Hipótese Autotrófica Por Fabiana Santos Gonçalves Essa hipótese é a mais aceita atualmente e defende que os seres vivos primordiais eram autótrofos, ou seja, eram capazes de fabricar seu próprio alimento. Os cientistas defendem essa teoria com o argumento que na Terra primitiva não havia alimento para todos os seres habitantes e que sustentasse o aumento da população até o aparecimento da fotossíntese. Porém, a produção do próprio alimento era bem diferente da fotossíntese atual. Eles não utilizavam água, gás carbônico e luz solar como produtos da reação. Equação da fotossíntese: 12 H2O + 6 CO2 + LUZ -> C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O A energia utilizada no processo era proveniente das reações químicas que aconteciam entre as moléculas inorgânicas da crosta terrestre. Os reagentes que eram utilizados eram formados provavelmente por ferro e enxofre, que eram muito abundantes na Terra primitiva. FeS + H2S → FeS2 + H2 + Energia Sulfeto de ferro + gás sulfídrico → dissulfeto de ferro + gás hidrogênio + Energia A partir desses organismos passou a surgir outros seres com capacidade de realizar fermentação, fotossíntese e finalmente, organismos que respiravam oxigênio. Cientistas descobriram um grupo de bactérias com características muito primitivas, que obtêm energia de um modo muito semelhante com o que foi descrito acima: elas utilizam sulfeto de ferro e gás sulfídrico como reagentes e obtêm dissulfeto de ferro, gás hidrogênio e energia como produtos. Essas bactérias são chamadas de quimiolitoautotróficas e vivem próximas à vulcões e em fontes de água quente, situação muito parecida com as condições da Terra primitiva. Por isso, os cientistas acreditam que os primeiros seres vivos eram quimiolitoautotróficos. Fontes Amabis, José Mariano. Biologia. Volume 1. Editora Moderna.