Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 AULA 00: Introdução à Macroeconomia. Conceitos Macroeconômicos Básicos. Identidades Macroeconômicas fundamentais. Formas de mensuração do Produto e da Renda Nacional. O produto nominal x o produto real. Números índices. O sistema de contas nacionais. Contas nacionais no Brasil. Noções sobre o balanço de pagamentos SUMÁRIO 1. Apresentação 2.Cronograma 3. introdução à Economia 4. Noções de Macroeconomia 5. Agregados Macroeconômicos 6. PIB e seu deflacionamento 7. Questões Propostas 8. Gabarito 9. Questões Comentadas PÁGINA 1 3 7 13 19 55 63 87 88 1. APRESENTAÇÃO Olá, amigo concurseiro! Seja bem-vindo ao Curso de Economia e Finanças Públicas para o ISS-SP (Auditor Fiscal do Município de São Paulo), turma 2017. Aqui vamos detalhar todo o conteúdo programático da matéria, numa linguagem simples e objetiva, sem, contudo, ser superficial. Nosso curso atenderá tanto aos concurseiros do nível mais básico, ou seja, aqueles que estão vendo a matéria pela primeira vez, como àqueles mais avançados, que desejam fazer uma revisão completa e detalhada da matéria. Antes de iniciar os comentários sobre o funcionamento do nosso curso, gostaria de fazer uma breve apresentação pessoal. Sou Administrador de Empresas com especialização em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas-FGV e Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado no concurso nacional de 2009/2010. Atuei inicialmente na Área de Arrecadação e Administração Tributária, passando pelo setor de Planejamento e Controle da Atividade Fiscal até chegar à atividade de Fiscalização propriamente dita. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 1 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, eu já o havia exercido anteriormente entre 1999 e 2001. É que fui aprovado no concurso de para Auditor Fiscal da Receita Federal (na época AFTN) de 1998, e, após 2 anos de exercício na atividade de fiscalização de empresas da Região Norte do país, recebi e aceitei um convite para voltar a trabalhar na iniciativa privada em minha cidade: Salvador. Após alguns anos na área privada, vivendo momentos de alta satisfação alternados com momentos de insatisfação, resolvi voltar a estudar para concursos públicos em 2006. Essa fase foi muito difícil. Eu tinha uma jornada dura, mas tinha que ser discreto, já que trabalhava e estudava muito, mas sem “poder dar muita bandeira” dessa dupla jornada. Sei que muitos de vocês vivem situações parecidas, mas acreditem que essa situação é transitória. No meu caso, fui recompensado com a aprovação para o cargo de Analista de Finanças e Controle – AFC da Controladoria Geral da União – CGU no ano de 2008. Entretanto, mesmo já trabalhando em bom cargo e com um excelente ambiente de trabalho na CGU, eu não me acomodei. Continuei com meus estudos rumo ao sonho de voltar a ser Auditor Fiscal da Receita Federal, que, como já dito, pode ser realizado com a aprovação no concurso de 2009/2010. É isso meu amigo. Espero dividir com você a experiência adquirida ao longo da minha preparação, pois sei exatamente o que se passa “do outro lado”: as angústias, as expectativas, as dificuldades, mas também os sonhos. Não se esqueçam que são os sonhos que nos movem. Acredite e se esforce ao máximo. Esse é o segredo! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 2 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 2. CRONOGRAMA DAS AULAS A seguir apresento o cronograma das aulas que se fundamenta no último edital (2014), apresentando em azul os tópicos do último edital e em preto os tópicos das aulas: Aula 00 01 02 03 04 Tema Introdução à economia. Noções de Macroeconomia. Os agregados macroeconômicos. PIB e seu deflacionamento. Inflação. 1. Introdução à Macroeconomia. Conceitos Macroeconômicos Básicos. Identidades Macroeconômicas fundamentais. Formas de mensuração do Produto e da Renda Nacional. O produto nominal x o produto real. Números índices. O sistema de contas nacionais. Contas nacionais no Brasil. Noções sobre o balanço de pagamentos. Inflação. 4. Inflação e Emprego. Determinação do Nível de Preços. Introdução às Teorias da Inflação. A Curva de Phillips. A rigidez dos reajustes de preços e salários. A Teoria da Inflação Inercial e a Análise da Experiência Brasileira Recente no combate à inflação. Macroeconomia das Economias Abertas. Política Cambial e Inflação. 5. Macroeconomia aberta. Estrutura do balanço de pagamentos. Regimes Cambiais. Crises Cambiais. Política Cambial no Plano Real. Moeda e Bancos. Sistema Financeiro Nacional. Modelo Keynesiano básico. 1. As contas do sistema financeiro e o multiplicador bancário. 2. Macroeconomia keynesiana. Hipóteses básicas da macroeconomia keynesiana. As funções consumo e poupança. Determinação da renda de equilíbrio. O multiplicador keynesiano. Os determinantes do investimento. O Modelo IS-LM. Economia do setor público. 3. O Modelo IS-LM. O Equilíbrio no Mercado de Bens. A demanda por Moeda e o Equilíbrio no Mercado Monetário. O Equilíbrio no Modelo IS/LM. Políticas econômicas no Modelo IS/LM. Expectativas no Modelo IS/LM. 4. Modelo de oferta e demanda agregada, inflação e desemprego. A função demanda agregada. As funções de oferta agregada de curto e longo prazo. Efeitos da política monetária e fiscal no curto e longo prazo. Choques de oferta. 5. O Modelo IS/LM numa economia aberta. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br Data 10/04/2017 30/04/2017 10/05/2017 20/05/2017 30/05/2017 3 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Crescimento e Economia Intertemporal. 6. Crescimento de longo prazo: O Modelo de Solow. O papel da poupança, do crescimento populacional e das inovações tecnológicas sobre o crescimento. "A regra de ouro". 7. A economia 05 intertemporal. O consumo e o investimento num modelo de escolha orçamentária intertemporal. intertemporal A das restrição famílias. 10/06/2017 A restrição orçamentária intertemporal do governo e a equivalência ricardiana. A restrição orçamentária intertemporal de uma nação e o endividamento externo. Atuação do setor público. Falhas de Mercado, bens públicos e Externalidades. 06 1. Objetivos, metas, abrangência e definição das 20/06/2017 Finanças Públicas. 2. Visão clássica das funções do Estado; evolução das funções do Governo. Sistema Tributário como Instrumento de distribuição de renda. Princípios de Tributação. Impacto da carga tributária na atividade econômica e na distribuição de renda. Impostos regressivos e progressivos. Impostos sobre consumo em cascata 07 e sobre valor adicionado. Incidência do imposto no mercado de concorrência perfeita e no monopólio. Política Fiscal: equilíbrio 30/06/2017 orçamentário; estabilização da moeda. Pacto Federativo e as Políticas Públicas. Federalismo Fiscal: políticas e critérios de distribuição de receitas e encargos entre as esferas do governo. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 4 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 4. Os princípios teóricos de tributação. 5. impostos, tarifas, contribuições fiscais e parafiscais: definições. 6. Tipos de impostos: Progressivos, Regressivos, Proporcionais. Diretos e Indiretos. 7. Carga Fiscal Progressiva, Regressiva, Neutra e Carga Fiscal Ótima. 8. Efeitos da ausência ou do excesso de cobrança de impostos. A curva reversa. O efeito de curto, médio e longo prazo da inflação e do crescimento econômico sobre a distribuição da carga fiscal. Orçamento Público. Conceito de déficit público e a dívida pública do Brasil (causas, consequências e 08 evolução recente). 9. Ajuste Fiscal; Contas Públicas 10/07/2017 – Déficit Público; Resultado Nominal e Operacional; Necessidades de financiamento do setor público. Encerrando essa parte gostaria de lhe dar as boas vindas e alertá-lo que nosso conteúdo é completo. A cada aula buscarei trazer o máximo de questões, especialmente realizadora), FCC das (penúltima seguintes realizadora), bancas: CESPE CETRO (última (questões inteligentes) e FGV (fortíssima na área fiscal). Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 5 de 135 bem Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são ilegais e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize nosso trabalho e adquira nossos cursos apenas pelo site do 3D CONCURSOS! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 6 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 3. INTRODUÇÃO À ECONOMIA Existem muitas maneiras de conceber a economia como um ramo do conhecimento. Mas afinal, o que é isso? O que a economia estuda? Para os economistas clássicos, que tem como seus expoentes maiores Adam Smith (e a sua famosa ideia da “mão invisível”), David Ricardo e John Stuart Mill, a economia é o estudo do processo de produção, distribuição, circulação e consumo dos bens e serviços (riqueza). A ideia principal desse grupo de economistas é que o mercado é auto ajustável. Assim, automaticamente qualquer desequilíbrio seria neutralizado pelas forças naturais desse mercado, sem, portanto, haver necessidade de intervenção do Governo. Outro aspecto que merece destaque em relação à teoria econômica clássica é a ideia de que a oferta agregada cria a sua própria demanda (Lei de Say). Já para os autores ligados ao pensamento econômico neoclássico, a economia pode ser definida como a ciência das trocas ou das escolhas. Neste caso, a economia lidaria com o comportamento humano enquanto condicionado pela escassez dos recursos: a economia trata da relação entre fins e meios (escassos) disponíveis para atingi-los. Deste modo, o foco da ciência econômica consistiria em estudar os fluxos e meios da alocação de recursos para atingir determinado fim, qualquer que seja a natureza deste último. A crise de 1929 e o crack da bolsa de Nova York contrariaram a ideia de que a oferta agregada cria sua própria demanda. Houve naquela época um excesso de oferta em relação à demanda agregada e as consequências foram a recessão e o alto desemprego. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 7 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Dessa crise surgiu uma nova escola: a keynesiana cuja ideia principal ara que a demanda agregada cria sua oferta. Assim, cabia ao Governo, por meio de políticas fiscais que estimulem o aumento da demanda, especialmente por meio de obras públicas visando o aumento do emprego e da renda. Daí surgiu o modelo Keynesiano de determinação da Renda que será objeto de nosso estudo. De qualquer modo, seja qual for a teoria econômica ou a escola, o certo é que a Economia é uma Ciência Social, pois se ocupa do comportamento humano e estuda como as pessoas e as organizações na sociedade se empenham na produção, troca e consumo de bens e serviços. É isso mesmo galera! A economia não é uma ciência exata! Apesar de envolver números, a Ciência Econômica é uma ciência social! Por isso que os economistas erram tanto em suas previsões... Outra ideia que você deve logo ficar atento é que a Economia, especificamente o estudo da Ciência Econômica, para fins didáticos, divide seu campo de atuação em 2 áreas específicas principais: A Microeconomia – que estuda o comportamento das unidades produtivas (empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados mercados, etc. Pertence ao campo da Microeconomia, por exemplo, o estudo de um determinado mercado, as causas do desequilíbrio entre oferta e procura (se os preços estão altos ou baixos, por exemplo), os tipos de mercado (por exemplo, se ocorre monopólio ou se existe a concorrência perfeita), etc.; Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 8 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 E a Macroeconomia – que estuda o comportamento dos grandes agregados econômicos de forma global: Produto Interno Bruto (PIB), inflação, desemprego, etc. Uma forma simples de melhor definir essas 2 áreas (Microeconomia e Macroeconomia) é fazendo-se uma comparação entre ambas, caso o objeto de estudo fosse, por exemplo, a nossa maravilhosa Floresta Amazônica. Assim, enquanto a Microeconomia se ocuparia apenas do estudo de determinada árvore ou tipo de árvores, a Macroeconomia teria como objeto de atuação o estudo da floresta como um todo, de uma forma ampla. Agora duas questões que tratam do campo de estudo da Macroeconomia: (ESAF -APO/MPOG – 2010 adaptada) Julgue a afirmativa abaixo. 1. A macroeconomia trata os mercados de forma global. 2 - (CESGRANRIO/BNDES/Biblioteconomia/2013) Macroeconomia é o estudo da estrutura de economias nacionais e das políticas econômicas exercidas pelos seus governos, com o objetivo de melhorar o desempenho econômico doméstico. NÃO se considera como uma questão pertencente ao ramo da Macroeconomia aquela que: a) causa desemprego. b) causa aumento de preços. c) causa o desequilíbrio entre oferta e demanda de produtos. d) causa volatilidade da atividade econômica de uma nação. e) determina o crescimento econômico de uma nação ao longo do tempo. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 9 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários à questão 1 (ESAF -APO/MPOG – 2010 adaptada) Julgue a afirmativa abaixo: 1. A macroeconomia trata os mercados de forma global. Alguma dúvida? GABARITO: CERTO, claro! Como dito acima a Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados econômicos de forma global. Comentários à questão 2 Bem pessoal, com exceção da letra c), todas as demais alternativas tratam de temas ligados ao campo de atuação da Macroeconomia. A preocupação com a causa de um desequilíbrio entre oferta e procura de determinados produtos está inclusa na área Microeconômica. Vamos agora aprender mais um importante conceito! Um dos princípios fundamentais da Economia, talvez o seu Princípio basilar, é a chamada lei da escassez que nos diz que os recursos são escassos, mas as necessidades são ilimitadas. Guardem bem esse “mantra”: RECURSOS ESCASSOS, NECESSIDADES ILIMITADAS! Ou seja, as necessidades humanas são ilimitadas, enquanto que os recursos necessários à produção dos bens capazes de satisfazer a essas necessidades são escassos (existem em quantidades limitadas). A Economia é chamada então por muitos como a ciência da escassez! As necessidades humanas variam desde as mais elementares, tais como comida, moradia, etc., até as mais sofisticadas, como assistir a um concerto de música clássica em Viena, fazer uma cirurgia plástica ou obter determinado conhecimento especializadíssimo (imagine alguém que faz um curso que aborda a reprodução das girafas na África Oriental). Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 10 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Essas necessidades humanas são consideradas infinitas, basicamente, por dois motivos principais: a) porque se renovam dia a dia, exigindo contínuo suprimento de bens para atendê-las (por exemplo, alimentação, vestuário, transporte, etc.); b) porque tendem a seguir uma escala de sofisticação: a cada dia surgem novos desejos e novas necessidades, motivadas pelas perspectivas de aumento do padrão de vida da sociedade (por exemplo, os “smart phones” e seus aplicativos, carros automáticos, roupas da moda, etc). Na verdade, a ideia básica aqui é “o homem é um eterno insatisfeito”. Para suprir à inúmera quantidade e diversidade de desejos humanos, é preciso que sejam produzidos certos bens. Entende-se o conceito de bem de uma forma ampla, sendo tudo aquilo capaz de atender a uma necessidade humana. Os bens podem ser materiais (quando é possível atribuir-lhes características físicas, tais como tamanho, forma e cor) e imateriais (os chamados bens intangíveis como, por exemplo, os diversos tipos de serviços). Como sabemos, a produção dos bens, por sua vez, exige o uso de certo conjunto de recursos, os chamados fatores de produção, que usualmente são classificados naqueles três grandes grupos, já vistos por nós anteriormente: a) O fator de produção “Terra”, incluindo o solo e as diversas riquezas naturais: minérios (incluindo o petróleo), florestas, recursos hídricos, etc.); b) O fator de produção “Trabalho”, representado pela força de trabalho humano, seja ele físico ou intelectual; Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 11 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 c) O fator de produção “Capital”, que corresponde às máquinas, equipamentos, ferramentas, instrumentos, infraestrutura, enfim, bens que foram produzidos anteriormente e que continuam a ser utilizados durante algum tempo para a produção de outros bens. Aqui é importante destacar que, num dado momento, toda sociedade possui um estoque limitado desses recursos ou fatores de produção. Isto significa que não é possível produzir uma quantidade infinita de bens, porque os recursos são limitados. Assim, surge o problema econômico da escassez: de um lado, as necessidades humanas são ilimitadas; de outro, os recursos/fatores de produção que devem ser utilizados para produzir os bens – que irão atender a essas necessidades - são limitados. Conclui-se, meu caro amigo, que não é possível produzir todos os bens de que a sociedade necessita, mas é possível utilizar os recursos da melhor maneira possível, para produzir o máximo de bens e desse modo atender ao maior nível possível de necessidades. Isso nos leva a uma das ideias-chave na Economia, que é a ideia da eficiência: maximizar a produção de bens e serviços, dadas as restrições colocadas pela quantidade limitada de fatores de produção. Assim, a sociedade como um todo se organiza de modo a tentar produzir os bens e serviços de forma eficiente, ou seja, empregando de forma racional os recursos disponíveis, visando otimizar (melhorar) seus resultados, maximizando (aumentando) o nível de bem-estar da população. Nesse contexto, a Economia se apresenta como a ciência social que se ocupa da administração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 12 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 4. NOÇÕES DE MACROECONOMIA Voltemos agora a falar um pouco mais de Macroeconomia para formarmos aquela base conceitual importante tanto para entender os demais assuntos da aula de hoje e do curso como um todo, quanto para ir bem no dia da sua prova. Como já visto, a Macroeconomia trata do estudo dos agregados econômicos, de seus comportamentos e das relações que guardam entre si. Aqui o objetivo é avaliar o desempenho da economia no sentido de satisfazer as necessidades da sociedade como um todo (por isso fizemos aquela introdução da economia como ciência da escassez). Um dos aspectos fundamentais da Macroeconomia é a avaliação do desempenho econômico. Para avaliar qualquer coisa precisamos medir. E em economia, como é que se mede? E outra coisa, medir o quê? Calma! O objetivo no caso da Macroeconomia é medir a quantidade total de bens e serviços que estão sendo disponibilizados à sociedade como um todo, e verificar as relações econômicas que estão na base desse processo produtivo. A Macroeconomia nos fornece um conjunto de variáveis que permitem saber se a economia de um país, por um período ou num certo momento, está “crescendo” ou está em “recessão”, se existe “desemprego de fatores” ou “pleno emprego”, como está o “nível geral de preços”, etc. Assim, o ponto de partida é medir o desempenho da economia através de algum indicador. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 13 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Normalmente se utilizam os agregados macroeconômicos denominados Produto, Renda e Despesa para mensurar o nível de atividade econômica de um país, de uma região ou cidade. Como objetivo hoje aqui é adquirir conhecimentos que servirão de base para todo o nosso curso, não posso deixar de abordar um tema que entendo ser muito importante nesse sentido: o fluxo circular da Renda na economia. A Macroeconomia parte do princípio de que existem dois grandes mercados (economia simplificada a 2 setores): a) O Mercado de Bens e Serviços, correspondente à compra e venda dos diversos bens produzidos (bebidas, roupas, aparelhos celulares, etc.) e dos diversos serviços (banda larga, planos de saúde, cursos para concursos, transportes, etc.) para satisfazer aquelas necessidades humanas (na verdade não só humanas ... o mercado para “pets” é gigante ...). Nesse mercado, as firmas (lembram que falamos das unidades produtivas/empresas, mas aqui também entram os prestadores de serviço que atuam como autônomos como, por exemplo, o dentista, a manicure, etc.) ofertam bens e serviços aos indivíduos (ou famílias); Uma definição bem básica que gosto muito para conceituar o que significa a palavra mercado em economia é “o lugar onde oferta e procura se encontram”. Assim, nesse mercado, as firmas (lembram que falamos das unidades produtivas/empresas, mas aqui também entram os prestadores de serviço que atuam como autônomos como, por exemplo, o dentista, a manicure, etc.) ofertam bens e serviços aos indivíduos/famílias que representam a procura (também chamada de demanda); Portanto, nós, consumidores, procuramos bens e serviços para satisfazer nossas necessidades que são ofertados/produzidos por empresas. Esse é o primeiro mercado objeto do nosso estudo. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 14 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 b) O Mercado de Fatores de Produção, correspondente à compra e venda daqueles 3 fatores de produção que vimos que são escassos: terra e recursos naturais, trabalho e capital. Nesse mercado, os indivíduos ofertam os fatores de produção às firmas. Ainda hoje falarei mais sobre os fatores de produção. Por enquanto se preocupe apenas em ter um entendimento geral. “Mas como assim professor”? Meu amigo, você quer consumir, não quer? E o que você faz para poder comprar aqueles bens e serviços e ter suas necessidades satisfeitas? Trabalha! Ou vai trabalhar depois que passar nesse concurso, certo. Bom esse então é o fator de produção Trabalho! “E os outros 2 grupos de fatores de produção”? Calma! Vamos falar do fator de produção Terra. Imagine que você acabou de receber de herança uma fazenda produtora de uvas na cidade de Caxias do Sul – Rio Grande do Sul. Você não pretende mudar para lá, pois está estudando e será aprovado em nosso concurso, certo? E aí, o que fazer com a fazenda? Aí você lembra de um primo que se mudou para aquela região e hoje é um grande produtor de vinhos por lá. Está resolvida a questão: você então aluga ou arrenda a sua fazenda para a empresa produtora de vinhos do seu primo! Então você, indivíduo, ofertou seu fator de produção terra para uma firma! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 15 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 O terceiro grupo de fatores de produção, o Capital, corresponde às máquinas, equipamentos, ferramentas, instrumentos, infraestrutura, enfim, bens que foram produzidos anteriormente e que continuam a ser utilizados durante algum tempo para a produção de outros bens. Em suma, são bens usados para produzir outros bens (e não simplesmente aquela ideia que temos de aplicação financeira ...). Vamos agora visualizar tudo isso que nós conversamos até agora! É com prazer que lhes apresento o famoso e não menos importante: Fluxo Circular da Renda! Esse esquema representa um Fluxo Circular da Renda Simplificado ao máximo, elemento fundamental para se compreender o funcionamento macro de um determinado sistema econômico. Pessoal, e por falar em sistema econômico, aproveito a oportunidade para “deixar” mais um conceito para vocês: o Sistema Econômico é o que rege as atividades econômicas de produção, troca e consumo de bens e serviços. É composto por todas as regras existentes em uma economia. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 16 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Mas voltemos a análise do nosso sistema econômico simplificado ... vamos lembrar que de um lado estão os indivíduos/famílias, que são os proprietários da força de trabalho, da terra, dos recursos naturais, das máquinas, equipamentos, entre outros, que precisam ser utilizados pelas empresas/firmas no seu processo de produção. Assim, na parte superior da figura, vemos o que acontece no mercado de bens e serviços Por sua vez, do outro lado, as firmas compram o uso dos fatores de produção dos indivíduos, no mercado de fatores. Na figura, essas transações são representadas pelas linhas da parte inferior do quadro. Aí já sei o que você deve estar pensando ...”Professor, até aqui beleza ... mas cadê a tal da renda”? Vamos lá! Para evitar o “decoreba” de setas indo com $ e voltando com outra coisa e vice-versa, vamos mastigar isso e entender definitivamente, certo? Imagine agora o seguinte: Quem oferta/produz/vende uma coisa quer o que em troca? Isso mesmo, dinheiro! E quem procura/demanda/compra/consome uma coisa tem que dar o que em troca? Dinheiro também! Vamos combinar uma coisa? Em prova de concurso não se usa muito o termo dinheiro, mas sim unidade monetária, $ ou moeda (Reais, Dólares, Euros, etc.). Então vamos chamar esse fluxo de dinheiro de fluxo monetário, onde ocorrem as transações monetárias, os pagamentos e recebimentos. Mas sei que você está louco para visualizar isso na forma de fluxo monetário, não é? Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 17 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Então aí vai o fluxo monetário: Assim, nessa figura acima, os sentidos das setas indicam para onde o fluxo monetário segue. Na parte de baixo as famílias recebem dinheiro das empresas por terem oferecido fatores de produção. E na parte de cima, as empresas recebem dinheiro por terem fornecido bens e serviços, produzidos pelas firmas e colocados à disposição dos indivíduos, que em troca pagam por esses bens e serviços, gerando a contrapartida monetária da produção. Lembro a vocês novamente que esse modelo aqui exposto é uma simplificação, pois ainda não incorpora outros setores importantes tais como o Governo e o Setor Externo. Apenas para facilitar o seu entendimento e para que você tenha uma visão global da economia, demonstramos esse modelo restrito, mas na prática o que existe de fato é uma Economia Aberta (existem transações com outros países como, importação e exportação) e com o Governo. Quero que guardem bem essa ideia da Macroeconomia preocupada com o todo, com a racionalização no tempo de todo o processo de distribuição da riqueza (recursos) visando à perpetuidade do sistema econômico com um todo. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 18 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 5. AGREGADOS MACROECONÔMICOS Precisamos agora fundamentais entrar para em entender mais a alguns aula de conceitos hoje: os que serão Agregados Macroeconômicos e a Contabilidade Nacional. Preciso agora fazer com que entendam o primeiro agregado macroeconômico: O PRODUTO! Assim, na nossa economia simplificada, existem apenas o setor “firmas” e o setor “indivíduos”. Vamos agora nos aprofundar um pouco mais nessa economia e imaginar como ficam outros componentes econômicos nesse modelo, seguindo determinadas premissas (também chamadas de condições). Tudo tranquilo até aqui? As premissas iniciais são: os preços dos diversos bens e serviços são constantes (ou seja, não existe inflação nem deflação); a economia é estacionária (ou estagnada), ou seja, sua capacidade produtiva total (relativa ao máximo de bens e serviços que é possível produzir) não se expande – não há crescimento econômico, nem recessão; não existe, por enquanto, formação de capital, isto é, poupança e investimento. Vamos ao que interessa: se somarmos todos os bens e serviços finais produzidos pelas empresas durante certo período de tempo (normalmente durante um ano) teremos o valor do Produto: Produto = Σ(pi.qi) Produto = Somatório de Preço x Quantidade Onde “pi” representa o preço do bem ou serviço “i” e “qi” representa as quantidades do bem ou serviço “i”. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 19 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Isso significa que no cálculo do Produto temos que somar o valor monetário da produção dos diversos bens e serviços: Produto = (preço do Arroz x quantidade do Arroz) + (p açúcar x q açúcar) + (p livro x q livro) + (p computador x q computadore +pgeladeira.qgeladeiras +..... Repare que estamos falando de “Produto” como um agregado, um somatório de todos os bens e serviços gerados pelo nosso sistema econômico simplificado num certo período de tempo. Essa noção é fundamental, pois em Macroeconomia estaremos todo o tempo falando dos Agregados Macroeconômicos, ou seja, medidas que correspondem a totais globais, somatórios de toda a economia. O Produto é um dos principais agregados macroeconômicos, ao lado da Renda e da Despesa (ou Dispêndio), os quais serão analisados mais adiante. Outro ponto que Vale aqui destacar é o sentido do conceito de agregação de valor. Agregar aqui também tem a ver com a ideia de que a soma das partes é menor do que o todo. Um bom exemplo é o setor automobilístico. Nele, certamente, a soma das peças de um carro tem valor inferior ao valor vendido pelas montadoras, que além do seu lucro também agregam os próprios serviços/custos de montagem. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 20 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Só entram no cálculo do Produto os bens finais, isto é, os bens que não serão mais transformados em outros bens. Isso para evitar o problema da dupla contagem. Vamos explicar! No cálculo do Produto levamos em consideração todas as vendas de bens e serviços realizadas pelas empresas durante certo período de tempo. No entanto, muitas dessas vendas acontecem entre as próprias empresas, pois alguns bens e serviços se constituem em insumos para outros bens e serviços. Tais insumos são chamados bens intermediários e não podem ser computados no cálculo do Produto, pois senão causarão o problema da dupla (ou tripla, ou tetra, etc.) contagem. Assim, no cálculo do Produto, vamos considerar, por exemplo, o valor da produção de iogurte de morango, mas não podemos somar novamente o valor da produção do leite, do açúcar, do morango, da embalagem, etc., senão estaríamos somando várias vezes os mesmos valores. O valor da produção de iogurte de morango (bem final) já contém embutido o valor dos insumos intermediários e matérias-primas utilizadas em fases anteriores do processo produtivo. Vamos ver 2 questões sobre isso! 3 - (CESPE - ACE /TCDF) A respeito de macroeconomia, julgue o item subsequente. O produto interno bruto de um país hipotético que produza somente veículos automotores será a soma do valor da produção dos veículos, dos pneus, dos motores automotivos e de todos os demais componentes desses veículos. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 21 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 4 - (Fumarc – Pref. Gov. Valadares/Auditor) O Produto Interno Bruto de uma economia inclui milhares de bens e serviços produzidos, tais como maçãs, carros, fogões, etc. Dada a diversificação na produção de bens e serviços: a) as estimativas do Produto Interno Bruto devem ser expressas em unidades físicas; b) torna-se impossível calcular o valor da produção do país; c) as estimativas do Produto Interno devem ser necessariamente expressos em unidades monetárias; d) as estimativas do Produto Interno podem ser expressos tanto em unidades monetárias quanto em unidades físicas. Comentários à questão 3 CESPE - ACE /TCDF) A respeito de macroeconomia, julgue o item subsequente. O produto interno bruto de um país hipotético que produza somente veículos automotores será a soma do valor da produção dos veículos, dos pneus, dos motores automotivos e de todos os demais componentes desses veículos. Mesmo sem saber ainda o conceito de PIB – Produto Interno Bruto, já dá para acertar a questão. A afirmativa está errada, pois não leva em consideração que os valores da produção dos bens intermediários não devem ser somados ao valor final dos bens finais para evitar a dupla contagem. Assim, se somarmos ao valor da produção dos veículos os valores das suas peças, incorreríamos em dupla contagem, pois no valor final do veículo já foram computados os valores dos pneus, dos motores e de todos os seus componentes. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 22 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários à questão 4 (Fumarc – Pref. Gov. Valadares/Auditor) O Produto Interno Bruto de uma economia inclui milhares de bens e serviços produzidos, tais como maçãs, carros, fogões, etc. Dada a diversificação na produção de bens e serviços: a) as estimativas do Produto Interno Bruto devem ser expressas em unidades físicas; b) torna-se impossível calcular o valor da produção do país; c) as estimativas do Produto Interno devem ser necessariamente expressos em unidades monetárias; d) as estimativas do Produto Interno podem ser expressos tanto em unidades monetárias quanto em unidades físicas. Galera, como disse na questão anterior, eu sei que ainda não vimos o conceito de PIB – Produto Interno Bruto. Mas acabamos de ver o conceito de Produto, certo? Então lhes digo, essa questão vocês podem responder tranquilamente apenas com o conceito de Produto. Lembram que o Produto é aquele somatório dos bens e serviços finais produzidos/gerados em uma economia num determinado período? Lembram que necessariamente o Produto é expresso em unidade monetária? Até porque você não teria como somar, por exemplo, a produção de banana com o serviço de publicidade, não é mesmo? Para isso você precisa de uma unidade de medida monetária. Assim só nos resta a letra c. GABARITO: letra C. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 23 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Voltando à nossa teoria, lembram que para gerar o Produto durante certo ano, as firmas necessitam adquirir fatores de produção? E que para usar esses fatores, as empresas necessitam remunerar os proprietários dos mesmos, que são os indivíduos? Pois é, chegamos ao nosso segundo Agregado Macroeconômico: A RENDA! O total de pagamentos que as firmas fazem aos indivíduos, pelo uso dos fatores de produção, é o que chamamos de Renda: Renda = w + j + a + l Onde: •w = Salários (remuneração do fator de produção "Trabalho”); • j = juros (remuneração do fator de produção “Capital” na forma monetária); • a = aluguéis (remuneração do fator de produção “Terra”); • l = lucros (remuneração do fator de produção “Capital”, este na forma de máquinas e equipamentos utilizados no processo produtivo). Observe que neste modelo os lucros representam uma espécie de “custo” para as empresas, na medida em que correspondem a valores que as mesmas devem pagar aos acionistas (indivíduos ou famílias). Se as empresas de nosso país hipotético, “simplificadópolis”, durante o ano de 2015, por exemplo, produziram bens e serviços num total de $ 100 milhões (100 milhões de unidades monetárias), isto significa que tais firmas precisaram, durante todo o ano, utilizar fatores de produção e (como sabemos) para isso tiveram que remunerar os proprietários de tais fatores, de forma que a soma de todos os salários, aluguéis, lucros e juros também totalizaram $ 100 milhões. Temos então uma identidade macroeconômica como abaixo: Produto = Renda Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 24 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Conclui-se que o valor do Produto (total de bens e serviços finais produzidos durante certo período de tempo) é igual ao valor da Renda (total de pagamentos feitos pelas firmas aos proprietários dos fatores de produção). E você, se lembra como os indivíduos, por sua vez, utilizam suas rendas? Aí você me responde: “professor, gastando na compra de bens e serviços para satisfazer suas necessidades”. Isso mesmo! 0s indivíduos realizam o Consumo, que nesse modelo representa a DESPESA (ou Dispêndio), NOSSO TERCEIRO AGREGADO MACROECONÔMICO. A Despesa corresponde ao total dos gastos realizados pelos indivíduos nas compras de bens e serviços. Assim, temos outra identidade para o nosso modelo simplificado: Despesa = Consumo (C) E mais, temos agora a identidade macroeconômica fundamental: Produto = Renda = Despesa Portanto, se quisermos medir o desempenho de uma economia durante certo período de tempo, temos três óticas diferentes, gerando o mesmo resultado: Sob a ótica da Produção, usando o total de bens e serviços finais produzidos/vendido/gerados durante o período; Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 25 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Sob a ótica da Renda, usando o total de recebimentos dos indivíduos, por terem vendido/cedido os fatores de produção (Terra, Trabalho e Capital) as empresas e; Sob a ótica da Despesa, usando o total de pagamentos que os indivíduos fizeram durante o ano na aquisição/consumo de bens e serviços diversos. Agora vamos ter que complicar um pouco. Mas não se assuste! Você vai continuar entendendo tudo! Esse é o meu objetivo agora. Avançar um pouco mais na matéria, mas fazer com que você termine a aula zero com zero de dúvida! Lembra que o nosso modelo simplificado é de uma economia estagnada (estacionária), ou seja, o nível anual de produção não cresce: todo ano é gerado um Produto no mesmo valor? É galera, só que agora a economia vai crescer ou decrescer! Agora nós temos que mudar essa premissa para poder avançar mais na matéria, de modo a avançar nos assuntos do edital. Uma verdade é que para haver crescimento econômico (crescimento do Produto de um ano em relação ao ano anterior) é necessário ampliar a capacidade produtiva da economia, através do Investimento. A capacidade produtiva refere-se ao quantitativo de produção potencial, ou seja, quanto as empresas podem produzir, considerado o total das suas instalações. Em macroeconomia é o conjunto das empresas da nossa economia operando em capacidade máxima. O investimento, que é a ampliação dessa capacidade produtiva, está muito relacionado às expectativas das empresas em relação ao futuro. Assim, se os empresários estão otimistas quanto ao ritmo dos negócios no futuro, eles tendem a realizar gastos com a aquisição de novas máquinas, equipamentos e instalações, para ampliar seu parque industrial e dessa forma aumentar a produção de bens e serviços. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 26 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Por isso, algumas empresas se dedicarão a produzir tais bens: máquinas, equipamentos, ferramentas, instrumentos, etc. Já vou lhes adiantando que esses bens são chamados de bens de capital ou bens de investimento). Meu amigo ou minha amiga, não fique desatento agora! Aí vem uma novidade! Agora passamos a considerar que a Produção (o Produto Agregado) é composta de dois tipos de bens: Bens de Consumo, destinados a satisfazer as necessidades dos indivíduos, como alimentação, transporte, vestuário, etc. Bens de Investimento (ou Bens de Capital), destinados a aumentar a capacidade de produção das unidades produtivas: máquinas, equipamentos, instalações, etc. Os Bens de Investimento são utilizados pelas empresas no seu processo produtivo ao longo de muito tempo, portanto a cada ano o estoque acumulado desses bens na economia vai aumentando. Assim, um aumento nesse estoque de capital leva a um aumento da capacidade produtiva total da economia. Observe que é possível definir “Investimento” de duas maneiras: Investimento como gasto (despesa) com bens para aumentar a capacidade produtiva da economia (os chamados bens de capital ou bens de investimento que acabamos de estudar); Investimento como gasto (despesa) com bens que foram produzidos, mas que não foram consumidos no período (serão usados em consumo futuro), ou seja: I = Produto – C “Espera aí professor”! Você deve estar pensando ... Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 27 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 “Você falou que toda a renda das famílias era destinada ao consumo e que o consumo, ou melhor, as quantidades consumidas, era igual a produção, era igual ao produto! Eu até tinha compreendido aquela identidade fundamental Produto = Renda = Despesa.“ Eu lhes digo, você estaria certo se ainda estivéssemos no modelo passado, em que não existia a formação de capital. Mas agora estamos numa economia COM FORMAÇÃO DE CAPITAL? Pois é, essa é uma novidade: alguns bens que foram produzidos, mas não foram consumidos no presente, ficaram estocados. Foram produzidos pelas empresas, mas as famílias não compraram, geraram uma variação positiva nos estoques das empresas. Assim, os 2 tipos de bens têm impacto no investimento, quais sejam: Os bens de investimento ou bens de capital: Máquinas, equipamentos, instalações, infraestrutura, imóveis, etc. – Correspondem à Formação Bruta de Capital Fixo (FBk), também conhecido como “investimento planejado”; e Variação de Estoques (ΔE), que representa um “investimento não-planejado” pelas empresas. São quantidades que foram produzidas, mas não foram vendidas. Mas agora sei que você deve estar se perguntando: “Professor, o que é isso? Por que a variação de Estoques é considerada também como investimento”? Caro (a) aluno (a), imagine a seguinte situação hipotética: o setor produtivo da economia (as empresas) gerou uma produção total igual a $100. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 28 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Como já sabemos, pelo que já estudamos antes, isso significa que foi gerada também uma renda para os indivíduos no total de $100, correspondente ao total de salários, aluguéis, lucros e juros. Aqui entra a novidade. Suponha que os indivíduos resolveram comprar mercadorias somente num total de $80. Isto significa que $20 correspondem a mercadorias que foram produzidas, mas não foram consumidas. Do ponto de vista das empresas, esse aumento nos seus estoques é uma espécie de investimento, pois será possível vender mais num período futuro. Afinal de contas, as empresas tiveram que adquirir os fatores de produção correspondentes, junto aos indivíduos, portanto as empresas realizaram a despesa para produzir e vender os $100. Mas, se só venderam, e consequentemente, só receberam $80 como as empresas puderam financiar estes estoques parados de $20? E aí amigo (a), tem alguma ideia? De onde vieram os $20 restantes? Estes recursos vêm da Poupança gerada pelos mesmos indivíduos, no valor de $20, equivalente à renda obtida pelos mesmos $100, menos o valor gasto em consumo de $80. Se as famílias (da economia como um todo) tiveram renda de $100, mas só consumiram $80, conclui-se que pouparam $20. Tranquilo? Espero que sim! Então vamos continuar! Aqui os indivíduos pouparam (ou seja, não gastaram parte de sua renda) num valor de $20, e deixaram estes recursos aplicados no mercado financeiro. Tais recursos foram disponibilizados pelos bancos, na forma de empréstimos, às empresas (da economia como um todo). É o que ocorre na prática. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 29 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Chegamos agora a uma importante relação entre os conceitos de Investimento e Poupança. Essas duas variáveis econômicas estão inter-relacionadas e correspondem aos dois “lados” do processo de acumulação de capital: o Investimento representa as aplicações de recursos, por parte das empresas, e a Poupança representa as origens desses mesmos recursos, que foram gerados pelas famílias. Voltaremos a examinar tal relação depois. Chegamos a seguinte relação para identificar o valor do investimento: I = Fbk + ΔE Algumas observações importantes para entender bem os conceitos: 1. A variação de estoques (ΔE) representa a diferença entre o Estoque no fim do período (normalmente ano) atual e o Estoque no fim do período (normalmente ano) passado; 2. Investimento no sentido econômico representa gasto, despesa, com a compra de bens de capital. No nosso dia a dia e nos noticiários da TV utilizamos a palavra investimento como sinônimo de aplicação financeira, compra de ações, etc., mas, na linguagem da Ciência Econômica, e para fins de prova de concursos públicos que é o que nos interessa, no que se refere especificamente à contabilização dos agregados macroeconômicos, as aplicações financeiras, em ações, títulos, etc., não constituem “investimento”, mas sim mera “poupança”. Veja: 5 - (CESPE - AUFC/TCU) A teoria macroeconômica analisa o desempenho da economia a partir do estudo dos grandes agregados econômicos. À luz dos conceitos básicos dessa teoria, julgue: Se um agente econômico investir R$ 10.000,00 em ações da TELEBRÁS, o investimento doméstico privado eleva-se, implicando um aumento equivalente no produto interno bruto (PIB). Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 30 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários à questão 5 (CESPE - AUFC/TCU) A teoria macroeconômica analisa o desempenho da economia a partir do estudo dos grandes agregados econômicos. À luz dos conceitos básicos dessa teoria, julgue: Se um agente econômico investir R$ 10.000,00 em ações da TELEBRÁS, o investimento doméstico privado eleva-se, implicando um aumento equivalente no produto interno bruto (PIB). E aí pessoal? Como dito, a compra de ações de empresas não afeta o Investimento, portanto a resposta é: Errado! Voltando a nossa teoria ... 3. O total do investimento num certo ano corresponde à compra de bens, equipamentos, máquinas, etc., novos, fabricados naquele ano. Isso significa que a compra de ativos usados, de segunda mão, não representa investimento, pois não está aumentando a capacidade produtiva da economia. Pessoal, isso também já caiu em prova! Veja: 6- (ESAF - ACE/MDIC) Identifique a transação ou atividade abaixo que não seria computada nos cálculos das contas nacionais e do Produto Interno Bruto. a) a construção de uma estação de tratamento de água municipal b) o salário de um deputado federal c) a compra de um novo aparelho de televisão d) a compra de um pedaço de terra e) um decréscimo nos estoques do comércio Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 31 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários à questão 6 (ESAF - ACE/MDIC) Identifique a transação ou atividade abaixo que não seria computada nos cálculos das contas nacionais e do Produto Interno Bruto. a) a construção de uma estação de tratamento de água municipal b) o salário de um deputado federal c) a compra de um novo aparelho de televisão d) a compra de um pedaço de terra e) um decréscimo nos estoques do comércio Também ainda não falamos de contas nacionais (mas vamos falar ainda hoje), mas de novo o bom entendimento dos conceitos macroeconômicos básicos nos permitiria responder. A resposta é a letra d), pois a compra de um pedaço de terra seria na verdade a compra de um ativo usado, não aumentaria a capacidade da economia. A terra não foi produzida, nem foi construída. Essa terra já era um fator de produção que já havia sido computada anteriormente. Concordam? Em relação às demais alternativas, temos o seguinte: a) produção/construção de um bem de capital novo que deve ser computado no cálculo do Produto, já que agregou valor ao Produto (a soma das partes é maior que a soma do todo); b) mesmo que o Deputado em questão não contribua em nada com seu trabalho para a Sociedade, do ponto de vista da economia seu salário integra o cálculo do Produto (é gasto/despesa com custeio); c) a produção de um bem de consumo também deve fazer parte do Produto; Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 32 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 e) a Variação de estoque negativa é considerada no cálculo do Investimento, reduzindo o seu valor, também integrando o cálculo do Produto. Percebem que os conceitos aprendidos até aqui já têm bastante utilidade? Então vamos continuar! Quem aqui já estudou contabilidade? Já ouviu falar de depreciação? Aqui esse conhecimento ajuda também. Mas quem não tem, vamos explicar, não se preocupe. Entender o conceito de Depreciação é muito importante agora nesse ponto da matéria. A depreciação corresponde ao desgaste gradativo do capital físico (máquinas, equipamentos, veículos, etc.), em função do uso ou do simples desgaste de um bem. Um trator, que é um exemplo de bem de capital, vai se desgastando seja pelo uso nas lavouras ou pela simples exposição ao tempo. Chegará um dia que ele simplesmente deixará de ser usado, e um novo trator terá que ser adquirido para que essa unidade produtiva não deixe de produzir. Anualmente, as empresas necessitam fazer uma reposição de parte dos seus bens de Investimento capital feito na desgastados. economia se Dessa forma, destina a uma repor parte as do perdas correspondentes à depreciação, o que nos leva à diferenciação entre Investimento Bruto e Investimento Líquido: IL = IB – d, onde: • IL = Investimento Líquido (aumento efetivo da capacidade produtiva da economia) • IB = Investimento Bruto (Formação Bruta de Capital + Variação de Estoques) • d = Depreciação no período. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 33 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Como já sabemos que IB = Fbk + ΔE (até então só tínhamos tratado de investimento bruto), temos então a expressão completa para definir o Investimento Líquido na economia é: IL = Fbk + ΔE – d A depreciação nos leva também a alterar o conceito de Produto, criando a distinção entre Produto Líquido (PL) e Produto Bruto (PB): PL = PB – d Vamos agora completar nosso modelo, considerando também o conceito de Poupança: aquela parcela da renda que os indivíduos não consomem. Assim, o ato de poupar representa abrir mão do consumo atual para desfrutar de um consumo maior no futuro. Podemos representar essa ideia da seguinte maneira: S=R–C Em que: S = Poupança (do inglês “Saving”) R = Renda C = Consumo Traduzindo então temos: POUPANÇA = RENDA - CONSUMO Nosso modelo agora se apresenta do seguinte modo: Ótica da Produção: Produto = Somatório pi.qi (preço x quantidade) Ótica da Renda: Renda = C + S Ótica da Despesa: Despesa = C + I Como Produto = Renda = Despesa, temos que: C+S=C+I Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 34 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Logo: S=I Conclusão: POUPANÇA = INVESTIMENTO POUPANÇA BRUTA = INVESTIMENTO BRUTO POUPANÇA LÍQUIDA = INVESTIMENTO LÍQUIDO Caros alunos, vamos ver como isso já foi cobrado em prova? 7 - (ESAF –RFB/AFRFB) Considere os seguintes dados: Poupança líquida =100; Depreciação = 5; Variação de estoques = 50. Com base nessas informações e considerando uma economia fechada e sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta total são, respectivamente: a) 100 e 105 b) 55 e 105 c) 50 e 100 d) 50 e 105 e) 50 e 50 Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 35 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários à questão 7 (ESAF –RFB/AFRFB) Considere os seguintes dados: Poupança líquida =100; Depreciação = 5; Variação de estoques = 50. Com base nessas informações e considerando uma economia fechada e sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta total são, respectivamente: a) 100 e 105 b) 55 e 105 c) 50 e 100 d) 50 e 105 e) 50 e 50 Galera, questão meramente numérica, mas se tivermos entendido os conceitos dá para resolver. Vamos começar pela segunda pergunta: vamos calcular a poupança bruta (SB). Primeira coisa a fazer é vermos os dados o que temos e os dados que precisamos. Nós temos: A Poupança Líquida (SL) e a depreciação (d) Opa! De cara podemos ver que temos tudo que precisamos calcular a Poupança Bruta (SB)! Nós sabemos que a Poupança Líquida é a diferença entre a Poupança Bruta e a depreciação não é mesmo? Então temos: Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 36 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 SL= SB - d Se SL (poupança líquida) é 100 e d (depreciação) é 5, então temos: 100 = SB – 5 Então SB = 105 Bom, as alternativas c) e e) já foram eliminadas. Agora podemos calcular a formação bruta de capital fixo. Mas o que é mesmo a formação bruta de capital fixo? É a compra daqueles bens de capital! Lembra que o investimento é igual a soma da formação bruta de capital fixo mais a variação dos estoques? Lembra daquela identidade em que a poupança (bruta) é igual ao investimento? Ah, então agora podemos resolver: I = Fbk + ΔE Se I = SB, temos: SB= Fbk + ΔE Ora, nós sabemos que: SB = 105 ΔE = 50 Logo: 105 = FBK + 50 FBK = 55 A resposta certa, portanto, é a letra b. Amigo(a)s, com isso já vimos e compreendemos o significado dos principais agregados macroeconômicos de uma economia simplificada com formação de capital: Produto, Renda, Consumo (Despesa), Poupança e Investimento. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 37 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Mas ainda não vimos como o governo e o resto do mundo influenciam essa economia. Vamos começar pela influência do GOVERNO! Nosso sistema econômico, portanto, será de uma economia com formação e de capital e com governo, mas ainda fechada, ou seja, sem transações com o resto do mundo! O Setor Público corresponde à presença o Governo nas três esferas: a União, os Estados e o Distrito Federal, e os Municípios, bem como os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). O Governo interfere na economia por meio da Tributação (T), onde nós Auditores Fiscais temos atuação determinante, e dos Gastos Públicos (G). A Tributação (T) compreende: Impostos Indiretos: aqueles que incidem sobre as transações econômicas com bens e serviços, a exemplo do ICMS (que certamente será o objeto principal do nosso trabalho), do IPI e o ISS; Impostos Diretos: os quais incidem sobre o patrimônio e a renda das pessoas, físicas e jurídicas, como o Imposto de Renda, o IPTU, o IPVA (aqui também objeto de trabalho do Auditor Fiscal Estadual); Contribuições à Previdência Social: aqui devem ser computadas tanto a parte do empregador quanto a do empregado. Outras receitas de governo: aqui entrariam, por exemplo, receitas com taxas e multas diversas. Por sua vez, os Gastos Públicos (G) compreendem: Despesas Correntes (ou de Custeio): aqui temos os gastos gerais dos ministérios, secretarias e autarquias, referentes a despesas correntes (ou custeio) como: os salários do funcionalismo (somos nós Auditores aqui de novo), compras de materiais como o “famoso cafezinho” do serviço público que sempre é ameaçado em épocas de “vacas magras”; Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 38 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Despesas de Capital (ou de Investimento): aqui temos, por exemplo, os gastos com a construção de portos, estradas, hospitais, escolas, etc. Gastos com Transferências e Subsídios: como exemplo de Transferências temos o bolsa família, os próprios benefícios previdenciários e o segurodesemprego. Já os Subsídios, por exemplo, são para baixar o preço de certos produtos agrícolas. Galera, aqui muita atenção! Os gastos realizados pelas empresas públicas e sociedades de economia mista são computados no setor “firmas”, isto é, são considerados gastos do setor privado. Desse modo já estavam presentes no modelo anterior – sem governo. A razão disso é que estas estatais desempenham atividades ligadas ao mercado, produzindo de bens e serviços para as famílias consumirem. Outro destaque que não posso deixar passar é que não estamos considerando aqui gastos com pagamento de juros ou correção monetária. Aqui somente os gastos “não-financeiros”, ou seja, gastos com a compra de bens e serviços são considerados. Fazendo-se um encontro de contas, ou seja, considerando o que o Governo cobra da sociedade por meio da Tributação (T) em comparação com o seu retorno por meio dos Gastos Públicos (G) podemos verificar que o Governo poderá apresentar, durante um determinado período de tempo, as seguintes situações: 1 - Se os Gastos Públicos forem superiores à Tributação (G > T) teremos o temido déficit fiscal; 2 – Por sua vez, se os Gastos Públicos forem no mesmo montante da Tributação (G = T) teremos o equilíbrio no orçamento público (é o famoso zero a zero); 3 – Mas se os Gastos Públicos forem inferiores à Tributação (G < T) teremos tão desejado superávit fiscal. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 39 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Quando introduzimos o Governo no nosso modelo macroeconômico, veremos que o valor do Produto será alterado. Lembram que sem a presença do Governo, o valor do Produto é igual à Renda: Produto = Renda Lembraram dessa identidade fundamental? Então beleza! E como é mesmo que encontramos a Renda? Isso mesmo, a Renda é a soma da remuneração dos fatores de produção! Renda = w + j + a + l Tenho certeza que lembram de cada “letrinha” dessa: W (trabalho – work), J (juros), a (aluguel) e l (lucros). Então podemos afirmar também que: Produto = w + j + a + l É o que chamamos em macroeconomia de Produto “a Custo de Fatores”. Podemos entendê-lo como sendo o Produto mensurado “a preços de fábrica”. Então temos: Pcf = w + j + a + l “Epa, Professor, é simples assim ”? Até o modelo anterior, sem Governo, era! Mas agora, com o Governo entrando em campo, tenho que destacar que antes de chegar ao consumidor final, os bens e serviços terão seu preço alterado, sendo tributados, por exemplo, pelo ICMS, pelo IPI, pelos dois, pelo ISS, etc. Em suma, como regra geral, os bens vão chegar ao consumidor por um preço mais elevado. Esse é um dos efeitos da Tributação (T): elevar os preços dos bens e serviços que compramos! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 40 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Por outro lado, algumas empresas receberão subsídios do Governo para venderem seus bens a um preço mais baixo. Também nesse caso o preço do bem ao consumidor final vai se alterar, ficando menor. Imagine, por exemplo, que o Governo resolveu subsidiar a gasolina, dando R$ 1,00 de subsídio à Petrobrás por litro do produto. Já pensou a gasolina custando nas bombas algo em torno de R$ 2,? Mas pessoal, “não existe almoço grátis”! Depois veremos que essa conta um dia chega. Notaram que a Sociedade de Economia Mista Petrobrás aqui teve tratamento de empresa normal? Com isso chegamos a uma Conclusão Importante: o Produto “a preços de mercado”, ou o Produto medido através do preço final praticado para o consumidor calculamos anteriormente (o será diferente daquele que Produto “a custo de fatores”), conforme a seguir: Ppm = Pcf + tributos indiretos -subsídios Aqui vale uma menção aos tributos diretos, aqueles que incidem sobre o patrimônio e a renda dos indivíduos e das próprias empresas. Como eles não são incidem sobre o valor das transações econômicas, não interferem no valor do Produto de um país como um todo. Portanto os tributos diretos nada têm a ver com a diferença entre o custo dos fatores e os preços praticados no mercado. Cuidado, pode ser uma pegadinha em sua prova! Se ligue! Com a entrada em campo do Governo temos também ampliar nosso conhecimento conceitual de economia. Preste atenção nos seguintes conceitos: Carga Tributária Bruta: Total da arrecadação fiscal do Governo. Carga Tributária Líquida: Diferença entre a arrecadação fiscal do Governo e as transferências e subsídios ao setor privado. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 41 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Observação: como parâmetro de avaliação da carga tributária é utilizado o Produto Interno Bruto - PIB a preços de mercado. Calma! Vamos estudar e explicar exatamente o que é PIB ainda hoje. Por enquanto visualize PIB simplesmente como o nosso velho conhecido Produto. Beleza? Comparando-se a carga tributária com o PIB podemos ter dois índices: Índice de Carga Tributária Bruta (ICTB) e Índice de Carga Tributária Líquida (ICTL)! Alguém desconfia como calculamos e qual o diferencial entre ambos? Calculamos da seguinte forma: ICTB = Tributos Indiretos + Tributos Diretos x 100 PIBpm ICTL =Trib Ind + Trib Diretos – Transf. - Subsídios x 100 PIBpm Como pode-se perceber, a diferença está na consideração ou não de 2 tipos de Gastos Públicos: as Transferências e os Subsídios. Esses 2 tipos de Gastos Públicos devem der diminuídos do cálculo do índice da Carga Tributária Líquida pois são verdade “tributos negativos”. Pessoal, em termos de influência do Governo ficamos por aqui. Na verdade, em aula futura vamos nos aprofundar um pouco mais nesse tema. Até agora estamos numa economia fechada, isto é, o nosso sistema econômico não tinha transações com o resto do mundo. Éramos quase uma Coréia do Norte ... Mas agora finalmente, vamos ver como os demais países influenciam em nossa economia! Vamos ver como funciona uma economia aberta! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 42 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 “E o que significam exatamente essas transações com o resto do mundo, professor”? Isso mesmo que você deve estar pensando: “não existem nem importações nem exportações”! Mas não só isso, como veremos adiante! Assim, agora teremos que considerar as transações feitas com empresas e pessoas não-residentes, ou seja, residentes em outros países. Aqui o que vale não é nacionalidade da pessoa (física ou jurídica) mas o local definido como de sua residência. Assim, um brasileiro que resida na China e uma multinacional Holandesa serão tratados como não-residentes. Usualmente se chama o conjunto dos “outros países” como “resto do mundo” ou “setor externo”. As variáveis a serem incorporados agora ao nosso modelo são a seguir conceituadas: Exportações (X): representam as compras de nossos bens e serviços pelos estrangeiros, ou seja, são gastos do setor externo com as nossas empresas. Importações (M): representam nossas compras relativas a bens e serviços produzidos por empresas de outros países, ou seja, do setor externo. ATENÇÃO: as Exportações e as Importações se referem à compra e venda de bens e “serviços não-fatores”, ou seja, serviços que não representam “remuneração”. Complicou? Explico melhor! Estamos na verdade falando de fretes, seguros, turismo, etc., que são pagamentos (ou recebimentos) feitos a firmas pela compra (ou venda) de serviços não-fatores. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 43 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Outros pagamentos de serviços, tais como assistência técnica, consultorias, honorários, lucros, são feitos das empresas aos indivíduos, a título de remuneração, e nesse caso são chamados de “serviços de fatores”, sendo considerados nas seguintes variáveis: Renda Enviada ao Exterior (REE): representa uma parcela da renda gerada internamente, nos limites territoriais do nosso país, mas que não pertence aos nacionais. Como exemplo, temos a remessa de lucros de uma empresa estrangeira para sua matriz no exterior, o pagamento de uma consultoria internacional, o pagamento de assistência técnica, etc. Renda Recebida do Exterior (RRE): representa exatamente o fluxo contrário, ou seja, trata-se de uma parcela da renda gerada em outro país, que se agrega à renda nas mãos dos nacionais. Por exemplo, recebimento de lucros obtidos por filiais de uma empresa nacional situada em outro país. Renda Líquida de Fatores Externos (RLFE): constitui-se na diferença entre a Renda Recebida do Exterior e a Renda Enviada ao Exterior: RLFE = RRE -REE Quando um país recebe mais renda do exterior do que envia, a Renda Líquida de Fatores Externos é positiva. Em situação inversa, ou seja, se um país recebe menos renda do exterior do que envia, a Renda Líquida de Fatores Externos é negativa. Na situação de Renda Líquida de Fatores Externos negativa, é muito comum se usar a expressão “Renda Líquida Enviada ao Exterior”: RLEE = REE – RRE Fique ligado que se a Renda Líquida Enviada ao Exterior é positiva, isso significa que REE > RRE, quer dizer, o país envia mais renda para o exterior do que recebe. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 44 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Por outro lado, quando a RLEE é negativa, acontece exatamente o oposto, ou seja, o país na verdade recebeu de fora mais “unidades monetárias” do que mandou. Essas remessas e recebimentos de renda vão provocar um ajuste no conceito de Produto. Lembra que eu anteriormente falei que íamos explicar o significado de PIB? É chegada a hora galera! Começaremos pela diferenciação do Produto Nacional do Produto Interno. Vamos aos conceitos: Produto Interno: corresponde de fato ao total de bens e serviços finais produzidos por um determinado país, num certo período de tempo, dentro de suas fronteiras territoriais. Um dos conceitos mais utilizados na Macroeconomia é exatamente o do PIB - ou Produto Interno Bruto, que corresponde à Renda Interna Bruta, originada na produção de bens e serviços que se deu dentro dos limites territoriais de um país. Porém, parte desse PIB (dessa Renda Interna Bruta) vai remunerar indivíduos que estão fora do país: remessa de lucros, pagamentos de assistência técnica, royalties, etc. Isto significa que nem toda a renda gerada internamente vai de fato pertencer aos residentes no país. E aí, galera? “Agora temos que abater do PIB a Renda Enviada ao Exterior”! Beleza, mas lembre-se também que os residentes no país recebem remuneração por serviços prestados em outros países. Assim, devemos somar ao PIB a Renda Recebida do Exterior. Portanto, teremos a seguinte situação: PIB – REE + RRE = PNB Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 45 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 “O que é esse tal de PNB, professor? Calma que vou explicar. Vamos então a mais um conceito? Produto Nacional Bruto – PNB: corresponde à renda que pertence efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida por nossas empresas no exterior e excluindo a renda enviada por nossas empresas para o exterior. Vamos então ver uma forma diferente de visualizar a relação entre PNB e PIB: PIB – (REE – RRE) = PNB PIB – RLEE = PNB Com isso temos o nosso modelo completo! Vamos ver como fica uma das principais equações vistas anteriormente: a da Despesa Interna Bruta – DIB: DIB = C + I + G + X – M = PIB Onde: C = Despesas de Consumo dos indivíduos, ao comprar os bens e serviços finais; I = Despesas de Investimento das empresas, ao comprar máquinas/equipamentos, etc. G = Despesas do Governo, ao gastar com a aquisição de bens de consumo ou bens de investimento; X = Despesas do setor externo com os nossos produtos, mandados ao exterior através das exportações; Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 46 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 M = as importações entram com o sinal negativo porque representam deduções da despesa nacional. Isto ocorre pelo fato de que quando realizamos importações estamos gastando menos com nossos próprios produtos (menos despesa nacional) e gastando mais com o produto gerado no exterior (contribuindo, desse modo, com a despesa nacional do outro país). O quadro a seguir resume as diferenças entre os vários conceitos de Produto: Critério de Diferenciação e variáveis: Bruto (B) X Líquido (L): o diferenciador é a depreciação (d), veja: PNL = PNB – d IL = IB -d Custo de Fatores (cf) X Preços de Mercado (pm) : o modificador é a diferença entre Tributos Indiretos e Subsídios PNBpm = PNBcf + Imp Ind – Sub PIBpm = PIBcf + Imp Ind -Sub Interno (I) X Nacional (N): o diferencial é a Renda Líquida Enviada ao Exterior (REE – RRE) PIB – RLEE = PNB PIL – RLEE = PNL Com as informações que temos até aqui já podemos avançar no estudo da Contabilidade Nacional propriamente dita. Mas preciso lhes dizer que muito do que já vimos já pode ser considerado por muitos também como parte do estudo da Contabilidade Nacional. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 47 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 O estudo da Macroeconomia, ou seja, o estudo dos agregados macroeconômicos é apoiado em dados estatísticos dos principais fluxos da produção e da renda de um país. Este registro estatístico dos dados macroeconômicos de uma nação é chamado Contabilidade Nacional. Os sistemas de Contabilidade Nacional (também chamada de Contabilidade Social) têm como objetivo não somente revelar o total dos agregados macroeconômicos, mas também proceder ao registro sistemático das diversas relações entre os setores que compõe a economia de um país. Essa Contabilidade Nacional segue normas e princípios definidos, cada vez mais uniformizados em escala internacional. A partir do ganho de importância adquirido com o reconhecimento da sua importância pela teoria keynesiana, os países desenvolvidos e, a seguir, todos os países que se empenhavam na busca do desenvolvimento econômico em moldes capitalistas, passaram a sistematizar esses registros de modo cada vez mais uniformizado, com a função principal de permitir a comparação dos dados entre os países. Na verdade, já conceituamos e já estudamos os principais agregados macroeconômicos que são objeto da contabilidade nacional, suas derivações e as identidades fundamentais, quais sejam: Produto, Renda, Consumo (Despesa), Investimento, Poupança, Gastos do Governo, Tributação, Exportações e Importações. Por meio do Sistema de Contas Nacionais pode-se ter uma boa noção da realidade econômica de um país em um determinado período de tempo. É por meio da análise das suas contas, que podemos “visualizar” a forma como um setor institucional, como por exemplo a indústria ou a agropecuária, participa da geração, apropriação, distribuição e uso da renda nacional e da acumulação de ativos não-financeiros. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 48 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Outra utilização muito importante do Sistema de Contas Nacionais, é a evidenciação das relações entre a economia nacional e o resto do mundo. O famoso Balanço de Pagamentos, entendido como o registro sistemático das transações entre residentes e não residentes de um país durante determinado período de tempo, é um belo exemplo. Por meio dos Sistemas de Contas Nacionais podemos comparar, por exemplo, o PIB do Brasil com o PIB dos Estados Unidos. Como sabemos, na verdade estamos comparando a produção de bens e serviços que se deu dentro dos limites territoriais de cada um desses países. Mas esse na verdade é ponto de partida para a análise propriamente dita das contas nacionais de um país. Somente com essas informações iniciais sobre os agregados macroeconômicos e das formas de medição do produto e da renda nacionais é que estamos aptos à analisar efetivamente as contas nacionais, ou melhor, o Sistema de Contas Nacionais de um país. No Brasil o órgão responsável pelas Contas Nacionais é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Vamos ver como o próprio IBGE define o funcionamento do nosso Sistema de Contas Nacionais (http://www.ibge.com.br/home): “O Sistema de Contas Nacionais apresenta informações sobre a geração, distribuição e uso da renda no País. Há também dados sobre a acumulação de ativos não financeiros e sobre as relações entre a economia nacional e o resto do mundo. O IBGE traz a público o Sistema de Contas Nacionais cujas informações estão apresentadas na Tabela de Recursos e Usos, em Contas Econômicas Integradas e em um conjunto de tabelas sinóticas adicionais. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 49 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 A Tabela de Recursos e Usos contém os resultados a preços correntes e a preços constantes do ano anterior, e mostra os fluxos de oferta e demanda dos bens e serviços e, também, a geração da renda e do emprego em cada atividade econômica. As Contas Econômicas Integradas, núcleo central do Sistema, oferecem uma visão do conjunto da economia, descrevendo, para cada setor institucional, seus fenômenos essenciais – produção, consumo e acumulação – e suas inter-relações no período considerado. As tabelas sinóticas reúnem as principais grandezas calculadas no Sistema de Contas Nacionais permitem identificar, para cada ano, o Produto Interno Bruto - PIB; composição da oferta e da demanda agregada; geração, distribuição e uso da renda nacional; acumulação de capital; capacidade ou necessidade de financiamento; transações correntes com o resto do mundo; renda per capita; e evolução da carga tributária, entre outros agregados da economia brasileira.” Amigo(a)s, sugiro que, após o final da aula, ou no dia seguinte, vocês deem uma navegada no site do IBGE http://www.ibge.com.br/home/. Certamente isso vai contribuir para a fixação dos conceitos estudados e para o enriquecimento dos seus conhecimentos. Mas agora temos que estudar as 4 contas que compõem o Sistema de Contas Nacionais do Brasil: 1 – Conta de Produção; 2 – Conta de Apropriação; 3 – Conta das transações correntes com o resto do mundo; 4 – Conta de Acumulação. Vamos começar pela conta de produção: Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 50 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 1 – Conta de Produção Essa conta também é chamada de conta Produto Interno Bruto e identifica as transações das atividades produtivas das empresas. DÉBITO CRÉDITO 1.1 PIB a custo de fatores 1.4 consumo final das famílias 1.1.1 remuneração empregados 1.5 consumo final das APUs 1.1.2 excedente operacional bruto 1.6 Formação bruta de cap. fixo 1.1.3 Rendimento misto 1.7 Variação de estoques 1.2 Impostos Indiretos 1.8 Exportações de b/s não fatores 1.3 Menos Subsídios 1.9 Menos Importação b/s não fatores PIB a preços de mercado Despesa interna bruta a preços de mercado Essa conta apresenta do lado do débito os pagamentos das empresas relativos ao fator de produção trabalho (remuneração empregados) e aos demais fatores de produção (excedente operacional bruto). Também computa no lado do débito os Impostos Indiretos deduzindo aí os valores subsidiados pelo Governo. Seu resultado é o PIB a preços de mercado. Já do lado do crédito, por exemplo, temos os valores que as empresas receberam pelas vendas de seus bens e serviços às família e ao Governo (APUs = Administrações Públicas – Federal, Estaduais e Municipais e do DF também!). O total dos créditos representa a Despesa Interna Bruta, também a preços de mercados e é igual ao o PIB a preços de mercado (a nossa velha conhecida identidade fundamental). Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 51 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 2 – Conta de Apropriação Essa conta também é chamada de conta Renda Nacional Disponível Bruta e identifica o resultado da apropriação e da utilização da renda pelas famílias e pelo Governo. DÉBITO CRÉDITO 2.1 consumo final das famílias 2.4 PIB a custo de fatores 2.2 consumo final das APUs 2.5 Impostos Indiretos 2.3 Saldo: Poupança Bruta 2.6 Menos Subsídios Subtotal: PIB a preços de mercado 2.7 Menos renda enviada ao exterior 2.8 Renda recebida do exterior Utilização da renda nacional disponível Apropriação da renda nacional disponível Essa conta demonstra, do lado do débito, como foram aplicadas as remunerações recebidas seja em consumo (despesa) ou em poupança. Em suma, podemos ver como foi usada a renda nacional disponível. Já do lado do crédito, essa conta demonstra a apropriação das remunerações recebidas pelas famílias e pelo Governo (Impostos menos Subsídios) somada às compensações dos movimentos remessa/recebimento de renda entre o Brasil e o resto do mundo. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 52 de 135 de Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 3 – Conta das Transações com o resto do mundo Essa conta revela os valores das transações de um país com os demais países e inclui as transações realizadas entre os residentes e os não residentes de um país. DÉBITO CRÉDITO 3.1 Exportação de bens e serviços 3.4 Importação de bens e serviços 3.2 Renda Recebida do Exterior 3.5 Renda Enviada para o Exterior 3.3 Saldo: Poupança Externa 3.6 Saldo das transações correntes com o resto do mundo Total de recebimentos Utilização dos recebimentos Essa conta demonstra, do lado do débito, os gastos dos não residentes com a compra de bens, serviços e ativos nacionais (exportações do Brasil), bem como os valores recebidos do setor externo. Já do lado do crédito, essa conta demonstra as compras feitas pelos residentes na forma de importações de bens e serviços e os valores enviados para o exterior pelos agentes domésticos. Aqui também é lançado o saldo do balanço de pagamentos em conta corrente. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 53 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 4 – Conta de Acumulação Essa conta também é chamada de conta consolidada de capital e identifica o resultado da formação da poupança bruta interna e de como essa formação da poupança bruta interna foi financiada . DÉBITO CRÉDITO 4.1 Formação Bruta de Capital Fixo 4.3 Poupança Interna 4.2 Variação dos estoques 4.4 Poupança Externa Acumulação Bruta Interna Financiamento Acumulação Bruta Interna Essa conta demonstra, do lado do débito, as aplicações (usos) de recursos na formação bruta de capital fixo (investimento bruto) e nas variações de estoques. Já do lado do crédito, essa conta demonstra as fontes de financiamento das mencionadas aplicações de recursos, sendo segregada a poupança interna da poupança externa. Vale destacar que a poupança interna é a soma da poupança bruta do setor privado com a poupança do governo em conta corrente. Já a poupança externa é o valor que o país recebe do exterior para financiar seus gastos a maior. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 54 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 6. PIB E SEU DEFLACIONAMENTO O conceito de deflacionamento do Produto está relacionado à existência de inflação, ou melhor, a desvalorização da moeda pela alta generalizada dos preços. Já lhes adianto que vamos estudar o tema inflação no próximo item dessa aula. Por ora basta ficarmos com esse conceito de inflação como sendo a desvalorização da moeda pela alta generalizada dos preços. Assim, em função da existência da inflação é necessário usarmos a técnica do "deflacionamento", que nada mais é do que a conversão de valores correntes (nominais) em moeda de poder aquisitivo constante (valor real). Assim, expurgamos, ou melhor, expulsamos o efeito de inflação, de modo a podermos comparar o agregado macroeconômico Produto de períodos diferentes em termos reais. Em outras palavras, podemos dizer o Produto (seja o PIB, PIL, PNB ou PNL) pode ser valorado a preços correntes (nominais) ou a preços constantes (reais). Os valores são ditos a preços correntes quando não forem deflacionados e, em contraposição, são ditos a preços constantes quando forem deflacionados. Um conceito importante é o de o deflator. Vamos ver um exemplo, para entender esse conceito. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 55 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Imagine que você tenha em mãos os valores do PIB nominal e do PIB real, e deseja calcular o deflator desse PIB. Vejamos um exemplo hipotético com os seguintes dados: PIB Real = R$ 100,00 PIB Nominal = R$ 110,00 Vamos calcular o deflator? Deflator do PIB = PIB Nominal = _110,00_ = 1,10 PIB Real 100,00 Daí temos as derivações. Uma questão de prova, por exemplo, pode te dar o PIB Real e o deflator e lhe pedir o PIB Nominal. Basta seguir a mesma “formula”. Na verdade, não quero que gravem essa fórmula, mas que entendam. Beleza? Mas o deflacionamento do Produto não consiste apenas em calcular o deflator. Tem mais ... é chegada a hora de estudarmos os famosos Números Índices. Na verdade, os números índices são “medidas” que vem da estatística, mas que tem grande aplicação na área econômica. No nosso caso, vamos estudar a sua aplicação apenas ao PRODUTO. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 56 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Como sabemos, o produto é o resultado da soma dos preços multiplicado pelas quantidades produzidas de todos os bens e serviços de uma economia. Desse modo, temos três variáveis o: preço, quantidade e valor, sendo este último o resultado do produto do preço pela quantidade. De início já lhes digo que a variável quantidade não é afetada pela inflação, mas normalmente oscila de um ano para o outro, sendo, portanto, objeto de índice. Vamos então relembrar a “fórmula” do produto” Produto = Σ(pi.qi) Produto = Somatório de Preço x Quantidade Onde “pi” representa o preço do bem ou serviço “i” e “qi” representa as quantidades do bem ou serviço “i”. Isso significa que no cálculo do Produto temos que somar o valor monetário da produção dos diversos bens e serviços: Produto = (preço do Arroz x quantidade do Arroz) + (p açúcar x q açúcar) + (p livro x q livro) + (p computador x q computador +pgeladeira.qgeladeiras Agora já podemos começar o estudo dos Números índices. Vamos iniciar pelo Número índice mais simples: o Relativo de Preço. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 57 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 6.1 Índice Relativo de Preço Relacionando-se o preço de um produto numa época (chamada época atual) com o de uma época o (chamada básica ou simplesmente base) teremos um relativo de preço. Fazendo-se P t = preço numa época atual e Po = preço na época-base, definiremos relativo de preço pela seguinte quantidade: p(o,t) pt po Galera atenção! Se quisermos expressar em termos percentuais o relativo de preço, bastará multiplicarmos o quociente acima por 100. p(o,t) = pt X 100 po Vamos ver um exemplo! O preço do quilo da laranja em 2010 foi R$ 1,20 e em 2011 subiu para R$ 1,38. Tomando-se por base o ano 2010, como podemos determinar o preço relativo em 2011? Galera, uma dica: o ano considerado base corresponderá sempre ao índice igual a 100. Os demais apresentarão, portanto, valores que flutuam em torno de 100. Então temos: p (10,11) = p2011 = 1,38 = 1,15 ou 115% ou simplesmente 115. P2010 Prof. Manuel Piñon 1,20 www.3dconcursos.com.br 58 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 E o que esse resultado significa, você deve estar pensando? Esse resultado indica que em 2011 houve um aumento de 15% no preço da laranja com relação ao preço em 2010. 6.2 Índice Relativo de Quantidade Amigo (a), da mesma forma que podemos comparar os preços de bens, também pode-se fazê-lo em relação às quantidades, quer sejam elas quantidades produzidas, vendidas ou consumidas. Se fizermos q t= quantidade de um produto na época atual (época t) é qo = quantidade desse mesmo produto na época 0 (básica), a quantidade relativa será o seguinte quociente: q(o,t) = qt qo Esse quociente que representa a variação da quantidade na época t com relação a uma época 0 (base). Vamos ver logo um exemplo: Uma fazenda produziu 45 toneladas de soja em 2010 e 68 toneladas em 2011. A quantidade relativa será, tomando-se o ano de 2010 como base: q (10,11) = q 11 = q 10 68 = 1,51 ou 151% ou 151 45 Pessoal, podemos visualizar que essa fazenda no ano 2011 aumentou sua produção de soja em 51% em relação a 2010. Vamos agora ao nosso terceiro e último índice relativo: Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 59 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 6.3 Índice Relativo de valor Se p for o preço de determinado artigo em certa época e q a quantidade produzida ou consumida desse mesmo artigo na mesma época, então, o produto p x q será denominado valor total de produção ou de consumo. Sendo p t e q t respectivamente, o preço e a quantidade de um artigo na época atual (t) e po e qo, o preço e a quantidade do mesmo artigo na época básica (0), definimos como total o valor relativo ou simplesmente valor relativo o quociente: v (o,t) = _vt_ = pt . qt = po, t . q o,t vo po . qo Imagine que uma empresa qualquer vendeu, em 2010, 1000 unidades de um artigo ao preço unitário de R$ 500,00. Em 2011 vendeu 2000 unidades do mesmo artigo ao preço unitário de R$ 600,00. O valor relativo da venda em 2011 foi: v (10,11) = 600 . 2000 = 2,4 ou 240%. 500 . 1000 Galera, concluímos, portanto, que em 2011 o valor das vendas foi 140% superior ao de 2010. Pessoal, esses índices simples que vimos até aqui apresentam algumas desvantagens, em especial ao de inexistirem pesos diferentes para cada fator que os compõe de acordo com sua importância relativa. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 60 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Para solucionar essa fragilidade, a estatística então usa os chamados índices ponderados. A ponderação (atribuição de pesos aos fatores) proposta pelos métodos mais usados baseia-se na participação de cada bem no valor transacionado total e é feita, em geral, segundo dois critérios: peso fixo na época básica ou peso variável na época atual. Vamos começar os estudo dos índices ponderados pelo Índice de Laspeyres , também conhecido como Método da época Básica. Depois, para finalizar esse assunto, vamos conhecer o Índice de Paasche ou Método da época atual. 6.4 Índice de Layspeyers ou método da época básica O índice de Laspeyres constitui uma média ponderada de relativos, sendo os fatores de ponderação determinados a partir de preços e de quantidades da época básica. Desse modo, no índice de Laspeyres, a base de ponderação é a época básica, sendo esse o motivo da denominação método da época básica. O Índice Laspeyres de preços é: LP = Σ(p2.q1) Σ(p1.q1) Para facilitar seu entendimento, raciocine assim: se quero calcular o índice de preço, eu fixo a quantidade e como é Laspeyres fixo a quantidade da época base. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 61 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Já o Índice Laspeyres de quantidades é: LP = Σ(p1.q2) Σ(p1.q1) De novo, para facilitar seu entendimento, raciocine assim: se quero calcular o índice de quantidade, eu fixo o preço e como é Laspeyres fixo o preço da época base. 6.5 Índice de Paasche ou método da época atual O índice de Paasche constitui uma média ponderada de relativos, sendo os fatores de ponderação determinados a partir de preços e de quantidades da época atual. Desse modo, no índice de Paasche, a base de ponderação é a época atual, dai a denominação método da época atual. O Índice Paasche de preços é: LP = Σ(p2.q2) Σ(p1.q2) Para facilitar seu entendimento, raciocine assim: se quero calcular o índice de preço, eu fixo a quantidade e como é Paasche fixo a quantidade da época atual. Já o Índice Paasche de quantidades é: LP = Σ(p2.q2) Σ(p2.q1) Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 62 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 De novo, para facilitar seu entendimento, raciocine assim: se quero calcular o índice de quantidade, eu fixo o preço e como é Paasche fixo o preço da época atual. Galera, em termos de teoria, paramos hoje por aqui! Nada como fazer umas questões enquanto se espera a próxima aula. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 63 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 7. QUESTÕES PROPOSTAS 01) (CESPE / ARE – SEFAZ-AC/2006) As empresas podem reagir a um aumento da demanda agregada de várias maneiras. Em consonância com a reação a ser adotada pelas empresas, a hipótese mais plausível consiste em: a) diminuir a produção física, aumentando os preços, ampliando a capacidade ociosa. b) aumentar os preços sem aumentar a produção física, se os recursos estiverem plenamente empregados. C) aumentar a produção, diminuindo os preços, até atingir a capacidade plena. d) reduzir preços e produção, se as empresas estiverem operando a plena capacidade. 02) (CESPE/ TCU/ AUDITOR/2007) A macroeconomia lida com os grandes agregados econômicos e, por essa razão, é importante para se avaliar o desempenho global das economias de mercado. Acerca desse assunto, julgue os itens subsequentes. A redução das taxas de juros, que vem sendo paulatinamente implementada no Brasil, desloca para cima e para a direita, a função de consumo keynesiana. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 64 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 03) (FCC /TCE-CE/ACE/2008) O Produto Interno Bruto de uma economia é igual ao somatório dos valores de produção de bens e serviços a) dessa economia em uma determinada unidade de tempo. b) finais dessa economia em uma determinada data no ano-calendário. c) dessa economia em uma determinada data no ano-calendário. d) finais dessa economia em uma determinada unidade de tempo. e) finais dessa economia, acrescido do valor das importações, em uma determinada unidade de tempo. 04) (FCC /TCE-CE/ACE/2008) Suponha uma economia hipotética sem governo, na qual tenham ocorrido as seguintes transações: I. A empresa A adquire insumos da empresa C no valor de 100 e produz bens no valor de 300, sendo 70% da produção vendida para a empresa B e o restante para consumidores finais. II. A empresa B, com os insumos adquiridos da empresa A, fabrica bens no valor de 400, dos quais 20% são vendidos como insumos para a empresa C e o restante para consumidores finais. III. A empresa C, com os insumos adquiridos da empresa B, fabrica bens no valor de 200, dos quais 50% são vendidos para a empresa A e o restante para consumidores finais. Considerando essas informações, é correto concluir que o valor agregado por essa economia é a) maior que a renda. b) 900. c) 760. d) 530. e) 510. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 65 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 05) (FCC /TCE-CE/ACE/2008) Considere as definições das siglas a seguir: C = Consumo privado I = Investimento privado G = Gastos totais do Governo X = Exportação de bens e serviços M = Importação de bens e serviços A demanda agregada da economia, supondo-se que a oferta agregada seja infinitamente elástica, é representada pela seguinte expressão: a) C + I + G (–) X + M b) C + I + G + X (−) M c) C + I (−) G (–) X + M d) C + I + G + X + M e) (C + I + G) (–) (X + M) 06) (FCC /MPU/ANALISTA/2010) Instruções: Utilize as seguintes informações, e somente elas, para responder à questão. Importações de bens e serviços não fatores ............. 1.700 Consumo Final...................................................... 6.900 Variação de estoques................................................ 900 Formação bruta de capital fixo................................. 2.800 Renda líquida recebida do exterior ............................. 100 Déficit do balanço de pagamentos em transações c....... 300 O Produto Interno Bruto dessa economia é a) 9.900 b) 10.000 c) 10.100 d) 10.200 e) 10.300 Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 66 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 07) (FCC /SEFIN-RO/AFTE/2010) É correto afirmar que a) o PNL corresponde ao PIB, deduzida a depreciação do estoque de capital físico da economia. b) a diferença entre o PIB e o PIL de uma economia é o montante de sua carga tributária líquida. c) a Renda Nacional de uma economia é obtida a partir de seu PIB a preços de mercado, deduzidos a depreciação do estoque de capital, a renda líquida enviada para o exterior, e os impostos indiretos líquidos dos subsídios. d) a Renda Pessoal Disponível de uma economia é obtida a partir de seu PIB medido a custo de fatores, deduzido o saldo da balança comercial e sua variação de estoques e adicionada a carga tributária bruta. e) a Renda Pessoal, em uma economia, corresponde à Renda Nacional, deduzidos os impostos indiretos e as contribuições previdenciárias, outras receitas correntes do Governo e os lucros não distribuídos pelas empresas. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 67 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 08) (FCC/PREFEITURA DE SP/AFTM/2012) Foram extraídos os seguintes dados, em milhões de reais, referentes às Contas Nacionais do Brasil em um determinado ano-calendário: Consumo Final................................................... Exportação de Consumo Produto e Serviços.............................. 355.653 Intermediário....................................... Formação Variação Bens 2.666.752 Bruta de de Capital Estoques Interno Bruto a 2.686.362 Fixo ............................ 585.317 (negativa) ............................. (7.471) preços de mercado ......... 3.239.404 O valor da importação de bens e serviços, em milhões de reais, nesse mesmo ano, correspondeu a a) 351.479. b) 353.376. c) 380.457. d) 375.789. e) 360.847. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 68 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 09) (FCC/PREFEITURA-SP/AFTM/2012) Em um país hipotético, o PIB nominal, em bilhões de unidades monetárias, e o índice geral de preços (IGP) são os apresentados na tabela a seguir: Para este país, a) a partir de 2007, houve recessão na economia em termos nominais. b) entre 2006 e 2007, o PIB apresentou variação real negativa. c) a partir de 2008, houve crescimento real ininterrupto do PIB. d) os valores do PIB em 2006 e 2009 são equivalentes, ambos medidos a preços de 2009. e) em 2010, o PIB apresentou crescimento real comparativamente a 2009. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 69 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 10) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF/2012) Existem duas formas de representação do Produto Nacional: uma, a custo de fatores e, a outra, a preços de mercado. O Produto Nacional Líquido a custo de fatores é igual ao: (A) Produto Nacional Bruto a preços de mercado + depreciação – impostos indiretos + subsídios. (B) Produto Nacional Líquido a preços de mercado + depreciação – impostos indiretos + subsídios. (C) Produto Interno Bruto a preços de mercado – depreciação – impostos indiretos – subsídios. (D) Produto Nacional Bruto a preços de mercado – depreciação – impostos indiretos + subsídios. 11) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF - Economista/ 2012) O Produto Interno Bruto (PIB) pode ser mensurado pelo lado da oferta ou pelo lado da demanda. No cálculo do PIB, pelo lado da demanda final, as importações do país: (A) não são contabilizadas, porque não são produzidas no país. (B) são contabilizadas com sinal positivo. (C) são contabilizadas no caso de superávit na Balança Comercial. (D) são contabilizadas com sinal negativo. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 70 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 12) (FUNDAÇÃO DOM CINTRA/ISS-BH/AUDITOR/2012) Uma economia hipotética, num determinado período de tempo, registrou os dados a seguir especificados: Depreciação 3.000 Importações 2.400 Impostos Diretos 6.000 Impostos Indiretos 4.500 Produto Interno Líquido a custo de fatores 45.000 Renda Líquida Enviada ao Exterior 3.400 Renda Recebida do Exterior 2.500 Subsídios 1.600 Conclui-se que Produto Nacional Bruto a preços de mercado apresenta o seguinte valor: A) $ 41.500 B) $ 45.900 C) $ 47.500 D) $ 50.000 E) $ 53.500 Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 71 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 13) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF/2012) PIB e PNB são medidas do fluxo de riqueza. Normalmente, PIB refere-se à produção no país e PNB refere-se à produção do país. Assim, nos países mais pobres, o PIB é maior do que o PNB porque: (A) suas exportações são maiores que suas importações. (B) suas importações são maiores que suas exportações. (C) a renda enviada para o exterior é maior do que a renda recebida do exterior. (D) a renda enviada para o exterior é menor do que a renda recebida do exterior. 14) (UFG/ Prefeitura de Catalão /AOF/2012) PIB e PNB são medidas do produto de uma região, em um determinado período. Considerando que a região em questão seja um país, o primeiro refere-se ao conjunto de bens e serviços elaborados, dentro de suas fronteiras territoriais, e o segundo refere-se ao que pertence ao país, ou seja, o que lhe é de direito, considerando o produto de suas empresas, estejam onde estiverem. Geralmente, nos países mais desenvolvidos, em valores brutos, (A) o PIB é menor do que o PNB. (B) o PIB é maior do que o PNB. (C) o PIB é igual ao PNB. (D) o PIB é o dobro do PNB. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 72 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 15) (FCC/PREFEITURA-SP/AFTM/2012) Em um país hipotético, o PIB nominal, em bilhões de unidades monetárias, e o índice geral de preços (IGP) são os apresentados na tabela a seguir: Para este país, a) a partir de 2007, houve recessão na economia em termos nominais. b) entre 2006 e 2007, o PIB apresentou variação real negativa. c) a partir de 2008, houve crescimento real ininterrupto do PIB. d) os valores do PIB em 2006 e 2009 são equivalentes, ambos medidos a preços de 2009. e) em 2010, o PIB apresentou crescimento real comparativamente a 2009. 16) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF/2012) A economia é conceituada por diversos autores como a ciência da escassez. Nessa concepção, em uma economia de mercado, os problemas econômicos de “o quê produzir”, “quanto produzir”, “como produzir” e “para quem produzir” são equacionados pelo: (A) montante de fatores produtivos disponíveis. (B) planejamento estratégico governamental. (C) mecanismo de preços em geral. (D) nível de conhecimento tecnológico. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 73 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 17) (FCC /TCE-PR/ACE/2012) Os seguintes dados foram extraídos das Contas Nacionais de um país (em milhões de unidades monetárias): Importação Variação de de bens e estoques serviços não fatores ........... 1.750 ..................................................... 250 Formação bruta de capital fixo............................................. 2.300 Produto Interno Bruto, a preços de mercado ....................... 14.700 Exportação Impostos de bens e serviços não fatores .....................2.500 indiretos.............................................................. Subsídios ........... 2.900 ............................................................ 380 O Consumo Final da Economia (das Famílias e da Administração Pública) nesse país correspondeu, em milhões de unidades monetárias, a a) 11.020. b) 11.400. c) 11.650. d) 14.300. e) 13.920. 18) (FCC /SEFAZ-SP/APO/2010) Os impostos indiretos líquidos de subsídios concedidos ao setor privado são agregados econômicos que diferenciam os conceitos de a) PIB a preços de mercado e PIB a custo de fatores. b) PIL a custo de fatores e PNB a preços de mercado. c) PIB a custo de fatores e PNL a preços de mercado. d) PNB a preços de mercado e Renda Pessoal Disponível. e) PNB a preços de mercado e PNL a preços de mercado. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 74 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 19) (FCC /DPE-RS/ANALISTA/2013) Em uma economia, a renda líquida recebida do exterior é superior, em valor absoluto, ao montante da depreciação do estoque de capital da economia. Portanto, o Produto a) Interno Bruto é maior que o Produto Nacional Bruto. b) Nacional Bruto é menor que o Produto Nacional Líquido. c) medido a preços de mercado é menor que o Produto medido a custo de fatores. d) Interno Líquido é maior que o Produto Nacional Bruto. e) Nacional Líquido é maior que o Produto Interno Bruto. 20) (CEPERJ/SEFAZ-RJ/OFICIAL CONTROLE INTERNO/2013) Considere os seguintes dados das Contas Nacionais do Brasil (valores hipotéticos, em milhões de reais): · Produto interno líquido a preços de mercado: 10.000 · Impostos indiretos: 1.500 · Depreciação de capital fixo: 500 · Renda líquida enviada para o exterior: 120 · Subsídios: 400 Podemos concluir que o produto nacional bruto a custo de fatores equivale a: A) 9.280 B) 10.500 C) 10.380 D) 11.480 E) 10.620 Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 75 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 21) CETRO/ISS-SP/AUDITOR Fiscal/2014 (ADAPTADA) Com relação aos conceitos básicos de macroeconomia, marque V para verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. ( ) Países com a renda líquida enviada ao exterior negativa possuem um PNB maior do que o PIB. ( ) No sistema de contas nacionais considerado economia aberta com governo, exportações de bens e serviços não fatores são lançadas a crédito na conta transações com o resto do mundo e a débito na conta de capital. ( ) Na identidade macroeconômica para economia aberta, em que Y + M = C + I + G + X, o lado esquerdo da expressão representa a oferta agregada global. (A)V/V/V (B)V/F/V (C)F/V/F (D)V/F/F (E) F/F/ V Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 76 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 22) (CETRO/ISS-SP/AUDITOR Fiscal/2014) A tabela abaixo apresenta informações da evolução dos preços (P) e a quantidade (Q) de três produtos (A, B e C), entre os anos de 2012 e 2013. Assinale a alternativa que apresenta o índice Laspeyres de preços para esses três produtos, no período considerado, tomando por base o ano de 2012. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 77 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 23) (FCC/ICMS-RJ/AUDITOR/2014) De acordo com a teoria da ciência econômica, referem-se a conceitos econômicos, levados em conta nas decisões individuais: I. O trade off entendido como termo que define uma situação de escolha conflitante, ou seja, quando uma ação econômica, visando à resolução de determinado problema acarreta, inevitavelmente, outros problemas. II. O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de recompensa para abrir mão de algum consumo. III. A mudança marginal que é um pequeno ajuste incremental em um plano de ação não revestido de racionalidade econômica. IV. O incentivo que é algo que induz os indivíduos a agir, tal como a perspectiva de uma punição ou recompensa. Está correto o que se afirma em (A) I, II, III e IV. (B) I e II, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I e IV, apenas. (E) III e IV, apenas. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 78 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 24) (FCC/ICMS-RJ/AUDITOR/2014) O Produto Interno Bruto − PIB a preços de mercado mede o total dos bens e serviços produzidos pelas unidades residentes que têm como destino um uso final (exclui consumo intermediário). Considerando-se a ótica de mensuração do PIB pela demanda, é correto afirmar que o seu cômputo é dado (A) pela despesa de consumo final mais o total de impostos, líquidos de subsídios sobre a produção e a importação, mais a formação bruta de capital fixo, mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e serviços, menos as importações de bens e serviços. (B) pelo valor da produção menos o consumo intermediário, mais os impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da produção. (C) pela remuneração dos empregados mais o total dos impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e a importação, mais o rendimento misto bruto, mais o excedente operacional bruto. (D) pela despesa de consumo final mais a formação bruta de capital fixo, mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e serviços, menos as importações de bens e serviços. (E) pelo valor da produção menos o consumo intermediário, mais os impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da produção, mais as exportações de bens e serviços, menos as importações de bens e serviços. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 79 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 25) (FCC/SEFAZ-PE/AFTE/2014) No que tange ao cômputo dos agregados macroeconômicos e ao registro das contas nacionais de um país, é correto afirmar: a) O valor de impostos indiretos líquidos de subsídios é o que diferencia a mensuração do produto em seus conceitos “a preços de mercado” e “a custo de fatores”. b) Na conta destinada a registrar as transações com o resto do mundo, as importações de bens são lançadas a débito e as exportações de bens são lançadas a crédito. c) O Produto Interno Bruto será inferior ao Produto Nacional Bruto quando a Renda Líquida de Fatores de Produção enviada para o exterior for positiva. d) Não é possível aferir o valor do Produto Interno Bruto a partir da análise das contas nacionais, qualquer que seja o modelo de contabilização adotado. e) Produto Nacional Bruto e Produto Interno Líquido diferem pelo valor da depreciação do estoque de capital da economia. 26) (FCC/METRO-SP/ADV JR/2014) O total das remunerações pagas aos proprietários dos fatores de produção que são residentes no país corresponde ao agregado macroeconômico denominado: a) Renda Nacional Líquida a custo de fatores. b) Produto Nacional Bruto a preços de mercado. c) Produto Interno Bruto a custo de fatores. d) Renda Interna Líquida a preços de mercado. e) Renda Interna Bruta a preços de mercado. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 80 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 27) (FCC/METRO-SP/ADV JR/2014) Um estudo divulgado pela Receita Federal do Brasil informou que a Carga Tributária Bruta brasileira passou de 35,31% do PIB em 2011 para 35,85% do PIB em 2012. Considerando os conceitos de Carga Tributária Bruta e Carga Tributária Líquida, é correto afirmar: a) É condição necessária para a elevação da Carga Tributária Bruta que a arrecadação tributária de todas as esferas de governo tenha aumentado como proporção do PIB. b) A Carga Tributária Líquida do Brasil deve ser inferior a 35% do PIB, pois neste conceito não são computados os impostos indiretos como o Imposto sobre Produtos Industrializados. c) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da economia se faz pela razão entre a arrecadação tributária das três esferas de governo e o PIB medido a preços de mercado, ambos em termos nominais. d) Verificar o crescimento da Carga Tributária Bruta entre 2011 e 2012 é suficiente para concluir que houve decréscimo do PIB brasileiro no mesmo período. e) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da economia se faz pela razão entre a arrecadação tributária federal e o PIB medido a custo de fatores, ambos em termos nominais. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 81 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 28) (FGV / DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Considere as seguintes siglas: PIB = Produto Interno Bruto, PNB = Produto Nacional Bruto, PIL = Produto Interno Líquido e PNL = Produto Nacional Líquido. Se o governo impedir o envio ou recebimento de rendimentos do exterior e zerar os impostos indiretos e os subsídios, pelas identidades macroeconômicas básicas teremos: a) PIB a preços de mercado = PNB a custo de fatores. b) PIB a preços de mercado = PNL a custo de fatores. c) PIL a preços de mercado = PNB a custo de fatores. d) PIL a preços de mercado > PNL a custo de fatores. e) PIB a preços de mercado > PIB a custo de fatores. 29) (FGV / DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Um aumento do PIB (Produto Interno Bruto) a custo de fatores, mantido constante o PIB a preços de mercado, deve ser compensado por: a) redução da depreciação; b) aumento dos subsídios e redução dos impostos indiretos; c) redução dos impostos diretos; d) redução da renda líquida enviada ao exterior e aumento dos impostos diretos e indiretos; e) redução do Produto Nacional Bruto a custo de fatores. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 82 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 30) (FGV / TCM-SP/ Agente Fiscal/2015) Considere as seguintes informações: Poupança do setor privado = 50 Subsídios = 10 Impostos Indiretos = 10 Impostos Diretos = 30 Exportações = 50 Importações = 25 Saldo da Balança de Serviços = 0 Saldo da Conta de Rendas = 0 Transferências Unilaterais = 0 Variação dos estoques = 5 Formação Bruta de Capital Fixo = 5 Transferências do governo = Outras Receitas Líquidas A partir dessas informações (medidas em bilhões de reais) e dos conceitos de contas nacionais, o gasto do governo é igual a: a) 35; b) 40; c) 45; d) 50; e) 60. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 83 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 31) (FGV / TCM-SP/ Agente Fiscal/2015) Considere o Sistema de Contas Nacionais, baseado em quatro contas: produção, utilização da renda, formação de capital e das operações da economia com o resto do mundo. A estática comparativa de acordo com tal sistema é: a) um aumento da renda nacional líquida a preços de mercado pode ser compensado por uma redução do consumo do governo; b) um aumento do excedente operacional bruto pode ser decorrente do aumento das exportações de bens e serviços de não-fatores; c) uma redução dos recebimentos correntes pode levar a um aumento da renda recebida do exterior; d) um aumento do investimento em bens de capital, com aumento da depreciação, leva à elevação do total da formação de capital; e) um aumento dos impostos indiretos e redução dos subsídios leva a uma redução da apropriação da renda nacional disponível líquida. 32) (ESAF/MPOG/APO/2015) Considerando os conceitos básicos em macroeconomia, é correto afirmar que: a) a dívida pública não pode ser maior do que o déficit público nominal. b) independente da renda enviada ou recebida do exterior, a dívida pública total do governo pode ser maior do que o Produto Nacional Bruto. c) a poupança externa nunca pode ser negativa. d) um aumento no valor nominal do PIB implica necessariamente em um aumento na renda real da economia. e) O PIB nominal não é influenciado pela inflação já que se trata de uma medida de desempenho real da economia. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 84 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 33) (ESAF/MPOG/APO/2015) Considere: A = Produto Interno Bruto B= Remuneração dos empregados C = Impostos sobre a produção e a importação D = Subsídios à produção E = Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto É correto, então, afirmar que: a) A = B + C – E b) A = B + C – D c) A = B – E d) A – B + C – D = 0 e) A = B + C – D + E 34) (FCC/TCM-AM/Auditor/2015) Em macroeconomia, sabendo que: Y é o Produto Interno Bruto (PIB), C é o consumo das famílias, I é investimento privado, G são os gastos do governo, X são as exportações e M são as importações, a identidade macroeconômica básica, também conhecida como equação do PIB pelo lado da demanda, é dada por: a) Y=C+G+I b) Y=C+G+I−(X−M) c) Y=C+G+I+(X−M) d) Y=C+G+I+(M−X) e) Y=C+X+I−(G−M) Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 85 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 35) (FCC/MANAUSPREV/AP/2015) Considere uma economia aberta em que o governo recolha impostos e efetue gastos. A Contabilidade Nacional pode ser sucintamente representada pela seguinte relação: Y = C + I + G + X − M, em que as variáveis representam, respectivamente, a renda interna bruta, o consumo agregado, o investimento, os gastos do governo, as exportações e as importações. Essa equação a) indica o produto interno líquido, pois os impostos não estão contabilizados, isto é, já foram deduzidos dos valores brutos. b) denota o produto nacional bruto, uma vez que desconta o valor das importações. c) representa o equilíbrio macroeconômico fundamental, em que a diferença entre o valor dos investimentos e do consumo sinaliza a remessa de rendas de residentes estrangeiros para suas famílias no exterior. d) revela a necessidade de poupança externa como o diferencial entre os valores das importações e exportações, indicado pela relação, após algum rearranjo algébrico, S − I = X − M, em que S contempla tanto a poupança pública quanto a privada. e) exprime a mensuração do PIB pela ótica da renda, uma vez que o consumo apenas pode existir se houver renda. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 86 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 8. GABARITO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 C B C D E B D E D D D C C A D 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 C B A E A B A D D A A C A B C 31 32 33 34 35 B B E C D Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 87 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 9. QUESTÕES COMENTADAS Nada como fazer umas questões enquanto se espera a próxima aula. É importante que você tenha lido a parte teórica antes. Os comentários consideram a premissa anterior. 01) (CESPE / ARE – SEFAZ-AC/2006) As empresas podem reagir a um aumento da demanda agregada de várias maneiras. Em consonância com a reação a ser adotada pelas empresas, a hipótese mais plausível consiste em: a) diminuir a produção física, aumentando os preços, ampliando a capacidade ociosa. b) aumentar os preços sem aumentar a produção física, se os recursos estiverem plenamente empregados. C) aumentar a produção, diminuindo os preços, até atingir a capacidade plena. d) reduzir preços e produção, se as empresas estiverem operando a plena capacidade. Comentários Pessoal, se aumentou a procura pelos produtos, as empresas vão tentar aumentar a produção e/ou aumentar os preços. A única alternativa nesse sentido é a letra b. Nessa alternativa, aumenta-se apenas os preços, se as empresas já estiverem no pleno emprego (100% da capacidade). Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 88 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 02) (CESPE/ TCU/ AUDITOR/2007) A macroeconomia lida com os grandes agregados econômicos e, por essa razão, é importante para se avaliar o desempenho global das economias de mercado. Acerca desse assunto, julgue os itens subsequentes. A redução das taxas de juros, que vem sendo paulatinamente implementada no Brasil, desloca para cima e para a direita, a função de consumo keynesiana. Comentários Boa questão. Exigiu bom raciocínio dos candidatos. A princípio, a função consumo do modelo keynesiano que estudamos hoje não tem relação com a taxa de juros. Como visto a função consumo tem relação direta com a renda. Mas qual o efeito que a redução da taxa de juros tem no consumo? Amigo (a), quando a taxa de juros diminui o consumo aumenta, pois, por exemplo, as prestações nas compras a prazo diminuem. Concorda? Assim, a Curva de demanda agregada é realmente deslocada para a direita e para cima, pois a demanda agregada da economia como um todo aumenta. Outra forma de analisar essa afirmativa é fazendo a análise pelo lado da poupança. Se você costuma poupar e está acostumado com uma rentabilidade, digamos de 12% ao ano, o que você faria se essa taxa fosse reduzida para 2% ao ano? Provavelmente você diminuiria a parcela da sua renda destinada à poupança e aumentaria a parcela destinada ao consumo. Assim como você, a economia em geral também reage assim! Diante do exposto, a afirmativa está certa e o gabarito é C! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 89 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 03) (FCC /TCE-CE/ACE/2008) O Produto Interno Bruto de uma economia é igual ao somatório dos valores de produção de bens e serviços a) dessa economia em uma determinada unidade de tempo. b) finais dessa economia em uma determinada data no ano-calendário. c) dessa economia em uma determinada data no ano-calendário. d) finais dessa economia em uma determinada unidade de tempo. e) finais dessa economia, acrescido do valor das importações, em uma determinada unidade de tempo. Comentários Vamos analisar as alternativas e escolher a correta, ou melhor, a mais correta. a) faltou a palavra finais logo após bens e serviços, já que não soma os intermediários. b) o PIB é uma variável “tipo fluxo”, ou seja, é medido em um determinado período, ou seja, um ano, um mês, etc. Se fosse uma variável do tipo estoque, aí sim seria numa data. c) o PIB é uma variável “tipo fluxo”, ou seja, é medido em um determinado período. Se fosse uma variável do tipo estoque, aí sim seria numa data. d) é a melhor opção. e) as importações são excluídas. Veja a fórmula! O GABARITO é D! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 90 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 04) (FCC /TCE-CE/ACE/2008) Suponha uma economia hipotética sem governo, na qual tenham ocorrido as seguintes transações: I. A empresa A adquire insumos da empresa C no valor de 100 e produz bens no valor de 300, sendo 70% da produção vendida para a empresa B e o restante para consumidores finais. II. A empresa B, com os insumos adquiridos da empresa A, fabrica bens no valor de 400, dos quais 20% são vendidos como insumos para a empresa C e o restante para consumidores finais. III. A empresa C, com os insumos adquiridos da empresa B, fabrica bens no valor de 200, dos quais 50% são vendidos para a empresa A e o restante para consumidores finais. Considerando essas informações, é correto concluir que o valor agregado por essa economia é a) maior que a renda. b) 900. c) 760. d) 530. e) 510. Comentários Vamos calcular os valores agregados de cada uma das três situações e somá-los. I) se A comprou 100 e produziu 300, logo agregou 200. II) se B comprou 210 e fabricou 400, logo agregou 190. III) se C comprou 80 e fabricou 200, logo agregou 120. Assim temos o valor agregado = 200+190+120 = 510. O GABARITO é E! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 91 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 05) (FCC /TCE-CE/ACE/2008) Considere as definições das siglas a seguir: C = Consumo privado I = Investimento privado G = Gastos totais do Governo X = Exportação de bens e serviços M = Importação de bens e serviços A demanda agregada da economia, supondo-se que a oferta agregada seja infinitamente elástica, é representada pela seguinte expressão: a) C + I + G (–) X + M b) C + I + G + X (−) M c) C + I (−) G (–) X + M d) C + I + G + X + M e) (C + I + G) (–) (X + M) Comentários Galera, para fins de FCC está fórmula básica tem que estar em mente: PIB = C + I + G + X – M Acharam ela entre as alternativas? O GABARITO é B! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 92 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 06) (FCC /MPU/ANALISTA/2010) Instruções: Utilize as seguintes informações, e somente elas, para responder à questão. Importações de Consumo bens e serviços não fatores ............. 1.700 Final...................................................... Variação de Formação estoques................................................ bruta Renda líquida Déficit do 6.900 de capital recebida balanço de do 900 fixo................................. exterior pagamentos 2.800 ............................. em transações c....... 100 300 O Produto Interno Bruto dessa economia é a) 9.900 b) 10.000 c) 10.100 d) 10.200 e) 10.300 Comentários Galera, vamos usar a fórmula pela ótica da despesa. DIB = C + I + G + X – M = PIB Onde: C = Despesas de Consumo dos indivíduos, ao comprar os bens e serviços finais; I = Despesas de Investimento das empresas, ao comprar máquinas/equipamentos, etc. G = Despesas do Governo, ao gastar com a aquisição de bens de consumo ou bens de investimento; X = Despesas do setor externo com os nossos produtos, mandados ao exterior através das exportações; Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 93 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 M = as importações entram com o sinal negativo porque representam deduções da despesa nacional. Isto ocorre pelo fato de que quando realizamos importações estamos gastando menos com nossos próprios produtos (menos despesa nacional) e gastando mais com o produto gerado no exterior (contribuindo, desse modo, com a despesa nacional do outro país). Temos, portanto: PIB = 6.900 + 900 + 2.800 + 0 + 1.300 – 1.700 PIB = 10.200 Assim, o GABARITO é D! 07) (FCC /SEFIN-RO/AFTE/2010) É correto afirmar que a) o PNL corresponde ao PIB, deduzida a depreciação do estoque de capital físico da economia. b) a diferença entre o PIB e o PIL de uma economia é o montante de sua carga tributária líquida. c) a Renda Nacional de uma economia é obtida a partir de seu PIB a preços de mercado, deduzidos a depreciação do estoque de capital, a renda líquida enviada para o exterior, e os impostos indiretos líquidos dos subsídios. d) a Renda Pessoal Disponível de uma economia é obtida a partir de seu PIB medido a custo de fatores, deduzido o saldo da balança comercial e sua variação de estoques e adicionada a carga tributária bruta. e) a Renda Pessoal, em uma economia, corresponde à Renda Nacional, deduzidos os impostos indiretos e as contribuições previdenciárias, outras receitas correntes do Governo e os lucros não distribuídos pelas empresas. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 94 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários Vamos analisar cada uma das alternativas e escolher a correta. a) está errada já que o PNL corresponde ao PNB menos a depreciação. b) também errada, já que a mencionada diferença é depreciação. c) correta definição de Renda Nacional. É O GABARITO! d) errada, visto que a renda pessoal disponível é obtida a partir do PIB a preços de mercado. e) errada, pois a renda pessoal logicamente depende daqueles lucros que efetivamente foram distribuídos pelas empresas. Assim, o GABARITO é C! 08) (FCC/PREFEITURA DE SP/AFTM/2012) Foram extraídos os seguintes dados, em milhões de reais, referentes às Contas Nacionais do Brasil em um determinado ano-calendário: Consumo Final................................................... Exportação de Consumo Produto e Serviços.............................. 355.653 Intermediário....................................... Formação Variação Bens 2.666.752 Bruta de de Capital Estoques Interno Bruto a 2.686.362 Fixo ............................ 585.317 (negativa) ............................. (7.471) preços de mercado ......... 3.239.404 O valor da importação de bens e serviços, em milhões de reais, nesse mesmo ano, correspondeu a a) 351.479. b) 353.376. c) 380.457. d) 375.789. e) 360.847. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 95 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários Pessoal, em primeiro lugar é fundamental termos em mente que o chamado Consumo Intermediário não deve ser computado no cálculo do PIB, já que em seu cálculo somente devem ser somados os bens e serviços finais. Tranquilo? Pronto, agora vamos usar a equação básica do PIB a preços de mercado: PIBpm = C + I + G + X – M No caso da questão em tela, o examinador juntou o consumo das famílias ao consumo do governo numa linha denominada consumo final, ou seja, C + G = 2.666.752. Em relação aos investimentos, temos: I = FBCfixo + Variação dos estoques I = 585.317 – 7.471 I = 577.846 Além desses dados, o examinador nos deu de bandeja o valor das exportações e do PIBpm, e nos pediu o valor das importações. Substituindo os valores temos: 3.239.404 = 2.666.752 + 577.846 + 355.653 – M M = 3.600.251 - 3.239.404 M = 360.847 Assim, o GABARITO é E! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 96 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 09) (FCC/PREFEITURA-SP/AFTM/2012) Em um país hipotético, o PIB nominal, em bilhões de unidades monetárias, e o índice geral de preços (IGP) são os apresentados na tabela a seguir: Para este país, a) a partir de 2007, houve recessão na economia em termos nominais. b) entre 2006 e 2007, o PIB apresentou variação real negativa. c) a partir de 2008, houve crescimento real ininterrupto do PIB. d) os valores do PIB em 2006 e 2009 são equivalentes, ambos medidos a preços de 2009. e) em 2010, o PIB apresentou crescimento real comparativamente a 2009. Comentários Vamos analisar cada uma das alternativas e escolher a correta. a) errada. Observe que o PIB nominal cresceu em todos os anos. b) errada. Repare que enquanto a inflação foi de 6%, o PIB subiu 7%. c) errada. Veja que em 2008, por exemplo, a variação do PIB foi exatamente igual à da inflação, ou seja, crescimento real zero. d) correta! Veja que o PIB de 2006 ($ 1.000,00) corrigido pelo IGP do período (15%) é exatamente igual ao PIB de 2009, ou seja, $ 1.150,00. e) errada. Na verdade, a inflação de 2010 (fator = 21,90) foi superior ao crescimento do PIB (fator = 20,75). O GABARITO é D! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 97 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 10) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF/2012) Existem duas formas de representação do Produto Nacional: uma, a custo de fatores e, a outra, a preços de mercado. O Produto Nacional Líquido a custo de fatores é igual ao: (A) Produto Nacional Bruto a preços de mercado + depreciação – impostos indiretos + subsídios. (B) Produto Nacional Líquido a preços de mercado + depreciação – impostos indiretos + subsídios. (C) Produto Interno Bruto a preços de mercado – depreciação – impostos indiretos – subsídios. (D) Produto Nacional Bruto a preços de mercado – depreciação – impostos indiretos + subsídios. Comentários Galera, não vamos “pentear o macaco”! Em relação ao Produto, vamos relembrar os critérios de Diferenciação e variáveis: Bruto (B) X Líquido (L): o diferenciador é a depreciação (d), veja: PNL = PNB – d IL = IB -d Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 98 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Custo de Fatores (cf) X Preços de Mercado (pm) : o modificador é a diferença entre Tributos Indiretos e Subsídios PNBpm = PNBcf + Imp Ind – Sub PIBpm = PIBcf + Imp Ind -Sub Interno (I) X Nacional (N): o diferencial é a Renda Líquida Enviada ao Exterior (REE – RRE) PIB – RLEE = PNB PIL – RLEE = PNL Agora vamos direto à resolução: O Produto Nacional Líquido a custo de fatores é igual ao que? Partimos do Produto Nacional Bruto (PNB) , tiramos a depreciação (dep) chegamos ao Líquido (PNL), concordam? Se queremos a custo de fatores temos que tirar o Governo, certo? Logo tiramos também os Impostos Indiretos e os Subsídios. Logo temos: PNL cf = PNB pm – dep – impostos indiretos + subsídios. O gabarito, portanto, é a letra D. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 99 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 11) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF - Economista/ 2012) O Produto Interno Bruto (PIB) pode ser mensurado pelo lado da oferta ou pelo lado da demanda. No cálculo do PIB, pelo lado da demanda final, as importações do país: (A) não são contabilizadas, porque não são produzidas no país. (B) são contabilizadas com sinal positivo. (C) são contabilizadas no caso de superávit na Balança Comercial. (D) são contabilizadas com sinal negativo. Comentários Vamos ver como fica uma das principais equações vistas anteriormente sob a ótica da demanda, ou seja, da Despesa Interna Bruta – DIB: DIB = C + I + G + X – M = PIB Onde: C = Despesas de Consumo dos indivíduos, ao comprar os bens e serviços finais; I = Despesas de Investimento das empresas, ao comprar máquinas/equipamentos, etc. G = Despesas do Governo, ao gastar com a aquisição de bens de consumo ou bens de investimento; X = Despesas do setor externo com os nossos produtos, mandados ao exterior através das exportações; M = as importações entram com o sinal negativo porque representam deduções da despesa nacional. Isto ocorre pelo fato de que quando realizamos importações estamos gastando menos com nossos próprios produtos (menos despesa nacional) e gastando mais com o produto gerado no exterior (contribuindo, desse modo, com a despesa nacional do outro país). Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 100 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Logo, podemos notar que as importações são contabilizadas com sinal negativo. O gabarito, portanto, é a letra D. 12) (FUNDAÇÃO DOM CINTRA/ISS-BH/AUDITOR/2012) Uma economia hipotética, num determinado período de tempo, registrou os dados a seguir especificados: Depreciação 3.000 Importações 2.400 Impostos Diretos 6.000 Impostos Indiretos 4.500 Produto Interno Líquido a custo de fatores 45.000 Renda Líquida Enviada ao Exterior 3.400 Renda Recebida do Exterior 2.500 Subsídios 1.600 Conclui-se que Produto Nacional Bruto a preços de mercado apresenta o seguinte valor: A) $ 41.500 B) $ 45.900 C) $ 47.500 D) $ 50.000 E) $ 53.500 Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 101 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários Temos PILcf = 45.000 A banca pediu o quê? Pediu o PNBpm! Portanto temos que converter o PILcf em PNBpm, ou seja, converter o Interno em Nacional, o Líquido em Bruto, e o custo de fatores em preços de mercado. Vamos por partes: Interno –> Nacional: PILcf = PNLcf + RLEE 45000 = PNLcf + 3400 PNLcf = 41600 Líquido –> Bruto: PNBcf = PNLcf + Dep PNBcf = 41600 + 3000 PNBcf = 44600 Custo de fatores –> Preço de mercado: PNBpm = PNBcf + II – Sub PNBpm = 44600 + 4500 – 1600 PNBpm = 47.500 Assim, o Gabarito é C! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 102 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 13) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF/2012) PIB e PNB são medidas do fluxo de riqueza. Normalmente, PIB refere-se à produção no país e PNB refere-se à produção do país. Assim, nos países mais pobres, o PIB é maior do que o PNB porque: (A) suas exportações são maiores que suas importações. (B) suas importações são maiores que suas exportações. (C) a renda enviada para o exterior é maior do que a renda recebida do exterior. (D) a renda enviada para o exterior é menor do que a renda recebida do exterior. Comentários Galera, nos países mais pobres, o PIB é maior do que o PNB porque neles normalmente estão instaladas filiais de empresas multinacionais, como, por exemplo, Ford, Apple, Sony, LG, WW, etc. que enviam divisas como royalties e dividendos para as matrizes no exterior em volume superior, ao recebimento de divisas relativas a empresas nacionais (destes países pobres) que por ventura venham a ter filiais no exterior. Em suma, para países pobres, o normal é que a renda enviada para o exterior seja maior do que a renda recebida do exterior O gabarito, portanto, é a letra C. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 103 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 14) (UFG/ Prefeitura de Catalão /AOF/2012) PIB e PNB são medidas do produto de uma região, em um determinado período. Considerando que a região em questão seja um país, o primeiro refere-se ao conjunto de bens e serviços elaborados, dentro de suas fronteiras territoriais, e o segundo refere-se ao que pertence ao país, ou seja, o que lhe é de direito, considerando o produto de suas empresas, estejam onde estiverem. Geralmente, nos países mais desenvolvidos, em valores brutos, (A) o PIB é menor do que o PNB. (B) o PIB é maior do que o PNB. (C) o PIB é igual ao PNB. (D) o PIB é o dobro do PNB. Comentários Questão da UFG muito parecida com a anterior, mas de modo diverso, esta questão pede agora o que normalmente ocorre nos países mais desenvolvidos. Na verdade, ocorre o inverso, ou seja, o normal é que nos países ricos a renda enviada para o exterior seja menor do que a renda recebida do exterior, pois as filiais de empresas de países ricos situadas no exterior mandam mais dinheiro para estes ricos países (recebem mais) do que sai de divisas. O gabarito, portanto, é a letra A. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 104 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 15) (FCC/PREFEITURA-SP/AFTM/2012) Em um país hipotético, o PIB nominal, em bilhões de unidades monetárias, e o índice geral de preços (IGP) são os apresentados na tabela a seguir: Para este país, a) a partir de 2007, houve recessão na economia em termos nominais. b) entre 2006 e 2007, o PIB apresentou variação real negativa. c) a partir de 2008, houve crescimento real ininterrupto do PIB. d) os valores do PIB em 2006 e 2009 são equivalentes, ambos medidos a preços de 2009. e) em 2010, o PIB apresentou crescimento real comparativamente a 2009. Comentários Vamos analisar cada uma das alternativas e escolher a correta. a) errada. Observe que o PIB nominal cresceu em todos os anos. b) errada. Repare que enquanto a inflação foi de 6%, o PIB subiu 7%. c) errada. Veja que em 2008, por exemplo, a variação do PIB foi exatamente igual à da inflação, ou seja, crescimento real zero. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 105 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 d) correta! Veja que o PIB de 2006 ($ 1.000,00) corrigido pelo IGP do período (15%) é exatamente igual ao PIB de 2009, ou seja, $ 1.150,00. e) errada. Na verdade, a inflação de 2010 (fator = 21,90) foi superior ao crescimento do PIB (fator = 20,75). O GABARITO é D! 16) (UFG/ Prefeitura de Goiânia /AOF/2012) A economia é conceituada por diversos autores como a ciência da escassez. Nessa concepção, em uma economia de mercado, os problemas econômicos de “o quê produzir”, “quanto produzir”, “como produzir” e “para quem produzir” são equacionados pelo: (A) montante de fatores produtivos disponíveis. (B) planejamento estratégico governamental. (C) mecanismo de preços em geral. (D) nível de conhecimento tecnológico. Comentários Questão sobre escassez! Galera, em uma economia capitalista, de mercado, os problemas econômicos de “o quê produzir”, “quanto produzir”, “como produzir”, “onde” e “para quem produzir” são equacionados pelo próprio mercado, ou seja, por meio dos mecanismos de preços em geral. Note que a alternativa B se enquadra no regime socialista, e as alternativas A e D, embora não estejam erradas, não são a melhor opção. Para fins de prova precisamos sempre escolher a melhor opção. O gabarito, portanto, é a letra C. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 106 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 17) (FCC /TCE-PR/ACE/2012) Os seguintes dados foram extraídos das Contas Nacionais de um país (em milhões de unidades monetárias): Importação Variação de de bens e estoques serviços não fatores ........... 1.750 ..................................................... 250 Formação bruta de capital fixo............................................. 2.300 Produto Interno Bruto, a preços de mercado ....................... 14.700 Exportação Impostos de bens e serviços não fatores .....................2.500 indiretos.............................................................. Subsídios ........... 2.900 ............................................................ 380 O Consumo Final da Economia (das Famílias e da Administração Pública) nesse país correspondeu, em milhões de unidades monetárias, a a) 11.020. b) 11.400. c) 11.650. d) 14.300. e) 13.920. Comentários O examinador nos dá algumas variáveis e nos pede a soma do Consumo das famílias (C) com os Gastos do Governo (G), ou seja, o valor de C + G! É só usar nossa velha e boa equação da renda! Vamos lá! Y=C+I+G+X–M Dando nome aos bois, ou seja, usando os dados do enunciado, temos: 14.700 = C + 250 + 2.300 + G + 2.500 – 1750 14.700 = C + G + 3.300 C+G = 11.400. Assim, o GABARITO é B! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 107 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 18) (FCC /SEFAZ-SP/APO/2010) Os impostos indiretos líquidos de subsídios concedidos ao setor privado são agregados econômicos que diferenciam os conceitos de a) PIB a preços de mercado e PIB a custo de fatores. b) PIL a custo de fatores e PNB a preços de mercado. c) PIB a custo de fatores e PNL a preços de mercado. d) PNB a preços de mercado e Renda Pessoal Disponível. e) PNB a preços de mercado e PNL a preços de mercado. Comentários Galera, vamos revisar a parte da aula que estudamos esse assunto. Lembre-se que o Produto “a preços de mercado - Ppm”, ou o Produto medido através do preço final praticado para o consumidor será diferente daquele chamado de “a custo de fatores - Pcf”. Vamos ver o que os diferencia: Ppm = Pcf + tributos indiretos -subsídios Sim, enquanto na medição à preços de mercado os efeitos dos tributos INDIRETOS e dos SUBSÍDIOS são considerados, eles não são computados na medição a custo de fatores. Lembre-se que os tributos INDIRETOS incidem sobre bens e serviços, enquanto os tributos DIRETOS são aqueles que incidem sobre o patrimônio e a renda dos indivíduos e das próprias empresas. Nessa toada, como os tributos DIRETOS não são incidem sobre o valor das transações econômicas, não interferem no valor do Produto de um país como um todo. Cuidado! Pode ser uma pegadinha em sua prova! Se ligue! E o gabarito? O GABARITO é A! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 108 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 19) (FCC /DPE-RS/ANALISTA/2013) Em uma economia, a renda líquida recebida do exterior é superior, em valor absoluto, ao montante da depreciação do estoque de capital da economia. Portanto, o Produto a) Interno Bruto é maior que o Produto Nacional Bruto. b) Nacional Bruto é menor que o Produto Nacional Líquido. c) medido a preços de mercado é menor que o Produto medido a custo de fatores. d) Interno Líquido é maior que o Produto Nacional Bruto. e) Nacional Líquido é maior que o Produto Interno Bruto. Comentários Excelente oportunidade de revisar a diferenciação do Produto Nacional do Produto Interno. Vimos que o Produto Interno corresponde de fato ao total de bens e serviços finais produzidos por um determinado país, num certo período de tempo, dentro de suas fronteiras territoriais. Mas tem um detalhe: parte desse PIB (dessa Renda Interna Bruta) vai remunerar indivíduos que estão fora do país: remessa de lucros, pagamentos de assistência técnica, royalties, etc. Isto significa que nem toda a renda gerada internamente vai de fato pertencer aos residentes no país. Logo, temos que abater do PIB a Renda Enviada ao Exterior”! Beleza, mas lembre-se também que os residentes no país recebem remuneração por serviços prestados em outros países. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 109 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Logo também devemos somar ao PIB a Renda Recebida do Exterior. Portanto, teremos a seguinte situação: PIB – REE + RRE = PNB “E o Produto Nacional”? Ahhh sim, já ia me esquecendo de conceituar .. O Produto Nacional corresponde à renda que pertence efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida por nossas empresas no exterior e excluindo a renda enviada por nossas empresas para o exterior. Assim, temos: PIB – RLEE = PNB A questão também exige que estejamos lembrados que a diferença entre o Produto Bruto e o Produto Líquido decorre da Depreciação. Como a questão nos informou que a RLRE – Renda Líquida Recebida do Exterior é maior que a depreciação, podemos concluir que o PNL é maior que o PIB. O GABARITO é E! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 110 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 20) (CEPERJ/SEFAZ-RJ/OFICIAL CONTROLE INTERNO/2013) Considere os seguintes dados das Contas Nacionais do Brasil (valores hipotéticos, em milhões de reais): · Produto interno líquido a preços de mercado: 10.000 · Impostos indiretos: 1.500 · Depreciação de capital fixo: 500 · Renda líquida enviada para o exterior: 120 · Subsídios: 400 Podemos concluir que o produto nacional bruto a custo de fatores equivale a: A) 9.280 B) 10.500 C) 10.380 D) 11.480 E) 10.620 Comentários Pessoal, vamos começar a resolução da questão transformando o PILPM em PNBCF. Vamos por partes: 1) Transformar Interno em Nacional PILPM = PNLPM + RLEE 10.000 = PNLPM + 120 PNLPM = 9.880 Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 111 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 2) transformar Líquido em Bruto PNBPM = PNLPM + 500 PNBPM = 9.880 + 500 PNBPM = 10.380 3) Transformar Preços de mercado em Custo de fatores PNBPM = PNBCF + II – Sub 10.380 = PNBCF + 1.500 – 400 PNBCF = 9.280 Concluímos que o Gabarito é A! 21) CETRO/ISS-SP/AUDITOR Fiscal/2014 (ADAPTADA) Com relação aos conceitos básicos de macroeconomia, marque V para verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. ( ) Países com a renda líquida enviada ao exterior negativa possuem um PNB maior do que o PIB. ( ) No sistema de contas nacionais considerado economia aberta com governo, exportações de bens e serviços não fatores são lançadas a crédito na conta transações com o resto do mundo e a débito na conta de capital. ( ) Na identidade macroeconômica para economia aberta, em que Y + M = C + I + G + X, o lado esquerdo da expressão representa a oferta agregada global. (A)V/V/V (B)V/F/V (C)F/V/F (D)V/F/F (E) F/F/ V Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 112 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários Vamos julgar e justificar as assertivas seguindo a sequência que foi apresentada pelo examinador: (V) O correto relacionado PIB e PNB é: PIB = PNB + RLEE. Seguindo essa linha de raciocínio básica, por acaso se temos RLEE negativa, logo o PNB é maior que o PIB, pois o PNB menos algum valor será igual ao PIB. Podemos concluir que teremos PNB > PIB, quando RLEE é negativa. (F) Pessoal, sabemos que a conta de transações com o resto do mundo é aquela que evidencia o valor da poupança externa, registrando as exportações como débito, já que o resto do mundo está perdendo poupança neste tipo de transação conosco. Assim, na conta de capital, aquela que na verdade identifica as fontes de financiamento do capital também registradas a débito, ao diminuírem uma das fontes de financiamento (que é a poupança externa). (V) Vamos reorganizar a expressão do PIB = C + I + G + X – M para vermos de modo mais didático e fácil o que nos diz assertiva: PIB + M = C + I + G + X Assim, observamos em seu lado esquerdo, que a oferta global (produção interna mais os produtos importados) e no lado direito a demanda global. Assim, o Gabarito é B! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 113 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 22) (CETRO/ISS-SP/AUDITOR Fiscal/2014) A tabela abaixo apresenta informações da evolução dos preços (P) e a quantidade (Q) de três produtos (A, B e C), entre os anos de 2012 e 2013. Assinale a alternativa que apresenta o índice Laspeyres de preços para esses três produtos, no período considerado, tomando por base o ano de 2012. Comentários Pessoal, essa questão não tem segredo! Trata-se de mera aplicação da fórmula do índice de Laspeyres! Quem está lembrado dela? Vamos então refrescar a memória! L = [Somatório (P2013 x Q2012)] / [Somatório (P2012 x Q2012)] L = [(7 x 30) + (17 x 60) + (32 x 110)] / [(5 x 30) + (12 x 60) + (26 x 110)] L = 4.750 / 3.730 L = 1,2735 O Gabarito é A! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 114 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 23) (FCC/ICMS-RJ/AUDITOR/2014) De acordo com a teoria da ciência econômica, referem-se a conceitos econômicos, levados em conta nas decisões individuais: I. O trade off entendido como termo que define uma situação de escolha conflitante, ou seja, quando uma ação econômica, visando à resolução de determinado problema acarreta, inevitavelmente, outros problemas. II. O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de recompensa para abrir mão de algum consumo. III. A mudança marginal que é um pequeno ajuste incremental em um plano de ação não revestido de racionalidade econômica. IV. O incentivo que é algo que induz os indivíduos a agir, tal como a perspectiva de uma punição ou recompensa. Está correto o que se afirma em (A) I, II, III e IV. (B) I e II, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I e IV, apenas. (E) III e IV, apenas. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 115 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários Vamos lá pessoal, matar mais uma da FCC! Vamos começar pelas erradas e comentar os erros! Saibam que a proposição II está equivocada, já que custo de oportunidade é o que se perde (ou o que se deixa de ganhar) em função da escolha realizada. Nessa toada, nada a ver com recompensa tem o custo de oportunidade, mas sim uma perda, ou melhor, algo que se deixa de ganhar. Outra equivocada é a afirmativa III! Ela erra já que a mudança marginal é um ajuste incremental em um plano de ação racional do ponto de vista econômico, um princípio sempre levado em conta. Guardem a ideia de que sempre partimos da premissa que os indivíduos são racionais, caso contrário, não seria possível sistematizar comportamentos dos agentes econômicos. Temos como Gabarito a letra D! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 116 de 135 os Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 24) (FCC/ICMS-RJ/AUDITOR/2014) O Produto Interno Bruto − PIB a preços de mercado mede o total dos bens e serviços produzidos pelas unidades residentes que têm como destino um uso final (exclui consumo intermediário). Considerando-se a ótica de mensuração do PIB pela demanda, é correto afirmar que o seu cômputo é dado (A) pela despesa de consumo final mais o total de impostos, líquidos de subsídios sobre a produção e a importação, mais a formação bruta de capital fixo, mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e serviços, menos as importações de bens e serviços. (B) pelo valor da produção menos o consumo intermediário, mais os impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da produção. (C) pela remuneração dos empregados mais o total dos impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e a importação, mais o rendimento misto bruto, mais o excedente operacional bruto. (D) pela despesa de consumo final mais a formação bruta de capital fixo, mais a variação de estoques, mais as exportações de bens e serviços, menos as importações de bens e serviços. (E) pelo valor da produção menos o consumo intermediário, mais os impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da produção, mais as exportações de bens e serviços, menos as importações de bens e serviços. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 117 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários Vamos começar analisando a correta que é a letra D! Galera, de acordo com a ótica da demanda/despesa, temos: PIBpm = C + G + I + X – M Por sua vez, sabendo que: Cfinal = C + G; e que: I = FBKF + varE, então temos: PIBpm = Cfinal + FBKF + varE + X – M Vamos agora ver os erros das outras assertivas: A) O erro foi ter feito menção aos impostos líquidos dos subsídios. B) O erro foi apresentar o PIB pela ótica do produto, em detrimento da ótica da despesa. Para concertá-la teríamos ainda que somar os impostos sobre produtos incluídos no valor da produção. C) Errou ao mostrar o PIB pela ótica da renda (e não pela ótica da despesa). E) Erra ao misturar as óticas do produto e da despesa, fazendo uma bagunça danada nas fórmulas! Portanto, o Gabarito é D! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 118 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 25) (FCC/SEFAZ-PE/AFTE/2014) No que tange ao cômputo dos agregados macroeconômicos e ao registro das contas nacionais de um país, é correto afirmar: a) O valor de impostos indiretos líquidos de subsídios é o que diferencia a mensuração do produto em seus conceitos “a preços de mercado” e “a custo de fatores”. b) Na conta destinada a registrar as transações com o resto do mundo, as importações de bens são lançadas a débito e as exportações de bens são lançadas a crédito. c) O Produto Interno Bruto será inferior ao Produto Nacional Bruto quando a Renda Líquida de Fatores de Produção enviada para o exterior for positiva. d) Não é possível aferir o valor do Produto Interno Bruto a partir da análise das contas nacionais, qualquer que seja o modelo de contabilização adotado. e) Produto Nacional Bruto e Produto Interno Líquido diferem pelo valor da depreciação do estoque de capital da economia. Comentários Pessoal, vamos analisar cada uma das opções e escolher a correta. a) correta, lembre-se que: Ppm = Pcf + tributos indiretos –subsídios. Logo, enquanto na medição à preços de mercado os efeitos dos tributos INDIRETOS e dos SUBSÍDIOS são considerados, eles não são computados na medição a custo de fatores. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 119 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 b) errada, já que as exportações são registradas à débito e as importações são registradas à crédito na conta de transações correntes. c) errada, é o contrário ... d) errada, claro que é possível ... vimos hoje ... e) errada, misturou os conceitos de bruto e líquido, além de interno e nacional, logo são 2 fatores de diferenciação: depreciação e RLEE – Renda Líquida Enviada ao Exterior. O GABARITO é A! 26) (FCC/METRO-SP/ADV JR/2014) O total das remunerações pagas aos proprietários dos fatores de produção que são residentes no país corresponde ao agregado macroeconômico denominado: a) Renda Nacional Líquida a custo de fatores. b) Produto Nacional Bruto a preços de mercado. c) Produto Interno Bruto a custo de fatores. d) Renda Interna Líquida a preços de mercado. e) Renda Interna Bruta a preços de mercado. Comentários Galera, a primeira expressão do enunciado que temos que “grifar” é “residentes no país”. Isso significa que os proprietários são Fique atento ao fato de que o que vale não é nacionalidade da pessoa (física ou jurídica) mas o local definido como de sua residência. Assim, como o enunciado falou em residente, estamos falando de NACIONAL. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 120 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Assim, já eliminamos as letras C, D e E. Ficamos então entra a A que se refere a ótica da Renda e a letra B do Produto. Ora, como o enunciado fala em “remuneração dos proprietários dos fatores de produção”, estamos falando de RENDA, ou seja, salários, juros, aluguéis e lucros. O GABARITO é A! 27) (FCC/METRO-SP/ADV JR/2014) Um estudo divulgado pela Receita Federal do Brasil informou que a Carga Tributária Bruta brasileira passou de 35,31% do PIB em 2011 para 35,85% do PIB em 2012. Considerando os conceitos de Carga Tributária Bruta e Carga Tributária Líquida, é correto afirmar: a) É condição necessária para a elevação da Carga Tributária Bruta que a arrecadação tributária de todas as esferas de governo tenha aumentado como proporção do PIB. b) A Carga Tributária Líquida do Brasil deve ser inferior a 35% do PIB, pois neste conceito não são computados os impostos indiretos como o Imposto sobre Produtos Industrializados. c) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da economia se faz pela razão entre a arrecadação tributária das três esferas de governo e o PIB medido a preços de mercado, ambos em termos nominais. d) Verificar o crescimento da Carga Tributária Bruta entre 2011 e 2012 é suficiente para concluir que houve decréscimo do PIB brasileiro no mesmo período. e) A medida da Carga Tributária Bruta como percentual do produto da economia se faz pela razão entre a arrecadação tributária federal e o PIB medido a custo de fatores, ambos em termos nominais. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 121 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários Galera, vamos analisar as alternativas e escolher a correta. a) errada, não existe essa condição. O que vale é o total. b) errada, já que os impostos indiretos são computados. c) correta. Isso, como contempla impostos indiretos e subsídios, é a preços de mercado. d) errada, já que a carga tributária pode subir e o PIB cair, e vice-versa. e) errada, o certo é o dito na alternativa C. O GABARITO é C! 28) (FGV / DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Considere as seguintes siglas: PIB = Produto Interno Bruto, PNB = Produto Nacional Bruto, PIL = Produto Interno Líquido e PNL = Produto Nacional Líquido. Se o governo impedir o envio ou recebimento de rendimentos do exterior e zerar os impostos indiretos e os subsídios, pelas identidades macroeconômicas básicas teremos: a) PIB a preços de mercado = PNB a custo de fatores. b) PIB a preços de mercado = PNL a custo de fatores. c) PIL a preços de mercado = PNB a custo de fatores. d) PIL a preços de mercado > PNL a custo de fatores. e) PIB a preços de mercado > PIB a custo de fatores. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 122 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários Agora nosso desafio é uma questão da FGV sobre o tema identidades macroeconômicas. Nesse tipo de questão temos que ter muito cuidado com o joguete de palavras! Para começar, devemos nos lembrar que o Produto Líquido é igual ao Produto Bruto deduzido da depreciação. Mas e agora? A questão não fala nada sobre depreciação ... Hum .... Vamos ver depois se essa falta de informação sobre a depreciação vai nos fazer falta. Mas antes temos que diferenciar o Interno – I do Nacional – N! O Produto Nacional é o Produto Interno deduzido dos rendimentos enviados ao exterior e somado dos rendimentos recebidos do exterior. Como no caso em tela o governo impediu os envios e recebimentos do exterior, para fins de resolução desta questão temos que Nacional = Interno! Bem, mas ainda falta um aspecto! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 123 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Temos que diferenciar Produto a preços de mercado – Ppm do Produto a custo dos fatores – Pcf. Lembrem que o Ppm = Pcf + impostos indiretos – subsídios! Pessoal, nessa questão temos a terceira “colher de chá”! O Governo zerou os impostos indiretos e subsídios! Portanto temos que PIB = PNB seja a custo dos fatores, seja a preços de mercado. Agora ficou fácil! É só dar uma olhada e escolher a alternativa que não contradiz a sequência apresentada. Logo na alternativa a temos PIB pm = PNB cf Assim, o GABARITO é A! Repare que as demais alternativas apresentam erros seja no sinal (>) ou ao comprar Bruto com Líquido. 29) (FGV / DPE-MT/ECONOMISTA/2015) Um aumento do PIB (Produto Interno Bruto) a custo de fatores, mantido constante o PIB a preços de mercado, deve ser compensado por: a) redução da depreciação; b) aumento dos subsídios e redução dos impostos indiretos; c) redução dos impostos diretos; d) redução da renda líquida enviada ao exterior e aumento dos impostos diretos e indiretos; e) redução do Produto Nacional Bruto a custo de fatores. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 124 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários Agora nosso desafio é uma questão da FGV sobre conceitos macroeconômicos e de contabilidade nacional. Para resolver essa questão temos que diferenciar Produto a preços de mercado – Ppm do Produto a custo dos fatores – Pcf. Lembrem que o Ppm = Pcf + impostos indiretos – subsídios! Agora já podemos ver com clareza que para que haja um aumento no PIB a custo dos fatores, considerando o PIB a preços de mercado constante, precisamos apenas que um aumento dos subsídios/redução dos impostos indiretos. Assim, o GABARITO é B! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 125 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 30) (FGV / TCM-SP/ Agente Fiscal/2015) Considere as seguintes informações: Poupança do setor privado = 50 Subsídios = 10 Impostos Indiretos = 10 Impostos Diretos = 30 Exportações = 50 Importações = 25 Saldo da Balança de Serviços = 0 Saldo da Conta de Rendas = 0 Transferências Unilaterais = 0 Variação dos estoques = 5 Formação Bruta de Capital Fixo = 5 Transferências do governo = Outras Receitas Líquidas A partir dessas informações (medidas em bilhões de reais) e dos conceitos de contas nacionais, o gasto do governo é igual a: a) 35; b) 40; c) 45; d) 50; e) 60. Comentários Agora vamos a uma questão da FGV sobre contabilidade nacional. Vamos começar lembrando da identidade fundamental em que o Investimento é igual à poupança! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 126 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Lembremos também que a poupança na verdade é a soma da poupança interna com a externa e que a poupança interna é obtida pela soma da poupança privada com a poupança pública. Assim temos: I = S privada + S pública + S externa Por sua vez, o investimento é a soma da formação bruta de capital fixo com a variação dos estoques. Logo, temos: I = FBKF + Var estoques Vamos agora dar números às identidades apresentadas. I = FBKF + Var estoques I = 5 + 5 = 10 Bem, já sabemos o valor do Investimento e já temos o valor da poupança privada, ou seja, já sabemos até aqui que: 10 = 5 + S pública + S externa Galera, sabemos que a poupança externa ne verdade corresponde ao saldo de transações correntes com o sinal invertido. Nesta questão só integra esse saldo o valor da balança comercial. Então temos: S externa = Importações – Exportações S externa = 25 – 50 = - 25 Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 127 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Agora já podemos calcular a poupança pública! 10 = 50 + S pública – 25 S pública = -15 Pessoal, a questão nos deu a receita do governo, logo já podemos calcular seus gastos. S pública = receita pública – gasto público S pública = Impostos Diretos + Impostos Indiretos - subsídios – gasto público - 15 = 30 + 10 – 10 + gasto público Gasto Público = 45 E o GABARITO é C! 31) (FGV / TCM-SP/ Agente Fiscal/2015) Considere o Sistema de Contas Nacionais, baseado em quatro contas: produção, utilização da renda, formação de capital e das operações da economia com o resto do mundo. A estática comparativa de acordo com tal sistema é: a) um aumento da renda nacional líquida a preços de mercado pode ser compensado por uma redução do consumo do governo; b) um aumento do excedente operacional bruto pode ser decorrente do aumento das exportações de bens e serviços de não-fatores; c) uma redução dos recebimentos correntes pode levar a um aumento da renda recebida do exterior; d) um aumento do investimento em bens de capital, com aumento da depreciação, leva à elevação do total da formação de capital; e) um aumento dos impostos indiretos e redução dos subsídios leva a uma redução da apropriação da renda nacional disponível líquida. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 128 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários Agora vamos a uma questão difícil da FGV sobre contabilidade nacional. A correta é letra B e vamos logo comentá-la. Como sabemos, o Produto pode ser mensurado pelas óticas da demanda, renda ou produção, e renda é a remuneração dos fatores de produção, ou seja, é composta pelos juros, os aluguéis, os lucros e os salários. Nessa toada, temos que o chamado excedente operacional bruto é a remuneração desses fatores de produção, mas excluídos os salários. Ora, um aumento do excedente operacional bruto pode ser decorrente do aumento das exportações de bens e serviços de não-fatores, já que pode gerar um aumento no produto e na renda, desde que não seja compensado totalmente por aumento de salários. Assim, o GABARITO é B! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 129 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 32) (ESAF/MPOG/APO/2015) Considerando os conceitos básicos em macroeconomia, é correto afirmar que: a) a dívida pública não pode ser maior do que o déficit público nominal. b) independente da renda enviada ou recebida do exterior, a dívida pública total do governo pode ser maior do que o Produto Nacional Bruto. c) a poupança externa nunca pode ser negativa. d) um aumento no valor nominal do PIB implica necessariamente em um aumento na renda real da economia. e) O PIB nominal não é influenciado pela inflação já que se trata de uma medida de desempenho real da economia. Comentários a) Incorreta, já que normalmente as dívidas públicas dos países são muito superiores aos déficits públicos já que foram “construídas” ao longo de toda a história. b) Correta, pois não há, economicamente falando, absurdo nenhum no fato de que um país tenha uma dívida superior a seu PNB, como é o caso real dos EUA, Japão, Grécia, Portugal, etc. c) Incorreta, já que pode ser negativa, positiva ou nula. d) Incorreta, pois caso ocorra aumento de inflação maior que o aumento do valor nominal do PIB, isso acarreta uma queda da renda real da economia. e) Incorreta, quem não é afetado pela inflação é o PIB real em detrimento do PIB nominal. Galera, o Gabarito é B! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 130 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 33) (ESAF/MPOG/APO/2015) Considere: A = Produto Interno Bruto B= Remuneração dos empregados C = Impostos sobre a produção e a importação D = Subsídios à produção E = Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto É correto, então, afirmar que: a) A = B + C – E b) A = B + C – D c) A = B – E d) A – B + C – D = 0 e) A = B + C – D + E Comentários Galera, vamos usar a mesma fórmula que usamos na questão anterior, a fórmula do EOB: EOB + RMB = RIB – RE – Imp + Sub E=A–B–C+D A=E+B+C–D E o gabarito? Claro que o Gabarito é E! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 131 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 34) (FCC/TCM-AM/Auditor/2015) Em macroeconomia, sabendo que: Y é o Produto Interno Bruto (PIB), C é o consumo das famílias, I é investimento privado, G são os gastos do governo, X são as exportações e M são as importações, a identidade macroeconômica básica, também conhecida como equação do PIB pelo lado da demanda, é dada por: a) Y=C+G+I b) Y=C+G+I−(X−M) c) Y=C+G+I+(X−M) d) Y=C+G+I+(M−X) e) Y=C+X+I−(G−M) Comentários Agora vamos a uma questão da FCC sobre identidades fundamentais da macroeconomia. Essa questão é para acertar! É só lembrar da equação da demanda agregada Y=C+G+I+(X−M) Assim, o GABARITO é C! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 132 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 35) (FCC/MANAUSPREV/AP/2015) Considere uma economia aberta em que o governo recolha impostos e efetue gastos. A Contabilidade Nacional pode ser sucintamente representada pela seguinte relação: Y = C + I + G + X − M, em que as variáveis representam, respectivamente, a renda interna bruta, o consumo agregado, o investimento, os gastos do governo, as exportações e as importações. Essa equação a) indica o produto interno líquido, pois os impostos não estão contabilizados, isto é, já foram deduzidos dos valores brutos. b) denota o produto nacional bruto, uma vez que desconta o valor das importações. c) representa o equilíbrio macroeconômico fundamental, em que a diferença entre o valor dos investimentos e do consumo sinaliza a remessa de rendas de residentes estrangeiros para suas famílias no exterior. d) revela a necessidade de poupança externa como o diferencial entre os valores das importações e exportações, indicado pela relação, após algum rearranjo algébrico, S − I = X − M, em que S contempla tanto a poupança pública quanto a privada. e) exprime a mensuração do PIB pela ótica da renda, uma vez que o consumo apenas pode existir se houver renda. Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 133 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Comentários Vamos analisar as alternativas e escolher a correta, sempre tendo em mente a equação PIB = C + I + G + X – M. a) errada, já que a equação em tela representa o PIB pela ótica da Despesa Agregada. b) errada, já que a equação em tela representa o PIB pela ótica da Despesa Agregada. c) errada, sendo falsa a afirmação de que a diferença entre o valor dos investimentos e do consumo sinaliza a remessa de rendas de residentes estrangeiros para suas famílias no exterior. Nada impede um indivíduo, ou mesmo todos eles, consumir, poupar e ainda mandar renda para o exterior. d) correta! e) errada, já que a equação em tela representa o PIB pela ótica da Despesa Agregada. Pela ótica da Renda é Y = Salários + Lucros + Juros + Aluguéis. O GABARITO é D! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 134 de 135 Economia e Finanças Públicas ISS SP - 2017 Prof. Manuel Piñon – Aula 00 Caro aluno, Com isso chegamos ao final da nossa aula demonstrativa. Além de apresentar os conceitos iniciais da matéria, esta aula serve, também, para dar uma ideia de como será o nosso curso. Até a próxima aula. Para mim será um prazer acompanhá-lo ao longo do curso. Um grande abraço e bons estudos! Prof. Manuel Piñon Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são ilegais e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize nosso trabalho e adquira nossos cursos apenas pelo site do 3D CONCURSOS! Prof. Manuel Piñon www.3dconcursos.com.br 135 de 135