Etnobotânica 04hot!

Propaganda
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
UNIDADE BETIM
ESPÉCIES VEGETAIS UTILIZADAS PELA POPULAÇÃO DO
DISTRITO DE SÃO JOSÉ DE ALMEIDA, JABOTICATUBAS MG
Ana Paula dos Santos
Betim - MG
2010
11
Ana Paula dos Santos
ESPÉCIES VEGETAIS UTILIZADAS PELA POPULAÇÃO DO
DISTRITO DE SÃO JOSÉ DE ALMEIDA, JABOTICATUBAS MG
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado
à
Pontifícia
Universidade Católica de Minas
Gerais
como
parte
das
exigências
do
curso
de
graduação
em
Ciências
Biológicas
Licenciatura
e
Bacharelado
em
Gestão
Ambiental.
ORIENTADORAS
M. Sc. Andréia Fonseca Silva – EPAMIG
Betim - MG
2010
12
Ana Paula dos Santos
ESPÉCIES VEGETAIS UTILIZADAS PELA POPULAÇÃO DO
DISTRITO DE SÃO JOSÉ DE ALMEIDA, JABOTICATUBAS MG
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais como parte
das exigências do curso de graduação
em Ciências Biológicas Licenciatura e
Bacharelado em Gestão Ambiental.
_________________________________________
Andréia Fonseca Silva (Orientadora) – EPAMIG
_________________________________________
Maira Christina Marques Fonseca - EPAMIG
_________________________________________
Simone Cristina Alves e Souza – PUC Minas
Betim, 30 de Junho de 2010.
13
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Fotografia do alecrim-do-campo: ramo com folhas e inflorescência ....
47
Figura 2: Fotografia da alfavaca: planta com folhas e inflorescência .................
47
Figura 3: Fotografia do alfavacão: ramo com folhas e inflorescência seca ........
47
Figura 4: Fotografia do algodão: ramo com folhas e frutos em desenvolvimento
47
Figura 5: Fotografia do algodão: frutos em desenvolvimento .............................
47
Figura 6: Fotografia da amesca: ramo com folhas e inflorescências ..................
48
Figura 7: Fotografia do articum: botão floral .......................................................
48
Figura 8: Fotografia do assa-peixe: ramo com folhas e inflorescências secas ...
48
Figura 9: Fotografia do azedinho: planta com folhas e inflorescências ..............
48
Figura 10: Fotografia do azedinho: inflorescências .............................................
48
Figura 11: Fotografia da babosa: folhas ..............................................................
49
Figura 12: Fotografia do bálsamo: planta toda ....................................................
49
Figura 13: Fotografia do barbatimão: galhos com folhas e inflorescência ..........
50
Figura 14: Fotografia da boca-de-cobra: inflorescência ......................................
50
Figura 15: Fotografia da bolsa-de-pastor (Cybistax antisiphilitica): ramo com
folhas ...................................................................................................................
Figura 16: Fotografia da bolsa-de-pastor (Cybistax antisiphilitica): flores ...........
50
50
Figura 17: Fotografia da bolsa-de-pastor (Zeyheria montana): ramo com
folhas, flores e frutos imaturos ............................................................................
Figura 18: Fotografia do bugre: ramo com folhas e inflorescência jovem ...........
51
51
Figura 19: Fotografia da cagaiteira: árvore ao fundo e ramo com folhas ............
52
Figura 20: Fotografia da cagaiteira: folhas e fruto imaturo ..................................
52
Figura 21: Fotografia da cambará-da-flor-vermelha: inflorescência ....................
52
Figura 22: Fotografia do cajuzinho-do-campo: planta toda .................................
52
Figura 23: Fotografia da canela-de-cigana: inflorescência .................................
53
Figura 24: Fotografia da canela-de-saracura: planta com folhas e
inflorescência ......................................................................................................
Figura 25: Fotografia da capeba: planta com folhas e inflorescências ...............
53
54
Figura 26: Fotografia do caruru-de-veado: planta seca com folhas e
inflorescências .....................................................................................................
Figura 27: Fotografia da catuaba: planta florida ..................................................
54
54
Figura 28: Fotografia do coitezeiro: ramo com folhas e fruto imaturo em
desenvolvimento .................................................................................................
Figura 29: Fotografia do coitezeiro: frutos desenvolvidos ...................................
54
54
14
Figura 30: Fotografia da crista-de-pavão: inflorescências com flores e frutos ....
55
Figura 31: Fotografia do dom-bernardo: planta florida ........................................
55
Figura 32: Fotografia da embaúba-roxa: folhas secas ........................................
55
Figura 33: Fotografia da erva-cidreira: ramos com folhas e inflorescências .......
56
Figura 34: Fotografia da erva-cidreira: inflorescência .........................................
56
Figura 35: Fotografia da erva-de-passarinho: ramo com folhas e
inflorescências .....................................................................................................
Figura 36: Fotografia da erva-de-rato (Psychotria barbiflora): planta florida .......
56
56
Figura 37: Fotografia da erva-de-rato (Psychotria capitata): planta seca com
frutos ...................................................................................................................
Figura 38: Fotografia da folha- miúda: ramo com inflorescências com botões
florais e flores ......................................................................................................
Figura 39: Fotografia do fumo: flores ..................................................................
57
57
Figura 40: Fotografia da goiabeira: ramo com folhas e frutos em
desenvolvimento .................................................................................................
Figura 41: Fotografia da insulina: ramo com folha e frutos imaturos e maduros
58
58
Figura 42: Fotografia da jalapa (Mandevilla illustris): planta florida ....................
59
Figura 43: Fotografia da jalapa (Mandevilla illustris): flores ................................
59
Figura 44: Fotografia da jalapa (Rhodocalyx rotundifolius): planta florida ..........
59
Figura 45: Fotografia da jalapa (Rhodocalyx rotundifolius): flores .....................
59
Figura 46: Fotografia do jatobá: ramo com folhas e frutos imaturos ...................
60
Figura 47: Fotografia do jeribão: folhas e inflorescência .....................................
60
Figura 48: Fotografia do joão-bolô: ramo com folhas e inflorescências ..............
61
Figura 49: Fotografia do joão-bolô: ramo com frutos em desenvolvimento ........
61
Figura 50: Fotografia do juá-brabo: planta com frutos maduros .........................
61
Figura 51: Fotografia da língua-de-tiú: planta toda com frutos em
desenvolvimento .................................................................................................
Figura 52: Fotografia da língua-de-tiú: ramo com frutos em desenvolvimento ...
62
62
Figura 53: Fotografia da macaúba: ápice do coqueiro com inflorescência .........
62
Figura 54: Fotografia da macaúba: inflorescência ..............................................
62
Figura 55: Fotografia da mama-cadela: ramo com folhas e frutos em
desenvolvimento .................................................................................................
Figura 56: Fotografia da mamona: folhas e inflorescência com botões florais,
flores e frutos em desenvolvimento .....................................................................
Figura 57: Fotografia da marcela: inflorescências secas ....................................
57
63
63
63
Figura 58: Fotografia da maria-preta: planta florida ............................................
64
Figura 59: Fotografia da maria-preta: inflorescência com botões florais e flores
64
15
Figura 60: Fotografia da mata-barata: ramo com folhas e frutos em
desenvolvimento .................................................................................................
Figura 61: Fotografia do melão-de-são-caetano: planta florida ..........................
64
64
Figura 62: Fotografia do melão-de-são-caetano: fruto maduro ...........................
64
Figura 63: Fotografia do murici: galhos com folhas e inflorescências .................
65
Figura 64: Fotografia do murici: inflorescência ...................................................
65
Figura 65: Fotografia do murici: frutos em desenvolvimento ..............................
65
Figura 66: Fotografia do mutambo: ramo com folhas e flores .............................
66
Figura 67: Fotografia do mutambo: árvore com frutos em desenvolvimento ......
66
Figura 68: Fotografia da nega-mina: frutos em desenvolvimento .......................
66
Figura 69: Fotografia da notícia-de-ouro-preto: flores .........................................
66
Figura 70: Fotografia do oficial-de-sala; planta florida ........................................
67
Figura 71: Fotografia do pacari: ramo com folhas, botões florais e flores ..........
67
Figura 72: Fotografia do pacari: Botão floral e flor ..............................................
67
Figura 73: Fotografia do pacová: folhas e inflorescências com botões e florais .
67
Figura 74: Fotografia do pau-doce: ramo com folhas e inflorescências ..............
68
Figura 75: Fotografia do pau-doce: flores ...........................................................
68
Figura 76: Fotografia do pau-santo (Kielmeyera coriacea): galhos com botões
florais ...................................................................................................................
Figura 77: Fotografia do pau-santo: flor ..............................................................
68
68
Figura 78: Fotografia do pau-santo (Kielmeyera variabilis): planta com frutos ...
68
Figura 79: Fotografia do pequi: planta com botões florais ..................................
69
Figura 80: Fotografia do pequi: botões florais e flores ........................................
69
Figura 81: Fotografia do pereira: folhas ..............................................................
69
Figura 82: Fotografia do pereira: frutos secos ....................................................
69
Figura 83: Fotografia da pimenta-de-macaco: ramo com folhas, botões florais
e flores .................................................................................................................
Figura 84: Fotografia da pimenta-de-macaco: ramo com frutos imaturos e
maduros ..............................................................................................................
Figura 85: Fotografia da píteira: planta ...............................................................
70
70
Figura 86: Fotografia da piteira: flor ....................................................................
70
Figura 87: Fotografia da pitangueira: folhas e frutos em desenvolvimento .........
71
Figura 88: Fotografia da pitangueira: folhas e frutos em desenvolvimento .........
71
Figura 89: Fotografia do quatro-mirréis: planta florida ........................................
71
Figura 90: Fotografia do quatro-mirréis: planta com frutos imaturos ..................
71
70
16
Figura 91: Fotografia da quina-varinha: ramo com folhas e frutos imaturos .......
72
Figura 92: Fotografia da romanzeira: ramo com folhas e flor .............................
72
Figura 93: Fotografia do sangue-de-cristo: planta com folhas, botões florais e
flores ....................................................................................................................
Figura 94: Fotografia do seno: planta florida .......................................................
72
73
Figura 95: Fotografia da sucupira: árvore florida ................................................
73
Figura 96: Fotografia da sucupira: flores .............................................................
73
Figura 97: Fotografia da sucupira: frutos secos ..................................................
73
Figura 98: Fotografia da transagem: planta florida .............................................
74
Figura 99: Fotografia do urucum: folhas e botões florais ....................................
74
Figura 100: Fotografia do velame (Macrosiphonia velame): planta com botão
floral .....................................................................................................................
Figura 101: Fotografia do velame (Macrosiphonia velame): planta com flor,
frutos e sementes ................................................................................................
Figura 102: Fotografia do velame (Macrosiphonia longiflora): planta seca com
frutos secos .........................................................................................................
Figura 103: Fotografia do velame (Macrosiphonia longiflora): folhas .................
75
75
75
75
17
SUMÁRIO
RESUMO ........................................................................................................ 08
ABSTRACT .................................................................................................... 09
1. INTRODUÇÃO ………………………………………………………………….
10
2. OBJETIVOS …………………………………………………………………….
12
2.1. Objetivo geral ………………………………………………………………..
12
2.2. Objetivos específicos ……………………………………………………...
12
3. REVISÃO DA LITERATURA ......………………………………………….....
13
3.1 A diversidade vegetal brasileira ...........................................................
13
3.2. A etnobotânica ......................................................................................
15
4. METODOLOGIA ..............…………………………………………………......
17
4.1. Área de estudo ………………………………………………………......….
17
4.2. Levantamento de dados etnobotânicos ………………………………..
17
4.3. Coleta, herborização e identificação das plantas ..............................
18
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 19
5.1. Perfil dos entrevistados ........................................................................ 19
5.2. Diversidade de plantas citadas ............................................................ 20
5.3. Local de coleta das plantas citadas ....................................................
39
5.4. Usos das plantas ................................................................................... 41
5.4.1. Uso medicinal .....................................................................................
41
5.4.1.1. Modos de preparo e partes das plantas ditas medicinais ........... 42
5.4.2. Plantas utilizadas para tratar animais ..............................................
43
5.4.3. Plantas tóxicas ...................................................................................
43
5.4.4. Usos diversos ..................................................................................... 44
5.5. A nomenclatura popular e científica ...................................................
45
6. CONCLUSÃO ............................................................................................
76
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 77
APÊNDICE ..................................................................................................... 85
18
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo geral, recuperar e registrar o conhecimento
etnobotânico sobre as espécies vegetais do Distrito de São José de Almeida,
Jaboticatubas, MG (19°26’12,81” S.; 43°49’41,20” O e altitude média de 700m.). Os
objetivos específicos foram: verificar quais são as plantas utilizadas pelos moradores
do Distrito; detectar os principais usos dados às plantas; identificar raizeiros,
benzedeiras, curandeiros e artesãos existentes na região; coletar, herborizar;
identificar espécies vegetais utilizadas pelos moradores de São José de Almeida.
Para tanto foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com moradores do local
utilizando-se formulários previamente preparados. A amostra foi composta por
informantes considerados, pela comunidade, como pessoas que detêm o
conhecimento sobre o assunto pesquisado, sendo a amostragem do tipo nãoprobalística com amostra intencional ou de seleção racional. Realizou-se oito
entrevistas, sendo que as mulheres foram predominantes entre os entrevistados.
Foram citadas 168 plantas, pertencentes a 138 gêneros e 63 famílias. Foram
coletados fragmentos vegetais de 132 espécies, o material testemunho encontra-se
depositado no Herbário PAMG-EPAMIG. As famílias com maior número de espécies
foram Fabaceae, Asteraceae e Lamiaceae, com 14, 13 e 11 espécies,
respectivamente. Quanto à obtenção das plantas, 50% é coletada no cerrado e os
outros 50% são coletados no próprio quintal. A indicação predominante foi para uso
medicinal, principalmente para problemas estomacais. A parte da planta mais
utilizada foi a folha e a forma de preparo predominante foi o chá (decocto). Os dados
analisados demonstram que o uso de plantas é um hábito comum na região.
Concluindo-se que é preciso promover ações de valorização do saber popular
relacionado ao uso de plantas, pois desta forma haverá mais chance de que este
saber seja preservado ao longo das gerações.
Palavras-chave:
Etnobotânica.
Plantas
medicinais.
tradicional. Etnoveterinária.
Cerrado.
Conhecimento
19
ABSTRACT
This study aimed to retrieve and record ethnobotanical knowledge about plant
species of the District of São José de Almeida, Jaboticatubas city, MG State, Brazil,
(19 ° 26'12, 81 "S., 43 ° 49'41, 20" E average altitude of 700m.). The specific
objectives were: to determine what are the plants used by residents of the District;
capture the main uses given to plants, to identify healers, faith healers, shamans and
artisans in the region; collect, herborize; identify plant species used by the residents
of São José de Almeida. We realized semi-structured interviews with local residents
using previously prepared forms. The sample consisted of respondents regarded by
the community, as people who have knowledge about the researched subject, with
sampling of the non-probabilistic intentional sample selection or rational. Eight
interviews was doing with women were prevalent among respondents. Were cited
168 plants belonging to 138 genera and 63 families. Fragments were collected from
132 plant species, the material witness shall be deposited in the Herbarium PAMGEPAMIG. The families with the greatest number of species were Fabaceae,
Asteraceae and Lamiaceae, 14, 13 and 11 species respectively. Concerning the
obtaining of plants, 50% is collected in the brazilian savannas and the other 50% are
collected in their own backyard. The predominant indication was for medical use,
mainly for stomach problems. Part of the plant is the most widely used was leaves
and form preparation was the predominant tea (decoction). The data demonstrate
that the use of plants is a common habit in the region. Concluding that is necessary
to promote actions for recovery of popular knowledge related to the use of plants,
because this way there is more chance that this knowledge is preserved over the
generations.
Key-words: Ethnobotanical. Medicinal plants. Cerrado. Traditional knowledge.
Ethnoveterinary.
20
1. INTRODUÇÃO
A etnobotânica compreende o estudo das sociedades humanas, passadas e
presentes, e suas interações ecológicas, genéticas, evolutivas, simbólicas e culturais
com as plantas (FONSECA-KRUEL; PEIXOTO, 2004). É por meio da etnobotânica
que se busca o conhecimento e o resgate do saber botânico tradicional
particularmente relacionado ao uso dos recursos da flora (GUARIM NETO;
SANTANA; SILVA, 2000).
O Brasil é o país com maior diversidade genética vegetal do mundo,
abrigando cerca de 55 mil espécies de plantas. Quanto à sociodiversidade, o país,
engloba cerca de 220 etnias indígenas, além de comunidades locais como
quilombolas, seringueiros, caiçaras, etc. que detêm importantes conhecimentos
tradicionais associados à biodiversidade (MMA, 2009). Os ecossistemas brasileiros
estão sendo ameaçados pelo aumento da população e pela ineficiência das leis de
proteção e isto demonstra a necessidade urgente de se domesticar espécies úteis,
reflorestar áreas desmatadas e racionalizar o uso das florestas, a fim de preservar
estas espécies e garantir o repasse do conhecimento às gerações futuras
(ANDRADE; CASALI, 2002). Neste sentido, a etnobotânica é uma ferramenta
indispensável
para
o
conhecimento,
valorização
e
preservação
da
flora
(ALBUQUERQUE, 2002).
Neste trabalho realizou-se um levantamento etnobotânico no Distrito de São
José de Almeida, Município de Jaboticatubas, que pertence à Região Metropolitana
de Belo Horizonte.
O Município de Jaboticatubas engloba 65% da área do Parque Nacional da
Serra do Cipó (PNSC). Segundo mapas elaborados por Drummond e outros (2005),
o PNSC está entre as áreas prioritárias para conservação da flora de Minas Gerais,
sendo considerada de importância biológica especial, quando se fala em
biodiversidade. Os autores recomendam para essa região, ações de manejo, como a
recuperação/reabilitação das margens dos cursos d’água e a investigação científica
para a efetiva conservação. A vegetação do PNSC é bastante estudada e o
destaque são os campos rupestres, que recobrem as regiões de maior altitude (1000
a 1600 m), e são os principais responsáveis pela excepcional riqueza de espécies:
mais de 1800 espécies já descritas na região (IBAMA, 2004).
21
O Distrito de São José de Almeida localiza-se à aproximadamente 30 km do
limite do Parque, mas apesar desta proximidade, não há registros da flora do
Distrito, e tampouco do uso tradicional das espécies vegetais existentes. E mesmo
que o Distrito pertença a Região Metropolitana de Belo Horizonte, seus moradores
ainda utilizam plantas para tratamento de doenças, produção de vassouras,
artesanatos, benzeduras, etc.
Considerando a importância biológica da região e a escassez de inventários
de flora que possibilitem a elaboração de planos de manejo e conservação das
espécies, este estudo contribuirá para o regaste do conhecimento sobre plantas que
são úteis para o homem e para a preservação das mesmas em Minas Gerais.
22
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo geral
• Recuperar e registrar o conhecimento etnobotânico sobre as espécies
vegetais utilizadas pela população do Distrito de São José de Almeida,
Jaboticatubas, MG.
2.1. Objetivos específicos
• Verificar quais são as plantas utilizadas pelos moradores do Distrito de São
José de Almeida;
• Detectar os principais usos dados às plantas pelos moradores do Distrito
de São José de Almeida;
• Identificar raizeiros, benzedeiras, curandeiros e artesãos existentes na
região;
• Coletar, herborizar e identificar espécies vegetais utilizadas pelos
moradores do Distrito de São José de Almeida;
23
3. REVISÃO DA LITERATURA
3.1. A diversidade vegetal brasileira
Segundo Guerra e Nodari (2004), biodiversidade é a variedade e variabilidade
existentes entre organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais eles
ocorrem. O Brasil é considerado um país de megadiversidade pois detém
aproximadamente 19% do total de plantas do planeta (GIULIETTI; HARLEY;
QUEIROZ, 2005) e mais de 15 milhões de representantes do Reino Animal
(CALIXTO, 2000). Em números específicos, o Brasil abriga cerca de 56 mil espécies
das 264 a 279 mil espécies vegetais de plantas conhecidas e catalogadas no mundo
(PEIXOTO; MORIM, 2003; GIULIETTI; HARLEY; QUEIROZ, 2005). Estimativas
atuais do Ministério do Meio Ambiente indicam a existência de 5 a 10 espécies de
gimnospermas, 55 a 60 mil espécies de angiospermas, 3.100 espécies de briófitas,
1.200 a 1.300 espécies de pteridófitas e cerca de 525 espécies de algas marinhas.
Segundo Giulietti, Harley e Queiroz, (2005), no Brasil, ocorrem 41 famílias e 8.016
espécies incluídas em 669 gêneros de monocotiledôneas, representando 14% do
total mundial. Dessas espécies, 3.557 são endêmicas ao Brasil (GIULIETTI;
HARLEY; QUEIROZ, 2005). Quanto às dicotiledôneas, Shepherd (2003) afirma que
existam cerca de 21 mil espécies no Brasil, o que representa 11,3% da flora do
mundo. As famílias Leguminosae (s. l.) (3.200 spp), Asteraceae (1.900 spp),
Euphorbiaceae (1.100 spp), Myrtaceae (1.038 spp) e Rubiaceae (1.000 spp) são as
maiores famílias, em número de espécies no Brasil (GIULIETTI; HARLEY;
QUEIROZ, 2005).
O interesse sobre a flora do Brasil remonta ao século XVI e numerosos
botânicos europeus visitaram o país do século XVII até o final do século XIX para
estudar as paisagens e a flora do Brasil. Em 1808, com a criação do Museu Nacional
do Rio de Janeiro iniciaram-se estudos taxonômicos e florísticos no Brasil
(GIULIETTI; HARLEY; QUEIROZ, 2005).
A diversidade biológica de qualquer nação tem que ser tratada como um
recurso global, para ser registrada, usada e, acima de tudo, preservada (WILSON,
1997). Essa afirmativa toma um caráter de urgência, considerando que o
crescimento explosivo das populações humanas está desgastando o meio ambiente
de forma acelerada, a ciência está descobrindo novas utilizações para a diversidade
24
biológica e grande parte da diversidade está se perdendo irreversivelmente através
da extinção causada pela destruição de hábitats naturais (EHRLICH, 1997;
WILSON, 1997; CALIXTO, 2000). A falta de conscientização ecológica e de
direcionamento técnico levam espécies de grande valor ecológico a se extinguirem,
assim como os representantes da fauna que dependem dessas espécies, estão
também condenados (LORENZI, 1992).
Após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, a demanda acerca da biodiversidade, em escalas global, regional
e nacional cresceu muito. O conhecimento, a conservação e o uso sustentável da
fauna, da flora e do ambiente onde vivem animais e plantas fazem parte do rol de
temas que trata a Convenção da Diversidade Biológica (CDB) (PEIXOTO; MORIM,
2003). Tem que se apressar em adquirir o conhecimento sobre o qual basear uma
política sábia de conservação e desenvolvimento para os séculos que estão por vir
(WILSON, 1997).
Em termos econômicos, o valor estratégico total da biodiversidade brasileira,
pode passar de um trilhão de dólares (CALIXTO, 2000). Os componentes da
biodiversidade podem fornecer uma ampla gama de produtos de importância
econômica. Dentre eles destacam-se os fitoterápicos e os fitofármacos, originados
dos recursos genéticos vegetais (GUERRA; NODARI, 2004).
Estima-se que existam aproximadamente 250 mil espécies de plantas no
mundo e que apenas 10% destas tenham sido avaliadas por algum método
científico. Isto faz da flora brasileira uma das mais ricas fontes de novos produtos
farmacêuticos, cosméticos e nutracêuticos, pois constitui a maior biodiversidade do
planeta (BRANDÃO; ZANETTI, 2008). Os produtos naturais e seus derivados
representam mais de 50% de todas as drogas utilizadas no mundo. As plantas
superiores contribuem com mais de 25% deste total (WYK; WINK, 2004). Segundo
Henkel (1999) dos 30 mil compostos naturais bioativos existentes, 13% foram
derivados de animais, 33% de bactérias, 26% de fungos e 27% originados de
plantas.
25
3.2. A etnobotânica
Considerando que o homem não é somente um ser biológico que vive num
ambiente específico, mas também portador e criador de cultura (ANDRADE;
CASALI, 2002).A etnobotânica pode ser entendida como o estudo da inter-relação
direta
entre
pessoas
de
culturas
viventes
e
as
plantas
do
seu
meio
(ALBUQUERQUE, 2002).
Desde a década de 80 muitos pesquisadores já percebiam o senso de
urgência no estudo e registro do saber tradicional associado à flora, considerando as
crescentes pressões econômicas, a perda da biodiversidade e o acelerado processo
de mudança cultural que as comunidades tradicionais sofrem, principalmente em
países em desenvolvimento (AMOROZO; GÉLY, 1988; ELISABETSKY, 2004).
A etnobotânica é considerada uma ferramenta indispensável para o
conhecimento, valorização e preservação da flora (ALBUQUERQUE, 2002). A
descoberta do modo pelo qual qualquer grupo humano se relaciona com seu
ambiente justifica-se em si mesma, ao permitir entender como, pelo seu modo de
pensar a natureza, o homem a explora, produzindo seus meios de subsistência,
além de se apropriar ideologicamente dela e construir representações simbólicas
relevantes à organização social (AMOROZO, 1996).
Existem duas formas de se construir o conhecimento das propriedades
terapêuticas das plantas: de “forma intuitiva” na medicina popular por diferentes
culturas e a “forma científica”, e essas duas formas devem ser utilizadas juntas, de
forma a enriquecer as informações sobre o uso seguro e eficaz das plantas
medicinais (LEITE, 2004).
Segundo registros históricos de diferentes civilizações e culturas que se
sucederam em nosso planeta, o ser humano iniciou o uso de plantas imitando os
animais, guiado por instinto, e depois empiricamente, associando o poder curativo
destas a práticas mágicas, místicas e ritualísticas, num processo de seleção
contínuo de plantas medicinais (BALBAA, 1983; CORRÊA JÚNIOR; MING;
SCHEFFER, 1991; MING, 1994). As plantas são a identidade de um conjunto de
pessoas, refletem o que são, o que pensam e suas relações com a natureza que os
cerca. Esta sábia natureza lhes oferece alimentação, remédios, sustento rentável e
desfrute da alma (MEDEIROS; FONSECA; ANDREATA, 2004).
26
Toda sociedade humana acumula um acervo de informações sobre o
ambiente que a cerca, que vai lhe possibilitar interagir com ele para prover suas
necessidades de sobrevivência. Neste acervo, inscreve-se o conhecimento
relacionado ao mundo vegetal com o qual estas sociedades estão em contato
(AMOROZO, 1996).
A etnobiologia e a etnoecologia têm sido campos que vêm contribuindo no
fornecimento de dados que muitas vezes corroboram a idéia de que práticas locais
de indígenas ou campesinos são ecologicamente sustentáveis, e podem fornecer
alternativas para as práticas importadas pelos cientistas que não raro olvidam a
realidade local (ALBUQUERQUE; ANDRADE, 2001). As pesquisas etnobotânicas
podem subsidiar trabalhos sobre uso sustentável da biodiversidade através da
valorização e do aproveitamento do conhecimento empírico das sociedades
humanas, a partir da definição dos sistemas de manejo, incentivando a geração de
conhecimento científico e tecnológico voltados para o uso sustentável dos recursos
naturais (FONSECA-KRUEL; PEIXOTO, 2004).
Tanto a etnobotânica como a etnofarmacologia têm demonstrado ser
poderosas ferramentas na busca por substâncias naturais de ação terapêutica
(ALBUQUERQUE, 2002; ALBUQUERQUE; HANAZAKI, 2006). Para a maioria das
plantas nativas não existem estudos científicos e sua utilização, no Brasil, é baseada
principalmente, na tradicionalidade (VENDRUSCOLO; RATES; MENTZ, 2005).
27
4. METODOLOGIA
4.1. Área de estudo
O estudo etnobotânico foi conduzido no Distrito de São José de Almeida,
Município de Jaboticatubas, região central de Minas Gerais (Mapa 1). O Distrito
localiza-se nas coordenadas geográficas definidas por: 19°26’12,81” de Latitude Sul
e 43°49’41,20 de Longitude Oeste e altitude média de aproximadamente 700m
(GOOGLE EARTH, 2004).
Mapa 1: Como chegar a São José de Almeida, Jaboticatubas – MG
Fonte: Jaboticatubas, 2006.
4.2. Levantamento de dados etnobotânicos
Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com moradores do Distrito de
São José de Almeida, utilizando-se formulários previamente preparados (ANEXO)
(ALBUQUERQUE; LUCENA, 2004).
O procedimento utilizado para determinação da amostra é o descrito por
Albuquerque e Lucena (2004). A amostragem foi do tipo não-probalística com
28
amostra intencional ou de seleção racional. A amostra foi composta por informantes
selecionados na população, por serem considerados pela comunidade como
pessoas que detêm o conhecimento sobre o assunto pesquisado. Os esforços de
pesquisa foram concentrados sobre raizeiros, benzedeiras e artesãos existentes na
região, que utilizem plantas e/ou produtos extraídos delas no seu dia-a-dia.
As perguntas foram objetivas visando verificar todas as relações existentes
entre homem/planta, de modo a obter informações sobre as plantas utilizadas como
medicamento, para o artesanato, como lenha, para construção, entre outros. Após
aplicação dos questionários os dados foram tabulados e analisados.
4.3. Coleta, herborização e identificação das plantas
Após as entrevistas as plantas foram coletadas com o auxílio do entrevistado,
sempre que este tinha disponibilidade. O material coletado foi fotografado com
câmera fotográfica digital, e em seguida etiquetado e acondicionado em sacos
plásticos até a prensagem, que foi realizada utilizando-se prensas de madeira,
jornais e papelão. O material assim processado foi levado para o Herbário PAMG da
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) onde foi seco em
estufa e herborizado conforme as técnicas usuais em botânica (FIDALGO; BONONI,
1984).
A
identificação
das
espécies
foi
realizada
utilizando-se
literatura
especializada, consulta ao acervo do Herbário PAMG e outros herbários, e sempre
que possível e necessário foi solicitado auxílio de especialistas nas diversas famílias
botânicas. O sistema de classificação utilizado foi o da APG II (SOUZA; LORENZI,
2008).
O
material
PAMG/EPAMIG.
testemunho
deste
estudo
está
depositado
o
Herbário
29
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Perfil dos entrevistados
Foram entrevistados oito moradores do distrito de São José de Almeida. A
idade dos entrevistados variou entre 43 e 78 anos de idade. Dos oito entrevistados
dois são homens casados, e seis são mulheres, dessas, três são viúvas, duas são
casadas e uma é divorciada. Segundo Rodrigues e Casali (2002), as mulheres são
grandes detentoras do conhecimento sobre plantas medicinais e tem importante
papel no processo de transmissão destes conhecimentos. Em diversos outros
trabalhos etnobotânicos realizados em Minas Gerais as mulheres também foram
mais numerosas em relação a detenção de conhecimentos do uso tradicional de
plantas (RODRIGUES et al., 2002; MENEZES et al., 2005; CALÁBRIA et al., 2008;
DAMASCENO; BARBOSA, 2008).
Em relação à escolaridade nenhum dos entrevistados completou o ensino
fundamental. O entrevistado que possui o nível de escolaridade mais avançado
estudou até a sexta série e o que estudou menos fez apenas a primeira série do
ensino fundamental. Em pesquisa etnobotânica realizada no Alto Rio Grande e no
município de Piumhi (MG) os autores também encontraram um nível de escolaridade
baixo entre os entrevistados (RODRIGUES; CARVALHO, 2001; SILVA et al., 2005).
Nenhum dos entrevistados cobra pelos preparados e pelas orientações que
fornecem sobre o uso de plantas medicinais. Quatro entrevistados têm como fonte
de renda a aposentadoria e os demais são profissionais informais e autônomos (um
deles trabalha nas fazendas da região em serviços gerais, uma é diarista, uma
vende cachorro quente e outra é proprietária de um bar). Em outros trabalhos
etnobotânicos realizados em Minas Gerais os autores também constataram que os
conhecedores de plantas não cobram pelos serviços prestados (RODRIGUES;
CARVALHO, 2001; SILVA et al., 2005; DAMASCENO; BARBOSA, 2008; CALÁBRIA
et al., 2008).
O conhecimento sobre a utilização de plantas foi adquirido pelos informantes,
através de informações transmitidas por seus pais, principalmente, pelas mães e por
outros moradores da região que detinham conhecimentos sobre o uso tradicional de
plantas. De acordo com Amorozo (1996), o principal modo de transmissão do
conhecimento, em sociedades tradicionais é o oral. A autora comenta que a
30
transmissão entre gerações requer contato intenso e prolongado dos membros mais
velhos com os mais novos da sociedade.
5.2. Diversidade de plantas citadas
Nas entrevistas foram citadas 168 plantas, pertencentes a 138 gêneros e 63
famílias (Quadros 1 e 2). Onze plantas permaneceram apenas com os nomes
populares, pois não foram coletadas ou não apresentavam estruturas reprodutivas,
essenciais para identificação. Das plantas citadas, foram coletados fragmentos de
132 espécies pertencentes a 50 famílias. Foram produzidas cerca de 150 exsicatas
que foram incorporadas ao acervo do herbário PAMG da Empresa de Pesquisa
Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e cujos números de registro no herbário
podem ser verificados no Quadro 2.
Nome (s) popular (es)
Família
Espécie
Abacateiro
Família: Lauraceae
Persea americana Mill.
Açafrão
Família: Zingiberaceae
Curcuma longa L.
Alecrim-do-campo, alecrimdo-mato (FIG. 1)
Família: Asteraceae
Baccharis dracunculifolia DC.
Alecrim-da-horta
Família: Lamiaceae
Rosmarinus officinalis L.
Alfavaca
Família: Lamiaceae
Ocimum sp.
Alfavaca (FIG. 2)
Família: Lamiaceae
Ocimum cf. selloi Benth.
Alfavacão (FIG. 3)
Família: Lamiaceae
Ocimum cf. gratissimum L.
Algodão (FIG. 4, 5)
Família: Malvaceae
Gossypium hirsutum L.
Utilizações
As podas da árvore são utilizadas como lenha. O chá das folhas
do abacateiro (infusão) + cabelo de milho é utilizado como
diurético, para tratar problemas da bexiga e dos rins.
Os rizomas são utilizados no preparo de corante utilizado na
alimentação.
Os ramos com folhas são utilizados para a confecção de
vassouras e como repelente de pernilongos.
O chá das partes aéreas (decocção) é utilizado para tratamento
da hipertensão e também quando se está com o “peito abafado”
(angústia).
O chá das folhas (decocção) é adicionado a um “doce” feito com
cerca de outras 24 plantas para o tratamento da asma.
As folhas frescas são utilizadas para temperar carne de porco.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratar dor de
garganta.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratar dor de
estômago e banhar feridas. O chá das folhas + botões florais +
frutos do algodão é anti-inflamatório utilizado para tratar
problemas renais.
31
Alho-de-todo-ano
Família: Alliaceae
Allium sp.
Amesca (FIG. 6)
Família: Burseraceae
Protium heptaphyllum (Aubl.)
March.
Amoreira
Família: Moraceae
Morus nigra L.
Ananás-do-campo
Família: Bromeliaceae
Ananas ananassoides (Baker)
L.B. Sm.
Anestesia-do-mato
Arruda
Família: Rutaceae
Ruta graveolens L.
Articum (FIG. 7)
Família: Annonaceae
Annona crassiflora Mart.
Assa-peixe (FIG. 8)
Família: Asteraceae
Vernonanthura phosphorica
(Vell.) H. Rob.
Azedinho (FIG. 9, 10)
Família: Oxalidaceae
Oxalis hirsutissima Mart. et
Zucc.
Babosa (FIG. 11)
Família: Asphodelaceae
Aloe vera (L.) Burm. f.
Bálsamo (FIG. 12)
Família: Crassulaceae
Sedum dendroideum Moc. &
Sessé ex DC.
Barbaço
Família: Scrophulariaceae
Buddleja brasiliensis Jacq.
Barbatimão (FIG. 13)
Família: Fabaceae
Stryphnodendron adstringens
(Mart.) Coville
Beldroega
Família: Portulacaceae
Portulaca oleracea L.
Benzinho
Família: Asteraceae
Acanthospermum hispidum DC.
Boca-de-cobra (FIG. 14)
Família: Gentianaceae
Deianira erubescens Cham &
Schltdl.
As folhas frescas são utilizadas como tempero.
A resina da planta misturada ao fubá é dada aos cachorros para
a retirada de bernes.
O chá das folhas (decocção) deve ser bebido de 9 em 9 dias
para tratar os sintomas da menopausa. O chá das folhas de
amoreira + folhas de manjericão é utilizado no tratamento da
hipertensão.
O chá das folhas (decocção) é utilizado em banhos e deve-se
ficar três dias sem se molhar (resguardo).
A raiz da planta é utilizada como anestésico.
O chá das folhas (decocção) é utilizado em banhos, para
enrijecer a pele do recém-nascido. O macerado das folhas é
utilizado para tratar inflamações nos olhos: as folhas frescas
devem ser deixadas num prato, no sereno à noite. No dia
seguinte, utiliza-se o sereno acumulado no prato para banhar os
olhos. A planta é utilizada também para combater o “mauolhado”.
As sementes amassadas e curtidas no álcool ou cachaça são
utilizadas contra piolhos.
O macerado das folhas é utilizado como emplastro para
estancar hemorragias e como cicatrizante de cortes. O chá é
utilizado para tratar gripes e resfriados. Associado a outras
plantas é utilizado no tratamento da asma.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratamento de
sapinha em crianças.
O sumo mucilaginoso das folhas é utilizado contra piolhos.
As folhas batidas com leite devem ser tomadas em jejum para
tratar problemas de estômago. Três folhas mastigadas pela
manhã, em jejum, são utilizadas para o mesmo fim.
O chá dos ramos (decocção) é utilizado contra inchaço de
animais (cavalo, porco e boi).
O chá das cascas do tronco (decocção) é utilizado para banhar
feridas e para tratar parturientes, como anti-inflamatório.O
tronco e galhos são utilizados como lenha.
Utilizada como alimento para porcos.
O chá da planta (decocção) toda é diurético. O chá das raízes é
utilizado para tratar gripe.
O chá da planta toda (decocção) é utilizado para tratar os
sintomas da menopausa.
32
Boldo
Família: Lamiaceae
Plectranthus barbatus Andrews
Bolsa-de-pastor (FIG. 15, 16)
Família: Bignoniaceae
Cybistax antisyphilitica (Mart.)
Mart.
Bolsa-de-pastor (FIG. 17)
Família: Bignoniaceae
Zeyheria montana Mart.
Bugre (FIG. 18)
Família: Rubiaceae
Rudgea viburnoides (Cham.)
Benth.
Cabuí
Cagaiteira (FIG. 19, 20)
Família: Myrtaceae
Eugenia dysenterica DC.
Camará-da-flor-roxa
Família: Verbenaceae
Lantana sp
Camará-da-flor-vermelha
(FIG. 21)
Família: Verbenaceae
Lantana camara L.
Cainca
Família: Rubiaceae
Chiococca alba (L.) Hitchc.
Caju
Família: Anacardiaceae
Anacardium occidentale L.
Cajuzinho-do-campo (FIG. 22)
Família: Anacardiaceae
Anacardium humile A. St.-Hil.
Canela
Família: Peraceae
Pera sp.
Canela-de-cigana, cigana
(FIG. 23)
Família: Bignoniaceae
Arrabidaea sceptrum (Cham)
Sandwith
Canela-de-saracura (FIG. 24)
Família: Euphorbiaceae
Croton antisyphiliticus Mart.
Capeba (FIG. 25)
Família: Piperaceae
Piper umbellatum L.
Caroba
Família: Bignoniaceae
acarandá caroba (Vell.) A. DC.
Carrapicho-beiço-de-boi
Família: Fabaceae
Desmodium incanum DC.
Carrapicho-rajado
Família: Fabaceae
Desmodium sp.
O macerado das folhas é utilizado para tratar dor de estômago e
ressaca.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratar parturientes,
como anti-inflamatório.
O doce feito com a entrecasca é utilizado no tratamento da
asma.
O chá das folhas (decocção) é utilizado como depurativo,
emagrecedor, calmante e também para tratamento de
problemas renais e hipertensão.
Utilizada como lenha e para fabricação de cabos de
ferramentas.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratamento de
inflamações e para limpeza de vacas recém-paridas. O chá das
cascas é utilizado para tratamento de diabetes.
O chá das flores (decocção) é utilizado para tratamento de
asma e curar crianças aguadas.
O chá das flores é utilizado para tratamento de asma e curar
crianças aguadas. A planta é tóxica para o gado.
O chá das partes aéreas (decocção) é utilizado para tratar dores
nas pernas e reumatismos.
As podas da árvore são utilizadas como lenha.
O chá das raízes (decocção), secas por 2 ou 3 dias, é utilizado
para o tratamento de diabetes.
Os troncos são utilizados como lenha e madeira para
construção.
O doce da raiz é utilizado como depurativo do sangue e para o
tratamento da asma.
O chá das folhas (decocção) é utilizado como anti-inflamatório.
O doce das raízes é depurativo do sangue.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para banhar furúnculos
e estancar hemorragias nasais. As folhas são também utilizadas
como alimento (refogadas).
Os frutos curtidos na cachaça são depurativos do sangue.
O chá das folhas é utilizado para tratar dor nas pernas.
O chá das partes aéreas (decocção), frio, é utilizado para tratar
dores de barriga.
33
Caruru
Família: Amaranthaceae
Amaranthus spinosus L.
Caruru-de-veado (FIG. 26)
Família: Asteraceae
Porophyllum ruderale (Jacq.)
Cass
Cascudinho
Catuaba-fêmea (FIG. 27)
Família: Fabaceae
Clitoria guianensis (Aubl.)
Benth.
Cervejinha-do-campo
Família: Bignoniaceae
Arrabidaea brachypoda (DC)
Bureau
Chapéu-de-couro
Família: Alismataceae
Echinodorus longiflorus (Cham.
& Schltdl.) Micheli
Cidreira-de-capim, ervacidreira-de-capim
Família: Poaceae
Cymbopogon citratus (DC.)
Stapf.
Cipó-caboclo
Família: Dilleniaceae
Davilla nitida (Vahl.) Kubitski
Cipó-mil-homens
Família: Dioscoreaceae
Dioscorea sp.
Cipó-prata
Família: Malpighiaceae
Banisteriopsis sp.
Coitezeiro (FIG. 28, 29)
Família: Bignoniaceae
Crescentia cujete L.
Cola-osso
Família: Asteraceae
Conyza bonariensis (L.)
Cronquist
Crista-de-pavão (FIG. 30)
Família Boraginaceae
Heliotropium indicum L.
Cura-tombo
Dom-bernardo, douradinha
(FIG. 31)
Família: Rubiaceae
Palicourea rigida Kunth
Embaúba-roxa (FIG. 32)
Família: Urticaceae
Cecropia pachystachya Trec.
Erva-andorinha
Família: Euphorbiaceae
Chamaesyce hirta (L.) Milisp.
O chá da planta toda (decocção) é utilizado como antiinflamatório no tratamento de feridas
O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratar manchas da
pele.
O chá de toda planta (decocção) é utilizado para tratar
problemas renais.
O chá das raízes (decocção) é utilizado pra tratar problemas
sexuais femininos.
O chá das raízes (decocção) é utilizado para tratamento de
doenças dos rins e cálculos renais.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratamento de
dores nas articulações provocadas pelo reumatismo.
O chá das folhas e raízes (decocção), associado ao de outras
plantas, é utilizado para o tratamento da asma. O chá das folhas
também é utilizado no tratamento da hipertensão.
O cipó é muito forte, sendo utilizado para amarrar cercas
rústicas e feixes de lenha.
O chá das partes aéreas (decocção) é utilizado para tratamento
de reumatismo.
A planta deve ser coletada do lado do sol. O chá (decocção)
cura qualquer dor. Associado ao chá de erva-de-passarinho e
língua-de-tiu é utilizado para tratar dores nos rins.
O chá das folhas é utilizado em banhos para o tratamento de
alergias. O fruto coletado na lua minguante é utilizado para
fabricar cuias, que são utilizadas como utensílios domésticos.
Emplastro da planta toda, feito com cinzas quentes é utilizado
para colar ossos quebrados.
O chá das folhas (infusão) é utilizado como diurético.
O chá da raiz (decocção) é utilizado para tratar dores
decorrentes de quedas.
O chá das folhas secas (decocção) é utilizado como diurético,
para tratar reumatismo e problemas renais. O chá feito com
duas folhas fervidas em 1 L de água é utilizado como calmante
e contra aperto no peito (angústia). O chá das folhas + cabelo
de milho (decocção) é utilizado para tratar problemas
estomacais.
As folhas jovens são utilizadas como alimento (refogadas).
Os ramos da planta esfregados e colocados na água fria são
utilizados para banhar os olhos e tratar inflamações.
34
Erva-cidreira (FIG. 33, 34)
Família: Verbenaceae
Lippia alba (Mill.) N.E. Br.
Erva-de-bicho
Família: Amaranthaceae
Alternanthera cf. lanceolata
(Benth.) Schinz
Erva-de-bicho
Família: Polygonaceae
Polygonum sp.
Erva-de-passarinho (FIG. 35)
Família: Loranthaceae
Struthanthus marginatus (Desr.)
Blume
Erva-de-rato (FIG. 36)
Família: Rubiaceae
Psychotria barbiflora DC.
Erva-de-rato (FIG. 37)
Família: Rubiaceae
Psychotria capitata Ruiz & Pav.
Erva-de-santa-maria
Família: Amaranthaceae
Chenopodium ambrosioides L.
Erva-formigueiro
Família: Asteraceae
Eupatorium cf. laevigatum Lam.
Espinheira-santa
Família: Celastraceae
Maytenus sp.
Fava-de-sant’inácio
Fedegoso
Família: Fabaceae
Senna ocidentalis (L.) Link
Figueira
Família: Moraceae
Ficus carica L.
Folha-miúda (FIG. 38)
Família: Myrtaceae
Myrcia fallax (Rich.) DC.
Fumo (FIG. 39)
Família: Solanaceae
Nicotiana tabacum L.
Fumo-bravo
Família: Asteraceae
Elephantopus cf. mollis Kunth
Funcho, erva-doce
Família: Apiaceae
Foeniculum vulgare Mill.
Goiabeira (FIG. 40)
Família: Myrtaceae
Psidium guajava L.
O chá das folhas (infusão) é utilizado para tratar dor de garganta
e como calmante.
O macerado de folhas é utilizado para tratar “tonturas”.
O macerado de folhas e caule é utilizado para tratar “tonturas”.
O chá da planta toda (decocção) é utilizado para tratar dores
dos rins.
O chá das folhas (decocção) misturado ao fubá é utilizado para
matar ratos.
O chá das folhas (decocção) misturado ao fubá é utilizado para
matar ratos.
O chá das folhas (decocção) misturado com leite e o macerado
puro ou misturado com água são utilizados como vermífugo.
O chá das folhas (decocção) é utilizado no tratamento de
diabetes.
O chá das folhas (decocção) é utilizado no tratamento de
problemas de estômago. O chá de três ramos de espinheirasanta + urucum é utilizado como tônico cardíaco.
O chá das favas (infusão) é utilizado como vermífugo.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratar hipertensão
e dores de cabeça. O chá da raiz (decocção) associado a outras
plantas é utilizado para tratar a asma.
O chá das folhas (decocção) é utilizado tratar dor de garganta.
As folhas fervidas no leite são utilizadas como depurativo e para
o tratamento de gripes e resfriados.
Os ramos com folhas são utilizados na confecção de vassouras.
Os troncos são utilizados como postes, cabos de ferramentas e
lenha.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para banhar feridas,
como anti-inflamatório e contra carrapatos. O emplastro das
folhas é utilizado para tratar furúnculos. As folhas maceradas
embebidas em óleo são utilizadas para tratar bicheiras em
animais.
O chá da raiz (decocção) é utilizado para tratar dor de garganta.
Esse chá associado ao de outras plantas é utilizado no
tratamento da asma.
O chá das partes aéreas e das sementes (infusão) é utilizado
para o tratamento de gripes e insônia.
As folhas frescas maceradas são utilizadas para limpeza dos
dentes. O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratar
gastrenterite em crianças (O chá deve ser dado a cada 10
minutos). O chá das cascas (decocção) é utilizado como
bochecho contra dor de dente e para tratar diarréias. As podas
dos galhos são utilizados como lenha.
35
Gravatá
Família: Bromeliaceae
Bromelia antiacantha Bertol.
Hortelã
Família: Lamiaceae
Mentha sp.
Hortelã
Família: Lamiaceae
Plectranthus amboinicus (Lour.)
Spreng.
Insulina (FIG. 41)
Família: Vitaceae
Cissus verticillata (L.) Nicolson
& C. E. Jarvis
Ipê
Família: Bignoniaceae
Tabebuia sp.
Ipê-roxo
Família: Bignoniaceae
Tabebuia impetiginosa (Mart.)
Standl.
Jalapa (FIG. 42, 43)
Família: Apocynaceae
Mandevilla cf. illustris (Vell.) R.
E. Woodson
Jalapa (FIG. 44, 45)
Família: Apocynaceae
Rhodocalyx rotundifolius Müll.
Arg.
Jatobá (FIG. 46)
Família: Fabaceae
Hymenaea courbaril L.
Jeribão, jurubão (FIG. 47)
Família: Verbenaceae
Sthachytarpheta cayennensis
(Rich.) Vahl.
João-bolô (FIG. 48, 49)
Família: Myrtaceae
Syzygium cumini (L.) Skeels
João-da-costa
Juá-brabo (FIG. 50)
Família: Solanaceae
Solanum aculeatissimum Jacq.
Jurubebinha-do-campo
Família: Solanaceae
Solanum sp.
Lágrima-de-nossa-senhora
Família: Poaceae
Coix lacryma-jobi L.
Laranjeira
Família: Rutaceae
Citrus sinensis (L.) Osbeck
Laranjinha-creme
Família: Rutaceae
Citrus limonia Osbeck
Os frutos maduros são utilizados para tratamento da asma. Três
frutos devem ser amassados e cozidos em 1 L de água, até que
seja reduzido a 250 mL, o preparado deve ser tomado pela
manhã e adoçado com mel.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratar gripes. O
macerado das folhas com leite é utilizado como vermífugo.
As folhas frescas são utilizadas como tempero para carnes.
O chá das folhas (decocção) é utilizado no tratamento de
diabetes.
Utilizada como lenha.
O chá da entrecasca (decocção) é utilizado para tratar muitas
doenças, inclusive câncer. O chá das cascas (decocção ou
infusão) é utilizado para tratar dor nos ossos.
O doce feito com o xilopódio é utilizado como depurativo do
sangue.
Os xilopódios triturados e cozidos com açúcar são utilizados
para fazer balas que são depurativas do sangue. Se
consumidas em excesso as balas causam problemas de
estômago.
O banho com o chá das folhas (decocção) é utilizado para
aumentar as contrações da gestante. A polpa farinácea que
envolve a semente é comestível. O decocto das cascas ou as
cascas curtidas na cachaça são utilizados para tratar problemas
de estômago.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratar cólicas
menstruais e da raiz é utilizado para tratar dor de garganta,
gripes. O mesmo chá associado a outras plantas é utilizado no
tratamento de asma.
O triturado das sementes é utilizado no tratamento de diabetes.
A entrecasca deixada de molho na água fria, de um dia para o
outro, é utilizada também no tratamento de diabetes.
O chá das folhas (decocção) + ponta-de-lanceta é utilizado para
tratamento de dor nas costas.
O emplastro preparado com o fruto sapecado + pele de toucinho
+ ora-pro-nóbis deve ser aplicado no local do furúnculo para
rena-lo.
O doce da raiz é depurativo do sangue.
O chá das folhas + transagem + quebra-pedra + cabelo de milho
é utilizado no tratamento de dor nos rins.
O chá das folhas + cidreira + fumo-bravo é utilizado para tratar
dor de garganta.
È adicionada ao fubá para tratar galinhas doentes. O suco dos
frutos é utilizado para tratar cachorro.
36
Laranjinha-do-mato
Família: Styracaceae
Styrax ferrugineus Nees & Mart.
Limeira
Família: Rutaceae
Citrus aurantifolia (Christm.)
Swingle
Língua-de-tiú (FIG. 51, 52)
Família: Salicaceae
Casearia sylvestris Sw.
Losma
Família: Asteraceae
Artemisia absinthium L.
Macaúba, coqueiro
(FIG. 53, 54)
Família: Arecaceae
Acrocomia aculeata (Jacq.)
Lodd. Ex. Mart.
Mama-cadela (FIG. 55)
Família: Moraceae
Brosimum gaudichaudii Trécul
Mamoeiro
Família: Caricaceae
Carica papaya L.
Mamoneira (FIG. 56)
Família: Euphorbiaceae
Ricinus communis L.
Mandioca
Família: Euphorbiaceae
Manihot utilissima Pohl.
Mangaba
Família: Apocynaceae
Hancornia speciosa Gomes
Mangueira
Família: Anacardiaceae
Mangifera indica L.
Manjericão
Família: Lamiaceae
Ocimum basilicum L.
Maracujá
Família: Passifloraceae
Passiflora cincinnata Mast.
Marcela (FIG. 57)
Família: Asteraceae
Achyrocline satureoides (Lam.)
DC.
Marcela, marcelinha
Família: Asteraceae
Anthemis cotula L.
Maria-preta (FIG. 58, 59)
Boraginaceae
Cordia verbenacea L.
Mata-barata (FIG. 60)
Família: Fabaceae
Andira humilis Mart. ex Benth.
O chá das folhas é utilizado para banhar feridas.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratamento de
inflamações e limpeza de vacas recém-paridas.
O chá das folhas (decocção) é depurativo do sangue. O chá de
língua-de-tiú + erva-de-passarinho + cipó-prata é utilizado para
tratar dores dos rins.
O macerado das folhas é utilizado para tratamento de ressaca.
A polpa dos frutos é utilizada para a fabricação de sabão. O
endocarpo dos frutos é utilizado como lenha e para confecção
de anéis e as sementes utilizadas para a fabricação de azeite.
As folhas são utilizadas para cobrir caramanchões. O tronco é
utilizado em construções rústicas como cerca de horta e
chiqueiros.
O chá das folhas e das cascas do caule é utilizado como
depurativo do sangue e também contra dores de dente.
O macerado das folhas e flores é utilizado para tratar dor de
estômago, diarréia e ressaca. Os frutos verdes também são
consumidos em refogados como alimento.
O emplastro das folhas + o azeite das sementes é utilizado para
tratamento de furúnculos.
As folhas secas, esfareladas e misturadas à comida tratam a
desnutrição.
O chá das folhas é utilizado para tratamento de cólicas
menstruais. O doce da entrecasca é depurativo do sangue.
O chá das folhas + jeribão + alfavacão (decocção) é utilizado
para tratamento de dor de garganta. As podas da árvore são
utilizadas como lenha.
O chá das folhas + folhas de amora é utilizado no tratamento da
hipertensão e febres.
As folhas devem ser torcidas e o sumo bebido para tratar
sinusite.
O chá da planta toda (decocção) é utilizado para tratar gripes.
O macerado da planta é utilizado para tratar diarréias. O chá
(infusão) é utilizada no tratamento de gripes e problemas de
estômago.
O emplastro das folhas é utilizado para tratamento de torcicolo.
O chá (infusão) das folhas é utilizado no tratamento da gripe. Os
ramos com folhas são utilizados na confecção de vassouras.
A polpa dos frutos é utilizada contra ratos e baratas.
37
Mata-pinto
Família: Fabaceae
Machaerium aculeatum Raddi
Melão-de-são-caetano, sãocaetano (FIG. 61, 62)
Família: Cucurbitaceae
Momordica charantia L.
Mentraste, mentrusco
Família: Asteraceae
Ageratum conyzoides L.
Milho
Família: Poaceae
Zea mays L.
Murici (FIG. 63, 64, 65)
Família: Malpighiaceae
Byrsonima verbascifolia Rich. ex
Juss.
Mutambo (FIG. 66, 67)
Família: Malvaceae
Guazuma ulmifolia Lam.
Nega-mina (FIG. 68)
Família: Monimiaceae
Siparuna cujabana (Mart. ex
Tul.) A. DC.
Notícia-de-ouro-preto, cordãode-são-francisco (FIG. 69)
Família: Lamiaceae
Leonurus sibiricus L.
Oficial-de-sala, algodãozinhodo-campo (FIG. 70)
Família: Asclepiadaceae
Asclepias curassavica L.
Orelha-de-cachorro
Família: Asteraceae
Mikania sp.
Orelha-de-onça
Família: Rubiaceae
Pacari (FIG. 71, 72)
Família: Lythraceae
Lafoensia pacari A. St. –Hil.
Pacová (FIG. 73)
Família: Zingiberaceae
Alpinia zerumbet (Pers.) B.L.
Burtt. & R.M. Sm.
Pau-doce (FIG. 74, 75)
Família: Vochysiaceae
Vochysia elliptica Mart.
Pau-ferro
Família: Malpighiaceae
Heteropterys byrsonimifolia A.
Juss.
Pau-santo (FIG. 76, 77)
Família: Clusiaceae
Kielmeyera coriacea Mart. &
Zucc.
Pau-santo (FIG. 78)
Família: Clusiaceae
Kielmeyera variabilis Mart. &
Zucc.
O chá das cascas (decocção) é utilizado em banhos de assento
no tratamento de hemorróidas.
O chá das folhas (infusão) é utilizado para tratar hipertensão. O
chá da planta toda cura qualquer doença.
O chá das folhas (infusão) é utilizado para tratamento de
inflamação de garganta. O chá das raízes (decocção) é utilizado
para tratar parturientes.
O chá do cabelo do milho + transagem + quebra-pedra +
lágrima-de-nossa-senhora é utilizado no tratamento de dores e
cálculos renais.
A tintura extraída da casca do tronco, por decocção é utilizada
para tingir cabelos e roupas. Os troncos e galhos são utilizados
como lenha e são considerados uma das melhores lenhas do
cerrado.
As cascas do tronco são utilizadas para limpar a garapa
(clarificação).
O chá das folhas é utilizado para tratar parturientes, como antiinflamatório.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratar dor de
garganta, diarréias. Em associação com outras plantas é
utilizado no tratamento de asma.
As flores são tóxicas para o gado.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para banhar
machucados.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratar problemas
de estômago.
O chá da entrecasca (decocção) é utilizado para tratar doenças
do estômago.
O chá das flores é utilizado para tratar gripe.
O chá da entrecasca + pau-terra cura qualquer problema da
barriga.
O chá da entrecasca (decocção) serve para tratar qualquer
doença.
O caule colocado em maceração na água é utilizado para
tratamento de úlceras estomacais. O doce da entrecasca é
depurativo do sangue.
O caule colocado em maceração na água é utilizado para
tratamento de úlceras.
38
Pau-terra
Família: Vochysiaceae
Qualea grandiflora Mart.
Pé-de-paca
Família: Fabaceae
Stylosanthes sp.
Pente
Pequi (FIG. 79, 80)
Família: Caryocaceae
Caryocar brasiliensis Cambess.
Pereira (FIG. 81, 82)
Família: Apocynaceae
Aspidosperma subincanum
Mart. ex A. DC.
Perobinha
Picão
Família: Asteraceae
Bidens pilosa L.
Pimenta-de-macaco
(FIG. 83, 84)
Família: Annonaceae
Xylopia aromatica (Lam.) Mart.
Pita, piteira (FIG. 85, 86)
Família: Agavaceae
Furcraea foetida (L.) Haw.
Pitangueira (FIG. 87, 88)
Família: Myrtaceae
Eugenia uniflora L.
Poaia
Família: Polygalaceae
Polygala cf. urbanii Chodat
Poaia
Poejo, poejo-de-ramo
Família: Lamiaceae
Mentha pulegium L.
Poejo-rasteiro
Família: Lamiaceae
Ponta-de-lanceta
Família: Fabaceae
Zornia sp.
Pustemeira
Quatro-mirréis (FIG. 89, 90)
Família: Convolvulaceae
Merremia tomentosa (Choisy)
Hallier f.
Quebra-pedra
Família: Phyllanthaceae
Phyllanthus tenellus Roxb.
Quiabeiro
Família: Malvaceae
Abelmoschus esculentus (L.)
Moench
O chá da entrecasca + pau-doce cura qualquer problema da
barriga.
O chá da planta toda (decocção) é utilizado no tratamento de
diarréias.
O chá da folhas (decocção) é utilizado para banhar os cabelos
em água corrente e tratar dores de cabeça.
A polpa amarela que envolve a semente é utilizada para
fabricação de sabão.
As cascas em maceração em água por cerca de duas horas é
utilizados para tratar qualquer doença.
O chá da raiz (decocção) é utilizado como depurativo.
O chá da planta toda é utilizado para tratar bebês com icterícia.
O decocto ou o macerado de toda planta também é utilizado
para abrir o apetite e no tratamento da anemia. O chá das folhas
(infusão) é utilizado para tratar problemas do fígado.
O chá de um cacho de frutos (decocção) é utilizado para
tratamento pontadas no coração.
As folhas são utilizadas para limpeza de pisos e as fibras das
folhas são trançadas e utilizadas como corda.
O chá das folhas (infusão), depois de frio, é utilizado para tratar
verminoses (lombriga).
O chá da raiz (decocção) associado a outras plantas é utilizado
para tratamento de asma. A raiz também pode ser mastigada
para o mesmo fim.
O chá de toda planta é utilizado para tratamento da hipertensão.
O chá das folhas (infusão) é utilizado para tratar gripes e dores
de garganta.
O chá das folhas é utilizado no tratamento de gripes.
O chá das folhas + folhas de joão-da-costa é utilizado para
tratar dor nas costas.
O chá da planta toda (decocção) é utilizado para banhar feridas.
O doce das raízes associado a outras plantas é utilizado no
tratamento da asma e como depurativo do sangue.
O chá da planta toda (decocção) é utilizado como diurético e
para o tratamento de cálculos renais (+ transagem + cabelo de
milho + lágrima-de-nossa-senhora).
O macerado das raízes é utilizado para tratar crianças, cujos
estejam dentes nascendo.
39
Quina-varinha (FIG. 91)
Família: Rubiaceae
Remijia ferruginea (A. St.-Hil.)
DC.
Ora-pro-nóbis
Família: Cactaceae
Pereskia aculeata Mill
Romanzeira (FIG. 92)
Família: Lythraceae
Punica granatum L.
Roseira-branca
Família: Rosaceae
Rosa wichurana Crép
Sabuqueiro
Família: Caprifoliaceae
Sambucus cf. autralis Cham. &
Schltdl.
Saião
Família: Begoniaceae
Begonia cucullata Willd
O chá da entrecasca (decocção) é utilizado como vermífugo.
O emplastro preparado com o fruto sapecado de juá-brabo, pele
de toucinho e ora-pro-nóbis deve ser aplicado no local do
furúnculo para drená-lo.
O chá dos frutos (decocção) é utilizado para tratar dor de
garganta.
O chá das flores (infusão) é utilizado em banhos para tratar
infecções e inflamações dos genitais femininas e para tratar
cólicas menstruais. Esse chá é também utilizado junto com sal
grosso para tirar “olho gordo”.
O chá das flores é utilizado para tratar sarampo e catapora.
O sumo da folhas é utilizado para tratar dores de ouvido.
Saião
Família: Crassulaceae
Bryophyllum pinnatum (Lam.)
Oken
O sumo das folhas aquecido é utilizado para tratar infecção de
ouvido. O macerado das folhas é utilizado para tratar úlceras.
As folhas batidas com leite e mel são utilizadas para tratar
problemas de pulmão (toma-se o preparado por 5 dias em
jejum, falha 3 dias, e assim por diante).
Salsinha
Família: Apiaceae
Petroselinum crispum (Mill.)
A.W. Hill.
O chá das raízes é utilizado como emenagogo. Pode ser
abortivo.
Sangue-de-cristo (FIG. 93)
Família: Rubiaceae
Sabicea brasiliensis Wernham
O chá das folhas (decocção) é utilizado como laxante. O doce
da raiz associado a outras plantas é utilizado no tratamento da
asma. O macerado das folhas em água fria é utilizado como
depurativo.
Seno (FIG. 94)
Família: Fabaceae
Chamaecrista cathartica (Mart.)
H.S. Irwin & Barneby
O chá das folhas (decocção) é utilizado como purgante. O chá
da planta toda é utilizado como depurativo e associado a outras
plantas para tratar asma.
Sete-juntas
O chá (decocção) das raízes é utilizado para banhar as juntas
no tratamento do reumatismo.
Sete-sangrias
Família: Rubiaceae
Declieuxia cordigera (Mart. &
Zucc. ex Schult. & Schult.) Müll.
Arg.
Sete-sangrias
Família: Lythraceae
Cuphea carthagenensis (Jacq.)
J.F. Macbr.
Sucupira (FIG. 95, 96, 97)
Família: Fabaceae
Bowdichia virgilioides Kunth
Suma
Família: Celastraceae
Hippocratea sp.
O chá das folhas (decocção) é utilizado para tratar tonturas.
O chá da planta toda (decocção) é utilizado para tratar dor de
dente.
O macerado das cascas em água é utilizado para tratar galinhas
doentes.
As raízes e cascas cozidas, misturadas com leite e açúcar são
utilizadas como depurativo do sangue. O chá das cascas
(decocção) ou macerado é utilizado para tratar problemas
estomacais e hemorróidas.
40
Transagem (FIG. 98)
Família: Plantaginaceae
Plantago major L.
O chá da planta toda (decocção) é utilizado como
antiinflamatório. Internamente trata dores de garganta e de
dente. Externamente, em banhos, trata infecções genitais
femininas. O chá feito com transagem + quebra-pedra +
lágrima-de-nossa-senhora + cabelo de milho é utilizado no
tratamento de dores nos rins.
Unha-de-vaca
Família: Fabaceae
Bauhinia sp.
O chá das folhas secas é utilizado para tratar problemas no
estômago.
Unha-de-vaca-da-flor-branca
Família: Fabaceae
Bauhinia variegata L.
O chá das folhas é utilizado como hipoglicemiante.
Urucum (FIG. 99)
Família: Bixaceae
Bixa orellana L.
O chá das sementes é utilizado como antitérmico. O chá de três
ramos de urucum + espinheira-santa é utilizado como tônico
cardíaco. As sementes também são utilizadas no preparo de
corante utilizado na alimentação (colorau).
Vassourinha
O chá das partes aéreas (decocção) é utilizado para tratar
Família: Malvaceae
diarréias. A planta toda é utilizada para confeccionar vassouras.
Sida rhombifolia L.
Velame (FIG. 100, 101)
Família: Apocynaceae
O chá das folhas é depurativo e utilizado para tratar constipação
Macrosiphonia velame (A. St.–
intestinal.
Hill.) Müll. Arg.
Velame, pai-joaquim
(FIG. 102, 103)
O doce da raiz é utilizado como depurativo do sangue.
Família: Apocynaceae
Macrosiphonia longiflora (Desf.)
Müll. Arg.
Quadro 1: Lista das espécies e indicações citadas nas entrevistas realizadas em São José de
Almeida, Jaboticatubas – MG
Neste trabalho, as famílias com maior número de espécies foram Fabaceae,
Asteraceae e Lamiaceae, com 14, 13 e 11 espécies, respectivamente. As famílias
Rubiaceae, Bignoniaceae, Apocynaceae e Myrtaceae, foram também bem
representadas com 9, 8, 6 e 5 espécies, respectivamente. Das famílias
Euphorbiaceae, Malvaceae, Rutaceae e Verbenaceae foram citadas 4 espécies de
cada. Amaranthaceae, Anacardiaceae, Lythraceae, Malpighiaceae, Moraceae,
Poaceae e Solanaceae apresentaram 3 espécies cada. De Annonaceae, Apiaceae,
Boraginaceae,
Bromeliaceae,
Celastraceae,
Clusiaceae,
Crassulaceae,
Vochysiaceae e Zingiberaceae, foram citadas duas espécies de cada. As demais
famílias (36) foram monoespecíficas.
Em um trabalho de levantamento etnobotânico das espécies do Cerrado
mineiro, na região do Alto Rio Grande, Rodrigues e Carvalho (2001) inventariaram
164 espécies de plantas medicinais, descrevendo os habitats, indicações, parte
41
usada, modo de preparo e dosagem de cada espécie. Continuando nessa
abordagem, Rodrigues e outros (2002) encontraram 124 espécies de plantas
utilizadas como medicinais, para a extração de madeira e lenha dentre outros usos,
pela população de Luminárias (MG).
O acentuado uso medicinal da família Fabaceae pode ser explicado pela
diversidade de espécies que a compõe (SOUZA, 2007). Segundo Souza e Lorenzi
(2008), essa família possui distribuição cosmopolita, e inclui 650 gêneros e
aproximadamente 18 mil espécies. É a maior família em número de espécies do
Cerrado com cerca de 101 gêneros e 777 espécies (MENDONÇA et al., 1998). O
Cerrado é o bioma predominante na região pesquisada.
Carvalho (2003) realizou um levantamento florístico de plantas medicinais
nativas no domínio do campo rupestre na Reserva do Boqueirão, Ingaí (MG). Foram
encontradas 70 espécies, consideradas medicinais, distribuídas em 33 famílias e 56
gêneros. Sendo a família Asteraceae a melhor representada por 9 espécies. Nesta
mesma Reserva, Ribeiro (2005) encontrou 67 espécies de Asteraceae, dessas, 32
são empregadas pelo homem na construção civil, fabricação de ferramentas,
marcenaria e carpintaria, sendo ainda, melíferas, ornamentais, agentes de
recuperação de áreas degradadas, e, medicamentosas.
A família Asteraceae é a maior família das Eudicotiledôneas e agrupa cerca
de 24 a 30 mil espécies distribuídas em 1600 a 1700 gêneros (SOUZA; LORENZI,
2008). Muitas dessas são produtoras de óleo essencial, incluindo plantas com
potencial uso como flavorizantes, em cosméticos e fármacos, mas poucas são
exploradas comercialmente (HEYWOOD et al., 1991 apud HAY; SVOBODA, 1993).
Segundo Di Stasi e outros (2002), há muitas Asteraceae amplamente usadas na
medicina popular. Grande parte dessas espécies é nativa do Brasil, enquanto várias
outras foram aqui aclimatadas e podem ser encontradas em todo o território
brasileiro, onde foram incorporadas na medicina tradicional (DI STASI et al., 2002).
Lorenzi e Matos (2008) incluem 43 espécies da família em seu livro de Plantas
medicinais no Brasil.
A família Lamiaceae possui cerca de 7500 espécies de distribuição
cosmopolita. No Brasil ocorre cerca de 28 gêneros e 350 espécies (LORENZI;
MATOS, 2008). Segundo Di Stasi e outros (2002), trata-se de uma importante
família, do ponto de vista medicinal, visto que nela se concentra um grande número
de plantas referidas e citadas como medicinais em todo o mundo, além de ser fonte
42
de espécies de grande valor no mercado, pois são usadas como condimentos,
alimentos, bem como na indústria de perfumes e cosméticos.
Família/Espécie
Nº de
Registro
Observações
Amaranthaceae
Alternanthera cf. lanceolata
(Benth.) Schinz
53275
Amaranthus spinosus L.
53081
Chenopodium ambrosioides L.
Anacardiaceae
Anacardium humile A. St.-Hil.
(FIG. 22)
Annonaceae
Annona crassiflora Mart.
(FIG. 7)
Xylopia aromatica (Lam.) Mart.
(FIG. 83, 84)
Apiaceae
Petroselinum crispum (Mill.)
A.W. Hill.
53092
53259
52950
53137
53082
Mata ciliar. Planta cultivada. Erva rasteira, de folhas
simples, lanceoladas e opostas. Flores agrupadas
em inflorescências terminais.
Quintal. Planta invasora. Erva de 80 cm.
Espinhenta. Folhas simples. Caule avermelhado.
Inflorescência com flores verdes.
Quintal. Planta invasora. Erva de 50 cm. Aromática.
Folhas simples. Flores pequenas brancas. Frutos
imaturos verdes.
Cerrado. Arbusto de aproximadamente 50 cm, com
folhas simples, coriáceas e alternas.
Cerrado. Arbusto de 5 m. Folhas simples. Botões
florais verdes.
Cerrado. Árvore de 4 m, com folhas simples. Flores
trímeras vermelhas. Frutos maduros.
Quintal. Planta cultivada. Erva de 70 cm. Aromática.
Folhas compostas e alternas. Flores pequenas
amarelo-esverdeadas reunidas em umbelas.
Apocynaceae
Aspidosperma subincanum
Mart. ex A. DC. (FIG. 81, 82)
52460
Hancornia speciosa Gomes
53263
Macrosiphonia longiflora (Desf.)
Müll. Arg. (FIG. 102, 103)
53261
53286
Macrosiphonia velame (A. St.–
Hill.) Müll. Arg. (FIG. 100, 101)
53287
Mandevilla cf. illustris (Vell.) R.
E. Woodson (FIG. 42, 43)
53291
Rhodocalyx rotundifolius Müll.
Arg. (FIG. 44, 4)
53083
Cerrado. Árvore de 6 m. Folhas simples, alternas,
agrupadas no ápice dos ramos. Frutos imaturos do
tipo folículo.
Cerrado. Folhas simples, glabras e opostas. Frutos
arredondados, imaturos verdes.
Cerrado. Arbusto de 80 cm. Latescente. Folhas
simples, opostas, de base cordiforme, pilosas, face
abaxial esbranquiçada. Frutos foliculares imaturos.
Cerrado. Subarbusto de 50 cm. Latescente.Folhas
densamente pilosas, esbranquiçadas e opostas.
Botão floral longo, branco.
Cerrado. Subarbusto de 40 cm. Latescente. Folhas
simples, glabras e opostas. Sem flores ou frutos.
Cerrado. Subarbusto de 50 cm, com xilopódio.
Folhas simples e pilosas. Flores terminais de cor
vinho.
Asclepiadaceae
Asclepias curassavica L.
(FIG. 70)
53084
Quintal. Planta tóxica. Erva de 80 cm. Latescente.
Folhas simples e opostas cruzadas. Flores
alaranjadas e vermelhas.
Asteraceae
Acanthospermum hispidum DC.
53085
53238
Achyrocline satureoides (Lam.)
DC. (FIG. 57)
53298
Quintal. Planta invasora. Erva de 40 cm.
simples, sésseis, pilosas e opostas.
pequenas e amarelas. Frutos imaturos.
Cerrado. Erva de aproximadamente 50 cm.
simples, esbranquiçadas e alternas.
esbranquiçado. Sem flores ou frutos.
Folhas
Flores
Folhas
Caule
43
Ageratum conyzoides L.
53086
Baccharis dracunculifolia DC.
(FIG. 1)
53309
Bidens pilosa L.
53265
Conyza bonariensis (L.)
Cronquist
53274
Elephantopus cf. mollis Kunth
53237
Eupatorium cf.laevigatum Lam.
53277
Mikania sp.
53300
Porophyllum ruderale (Jacq.)
Cass. (FIG. 26)
53276
Vernonanthura phosphorica
(Vell.) H. Rob. (FIG.8)
Begoniaceae
Begonia cucullata Willd
Bignoniaceae
Arrabidaea brachypoda (DC)
Bureau
Arrabidea sceptrum (Cham)
Sandwith (FIG. 24)
Crescentia cujete L. (FIG.
28,29))
Cybistax antisyphilitica (Mart.)
Mart. (FIG. 15, 16)
Zeyheria montana Mart.
(FIG. 17)
Bixaceae
Bixa orellana L. (FIG. 99)
52953
53267
53254
53249
53289
53087
52589
53247
Quintal. Planta invasora. Erva de 30 cm. Aromática.
Folhas simples, pilosas e opostas cruzadas.
Inflorescência em capítulo de flores lilases.
Cerrado. Arbusto de 1,20 m. Folhas simples,
pequenas e alternas. Sem flores ou frutos.
Quintal. Planta invasora. Erva de 80 cm, com folhas
pinatisectas, serreadas. Flores amarelas reunidas
em capítulos.
Quintal. Planta invasora. Erva de 60 cm. Folhas
membranáceas, pilosas e alternas. Sem flores ou
frutos.
Quintal. Planta invasora. Erva de 15 cm. Folhas
simples, alternas, pilosas e ásperas. Sem flores ou
frutos.
Cerrado. Arbusto de 1 m. Folhas simples, glabras,
de bordas denteadas e opostas. Sem flores ou
frutos.
Cerrado. Trepadeira herbácea volúvel. Folhas
simples, de base hastada e opostas. Sem flores ou
frutos.
Quintal. Planta invasora. Erva de 30 cm. Folhas
simples, glabras e alternas. Flores reunidas em
capítulos longos. Frutos do tipo aquênio.
Cerrado. Arbusto de 1,5 m. Folhas simples, alternas
e ásperas. Sem flores ou frutos.
Mata ciliar. Erva de 40 cm. Folhas simples,
carnosas, alternas. Inflorescência terminal com
flores róseas.
Cerrado. Arbusto com folhas simples, coriáceas e
opostas.
Cerrado.
Arbusto
com
folhas
compostas
trifolioladas.Flores róseas.
Quintal. Planta cultivada. Árvore de 6 m. Folhas
simples fasciculadas. Flores esverdeadas. Frutos
grandes (±10cmø), globosos, imaturos e maduros
no chão.
Cerrado. Árvore de 7 m. Folhas palmaticompostas e
opostas. Flores esverdeadas.
Cerrado. Arbusto de 2 m. Folhas palmaticompostas
e opostas. Flores ferrugíneas e amarelas.
53088
53308
Quintal. Planta cultivada. Árvore de 6 m. Folhas
simples palminérveas. Botões florais. Frutos
maduros espinhentos.
53065
Quintal. Planta invasora. Subarbusto de 1 m. Folhas
simples, alternas e ásperas. Flores pequenas,
brancas e reunidas em espigas terminais.
53295
Mata ciliar. Arbusto com folhas compostas de
folíolos glabros e aromáticos. Sem flores e sem
frutos.
53271
Quintal. Planta cultivada. Planta ramificada e
espinhenta. Folhas simples e carnosas. Início da
formação dos frutos.
Boraginaceae
Heliotropium indicum L.
(FIG. 30)
Burseraceae
Protium heptaphyllum (Aubl.)
March. (FIG. 6)
Cactaceae
Pereskia aculeata Mill.
44
Caprifoliaceae
Sambucus cf. autralis Cham. &
Schltdl.
53090
Quintal. Quintal. Planta cultivada. Árvore de 6 m.
Folhas compostas e opostas. Flores pequenas
brancas reunidas em corimbos terminais.
53091
Quintal. Planta cultivada. Arbusto de 4 m. Folhas
simples, palmatilobadas. Flores brancas presas ao
caule. Frutos imaturos verdes.
53140
Cerrado. Árvore de 6 m. Folhas compostas
trifolioladas, pilosas e opostas. Flores polistêmones
brancas.
53280
Cerrado. Trepadeira lenhosa. Folhas simples,
glabras, de bordas serreadas e opostas. Sem flores
ou frutos.
Caricaceae
Carica papaya L.
Caryocaceae
Caryocar brasiliensis Cambess.
(FIG. 79, 80)
Celastraceae
Hippocratea sp.
Clusiaceae
Cerrado. Arbusto de 4 m. Folhas simples,
agrupadas no ápice dos ramos. Flores de pétalas
brancas e estames amarelos.
Cerrado. Arbusto de 2 m. Latescente. Caule
prateado. Folhas simples, agrupadas no ápice dos
ramos. Flores de pétalas brancas e estames
amarelos.
Kielmeyera coriacea Mart. &
Zucc. (FIG. 76, 77)
53116
53251
Kielmeyera variabilis Mart. &
Zucc. (FIG. 78)
55917
Convolvulaceae
Merremia tomentosa (Choisy)
Hallier f. (FIG. 89, 90)
Cucurbitaceae
53250
Cerrado.Arbusto de 70 cm. Folhas simples, pilosas
e alternas. Flores brancas e frutos imaturos.
Momordica charantia L.
(FIG. 61, 62)
53093
Quintal. Planta invasora. Trepadeira herbácea com
gavinhas. Folhas simples lobadas e alternas. Flores
amarelas.
53278
Cerrado. Trepadeira lenhosa volúvel. Folhas
simples, ásperas e alternas. Restos de
inflorescências em cachos secos.
53244
Cerrado. Trepadeira herbácea volúvel.
simples e alternas. Sem flores ou frutos.
Dilleniaceae
Davilla
tilís (Vahl.) Kubitski
Dioscoreaceae
Dioscorea sp.
Folhas
Euphorbiaceae
Chamaesyce hirta (L.) Milisp.
53299
tilís antisyphiliticus Mart. (FIG.
24)
53118
Manihot
53303
tilíssima Pohl.
Ricinus communis L.
Fabaceae
Andira humilis Mart. ex Benth.
(FIG. 60)
53094
52571
Baunhinia variegata L.
53306
Bowdichia virgilioides Kunth
(FIG. 95, 96, 97)
53121
Quintal. Planta invasora. Erva rasteira. Folhas
simples e opostas. Caule piloso. Flores pequenas
esverdeadas aglomeradas.
Cerrado. Subarbusto de 30 cm. Folhas simples e
alternas. Caule vermelho. Frutos imaturos verdes.
Quintal. Planta cultivada. Subarbusto de 1,2 m.
Folhas simples, com 3 a 5 lobos, esbranquiçadas na
face abaxial e alternas. Botões florais esverdeados.
Frutos imaturos verdes
Quintal. Planta cultivada. Arbusto de 4 m. Folhas
simples, grandes e palmatilobadas. Flores
esverdeadas com estames alaranjados. Frutos
imaturos, espinhentos.
Cerrado. Arbusto de 1 m. Folhas compostas. Flores
roxas. Frutos drupáceos, imaturos verdes.
Rua. Ornamental. Árvore de 5 m. Folhas compostas
bifolioladas e alternas. Flores brancas.
Cerrado. Árvore de 6m. Folhas compostas. Flores
roxas reunidas em cachos.
45
Chamaecrista cathartica (Mart.)
H.S. Irwin & Barneby (FIG. 94)
Clitoria guianensis (Aubl.)
Benth. (FIG. 27)
53285
53264
Desmodium incanum DC.
53068
Desmodium sp.
53279
Hymenaea courbaril L. (FIG. 46)
53095
Machaerium aculeatum Raddi
53268
Senna ocidentalis (L.) Link
53096
Stryphnodendron adstringens
(Mart.) Coville (FIG. 13)
53067
Stylosanthes sp.
53069
Cerrado. Arbusto de 80 cm. Folhas compostas de
folíolos pilosos. Flores amarelas.
Cerrado. Subarbusto de 40 cm. Folhas compostas
trifolioladas. Flores roxas.
Quintal. Planta invasora. Subarbusto de 20 cm.
Folhas trifolioladas. Flores lilases.
Quintal. Planta invasora. Subarbusto de 1 m. Folhas
compostas trifolioladas, manchadas de verdeescuro, pilosas e alternas. Flores lilases agrupadas
em inflorescências terminais em cachos.
Cerrado. Árvore de 15 m. Folhas compostas,
bifolioladas, glabras e brilhantes. Frutos imaturos
verdes.
Cerrado. Árvore de 6 m. Folhas compostas e
alternas. Espinhos na base do pecíolo.
Quintal. Planta invasora. Arbusto de 80 cm. Folhas
compostas e alternas. Flores amarelas. Frutos
imaturos verdes.
Cerrado. Arvoreta de 4 m. Folhas recompostas com
folíolos arredondados. Inflorescência pequena
marrom.
Quintal. Planta invasora. Subarbusto decumbente.
Folhas compostas trifolioladas, pilosas e alternas.
Flores pequenas e amarelas.
Gentianaceae
Deianira erubescens Cham &
Schltdl. (FIG. 14)
53284
Cerrado. Erva de 1 m. Folhas simples, sésseis e
opostas.
Flores
brancas
agrupadas
em
inflorescências axilares.
Lamiaceae
Leonurus sibiricus L. (FIG. 69)
53097
Ocimum basilicum L.
53307
Ocimum cf. gratissimum L.
(FIG. 3)
53070
Ocimum cf. selloi Benth.
(FIG. 2)
53071
Ocimum sp.
53266
Quintal. Planta invasora. Erva de 80 cm. Folhas
simples e partidas. Flores róseas.
Quintal. Planta cultivada. Arbusto de 80 cm.
Aromático. Folhas simples e opostas. Sem flores ou
frutos.
Quintal. Planta cultivada. Arbusto de 1 m.
Aromático. Folhas simples, grandes e opostas. Sem
flores ou frutos.
Quintal. Planta cultivada. Subarbusto de 50 cm.
Aromático. Folhas simples e opostas. Inflorescência
terminal com flores lilases envolvidas por brácteas
verdes.
Quintal. Plantacultivada. Arbusto de 50 cm.
Aromático. Folhas simples e opostas. Flores lilases
agrupadas em inflorescências terminais.
Loranthaceae
Struthanthus marginatus (Desr.)
Blume (FIG. 35)
Lythraceae
Lafoensia pacari A. St.-Hil.
(FIG. 71, 72)
Punica granatum L. (FIG. 92)
53124
53294
53072
Mata ciliar. Hemiparasita. Trepadeira herbácea
volúvel. Folhas simples. Botões florais e flores
abertas verdes com estames de filetes brancos e
anteras marrons
Cerrado. Arbusto de 2,5 m. Folhas simples, glabras
e opostas. Botões florais reunidos em cachos.
Quintal. Planta cultivada. Arbusto de 3 m. Folhas
simples e opostas. Flores alaranjadas. Frutos
imaturos arredondados.
46
Malpighiaceae
Banisteriopsis sp.
53282
Byrsonima verbascifolia Rich.
ex Juss. (FIG. 63, 64, 65)
53167
Heteropterys byrsonimifolia A.
Juss.
Malvaceae
53253
Gossypium hirsutum L.
(FIG. 4, 5)
53073
Guazuma ulmifolia Lam.
(FIG. 66, 67)
53134
Sida rhombifolia L.
53098
Cerrado. Trepadeira lenhosa volúvel. Folhas
simples, coriáceas e opostas, face adaxial glabra e
face abaxial pilosa e esbranquiçada. Sem flores ou
frutos.
Cerrado. Arbusto de 2 m. Folhas simples, crassas,
pilosas e opostas. Flores amarelas reunidas em
cacho. Frutos imaturos, globosos e verdes.
Cerrado. Árvore. Folhas simples, coriáceas e
opostas. Sem flores ou frutos.
Quintal. Planta cultivada. Arbusto de 3 m. Folhas
simples, alternas e lobadas. Presença de botões
florais.
Cerrado. Árvore de 6 m. Folhas simples, pilosas e
alternas. Frutos imaturos, globosos, equinados e
verdes.
Quintal. Planta invasora. Subarbusto de 50 cm.
Folhas simples e alternas. Flores amarelas.
Monimiaceae
Siparuna cujabana (Mart. ex
Tul.) A. DC. (FIG. 68)
Moraceae
Brosimum gaudichaudii Trécul
(FIG. 55)
53190
52569
Fícus carica L.
53099
Morus nigra L.
53100
Mata ciliar. Arbusto de 4 m. Muito ramificado.
Folhas simples, glabras e opostas. Frutos
arredondados, imaturos verdes.
Cerrado. Arbusto de 3 m. Folhas simples, ásperas e
alternas. Frutos jovens imaturos globosos.
Quintal. Planta cultivada. Arbusto de 1,5 m. Folhas
simples, grossas e alternas. Frutos imaturos.
Quintal. Planta cultivada. Árvore de 6 m. Folhas
simples grandes e alternas. Frutos agregados
imaturos e maduros.
Myrtaceae
Cerrado. Arvoreta de 5 m. Folhas simples, glabras e
opostas. Frutos globosos, imaturos, verdes e
maduros amarelos.
Quintal. Planta cultivada. Arbusto de 5 m. Folhas
simples, glabras e brilhantes. Frutos imaturos,
sulcados e verdes.
Cerrado. Arbusto de 5 m. Folhas simples e opostas.
Botões florais.
Quintal. Planta cultivada. Árvore de 6 m. Folhas
simples, opostas. Frutos imaturos, pequenos e
verdes.
Mata ciliar. Árvore de 12 m. Folhas simples, glabras
e opostas. Botões florais esverdeados. Flores
brancas.
Eugenia dysenterica DC.
(FIG. 19, 20)
52940
Eugenia uniflora L. (FIG. 87, 88)
53101
Myrcia fallax (Rich.) DC.
(FIG. 38)
53102
Psidium guajava L. (FIG. 40)
53103
Syzygium cumini (L.) Skeels
(FIG. 48, 49)
53151
Oxalidaceae
Oxalis hirsutissima Mart. ex
Zucc. (FIG. 9, 10)
Peraceae
53133
Cerrado. Erva de 15 cm. Folhas compostas,
trifolioladas, pilosas e alternas. Flores amarelas.
Família: Peraceae
Pera sp.
53258
Cerrado. Arbusto de 3 m. Folhas simples, glabras e
alternas. Botões florais presos ao caule em
fascículos. Frutos imaturos verdes.
53066
Quintal. Planta invasora. Erva de 60 cm. Folhas
simples, pequenas e alternas. Flores verdes
pequenas presas ao caule.
Phyllanthaceae
Phyllanthus tenellus Roxb.
47
Piperaceae
53304
Quintal. Planta cultivada. Arbusto de 1,5 m. Folhas
simples, cordiformes e alternas. Inflorescências em
espigas axilares.
Plantago major L. (FIG. 98)
53074
53075
Quintal. Planta invasora. Erva de 30 cm. Folhas
simples, pilosas e em roseta. Inflorescência em
espiga com flores verdes e pequenas. Frutos
imaturos verdes.
Poaceae
Cymbopogon citratus (DC.)
Stapf.
Polygalaceae
53329
Quintal. Planta cultivada. Erva com folhas longas,
estreitas e aromáticas.
Polygala cf. urbanii Chodat
53240
Cerrado. Subarbusto de 60 cm. Folhas simples,
glabras e alternas. Flores lilases em inflorescência
terminal.
53076
Quintal. Planta cultivada. Arbusto de 1 m.
Espinhento. Folhas compostas com folíolos
serrilhados. Flores brancas com muitas pétalas e
estames.
Piper umbellatum L. (FIG. 25)
Plantaginaceae
Rosaceae
Rosa wichurana Crép
Rubiaceae
Chiococca alba (L.) Hitchc.
Declieuxia cordigera (Mart. &
Zucc. ex Schult. & Schult.) Müll.
Arg.
Palicourea rigida Kunth
(FIG. 31)
Psychotria barbiflora DC.
(FIG. 36)
53281
53288
53172
53301
Psychotria capitata Ruiz & Pav.
(FIG. 37)
53077
Remijia ferruginea (A. St.-Hil.)
DC. (FIG. 91)
53260
Rudgea viburnoides (Cham.)
Benth. (FIG. 18)
53256
Sabicea brasiliesis Wernham
(FIG. 93)
52481
53283
Rubiaceae indeterminada
53293
Mata ciliar. Arbusto ramificado, com folhas simples,
glabras e opostas. Flores esverdeadas agrupadas
em inflorescências axilares. Frutos imaturos verdes.
Cerrado. Erva de base lenhosa de 30 cm. Fohas
simples, opostas, cordiformes e sésseis. Flores
roxas reunidas em inflorescências terminais.
Cerrado. Arbusto de 1,5 m. Folhas simples e
opostas. Botões florais verdes.
Mata ciliar. Arbusto de 1 m. Folhas simples, glabras
e opostas. Frutos verdes e vermelhos.
Mata ciliar. Arbusto de 80 cm. Folhas simples,
glabras, brilhantes e opostas. Estípulas filiformes
interpeciolares. Flores tubulosas, brancas e
agrupadas e inflorescência terminal.
Cerrado. Arbusto de 2,5 m. Folhas simples,
grossas, de nervuras marcadas, pilosa na face
abaxial e opostas. Flores vermelhas e frutos
capsulares imaturos.
Cerrado. Arbusto. Folhas simples, coriáceas,
pilosas na face abaxial e opostas.
Cerrado. Arbusto de 80 cm. Folhas simples,
brancas e opostas. Flores brancas, tubulosas e
axilares.
Cerrado. Subarbusto de 60 cm. Folhas simples,
verticiladas com estípulas. Flores amarelas
agrupadas em inflorescência terminais.
Rutaceae
Ruta graveolens L.
53104
Quintal. Planta cultivada. Erva de 80 cm, aromática.
Folhas compostas. Frutos imaturos verdes.
53145
Cerrado. Arbusto de 1 m. Folhas simples. Flores
pequenas inseridas por pedúnculo no caule. Frutos
imaturos verdes.
53105
Quintal. Planta cultivada. Arbusto de 2 m, piloso e
pegajoso. Folhas simples, sésseis e alternas. Flores
tubulosas róseas. Frutos capsulares secos.
Salicaceae
Casearia sylvestris Sw. (FIG.
51, 52)
Solanaceae
Nicotiana tabacum L. (FIG. 39)
48
Solanum aculeatissimum Jacq.
(FIG. 50)
53246
Solanum sp.
53262
Urticaceae
Cecropia pachystachya Trec.
(FIG. 32)
Verbenaceae
53243
Cordia verbenacea L.
(FIG. 58, 59)
53089
Lantana camara L. (FIG. 21)
53242
Lantana sp.
53241
Lippia alba (Mill.) N.E. Br.
(FIG. 33, 34)
53078
Sthachytarpheta cayennensis
(Rich.) Vahl. (FIG. 47)
53079
Quintal. Planta invasora. Arbusto de 50 cm.
Espinescente. Folhas simples espinescentes e
alternas. Frutos globosos amarelos.
Cerrado. Arbusto de 60 cm. Folhas simples,
esbranquiçadas na face abaxial e alternas. Frutos
imaturos do tipo baga.
Mata ciliar. Arvoreta de 4 m. Folhas simples
fortemente fendidas.
Quintal. Planta invasora. Arbusto de 80 cm.
Aromática. Folhas simples, pilosas e alternas.
Inflorescência em espiga com flores brancas.
Cerrado. Arbusto de 1,5 m. Folhas simples, ásperas
e opostas. Flores alaranjadas e vermelhas
agrupadas em inflorescências axilares.
Cerrado. Arbusto de 1 m. Folhas simples de bordas
serreadas, pilosas e opostas. Flores lilases
agrupadas em inflorescências axilares, protegidas
por brácteas.
Quintal. Planta cultivada. Arbusto ramificado de 1,5
m. Folhas simples, opostas e pilosas. Flores lilases,
tubulosas e envolvidas por brácteas formando uma
espiga.
Quintal. Planta invasora. Subarbusto de 50 cm.
Folhas simples e alternas Flores pequenas, roxas
reunidas em inflorescência terminal em espiga.
Vitaceae
Cissus verticillata (L.) Nicolson
& C.E. Jarvis (FIG. 48)
53305
Quintal. Planta cultivada. Trepadeira herbácea.
Folhas simples, glabras e alternas. Flores pequenas
esverdeadas. Frutos globosos negros.
Vochysiaceae
Qualea grandiflora Mart.
Vochysia elliptica Mart.
(FIG. 74, 75)
Zingiberaceae
Alpinia zerumbet (Pers.) B.L.
Burtt. & R.M. Sm. (FIG. 73)
53179
53257
53080
Cerrado. Arbusto de 3 m. Folhas simples e opostas.
Botões florais verdes e flores amarelas.
Cerrado. Arbusto de 2 m. Folhas simples, coriáceas
e opostas. Flores amarelas em cachos.
Quintal. Planta cultivada. Erva de 2 m. Folhas
alternas de 60 cm de comprimento, glabras e
lustrosas. Flores róseas agrupadas em cachos
terminais.
Não determinadas
Mata ciliar. Erva de 30 cm, com folhas verdes sem
soros.
Cerrado. Subarbusto rasteiro. Folhas simples,
Pustemeira
53292
ásperas e opostas. Sem flores ou frutos.
Mata ciliar. Trepadeira lenhosa volúvel. Folhas
Sete-juntas
53296
simples, glabras e opostas. Sem flores ou frutos.
Quadro 2: Lista das famílias, espécies e números de registro das plantas coletadas no levantamento
Pente (Samambaia)
53297
etnobotânico realizado em São José de Almeida, Jaboticatubas – MG
49
5.3. Local de coleta das plantas citadas
As plantas citadas nas entrevistas são coletadas nos quintais, hortas (84) e no
cerrado (84). Algumas das plantas obtidas nos quintais e hortas são nativas ou
subespontâneas, sendo muitas vezes consideradas invasoras e arrancadas como
“mato”.
Cerca de 50% das plantas citadas são coletadas no Cerrado e como
exemplos destaca-se, barbatimão (FIG. 13), bolsa-de-pastor (FIG. 15, 16, 17),
cagaiteira (FIG. 19, 20), mama-cadela (FIG. 55), pau-terra, pequi (FIG. 79, 80),
sangue-de-cristo (FIG. 93), suma e velame (FIG. 100, 101, 102, 103). O Cerrado é
um complexo vegetacional, onde inclui-se: campo limpo, campo sujo, campo
cerrado, cerrado propriamente dito e o cerradão (floresta mesófila esclerófila), além
das inclusões de mata ciliar, mata seca (floresta mesófila estacional), veredas ou
buritizais e campos rupestres (MENDONÇA et al., 1998; BRANDÃO; CARVALHO;
JESUÉ, 2001).
O Cerrado possui uma rica variabilidade específica e um patrimônio genético
indiscutível (RATTER; RIBEIRO; BRIDGEWATER, 1997). É um dos biomas mais
ricos do Planeta com cerca de 7 mil espécies de plantas (MENDONÇA et al., 1998;
FELFILI; FELFILI, 2001), destas, 2 mil espécies são arbóreas e 5.250 espécies são
herbáceas e ou subarbustivas (CASTRO; MARTINS; FERNANDES, 1999). Muitas
dessas
plantas
são
potencialmente
comestíveis,
medicinais,
ornamentais,
fornecedoras de madeira e outras matérias-primas para a indústria (MATTEUCCI et
al., 2003).
Algodão (FIG. 4, 5), amora, arruda, boldo, coitezeiro (FIG. 28, 29), ervacidreira (FIG. 33, 34), figueira, fumo (FIG. 39), goiabeira (FIG. 40), hortelã, laranjeira,
limeira, manga, pacová (FIG. 73), pitangueira (FIG. 87, 88), poejo, romanzeira (FIG.
92), rosa-branca, sabugueiro, saião, salsinha e urucum (FIG. 99) são exemplos de
algumas plantas citadas que são cultivadas pelos entrevistados.
Benzinho, caruru, crista-de-pavão (FIG. 30), fedegoso, fumo-bravo, jeribão
(FIG. 47), maria-preta (FIG. 58, 59), mentraste, melão-de-são-caetano (FIG. 61, 62),
notícia-de-ouro-preto (FIG. 69), quebra-pedra, transagem (FIG. 98) e vassourinha
são exemplos de plantas consideradas invasoras, mas utilizadas principalmente,
como medicamento. As plantas invasoras são rústicas e de fácil adaptação à
diversos climas e solos. O conhecimento dos componentes da flora destas plantas é
50
de suma importância, pois, além da competição promovida com as culturas
(LORENZI, 2008), podem ser utilizadas como plantas comestíveis, medicinais,
apícolas, ornamentais e forrageiras (INFORME AGROPECUÁRIO, 1988).
Os entrevistados comentaram que algumas plantas nativas, outrora muito
utilizadas como medicamentos, estão mais difíceis de serem encontradas. Segundo
eles, as plantas nesta situação são cachorro-magro, chapéu-de-couro, jalapa (FIG.
42, 43, 44, 45), poaia, quatro-mirréis (FIG. 89, 90), sangue-de-cristo (FIG. 93), setesangrias, suma e velame (FIG. 100, 101, 102, 103). Destas oito plantas, foram
encontradas a jalapa, a poaia, o quatro-mirreis, o sangue-de-cristo, a sete-sangrias,
a suma e o velame. Segundo Rodrigues e Carvalho (2001) as espécies que correm
mais risco são aquelas cujas partes utilizadas para o preparo dos medicamentos são
raízes (como é o caso da suma), caule ou casca do caule, pois, muitas vezes o dano
causado à planta pode levar à morte. Apesar da dificuldade de se encontrar estas
plantas, nenhuma delas consta na lista oficial das espécies da flora brasileira
ameaçadas de extinção (BRASIL, 2008).
De acordo com Brandão, Moreira e Acúrcio (2001), espécies nativas de uso
consagrado na tradição popular estão sendo esquecidas seja pela destruição de
seus habitats, ou pela coleta predatória ou pela falta de interesse das novas
gerações. A dificuldade em se encontrar algumas plantas em São José de Almeida
gera o risco de que o saber popular empregado a elas seja esquecido e perdido ao
longo do tempo devido ao desuso. Apesar da não transmissão dos conhecimentos
tradicionais gerar o risco de que estes se percam, observou-se neste estudo que a
maioria dos entrevistados (5 deles) tem transmitido os conhecimentos que possuem,
pois muitas vezes no decorrer das entrevistas algum parente do entrevistado dizia:
“tem aquela outra planta, você não falou dela”, o que demonstra que eles também
detém algum conhecimento sobre o uso das plantas medicinais. Em uma das
entrevistas, a neta da entrevistada, seguiu na coleta de campo e ia indicando as
plantas para a avó (entrevistada).
51
5.4. Usos das plantas
O principal uso citado para as plantas foi como medicamento, mas alguns
vegetais são também utilizados para extração da madeira, confecção de cabos de
ferramentas e vassouras, extração de material tintorial e de limpeza, fabricação de
sabão e lenha. As utilizações e indicações das espécies citadas, podem ser
observadas no Quadro 1.
5.4.1. Uso medicinal
Das 168 espécies citadas, 141 apresentam uso medicinal. No total foram
citadas 57 enfermidades que são tratadas com plantas medicinais, dentre estas as
mais citadas foram os problemas estomacais, infecções de garganta, problemas
renais, gripes e “sangue sujo”.
Em trabalho de levantamento etnobotânico realizado no Alto Rio Grande,
gripe, problemas renais, estomacais e do sangue estão entre as principais
enfermidades tratadas com plantas medicinais (RODRIGUES; CARVALHO, 2001).
Em Uberlândia, Damasceno e Barbosa (2008), constataram que as doenças do
aparelho respiratório foram as mais citadas para tratamento com plantas.
Foram citadas 35 associações de plantas medicinais, dentre elas a que mais
chamou a atenção foi um doce utilizado no tratamento da asma que é feito
misturando-se 15 espécies diferentes. De acordo com Rodrigues e Carvalho (2001),
a mistura deve-se restringir a um número reduzido de espécies e deve-se observar
se as indicações e usos são semelhantes ou se apresentam propriedades
sinérgicas, mas deve sempre ser evitado, uma vez que podem trazer efeitos
diferentes do esperado em virtude das interações entre os constituintes químicos
das plantas. Considera-se prática farmacêutica segura, não ter mais que quatro a
sete ervas combinadas em um chá (WICHTL, 1989 apud ALMASSY JÚNIOR et al.,
2005).
É importante ressaltar que algumas plantas são indicadas tanto para o uso
individual quanto em misturas, e que uma mesma planta pode ser utilizada de
diferentes formas para as mesmas enfermidades ou para o tratamento de
enfermidades diferentes. De acordo com os relatos, pode ser feito, por exemplo, o
52
chá das folhas de sangue-de-cristo (Sabicea brasiliensis Wernham) (FIG. 93) para
tratar prisão de ventre, o doce da sua raiz e outras plantas é utilizado no tratamento
da asma e o macerado da folhas é utilizado como depurativo.
No Brasil, a utilização de plantas medicinais pela população tem influência
das culturas indígena, africana e européia. Essas culturas constituem as bases da
nossa medicina popular (MARTINS et al., 1994). Apesar dessas influências, a
fitoterapia brasileira se baseia oficialmente em algumas poucas espécies medicinais,
a maioria exótica e oriunda do velho continente, em detrimento de nossa rica
biodiversidade e do saber tradicional dos raizeiros e benzedeiras (GUIÃO, 2003;
REIS; MARIOT; STEENBOCK, 2004).
Um dos avanços no sentido de incentivar o uso das plantas no Brasil foi a
criação do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Dentre os
objetivos da criação do Programa está a garantia à população brasileira do acesso
seguro e do uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos (medicamentos
obtidos
de
matérias-primas
vegetais),
promovendo
o
uso
sustentável
da
biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional. Além
disto, pretende-se ampliar as opções terapêuticas e melhoria da atenção à saúde; a
valorização e preservação do conhecimento das comunidades tradicionais e
indígenas; o fortalecimento da agricultura familiar e o crescimento com geração de
emprego e renda (RODRIGUES, 2006).
5.4.1.1. Modos de preparo e partes das plantas ditas medicinais
Foram citadas várias formas de preparo das plantas utilizadas como
medicamento: chá, doce, maceração e banho. A forma mais citada pelos
entrevistados foi o chá feito por decocção. De acordo com Rodrigues e Carvalho
(2001) as plantas curativas podem ser aplicadas de diversas maneiras, e é muito
importante que se conheça os vários modos de preparo de um chá. Em diversos
outros trabalhos realizados no estado de Minas Gerais, a forma de preparo mais
citada também foi o decocto e a parte mais utilizada as folhas (RODRIGUES;
CARVALHO, 2001; MENEZES et al., 2005; CALÁBRIA et al., 2008). Neste trabalho,
a folha foi também a parte da planta mais utilizada, mas também foram citados usos
53
de raízes, xilopódios, cascas, entrecascas, caule, flores, frutos, sementes, resina e
da planta inteira.
5.4.2. Plantas utilizadas para tratar animais
Além do uso de plantas medicinais para tratar seres humanos, cinco dos oito
entrevistados afirmaram que também utilizam plantas para tratar animais. As plantas
citadas para este fim foram: alecrim-do-campo (FIG. 1), amesca (FIG. 6) barbaço,
cagaiteira (FIG. 19, 20), fumo (FIG. 39), laranjinha-creme, lima e sucupira (FIG. 95,
96,97).
Um exemplo de uso de planta para tratar animais doentes é o chá de folhas
de lima e cagaiteira utilizados, para tratar inflamações e para realizar a limpeza
(expulsão de restos placentários) de vacas recém-paridas (Quadro 1).
Sobre o uso das plantas medicinais na medicina veterinária, Marinho e outros
(2007) constataram que 100% dos entrevistados não só utilizavam plantas
medicinais na terapêutica dos animais domésticos, como também aceitariam esta
forma de tratamento como prescrição do médico veterinário. Os mesmos autores
constataram que o uso das plantas medicinais na terapêutica veterinária é
ressaltado pelos entrevistados como uma alternativa de tratamento viável, segura,
de fácil obtenção e baixo custo. Os autores concluíram ainda que a utilização dos
fitoterápicos em medicina veterinária está retomando gradativamente o espaço
ocupado em tempos remotos.
Em um trabalho realizado em Mossoró (RN), os estudantes de veterinária
apontaram como principais vantagens do uso das plantas medicinais no tratamento
de animais o baixo custo, o menor efeito colateral e o fato de ser um tratamento
natural. No mesmo estudo evidenciou-se como uma das desvantagens da fitoterapia
em animais as poucas pesquisas desenvolvidas sobre o tema. Sobre a credibilidade
da fitoterapia, 87% dos estudantes passariam a utilizar esta forma de tratamento
após confirmação científica, explicando as vantagens e desvantagens desta
aplicação, porém há necessidade da realização de novas pesquisas nesta área
(ALMEIDA; FREITAS; PEREIRA, 2006).
54
5.4.3. Plantas tóxicas
Asclepias curassavica (FIG. 70), Lantana câmara (FIG. 21), Lantana sp.,
Psychotria barbiflora (FIG. 36) e Psychotria capitata (FIG. 37) foram citadas como
tóxicas para o gado.
Segundo Marques et al. (2006), as folhas de Lantana camara causam apatia,
perda de apetite, extrema fraqueza, dilatação de pupila; ocasional paralisia parcial
das pernas; fezes moles sanguinolentas; edema (inchaço) de faces; lacrimejamento,
icterícia e até mesmo a morte. Para se evitar que o animal coma a planta é preciso
erradicá-la do pasto.
Asclepias curassavica é uma planta experimentalmente tóxica para bovinos,
mas sem interesse pecuário e com frequência é acusada de ser a causa de mortes
em bovinos, porém os animais não ingerem a planta sob condições naturais e
quantidades pequenas da planta não são nocivas para o gado (TOKARNIA;
DOBEREINER; PEIXOTO, 2000).
5.4.4. Usos diversos
Além do uso medicinal, outros usos citados para as plantas foram: limpeza de
garapa, produção de sabão, tintura, limpeza de piso, produção de utensílio
doméstico, fabricação de vassouras, repelente contra insetos.
O mutambo (FIG. 66, 67) é utilizado na região para clarificar a garapa.
Segundo Lorenzi e Matos (2008), essa era uma prática muito comum na região
canavieira do Ceará.
Os ramos de alecrim-do-campo (FIG. 1), folha-miúda (FIG. 38), maria-preta
(FIG. 58, 59) e vassourinha são utilizados para confeccionar vassouras. Rodrigues e
outros (2002), em trabalho com a população local na cidade de Luminárias, MG,
também verificou o uso do alecrim-do-campo para o mesmo fim. O tronco da folhamiúda é também utilizado como poste, cabo de ferramentas e lenha.
A polpa dos frutos da macaúba (FIG. 53, 54) é utilizada para fabricação de
sabão. De acordo com Ferreira (1980) e Macedo (1992), a polpa e a amêndoa
produzem óleo que é usado para iluminação, cozinha e fabrico de sabão. O
endocarpo lenhoso dos frutos é utilizado como lenha e para confecção de anéis e as
55
sementes para a fabricação de azeite. As folhas são utilizadas para cobrir
caramanchões. O tronco é utilizado em construções rústicas como cerca de hortas e
chiqueiros. Segundo Macedo (1992), a importância econômica das palmeiras está
na grande variedade de produtos que elas oferecem, tais como óleos, ceras, fibras e
os próprios frutos. O mesmo autor afirma ainda que em muitas regiões usam-se as
folhas de palmeiras para cobertura das casas
O murici (FIG. 63, 64, 65) é usado para extração de material tintorial. De
acordo com Corrêa (1984), da casca do murici se extrai matéria tintorial preta, usada
para tingimento de roupas e velas de embarcações, além disso, essa planta serviu
no estado de Minas Gerais, para dar ao algodão a cor cinzenta.
5.5. A nomenclatura popular e científica
A planta conhecida popularmente como velame foi citada cinco vezes nas
entrevistas,
porém
um
dos
entrevistados
citou
como
velame
a
espécie
Macrosiphonia longiflora (FIG. 100, 101) e a espécie citada pelos demais
entrevistados trata-se de Macrosiphonia velame (FIG. 102, 103). Ambas as espécies
foram citadas como depurativo do sangue, mas M. velame é utilizada na forma de
decocto das folhas e de M. longiflora utiliza-se o doce das raízes, o decocto de M.
velame também é utilizado contra constipação intestinal. Damasceno e Barbosa
(2008) também verificaram plantas de espécies diferentes sendo referidas pelo
mesmo nome vulgar, por diferentes entrevistados.
Rodrigues e Carvalho (2001) também encontraram para M. velame uso como
depurativo do sangue, além do uso contra febres, gripes, hemorragias, antissifilítico,
antirreumático e contra úlceras, não sendo citado o uso contra constipação
intestinal.
Em dados disponíveis na literatura, um cipó denominado suma, refere-se à
espécie Anchietea salutaris A. St.-Hil. (Violaceae), e é utilizada como calmante,
diurética e depurativo (PLANTAMED, 2010). A suma citada e coletada neste estudo,
é uma Hippocratea sp. (Celastraceae, Hippocrateaceae). As raízes e as cascas de
Hippocratea sp. são utilizadas como depurativo e para tratar problemas estomacais
e hemorróidas.
56
Os entrevistados citaram duas plantas denominadas popularmente de saião.
Uma delas é Bryophyllum pinnatum, pertencente à família Crassulaceae. A outra é
Begonia cucullata da família Begoniaceae, mas ambas as espécies são utilizadas
para tratar as mesmas enfermidades.
Muitas espécies da família Fabaceae, do gênero Bauhinia, são conhecidas
como unha-de-vaca ou pata-de-vaca. Neste trabalho foram coletadas duas Bauhinia.
Uma delas foi identificada como Bauhinia variegata, dita pelo entrevistado,
hipoglicemiante, mas essa espécie é exótica da flora brasileira, originária Índia
(LORENZI et al., 2003). A unha-de-vaca encontrada na literatura cujas propriedades
hipoglicemiantes são comprovadas é outra leguminosa do mesmo gênero: Bauhinia
forficata Link.
Duas espécies da família Apocynaceae foram citadas nas entrevistas com o
nome popular de jalapa: Mandevilla illustris (FIG. 42, 43) e Rhodocalyx rotundifolius
(FIG. 44, 45). De ambas as espécies utiliza-se o xilopódio como depurativo do
sangue.
Em outras abordagens etnobotânicas realizadas em Minas Gerais também foi
verificado plantas de espécies diferentes sendo referidas pelo mesmo nome vulgar,
por diferentes entrevistados (BOTREL et al., 2006; CALÁBRIA et al., 2008;
DAMASCENO; BARBOSA, 2008). De acordo com Cervi, Negrelle e Sbalchiero
(1989), não raro, um vegetal é usado em lugar de outro devido às semelhanças
morfológicas ou, então, por ter o mesmo nome vulgar, sendo necessária uma maior
conscientização da população, quanto aos sérios riscos, pelo uso indevido dos
vegetais. Um exemplo clássico desse fato é da espinheira-santa. No mercado
informal é fácil encontrar "espinheira-santa" a venda, no entanto pode-se observar,
principalmente nas feiras livres, que a espécie oferecida não é Maytenus ilicifolia
Mart. ex. Reiss. (Celastraceae), e sim, provavelmente, Sorocea bomplandii Bailon
(Moraceae), uma das espécies mais utilizadas na adulteração da espinheira-santa
(DI STASI; HIRUMA LIMA, 2002; COULAUD-CUNHA; OLIVEIRA; WAISSMANN,
2004; SANTOS-OLIVEIRA; COULAUD-CUNHA; COLAÇO, 2009). Esse é um fato
grave, pois Sorocea bomplandii apresenta certa toxicidade, e, pessoas que tomam o
seu chá podem ter problemas no fígado e dores abdominais (VILLEGAS; LANÇAS,
1997).
57
1
2
3
4
5
Figura 1: Fotografia do alecrim-do-campo: ramo com folhas e inflorescência. Figura 2: Fotografia da
alfavaca: planta com folhas e inflorescência. Figura 3: Fotografia do alfavacão: ramo com folhas e
inflorescência seca. Figura 4: Fotografia do algodão: ramo com folhas e frutos em desenvolvimento.
Figura 5: Fotografia do algodão: frutos em desenvolvimento.
58
6
7
9
8
10
Figura 6: Fotografia da amesca: ramo com folhas e inflorescências. Figura 7: Fotografia do articum:
botão floral. Figura 8: Fotografia do assa-peixe: ramo com folhas e inflorescências secas. Figura 9:
Fotografia do azedinho: planta com folhas e inflorescências. Figura 10: Fotografia do azedinho:
inflorescências.
59
11
12
Figura 11: Fotografia da babosa: folhas. Figura 12: Fotografia do bálsamo: planta toda.
60
13
15
14
16
Figura 13: Fotografia do barbatimão: galhos com folhas e inflorescência. Figura 14: Fotografia da
boca-de-cobra: inflorescência. Figura 15: Fotografia da bolsa-de-pastor (Cybistax antisiphilitica): ramo
com folhas. Figura 16: Fotografia da bolsa-de-pastor (Cybistax antisiphilitica): flores.
61
17
18
Figura 17: Fotografia da bolsa-de-pastor (Zeyheria montana): ramo com folhas, flores e frutos
imaturos. Figura 18: Fotografia do bugre: ramo com folhas e inflorescência jovem.
62
20
19
21
22
Figura 19: Fotografia da cagaiteira: árvore ao fundo e ramo com folhas. Figura 20: Fotografia da
cagaiteira: folhas e fruto imaturo. Figura 21: Fotografia da cambará-da-flor-vermelha: inflorescência.
Figura 22: Fotografia do cajuzinho-do-campo: planta toda.
63
23
24
Figura 23: Fotografia da canela-de-cigana: inflorescência. Figura 24: Fotografia da canela-desaracura: planta com folhas e inflorescência.
64
25
27
26
28
29
Figura 25: Fotografia da capeba: planta com folhas e inflorescências. Figura 26: Fotografia do carurude-veado: planta seca com folhas e inflorescências. Figura 27: Fotografia da catuaba: planta florida.
Figura 28: Fotografia do coitezeiro: ramo com folhas e fruto imaturo em desenvolvimento. Figura 29:
Fotografia do coitezeiro: frutos desenvolvidos.
65
30
31
32
Figura 30: Fotografia da crista-de-pavão: inflorescências com flores e frutos. Figura 31: Fotografia do
dom-bernardo: planta florida. Figura 32: Fotografia da embaúba-roxa: folhas secas.
66
33
34
35
36
Figura 33: Fotografia da erva-cidreira: ramos com folhas e inflorescências. Figura 34: Fotografia da
erva-cidreira: inflorescência. Figura 35: Fotografia da erva-de-passarinho: ramo com folhas e
inflorescências. Figura 36: Fotografia da erva-de-rato (Psychotria barbiflora): planta florida.
67
37
38
39
Figura 37: Fotografia da erva-de-rato (Psychotria capitata): planta seca com frutos. Figura 38:
Fotografia da folha- miúda: ramo com inflorescências com botões florais e flores. Figura 39: Fotografia
do fumo: flores.
68
40
41
Figura 40: Fotografia da goiabeira: ramo com folhas e frutos em desenvolvimento. Figura 41:
Fotografia da insulina: ramo com folha e frutos imaturos e maduros.
69
42
44
43
45
Figura 42: Fotografia da jalapa (Mandevilla illustris): planta florida. Figura 43: Fotografia da jalapa
(Mandevilla illustris): flores. Figura 44: Fotografia da jalapa (Rhodocalyx rotundifolius): planta florida.
Figura 45: Fotografia da jalapa (Rhodocalyx rotundifolius): flores.
70
46
47
Figura 46: Fotografia do jatobá: ramo com folhas e frutos imaturos. Figura 47: Fotografia do jeribão:
folhas e inflorescência.
71
48
49
50
Figura 48: Fotografia do joão-bolô: ramo com folhas e inflorescências. Figura 49: Fotografia do joãobolô: ramo com frutos em desenvolvimento. Figura 50: Fotografia do juá-brabo: planta com frutos
maduros.
72
51
53
52
54
Figura 51: Fotografia da língua-de-tiú: planta toda com frutos em desenvolvimento. Figura 52:
Fotografia da língua-de-tiú: ramo com frutos em desenvolvimento. Figura 53: Fotografia da macaúba:
ápice do coqueiro com inflorescência. Figura 54: Fotografia da macaúba: inflorescência.
73
55
56
57
Figura 55: Fotografia da mama-cadela: ramo com folhas e frutos em desenvolvimento. Figura 56:
Fotografia da mamona: folhas e inflorescência com botões florais, flores e frutos em desenvolvimento.
Figura 57: Fotografia da marcela: inflorescências secas.
74
58
59
60
61
62
Figura 58: Fotografia da maria-preta: planta florida. Figura 59: Fotografia da maria-preta:
inflorescência com botões florais e flores. Figura 60: Fotografia da mata-barata: ramo com folhas e
frutos em desenvolvimento. Figura 61: Fotografia do melão-de-são-caetano: planta florida. Figura 62:
Fotografia do melão-de-são-caetano: fruto maduro.
75
63
64
65
Figura 63: Fotografia do murici: galhos com folhas e inflorescências. Figura 64: Fotografia do murici:
inflorescência. Figura 65: Fotografia do murici: frutos em desenvolvimento.
76
66
67
68
69
Figura 66: Fotografia do mutambo: ramo com folhas e flores. Figura 67: Fotografia do mutambo:
árvore com frutos em desenvolvimento. Figura 68: Fotografia da nega-mina: frutos em
desenvolvimento. Figura 69: Fotografia da notícia-de-ouro-preto: flores.
77
70
71
72
73
Figura 70: Fotografia do oficial-de-sala; planta florida. Figura 71: Fotografia do pacari: ramo com
folhas, botões florais e flores. Figura 72: Fotografia do pacari: Botão floral e flor. Figura 73: Fotografia
do pacová: folhas e inflorescências com botões e florais.
78
74
75
76
77
78
Figura 74: Fotografia do pau-doce: ramo com folhas e inflorescências. Figura 75: Fotografia do paudoce: flores. Figura 76: Fotografia do pau-santo (Kielmeyera coriacea): galhos com botões florais.
Figura 77: Fotografia do pau-santo: flor. Figura 78: Fotografia do pau-santo (Kielmeyera variabilis):
planta com frutos.
79
79
80
81
82
Figura 79: Fotografia do pequi: planta com botões florais. Figura 80: Fotografia do pequi: botões
florais e flores. Figura 81: Fotografia do pereira: folhas. Figura 82: Fotografia do pereira: frutos secos.
80
83
84
85
86
Figura 83: Fotografia da pimenta-de-macaco: ramo com folhas, botões florais e flores. Figura 84:
Fotografia da pimenta-de-macaco: ramo com frutos imaturos e maduros. Figura 85: Fotografia da
píteira: planta. Figura 86: Fotografia da piteira: flor.
81
87
89
88
90
Figura 87: Fotografia da pitangueira: folhas e frutos em desenvolvimento. Figura 88: Fotografia da
pitangueira: folhas e frutos em desenvolvimento. Figura 89: Fotografia do quatro-mirréis: planta
florida. Figura 90: Fotografia do quatro-mirréis: planta com frutos imaturos.
82
91
92
93
Figura 91: Fotografia da quina-varinha: ramo com folhas e frutos imaturos. Figura 92: Fotografia da
romanzeira: ramo com folhas e flor. Figura 93: Fotografia do sangue-de-cristo: planta com folhas,
botões florais e flores.
83
94
95
96
97
Figura 94: Fotografia do seno: planta florida. Figura 95: Fotografia da sucupira: árvore florida. Figura
96: Fotografia da sucupira: flores. Figura 97: Fotografia da sucupira: frutos secos.
84
98
99
Figura 98: Fotografia da transagem: planta florida. Figura 99: Fotografia do urucum: folhas e botões
florais.
85
100
101
102
103
Figura 100: Fotografia do velame (Macrosiphonia velame): planta com botão floral. Figura 101:
Fotografia do velame (Macrosiphonia velame): planta com flor, frutos e sementes. Figura 102:
Fotografia do velame (Macrosiphonia longiflora): planta seca com frutos secos. Figura 103: Fotografia
do velame (Macrosiphonia longiflora): folhas.
86
6. CONCLUSÃO
A partir dos dados apresentados pode-se concluir que uma ampla diversidade
de espécies vegetais é utilizada pelos entrevistados, isso demonstra que eles são
grandes detentores de conhecimentos relacionados ao uso tradicional de plantas.
Apesar da média de idade dos entrevistados ser superior a 60 anos,
constatou-se que a maioria dos entrevistados está repassando os conhecimentos
que adquiriam com seus pais para os mais jovens. Os entrevistados já observam e
relatam que algumas espécies nativas, outrora abundantes na região, estão mais
difíceis de serem encontradas. Provavelmente, este fato se deve ao extrativismo
destas espécies e ao desmatamento do cerrado para formação de pastagens e
anteriormente para a produção de carvão.
Os dados analisados mostram que a extração de plantas nativas é um hábito
comum na região e que é preciso, promover ações de valorização do saber popular
relacionado ao uso da flora local, pois assim aumentam as possibilidades de que
este saber seja preservado ao longo das gerações.
Os resultados obtidos neste trabalho permitiram verificar que a divulgação dos
resultados é uma forma de contribuir para a valorização do saber tradicional
associado às plantas junto aos moradores mais jovens da região.
87
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, U. P. Introdução à etnobotânica. Recife: Bagaço, 2002, 87 p.
ALBUQUERQUE, U. P.; ANDRADE, L. H. C. Conhecimento botânico tradicional e
conservação em uma área de caatinga no estado de Pernambuco, Nordeste do
Brasil. Acta Botânica Brasílica, v.16, n.3, p.273-285, 2001.
ALBUQUERQUE, U. P.; HANAZAKI, N. As pesquisas etnodirigidas na descoberta de
novos fármacos de interesse médico e farmacêutico: fragilidades e perspectivas.
Revista Brasileira de Farmacognosia, v.16 (Supl.), p.678-689, 2006.
ALBUQUERQUE, U. P.; LUCENA, R. F. P. Seleção e escolha dos informantes. In:
ALBUQUERQUE, U. P.; LUCENA, R. F. P. (Org.). Métodos e técnicas na pesquisa
etnobotânica. Recife: Livro rápido/NUPEEA, p.19-35. 2004.
ALMASSY JÚNIOR, A. A. et al. Folhas de chá: Plantas medicinais na terapêutica
humana. Viçosa: UFV, 2005. 233p.
ALMEIDA, K. S.; FREITAS, F. L. da C.; PEREIRA, T. F. C. Etnoveterinária:
fitoterapia na visão do futuro profissional. Revista Verde de Agroecologia e
Desenvolvimento Sustentável, v.1, n.1, p.67-74, 2006.
AMOROZO, M. C. M. A abordagem etnobotânica na pesquisa de plantas medicinais.
In: DI STASI, L. C. (Org.). Plantas medicinais: arte e ciência – um guia de estudo
interdisciplinar. São Paulo: Editora da UNESP. p.47-68, 1996.
AMOROZO, M. C. M.; GÉLY, A. Uso de plantas medicinais por caboclos do Baixo
amazonas. Barcarena, PA, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi,
v.40, n.1, p.47-131, 1988.
ANDRADE, F. M. C.; CASALI, V. W. D. Etnobotânica e estudo de plantas medicinais.
In: RODRIGUES , A. G. et al. Plantas Medicinais e Aromáticas: Etnoecologia e
Etnofarmacologia. Viçosa: UFV, p.77-144, 2002.
BALBAA, S. J. Satisfying the requirements of medicinal plant cultivation. Acta
Horticulturae, n.132, p.75-84, 1983.
88
BOTREL, R. T. et al. Uso da vegetação nativa pela população local no município de
Ingaí, MG, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v.20, n.1, p.143-156, 2006.
BRANDÃO, M. G. L., ZANETTI, N. N. S. Plantas medicinais da Estrada Real. Belo
Horizonte: O lutador, 2008. 56p.
BRANDÃO, M. G. L.; MOREIRA, R. A.; ACÚRCIO, F. A. Nossos fitoterápicos de
cada dia. Ciência Hoje, v.30, n.175, p.56-58, 2001.
BRANDÃO, M.; CARVALHO, P. G. S.; JESUÉ, G. Guia ilustrado de plantas do
Cerrado de Minas Gerais: caracterização, floração, frutificação, propagação e
utilização de 30 plantas do Cerrado brasileiro. São Paulo: Nobel, 2001.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instrução Normativa no. 6, de 23 de setembro
de 2008. [Lista das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e das
espécies com deficiência de dados]. Disponível em
<portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/instrucao6.pdf>. Acesso em: 20 maio 2010.
CALÁBRIA, L. et al. Levantamento etnobotânico e etnofarmacológico de plantas
medicinais em Indianópolis, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Plantas
Medicinais, v.10, n.1, p.49-63, 2008.
CALIXTO, J. B. Biopirataria: A diversidade biológica na mira da indústria
farmacêutica. Ciência Hoje, v.28, n.167, p.36-43, 2000.
CARVALHO, L. C. de. Levantamento florístico de plantas medicinais nativas no
domínio do campo rupestre na Reserva Florestal Boqueirão município de Ingaí
- MG. 2003. 46f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências
Biológicas Bacharelado) – Centro Universitário de Lavras, Lavras, 2003.
CASTRO, A. A. J. F.; MARTINS, F. R.; FERNANDES, A. G. How rich is the flora of
Brazilian Cerrados? Annals of the Missouri Botanical Garden, v.86, n.2, p.192224, 1999.
CERVI, A. C.; NEGRELLE, R. R. B.; SBALCHIERO, D. Espécies vegetais utilizadas
na terapêutica popular no município de Curitiba. Paraná Brasil. Revista Estudos de
Biologia, n.23, p.5-42, 1989.
89
CORRÊA JUNIOR, C., MING, L. C., SCHEFFER, M. C. A importância do cultivo de
plantas medicinais, aromáticas e condimentares. Sob informa, v.9, n.2, v.10, n.1,
p.23-24, 1991.
CORRÊA, P. C. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas.
Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 6 v., 1984.
COULAUD-CUNHA, S.; OLIVEIRA, R. S.; WAISSMANN, W. Venda livre de Sorocea
bomplandii Bailon como Espinheira Santa no município de Rio de Janeiro - RJ.
Revista Brasileira de Farmacognosia, v.14 (Supl.), p.51-53, 2004.
DAMASCENO, A. A.; BARBOSA, A. A. A. Estudo etnobotânico de plantas do bioma
cerrado na comunidade de Martinésia, Uberlândia, MG. Horizonte Científico, v.1,
n.8, 2008. Disponível em:
<www.seer.ufu.br/index.php/horizontecientifico/article/view/4140/3087>. Acesso em:
16 abr. 2010.
DI STASI, L.C. et al. Asterales medicinais. In: DI STASI, L. C.; HIRUMA LIMA, A. A.
Plantas medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. 2.ed. São Paulo: UNESP,
p.463-491, 2002.
DI STASI, L.C. et al. Lamiales medicinais. In: DI STASI, L. C.; HIRUMA LIMA, A. A.
Plantas medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. 2.ed. São Paulo: UNESP,
p.406-448, 2002.
DI STASI, L. C.; HIRUMA LIMA, A. A. Plantas medicinais na Amazônia e na Mata
Atlântica. 2. ed. São Paulo: UNESP, 2002. 604p.
DRUMMOND, G. M. et al. (Org.). Biodiversidade em Minas Gerais: um atlas para
sua conservação. 2 ed. Belo Horizonte: Fundação Biodiversitas, 2005. 222p.
EHRLICH, P. R. A perda da diversidade: causas e conseqüências. In: WILSON, E.
O. (Org.). Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, p.27-35, 1997.
ELISABETSKY, E. Etnofarmacologia como ferramenta na busca de substâncias
ativas. In: SIMÕES, C. M. O. et al. (Org.). Farmacognosia: da planta ao
medicamento. Porto Alegre: UFRGS, Florianópolis: UFSC, cap.6, p.107-122, 2004.
90
FELFILI, M. C.; FELFILI, J. M. Diversidade alfa e beta no cerrado sensu stricto da
Chapada Pratinha, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v.15, n.2, p.243-254, 2001.
FERREIRA, M. B. Frutos comestíveis nativos do cerrado em Minas Gerais. Informe
Agropecuário, v.6, n.61, p.9-18, 1980.
FIDALGO, O.; BONONI, V. L. Técnicas de coleta, preservação e herborização de
material botânico. São Paulo: Instituto de Botânica, Série Documentos, 1984, 62p.
FONSECA-KRUEL, V. S.; PEIXOTO, A. L. Etnobotânica na reserva extrativista
marinha de Arraial do Cabo, RJ, Brasil. Acta Botânica Brasilica, v.18, n.1, p.177190, 2004.
GIULIETTI, A. M; HARLEY, R. M.; QUEIROZ, L. P. Biodiversidade e conservação
das plantas no Brasil. Megadiversidade, v.1, n.1, p.52-61, 2005.
GOOGLE EARTH. São José de Almeida, Jaboticatubas, MG, Brasil. [S. l.], 2004.
Image 2009 Digital Globe.
GUARIM NETO, G; SANTANA; S. R.; SILVA, J. V. B. Notas etnobotânicas de
espécies de Sapindaceae Jussieu. Acta Botanica Brasilica, v.14, n.3, p.327-334,
2000.
GUERRA, M. P.; NODARI, R. O. Biodiversidade: aspectos biológicos, geográficos,
legais e éticos. In. SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G. et al.
Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5.ed. Porto Alegre: UFRGS,
Florianópolis: UFSC. cap.1, p.13-28, 2004.
GUIÃO, M. M. Utilização de plantas medicinais nas práticas populares. In:
BRANDÃO, M. G. L. Plantas medicinais & fitoterapia. Belo Horizonte: Faculdade
de Farmácia da UFMG, 2003. p.85-91.
HAY, R.K.M., SVOBODA, K.P. Botany. In: HAY, R.K.M., WATERMAN, P.G. (Ed.).
Volatile oil crops: their biology, biochemistry and production. Avon: Longman
Group, p.5-22, 1993.
91
HENKEL, T. et al. Statistical investigation into the structural complementarity of
natural products and synthetic compounds. Angewande Chemie International
Edition, v.38, n.5, p.643-647, 1999.
IBAMA, 2004. Unidade: Parque Nacional da Serra do Cipó. Disponível em:
<http://www.ibama.gov.br/siucweb/mostraUc.php?seqUc=3>. Acesso em: 01 set.
2009.
INFORME AGROPECUÁRIO. Novos enfoques sobre plantas consideradas
daninhas. Belo Horizonte: EPAMIG, ano 13, n.150, 1988.
JABOTICATUBAS. Localização. [S. l.], 2006. Disponível em:
<http://www.jaboticatubas.com.br/localizacao.html>. Acesso em: 20 maio 2010.
LEITE, J. P. V. A fitoterapia inserida no paradigma ecológico de saúde. In: X
SEMINÁRIO MINEIRO DE PLANTAS MEDICINAIS, 2004, São João Del-Rei.
Anais... São João Del-Rei: UFSJ/DCNAT, p.54-57, 2004.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, v.1, 1992, 352p.
LORENZI, H. et al. Árvores exóticas no Brasil: Madeirerias, ornamentais e
aromáticas. Nova Odessa: Plantarum, 2003, 368p.
LORENZI, H. Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas.
4.ed. Nova Odessa: Plantarum, 2008, 640p.
LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais no Brasil: Exóticas e nativas.
2.ed. Nova Odessa: Plantarum, 2008. 576p.
MACEDO, J. F. As plantas oleaginosas do cerrado de Minas Gerais. Informe
Agropecuário, v.16, n.173, p.21-27, 1992.
MARINHO, M. L. et al. A utilização de plantas medicinais em medicina veterinária:
um resgate do saber popular. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.9, n.3,
p.64-69, 2007.
92
MARQUES, T. C. et al. Plantas tóxicas para bovinos em Minas Gerais e Goiás.
Boletim de Extensão, ano 12, n.30, 2006, 69p.
MARTINS, E. R. et al. Plantas Medicinais. Viçosa: UFV, 1994. 220p.
MATTEUCCI, M. B. A. et al. A flora do cerrado e suas formas de aproveitamento plantas medicinais. RV Documentos, v.3, n.5, p.22, 2003.
MEDEIROS, M. F. T; FONSECA, V. S; ANDREATA, R. H. P. Plantas medicinais e
seus usos pelos sitiantes da Reserva Rio das Pedras, Mangaratiba, RJ, Brasil. Acta
Botanica Brasilica, v.18, n.2, p.391-399, 2004.
MENDONÇA, R. C. et al. Flora vascular do cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S.
P. (Ed.) Cerrado: Ambiente e flora. Planaltina: EMBRAPA/CPAC. p.289-539, 1998.
MENEZES, C. C. et al. Levantamento etnobotânico de plantas utilizadas pela
população de Ijaci - MG. In: VII SEMINÁRIO DE PESQUISA E EXTENSÃO DA
UEMG, 2005, Diamantina. Anais... Diamantina: FEVALE/UEMG, 2005.
MING, L. C. Estudo e pesquisa de plantas medicinais na agronomia. Horticultura
Brasileira, v.12, n.1, p.3-9, 1994.
MMA (Ministério do Meio Ambiente) 2009. Apresentação da página do Conselho de
Gestão do Patrimônio Genético. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=85&idConteud
o=4306>. Acesso em: 02 set. 2009.
PEIXOTO, A. L.; MORIM, M. P. Coleções Botânicas: documentação da
biodiversidade brasileira. Ciência e Cultura, v.55, n.3, p.21-24, 2003.
PLANTAMED. Anchietea salutaris A. St.-Hil.: cipó-suma. [S. L.], 2010. Disponível
em: <plantamed.com.br>. Acesso em: 20 maio 2010.
RATTER, J. A.; RIBEIRO, J. F.; BRIDGEWATER, S. The Brazilian cerrado
vegetation and threats to its biodiversity. Annals of Botany, v. 80, p. 223-230, 1997.
REIS, M. S.; MARIOT, A.; STEENBOCK, W. Diversidade e domesticação de plantas
medicinais. In: SIMÕES, C. M. O. et al. (Org.). Farmacognosia: da planta ao
93
medicamento. 5.ed. Porto Alegre: UFRGS, Florianópolis: UFSC, 2004. cap.3, p.4574.
RIBEIRO, A. O. Levantamento florístico e etnobotânico e triagem fitoquímica de
espécies da família Asteraceae da Reserva do Boqueirão, Ingaí – MG. 2005. 42f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas Licenciatura) –
Centro Universitário de Lavras, Lavras, 2005.
RODRIGUES , A. G.; CASALI, V. W. D. Plantas medicinais , conhecimento popular e
etnociência. In: RODRIGUES , A. G. et al. Plantas Medicinais e Aromáticas:
Etnoecologia e etnofarmacologia. Viçosa: UFV, p.23-76, 2002.
RODRIGUES, A. G. (Coord.). Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia
e Insumos estratégicos. Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterapia.
Brasília: DF. 2006. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/
arquivos/pdf/politica_plantas_medicinais_fitoterapia.pdf.> Acesso em: 18 nov. 2009.
RODRIGUES, L. A. et al. Espécies nativas usadas pela população local em
Luminárias, MG. Boletim Agropecuário, n.52, p.1-54, 2002.
RODRIGUES, V. E. G., CARVALHO, D. A. Plantas medicinais do domínio dos
Cerrados. Lavras: UFLA. 2001. 180p.
SANTOS-OLIVEIRA, R.; COULAUD-CUNHA, S.; COLAÇO, W. Revisão da
Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek, Celastraceae. Contribuição ao estudo das
propriedades farmacológicas. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.19, n.2b,
2009.
SHEPHERD, G. J. Avaliação do estado do conhecimento da diversidade
biológica do Brasil: plantas terrestres – versão preliminar. Brasília: Ministério do
Meio Ambiente, 2003. 60 p. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/plantas1>. Acesso em: 31 ago.
2009.
SILVA, F. S. et al. Levantamento etnobotânico das plantas medicinais da zona rural
do município de Piumhi – Minas Gerais. Revista Científica Eletrônica de
Engenharia Florestal, ano 3, n.6, 2005. Disponível em:
94
<http://www.revista.inf.br/florestal06/pages/artigos/artigo03.pdf >. Acesso em: 20 abr.
2010.
SOUZA, L. F. Recursos vegetais usados na medicina tradicional do Cerrado
(Comunidade de Baús, Acorizal, MT, Brasil). Revista Brasileira de Plantas
Medicinais, v.9, n.4, p.44-54, 2007.
SOUZA, V. C., LORENZI, H.; Botânica sistemática: Guia ilustrado para
identificação das famílias de fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em
APG II. 2 ed. Nova Odessa: Plantarum, 2008. 704p.
TOKARNIA, C. H.; DOBEREINER, J.; PEIXOTO, P. V. Plantas tóxicas do Brasil.
Rio de Janeiro: Helianthus. 2000. 312p.
VENDRUSCOLO, G. S.; RATES, S. M. K.; MENTZ, L. A.; Dados químicos e
farmacológicos sobre plantas usadas como medicinais pela comunidade do bairro
Ponta Grossa, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de
Farmacognosia, v.15, n.4, p.361-372, 2005.
VILLEGAS, J. H. Y.; LANÇAS, F. M. Detecção de adulterações em amostras
comerciais de “espinheira-santa” por cromatografia gasosa de alta resolução
(HRGC). Revista de Ciências Farmacêuticas, v.18, n.2, p.241-248, 1997.
WILSON, E. O. A situação atual da diversidade biológica. In: WILSON, E. O. (Org.).
Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, p.3-24, 1997.
WYK, B.-E.; WINK, M. Medicinal plants of the world. Portland: Timber Press, 2004,
480p.
95
APÊNDICE
96
APÊNDICE A – Questionário semi-estruturado
PESQUISA ETNOBOTÂNICA SEMI-ESTRUTURADA
DADOS DO ENTREVISTADO
Nº
Data da entrevista:
/
/2009
Nome: .......................................................................................... Idade: ...................
Endereço: ....................................................................................................................
Estado civil (
) solteiro (a)
(
) csado (a)
(
) outros:
...............................................
Escolaridade: Sem escolaridade
Fundamental
Médio
Superior
(
(
(
(
) lê
) completo
) completo
) completo
(
(
(
(
) lê e escreve
) incompleto
) incompleto
) incompleto
Origem: ( ) nativo da região
Religião:
( ) outra região. Qual? .........................................................
Mora há quantos anos na região? ......................................................
Ocupação principal: ............................................................................
Quantas pessoas moram com você? .................................................
Quantas são crianças?........................................................................
1) Você ou seus familiares utilizam plantas? ( ) sim
( ) não
2) Para qual finalidade você costuma utilizar as plantas?
( ) artesanato
Para: ( ) uso próprio
( ) venda
É rentável? ( ) sim
( ) não
( ) lenha
( ) construção
( ) alimento
( ) medicinal
( ) utensílios
( ) outras finalidades
Quais?
....................................................................................
3) Você utiliza plantas como medicamento? ( ) sim
( ) não
( ) sempre ( ) às vezes ( ) raramente
( ) outros:...................................................................................................................
4) Você utiliza: ( ) uma planta por vez
( ) mais de uma planta. Quantas? ..................................................
5) As plantas utilizadas são:
( ) frescas
( ) secas
( ) outra (s) forma (s): ...............................................
97
6) Qual a forma mais comum de utilização das plantas como medicamento?
( ) chá:
( ) infuso
( ) decocto
( ) no álcool
( ) no vinho
( ) na cachaça
( ) maceradas:
( ) com água
( ) sem nada
( ) outras formas: ........................................................................................................
( ) coloca o preparado na geladeira?
7) As plantas utilizadas curam?
( ) sim
( ) não
( ) na maioria das vezes
( ) às vezes
8) Caso não haja cura, utilizando as plantas você:
( ) procura um médico? ( ) sim
( ) não
Por quê?...................................................................................................................
9) Você já desenvolveu algum problema de saúde relacionado com a utilização de
plantas como medicamento? ( ) sim
( ) não
Qual (is) problema (s)? ..................................................................................................
Qual (is) planta (s)? .......................................................................................................
10) Deve-se ter cuidado ao utilizar alguma dessas plantas que você conhece e usa?
Qual (is) e por quê? .......................................................................................................
........................................................................................................................................
11) Você já tratou ou trata animais com plantas?
( ) sim
( ) não
Qual (is) animal (is)? .....................................................................................................
Qual (is) planta (s) utilizada (s)? ....................................................................................
Como? ...........................................................................................................................
12) As plantas que você utiliza são: ( ) coletadas no campo
( ) cultivadas
Se cultiva, como? (no vaso, na horta, usa adubos ou inseticidas?): ..................
.............................................................................................................................
Se coleta, onde?:
( ) no cerrado
( ) na beirada do córrego
( ) na mata
( ) no pasto
( ) outros: ...........................................................................
13) É fácil encontrar na região as plantas que você utiliza?
( ) sim
( ) não
14) Há alguma planta do campo que você utilizava e que hoje não mais encontra?
( ) sim
( ) não. Qual (is)? ..................................................................................
15) Você tem um período do dia para colher as plantas que vai utilizar?
( ) sim
( ) não
Qual? .........................................................................
16) As plantas utilizadas como medicinais são armazenadas?
( ) sim
( ) não
98
Como? ...........................................................................................................................
17) Você tem alguma planta armazenada em sua casa no momento?
( ) sim ( ) não
Qual (is)? .......................................................................................................................
Como estão armazenadas? ..........................................................................................
18) Com quem você aprendeu a utilizar essas plantas?
( ) pai ( ) mãe ( ) avó ( ) avô ( ) outros: ..........................................................
Dados sobre as plantas utilizadas:
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Partes usadas: folhas, raízes, flores, sementes, tronco,
planta toda. Preparo: chá, banhos, compressas, outros. Anotar todos os detalhes possíveis
do entrevistado e coletar as plantas citadas por eles. No momento da coleta da planta,
anotar o nome da planta, a data e local da coleta e o número da entrevista relacionada.
Nome da planta Utilidade
Partes utilizadas Modo de coleta e preparo
99
APÊNDICE B – Termo de consentimento
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu ______________________________________ aceito participar da pesquisa
sobre espécies vegetais utilizadas no Distrito de São José de Almeida,
Jaboticatubas, MG, sob a responsabilidade da estudante Ana Paula dos Santos e
orientação da pesquisadora Andréia Fonseca Silva. Minha participação será
inteiramente livre e por minha vontade. Fui esclarecido que responderei a uma
entrevista. Minha identidade será preservada, isto é, meu nome não será divulgado
e caso seja necessário poderei interromper a entrevista a qualquer momento.
São José de Almeida, ________________________________(Data).
Assinatura do entrevistado:_____________________________________________
Assinatura do entrevistador:_____________________________________________
Download