CPV – esPeCializado na

Propaganda
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25/05/2014
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comunicação e expressão
Resolução:
No primeiro parágrafo, ao afirmar que “basta olhar para as
vitrines para constatar que tudo é brutalmente mais caro do
que no exterior”, justificando, com isso, a “ilusão fugaz”
dos shoppings, o autor explicita a relação sugerida pelo
item E.
Alternativa E
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Resolução:
Resolução:
No segundo parágrafo, o autor identifica vários fatores que
tiram a ilusão de um shopping, dentre eles: a brutalidade
dos impostos, corrupção e mediocridade produtiva e os
“rolezinhos”.
O autor explicita que os jovens de periferia estão
reivindicando “acesso ao próprio lugar para o qual eles
vão: eles pedem acesso ao shopping”, mostrando que esses
jovens ainda não são os detentores do espaço. No último
parágrafo, aponta-se que os shoppings são locais que
“integram a lista histórica dos refúgios” na nossa cultura.
Alternativa D
Alternativa A
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Resolução:
No final do primeiro parágrafo, o autor apresenta como
os “piores contraventores das determinações régias (...)
todos os indivíduos que pudessem não ir exclusivamente
a serviço da insaciável avidez da metrópole”, ou seja,
a política de colonização privilegiava aqueles que
atenderiam às necessidades da coroa portuguesa.
Alternativa B
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Resolução:
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Resolução:
No último parágrafo, o autor deixa claro que só poderiam
embarcar com destino à colônia “as pessoas investidas
de cargo público, (...) os bispos e missionários (...) e
particulares que conseguissem justificar a alegação de
terem negócios importantes, e comprometendo-se a voltar
dentro de prazo certo”.
Alternativa E
As medidas de restrição à migração ao Brasil relacionadas
ao clero permitiam apenas a vinda de membros do bispado
(episcopado) e dos indivíduos com trabalho cristão no país
(missionários ou religiosos que ensinavam a religião),
como se vê em “dentre os eclesiásticos podiam vir os
bispos e missionários, bem como os religiosos que já
tivessem professado no Brasil e precisassem regressar aos
seus conventos”.
Alternativa C
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Resolução:
A corrida pelo ouro no interior brasileiro realizouse, apesar da existência de “obstruções artificialmente
instituídas pelo governo”. É importante atentar-se ao valor
da expressão “a despeito de”, no primeiro parágrafo, que
significa “desconsiderando” ou “sem levar em conta”.
Alternativa C
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Resolução:
Resolução:
O autor argumenta que, além da escola e de outras
instituições, como editoras e jornais, as gramáticas e
os dicionários defendem a uniformização da língua ao
prescrever normas de uso, conforme explicitado com o
exemplo da transitividade obrigatoriamente indireta do
verbo ‘obedecer’. Desse caráter normativo, há a postura
conservadora, na visão de Sírio Possenti.
No item A, o sintagma “à polícia” pode funcionar tanto
como complemento do verbo “denunciar” (sugerindo que
o árbitro denunciou à polícia a ameaça dos jogadores),
quanto do substantivo “ameaça” (sugerindo que a polícia
foi o alvo da ameaça denunciada pelo árbitro).
Alternativa A
Alternativa B
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Resolução:
De acordo com as regras de concordância nominal, um
adjetivo associado a dois substantivos pode concordar
apenas com o núcleo mais próximo (como nos itens “a” e
“c”) ou no plural (como nos itens “b” e “d”). No item E,
a concordância, embora esteja no plural, não considerou
o fato de, havendo um substantivo no masculino, a
concordância do plural se fazer nesse gênero.
Alternativa E
Resolução:
Na charge, há uma reunião entre a presidente Dilma e um
partido de apoio, o PMDB, na qual se faz uma discussão
de interesses políticos. Nos diálogos desse encontro, existe
a alusão à prática do loteamento de cargos (distribuição
de funções e ministérios) em troca do apoio de partidos
aliados, como o referido PMDB, o que constitui a barganha
na política. Além disso, o verbo ‘tomar’ é polissêmico,
indicando a ação de beber café ou a de tirar algo de alguém
– no caso, ministérios.
Alternativa E
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Resolução:
Os vocábulos “ouve” e “houve” são homófonos (palavras
de grafia diferente, porém de mesma pronúncia) e não
parônimos (palavras de grafia e pronúncia parecidas, mas
não iguais), o que justifica o erro na alternativa D. Porém,
vale ressaltar que a figura de linguagem “Paronomásia” se
dá justamente pelo uso de parônimos, e não de homófonos,
o que invalida, também, o item E.
Alternativa Oficial: D
Resolução:
Alternativa CPV: D e E
De acordo com as normas de regência verbal, o verbo
“implicar” é transitivo direto, ou seja, não rege preposição.
Para estar adequado à norma padrão, o item “a” deveria
ser escrito da seguinte maneira: “... não implica um novo
delito...”
Alternativa A
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Resolução:
A sinestesia consiste na mistura dos sentidos despertados
no leitor, como ocorre em “cheiro áspero”, “luz úmida”,
“sons de cor e de perfumes” e “brancas sonoridades”.
Apenas na alternativa E não há nenhum exemplo dessa
figura de linguagem.
Alternativa E
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Resolução:
O enunciado cita um fragmento bastante conhecido das
MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS, no
qual o narrador observa que Leonardinho, contrariando
as expectativas do pai, do padrinho e da madrinha, não
seguiu nenhuma carreira – ao contrário, constituiu-se
num perfeito vadio, "um vadio-mestre", "vadio-tipo".
A observação permite enquadrá-lo na dinâmica da
malandragem, estudada por Antonio Cândido, o qual
também é referido no enunciado da questão. Pedia-se,
então, para o candidato reconhecer, entre os excertos de
poemas elencados nas alternativas, em qual deles era
possível encaixar a trajetória de Leonardinho.
Considerando-se que, apesar de sua vadiagem, no final da
história ele conseguiu realizar um bom casamento, obteve
um emprego e reuniu dinheiro de algumas heranças, podese identificar seu destino com os versos camonianos da
alternativa "A", nos quais se afirma que os bons sempre
passaram graves tormentos, ao passo que os maus
nadaram em mar de contentamentos. Leonardinho não é
propriamente mau (malandro é o mais apropriado), mas
como nunca se esforçara para realizar qualquer projeto,
pode-se dizer que acaba por nadar em contentamentos.
Alternativa A
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Resolução:
O enunciado exige o reconhecimento do "tom oral ou
característico do discurso falado" num excerto do Sermão
da Sexagésima, do Padre Antônio Vieira.
Embora Vieira seja um autor muito culto no sentido do
manejo da língua portuguesa, e suas construções sintáticas
primem pela variação, é possível reconhecer no fragmento
mencionado alguns traços inconfundíveis da oralidade.
O mais óbvio é a repetição do substantivo "pó". Como
todos sabemos, as repetições são muito comuns no
discurso oral, pois permitem enfatizar a mensagem, além
de funcionarem sempre como uma espécie de "truque" do
emissor, que se vale das repetições enquanto formula ou
conclui seu raciocínio. Acrescente-se ainda o emprego,
no texto, da expressão "Ora", cujo sentido, no contexto,
equivale a "vejamos", ou "consideremos", produzindo um
efeito de sentido da síntese que o emissor pretende realizar
na sequência.
Alternativa B
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Resolução:
A questão apresenta um excerto das MEMÓRIAS
PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, no qual o protagonista
realiza uma visita à casa de D. Eusébia. Sentando à mesa,
esta lhe pergunta que idade ele dá para sua bela filha
Eugênia. "-Dezessete", responde Brás Cubas, ao que
D. Eusébia rebate: "- Menos um." Brás Cubas conclui
que então Eugênia é uma moça. Em seguida observa,
enquanto narrador da história, que Eugênia não pôde
"disfarçar a satisfação" que sentira com suas palavras. O
sentimento de satisfação, provado num primeiro momento
(pois em seguida ela terá outra reação) corresponde ao
lisonjeamento, isto é, uma sensação agradável, de alguém
que se sente agraciado pela fala ou gesto de outra pessoa.
Alternativa D
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Resolução:
Resolução:
Trata-se de uma questão de mera interpretação do texto
da questão 17. O enunciado quer saber o que é possível
depreender-se da reação de Eugênia após a declaração de
Brás Cubas.
Num primeiro momento, a moça ficara lisonjeada. Em
seguida, voltou ao seu estado de mutismo. Depois ela
sorriu e a expressão de seus olhos deixaram entrever,
segundo a onisciência de Brás Cubas, que, dentro do seu
cérebro, estava "a voar uma borboletinha de asas de ouro e
olhos de diamante..." Essa suposição pode ser associada à
alternativa "C", na qual se afirma que Eugênia "conservouse calada, mas sua imaginação ia longe".
Alternativa C
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Trata-se de outra questão de interpretação sobre um
excerto do célebre capítulo XXX das MEMÓRIAS
PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, "A Flor da Moita".
O enunciado pede para reconhecer os participantes do
diálogo presente no fragmento. A leitura atenta permite
identificar seus interlocutores como D. Eusébia (a mãe de
Eugênia) e Brás Cubas. Eugênia permanece o tempo todo
em silêncio, apenas tendo reações físicas:ficou "ereta, fria
e muda", depois "sorriu", a expressão dos seus olhos era
"fúlgida". Portanto, a alternativa correta é a letra "B", na
qual se informa que Eugênia "é uma personagem que não
participou do diálogo".
Alternativa B
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Comentário CPV
Literatura
Resolução:
Finalizando o conjunto de quatro questões interpretativas
a partir de um texto machadiano, a questão 20 exigia o
reconhecimento da ironia presente em: "(..) como se lá
dentro do cérebro lhe estivesse a voar uma borboletinha de
asas de ouro e olhos de diamante...", como um "devaneio".
Devaneio é um sonho, uma fantasia, uma suposição
levantada pela imaginação. Considerando-se que Eugênia
permaneceu em silêncio ao longo do diálogo entre D.
Eusébia e Brás Cubas, a afirmação sobre o voo da borboleta
dentro do cérebro da moça só pode ser entendida como uma
fantasia da imaginação de Brás Cubas, caracterizando-se,
assim, como um devaneio.
Alternativa C
A banca cobrou seis questões de literatura. Repetindo o que já
acontecera no último semestre, os assuntos foram mais do que
restritos: uma questão sobre o barroco, uma sobre romantismo
e quatro questões interpretativas de um mesmo texto, um
fragmento realista de Machado de Assis.
As questões, claras em suas formulações e alternativas, foram
bastante fracas e não apresentaram nenhuma originalidade. A
questão sobre o "Sermão da Sexagésima" foi muito fácil, a das
MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS foi uma
obviedade (a dinâmica da malandragem) e as quatro questões
de interpretação do excerto das MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE
BRÁS CUBAS não apresentaram um grau sequer mediano de
dificuldade.
Esse tipo de abordagem é ruim porque não seleciona de modo
algum os candidatos que estavam mais bem preparados para
a prova. A restrição de assuntos (lembremos que o programa
de literatura da ESPM é bastante vasto) também pode acabar
contemplando candidatos eventualmente mal preparados e que
lembravam de poucos assuntos, por acaso aqueles cobrados na
prova.
Considerando-se a importância da linguagem literária no
desenvolvimento da percepção necessária para a leitura de
textos de outros gêneros, a prova ficou aquém do que se espera
de uma boa avaliação de vestibular.
gramática
O vestibular de maio de 2014 da ESPM seguiu os padrões já
pré-estabelecidos pela banca: questões mais direcionadas à
interpretação textual, favorecendo o aluno habituado à leitura
de textos em diversos níveis de linguagem.
Apesar de uma questão apresentar gabarito controverso,
a prova não trouxe grandes dificuldades ao candidato bem
preparado: os enunciados foram simples e diretos, sem
dificuldades de entendimento.
Em relação a aspectos estritamente gramaticais, os
assuntos contemplados foram regência verbal e concordância
nominal, pontos já recorrentes nas provas da instituição, bem
como ambiguidade e figuras de linguagem, itens que também
estiveram presentes no exame.
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