L. Portuguesa Resolução Q uestão 01 - E Q uestão 04 - C A questão aborda o conhecimento de ortografia. A sequência correta é “ignóbil”, que significa “vil”, “miserável”; “extinção”, que significa “supressão”, “desaparecimento”; “desestabilize”, forma verbal conjugada de “desestabilizar”, que significa “perder a estabilidade”. A questão exige que se reconheçam os verbos que concordam com o sujeito “os habitantes do futuro”, cujo núcleo está no plural. Sendo assim, estão ligadas a ele as formas verbais “encontrassem” (l. 08), “deduziriam” (l. 10), “suspirariam” (l. 11), “encontrassem” (l. 13) e “apreciariam” (l. 14). Q uestão 02 - C A questão exige a capacidade de interpretação do texto e de seus sentidos. A alternativa A está incorreta por tornar uma hipótese em uma generalização acerca dos registros fotográficos (“são SEMPRE registros da prosaica felicidade”). A alternativa B é descartada por apresentar uma informação que é contradizente com a ideia do texto: a partir das imagens do passado, “as fotografias diriam sobre quem fomos e como vivemos” (linhas 06 e 07). Deve-se descartar também a alternativa D, pois as imagens mentais podem ser refutadas por fotografias, conforme se observa em “Há uma tendência em acreditarmos na foto, desde, é claro, que a informação nela contida não desestabilize nossas certezas projetadas em imagens mentais” (linhas 40 a 43). A alternativa E está incorreta por afirmar que a fotografia reproduz “fielmente” a realidade. Finalmente, a resposta correta é a letra C, conforme pode-se observar no trecho “Talvez [as fotografias] não possam contar, mas seguramente alguma coisa do passado vem evocada nelas” (linhas 47 a 49). Q uestão 05 - B A questão propõe deslocamentos no texto e exige que o candidato identifique a alternativa que mantém o sentido da frase original. A alternativa A modifica o sentido do texto, uma vez que o adjunto adverbial “por acaso” refere-se, originalmente, ao verbo ENCONTRAR e, com a mudança, passa a relacionar-se com SOTERRADO. A mudança proposta na alternativa B está correta, pois não modifica o sentido do texto devido ao deslocamento de uma expressão que antecipa, originalmente, o verbo CRUZAR. Na alternativa C, ao deslocar o advérbio “realmente” para antes de “um superlativo”, modifica-se o sentido da frase, além de impor uma contradição “talvez seja realmente”. O deslocamento proposto pela alternativa D altera o significado do texto, uma vez que a expressão “é claro” refere-se à oração introduzida pelo nexo “desde que”. O deslocamento proposto em E modifica o sentido da oração em que se encontra o adjunto adverbial “seguramente”. Q uestão 03 - D A questão exige o reconhecimento de sinônimos contextuais para palavras do texto. “Resquícios” equivale, no contexto em que ocorre, a “vestígios”, uma vez que se refere a indícios da humanidade num hipotético extermínio da raça humana. “Superar” e “vencer”, contextualmente, são sinônimos, pois tratam de dominar a finitude a que se refere a oração. Entretanto, “lembrança” não pode substituir, do ponto de vista semântico, “nostalgia”, que aparece empregada no sentido de saudosismo de um fato passado. Q uestão 06 - D Não há necessidade de a expressão denotativa de hipótese “quem sabe” estar no texto, uma vez que os verbos “deduziriam” e “suspirariam” estão no Futuro do Subjuntivo (ou Modo Condicional) e, por essa razão, indicam uma noção hipotética acerca de uma possível descoberta dos habitantes do futuro. vestibular 2013 Q uestão 07 - C Sequência correta: 2-3-1-3 Primeiro parágrafo: o uso de conjunções condicionais como “se” (l. 01 e l. 12), além da utilização de verbos no Futuro do Pretérito do Indicativo e no Modo Subjuntivo, como, respectivamente, “encontrariam” (l. 05) e “encontrassem” (l. 08), reforçam a ideia de hipótese deste parágrafo. Segundo parágrafo: o uso de operadores argumentativos como “Por um lado” (l. 17) e “Por outro” (l. 18), além do uso de conjunção adversativa como “Mas” (l. 25), reforçam a ideia de oposição neste parágrafo. Terceiro parágrafo: uso de conjunções conclusivas, como “então” (l. 31), e explicativas, como “visto que” (l. 37), além do uso de aspas indicativas de citação (linhas 45 e 46). Q uestão 08 - A A questão trata de paráfrase, exigindo o reconhecimento dos recursos que mantêm o sentido e a correção gramatical do trecho. A proposta I está adequada, transformando a primeira oração em voz passiva sintética “pode-se enunciar”; além disso, o uso de dois pontos enumera os possíveis termos a que se refere o postulado. As propostas I e II modificam o sentido do trecho original no momento em que deslocam termos entre as orações que compõem o período. Q uestão 09 - B “Portanto” é conjunção conclusiva, por isso é possível substituir “então” naquele contexto. “Uma vez que”, no contexto em que aparece, é explicativa, por isso é possível substituir “visto que”. “Porém” é sempre conjunção adversativa, logo é possível substituir “mas” naquele contexto. L. Portuguesa Resolução Q uestão 10 - A Q uestão 13 - D Esta questão cobra o reconhecimento de regência abordando especificamente o uso da crase. Na primeira lacuna, o “a” não recebe o acento grave porque a palavra “literatura” exerce o papel de sujeito da oração; logo, não deve ser preposicionada. Na segunda e na quarta lacunas, é obrigatório o acento porque se trata de locuções adverbiais, e a terceira lacuna não admite crase já que a palavra “colher” é verbo, ou seja, não é substantivo feminino e, por isso, não admite artigo feminino. Nesta questão, a primeira afirmação está correta porque as formas “empresta”, “confere” e “concede” são sinônimas: todas significam “facultar” ou “permitir”. A segunda é incorreta, já que o personagem, em nenhuma passagem da narrativa, revela incapacidade para narrar; pelo contrário, a frase da linha 25 (“Contou-me muita coisa”) indica uma resposta contrária a essa afirmação. A terceira assertiva indica que a linguagem do vaqueiro expunha uma variação linguística representante da oralidade que indica a origem do vaqueiro (“Ponderava para responder-me, truz no cruz, no coloquial, misto de guasca e de mineiro”). Por isso, essa alternativa está correta. Q uestão 11 - C A cobrança da universidade envolve o reconhecimento de características dos gêneros narrativo e descritivo. Os verbos “encontrei” (l. 02) e “contou” (l. 25) referem-se à voz do narrador que encadeia os acontecimentos em uma sequência de fatos cronologicamente. A palavra “prazia”, neologismo da linha 37, revela sensações do narrador, e a oração “sentir-se cavaleiro” indica uma possível avaliação. Nos outros parênteses, temos a presença da descrição quando, objetivamente, surge a montagem de cenário fotográfico (típico dos textos de Guimarães Rosa), que descreve a figura do vaqueiro enrolado no poncho e do cenário. Q uestão 12 - B A questão trata dos limites entre a morfologia e a sintaxe. Em “carne-e-osso” (assim como em “homemde-ação”), temos uma sequência fixa de vocábulos que ocupa uma única posição na cadeia sintática – ou seja, forma um vocábulo composto. Já “qualidade e cor” ou “alma de bois”, por exemplo, são sequências eventuais de vocábulo que, apesar de estarem juntos, mantêm intacta sua individualidade. “Carne-e-osso” conta como um só vocábulo; “qualidade e cor”, como três. (CM) Q uestão 14 - B Guimarães Rosa não é, nem de longe, o autor mais indicado para se tratar de pontuação, principalmente numa questão que, inovadoramente, exige uma interpretação do efeito “pretendido” pelo autor com os sinais de pontuação que empregou. Uma questão assim facilmente poderia descambar para um subjetivismo indesejável, mas felizmente o nível de exigência está adequado e a questão está bem elaborada. (CM) Q uestão 15 - E Esta questão envolve o reconhecimento de classes gramaticais e de função sintática. As três lacunas iniciais devem ser consideradas verdadeiras, porque, na primeira, o “as” é um pronome demonstrativo que retoma a palavra “mãos” (como as mãos de um bicho). Na segunda, apesar de o vocábulo “muito” pertencer, no primeiro caso, a classe dos pronomes e, no segundo, à dos advérbios, o narrador, ao utilizar essas expressões, intensifica a caraterística de seu amigo ser um contador de histórias. Na terceira lacuna, as estruturas estão paralelas (todas iniciam com a preposição “de”) e revelam o que o vaqueiro falava completando a regência do verbo. A última é falsa já que a palavra “mais” não é um adjetivo e sim um advérbio. vestibular 2013 Q uestão 16 - D Na primeira opção, não é possível fazer a substituição de “para quem" por “ele” uma vez que, neste caso, se mudaria a relação de sentido da frase, pois a primeira expressão expõe uma indefinição ou generalização e a segunda alude especificamente a “meu amigo”, no caso o vaqueiro. A assertiva II está correta porque os verbos “necessitar e precisar”, além de serem sinônimos, apresentam a mesma regência. A terceira afirmação também é verdadeira, já que, por se tratar de locução verbal, o uso da preposição é opcional. Q uestão 17 - E A primeira opção está correta, ou seja, a enumeração introduzida pela palavra “que” anuncia o discurso indireto, visto que se compreende que o narrador está relatando o que os grilos contavam ao se telegrafar. A segunda revela uma relação metafórica porque, ao utilizar a expressão “telegrafavam” para caracterizar o canto dos grilos, essa palavra assume sentido denotativo, pois telegrafar não é uma ação típica desenvolvida por esses animais. A terceira proposição indica, com certeza, uma enumeração sintática, já que as três estruturas são paralelas, ou seja, todas são introduzidas pela conjunção “que”. Q uestão 18 - A A ideia central do texto indica que muitos fenômenos da língua ainda não foram plenamente explicados pela gramática. L. Portuguesa Resolução Q uestão 19 - B Q uestão 23 - E A questão trata da relação entre a fonologia e a acentuação. A afirmativa I é verdadeira – “mistério” é acentuada por ser uma paroxítona terminada em ditongo crescente – o que permite enquadrá-la como proparoxítona eventual (ou relativa, ou acidental, como chama o Acordo). A afirmativa II é verdadeira: o S de “conseguiu” representa o fonema /s/, presente duas vezes em “explicação”, onde é representado por X e por Ç. A afirmativa III é falsa; “É” leva acento por ser um monossílabo tônico e, portanto, enquadrar-se na regra das oxítonas. A afirmativa IV é verdadeira: na pronúncia coloquial, o encontro consonantal “GN” de “significa” é desmanchado pelo acréscimo da vogal epentética /i/. (CM) Nesta questão, todas as opções são verdadeiras. No primeiro caso, o pronome “quem” pode ser substituído por “aquele que” porque se preservam tanto a relação semântica de generalização quanto a função sintática de objeto direto. Na segunda opção, pode-se elidir o pronome “ele”, porque, pelo contexto, fica explícito que a sua referência é o vocábulo “guarda-chuva”. A última também está correta, já que o “vimos” é transitivo direto e “nos ocupamos” é transitivo indireto e exige o uso da preposição “de”. Q uestão 20 - A Na alternativa B, “que” retoma “aspectos da língua”. Na alternativa C, “ela” faz referência ao termo “Minervina”. Na alternativa D, “esse comportamento” diz respeito à expressão “mudança de significado do sujeito”. Na alternativa E, “ele” retoma “leite”. Q uestão 21 - C A única afirmativa incorreta é a III, a qual indica que a colocação pronominal no padrão culto somente ocorre em posição enclítica. Em verdade, existem diversas regras que determinam a colocação do pronome oblíquo átono em posições de próclise, mesóclise e ênclise. Q uestão 22 - D A afirmativa I está errada; “ensacar” é formada a partir do substantivo “saco”. A afirmativa II está correta; de “português” podemos derivar, usando prefixo e sufixo, o verbo “aportuguesar”. A afirmativa III está correta: “aquecimento” é formada pelo acréscimo de um sufixo ao verbo”aquecer”. (CM) Q uestão 24 - E A afirmativa I está correta; as vírgulas que isolam “naturalmente” podem ser eliminadas por se tratar de um adjunto adverbial curto. A afirmativa II está correta; as intercalações podem ser assinaladas por vírgulas duplas, parênteses ou travessões duplos. A afirmativa III está correta: os parênteses que isolam “e vários outros” não são indispensáveis. (CM) Q uestão 25 - A A questão solicita ao candidato a identificação de verbos que apresentam o mesmo comportamento daqueles citados no texto, ou seja, verbos que, na ausência de objeto, têm sujeito paciente da ação. Portanto, a alternativa correta é letra A; os verbos AMASSAR e SECAR, quando intransitivos, indicam que o sujeito sofre a ação. Observe: “A folha amassou” e “A roupa secou”. Ao mesmo tempo, quando transitivos diretos, o sujeito é agente da ação verbal, como em “O garoto amassou a folha”. vestibular 2013