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50º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 50º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2004
Costão do Santinho • Florianópolis • Santa Catarina • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-04-6
[email protected]
Palavras-chaves: Sagüi de Tufo, Genética da conservação, DNA mitocondrial
Andrade, CCF ; Grativol, AD ; Ruiz-Miranda, CR; Morais, MM
Laboratório de Ciências Ambientais, Centro de Biociências e Biotecnologia, Universidade Estadual do Norte Fluminense
Análise de populações de sagüis
(Callithrix spp.) introduzidos no
Estado do Rio de Janeiro através do
seqüenciamento do DNA mitocondrial
Sagüis do gênero Callithrix, nativos do nordeste e do cerrado do Brasil têm sido introduzidos na região de
ocorrência do mico leão dourado, Leontopithecus rosalia, que é um primata endêmico da Mata Atlântica do Estado
do Rio de Janeiro. A invasão dos sagüis no Estado do Rio de Janeiro pode comprometer a sobrevivência do
mico leão dourado, espécie ameaçada de extinção, devido as semelhanças ecológicas e biológicas entre essas duas
espécies. Para avaliar os efeitos da introdução dos sagüis sobre a conservação do mico leão dourado, os padrões
de introdução e dispersão dos sagüis devem ser avaliados. O objetivo deste trabalho foi analisar a estrutura
genética da população de Callithrix spp, através do número de linhagens maternas (haplótipos) existentes na
área de ocorrência do mico leão dourado. Essa informação nos possibilita: inferir o número de introduções
ocorridas nesses fragmentos, verificar o grau de isolamento genético dos sagüis presentes nos fragmentos de
mata; e avaliar se a população de sagüis é auto-sustentável. Para isso, um fragmento da região controladora
do DNA mitocondrial foi sequenciado. As seqüências obtidas foram analisadas em uma rede de haplótipos,
através do programa Spectronet. A divergência genética entre os fragmentos foi analisada através do programa
Arlequin (índice de Fst). Os dados encontrados mostraram que apenas um haplótipo é compartilhado entre
os fragmentos das duas regiões estudadas (Rio Vermelho e Imbaú). A população de Rio Vermelho possui três
haplótipos restritos e a região de Imbaú possui um haplótipo restrito. Foi possível inferir que nessas regiões
houveram introduções independentes e também que não existe fluxo gênico entre elas. O valor de Fst encontrado
mostra que existe uma grande divergência genética entre essas duas populações. Por causa da baixa variabilidade
genética e do isolamento genético dessas duas populações, elas provavelmente não são auto-sustentáveis. O
haplótipo de um sagüi apreendido fora da área considerada não foi localizado nos fragmentos estudados. Isso
indica que outras linhagens de sagüis estão chegando no Estado do Rio de Janeiro e podem invadir a área de
ocorrência do mico leão dourado.
Apoio Financeiro: UENF, FAPERJ, Associação Mico Leão Dourado (AMLD), FNMA-MMA, Lion Tamarin
of Brazil Fund, Margot Marsh Foundation.
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