BIOLOGIA – P1 da 2ªUP A NÃO-DISJUNÇÃO CROMOSSÔMICA na meiose resulta na produção de gametas com cromossomos faltando ou em excesso (síndromes de Down, Turner e Klinefelter). A nãodisjunção cromossômica aumenta drasticamente em mulheres com mais de 35 anos, aumentando o risco de serem geradas crianças portadoras de anomalias cromossômicas. A MEIOSE nos animais ocorre nas gônadas para a formação de gametas, é chamada de MEIOSE GAMÉTICA. A MITOSE ocorre nas CÉLULAS SOMÁTICAS (todas as células do corpo) e a MEIOSE ocorre nas CÉLULAS GERMINATIVAS (células que originam gametas). CENTRÔMERO é a região que os cromossomos duplicados se prendem aos microtúbulos encarregados de separar as cromátides durante as divisões celulares. Metacêntrico: centrômero no meio; braços de tamanho aproximadamente igual Submetacêntrico: centrômero um pouco deslocado da região mediana; braços desiguais Acrocêntrico: centrômero localizado perto de uma das extremidades; um dos braços maior Telocêntrico: centrômero junto a uma das extremidades do cromossomo;quase só um braço TELÔMERO é a extremidade de um cromossomo que possuem organização especial. TELOMERASE é a enzima que ajuda na síntese das extremidades da molécula de DNA. GENE é o trecho de DNA que contém a informação para uma proteína. AUTOSSOMOS são os tipos de cromossomos presentes tanto em células masculinas quanto em femininas. CROMOSSOMOS SEXUAIS são os que variam entre os sexos e caracterizam células masculinas e femininas. CROMOSSOMOS HOMÓLOGOS são os dois representantes de cada par cromossômico originalmente herdados nos gametas. CÉLULAS DIPLÓIDES (ou 2n) são células que possuem pares de cromossomos homólogos (ex: primeira célula de nosso corpo e todas as demais que descendem dela) CÉLULAS HAPLÓIDES (ou n) são células que possuem apenas um lote de cromossomos (ex: óvulos e espermatozóides) CARIÓTIPO: conjunto de características morfológicas dos cromossomos de uma célula. MULHER: 22 pares de autossomos e um par de cromossomos sexuais X ( 22AA+XX) HOMEM: 22 pares de autossomos, um cromossomo X e um Y (22AA+XY) MUTAÇÕES: mudanças herdáveis no material hereditário. Geram a matéria-prima para aevolução. Elas é que causam a diversidade genética, sobre a qual a seleção natural vai agir. A frequência de mutações é baixa: em média 1 mutação para cada 104 a 109 pares de bases duplicados. As mutações podem gerar alelos letais (mais comuns), neutros ou adaptativos (mais raros). Pontuais (ou gênicas): Afetam um só gene. Resultam da adição, subtração ou por uma substituição de um nucleotídeo no DNA. São causadas por erros na replicação que não foram corrigidos pelas enzimas reparadoras, ou por agentes mutagênicos ambientais. Mutação sinônima ou silenciosa: Não interfere nas características do indivíduo. São muito comuns e responsáveis pela diversidade genética. Mutação perda do sentido (missense): Altera a mensagem genética, causando a substituição de um aminoácido por outro na proteína. A proteína resultante pode não funcionar, mas normalmente ocorre uma queda de eficiência e o indivíduo sobrevive. Mutação sem sentido (nonsense): O nucleotídeo é substituído gerando um códon (3 ‘letras’ do DNA, ligado a um aminoácido) terminal e, como consequência, uma proteína encurtada e, geralmente, não funcional. Mutação por alteração do modo de leitura (frame-shift): Ocorre quando um nucleotídeo é inserido ou deletado do DNA. A partir desse ponto, toda a leitura do código é alterada, resultando numa proteína muito diferente, geralmente não-funcional. Cromossômicas: cada espécie tem o número, tamanho e forma de cromossomos constante; qualquer alteração gera uma ANOMALIA. (causam grande parte das doenças genéticas e é a principal causa de retardo mental e de aborto espontâneo). - ABERRAÇÕES: desvios em relação ao cariótipo normal que geralmente causam grandes transtornos ao funcionamento celular, produzindo doenças graves ou até morte. Numéricas Euploidias: atinge conjuntos inteiros de cromossomos Na haploidia, o indivíduo apresenta apenas um conjunto cromossômico (n). Ocorre normalmente em fungos, vegetais e machos de abelhas. Nos animais superiores, entretanto, a haploidia não é normal e o indivíduo não sobrevive. Na poliploidia o indivíduo possui três ou mais conjuntos cromossômicos. Ocorre quando os cromossomos se duplicam, mas a célula não se divide. Assim, a fecundação pode resultar em indivíduos triplóides (3n), tetraplóides (4n) e assim por diante. O albúmen (tecido nutritivo do embrião vegetal) é um exemplo de triploidia (3n). Há poliploidias induzidas artificialmente. A aplicação de colchicina, em células em divisão, resulta em células tetraplóides (4n). - Melhoramento genético: melancia 3n (poucas sementes), flores poliplóides (maiores e mais numerosas), banana 3n=33 (maiores) e batata doce 6n=90 - Tri e tetraploidias humanas (69, XXX e 92, XXXX). São letais e causam sérios defeitos cardíacos e do SNC. - Triploidia = fusão de um óvulo e 2 espermatozóides ou 1 óvulo, um glóbulo polar e 1 espermatozóide. - Tetraploidia = fusão de 2 zigotos diplóides ou falha na 1ª divisão do zigoto (todos os cromossomos ficam na mesma célula) Aneuploidias: perda ou adição de cromossomos inteiros isolados, que resultam da nãodisjunção durante a meiose. A fusão desses gametas anormais podem gerar: Nulissomia (2n-2) – não há casos na espécie humana que seja compatível com a vida Monossomia (2n-1) – na maioria dos casos é fatal. SÍNDROME DE TURNER (monossomia do X): 45 cromossomos (44A+X ou 45,X0) Apresenta apenas o cromossomo sexual X e é do sexo feminino (baixa estatura, QI normal, pescoço alado e estéreis). Trissomias (2n+1) SÍNDROME DE DOWN (trissonomia do cromossomo 21): três cromossomos 21. Influência da idade materna, apresentam fenda palpebral oblíqua, orelha implantação baixa, língua protusa, linha simiesca na mão e retardo mental. SÍNDROME DE KLINEFELTER:47 cromossomos ( 44A+2X+1Y ou 44,XXY) Apresenta três cromossomos sexuais (dois X e um Y) e é do sexo masculino. (baixa inteligência, braços e pernas mais longos, órgãos sexuais pouco desenvolvidos, às vezes com ginecomastia). Há casos de 48,XXXY e 49,XXXXY em que cada X a mais maior a complicação. SÍNDROME DE PATAU (trissomia do 13) SÍNDROME DE EDWARDS (trissomia do 18) TRISSOMIA DO X (47,XXX) – sexo feminino. Às vezes esterilidade e retardo mental brando. SÍNDROME DO DUPLO Y (47,XYY) – sexo masculino. Maiores que a média, QI baixo, distúrbios de comportamento. Outras trissomias ocorrem, mas geralmente, com resultados fatais. Estruturais: Há determinadas situações em que não se modificam a quantidade de cromossomos de uma célula, mas determinam o aparecimento de cromossomos anormais. Deleção: perda de um segmento cromossômico. ABCDEFG ABEFG SÍNDROME “CRI DU CHAT” – Falta fragmento do braço curto do cromossomo 5 SÍNDROME DO CROMOSSOMO 22 CURTO – causa um tipo de leucemia Duplicação e deleção: cromossomos homólogos quebram-se em pontos diferentes e trocam segmentos. AB.CDEFG ABEFG ABCD.EFG ABCDCDEFG Inversão: um segmento quebrado é inserido na ordem inversa. ABCDEFG ABEDCFG Translocação recíproca: cromossomos não homólogos trocam segmentos. ABCDEFG ABLMNO HIJKLMNO HIJKCDEFG A gravidade das manifestações de uma deficiência depende de quais são so genes ausentes. As duplicações são menos graves que as deleções, pois não provocam falta de informações genéticas. A célula onde ocorre uma translocação compensada não tem prejuízo na quantidade de genes, mas quando este indivíduo for produzir gametas, poderá formar gametas anormais, originando, por exemplo, indivíduos com Síndrome de Down por translocação do 15/21 (é mais comum esse caso, que por trissomia do 21). RECOMBINAÇÃO GÊNICA é a mistura de genes de indivíduos diferentes, que ocorre na reprodução sexuada. Os genes se organizam em novas combinações nos indivíduos sobre os quais atua a seleção natural. Nos eucariontes ela ocorre através da segregação independente dos cromossomos e da permutação (crossing over). Segregação independente dos cromossomos: Pela fecundação surge o zigoto, que tem dois lotes equivalentes de cromossomos homólogos. O zigoto se multiplica por mitose, originando todas as células de um indivíduo multicelular. Quando formam gametas por meiose, os cromossomos homólogos paternos e maternos podem se combinar livremente. Número de combinações = 2n (n=número de pares de cromossomos do indivíduo). Permutação ou crossing over: fenômeno em que cromossomos homólogos maternos e paternos trocam pedaços durante a meiose. Acontece de maneira casual, sem que se possa prever em que pontos e em quais cromossomos ele vai ocorrer. Permite o aparecimento de cromossomos com combinações gênicas totalmente diferentes, que não existiam na célulamãe. É muito importante no mecanismo da evolução, pois aumenta a variabilidade genética. CICLOS DE VIDA 1. MEIOSE Indivíduo Diplóide gameta n MITOSE zigoto 2n - MEIOSE GAMÉTICA gameta n Fecundação - Ciclo apresentado em animais em geral. 2. CICLO HAPLÔNTICO Indivíduo Haplóide célula n gameta n 4 células n MEIOSE MITOSE zigoto 2n gameta n Fecundação - MEIOSE ZIGÓTICA - Ciclo observado em certas algas Exemplo: Ulothrix (apresenta reproduão sexuada e assexuada). Algumas células do filamento originam gametas por mitose. No ambiente um gameta se une a outro igual, porém originado de outro indivíduo. Com a fusão desses isogametas forma-se o zigoto (2n), que sofre meiose e origina quatro células haplóides (n) esporos. Cada uma destas células passa por divisões mitóticas e origina um novo filamento haplóide (n). 3. CICLO HAPLÔNTICO-DIPLÔNTICO Indivíduo Diplóide zigoto 2n gameta n Fase sexuada Fase assexuada gameta n MEIOSE esporos n esporo n Indivíduo Haplóide MITOSE Fecundação - MEIOSE ESPÓRICA - Ciclo existente em algas, fungos (cogumelos) e plantas - Ocorre alternância de gerações REPRODUÇAO SEXUADA REPRODUÇÃO ASSEXUADA Exemplo: Ulva. Uma geração diplóide (2n) produtora de esporos por meiose e uma geração haplóide (n), responsável pela produção de gametas por mitose. REPRODUÇÃO ASSEXUADA: processo em que no geral uma célula ou um conjunto de células se desprende do corpo de um ser vivo, dando origem a um novo indivíduo genéticamente idêntico ao genitor. Não há participação de gametas Divisão Binária (Cissiparidade) – O cromossomo duplica-se e a bactéria estrangula-se ao meio, originando duas células-filhas. Brotamento – multiplica-se com brotos. Esporulação – Reprodução por esporos. (Exemplo: alga verde Ulothrix – cada indivíduo é constituído por um filamento simples de células iguais e haplóides (n). Os zoósporos, que são produzidos por mitose e se locomovem facilmente na água, depois de algum tempo fixam-se a um substrato e, por mitoses sucessivas, formam uma nova alga). Regeneração – Corpo se reconstitui após estrangulamento ou corte. REPRODUÇÃO SEXUADA: garante a variabilidade genética. No tipo mais comum, dois indivíduos de sexos diferentes fundem-se e formam um zigoto, que posteriormente passa por meiose e reconstitui novos indivíduos, geneticamente recombinados. Unicelulares – Bactérias (procariontes) trocam DNA Protozoários (eucariontes) trocam núcleos Conjugação bacteriana: Transferência de DNA diretamente de uma bactéria doadora para uma receptora através de um tubo de proteína (pili), que conecta as duas bactérias. Na bactéria receptora pode ocorrer recombinação genética entre o cromossomo e o fragmento de DNA unido ao plasmídio (pequenas moléculas circulares de DNA) recebido da bactéria doadora. No plasmídio há uma região de origem de replicação semelhante à do cromossomo bacteriano, o que permite que ele se duplique e seja distribuído para as células-filhas durante a divisão celular. Conjugação em protozoários: processo que leva à formação de indivíduos com novas combinações genéticas. Dois indivíduos se aproximam e estabelecem entre si uma ponte citoplasmática. Em cada um deles, o micronúcleo passa por meiose, originando quatro núcleos haplóides, dos quais três degeneram. O micronúcleo restante duplicase e um deles é trasnferido ao parceiro pela ponte. Após essa troca os conjugantes se separam. Em cada um dos dois paramécios os micronúcleos fundem-se, restabelecendo a condição diplóide, e o macronúcleo degenera. Após diversas divisões mitóticas e degenerações nucleares, restam dois micronúcleos, e um deles multiplica seu DNA e transforma-se em macronúcleo. Os paramécios com novas combinações genéticas passam a multiplicar-se por divisão binária. Pluricelulares – Há formação de gametas Certas algas são ISOGAMETAS (mesmo gameta, igual para ambos os sexos) Plantas: gameta masculino = anterozóide; gameta feminino = oosfera Animais : gameta masculino = espermatozóide; gameta feminino = óvulo Partenogênese: um gameta (n) evolui sozinho, não há fecundação. Órgãos reprodutores: gônadas; gônadas masculinas = testículos; gônadas femininas = ovário animais monóicos = hermafroditas (planária, tênia, minhoca) animais dióicos = sexos separados; muitas espécies tem dimorfismo sexual (fêmeas diferem dos machos); equinodermos são animais dióicos sem dimorfismo sexual. REPRODUÇÃO EM PLANTAS: Criptógramas (estruturas de reprodução não-evidentes): Briófitas (musgos) – são mais comuns em ambientes úmidos e sombreados. Possuem rizóide, caulóide e filóide (não tem raiz, caule e folha). Tem porte pequeno, que pode ser atribuído à ausência de tecidos de condução de seiva. São plantas avasculares. Ciclo de vida: Geração principal ou duradoura: gametófito ou geração n - Plantas de sexos separados: Anterozóides são transferidos da planta masculina para a feminina por meio de borrifos na água. No ápice da planta feminina existe água acumulada e o anterozóide nada em direção ao órgão feminino e fecunda a oosfera. Do zigoto gormado origina-se a geração diplóide (2n), o esporótito. Esta geração é a transitória do ciclo de vida e cresce presa ao gametófito feminino (geração haplóide). Na cápsula da geração diplóide são produzidos esporos por meiose. Quando a capsula se abre os esporos (n) são expulsos e, caindo no ambiente, germinam e dão origem a novos gametófitos ou plantas haplóides. Pteridófitas (samambaias) – Tem raiz, caule e folha. Apresentam vasos condutores de seiva, são plantas vasculares. Porte maior que o das briófitas e algumas chegam a ser arborescentes. Ciclo de vida: Geração principal ou duradoura: diplóide (2n) ou esporófito. - Na face interior da folha de uma samambaia há conjuntos de esporângios ou órgãos produtores de esporos. No interior desses há células diplóides (2n) que se dividem por meiose, originando esporos haplóides (n). Em condições favoráveiz, cada esporo liberado da planta principal (esporótito) passa por mitoses, dando origem a um gametófito (geração haplóide) muito pequeno e transitório, o prótalo (monóico, hermafrodita). Do órgão reprodutor masculino são liberados anterozóides que nadam por uma película de água até o órgão feminino, ao encontro da oosfera. Da união dos gametas forma-se o zigoto (2n), este divide-se por mitoses, dando origem ao embrião, que origa uma nova samambaia (esporófito 2n). -Algumas samambaias são isosporadas (formam esporos de um só tipo e esses originam prótalos hermafroditas) e outras heteroesporadas (formam dois tipos de esporos; o micrósporo, masculino, e o megásporo, feminino; cada tipo de esporo forma um tipo de prótalo e assim essas plantas possuem prótalos de sexos separados) Fanerógamas (ou espermatófitas) (Estruturas de reprodução bem evidenciadas) Gimnospermas - tem semente Angiospermas - tem semente e fruto. É vascular.