TEXTO COMPLEMENTAR – 8ª SÉRIE BLOG “LOUCOS POR GEOGRAFIA” AS QUATRO GRANDES GUERRAS ÁRABES - ISRAELENSES GUERRA DA INDEPENDÊNCIA DE ISRAEL (1948 - 1949) A guerra de Independência de Israel opôs países árabes vizinhos da Palestina (Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Síria), que fundaram a Liga Árabe, ao recém-criado Estado de Israel. Os púnicos que saíram perdendo com a guerra foram os Palestinos. Perderam completamente o território para Israel e para os árabes vizinhos (a Jordânia ocupou a Cisjordânia, e o Egito ocupou a Faixa de Gaza). Quando, em 1947, a ONU aprovou a partilha da Palestina, a cidade de Jerusalém, localizada no interior da Cisjordânia, sagrada para os Judeus, cristãos e muçulmanos, ficaria como patrimônio internacional. Com o conflito de 1948 – 1949, a cidade foi dividida: a parte oriental ficou sob administração jordaniana e a parte ocidental sob administração israelense. GUERRA DO CANAL DE SUEZ (1956) Em 1953, o General Gamal Abdel Nasser subiu ao poder no Egito e apresentou seu projeto de unificação do povo árabe (pan-arabismo) e sua política nacionalista. Mesmo que sublinarmente, o pan-arabismo ratificava a oposição árabe ao estado de Israel, pois sob a liderança de Nasser, os árabes se uniram contra o inimigo comum de seu povo. Em tempos de Guerra Fria, com Israel sob influência dos EUA, o Egito passou a se orientar pela URSS. Ao colocar em prática seu projeto nacionalista, o presidente do Egito anunciou, em 1956, a nacionalização da Companhia Universal do Canal de Suez – que une o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo (rota tradicional do petróleo) -, cujos controladores eram França e Inglaterra. A atitude nasserista provocou a organização clandestina de uma ação anglo-francesa e israelenses. Dia 29 de Outubro, os israelenses invadiram a Península do Sinai. Dia 31, forças anglo-francesas bombardearam a entrada do Canal (Port Said) e o Cairo. A vitória militar anglo-francesa-israelense, porém, transformou-se em derrota diplomática. Em 4 de novembro, a URSS, aliada egípcia, enviou mensagens aos ingleses e franceses ameaçando disparar mísseis estratégicos sobre Londres e Paris, caso a humilhação aos árabes continuasse. Mais que depressa, as antigas potências colonialistas pediram a ajuda norte-americana. Diferentemente do que Inglaterra e França esperavam, os EUA exigiram a retirada das tropas do Canal. Dia 7 de novembro, as ofensivas foram suspensas e as tropas se retiraram. Nasser nacionalizou o Canal de Suez, e transformou-se no maior líder do 3º Mundo e no grande líder árabe. GUERRA DOS SEIS DIAS (1967) Depois de colocar em prática sua política nacionalista, Nasser iniciou a promoção do pan-arabismo. Formou com a Síria e com a Jordânia, uma frente de luta contra o inimigo comum dos árabes: Israel. Diante da descoberta israelense das pretensões de Nasser, Israel promove um ataque aéreo surpreendente na manhã de 5 de Junho de 1967. Acabou com todos os aviões e deixou os árabes completamente sem força aérea. Com uma enorme vantagem militar, seis dias foram o suficiente para Israel ocupar o Egito, Sinai e a Faixa de Gaza, ocupou também as Colinas de Golã, na Síria, e a Cisjordânia, pertencente até então à Jordânia. Após a enorme derrota, Nasser anunciou sua renúncia e se reconheceu como o único culpado pela humilhante derrota de seu povo. GUERRA DO YOM KIPPUR (1973) Com a morte de Nasser, em 1970, Anuar Sadat assumiu a presidência egípcia. Em 1972, Sadat expulsou os conselheiros militares soviéticos do Cairo. No ano seguinte, no dia do feriado religioso mais importante do povo Judeu, o Yom Kippur, Egito e Síria atacaram Israel. A Síria, ao norte, ocupou as Colinas de Golã, enquanto o Egito conseguiu o controle de toda a faixa do canal. Com o contra-ataque de Israel, que bombardeou Damasco (Síria), o exército sírio recuou. No Sinai, os israelenses cruzaram o canal e cortaram o fornecimento de comida e munição para os egípcios. Quando mais uma vez, a superioridade militar de Israel imporia uma derrota árabe, EUA e URSS intervieram e exigiram o final da guerra. A guerra durou 19 dias e praticamente nada mudou territorialmente com o final da guerra. Adaptado de: WORMS, L.S. – Geopolítica: extensivo diurno – Curitiba: Positivo, 2009. MATERIAL DE APOIO