SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Escola de Educação Profissional SENAI “Plínio Gilberto Kröeff” MECÂNICA TÉCNICA Professor: Dilmar Cordenonsi Martins Curso: Mecânica de Precisão São Leopoldo 2009 1 SUMÁRIO 1CÁLCULO APLICADO ............................................................................................ 03 1.1 UNIDADES DE MEDIDAS ..................................................................................... 03 1.2 SISTEMAS DE UNIDADES ................................................................................... 04 1.3 NOTAÇÃO CIENTÍFICA ........................................................................................ 06 1.4 PREFIXOS SI........................................................................................................... 07 1.5 TEOREMA DE PITÁGORAS .................................................................................. 07 1.6 TRIGONOMETRIA ................................................................................................. 09 1.7 REGRA DE TRÊS.................................................................................................... 11 1.7.1 Regra de Três Direta............................................................................................ 11 1.7.2 Regra de Três Inversa......................................................................................... 12 1.8 SISTEMA DE EQUAÇÕES ..................................................................................... 14 1.8.1 Método da Adição ................................................................................................ 14 1.8.2 Método da Substituição ....................................................................................... 16 1.9 ÁREA DE SUPERFÍCIES PLANAS ........................................................................ 18 1.10 VOLUME............................................................................................................... 20 2 VETORES.................................................................................................................. 27 2.1 GRANDEZAS FÍSICAS........................................................................................... 27 2.2 CONCEITO DE VETOR .......................................................................................... 27 2.3 VETORES IGUAIS E VETORES OPOSTOS ....................................................... 28 2.4 ADIÇÃO DE VETORES .......................................................................................... 28 2.4.1 Método do Paralelogramo ................................................................................... 28 2.4.2 Método do Polígono ............................................................................................. 30 2.4.3 Casos particulares da adição de vetores.............................................................. 30 2.5 PROJEÇÃO DE UM VETOR NUM EIXO............................................................... 32 2.6 COMPONENTES DE UM VETOR.......................................................................... 33 2.7 ADIÇÃO DE VETORES PELO MÉTODO DAS PROJEÇÕES ............................... 34 3 INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA .......................................................................... 40 3.1 VELOCIDADE MÉDIA ( vm ) ................................................................................. 40 3.2 ACELERAÇÃO MÉDIA ( am) ................................................................................. 41 4LEIS DE NEWTON.................................................................................................. 43 4.1 INÉRCIA.................................................................................................................. 43 2 4.2 PRIMEIRA LEI DE NEWTON OU PRINCÍPIO DA INÉRCIA............................... 44 4.3 SEGUNDA LEI DE NEWTON OU PRINCÍIPIO FUNDAMENTAL ...................... 45 4.4 TERCEIRA LEI DE NEWTON - PRINCÍPIO DA AÇÃO E REAÇÃO ................... 47 5 FORÇA DE ATRITO ................................................................................................ 49 5.1 FORÇA DE ATRITO ESTÁTICO............................................................................ 50 5.2 FORÇA DE ATRITO DINÂMICO........................................................................... 51 5.3 INFLUÊNCIA DA RESISTÊNCIA DO AR ............................................................. 52 6 PLANO INCLINADO ............................................................................................... 54 7 EQUILÍBRIO DE UM PONTO MATERIAL ...................................................... 57 8 MOMENTO DE UMA FORÇA OU TORQUE................................................... 60 8.1CONCEITO............................................................................................................... 60 8.2 CONVENÇÃO DE SINAIS DO MOMENTO .......................................................... 61 8.3 BINÁRIO ................................................................................................................. 63 9 VÍNCULOS................................................................................................................ 67 9.1 CLASSIFICAÇÃO DOS VÍNCULOS ...................................................................... 67 9.2 EFICÁCIA VINCULAR........................................................................................... 68 9.3 CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL ......................................................................... 69 10 EQUILÍBRIO DE UM CORPO EXTENSO........................................................... 71 10.1 CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO ............................................................................ 71 10.2 CÁLCULO DE REAÇÕES EM ESTRUTURAS ISOSTÁTICA POR APLICAÇÃO DAS EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO DA MECÂNICA ................ 71 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 76 3 1 CÁLCULO APLICADO 1.1 UNIDADES DE MEDIDAS Medir uma grandeza física significa compará-la com outra grandeza de mesma espécie, tomada como padrão. Este padrão é a unidade de medida. Unidades de comprimento Nome Símbolo quilômetro hectômetro decâmetro km hm dam metro m decímetro centímetro milímetro dm cm mm Unidades de Área Nome Símbolo quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado km² hm² dam² m² dm² cm² mm² Unidades de Volume Nome quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico Símbolo km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³ Nome quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centilitro mililitro Símbolo kl hl dal l dl cl ml 4 Unidades de Massa Nome quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama Símbolo kg hg dag g dg cg mg 1.2 SISTEMAS DE UNIDADES Sistema Internacional de Unidades No Brasil, o sistema de unidades adotado oficialmente é o Sistema Internacional (SI). De acordo com o SI, há sete unidades fundamentais, conforme o quadro abaixo. UNIDADES FUNDAMENTAIS DO SI GRANDEZA NOME SÍMBOLO metro m massa quilograma kg tempo segundo s intensidade de corrente elétrica ampère A temperatura termodinâmica kelvin K quantidade de matéria mol mol intensidade luminosa candela cd comprimento A partir das unidades fundamentais, derivam-se as unidades de outras grandezas, que recebem, então, a denominação de unidades derivadas. No estudo da Mecânica, adota-se um subconjunto do SI conhecido como sistema MKS. 5 comprimento M m (metro) SISTEMA MKS massa K kg (quilograma) tempo S s (segundo) Sistema CGS Na Mecânica também é utilizado o sistema CGS. comprimento C cm (centímetro) SISTEMA CGS massa G g (grama) tempo S s (segundo) EXERCÍCIOS - CONVERSÃO UNIDADES DE MEDIDAS 1) Converter: a) 6,316 m __________________cm b) 56 dm _______________________ hm c) 45 000 000 mm² ____________ m² d) 8,915 dam² ___________________ dm² e) 1538,7 cm³ _______________ dm³ f) 6 dam³________________________ m³ g) 832000 mm³ ______________ ml h) 75100 cl ______________________ m³ i) 6,43 kg ___________________ g j) 3817,3 dg ____________________dag 2) Converter para o Sistema Internacional de Unidades (SI) as unidades abaixo: a) 2,37 cm ________________ b) 8 000 dm² ____________________ c) 82 dam³ _______________ d) 34781,6 dg ____________________ 6 3) Utilizando os fatores de conversão das tabelas, converter: a) 50 in em cm ________________ b) 25 cm em in _____________________ c) 75 kg em onça____________ d) 240 lb em kg____________________ e) 40 kgf em N ________________ f) 6 atm em N/m²___________________ 1.3 NOTAÇÃO CIENTÍFICA Uma maneira prática de escrevermos números com grande quantidade de zeros é a notação científica, na qual se utilizam as potência de dez .Qualquer número real pode ser escrito como o produto de um número, cujo módulo está entre 1 e 10 (incluindo o 1), por outro, que é uma potência de dez com expoente inteiro (10x ). Notação Científica ( 1 ≤ N < 10 ). 10x N = número compreendido entre 1 e 10 x = expoente inteiro Exemplos: 1º caso: O número maior que 1 35 000 000 = 3,5.107 O expoente do dez indica o número de vezes que devemos deslocar para a direita a vírgula. 2º caso: O número é menor que 1 0,000469 = 4,69. 10-4 O expoente negativo do dez indica o número de vezes que devemos deslocar a vírgula para a esquerda. EXERCÍCIOS Coloque os números seguintes em forma de notação científica. 1) 358 000 2) 0,0015 3) 0,0000000957 4) 8 341 000 000 5) 141.103 6) 0,0064.10-2 7) 8752,4 9) 265,7. 105 10) 45000.10-2 7 1.4 PREFIXOS SI Nome exa peta tera giga mega quilo hecto deca deci centi mili micro nano pico femto atto Símbolo E P T G M k h da d c m µ n p f a Fator de Multiplicação 1018 1015 1012 109 106 103 102 10 10-1 10-2 10-3 10-6 10-9 10-12 10-15 10-18 1.5 TEOREMA DE PITÁGORAS O quadrado da hipotenusa é igual a soma do quadrado dos catetos. b Essa relação vale para todos os triângulos retângulos. a cateto hipotenusa cateto c 8 Hipotenusa : lado maior do triângulo retângulo a 2 = b2 + c 2 EXERCÍCIOS 1) A diagonal "d" de um retângulo cujos lados medem 16 cm e 12 cm é: a) b) c) d) e) 17 cm 18 cm 19cm 20 cm 21 cm d 12 cm 16 cm 2) O valor de x do triângulo abaixo é igual a: a) 3 3 b) c) 4 d) 5 e) 5 3 cm 10 cm 5 . x 3) Uma torre vertical é presa por cabos de aço fixos no chão, em um terreno plano horizontal, conforme mostra a figura. Se A está a 15 m da base B da torre e C está a 20 m de altura, o comprimento do cabo AC é: a) b) c) d) e) 15 m 20 m 25 m 35 m 40 m C A B 9 1.6 TRIGONOMETRIA C a c α b A B Hipotenusa → lado maior do triângulo retângulo = a Cateto adjacente ao ângulo α: lado que forma o ângulo α juntamente com a hipotenusa = b Cateto oposto ao ângulo α = c Relações Trigonométricas no Triângulo Retângulo SENO DE UM ÂNGULO sen  = sen α = cateto oposto c = a hipotenusa sen  = seno do ângulo  ou sen α = seno do ângulo α CO-SENO DE UM ÂNGULO cos  = cos α = b cateto adjacente = a hipotenusa 10 TANGENTE DE UM ÂNGULO tg  = tg α = c cateto oposto = cateto adjacente b EXERCÍCIOS 1) Determine o valor de X dos triângulos retângulos abaixo. a) b) 20 cm X X 53º 30º 12 cm 2) Um fio vai ser esticado do topo de um prédio até um ponto no chão, conforme indica a figura. Considerando sen 37º = 0,6 ; cos 37º = 0,8 e tg 37º = 0,75, determine o comprimento do fio. 37º 42 m 11 3) Qual é a altura da igreja, sabendo-se que a distância do ponto A até o ponto B é 100 m. B 37º A 4) No triângulo retângulo abaixo, é verdadeira a igualdade: s t t b) sen α = r s c) cos α = r t d) cos α = r s e) tg α = r a) sen α = r s α . t 1.7 REGRA DE TRÊS 1.7.1 Regra de Três Direta Exemplo: Em 12 m2 de parede foram utilizados 540 tijolos. Quantos tijolos serão necessários para construir 20 m2 de parede ? Relação: mais m2 de parede mais tijolos - Relação MAIS - MAIS 12 A relação Mais-Mais ou Menos-Menos caracteriza a regra de três direta. Na regra de três direta multiplicamos cruzado. 12 m2 540 tijolos 20 m2 X X . 12 = 20 . 540 → X . 12 = 10800 → X= 10800 → 12 X = 900 tijol.os. 1.7.2 Regra de Três Inversa Exemplo: Uma casa é construída por 20 pedreiros em 30 dias. Em quantos dias será construída a mesma casa se o número de pedreiros aumentar para 50? Relação: mais operários menos dias A relação Mais - Menos ou Menos – Mais caracteriza a regra de três inversa. Na regra de três inversa multiplicamos lada a lado. 20 operários 30 dias 50 operários X 50 . X = 20 . 30 → 50X = 600 → X= 600 50 → X = 12 dias EXERCÍCIOS 1) Uma máquina produz 100 peças em 5 horas. Quantas peças produz em 2 horas? 2) Uma ponte é feita em 120 dias por 16 trabalhadores. Se o número de trabalhadores for reduzido para 10, qual o número de dias necessários para a construção da mesma ponte ? 3) Duas polias, ligadas por uma correia, têm raios 20 cm e 50 cm. Supondo que a maior efetua 100 rpm, qual a rotação da polia menor ? polia 13 1.8 SISTEMA DE EQUAÇÕES 1.8.1 Método da Adição Elimina-se uma das incógnitas somando algebricamente a equação de cima com a equação de baixo. Exemplo 1 - 3X + Y = 14 4X – Y = 8 Adicionando as equações membro a membro, temos: - 3X + Y = 14 4X – Y = 8 X + 0Y = 22 → X = 22 Achando X, podemos determinar o valor de Y na 1ª ou na 2ª equação. -3X + Y = 14 → X = 22 - 3. (22) + Y = 14 Y = 14 + 66 → - 66 + Y = 14 → Y = 80 Exemplo 2 4X + 3Y = 6 2X + 5Y = -4 Nesse exemplo não adianta somar as equações, pois nem X nem Y serão cancelados. Devemos preparar o sistema de modo que os coeficientes de uma das incógnitas fiquem simétricos, por exemplo X. Para conseguir que os coeficientes fiquem simétricos, podemos multiplicar a 2ª equação por (-2). Obs.: Uma igualdade não se altera quando multiplicamos todos os seus temos pelo mesmo número 14 4X + 3Y = 6 2X + 5Y = -4 multiplicando todos os termos da equação por (-2), temos: 4X + 3Y = 6 -4X - 10Y= +8 Somando-se as equações, encontramos: - 7 Y = 14 → - 14 = 7Y → − 14 = Y → Y = -2 7 Substituindo-se o valor de Y na 1ª equação, tem-se: 4X + 3(-2) = 6 4X – 6 = 6 → → 4X = 6+ 6 → 4X = 12 → X = 12 4 X=3 Exemplo 3 2a + 4b = 9 3a - 5b = 7 Para ajustar as equações para que uma das incógnita se anule podemos multiplicar a 1ª equação por -3 e a 2ª equação por 2. 2a + 4b = 9 x (-3) 3a - 5b = 7 x (2) - 6a - 12b = -27 6a - 10b = 14 0a - 22b = - 13 13 = 22b → 2a + 4b = 9 b= 13 22 → 2a + 4( 13 52 ) = 9 → 2a + =9 22 22 → 2a = 9 - 52 22 15 73 2a = → 11 1.8.2 73 a = 11 2 → a= 73 22 Método da Substituição X + Y = 11 2X – 4Y = 10 Escolhemos uma das equações, a 1ª equação, por exemplo, e isolamos uma das incógnitas. X + Y = 11 → X = 11 - Y Tomamos a outra equação do sistema (2ª equação) e substituindo X pela expressão que obtivemos anteriormente, temos: 2X – 4Y = 10 2 ( 11 – Y ) – 4Y = 10 → 22 – 2Y – 4Y = 10 → 12 = 6Y → 12 =Y → 6 22 – 6Y = 10 → 22 – 10 = 6Y Y=2 Substituindo-se Y pelo seu valor na equação X = 11 – Y , encontramos: X = 11 – Y → X = 11 – 2 → X=9 16 EXERCÍCIOS Resolva os sistemas seguintes pelo método que achar mais conveniente. 1. - X + 4Y = 3 6X – 2Y = 26 2. 2a + b = -4 3a + 6b = -15 3. 2X + 3Y = 14 3X + 2Y = 11 17 1.9 ÁREA DE SUPERFÍCIES PLANAS A = a2 A = a.b A= A= a.h 2 A = a.h ( B + b).h 2 A= α em graus A = π.R 2 A= 2 2 A = π.(R – r ) α .π .R 360 D.d 2 α em radianos 2 A= α em radianos R2 A= .(α − senα ) 2 α .R 2 2 18 EXERCÍCIOS 1) Na figura AB = 2,0 cm; CF = 8,0 cm; DE = 5,0 cm; AF = 3,0 cm e FE = 3 cm. Determine a área do polígono ABCDE, em cm2. C D B A F E 2) Um terreno tem a forma e as dimensões especificadas na figura abaixo. A área desse 1200 m² 1000 m² 600 m² 500 m² 360 m² 20 m a) b) c) d) e) 30 m terreno é: 24 m 3) Calcule a área das superfícies planas pintadas abaixo. Raio r = 10 cm 18 cm 10 cm A) B) r 30 cm 42 cm 34 cm 19 1.10 VOLUME a c a a a b V = a.b.c V = a3 h r d V = π. r2. h V= π .d 3 6 h h r r r 2 V= π .r .h 3 V= π .h 3 .( R 2 + r 2 + R.r ) h h Ab AB Ab 1 V = . Ab. h 3 V= h .( AB + Ab + AB . Ab ) 3 20 EXERCÍCIOS 1) Quantos litros de água cabem num reservatório que tem a forma de um bloco retangular com dimensões de 3 m x 1,5 m x 1,2 m. 1,5 m 3m 1,2 m 2) O cilindro representado na figura tem raio de 3 m e altura igual a 4m. Determine o seu volume. 3) Um cubo X tem 2 m de aresta e um cubo Y tem 1 m de aresta. Então, o volume do cubo X é igual a: a) duas vezes o volume de Y b) três vezes o volume de Y c) quatro vezes o volume de Y d) seis vezes o volume de Y e) oito vezes o volume de Y a a a 21 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 1) Efetue as conversões: a) 12,781 m =________________cm b) 2595,4 dm2 =_______________ dam2 c) 126 hm2 = _______________m2 d) 57000 mm3 = ________________ cm3 e) 28 cm³ =________________ cl f) 135,1 mg = _________________ g g) 15 in = __________________cm h) 40 lb = ____________________ kg i) 40 kgf = _________________N j) 6 atm = ____________________ Pa 2) Converter para o Sistema Internacional de Unidades (SI) as unidades abaixo: a) 1,947 hm _________________ b) 527 000 litros ___________________ c) 76500 cm2_________________ d) 2456,9 dg _______________________ 3) Escreva os números abaixo na forma de notação científica a) 0,0058___________________ b) 65 000 000 ________________________ 4) De acordo com os dados da figura, determine a medida do segmento Y. 80 cm 60c m . Y 5) Qual é o valor da medida X no triângulos abaixo. 30 cm a) b) X X 30º 15 cm 53º 22 6) Uma pessoa está distante 60 m da base de um prédio e vê o ponto mais alto do prédio sob um ângulo de 37º em relação a horizontal. Qual é a altura do prédio ? 7) Considere o triângulo da figura. A 60º B 45º H C Dado AB = 20 cm , calcule a medida AC e AH 8) Transforme: a) 150º em radianos b) 5 π/6 rad em graus 9) Qual é a área da figura? 2m 2m 2m 5m 2m 5m 23 10) Calcule a área das superfícies planas abaixo. a) b) 20 cm 20 cm 14 cm 30 cm 8 cm 11) O reservatório da figura tem as seguintes dimensões internas: 5 m de comprimento, 2 de sua capacidade 2,4 m de altura e 1,5 m de largura. Estando com água até os 3 máxima, ele contém um volume de água correspondente a: a) 21 m3 b) 12 m3 c) 18 m3 d) 8 m3 e) 6 m3 2,4 m 1,5 m 5m 12) Calcular o volume de um paralelepípedo retângulo cujos lados são 40 cm, 30 cm e 20 cm. 13) Calcular o volume de um cilindro de diâmetro 20 cm e altura 30 cm. 14) O volume de um cubo é 27 cm³. Calcule a medida da aresta do cubo. a a. a 24 15) As raízes reais da equação 9x2 - 3x = 0, são 2 a) 0 ou -6 b) 1 ou 3 1 c) 0 ou 6 d) 3 ou 6 2 ou 1 e) 3 16. Quais as raízes reais da equação 4x2 - 3x - 1 = 0 ? x-y=5 17. O sistema tem como solução: 2x + 3y = - 55 a) ( - 8 , - 1 ) 2 b) ( -13, 4 ) c) ( - 4, -8) d) ( - 8, -13 ) e) (- 4 , 8 ) 18) Dezesseis máquinas foram alugadas para fazer um serviço de terraplanagem em vinte dias. Porém seis dessas máquinas não puderam ser usadas por defeitos técnicos. Em quantos dias as máquinas restantes fizeram o mesmo serviço? 19) O litro de gasolina comum custava R$ 2,00. Houve um aumento de 10 % no preço. Após o aumento para encher um tanque de 40 litros são necessários: a) R$ 80,00 b)R$ 84,00 c) R$ 88,00 d)R$ 92,00 e) R$ 94,00 25 20. O pneu de um veículo, com 800 mm de diâmetro, ao dar uma volta completa percorre, aproximadamente, uma distância de: a) b) c) d) e) 2,51 m 5,00 m 25,10 m 0,50 m 1,51 m 21. O perímetro do retângulo em figura é 30 cm. Então x é igual a: a) b) c) d) e) 5 cm 2 cm 4,5 cm 10 cm 7,5 cm 4x 3x+1 26 2 VETORES 2.1 GRANDEZAS FÍSICAS A tudo aquilo que pode ser medido, associando-se a um valor numérico e a uma unidade, dá-se o nome de grandeza física. As grandezas físicas são classificadas em: Grandeza Escalar: fica perfeitamente definida (caracterizada) pelo valor numérico acompanhado de uma unidade de medida. Exemplos: comprimento, área, volume, massa, tempo, temperatura, etc. Grandeza Vetorial: necessita, para ser perfeitamente definida (caracterizada), de um valor numérico, denominado módulo ou intensidade, acompanhado de uma unidade de medida, de uma direção e de um sentido. Toda a grandeza Física Vetorial é representada por um vetor. Exemplos: Força, velocidade, aceleração, campo elétrico, etc. 2.2 CONCEITO Vetor: é um símbolo matemático utilizado para representar o módulo, a direção e o sentido de uma grandeza física vetorial. O vetor é representado por um segmento de reta orientado. Módulo: é a medida do comprimento do segmento de reta orientado que o representa. Direção: ângulo que o vetor forma com um eixo de referência. Determinada pela reta suporte do segmento orientado. Sentido: orientação do vetor. Exemplo 1 r Módulo: F = 30 N ou F = 30 N P Direção: 90º com o eixo horizontal X ou direção Vertical Sentido : de O para P ou Norte r F = 30 N O X. 27 Exemplo 2 P O r v = 8 m/s v Módulo: v = 8 m/s Direção: 55º com o eixo horizontal X Sentido: de O para P 55º X 2.3 VETORES IGUAIS E VETORES OPOSTOS Vetores iguais: Dois ou mais vetores são iguais quando têm o mesmo módulo, a mesma direção e o mesmo sentido. Vetores opostos: Dois vetores são opostos quando têm o mesmo módulo, a mesma direção e sentidos contrários. 2.4 ADIÇÃO DE VETORES 2.4.1 Método do Paralelogramo Vetor Resultante: Vetor Resultante de vários vetores é o vetor que, sozinho, produz o mesmo efeito que todos os vetores reunidas. r r R = vetor resultante ou S = vetor soma r r r Sejam dois vetores F 1 e F 2 , formando entre si um ângulo α. O vetor soma S , também r r r r r chamado de vetor resultante R , é indicado por S ou R = F 1 + F 2. r F1 r F2 28 Desenhamos os dois vetores com suas origens coincidentes. A partir da extremidade r r do vetor F 1, traçamos um segmento de reta paralelo ao vetor F 2. r Em seguida, a partir da extremidade do vetor F 2, traçamos um outro segmento r paralelo ao vetor F 1. O vetor soma é obtido pela ligação do ponto de origem comum dos vetores ao ponto de intersecção dos segmentos de reta traçados. v R r F1 α r F2 O módulo do vetor resultante é dado por: r R r = F1 2 2 r + F2 2 r r + 2. F1 . F2 . cos α Lei dos cossenos ou r R = v v v v F1 2 + F2 2 +2. F1 . F2 . cos α r r Exemplo - Dados os vetores a e b abaixo, de módulos iguais a 5 unidades e 9 unidades, respectivamente. Sendo cos 60º =0,5 , represente graficamente, r paralelogramo o vetor soma S e calcule o seu módulo. r a pela regra do v S r a 60º r b v S = r b v v v v a 2 + b 2 +2. a . b . cos α v S = 5 2 +9 2 +2.5.9. cos 60º = 25 + 81 + 90.0,5 = 25 + 81 + 45 = 12,29 u 29 2.4.2 Método do Polígono A regra do polígono pode ser utilizada na adição de qualquer número de vetores. Para a sua utilização devemos colocar os vetores de tal modo que a origem do segundo vetor coincida com a extremidade do primeiro; a origem do terceiro coincida com a extremidade do segundo; a origem do quarto coincida com a extremidade do terceiro; e assim sucessivamente. O vetor soma ou vetor resultante é determinado ligando-se a origem do 1º vetor à extremidade do último vetor, conforme mostra o exemplo abaixo. r r r r Ex. Dadas as forças F 1 , F 2, F 3 e F 4 , cujos módulos são, respectivamente, 30 N, 50N, 40 N e 20 N, determine graficamente (método do polígono) a força resultante r r r r r R = F 1 + F 2 + F 3 + F 4. Escala: 1 cm = 10 N r F2 r F1 r F3 r F4 r F4 r R ≅ 31 N r F3 r F1 r F2 2.4.3 Casos particulares da adição de vetores 1° ) Os vetores tem a mesma direção e o mesmo sentido ( α = 0º ) r F1 = 4 N r v v R = F1 + F2 r F2 = 3 N r F1 r F2 v R = 7N v R =4+3=7N 30 2º ) Os vetores tem a mesma direção e sentidos contrários ( α = 180º ) r F1 = 7 N r v v R = F1 − F2 r F2 = 3 N r F1 v R =7-3=4N r F2 v R = 4N 3º) Os vetores são perpendiculares entre si ( α = 90º ) r F1 Triângulo retângulo “1” Aplicando Pitágoras, temos: r R 1 r F2 F1 R2 = ( F1 )2 + ( F2 )2 v R = r 2 v 2 F1 + F2 31 2.5 PROJEÇÃO DE UM VETOR NUM EIXO Ex. 1 Y rr proj x F → projeção no eixo X da força F r Fy =0 rr F = 30 N proj x F = Fx = 30 N proj y F = Fy = 0 r Fx X Ex. 2 Y r Fy proj x F = Fx = 0 N v F = 60 N r Fx = 0 proj y F = Fy = 60 N X CONVENÇÃO DE SINAIS PARA PROJEÇÕES DE VETORES - Eixo “X” Orientação do vetor para a direita – positivo Orientação do vetor para a esquerda - negativo - Eixo “Y” Orientação do vetor para cima Orientação do vetor para baixo + + positivo negativo - 32 2.6 COMPONENTES DE UM VETOR Todo o vetor pode ser obtido a partir da soma de dois outros vetores, perpendiculares r entre si, chamados de componentes do vetor dado. Assim, dado o vetor F = 100 N , ele pode r r ser decomposto em dois outros vetores, Fx e Fy , que recebem o nome de componentes r retangulares ( ou componentes horizontal e vertical ) do vetor F . Y Y r F β r Fy 2 β α r F 1 α r Fx X Cálculo de Fx Cálculo de Fy Triângulo 1 Triângulo 2 cos α = cateto adjacente/ hipotenusa cos β = cateto adjacente / hipotenusa cos α = Fx F cos α . F = Fx Fx = F . cos α cos β = Fy F F. cos β = Fy Fy = F. cos β X 33 Cálculo de Fy usando o seno - Triângulo 1 sen α = cateto oposto / hipotenusa sen α = FY F Fy = F . sen α → r Ex.1. Determinar os componentes horizontal e vertical do vetor F . Y r F = 50 N r Fy Fx = F cos α Fx = 50 . cos 37º Fx = 50 . 0,8 = 40 N Fy = F. cos β Fy = 50 .cos 53º Fy = 50.0,6 = 30 N 53º 37º r Fx X r Ex. 2. Determinar as componentes horizontal e vertical do vetor v representado abaixo. Y r v 60º X 2.7 ADIÇÃO DE VETORES PELO MÉTODO DAS PROJEÇÕES Quando o sistema é formado por mais de dois vetores concorrentes e coplanares, podemos determinar o vetor resultante pelo método das projeções de cada vetor em dois eixos perpendiculares ( X e Y ). 34 Ex. Dadas as forças indicadas na figura, determine o módulo, a direção e o sentido da força r r v v v resultante R ( R = F 1+ F 2+ F 3 ) Y r F 2 = 20 N r F1 = 50 N 37º X r F 3 = 40 N 1º ) Resultante em X Rx = Σ proj x F Rx = proj x F1 + proj x F2 + proj Rx = 50 – 20 cos 37º + 0 x F3 Rx = 50 – 20 . 0,8 Rx = 50 – 16 2º ) Resultante em Y RY = Σ proj Y F Ry = proj RY = y F1 + proj y F2 + proj 0 + 20.cos 53º - 40 y F3 RY = 20.0,6 – 40 = 12 – 40 = – 28 Rx = 34 N 35 3º) Cálculo do módulo do vetor resultante Y v R = Rx 2 + Ry 2 v R = 34 2 + 28 2 r RX θ r RY Direção: tg θ = X v R Ry Rx tg θ = v R = 1156 + 784 v R = 44,04 N 28 = 0,823 34 θ ≅ 39º Direção: aproximadamente 39º com o eixo X, sentido sudeste EXERCÍCIOS - VETORES 1) Determine a intensidade e trace, pelo método do paralelogramo, o vetor soma r r r S = a + b para o caso abaixo. r r Dados: | a | = 10 cm , | b |= 8 cm, cos 60º = 0,5 r b 60º r a 36 2) Nos casos a seguir, determine a força resultante que age sobre cada partícula, sabendo-se r r que a intensidade das forças F 1 e F 2 são, respectivamente, 20 N e 50 N. A) B) r F2 • r F2 r F1 r F1 C) D) r F1 r F1 120º r F2 r F2 r r r v r r v 3) Para os vetores a e b e c a seguir , determine graficamente o vetor S = a + b + c r b r a v c r 4) Em cada caso determine as componentes retangulares do vetor F representado abaixo. a) Y b) . Y r F = 50 N r F = 40 N 37º X X c) Y Y d) r F = 30 N r F = 40 N . 60° X X 37 5) Determine o módulo, a direção e o sentido da força resultante que age sobre a partícula. Y F1 = 40 N F2 = 30 N F3 = 10 N F4 = 50 N r F2 r F3 53º r F1 60º ● r F4 X EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 1) Determine para os casos abaixo a intensidade da força resultante e trace, pelo método do paralelogramo, a sua direção e o seu sentido. a) b) 60 N 65º 100 N 38 2) Determine, o módulo, a direção e o sentido da força resultante das figuras abaixo. a) 200 N 300 N 53º 37º 100 N Y b) r F 2 = 30 N r F 1 = 50 N 37º r F 3 = 60 N X r F 4 = 80 N 39 3 INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA 3.1 VELOCIDADE MÉDIA ( vm ) to d=0 do vm = ∆d ∆t ∆d = distância total percorrida ∆t = tempo gasto no percurso do = posição inicial d = posição final to = instante inicial t = instante final Unidades – no SI ∆d – metro (m) ∆t – segundo (s) v - m/s t ∆d vm d − do t − to d 40 EXERCÍCIOS 1) Um automóvel, que trafega ao longo de uma rodovia, passa pelo marco de estrada 250 km às 7 h e pelo marco 400 km às 10 h. Determine a velocidade escalar média, em km/h e m/s, nesse intervalo de tempo. 2) Um veículo percorre, inicialmente, 50 km de uma estrada em 0,5 h. A seguir percorre mais 120 km em 1h e 30 min. Determine a velocidade escalar média do veículo, em km/h, durante todo o percurso. 3) Um caminhão, em um trecho inicial não-pavimentado da estrada, desenvolve uma velocidade de 40 km/h, gastando um tempo de 2h neste percurso. No trecho seguinte (asfaltado), sua velocidade passa a ser 70 km/h, sendo mantida durante um tempo de 1 h. a) Que distância total o caminhão percorreu? b) Qual foi a velocidade média do caminhão nesta viagem? 3.2 ACELERAÇÃO MÉDIA ( am) Quando um movimento apresenta variação da sua velocidade, ao longo do tempo, o movimento é um movimento variado – apresenta aceleração. Movimentos acelerados apresentam um aumento da velocidade e os retardados uma diminuição da velocidade. v vo to v t 41 am = ∆v ∆t am = v − v0 t − t0 ∆v = variação da velocidade = v – vo ∆t = intervalo de tempo (variação do tempo) = t - to vo = velocidade inicial v = velocidade final Unidades - no SI v – m/s t –s a – m/s2 Aceleração é a grandeza física que relaciona a variação da velocidade com o tempo gasto nessa variação. Ex.: am = 5 m/s2 significa que a velocidade está variando, em média, de 5 m/s em cada 1 segundo. EXERCÍCIOS 1) Partindo do repouso, um avião percorre a pista e atinge a velocidade de 360 km/h, em 25 s. Qual o valor da aceleração escalar média, em m/s2 ? 2) Um móvel se movimenta sobre uma trajetória retilínea e tem velocidade em função do tempo, indicada pela tabela. Determine a aceleração média no intervalo de 0 a 10 s. t(s) 0 2 4 6 8 10 v(m /s) 8 16 24 32 40 48 42 4 LEIS DE NEWTON 4.1 INÉRCIA A tendência natural dos corpos de manter seu estado de repouso ou de movimento retilíneo e uniforme denomina-se de inércia, portanto inércia consiste na tendência natural que os corpos possuem em manter velocidade constante. Exemplo: Quando um ônibus arranca, o passageiro por inércia tende a permanecer em repouso em relação ao solo terrestre. Como o ônibus movimenta-se para frente o passageiro cai para trás, conforme figura. No caso de um ônibus frear bruscamente os passageiros tendem a manter-se no seu estado de movimento. Por isso as pessoas vão para a frente do ônibus. Na realidade, a mudança do estado de movimento é do ônibus. Os passageiros tendem a manter-se como estavam, ou seja, em movimento e o ônibus não. 43 4.2 PRIMEIRA LEI DE NEWTON OU PRINCÍPIO DA INÉRCIA Todo o corpo continua no seu estado de repouso ou de movimento retilíneo uniforme, a menos que seja obrigado a mudar esse estado por forças imprimidas sobre ele. Podemos concluir, que um corpo livre de ação de forças, ou com força resultante nula, conservará , por inércia, sua velocidade constante. Todo o corpo em equilíbrio mantém, por inércia, sua velocidade constante. Equilíbrio de um ponto material Fr = 0 r v constante Repouso Equilíbrio estático ou MRU Equilíbrio dinâmico Referencial Inercial As noções de repouso, movimento, velocidade, aceleração, força, etc. dependem do sistema de referência. Referencial Inercial é todo aquele que torna válida a lei da inércia, ou seja, um sistema de referência que não possui aceleração em relação as estrelas fixas. Para a maioria dos problemas de Dinâmica, envolvendo movimentos de curta duração na superfície terrestre, podemos considerar um sistema de referência fixo na superfície da Terra como inercial, embora sabemos que a Terra não seja um perfeito referencial inercial devido a seu movimento de rotação. Quando o movimento em estudo é muito prolongado , devemos considerar inercial um sistema de referência ligado as estrelas fixas, que são estrelas que aparentam manter fixas suas posições no céu após muitos séculos de observações astronômicas. 44 4.3 SEGUNDA LEI DE NEWTON OU PRINCÍIPIO FUNDAMENTAL Quando uma força resultante atua num ponto material, este adquire uma aceleração na mesma direção e sentido da força, segundo um referencial inercial. A resultante das forças que agem num ponto material é igual ao produto de sua massa pela aceleração adquirida. v v F r = m. a m = massa a = aceleração Fr = força resultante v v As grandezas vetoriais F r e a possuem mesma direção e sentido. Unidades – no SI m v a v Fr em quilograma (kg) em m/s² em newton (N) 1kg.1m/s² = 1 N Peso de um corpo ( P ) É a força de atração gravitacional sofrida por um corpo na vizinhança de um planeta ou outro grande corpo. O peso de um corpo na Terra é a força de atração que a Terra exerce sobre o corpo, sendo essa força dirigida para o seu centro. Devido às diferentes massas dos planetas do sistema solar, o peso de um corpo será diferente em cada um deles. Quanto maior for a massa de um planeta, maior será a força gravitacional que o planeta exerce sobre os corpos. v Quando um corpo está em movimento sob ação exclusiva de seu peso P , ele v adquire uma aceleração denominada aceleração da gravidade g . 45 Pelo princípio fundamental da dinâmica, resulta: v v P = m.g A aceleração da gravidade (g), em nosso planeta, tem intensidade aproximada de 9,8 m/s². Em outros astros celestes, a aceleração da gravidade tem intensidade diferente, como por exemplo, na Lua g = 1,6 m/s² e em Júpiter g = 26,5 m/s². Exemplo: A massa de uma pessoa é de 80 kg Determine o peso da pessoa na Terra, na Lua e a sua massa na Lua. Peso na Terra P = m.g P = 80 kg.9,8 m/s² = 784 N Peso na Lua P = m.g P = 80 kg.1,6 m/s² = 128 N Massa na Lua m = 80 kg a massa é constante em qualquer planeta. 46 4.4 TERCEIRA LEI DE NEWTON - PRINCÍPIO DA AÇÃO E REAÇÃO v Se um corpo A aplicar uma força F A sobre um corpo B, este aplica em A v uma força FB de mesma intensidade, mesma direção e sentido oposto. Exemplo 1 A força que A exerce em B e a correspondente força que B exerce em A constituem o par ação-reação Exemplo 2 - Bloco apoiado numa mesa v FN v P No exemplo, o bloco é atraído pela Terra, exercendo sobre a mesa uma força de compressão. Pelo princípio da Ação e Reação a mesa exerce sobre o bloco uma força de v reação F N de mesma intensidade, mesma direção, porém de sentido contrário. 47 Exemplo 3 As forças de ação e reação possuem as seguintes características: • • • São forças trocadas entre dois corpos; Não se equilibram e não se anulam, pois estão aplicadas em corpos diferentes. Tem a mesma direção e sentidos contrários. EXERCÍCIOS 1) Suponha que um bloco seja puxado com uma força horizontal F = 20 kgf sobre uma superfície horizontal sem atrito, adquirindo um movimento retilíneo com uma aceleração de 5 m/s2. Qual é a massa do bloco? Considere 1 kgf = 9,8 N v 2) Um bloco de massa 4 kg desliza sobre um plano horizontal sujeito a ação das forças F1 = v 50 N e F2 = 26 N, conforme indica a figura. Determine a aceleração do corpo e a reação do plano de apoio. Considere g = 9,8 m/s2 v F2 v F1 48 5 FORÇA DE ATRITO Considere um corpo apoiado sobre uma superfície horizontal e rígida. Se o corpo receber a ação de uma força F, devido às rugosidades surge a força de atrito. As forças de atrito são contrárias ao movimento. A força de atrito entre os corpos sólidos é devido às asperezas das superfícies em contato e diminui com o polimento ou com uso de lubrificantes. r F Existem dois tipos de forças de atrito. Força de atrito estática e força de atrito cinético. Quando a força de atrito impede que o corpo deslize, ou seja, neste caso o corpo está em repouso, dizemos que o atrito é do tipo estático. Quando a força de atrito atua sobre corpos que estão deslizando sobre alguma superfície, ou seja em movimento, dizemos que o atrito é do tipo dinâmico. 49 5.1 FORÇA DE ATRITO ESTÁTICO r N v F v Fae r P Admita um corpo sobre uma superfície, conforme figura acima, sendo solicitada a v v mover-se pela força F . Enquanto o corpo não deslizar, à medida que cresce o valor de F , v cresce também o valor da força de atrito estática, de modo a equilibra a força F , impedindo v o movimento. Quando a força F atingir um determinado valor, o corpo fica na iminência de deslizar, e a força de atrito estática atinge o seu valor máximo. A partir desse instante, com v qualquer acréscimo que a força F sofra , o corpo começa a deslizar. A força de atrito estática é dada por: Fae = µe.N N = força normal que o corpo troca com a superfície de apoio. µe = coeficiente de atrito estático O coeficiente de atrito µ é um número adimensional e depende do material dos corpos em contato e do polimento das superfícies 50 5.2 FORÇA DE ATRITO DINÂMICO OU CINÉTICO r N v v v F v Fad r P v Se o corpo está escorregando na superfície de apoio, com velocidade v , conforme figura, significa que a força de atrito que age nele é dinâmico ou cinético e é dada por: Fad = µd.N µd = coeficiente de atrito dinâmico ( depende das duas superfícies que estão em contato). N = força normal Observações: 1) Se alguém estiver empurrando um corpo, mas este permanece em repouso, a força de atrito que age nesta situação será sempre igual a força que a pessoa estiver aplicando no corpo. 2) A equação da força de atrito estático máximo serve para determinar a força máxima que a superfície pode aplicar no corpo para mantê-lo em repouso. Depois deste valor a superfície deixa o corpo entrar em movimento. 3) A equação da força de atrito dinâmica só pode ser usada para determinar qual o valor da força de atrito aplicada pela superfície em corpos que já estão movimentando-se. 4) A força de atrito de rolamento é muito menor que no atrito de deslizamento, aí residindo a vantagem da invenção da roda. 51 5.3 INFLUÊNCIA DA RESISTÊNCIA DO AR O meio no qual o corpo está imerso ( ar ou líquido) oferece também uma resistência ao deslocamento. Um corpo abandonado do alto de um prédio adquire movimento acelerado por causa da ação da força peso. Além dessa força, atua no corpo a força de resistência do ar, que tem mesma direção e sentido contrário ao da força peso. Essa força de resistência do ar é variável e depende da velocidade do corpo, de sua forma e da maior secção transversal em relação à direção do movimento. Exemplos: • Um pára-quedas tem forma semi-esférica côncava (área grande) para aumentar a força • de resistência do ar. Carros, aviões e peixes têm forma aerodinâmica (cortam o ar e água) e área da secção transversal muito pequena para diminuir a força de resistência do ar ou da água. EXERCÍCIOS 1) Um corpo de massa 4 kg está sob a ação de uma força F = 80 N e se desloca na direção horizontal. O coeficiente de atrito cinético entre o corpo e o apoio é igual a 0,5. Considerando a aceleração da gravidade local igual a 10 m/s2, determine: a) A força normal ( reação do apoio) b) A força de atrito c) A aceleração adquirida pelo corpo. v Fa v F 2) Para iniciar o movimento de um corpo de massa 8 kg, apoiado sobre um plano horizontal, é necessária uma força mínima de 50 N. Para manter o corpo em movimento uniforme é preciso aplicar ao bloco uma força de 40 N. Determine os coeficientes de atrito estático e dinâmico entre o corpo e o plano. Adote g = 10 m/s2. 3) Um carro de 800 kg, andando a 108 km/h, freia bruscamente e pára em 5 s. a) Qual a aceleração do carro? b) Qual o valor da força de atrito que atua sobre o carro? 52 4) Sistema da figura, os corpos A e B têm massas mA = 3 kg e mB = 6 kg. Os corpos estão ligados por um fio ideal que passa por uma polia sem atrito, conforme figura.. Entre o corpo A e o apoio há atrito, cujo coeficiente é 0,5. Considerando-se g = 10 m/s2, determine a aceleração dos corpos e a força de tração no fio. A B 53 6 PLANO INCLINADO Y v N v a v Fa v Px β α v Py X v P α Px = P. sen α ou Py = P . cos α P = peso do corpo N = reação normal de apoio Fa = Força de atrito Px > Fa → corpo em movimento Py = N Px = P. cos β 54 EXERCÍCIOS 1) Um corpo de massa 20 kg desce um plano horizontal que faz um ângulo de 37º com a horizontal. O coeficiente de atrito entre as superfícies é 0,4. Considerando g = 10 m/s2 , determine: a) a reação normal de apoio b) a aceleração do corpo. m α 2) Um corpo de massa 5 kg move-se sobre um plano horizontal perfeitamente liso, puxado v por uma força F paralela ao plano inclinado, como indica a figura. v F 30º v Sabendo que g = 10 m/s2 , calcule a intensidade da força F nos seguintes casos: a) o corpo sobe o plano inclinado com uma aceleração de 2 m/s2 b) o corpo sobe o plano inclinado com velocidade constante. 55 3) No sistema da figura, o coeficiente de atrito estático entre o bloco A e o plano vale 0,3 e o coeficiente de atrito dinâmico vale 0,2. As massas de A e B são respectivamente iguais a 10 kg e 8 kg e o sistema é abandonado a partir do repouso. O fio e a polia são ideais e g = 10 m/s2. a) Qual a intensidade da força de atrito entre o bloco A e o plano inclinado? b) Qual a aceleração do sistema? A B 30º 56 7 EQUILÍBRIO DE UM PONTO MATERIAL Para que um ponto material esteja em equilíbrio é necessário e suficiente que a resultante de todas as forças que nele agem seja nula. v v Equilíbrio estático - v = 0 - ponto material em repouso em relação a um referencial v v Equilíbrio dinâmico - v = constante ≠ 0 - o ponto material está em MRU ( movimento retilíneo e uniforme ) Fr = 0 Fr = 0 Rx = 0 - Σ proj x F = 0 – somatório das projeções em X de todas as forças é igual a zero Ry = 0 - Σ proj y F = 0 – somatório das projeções em Y de todas as forças é igual a zero. EXERCÍCIOS 1) Calcule a intensidade das trações nos fios ideais 1 e 2 nas situações abaixo. 53° a) 2 30º 60º b) 1 2 1 P = 300 N P = 200 N 57 2 ) Determine as forças de tração nos cabos AB e BC da figura a seguir. Considere os cabos ideais. 60º 37º P = 50 N 3) A figura mostra o esquema de sustentação de duas cargas por meio de um cabo de aço. O cabo está fixo em A e passa por uma pequena roldana em B. O esforço no cabo AC é 500 kgf. Calcular as cargas P e Q. Considere os fios ideais e despreze o atrito. B 37º A C Q P 4) Determine a força de tração no fio AC e a compressão na barra AB da estrutura a seguir. Considere o fio e a barra ideais. C 30º ⋅ B A 500 N 58 5) Considere uma esfera homogênea de peso 250 N suspensa por um fio e encostada a uma parede vertical, como ilustra a figura. A esfera está em equilíbrio. Determine: a) a força tensora no fio b) a reação oposta à esfera pela parede. 25º . 6) Calcule a intensidade da força de tração no fio AB e a compressão na barra. AC da estrutura abaixo. Despreze o peso do fio e da barra. B 40º A 60º C P = 200 N 59 8 MOMENTO DE UMA FORÇA OU TORQUE 8.1 CONCEITO O momento de uma força é a capacidade dessa força em fazer girar um objeto. Consideremos uma força de intensidade F, aplicada num ponto A de uma barra que pode girar livremente em torno do ponto O ( pólo), conforme figura: r F O d r A intensidade do momento da F em relação ao ponto O (pólo) é dado por: MTO O F = F. d r O momento da força F , em relação a um ponto O fixo, é o produto da intensidade da r força F pela distância d do ponto à reta suporte da força. Ponto “O” – pólo do momento F = força d = braço da força – distância da reta suporte da força ( linha de ação da força) ao eixo de rotação. Perpendicular traçada da linha de ação da força ao ponto (pólo). MTO O F = Momento da força F em relação ao ponto O. No caso de uma força que não seja perpendicular ao segmento de reta que une o ponto de aplicação da força ao pólo, podemos calcular o momento dessa forças de duas maneiras: decompondo a força ou calculando a medida do braço da força. 60 Unidades no SI : F - em N (Newton) d - em m ( metro ) MTO - N.m Outras unidades do momento N.cm, N.mm, kgf.m, kgf.cm, kgf.mm 8.2 CONVENÇÃO DE SINAIS DO MOMENTO • Rotação sentido horário – MTO + • Rotação sentido anti-horário – MTO - EXERCÍCIOS 1) Calcular o momento de cada uma das forças, em relação ao ponto O, da barra em figura. r F 1 = 80 N r F2 = 50 N O r F 3 = 100 N 0,3 m 0,2 m 61 2) Determinar o momento resultante, em relação ao ponto C, da barra em figura. r F2 = 60 N A B r F1 = r F 4 = 70 N C D E r F 3 = 80 N 50 N 1m 1m 1m r F 6 = 90 N r F 5 = 100 N 1m 3) Determine o momento resultante, em relação ao ponto O, da figura abaixo. r F1 r F2 = 70 N = 50 N O 30 cm r F3 r F = 40N r F3 4 = = 40 N 60 N 40 cm r 4) Determine o momento da força F em relação ao ponto A. 20 cm A• B 37º r F = 100 N 62 8.3 BINÁRIO Denomina-se binário o sistema constituído por duas forças de mesma intensidade, mesma direção, sentidos opostos e aplicadas em pontos distintos. r F A B sentido de rotação r F b OBS: Um binário tende a produzir apenas uma rotação no corpo em que é aplicado e só pode ser equilibrado por outro binário, pois uma outra força que atuasse no corpo provocaria uma resultante R ≠ 0; Mto binário = F.b A resultante de um binário é nula. O momento do binário é dado por: b = braço do binário F = intensidade da força EXERCÍCIOS Determine o momento dos binários das barras representadas abaixo. r F = 50 N 1) r F = 50 N 0,3 m 63 2) r F = 70 N 30º A 20 cm B 30º r F = 70 N EXERCÍC IOS COMPLEMENTARES 1) Calcule a intensidade das trações nos fios ideais 1 e 2 nas situações abaixo. 40º 60° a) 50º b) 2 1 2 1 P = 400 N P = 500 N 2) A figura mostra o esquema de sustentação de três cargas por meio de cabos. Determine os pesos N e P, sabendo-se que o peso Q é igual a 600 kgf. Considere os fios ideais. 30º Q N N P 64 3) Calcular a força de tração no fio e a compressão na barra da estrutura. Despreze o peso da barra e do fio. 45º P = 900 N 4) Determine o momento resultante,em relação ao ponto C, das forças representadas a seguir. Dados: F1 = 10 N , F2 = 50 N , F3 = 60 N , r F2 r F3 F4 = 100 N , F5 = 50 N, F6 = 20 N r F4 r F5 A B C D E r F6 r F1 2m 3 m 2 m 2m 5) Determine o momento da força F em relação ao ponto B. . B 0,3 m A 60° r F = 80 N 65 9 VÍNCULOS É todo elemento de ligação entre as partes componentes de uma estrutura ou entre a estrutura e o solo. Toda a condição geométrica que limite a mobilidade de um corpo chamase vínculo. Os vínculos devem impedir que a estrutura perca sua forma e que se movimente, todavia permitem as deformações elásticas das peças da estrutura. 9.1 CLASSIFICAÇÃO DOS VÍNCULOS Os vínculos são classificados segundo os movimentos que impedem. Examinaremos aqui os vínculos no caso plano, lembrando que uma barra possui no plano três graus de liberdade: duas translações e uma rotação. Vínculo de 1ª Classe : são os que impedem um único movimento da estrutura Representação: Exemplo - Apoio simples r F 66 Vínculo de 2ª Classe: São os que impedem dois movimentos da estrutura Representação: Exemplo Movimento do carrinho somente no eixo X Vínculo de 3ª Classe: São os que impedem os três movimentos da estrutura. Representação: Exemplo - Engaste 9.2 EFICÁCIA VINCULAR Para que a vinculação seja eficaz é necessário que a quantidade de vínculos seja suficiente para impedir os movimentos da estrutura e ainda que esses vínculos estejam corretamente distribuídos. 67 - Vinculação eficaz r F2 r F1 - Vinculação ineficaz r F2 r F1 9.3 CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL Conforme o número de vínculos a estrutura pode ser: 1º) Estrutura Hipoestática O número de vínculos é insuficiente para impedir os movimentos da estrutura. r F2 r F1 68 2º) Estrutura Isostática O número de vínculos é suficiente para impedir os movimentos da estrutura. r F2 r F1 3º) Estrutura Hiperestática O número de vínculos é mais do que suficiente para impedir os movimentos da estrutura. r F2 69 10 EQUILÍBRIO DE UM CORPO EXTENSO 10.1 CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO Para que um corpo esteja em equilíbrio é necessário e suficiente que a resultante de todas as forças que nele agem seja nula e que o somatório dos momentos de todas as forças, em relação a um ponto qualquer da estrutura, seja nula. Rx = 0 - Σ proj x F = 0 – somatório das projeções em X de todas as forças é igual a zero Ry = 0 - Σ proj y F = 0 – somatório das projeções em Y de todas as forças é igual a zero. Fr = 0 Essa condição implica que o corpo não terá movimento de translação. Σ MTO A F=0 O somatório dos momentos de todas as forças, em relação a um ponto A qualquer da estrutura, é nula. Essa condição implica que o corpo não terá movimento de rotação. 10.2 CÁLCULO DE REAÇÕES EM ESTRUTURAS ISOSTÁTICA POR APLICAÇÃO DAS EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO DA MECÂNICA. Para o cálculo de reações, em estruturas isostática, utilizam-se as equações de equilíbrio da mecânica vistas acima. 70 EXERCÍCIOS Determinar as reações nos apoios A e B das estruturas representadas abaixo. 200 N 1) 500 N A B 1m 3m 300 N 1m 200 N 500 N 2) A B 1m 1,5 m 1,5 m 100 N 1m 3) 500 N 1 000 N A B 1m 2m 37° 1m 500 kgf/m 800 kgf 4) A B 2m 2m 4m 2m 71 5) O sistema da figura está em equilíbrio estático. O ponto A representa uma articulação em torno da qual a barra AB de comprimento 3 m e peso 2 000 N pode girar. Determine: a) A intensidade da tração no cabo, considerando-o ideal. b) A intensidade das forças componentes (horizontal e vertical) na articulação A. 30° A C B F = 4 000 N 2 m 1 m 6) Determinar a força de tração no cabo 1 e as forças de reações horizontal e vertical no apoio A da estrutura abaixo. 1 5 kN/m 10 kN 53º A B 4m 3m 3m 72 7) O guindaste da figura foi projetado para 5 kN. Determinar a força atuante na haste do cilindro e reação horizontal e vertical na articulação A. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 1) Determine as reações nos apoios A e B das estruturas representadas a seguir. a) 10 kN 200 mm 15 kN 350 mm 350 mm 73 600 N 300 N 200 Nm b) 37º 1,5 m c) 8000 N/m 0,5 m 500 N 1,5 m 0,4 m 2500 N 0,1 0,2 d) 4 kN/m 3,0 m 5 kN 1,5 m 1,5m e) 4 kN/m 3m 6 kN/m 3m 74 REFERÊNCIAS BONJORNO, José R. et al. Física fundamental: volume único. São Paulo: FTD, 1992. HIBBELER, Russel Charles. Mecânica estática. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, [199?]. MELCONIAN, Sarkis. Mecânica técnica e resistência dos materiais. 14. ed. São Paulo: Érica, 2004. NICOLAU,Gilberto; PENTEADO, Paulo; TORRES, Carlos. Física: ciências e tecnologia. São Paulo: Moderna, 2006.