insatisfatórioas
condições de assistência, diagnóstico e tratamento de sintomáticos
respiratórios. Outro fator a ser considerado é a cobertura de vacinação
pelo BCG.
• Pode apresentar aumento da morbidade quando há associação entre
tuberculose e infecção pelo HIV.
Numerador: Serão considerados os pacientes com 15 anos e mais no Sistema
Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) com diagnóstico confirmado
de Tuberculose (código A15 a A19 da CID-10) no ano.
Serão construídos dois indicadores, usando dois denominadores diferentes:
Denominador 1: O número total de indivíduos com idade igual ou acima
de 15 anos na área, segundo o Censo BH Social.
Denominador 2: O número total de indivíduos com idade igual ou acima
de 15 anos na área, segundo o IBGE.
3. USOS
• Analisar variação populacional, geográfica e temporal na distribuição dos
casos confirmados de tuberculose, como parte do conjunto de ações de
vigilância epidemiológica da doença.
• Contribuir para a orientação e avaliação das ações de controle de
tuberculose.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e
ações de saúde direcionadas para o controle da tuberculose em áreas e
população de risco.
84
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
4. LIMITAÇÕES
• Depende das condições técnico-operacionais do sistema de vigilância
epidemiológica em cada área geográfica para detectar, notificar, investigar
e confirmar casos de tuberculose. Na média nacional, o sub-registro de
casos é estimado em aproximadamente 30%.
• O indicador não discrimina as formas clínicas de tuberculose que têm
significados diferentes na dinâmica de transmissão da doença.
• Em alguns casos, o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado,
levando a que seja inserido na equipe de sua antiga moradia.
• Também a falta de atualização das microáreas de responsabilidade do
Agente Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado
como de outra equipe ou de equipe ignorada.
• A falta de inativação do cadastro por motivo de óbito do paciente no
módulo do BH-Vida o manterá ativo na listagem dos indicadores.
5. FONTE
5.1 Numerador: Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN)
Denominador: Censo BH Social
5.2 Numerador: Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN)
Denominador: IBGE-2000
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Nº de casos novos notificados com tuberculose de 15 anos e mais da área no período
Nº total de indivíduos na faixa etária de 15 anos e mais residentes na área e no período
x100.000
7. CATEGORIAS DE ANÁLISE
• Área : ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Faixa etária: 15 anos e mais
• Gênero: feminino ou masculino
• Patologia: Tuberculose
• Periodicidade: ano civil completo, parcial e 12 últimos meses disponíveis
85
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
8. COMENTÁRIOS
• Parâmetro: 28 casos novos/ano/100.000 habitantes (Belo Horizonte,
2008).
• São situações de alerta quando o resultado encontrado for significativamente
diferente do parâmetro, o que deverá desencadear ações de vigilância.
7 - TAXA DE PREVALÊNCIA DE INDIVÍDUOS COM HANSENÍASE
• Nº 11 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Número de indivíduos com diagnóstico de hanseníase (código A30 da
CID-10), por 100 mil habitantes, na população residente da área em
relação à população de 20 anos ou mais da mesma área.
• A definição de caso de hanseníase baseia-se em critérios adotados pelo
Ministério da Saúde para orientar as ações de vigilância epidemiológica
da doença em todo o País.
2. INTERPRETAÇÃO
• Avalia a magnitude da hanseníase, numa determinada população com
idade acima de 20 anos.
• Estima a ocorrência de casos de hanseníase, em qualquer de suas formas
clínicas, indicando exposição ao bacilo Mycobacterium leprae. Os sinais
e os sintomas iniciais da hanseníase costumam ser pouco expressivos e
valorizados e surgem após longo período de incubação.
• Taxas elevadas estão geralmente associadas a baixos níveis de
desenvolvimento socioeconômico e a insatisfatórias condições
assistenciais para o diagnóstico precoce, o tratamento padronizado e o
acompanhamento dos casos.
Numerador: Serão considerados os pacientes na faixa etária de 20 anos e
mais no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) com diagnóstico
confirmado de Hanseníase (código A30 da CID-10).
Serão construídos dois indicadores, usando dois denominadores diferentes:
Denominador 1: O número total de indivíduos com idade igual ou acima de
20 anos na área de responsabilidade da equipe, segundo o IBGE.
Denominador 2: O número total de indivíduos com idade igual ou acima de
20 anos na área de responsabilidade da equipe, segundo o Censo BH Social.
3. USOS
• Analisar variação populacional, geográfica e temporal na distribuição dos
casos diagnosticados de hanseníase, como parte do conjunto de ações
de vigilância epidemiológica da doença.
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• Contribuir para a avaliação e prevenção de casos de hanseníase.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e
ações de controle da hanseníase.
4. LIMITAÇÕES
• Depende das condições técnico-operacionais do sistema de vigilância
epidemiológica, em cada área geográfica, para detectar, notificar,
investigar e confirmar casos de hanseníase.
• Nos atendimentos realizados, em que o profissional de saúde não tiver
inserido a doença ou o diagnóstico para hanseníase.
• Em alguns casos, o paciente não tem o cadastro de endereço atualizado,
levando a que seja inserido na equipe de sua antiga moradia.
• Também a falta de atualização das microáreas de responsabilidade do
Agente Comunitário de Saúde pode levar o paciente a ser considerado
como de outra equipe ou de equipe ignorada.
• A falta de inativação do cadastro por motivo de óbito do paciente no
módulo do BH-Vida o manterá ativo na listagem dos indicadores.
5. FONTE
5.1 Numerador: Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN)
Denominador: IBGE
5.2 Numerador: Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN)
Denominador: Censo BH Social
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Nº de casos notificados de hanseníase de 20 anos e mais residentes na área e no período
População de 20 anos e mais da área no período
x10.000
7. CATEGORIAS DE ANÁLISE
• Área: CS, Distrito Sanitário e Município
• Faixa etária: população de 20 anos e mais
• Gênero: feminino ou Masculino
• Patologia: Hanseníase
• Periodicidade: ano civil completo e 12 últimos meses disponíveis.
87
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8. COMENTÁRIOS
• Parâmetro: 4,4 casos / 10.000 habitantes (BH – 2009).
• São situações de alerta quando o resultado encontrado for
significativamente diferente do parâmetro esperado, o que deverá
desencadear ações de vigilância.
INDICADORES DOS IDOSOS (60 ANOS E MAIS)
1 - PROPORÇÃO DE IDOSOS HIPERTENSOS CAPTADOS/ATENDIDOS
• Nº 1 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Percentual da população hipertensa > 60 anos da área de abrangência,
captada/atendida através de consulta realizada no Sistema Saúde em
Rede por médico generalista e/ou clínico, em relação ao total estimado
de portadores de Hipertensão Arterial, na faixa etária > 60 anos da mesma
área, num determinado período.
• Hipertenso: indivíduo atendido com diagnóstico de Hipertensão (CID10ª
ver.: I10 a I13) em qualquer protocolo e/ou atendido no Protocolo
HAS/Risco Cardiovascular, com hipertensão estágio I, II ou III (paleta
classificação).
2. INTERPRETAÇÃO
• Verificar a cobertura na captação dos portadores de Hipertensão Arterial
na população da faixa etária > 60 anos da área de abrangência.
Numerador: Nº de idosos > 60 anos hipertensos captados/atendidos no
Sistema Saúde em Rede, na AA, num determinado período.
Serão construídos 2 indicadores, usando dois denominadores diferentes:
Denominador 1: O número de idosos hipertensos estimados baseado no
IBGE (52,5% da população residente na faixa etária > 60 anos).
Denominador 2: O número de idosos hipertensos estimados baseado no
Censo BH Social (52,5% da população residente na faixa etária > 60 anos).
3. USOS
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e a avaliação das ações de
saúde para os idosos, num determinado território.
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4. LIMITAÇÕES
• Inexistência do indicador na faixa etária determinada (> 60 anos) e na
prevalência sugerida. Tem de ser construído.
• Erros no geoprocessamento.
• Não inserção do diagnóstico de Hipertensão Arterial no atendimento
quando esse não é realizado no Protocolo HAS/Risco Cardiovascular.
• Dados cadastrais desatualizados (endereço e data de nascimento).
• Não inclui o idoso hipertenso captado fora da rede pública municipalizada
e informatizada.
• Falta de inquérito amostral mais atualizado da prevalência.
5. FONTES
5.1 Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
Denominador: IBGE
5.2 Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
Denominador: Censo BH Social
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Nº de idosos > 60 anos hipertensos captados/atendidos na área e no período
Nº estimado de idosos hipertensos na área e no período
x100
7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Período: anual
8. COMENTÁRIOS
• Parâmetro: Captação de 100% dos idosos hipertensos.
• Será considerada a prevalência de 52,5%, conforme dados do Ministério
da Saúde – Taxa de Prevalência de Hipertensão Arterial na população
com idade maior ou igual a 60 anos – Inquérito domiciliar de 2002-2003.
89
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2 - PROPORÇÃO DE IDOSOS DIABÉTICOS CAPTADOS/ATENDIDOS
• Nº 2 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Percentual da população diabética > 60 anos da área de abrangência,
captada/atendida através de consulta realizada no Sistema Saúde em
Rede, por médico generalista e/ou clínico, em relação ao total estimado
de portadores de Diabetes na faixa etária > 60 anos da mesma área, num
determinado período.
• Diabético: indivíduo com diagnóstico de diabetes (CID10ª ver.: E10 a
E14) em qualquer protocolo e/ou atendimento no protocolo de diabetes.
2. INTERPRETAÇÃO
• Verificar a cobertura na captação dos portadores de diabetes na população
na faixa etária > 60 anos da área.
• Numerador: Nº de idosos > 60 anos diabéticos captados/atendidos da área
no Sistema Saúde em Rede, num determinado período. Serão construídos
dois indicadores, usando dois denominadores diferentes:
Denominador 1: O número de idosos diabéticos estimados baseado no IBGE
(20% da população residente na faixa etária > 60 anos).
Denominador 2: O número de idosos diabéticos estimados, baseado no
Censo BH Social (20% da população residente na faixa etária > 60 anos).
3. USOS
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e a avaliação das ações de
saúde, num determinado território.
4. LIMITAÇÕES
• Não inserção do diagnóstico de diabetes no atendimento quando esse
não é realizado no Protocolo de Diabetes.
• Dados cadastrais desatualizados (endereço e data de nascimento).
• Não inclui o idoso diabético captado fora da rede pública municipalizada
e informatizada.
5.FONTES
5.1 Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
Denominador: IBGE
5.2 Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
Denominador: Censo BH Social
90
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6. MÉTODO DE CÁLCULO
Nº de idosos diabéticos captados/atendidos na área e no período
Nº estimado de idosos diabéticos na área e no período
x100
7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Período: anual
8. COMENTÁRIOS
• Parâmetro: Captação de 100% dos idosos diabéticos.
• Será considerado a prevalência de 20%, conforme dados fornecidos pela
SMSA para a população com idade maior ou igual a 60 anos.
3 - PROPORÇÃO DE IDOSOS DIABÉTICOS ACOMPANHADOS
• Nº 6 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Percentual da população diabética > 60 anos da área de abrangência,
acompanhada através do protocolo da SMSA no Sistema Saúde em Rede,
em relação à população de diabéticos captados/atendidos, na faixa etária
> 60 anos da mesma área, num determinado período.
• 2.INTERPRETAÇÃO
• Verificar a cobertura no acompanhamento dos portadores de diabetes
captados/atendidos da população na faixa etária > 60 anos da área de
abrangência.
• A avaliação do acompanhamento ocorrerá mediante o cumprimento do
nº de atendimentos preconizados pela SMSA:
Diabético
Classificação terapêutica
DM Tipo I
Insulino-dependente
Insulino-dependente
Não insulino-dependente
DM Tipo II
Nº consultas/ano
Médico
Enfermeiro
3
3
2
3
3
2
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Numerador: serão considerados acompanhados os indivíduos > 60 anos
atendidos com CID E10 A E14, e/ou atendimento realizado no protocolo de
diabetes pelo médico generalista, clínico e/ou enfermeiro que tenham nº
de consultas correspondente ao preconizado no protocolo de atendimento
ao diabético da SMSA.
Denominador: Será considerado como idoso diabético captados/atendidos
o indivíduo > 60 anos atendido no Sistema Saúde em Rede por médico
generalista, clínico ou enfermeiro, com diagnóstico de diabetes (CID E10 a
E14) em qualquer protocolo e/ou atendimento realizado no protocolo de
diabetes, no mesmo período.
3. USOS
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação das ações de
saúde, num determinado território.
4. LIMITAÇÕES
• Erros no geoprocessamento.
• Não inserção do diagnóstico de diabetes no atendimento quando esse
não é realizado no Protocolo de Diabetes.
• Dados cadastrais desatualizados (endereço e data de nascimento).
• Não inclui o idoso diabético captado fora da rede pública municipalizada
e informatizada.
5. FONTES
Numerador: SISREDE
Denominador: SISREDE
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Nº total de idosos diabéticos acompanhados na área e no período
Nº total de idosos diabéticos captados/atendidos > 60 anos na área e no período
7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Periodicidade: trimestral, semestral e anual
• 8.COMENTÁRIOS
• Parâmetro: Acompanhamento de 100% dos idosos diabéticos captados/
atendidos, conforme o protocolo da SMSA.
92
x100
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
INDICADORES DAS GESTANTES
1- PROPORÇÃO DE GESTANTES CAPTADAS/ ATENDIDAS
• Nº 1 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO:
• Percentual de gestantes captados/atendidos no período considerado e
residentes na área em relação ao total de gestantes esperadas na mesma
área e período.
2. INTERPRETAÇÃO
• Verificar a captação de gestantes na população de responsabilidade
da Equipe de Saúde da Família, Unidade de Atenção Primária à Saúde,
Distrito Sanitário.
Numerador: Toda gestante residente na área atendida pelo enfermeiro
ou médico de saúde da família ou ginecologista no Sistema Saúde em
Rede no protocolo de pré-natal com número de identificação (cadastro)
do SISPRENATAL.
Denominador: Considerar como gestantes esperadas o número de nascidos
vivos no SINASC no último ano disponível
• 3.USOS
• Dimensionar a rede assistencial, considerando que as gestantes de risco
realizam pré-natal em unidades específicas;
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o monitoramento
da atenção à saúde da gestante residente nas áreas de abrangência da
referida Unidade de Atenção Primária à Saúde e do processo de trabalho
no nível local.
4. LIMITAÇÕES
• Não abranger o universo das gestantes, excluindo aquelas que não foram
cadastradas no SISREDE/ SISPRENATAL;
• O número de gestantes esperado a partir do SINASC considera que a taxa
de crescimento é de 0%;
• Os atendimentos às gestantes realizados pelo profissional de saúde
que não foram realizados no protocolo de pré-natal do SISREDE não
gerarão número de identificação no SISPRENATAL, portanto, não serão
considerados no indicador;
• Não serão contabilizadas na área de abrangência as mulheres que
realizarem pré-natal em serviços fora da rede municipal de saúde;
93
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
• As mulheres atendidas serão contabilizadas no indicador da área de
abrangência responsável pela sua área de moradia;
• Os dados cadastrais de endereço da família desatualizados no Censo BH
Social;
• Os dados do denominador podem estar subestimados por não considerar
aborto, natimorto e gemelar.
5.FONTES
Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
Denominador: Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC)
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Nº total de gestantes captadas/atendidas na área e no período*
Nº total de gestantes esperadas na área e no período
x100
7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE
• Área: CS, Distrito Sanitário e Município
• Periodicidade: anual
2 - PROPORÇÃO DE GESTANTES ACOMPANHADAS NO PRÉ-NATAL
• Nº 3 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Percentual de gestantes residentes na área atendidas pelo médico de
saúde da família ou ginecologista ou enfermeiro, no Sistema Saúde
em Rede, no protocolo de pré-natal com número de identificação no
SISPRENATAL, que tenham completado as 37 a 41 semanas + 6 dias de
gravidez e realizado 06 (seis) consultas ou mais, conforme o estabelecido
no protocolo de atendimento da SMSA no período considerado.
Classificação
Parâmetro
Gestante 1º trimestre
Gestante 2º trimestre
Gestante 3º trimestre
Total
1 consulta
2 consulta
3 consulta
6 consulta
2. INTERPRETAÇÃO
• Percentual de gestantes que realizaram as consultas de pré-natal
preconizadas, pressupondo acompanhamento adequado para diminuição
de riscos de mortalidade materno-infantil.
94
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
Numerador: Toda gestante residente na área atendida pelo médico de saúde
da família ou ginecologista ou enfermeiro no Sistema Saúde em Rede, no
protocolo de pré-natal, com número de identificação no SISPRENATAL e
que tenha completado de 37 a 41 semanas + 6 dias de gravidez e realizado
06 (seis) consultas ou mais conforme o estabelecido no protocolo de
atendimento da SMSA no período considerado.
Denominador: Toda gestante residente na área atendida pelo médico de
saúde da família ou ginecologista ou enfermeiro no Sistema Saúde em
Rede, registrada no protocolo de pré-natal, com número de identificação
no SISPRENATAL que tenha completado de 37 a 41 semanas + 6 dias de
gravidez no período selecionado.
3. USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o monitoramento
da atenção à saúde da gestante residente na área de abrangência da
referida Unidade de Atenção Primária à Saúde e do processo de trabalho
no nível local.
• Avaliar o cumprimento das recomendações relativas ao número adequado
de consultas para acompanhamento do pré-natal às gestantes captadas
que são da área de abrangência de responsabilidade da Unidade de
Atenção Primária à Saúde.
• Avaliar adesão, dificuldade de acesso, do fluxo de referência –
contrarreferência.
4. LIMITAÇÕES
• Os atendimentos às gestantes registrados pelo profissional de saúde
que não foram realizados no protocolo de pré-natal não gerarão número
de identificação no SISPRENATAL, portanto, não serão considerados no
indicador.
• Não serão contabilizadas, na área de abrangência, as mulheres que
realizarem pré-natal em serviços fora da rede municipal de saúde;
• As mulheres atendidas serão contabilizadas no indicador da área de
abrangência responsável pela sua área de moradia;
• Os dados cadastrais de endereço da família desatualizado no Censo BH
Social;
5. FONTE
Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
Denominador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
95
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Nº de gestantes acompanhadas na área e no período
Nº total de gestantes captadas/atendidas na área e no período
x100
7. CATEGORIAS SUGERIDAS PARA ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Periodicidade: trimestral, semestral e anual
3 - NÚMERO DE MORTES MATERNAS
• Nº 8 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Número de mortes maternas, de mães residentes na área e no período
considerado.
2. INTERPRETAÇÃO
• Mede o número de mortes de mulheres em idade fértil ocorridas até 42
dias após o término da gravidez, atribuídas a causas ligadas à gravidez,
ao parto e ao puerpério.
• O conceito de morte materna estabelecido pela Organização Mundial
de Saúde é detalhado na 10ª Revisão da Classificação Internacional de
Doenças (CID-10) como a “morte de uma mulher durante a gestação ou
até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração
ou da localização da gravidez, devido a qualquer causa relacionada com
a gravidez ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela,
porém não devida a causas acidentais ou incidentais”1.
• Em Belo Horizonte, todos os anos as mortes maternas são sistematicamente
investigadas pelo Comitê de Prevenção de Mortes Maternas.
• Reflete a qualidade da atenção à saúde da mulher. Números elevados de
mortes maternas estão associadas à insatisfatória prestação de serviços
de saúde a esse grupo, desde o planejamento familiar e a assistência
pré-natal, até a assistência ao parto e ao puerpério.
3. USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o
monitoramento do estado de saúde da população gestante, residente
nas áreas de abrangência das UAPS e a regionalização (Território) da
saúde no nível local.
96
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
• Analisar variação populacional, por UAPS, bem como a variação temporal
do número de mortes maternas, identificando situações de desigualdade
e tendências que demandem ações e estudos específicos.
• Realizar comparação local, para o que se adota a definição tradicional de
morte materna, ocorrida até 42 dias após o término da gestação.
• Contribuir na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento
socioeconômico.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e
ações de saúde direcionadas à atenção pré-natal, ao parto, ao puerpério
e ao planejamento familiar.
4. LIMITAÇÕES
• Exige conhecimento preciso da definição de morte materna e das
circunstâncias em que ocorrem as mortes, para que sejam classificadas
corretamente. Em Belo Horizonte, este trabalho é feito pelo Comitê de
Prevenção de Óbitos.
5. FONTE
• Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Comitês de Prevenção
de Óbitos no nível central e nos níveis distritais.
• Definição de morte materna: Organização Mundial de Saúde. Classificação
Internacional de Doenças: décima revisão - CID10. 4ª ed. v.2. São Paulo:
Edusp, 1998. p. 143.
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Número de mortes de mulheres residentes em determinado área por
causas e condições consideradas de morte materna no período considerado
7. CATEGORIAS DE ANÁLISE
• Área: CS, Distrito Sanitário e Município
• Periodicidade: ano civil completo, parcial e 12 últimos meses disponíveis
8. COMENTÁRIOS
• Parâmetro: Não são esperadas mortes maternas para nenhuma área de
abrangência de CS. Quando ocorrer um caso, esse será considerado um
evento-sentinela.
• O “evento sentinela”, que foi adotado por Rutstein et al. (1976), como
um dos métodos para vigilância à saúde, evidencia situações indesejáveis
que possibilitem o monitoramento de serviços e sistema de saúde.
97
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
• A ocorrência desses eventos-sentinela serve de alerta aos profissionais
da saúde a respeito da possível ocorrência de agravos preveníveis,
incapacidades ou de óbitos possivelmente associados à má qualidade
de serviços ou das intervenções, que devem ser aprimoradas10.
4 - COBERTURA VACINAL DE GESTANTES CONTRA O TÉTANO
• Nº 9 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Percentual de gestantes residentes na área, atendidas pelo enfermeiro ou
médico de saúde da família ou ginecologista no Sistema Saúde em Rede,
no protocolo de pré-natal, com número de identificação no SISREDE, e
posteriormente no SISPRENATAL, que tenham sido imunizadas ou estejam
em imunização contra o tétano em relação ao total de gestantes atendidas
residentes na mesma área e período.
• 2. INTERPRETAÇÃO
• Avaliar o cumprimento das recomendações básicas em relação à prevenção
do tétano neonatal de acordo com o protocolo de pré-natal da SMSA-BH
nas gestantes que foram captadas na área.
Numerador: Toda gestante residente na área imunizada por dupla viral no
período considerado.
Denominador: Toda gestante residente na área captada/atendida pelo
médico de saúde da família ou ginecologista ou enfermeiro no Sistema Saúde
em Rede, registrada no protocolo de pré-natal no período considerado.
3. USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o monitoramento
da atenção à saúde da gestante residente nas áreas das equipes e do
processo de trabalho no nível local.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e
ações voltadas para a atenção primária à saúde da gestante.
4. LIMITAÇÕES
• Os atendimentos às gestantes realizados pelo profissional de saúde que
não foram realizados no protocolo de pré-natal não gerarão número
de identificação no SISPRENATAL, portanto, não serão considerados no
indicador;
• A ausência do registro da informação de “gestante imunizada” no
protocolo do pré-natal no SIS-REDE;
• Não serão contabilizadas na área do CS as mulheres que realizarem prénatal e imunização em serviços fora da rede municipal de saúde;
Rutstein DD,Berenberg W, Chalmers TC,Child CG, Fishman AP, Perrin EB.Measuring the quality of
medical care: a clinical method. The New England Journal of Medicine 1976; 294(11):582-88.
10.
98
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
• As mulheres atendidas serão contabilizadas no indicador do CS
responsável pela sua área de moradia;
• Os dados cadastrais de endereço da família desatualizado no Censo
BH Social.
5. FONTE
Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
Denominador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Nº de gestantescaptadas/atendidas imunizadas por dupla viral na área e no período
Nº total de gestantes captadas/atendidas na área e no período
x100
7. CATEGORIAS DE ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Periodicidade: trimestral, semestral e anual
5 - PROPORÇÃO DE GESTANTES CAPTADAS/ ATENDIDAS QUE REALIZARAM
CONSULTA DE PUERPÉRIO
• Nº 10 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Percentual de puérperas residentes na área, atendidas pelo enfermeiro
ou médico de saúde da família ou ginecologista no Sistema Saúde em
Rede, com número de identificação do SISPRENATAL e com diagnóstico
CID Z39 (Exames e Cuidados pós partos), Z39.0 (Assistência e exame
imediatamente após o parto), Z39.1 (Assistência e exame da mãe nutriz),
Z39.2 (Seguimento pós-parto de rotina), ou com tipo de atendimento
relativo ao Puerpério, primeira vez ou Puerpério Subsequente (aba
dispensa), em relação ao total de gestantes captadas/atendidas na
área e no período.
• Considera-se como “puérpera atendida” o atendimento realizado pelo
médico generalista ou ginecologista ou enfermeiro no Sistema Saúde
em Rede, com número de identificação no SISPRENATAL, que ocorra
até 42 dias após a DPP.
99
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
2. INTERPRETAÇÃO
• Avaliar o cumprimento das recomendações de realização da consulta de
puerpério de acordo com o protocolo de pré-natal nas gestantes captadas
que são da área de responsabilidade do CS.
Numerador: Número de puérperas residentes na área que foram atendidas
por médico generalista ou ginecologista ou enfermeiro no Sistema Saúde
em Rede, com número de identificação no SISPRENATAL, que ocorra até
42 dias após a DPP.
Denominador: Número de gestantes com 42 dias da DPP residentes na área
de abrangência captadas/atendidas da área no mesmo período.
3. USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o monitoramento
do estado de saúde da população gestante residente nas áreas das equipes
e do processo de trabalho no nível local.
• Contribuir para a prevenção da mortalidade materno-infantil no nível local.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e
ações voltadas para a atenção primária à saúde da gestante.
4. LIMITAÇÕES
• Os atendimentos às gestantes realizados pelo profissional de saúde que
não foram realizados no protocolo de pré-natal não gerarão número
de identificação no SISPRENATAL, portanto, não serão considerados no
indicador.
• A ausência de fechamento do período de gestação e a falta de informação
sobre o diagnóstico da consulta de puerpério ou o motivo do atendimento.
• Não serão contabilizadas na área das equipes as mulheres que realizarem
pré-natal em serviços fora da rede municipal de saúde;
• As mulheres atendidas serão contabilizadas no indicador do CS responsável
pela sua área de moradia;
• Os dados cadastrais de endereço da família desatualizado no Censo BH
Social.
5. FONTE
Numerador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
Denominador: Sistema Saúde em Rede (SISREDE)
100
Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Nº de puérperas atendidas em consulta de puerpério na área e no período
Nº de gestantes captadas/atendidas com 42 dias da DPP na área e no período
x100
7. CATEGORIAS DE ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Periodicidade: Ano civil completo, parcial e 12 últimos meses válidos com
exclusão dos três últimos meses devido à baixa completude do dado.
6 - PROPORÇÃO DE GESTANTES CAPTADAS/ ATENDIDAS ATÉ O FINAL DO
1º QUADRIMESTRE - 120 dias
• Nº 12 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Percentual de gestantes residentes na área, atendidas pelo enfermeiro ou
médico de saúde da família ou ginecologista no Sistema Saúde em Rede, no
protocolo de pré-natal, gerando um número de identificação no SISREDE,
e posteriormente no SISPRENATAL, que tenham sido captadas/atendidas
com até 120 dias de gravidez na primeira consulta, em relação ao total de
gestantes captadas/atendidas residentes na mesma área e período.
2. INTERPRETAÇÃO
• Verificar a captação/atendimento oportuno de gestantes entre as
gestantes captadas/atendidas pelo enfermeiro ou médico de saúde da
família ou ginecologista na área de responsabilidade da equipe.
Numerador: Número de gestantes atendidas pelo enfermeiro ou médico de
saúde da família ou ginecologista no Sistema Saúde em Rede no protocolo
de pré-natal, gerando um número de identificação do SISPRENATAL, que
tenha sido captada com até 120 dias de gravidez na primeira consulta.
Denominador: Número de gestantes captadas/atendidas residentes na área
no período considerado.
3. USOS
• Contribuir em conjunto com os demais indicadores para o monitoramento
do estado de saúde da população gestante residente na área da equipe
e do processo de trabalho no nível local.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas
e ações voltadas para a atenção primária à saúde da gestante e o seu
respectivo pré-natal.
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Oficinas de Qualificação da Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte – Oficina 5: A Organização do Trabalho para a Atenção Programada
4. LIMITAÇÕES
• Os atendimentos às gestantes realizados pelo profissional de saúde que
não foram realizados no protocolo de pré-natal não gerarão número
de identificação no SISPRENATAL, portanto, não serão considerados no
indicador;
• Não serão contabilizadas na área do CS as mulheres que realizarem prénatal em serviços fora da rede municipal de saúde;
• As mulheres atendidas serão contabilizadas no indicador do CS responsável
pela sua área de moradia;
• Os dados cadastrais de endereço da família desatualizado no Censo BH
Social.
5. FONTE
Numerador: Sistema de Informação Saúde em Rede (SISREDE)
Denominador: Sistema de Informação Saúde em Rede (SISREDE)
6. MÉTODO DE CÁLCULO
Nº de gestantes captadas/atendidas que iniciaram o pré-natal com até 120 dias na área e período
Nº de gestantes captadas/atendidas na área e período.
x100
7. CATEGORIAS DE ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Periodicidade: trimestral, semestral e anual
INDICADORES DA SAÚDE BUCAL
1 - PROPORÇÃO DE TRATAMENTOS ODONTOLÓGICOS COMPLETADOS
• Nº 3 da planilha do Guia da Terceira Oficina
1. CONCEITUAÇÃO
• Percentual de usuários de todas as faixas etárias que tiveram o tratamento
odontológico individual completado na Atenção Primária à Saúde em
determinada área, em relação ao número de usuários que realizaram a
primeira consulta odontológica na mesma área e período considerado.
2. INTERPRETAÇÃO
• Medir a capacidade de o sistema ser resolutivo no atendimento individual
da atenção primária em saúde bucal (tratamento completado) em todas
as idades e em todas os CSs em Belo Horizonte (ESF, Centro de Saúde,
Distrito Sanitário e Município).
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• O “Tratamento Completado” refere-se aos indivíduos residentes em
Belo Horizonte de todas as idades, atendidos pelo Cirurgião Dentista e
Técnico em Saúde Bucal, que tenham iniciado e concluído o tratamento
odontológico individual na Atenção Primária à Saúde. Significa que o
usuário obteve o controle das doenças bucais, de acordo com o protocolo.
Numerador: Total de indivíduos de todas as faixas etárias que tiveram o
tratamento odontológico individual completado na Atenção Primária à
Saúde na área em determinado período.
Denominador: Número de indivíduos que realizaram a primeira consulta
odontológica na mesma área e período considerado.
3. USOS
• Avaliar a resolutividade assistencial em relação às primeiras consultas.
Pode ser aplicado nas áreas de equipe, áreas de abrangência do CS,
distritos ou geral no município.
• Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas
e ações voltadas para o aumento da resolutividade e do acesso ao
atendimento individual.
4. LIMITAÇÕES
• Nos atendimentos realizados em que o profissional de saúde não tenha
lançado os dados no sistema de informação.
• O indicador não mensura o acesso e a extensão da cobertura das
ações coletivas de saúde bucal em relação à população da área de
abrangência, mas sim em relação a quem teve acesso à primeira
consulta odontológica. Desta forma, um CS pode apresentar um
percentual de tratamento completado de 100% em relação ao total
de primeiras consultas, mas efetivamente ter coberto (ações individuais
e coletivas) uma proporção pequena da população total.
• Os dados podem ser influenciados por atendimentos eventuais
como os de urgência/emergência e pronto atendimento que não tem
seguimento previsto.
• Os procedimentos oferecidos na atenção primária nem sempre
contemplam todas as necessidades de tratamento odontológico do
usuário, sendo necessário o referenciamento.
5. FONTE
• Sistema FÊNIX (5Q6) GEREPI
• 6.MÉTODO DE CÁLCULO
Nº total de tratamentos completados na área e período
Nº total de primeiras consultas na área e no período
x100
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7. CATEGORIAS DE ANÁLISE
• Área: ESF, CS, Distrito Sanitário e Município
• Periodicidade: trimestral, semestral e anual
8. COMENTÁRIOS
• Parâmetro: Mínimo de 70% da população que acessa a atenção primária
em saúde com tratamento completado.
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