Contatos: 720-0304 ou 9637-7959 - Email: [email protected] Dedicatória Agradeço ao Sumo-Sacerdote o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que através de seu ensino, do sacerdócio me deu uma visão totalmente diferente do papel da Igreja neste mundo, de forma que pude ao longo de 7 anos de intercessões, observar as misericórdias do Senhor exaladas sobre as vidas dos que ignoram sua maravilhosa graça. Agradeço ao amado Espírito Santo que nos sustentou em meio as traições dos falsos amigos e obreiros. Em fim agradeço a oportunidade de através dos meus irmãos de aliança aprender em meio as suas fraquezas e minhas fraquezas o que de fato é ser um sacerdote. Aos intercessores que oraram de verdade, em todas as quintas feiras e sábados desde 1993, e que contribuirão para a edificação do Reino dos céus. A todos que aqui passaram seja para edificação ou provação e aperfeiçoamento do meu ministério, ao Kleber, a Anciã Marilda (mãe), Fernanda (esposa),ao Pastor Luiz Cesar, Ancião Roberto, Emy, Marcos, Fernando, Davi e a outros que passaram rapidamente, obrigado ! Com a esperança que outros se levantem. Cristiano Ávila Mukim da Conceição 25/08/2001 1 2 Neste tipo de oração, voltamos nossos olhos para o trono de Deus (Pai), por intermédio do Filho (Jesus), o único mediador entre o Criador e os homens criados à sua imagem e semelhança, I Timóteo 2:5, mais é necessário notar que nesse tipo de oração nós vamos orar a favor dos outros, não mais por nós mesmo, desta forma as orações deverão ser mais intensas e constantes, pelo fato de não depender apenas de nossas condutas diante de Deus, muito mais da conduta daquele que será o alvo ou o centro de nossas intercessões, sendo desta forma, dois tipos de oração aparecem para serem executadas a favor do próximo, a da intercessão como o ato de pedir pelo próximo um alvo desejado I Timóteo 2:1, e a da intercessão pelo perdão dos pecados do próximo, neste caso é quando pedimos perdão pelos seus pecados como sendo nosso, Daniel 9:4-5,Tiago 5:15-16. Como nesta intercessão oramos pelo próximo, há uma coisa indispensável do qual aquele que intercede diante do Deus Vivo tem que ter, é o fato de precisar ter e ser igual ao homem pelo qual intercede ou seja deve ser nascido no planeta terra, ser tomado do meio do povo, ter as fragilidades e as fraquezas carnais impostas pelo pecado na carne, Romanos 3:10,11,12 e 23, Hebreus 5:1-2. Portanto tendo essa condição diante de Deus, poderemos executar duas coisas como já disse; Hebreus 5:3. DONS 1º Interceder com o propósito de exercer poder e autoridade a favor do próximo em relação as hostes malignas, por sermos homens e a terra foi entregue ao Filho do Homem, Salmos 115:16. Mas uma vez que o homem no Éden entregou essa autoridade a Satanás, hoje a exercemos por meio do 2º Adão Jesus que venceu e está a direita do Pai dando-nos esta condição novamente. Mateus 28:18-20, João 14:12-14, Lucas 10:19, Atos 1:8-9, I Coríntios 12:4-11 SACRIFÍCIOS 2º Interceder com o propósito de se colocar como uma oferta pelo pecado do próximo, ou seja sentir o que ele sente, sofrer o que ele sofre, entregar-se por amor, como fez Jesus na cruz, sofrendo a nossa culpa, desgraça, dor, miséria, choro, separação, para que pudéssemos ser salvos, ele sofreu a pena que estava destinada para nós e nós pela sua obra recebemos a justiça e nascemos de novo podendo ter esperança de sermos salvos, é a troca em amor que cobre multidão de pecados, I Pedro 4:8, nesta epístola o Apóstolo Pedro aconselha a Igreja a fazer o mesmo para salvar as suas almas. I Pedro 2:21-25 3 Que Deus o Pai pelo seu Espírito Santo possa ao longo deste estudo fazer você entender o mistério poderoso que existe nas mãos de quem é um intercessor, para entender pelo Espírito as seguintes declarações do Apóstolo Paulo: “Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos, descendente de Davi, segundo meu evangelho; pelo qual estou sofrendo até algemas, como malfeitor; contudo, a palavra de Deus não está algemada, por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus com eterna glória”. I Timóteo 2:8-10 , “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo”. Gálatas 6:2, “Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós, e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja” Colossenses 1:24. Bom agora que meditastes nas declarações do Espírito Santo por boca do Apóstolo dos gentios Paulo, para retirar qualquer dúvida no que concerne aos sacrifícios pelos quais o intercessor da parte do espírito tem que passar para gerar vidas, que são chamadas de dores de parto, numa epístola de Paulo a igreja, Gálatas 4:19. Veremos agora abaixo um gráfico dos tipos de oração e seus níveis na vida do Sacerdote crente e prosseguiremos estudando sobre a oração de intercessão. Deus como o centro de nossas Eu mesmo como Outros como o centro de Orações Centro das orações Minhas orações • AÇÕES DE GRAÇAS * PETIÇÃO • LOUVOR * ENTREGA • ADORAÇÃO * CONSAGRAÇÃO * PERDÃO PESSOAL * INTERCESSÃO * INTERCESSÃO PELO PERDÃO * JEJUM A Intercessão é algo que o Senhor busca na terra no coração do homem para poder salvá-lo, Ezequiel 22:30, Isaías 59:16, Efésios 6:18, I Timóteo 2:1-4. Desta forma se torna imprescindível estudarmos sobre o assunto, pois não poderemos aparecer de mãos vazias diante do Senhor do Universo, Romanos 14:12. 4 O QUE É INTERCESSÃO ? Na intercessão há vários aspectos para descrevê-la e por isso faremos uma análise a luz do seu significado lingüístico e veremos seu aspecto prático na vida de homens movidos pelo Espírito Santo nas Santas Escrituras, mas poderíamos dizer de uma forma simples o seguinte, intercessão é ser o útero do Espírito Santo na concepção de filhos para o Reino de Jesus Cristo, é ser parteiro é dar a luz no Reino do Espírito as promessas de Deus aos homens de forma que a vontade do Senhor seja executada na vida dos homens, Isaías 26:16-18, neste texto o profeta lamenta o fato de ter o povo sentido dores de parto e angústia mais para nada adiantou em relação a gerar algo, para o profeta, dar luz a povos ou vidas restauradas é preciso sofrer dores de parto ou seja ser o útero do Espírito, veja o que diz o profeta Jeremias a cerca de sua obra intercessória, Jeremias 10:19-25,15:15-18, 30:6 (este com referência as dores que homens sentiram nos tempos finais), o profeta Isaías faz da mesma expressão, “dores de parto” ou “DORES” o trabalho de intercessão na vida daquele que é o útero do Espírito Santo na terra a fim de realizar os propósitos do Reino de Deus na terra. “Pelo que os meus lombos estão cheios de angústia; dores apoderaram-se de mim como as dores de Mulher na hora do parto; estou tão atribulada que não posso ouvir, e tão desfalecido que não posso ver” Isaías 21: 3 Bom se olharmos detalhadamente a vida dos homens e mulheres de Deus, veremos de uma forma clara que todos foram geradores de vida, mais debaixo de gemidos; olharemos mais a frente essas coisas agora nos deteremos em observar o sentido lingüístico da palavra intercessão no hebraico, grego e o português nossa língua. PAGA (hebraico) Neste tipo de palavra que descreve a intercessão vemos o seu lado de luta de colisão contra algo ou alguma coisa, por violência, ou (figuradamente) pela importunação, vir (entre), suplicar, cair (sobre), fazer intercessão, intercessão, pleitear, prostrar, encontrar com (juntos), orar, alcançar, socorrer. Esta palavra aparece em Isaías 55:12, Jeremias 7:16; 27:18; 36:25, ela aparece para nos dar um lado do sentido da intercessão por uma pessoa, família, cidade, ou nação é o ato de colidir contra aquele que amarra o alvo da nossa oração ou seja nos mostra o sentido de estar entre Deus e uma Pessoa com o propósito de interceder para colocar envolta dela uma proteção, num bom sentido seria o ato de assaltar alguém com petições ao seu favor, encontrar-se com, alcançar alguém, fazer uma aliança de proteção de fidelidade para ajudar, tem a ver com a expressão colocar-se na brecha, para defender alguém (Ezequiel 13:5; 22:30; Salmo 106:23) é erguer um muro em volta de alguém (Ezequiel 13:6; 22:30). Na verdade esta palavra quer nos dar a idéia que interceder é estar entre duas partes com o intuito de tomar o alvo da nossa oração a fim de protegé-lo do ataque do inimigo ou seja é se colocar diante do Senhor protegendo uma pessoa contra as forças invisíveis das trevas, portanto nos da a atitude de colisão guerra, prantear, orar com o intuito de proteger o alvo de sua oração e para isso teremos que 5 entrar em colisão com aquele que ataca, prender, amarrar, neste caso é o Diabo, portanto na oração o primeiro aspecto de sua palavra indica colidir contra o inimigo, desta forma o primeiro que encontramos na oração intercessória são as forças invisíveis das trevas, é preciso perseverança para vencer o combate. Efésios 6:10-12 A palavra PAGA, também tem o sentido de orar, colocar para prantear, suplicar, pois quem se coloca a favor de alguém na área de oração intercessória, não está fiado (confiando) apenas em si mesmo mais naquele que é o alvo de sua súplica no caso o Senhor dos Exércitos. Entendemos então que a palavra PAGA, para intercessão tem dois aspectos e sentidos; o primeiro é de luta, guerra, violência, choque e denota confronto contra o inimigo naquela determinada súplica. Outro, de encontro, colocar-se entre, orar, suplicar de forma que estejamos na presença do Senhor a favor de outros. Concluímos, pois, que a intercessão tem duas facetas da qual não podemos esquecer: Uma de confronto, luta, guerra e a outra de encontro com o Rei para confabular uma causa ou situação, Veja o gráfico abaixo e procure entender: orar / prantear DEUS Contra / colidir Intercessor Intercessor Diabo No Grego do Novo Testamento: ENTEUXIS : Neste substantivo usado nos relatos bíblicos temos a conotação primária que nos dá um sentido mais ligado a aproximação do intercessor com o seu Rei (Jesus) ou com Deus para trocar informações é um termo técnico de aproximação usado para descrever a aproximação de alguém diante de um rei ou seu Deus para diante dele conversar buscando direção ou apresentando uma causa, é traduzido para a palavra oração em I Timóteo 4:5 e no plural em I Timóteo 2:1 (neste caso é o ato de um intercessor que se coloca para ouvir a favor de outro). ENTUGCHANO (Grego): Este verbo aparece também em correlação com o substantivo descrito acima e harmoniza-se um ao outro. Primariamente o sentido do seu significado etimológico refere-se ao ato de harmonizar-se com, encontrar-se com o fim de conversar, fazer petição ou especialmente intercessão, pleitear com uma pessoa, tanto a favor como contra outros; contra - Atos 25:24, I Reis 19:10, 14 Romanos 11:2, a favor Romanos 8:27,34; Hebreus 7:25 aparece tal descrição também em Atos dos Apóstolos 12:5 como também na descrição do pedido feito por Simão aos Apóstolos no intuito dos mesmos intercederem a seu favor depois de cometer um erro de querer o poder do Espírito Santo através do pagamento de dinheiro, Atos 8:17-25 em especial o v. 24. Todos esses textos e muitos outros descrevem o sentido da palavra interceder em seu sentido amplo. Talvez você me pergunte qual a diferença das duas palavras estudadas acima? Note uma é substantivo, da nome aos seres ou seja com esta palavra identificamos o que é, ser intercessor; enquanto que a outra é um verbo que 6 indica ação ou seja como é efetuada na prática a intercessão de quem é intercessor, veja que só no exame dos seus termos técnicos e etimológicos podemos ver que é mais do que abrir a boca em direção ao céu ou a qualquer outro lugar que possa estar a fé dos homens, e, é lógico que na prática é muito mais do que isso veremos no decorrer do estudo e muito mais se praticarmos o que estamos estudando nestas apostilas sobre oração. HUPERENTUGCHANO (Grego): Esta palavra usada na língua grega como derivada do verbo “Entugchano” da números finais a pergunta inicial, o que é Intercessão? Pelo menos no que concerne ao sentido lingüístico pois no sentido bíblico veremos a seguir através do exame das Santas Escrituras mas creio que aprenderemos até o fim de nossas vidas. Vamos dar o sentido da palavra acima; é o ato de interceder a favor de; fazer intercessão, pedir, rogar (por outrem), intervir (a favor de alguém ou de algo). Isto tudo em palavras é Intercessão, imagine na prática; como veremos a seguir em nosso estudo sobre o assunto. NECESSIDADE DE INTERCESSORES É evidente que desde que o pecado entrou no mundo e principalmente na carne humana, Romanos 7:18 o homem ficou distanciado do Senhor justo e santo ficando uma lacuna entre a criatura e seu Criador, abrindo uma necessidade de alguém que se colocasse na brecha entre ambos a fim de prantear, rogar a favor do homem perdido, é lógico que tais pessoas deviam estar numa posição satisfatória diante do Criador a fim de serem aceitas por ele, pois na verdade é seu desejo, Ezequiel 22:30, Isaías 59:4,16. Isto ecoa em toda as Santas Escrituras, mais qual é o requisito para ser um intercessor? Vamos ver o que a própria Escritura diz: “Porque todo Sumo-Sacerdote (sacerdotes também), sendo tomados dentre os homens, é constituído nas cousas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer assim dons como sacrifícios pelos pecados, é capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram, pois também ele mesmo está rodeado de fraquezas. E por esta razão, deve oferecer sacrifícios pelos pecados, assim como do povo, como de si mesmo. Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, se não quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão.” Hebreus 5:1-4 Podemos observar 4 características principais que deve ter o intercessor; do qual abordaremos mais detalhadamente no decorrer do estudo, agora só citaremos: 1. 2. 3. 4. Deve ser humano composto de corpo, alma e Espírito. Deve ter consciência que é pecador e fraco como os demais. Deve ter um Espírito de renúncia e sacrifício a favor do próximo. Deve ser chamado exclusivamente pelo Senhor para exercer tal função. Olhando agora as Santas Escrituras veremos essa necessidade sendo suprida diante do Criador do Universo e por causa desta função intercessória o Senhor opera na vida dos filhos dos homens, que tremendo é ser ajudador ! 7 NECESSIDADES SUPRIDAS PELOS INTERCESSORES Ao examinar as Escrituras apartir do livro de Gênesis começamos a ver a tremenda e espantosa necessidade de um intercessor, não se esqueça do princípio estudado em outra apostila; “Os céus são os céus do Senhor, mais a terra deu Ele aos filhos dos homens” Salmo 115:16 Logo que olhamos para a queda no jardim do Éden, nos deparamos com uma atitude intercessória feita pelo próprio Criador do Universo, já nos mostrando o caminho da restauração. Note após a desobediência cometida por Adão e Eva ao tomar do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, os dois descobriram que estavam nus, ou seja sem a presença do Espírito de Deus que os cobria e tomaram para si folhas de figueiras uma espécie de suas próprias obras e esforços para remir seus erros, mais note que o próprio Senhor tomando a forma intercessória entre Ele mesmo e o Homem , sacrificou um Cordeiro e tomando seu couro os vestiu uma espécie dos atos de remissão operados pelo Senhor de uma maneira intercessória a favor do homem mostrando desta forma a necessidade de um intercessor a fim de haver justificação ou cobertura de pecado de outrem. Gênesis 3:7,21 Deus Criador COMO INTERCESSOR Vestimenta dada pelo Senhor É fácil entender que após a queda do homem este precisaria de um mediador entre ele (homem) e o Senhor santo. Lógico que esse mediador deveria ter as especificações já vistas neste estudo, e quando olhamos para a primeira ação de Deus com relação a essa procura, nos deparamos com Abel e Caim e a prova lançada por Deus a ambos a fim de buscar um intercessor (sacerdote) e encontrar tais características em Abel, e não em Caim, Vejamos, Gênesis 4:1-7 ABEL - Características ⇒ Era nascido de mulher v. 1 ⇒ Tinha em mente que era pecador, pois ofereceu um sacrifício v. 4 ⇒ Tinha um Espírito de renúncia, pois deu o melhor para o Senhor, as primícias. v. 4 ⇒ Era nascido de mulher v. 1 8 CAIM - Características ⇒ Não fazia caso do seu pecado, ofereceu o fruto da terra ou seja um tipo do fruto da carne seu esforço pessoal. v. 3 ⇒ Era soberbo e só pensava em si próprio odiou seu irmão e o matou por inveja v. 8 Ao começarmos a observar os relatos das Santas Escrituras será fácil notar que as primeiras famílias descritas na história de Gênesis, sempre estão acompanhadas de um homem mediador (sacerdote) isto mostra a importância de ser um intercessor diante do Senhor, e como por meio desta função exercida por homens diante do Senhor, há libertação, salvação, restauração, intervenções divinas, proteção e etc.., mais observe rapidamente a vida dos patriarcas, pois esses nos ensinam muitas coisas a esse respeito, começaremos com Noé e essa declaração: “Eis a história de Noé: Noé era homem justo e íntegro entre seus contemporâneos; Noé andava com Deus.” Gênesis 6:9 Note que foi justamente Noé a quem o Senhor escolheu para usar através da mediação, a fim de salvar a humanidade da época, corrompida e violenta: “A terra estava corrompida à vista de Deus, e cheia de violência. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra.” Gênesis 6:11-12 Qual foi a solução encontrada pelo Senhor a favor do pecador? Veja: “Então disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda a carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra.” Gênesis 6:13 Mais antes de derramar sua ira o Senhor procura um filho do homem para exercer a função de intercessor diante da humanidade corrompida e esse é Noé, sua missão era buscar aqueles que queriam escapar do juízo que viria sobre toda a carne que pecasse diante do SENHOR, Deus ordena a Noé que faça uma Arca a fim de salvar aqueles que haviam de se arrependerem do dilúvio que viria sobre toda a terra Gênesis 6:14-22, e observe mais uma coisa, o Senhor propõem uma aliança a fim de operar legalmente na terra através de Noé, pois não podemos esquecer o princípio anterior aprendido, “Os céus são os céus do Senhor, mais a terra deu Ele aos filhos dos homens.” Veja, o Senhor não muda o plano é sempre o mesmo, o Senhor procura um homem que possa se colocar entre ELE, o Senhor, e o pecador a fim de procurar salvá-lo por meio do sacerdócio ou intercessão como conhecemos. Ezequiel 22:30 Olhemos a vida de Abraão e seu relacionamento com o Senhor e vejamos qual a principal função que exerceu diante de Jeová Eloim. Logo depois do Senhor aparecer a Abraão o mesmo manifesta automaticamente uma posição sacerdotal com relação ao seu Senhor, providenciando um altar e oferecendo um sacrifício de gratidão, Gênesis 12:7-9 daí para frente Abraão foi um autêntico intercessor em todos os seus atos, quando se separou do seu sobrinho Ló, Gênesis 13:5-11 o mesmo foi habitar como lemos nas campinas do Jordão, mas a contar deste acontecimento, Abraão começa a ter muito trabalho como intercessor do sobrinho diante do seu Senhor, já no capítulo 14 do livro de 9 Gênesis há um acontecimento onde Ló é capturado por tribos e famílias da época que em guerra com Sodoma e Gomorra a saquearam e também levaram a Ló que habitava naquelas terras como cativo e por isso Abraão se interpõem como um intercessor de seu sobrinho cativo; lembre-se, do que significa a palavra intercessão, como já estudada; “Luta ou colisão contra algo ou alguma coisa” (PAGA), neste caso Abraão estava usando em seu sacerdócio, como fosse uma espécie de dons a fim de interceder pelo seu sobrinho Ló, e na verdade Abraão foi reconhecido como sacerdote neste ato de bravura pelo misterioso Rei de Salém Melquisedeque a quem entregou a Abraão pão e vinho e o abençoou, do qual Abraão como um autêntico sacerdote ofereceu um sacrifício ao Senhor dando o dízimo de todo o despojo da batalha. Em outro acontecimento mas conhecido o mesmo Abraão salvou seu sobrinho Ló da destruição que viria sobre Sodoma e Gomorra, pois o Senhor viu iniquidade naquela terra e enviou seus anjos para exercer sua ira com relação a corrupção existente, mais como tinha Abraão como amigo e portanto um mediador, achou por bem levar ao conhecimento do sacerdote o que estava para executar, e bastou Abraão tomar conhecimento do caso para se colocar na brecha a favor da cidade, Gênesis 18:16-33 e justamente por causa desta posição intercessória o seu sobrinho Ló e filhas foram poupados do julgamento, Gênesis 19:15-29, mas o que é espantoso são as palavras dos anjos a Ló, “Apressa-te, refugia-te nela; pois nada posso fazer, enquanto não tiveres chegado lá. Por isso se chamou Zoar o nome da cidade.” Gênesis 19:22 Porque os anjos não poderiam exercer o juízo na cidade enquanto Ló, lá estivesse? Será que preciso responder? É lógico que a intercessão de Abraão diante do Senhor é que impedia a destruição da cidade enquanto Ló, lá estivesse. Como uma oração feita por um sacerdote levantado pelo Senhor pode fazer efeitos tremendos. É evidente que Abraão viveu uma vida inteira de intercessão e de ofertas diante do Senhor, Gênesis 13:18, 15:7-21, 22:9, e com o mesmo fez uma aliança a fim de operar sobre a terra, pois o princípio que criou não pode ser violado de forma alguma, “Os céus são os céus do Senhor, mais a terra deu Ele aos filhos dos homens.” O que posso falar de Isaque como intercessor, o filho de Abraão? Leia você mesmo e observe como que intercessores chamados pelo Senhor mudam circunstâncias Gênesis 26:1-5, 23-25, Gênesis 27:26-29, bom note através deste texto a vida de oração que Isaque levava diante do Senhor como seu pai Abraão vivia, e observe também como que as orações feitas diante do altar mudavam circunstâncias e veja como que pela mediação de um homem no caso Isaque, o Senhor passa sua benção para Jacó, é a intercessão tem grande força no reino do Espírito. Mas nesta época da história havia outro que neste período viveu e que nos mostra as Santas Escrituras que era um autêntico sacerdote na terra, este é Jó: “Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó os seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada, e oferecia holocausto segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos, e blasfemado contra o Senhor em seus corações. Assim fazia Jó continuamente.” Jó 1:5 10 É evidente que todo o livro de Jó apresenta o quadro de seu sofrimento debaixo das acusações do Diabo, e também apresenta o desespero de Jó, a procura de alguém que faça por ele, o que ele fazia a favor dos filhos, mais ao contrário disso só aparecem acusadores e julgadores, veja o anseio de Jó por um intercessor capaz para o ajudar junto ao Altíssimo, Jó 9:32-35. Na verdade se prestarmos bem atenção ao livro de Jó poderemos com clareza entender, “o porque”? que precisamos de sacerdotes, ajudadores, consoladores, auxiliadores e não de julgadores, maledicentes pois na verdade o livro deixa claro que esta função já existe alguém com grande vocação para exerce-la diante do Senhor, portanto é imprescindível ser um intercessor (sacerdote) diante do Senhor. Quando lemos o livro de Jó nos deparamos com os “amigos” de Jó que são por ordem Elifaz, Bildade, Zofar, os tais não tinham o espírito de intercessores diante do Senhor por Jó pelo contrário o acusavam severamente, atribuindo suas lutas ao tipo de moral corrompida que Jó vivia segundo suas explicações, Jó Capítulos 4-25, mas é no capítulo 32 deste livro que mais uma vez o caracter intercessório (sacerdotal) é exaltado através da vida de um novo personagem na vida de Jó, que é Eliú que ao contrário daqueles outros não o acusou pelo contrário manifestou uma característica de um intercessor como a identificação , “Eis que diante de Deus sou como tu és; também sou formado do barro. Por isso não te inspiro terror, nem será pesada sobre ti a minha mão.” Jó 33: 6-7. Em todo o discurso de Eliú diante de Jó, o mesmo encontra um intercessor (sacerdote) cumprindo a missão dada pelo Senhor a um sacerdote, Malaquias 2:7, e isso prossegue da parte de Eliú até o capítulo 37 do livro o que é bastante para mostrar sua diferença de seus amigos e também uma tipificação do Senhor Jesus em relação ao que faz por nós nessa dispensação. Mas o que se torna mais tremendo em todo livro de Jó no que concerne a intercessão é o final da história do livro, quando após o Senhor Eterno falar com Jó do meio de um redemoinho Ele avisa aos “amigos” de Jó nos seguintes termos: “Tendo o Senhor falado estas palavras a Jó, disse também a Elifaz, o temanita: a minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos( Bildade e Zofar); porque não disseste de mim o que era reto, como o meu servo Jó. Tomai, pois, sete novilhos e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocausto por vós. O meu servo Jó orará por vós; porque dele aceitarei a intercessão, para que eu não vos trate segundo a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. Então foram Elifaz, o temanita, Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita, e fizeram como o Senhor lhes ordenara; e o Senhor aceitou a oração de Jó. Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e deu-lhes o dobro de tudo o que antes possuíra.” Jó 42:710 Neste relato do livro de Jó vemos o poder da intercessão (sacerdotal) em seus múltiplos aspectos, do qual citarei agora e abordarei mais detalhadamente um pouco mais a frente neste mesmo estudo, pois se torna imprescindível examinarmos cuidadosamente esse tipo de oração que é algo maravilhoso dado ao povo de Deus. • O Senhor tem ira daqueles que deixam de interceder e são acusadores. 11 • O Senhor poupa aqueles que intercedem pois não relacionou em sua ira a Eliú. • Há determinadas pessoas que são credenciadas para serem sacerdotes e só elas podem orar a favor dos que pecam contra a lei do Senhor nosso Deus. • O sacerdote do Senhor pode se colocar no lugar do pecador e assim livrá-lo da ira de Deus. • O sacerdote verdadeiro quando se dispõem a perdoar seus ofensores e inimigos recebe a benção do Senhor a quem serve de todo coração. • Ser sacerdote diante de Deus a favor do próximo é a chave para vencer as acusações do Diabo. NECESSIDADES SUPRIDAS POR INTERCESSORES NAS ESCRITURAS Quando olhamos para a história de José, seu pai Jacó e seus irmãos vemos uma grande história de intercessão diante do Senhor, sendo José o intercessor e o sacrifício pelos pecados de seus irmãos por tê-lo vendido como escravo por causa da inveja, sendo seus irmãos os pecadores acusadores usados pelo Diabo para lança-lo fora da companhia de seu pai Jacó. Gênesis 37,39,40-47 O que acontece nessa história é o que podemos dizer a cerca de um sacerdócio feito por um homem a favor de sua família em dois atos, o primeiro o sacrifício de José, neste primeiro ato há vergonha, desprezo, zombaria, peso, aflição, solidão vieram semelhante a Jó inicialmente, mais o segundo ato a favor dos seus chegou o que é de exercer dons a fim de poder livrar os seus da angústia, aflição e cativeiro que a vida no deserto os aguardava em época de fome sobre toda terra, e, é aí que José como um autêntico intercessor diante do Senhor dos Exércitos perdoa seus irmãos exercendo o maior dom de todos, o AMOR, colocando-se diante de Faraó para favorece-los apesar de tudo o que os irmãos fizeram com ele, e mais com consciência de que foi o Senhor que o colocou na função sacerdotal (intercessora) a favor deles, em eventual circunstância, Gênesis 45:4-8. É amando esse tipo de oração que iremos trabalhar juntos com o Senhor visando o próximo; são mais do que palavras é algo do coração do Pai, pelo qual nos aliamos para executar juntos com Ele a sua vontade na vida de alguém, de uma família, cidade, nação de maneira que somos o elo de ligação com o homem pecador que carece do seu Criador. Quando abordo a vida de José e de tantos outros no que se refere a intercessão fica impossível não lembrar da minha própria chamada para ser alguém que ore a favor de outros que perecem. O SACERDÓCIO PRECISA SER VIVIDO EM NOSSAS VIDAS 12 Reflexão Se porventura enquanto estás examinando as Escrituras com relação a intercessão o Espírito Santo gera em ti o amor e desejo de se colocar na brecha pelas almas e também arde em seu coração o responder a chamada do Senhor em sua vida, o que vou relatar com relação a minha chamada e função te dará um bom entendimento do que é na prática o ser intercessor. Quando em 1993 estava em um culto familiar foi direcionado em meu espírito pelo Espírito do Senhor a separar 7 jovens para orar todas as segundas e quintas de 9:00 hs às 12:00 hs, pois na verdade estava me expondo ao ensino de intercessão e ardia em meu coração o fazer algo pelas almas que perecem, e por isso comecei a orar, mais sem muito conhecimento entrei numa grande batalha contra as forças invisíveis das trevas e essas semelhantemente como fez com José na história das Santas Escrituras nos lançou numa prisão espiritual com relação aos que conviviam conosco, assim como fizeram os irmão de José com o mesmo, da mesma forma fizeram conosco, passaram a nos desprezar, zombar, odiar, falar mal e etc.., você poderia me perguntar quem fez isso com você irmão? E eu te digo, os nossos irmãos da igreja como foi com José; na verdade eu não sabia que isso fazia parte da preparação para ser sacerdote, “sacrifícios” nesta hora muitos que estavam orando conosco também nos deixaram descendo o número de oradores para 3 pessoas, pois a perseguição e o ódio dos demônios contra nós se intensificou cada vez mais, falavam de todas as maneiras contra nós, de loucos, fanáticos, ignorantes, seita, desocupados, malandros, e etc.., Mas como foi com José na prisão ficamos esquecidos dos homens, mais lembrados do Senhor, II Coríntios 4:8-11. Nós desconhecíamos a preparação do Senhor em nossas vidas para nos levantar como sacerdotes na ordem de Melquisedeque, foram longos três anos de prisão e desprezo dos irmãos, repito dos irmãos, mais nunca do Senhor pois foi justamente neste período que o Senhor nos fez conhecê-lo, como nunca poderíamos imaginar que era, como Sumo-Sacerdote amoroso, fiel, misericordioso, amigo, verdadeiro, companheiro, santo, conselheiro, bem que o Espírito de Sabedoria falou, Provérbios 17:17. Mas como foi com José o Senhor lembrou de nós em nosso abatimento por amor a Ele, e mudou a sorte de seu povo pois era hora de manifestar seus “Dons” por intermédio das uvas e azeitonas amassadas e hoje em 1999 estamos de pé diante do Cordeiro orando a favor das almas, não mais das 9hs à 12hs, mais das 9hs até as 17hs todas as quintas e sábados e com os filhos nascendo a cada momento, Salmo 126:3-6 enquanto muitos dos que nos perseguiam naufragaram em sua fé em si mesmo, e o Senhor como fez com Jó deu a condição de orarmos por esses a fim que não fossem totalmente destruídos na ira do Senhor, e hoje pela sua palavra que é pão (trigo) temos saciado a fome daqueles que nos atiraram na prisão de suas mentes e conceitos. Não temas, segui-lo quando a Bíblia te dá respaldo. Estou certo que é uma longa história cheia de detalhes, lutas, provações e grandes revelações mais eu quero apenas dar uma reflexão de alguém que foi e está sendo preparado para ser Sacerdote na Ordem de Melquisedeque e que, quer fazer-te entender como é a preparação ou a vida de quem intercede diante do Pai a favor dos 13 perdidos, apesar de tudo que está a passar lembre-se o Senhor espera contar com você, não pare! por nada, vale a pena estar na brecha e ser um cooperador. Cristiano, Kléber, Fernanda e Anciã 24/02/1999 Nas Escrituras como estamos vendo há inúmeros casos de pessoas que usaram a oração de intercessão e obtiveram vitórias tremendas, mas geralmente quando observamos esse tipo de oração ficamos apenas detidos na hora da grande vitória, nos esquecendo de todo o processo ou circunstâncias que o determinado homem ou mulher de Deus passa a fim de ver as mãos do Senhor operando de maneira sobrenatural, é por isso que ao continuar nosso estudo sobre intercessão olharemos não só a oração mais também todo o processo que um intercessor passa em meio a resposta ou aprovação do seu clamor diante do Senhor a favor de outros. CARACTERÌSTICAS INDISPENSÀVEIS A UM INTERCESSOR SACERDOTE Vimos a necessidade de envolvendo os patriarcas, agora bíblicos não apenas a necessidade circunstâncias e características intensamente pelos perdidos. um intercessor através dos acontecimentos procuraremos olhar através de outros relatos que existe de um intercessor, mais quais são as que estão ligadas a vida daquele que ora • Moisés características encontradas como intercessor - Êxodo 32-33 ⇒ AMOR ÁGAPE ( Aquele que tudo sofre, tudo crer, tudo suporta, tudo espera, não arde em ciúme, não se ufana, não se ressente do mal, não se porta inconvenientemente) É bom deixar claro que esse tipo de amor que um intercessor deve ter, não depende de sentimentos nem de estímulos externos para se manifestar na vida do intercessor mas é uma decisão da sua própria vontade em vivê-lo ou rejeitá-lo como característica pessoal. As circunstâncias só criam condições para o tal se manifestar na vida de um verdadeiro intercessor. Veja por exemplo o relato de Êxodo quando Moisés recebe as tábuas com os dez mandamentos que seria a aliança do Senhor com o seu povo e, é informado pelo Senhor que seu povo no arraial se corrompeu fazendo para si ídolos para adorar quebrando logo o 1º mandamento da aliança, ao ser informado de tal procedimento do povo o intercessor sacerdote Moisés desce para contemplar o tal fato ocorrido com o povo pecador (essa é a circunstância) , e o Senhor o diz: “Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho observado este povo, e eis que é povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me, para que a minha ira se acenda contra eles, e eu os consuma; e eu farei de ti uma grande nação”. 14 Note no texto como o Senhor pede uma espécie de licença para destruir o povo se dirigindo a Moisés e veja como o intercessor decide responder ao Senhor a favor do povo, “Moisés, porém, suplicou ao Senhor seu Deus, e disse: Ó Senhor, por que se acende a tua ira contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande força e com forte mão? Por que hão de falar os egípcios, dizendo: Para mal os tirou, para matá-los nos montes, e para destruí-los da face da terra?. Torna-te da tua ardente ira, e arrepende-te deste mal contra o teu povo. Lembra-te de Abraão, de Isaque, e de Israel, teus servos, aos quais por ti mesmo juraste, e lhes disseste: Multiplicarei os vossos descendentes como as estrelas do céu, e lhes darei toda esta terra de que tenho falado, e eles a possuirão por herança para sempre.” Te pergunto será que Moisés tem mais amor do que o Senhor? Ou será que o Senhor está criando uma circunstância para observar como Moisés agirá com relação ao seu povo a fim de fazê-lo um grande intercessor É claro que neste episódio Moisés demonstrou o amor ágape, pelo povo do qual o Senhor o encarregou de conduzir, e foi justamente a circunstância de pecado do povo que colocou em relevo o que existia dentro do coração de Moisés deixando claro que o Senhor dos Exércitos acertou na escolha, Êxodo 3:10-13. O que quero te mostrar é que são as circunstâncias que nos dão condições de sermos sacerdotes intercessores, portanto como disse o amor é uma escolha da qual no momento da circunstância deverei escolher produzir ou não, embora o momento será sempre contrário, mas será nessa precisa hora que as características de um intercessor deverão aparecer a fim do pecador ser redimido do seu pecado o qual o afasta do Deus Vivo. Portanto não reclame, nem murmure por causa do erro de outros, essa é a sua chance de mostrar ser um verdadeiro intercessor sacerdote, portanto na oração de intercessão há de se envolver muito amor, pois só assim iremos gerar vidas transformadas, e como já disse não depende de sentimentos ou circunstâncias externas, mais uma decisão de um coração regenerado. Romanos 5:8 Esse tipo de amor nos conserva de joelhos dobrados em qualquer que seja a circunstância, pois nos fará importar-se com a vida de outros de forma que sairemos da preocupação apenas por aqueles que são da nossa família, Moisés poderia ter atendido a direção do Senhor em destruir aquele povo, e de Moisés fazer uma grande nação, mas se assim fizesse estaria pensando apenas em si próprio e não nos outros, e na verdade Moisés pensou apenas nos outros e disso o Senhor tinha certeza mais queria mostrar a você a mim e ao Diabo que Moisés é diferente tem as características do Senhor, lembra qual foi a atitude do Senhor no Éden quando os nossos primeiros pais pecaram, e fugiram da presença do Senhor ? Não foi de ser um intercessor matando um animal e fazendo roupa para aqueles que estavam nus pelo pecado cometido. Portanto ele esperou o mesmo de Moisés e encontrou, de forma que por Moisés o Senhor poderia trazer o pecador a ELE. Por isso no Sermão do monte o Senhor Jesus o perfeito intercessor procura vidas para entrarem em seu Reino de Sacerdotes, Apocalipse 1:6, que manifestem exatamente o que o Pai encontrou em Moisés no acontecimento ocorrido com o povo de Israel. Mateus 5:44-48 15 Essas características o qual abordaremos estão ligadas e são provenientes do Amor pois é por meio das demais características que o amor se tornará conhecido em nossas vidas a favor de outros de forma que sua prática em sua multiforme estará sendo a cada momento aperfeiçoada na vida do intercessor. É bom lembrar que Deus é amor e apenas através de nossa comunhão com ele é que poderemos expressar esse amor de intercessor no caso de Moisés sua própria chamada como lemos em Êxodo o Senhor lhe promete estar com ele, como sem amor não existe intercessor é bom fazer lembrança de uma promessa do Senhor a nós Igreja a fim de não dizermos que não temos tal chamado “porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” Portanto o legítimo e verdadeiro Filho de Jeová e irmão do Senhor Jesus Cristo tem em si o Espírito Santo o amor de Deus em seu coração e será conhecido como verdadeiro discípulo por causa do amor demonstrado, João 12:34-35. Veja um gráfico abaixo para maior entendimento. AMOR I Coríntios 13:4-7 IDENTIFICAÇÃO COMPAIXÃO DISCERNIMENTO AUTORIDADE PERSEVERANÇA PESO OUSADIA IDENTIFICAÇÃO : É o ato de sentir o que o alvo de sua oração sente, e ter o mesmo sintoma, ser idêntico, semelhante, este tipo de característica permite termos com exatidão o que a pessoa sente ou está manifestando em seu corpo de forma que poderemos entendê-la melhor, o porque de suas dificuldade em caminhar na obra de Cristo isso fará o nosso amor aumentar em intensidade pelo fato de compreendermos de uma forma pessoal o que sente ou o que está vivendo aquela determinada pessoa, família, cidade ou povo. Como intercessores começamos a manifestar esta característica que precisa ser bem entendida pelo intercessor sacerdote para que o mesmo não pense que tais sintomas procedem dele mesmo e venha ceder de forma que invés de contribuir para a libertação de uma ação demoníaca acabará sendo atingido também. Olhando novamente a intercessão de Moisés pelo povo e suas características encontramos a identificação pessoal de Moisés com o pecado do povo ao ponto de arriscar tirar do livro do Senhor o seu próprio nome se o Senhor não viesse a perdoar o pecado cometido pelo povo, de forma que aos olhos do intercessor Moisés o mesmo considerava-se condenado da mesma forma que o povo pelo fato de amá-los numa intensidade tão grande que considerou o castigo o mesmo para si próprio. “Assim tornou Moisés ao Senhor, e disse: Oh! este povo cometeu um grande pecado, fazendo para si um deus de ouro. Agora, pois, perdoa o seu pecado; ou se não, risca-me do teu livro, que tens escrito. Então disse o Senhor a Moisés: Aquele que tiver pecado contra mim, a este riscarei do meu livro.” 16 Isso é identificação na intercessão, esse tipo de característica gera vida, pois se o intercessor recebe em si os sintomas e dificuldades da pessoa por quem ora, é de se entender que o alvo de nossa oração receberá também sobre si nossos atos e atitudes de justiça. Desta forma nessa característica sentiremos como o alvo da oração sente, seremos muitas das vezes bombardeados para agir como o alvo de nossa oração age ou pensar como ela pensa. Tudo isso ocorre porque a intercessão, como já falamos é uma batalha que nos faz muitas vezes colidir com as forças invisíveis das trevas, porque no momento em que oramos por alguém estamos comprando para nós mesmo sua briga de maneira que a identificação nos levará a entender melhor o campo de batalha do qual nosso alvo de oração está envolvido, é nessa ora que outras características como a perseverança, ousadia, misericórdia serão fortes aliados nossos a fim de podermos cumprir a missão de intercessão. Se olhares a trajetória de Moisés verás que o mesmo por ser intercessor sentiu o que o povo sentiu, conheceu suas murmurações, suas rebeldias, insatisfações, incredulidades, revoltas. E se fores um pouco espiritual verás que Moisés foi tentado a manifestar os mesmos sintomas, pela identificação na qual se colocou. Na falta de alimento, foi tentado pelas circunstâncias a não acreditar, veja: “Então Moisés ouviu chorar o povo, todas as suas famílias, cada qual à porta da sua tenda; e a ira do Senhor grandemente se acendeu; e aquilo pareceu mal aos olhos de Moisés. Disse, pois, Moisés ao Senhor: Por que fizeste mal a teu servo, e por que não achei graça aos teus olhos, pois que puseste sobre mim o peso de todo este povo. Concebi eu porventura todo este povo? dei-o eu à luz, para que me dissesses: Leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança de peito, para a terra que com juramento prometeste a seus pais? Donde teria eu carne para dar a todo este povo? porquanto choram diante de mim, dizendo: Dá-nos carne a comer. Eu só não posso: levar a todo este povo, porque me é pesado demais. Se tu me hás de tratar assim, mata-me, peço-te, se tenho achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria”. Números 11:10-15 Moisés embora enfraquecido pela carga do povo que estava sobre si em sua identificação sacerdotal intercessora, Números 11:17. Sempre realizou suas queixas ao Senhor em forma de oração e nunca como o povo fazia em forma de murmuração o que tanto desagradava ao Senhor, é por isso que foi um servo fiel como intercessor sacerdote na casa do Senhor, Hebreus 3:5. Moisés ao longo de toda peregrinação no deserto foi tentado como o povo foi tentado e se mostrou irrepreensível diante das circunstâncias de forma que a mesma sentença dada ao povo incrédulo e rebelde caiu sobre aquele que se identificou com o povo, o de não entrar na terra prometida, embora Deus para Moisés preparou coisa superior, pois todas as vezes que o povo obtia o perdão era por intermédio de Moisés que recebiam por causa de sua identificação, observe as próprias palavras do Senhor; “Disse-lhe o Senhor: Conforme a tua palavra lhe perdoei; tão certo, porém, como eu vivo, e como a glória do Senhor encherá toda a terra, nenhum de todos os homens que viram a minha glória e os sinais que fiz no Egito e no deserto, e todavia me 17 tentaram estas dez vezes, não obedecendo à minha voz, nenhum deles verá a terra que com juramento prometi o seus pais; nenhum daqueles que me desprezaram a verá.” Moisés também recebeu a mesma sentença, Números 27:12-14, Deuteronômio 34:1-6, todavia para este que foi um intercessor, seu amor intercessório o levou a algo superior, a Jerusalém celestial, Hebreus 11:39-40. Se estudares profundamente com os olhos espirituais a vida de Moisés como um intercessor aprenderás muito da identificação na vida do intercessor pois tomar o caráter de alguém através da intercessão foi o que o Apóstolo Paulo quis nos fazer entender através da seguinte declaração com respeito a vida do nosso Senhor Jesus e sua obra por nós; “Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” As palavras de Paulo deixa claro como que o Senhor Jesus se identificou tanto conosco que até se tornou o que nós éramos, ou seja pecadores recebendo na cruz a sentença que era para nós, isso tudo através da identificação provinda do Amor ágape, na esperança que venhamos nos tornar como Ele é, de maneira que venhamos a corresponder ao seu apelo de amor e o imitá-lo a favor de outros que perecem em seus pecados. I João 3:16 EXPERIÊNCIA INTERCESSÓRIA PESSOAL Quando intercedo por algumas pessoas que tem verdadeiro fastio (falta de apetite, tédio) da palavra e suas mentes são confusas perturbadas a minha própria mente passa a sentir os mesmos sintomas de forma que se torna necessário o estudar a palavra independente do que sinto com relação a leitura tendo a consciência do que estou sentido é exatamente a característica do meu alvo de oração, e se eu desistir ficarei prostrado e meu alvo também, mais se perseverar poderei libertá-lo e gerá-lo para Cristo, esse tipo de oração demanda como já falei mais que palavras é uma Batalha Espiritual com demônios, isso acontece da mesma forma na área de sexo, vícios, violência, revolta, rebeldia e etc... Lembro-me de que uma certa vez orando intensamente para libertar vidas no trabalho chamado Batalha Espiritual fui acometido de fortes dores no coração, todavia o Espírito Santo me deu discernimento de que era com respeito a uma mulher por quem eu orava, que sentia as mesmas coisas e perseverei e tudo desapareceu. É comum eu entrar em um determinado ambiente de culto e sentir aquilo que uma pessoa está sentido, de forma que quando isto ocorre eu sei que o Espírito Santo está trazendo tal identificação porque quer dar fim a tal problema. Em nossas orações e intercessões há várias histórias de identificação, e poderia contar uma após outra mas ocuparia muito tempo todavia a mais espantosa de todas, no nosso modo humano de entender foi com minha mãe Anciã Marilda, uma certa fez enquanto intercedia por uma irmã que estava com problemas mestruais de sangramento intenso o Espírito Santo a levou numa identificação tão grande com o problema que minha mãe embora já estivesse a muito parado com o ciclo da menstruação tornou novamente a tê-lo a partir do momento que orou pela irmã de maneira que a irmã alguns dias depois foi curada e semelhantemente 18 desapareceu tal situação sobre minha mãe. Desta forma mais uma vez a Santas Escrituras são confirmadas de uma forma perfeita em nós, “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.” Gálatas 6:2 COMPAIXÃO : Essa é outra característica que o Espírito Santo, gera por meio de um intercessor, o sacerdote na ordem de Melquisedeque, tal palavra se originou da palavra splagchnizomai, tal palavra descreve a ação ou emoção que comove uma pessoa até o íntimo do seu ser. Fala da tristeza que alguém sente pelo sofrimento e infortúnio do próximo, juntamente com o desejo de ajudá-lo. Temos que deixar claro a diferença entre pena e compaixão, a pena é um sentimento que é gerado por circunstâncias; ou seja temos pena se o que vemos ou ouvimos tem uma cena que venha mexer com o nosso íntimo, já a compaixão por ser algo de origem divina independe da circunstância ou local e pessoa, em outras palavras é gerada de forma espiritual. Olhemos para uma história que bem ilustra como que a pena confundida com a misericórdia pode trazer danos irreversíveis, temos o caso que envolveu o líder do povo israelita chamado Josué, quando esse se deixou levar pelo que viu e ouviu dos Gebionitas, Josué 9:1-15, em especial os detalhes que geraram a pena que estão nos versículos 4 e 5, “usaram de astúcia: foram e se fingiram embaixadores, tomando sacos velhos sobre os seus jumentos, e odres de vinho velhos, rotos e recosidos, tendo nos seus pés sapatos velhos e remendados, e trajando roupas velhas; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento.” Note que a astúcia dos Gebionitas, era passar uma impressão que gerasse pena daqueles que os observava, e desta forma poderia enganar o líder israelita, e na verdade tiveram êxito em sua investida sagaz o que custou caro a descendência israelita. Já a compaixão é algo diferente, movida por um pesar no espírito em relação a uma pessoa ou situação que independe de estímulos externos e superficiais como sacos velhos, roupas velhas, sapatos velhos e etc.., é algo que brota da consulta a Deus, da sua direção, da segurança de sua palavra e de uma certeza de que está colaborando para melhorar a qualidade das coisas em torno da pessoa ou local, que é o alvo da nossa compaixão. Vejamos um exemplo dado por Jesus em relação a uma pessoa que em seu exterior não estava aparentemente de uma forma rudimentar e que pudesse criar um ar de penúria, contudo o Senhor o contemplou com olhar de misericórdia e desejou adentrar em sua residência, movido pela compaixão do Espírito, Lucas 19:1-10. Talvez você diga: Que compaixão? Na verdade o homem era rico, o que lhe faltava? Quando o Senhor viu Zaqueu naquela árvore mesmo sendo rico se encheu de compaixão, por ver sua humildade em reconhecer que embora rico era pobre e precisava de algo que sua riqueza não pode comprar, e aguardava receber de Jesus do qual ouviu falar, pelo menos vê-lo esse era o seu desejo. Observando o Senhor Jesus tal postura se encheu de compaixão e quebrando todo o formalismo religioso adentrou na casa do homem pecador, e quando o Senhor Jesus ouviu a murmuração dos que estavam a observar sua atitude disse: “Porque o filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” 19 Note o que moveu o Senhor Jesus neste caso foi a compaixão por uma alma perdida a fim de agradar o desejo de seu amado Pai, I Timóteo 2:4, desta forma a compaixão se move baseada na vontade soberana do Pai e nunca em meras observações externas de fragilidade humana. A Compaixão é um sentimento que leva o Sacerdote a se importar com a vida alheia, a fim de leva-la a abandonar o engano do pecado que o faz sofrer e o conduzir ao caminho da justiça a fim de agradar a Deus. Não podemos afirmar ter compaixão por alguém e deixar de punir o pecado do qual tal vida faz uso, alegando não ser o momento certo e que na verdade Deus entende sua fraqueza, isso é engano, covardia e falta de caráter de Cristo na vida de quem o faz. A verdadeira compaixão acolhe com carinho o pecador, e com carinho expõe ao pecador o seu erro a fim de que o mesmo abandone o que lhe faz tanto mal. II Timóteo 2:24-26 Há atitudes que não são compaixão genuína, mas um misto sentimental de muita coisa humana e familiar. Muitas vezes acontece coisas engraçadas com pessoas que adentram na igreja e que ao se achegarem, querem salvar também seus familiares, é como ouvimos destas pessoas quando seus familiares erram as mais diversas desculpas a fim de demonstrar que há salvação ainda para seus amados parentes, há palavras assim: “Olha, ele é assim mesmo, todavia é uma pessoa bacana!” ou “Olha ele não fez por mal, no fundo ele é crente, só falta entrar na igreja.” Há pessoas que vão mais longe ainda, quando um parente morre sem ter nem sequer aceitado a Jesus como seu salvador, dizem: “Na verdade ele era uma pessoa muito boa, e certamente tinha Jesus no coração, será salvo!” Acorda! A verdadeira compaixão vinda do Espírito Santo não busca seus próprios interesses pessoais, e não se usa para benefício pessoal ou familiar, antes de tudo ela é divina, imparcial e que age em plena justiça sem acepção de pessoas. Quando olhamos para a vida do Senhor Jesus nas Santas Escrituras nos relatos dos evangelistas podemos observar que um grande milagre sempre estava acompanhado de uma compaixão do Espírito Santo pelas almas humanas. “E ele, ao desembarcar, viu uma grande multidão; e, compadecendo-se (compaixão) dela, curou os seus enfermos.” Mateus 14:14 “Jesus chamou os seus discípulos, e disse: Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que eles estão comigo, e não têm o que comer; e não quero despedi-los em jejum, para que não desfaleçam no caminho.” Mateus 15:32 “Partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, que clamavam, dizendo: Tem compaixão de nós, Filho de Davi. E, tendo ele entrado em casa, os cegos se aproximaram dele; e Jesus perguntou-lhes: Credes que eu posso fazer isto? Responderam-lhe eles: Sim, Senhor. Então lhes tocou os olhos, dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé. E os olhos se lhes abriram. Jesus ordenou-lhes terminantemente, dizendo: Vede que ninguém o saiba.” Mateus 9:27-30 O texto acima nos impressiona o fato de os cegos entenderem que a compaixão de Jesus era capaz de proporcionar suas curas físicas, as quais ocorreram de forma milagrosa. 20 “E olhando em redor para eles com indignação, condoendo-se (compaixão) da dureza dos seus corações, disse ao homem: Estende a tua mão. Ele estendeu, e lhe foi restabelecida.” Marcos 3:5 “E veio a ele um leproso que, de joelhos, lhe rogava, dizendo: Se quiseres, bem podes tornar-me limpo. Jesus, pois, compadecido dele, estendendo a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero; sê limpo. Imediatamente desapareceu dele a lepra e ficou limpo” Marcos 1:40-42 “Jesus, pois, quando a viu chorar, e chorarem também os judeus que com ela vinham, comoveu-se em espírito, e perturbou-se, e perguntou: Onde o puseste? Responderam-lhe: Senhor, vem e vê. Jesus chorou.” João 11:33-35 Olha se você tem a vontade de executar a obra do Deus Vivo, contudo não tem o seu Espírito habitando em ti, em especial o Espírito do Senhor (misericórdia), ouça o conselho: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai porém, na cidade(igreja), até que do alto sejais revestidos de poder.” Lucas 24:49 É verdade que o Senhor precisa de intercessores, contudo precisamos ser preparados a fim de não desistirmos no meio do combate pelas almas. Não se esqueça toda identificação precisa estar sendo alimentada por uma compaixão intensa, contudo nem toda compaixão nos levará a uma identificação profunda com a causa alheia. No Velho Testamento temos por meio dos profetas o Espírito de Cristo prefigurado; por várias vezes podemos observar a compaixão existente dos profetas pelo povo pecador de Israel, Lamentações 3:1-21; Jeremias 10:19-25 (a identificação e a compaixão juntas), há uma citação do profeta Isaías movido de compaixão pelo povo de Moabe que diz: “Pelo que minha alma lamenta por Moabe como harpa, e o meu íntimo por Quir-Heres.” Isaías 16:11; Jeremias 48:31 Verdade é, que a compaixão do Espírito Santo operada por meio dos profetas é que fez prosperar a benção dada a Abraão; “Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção.” Gênesis 12:2 O que mais falaria da compaixão ? Certamente me faltaria tempo para citar sobre José, Moisés, Samuel, Davi, Ezequiel e outros que movidos por essa dádiva do Espírito Santo se colocaram na brecha da intercessão a fim de cumprir a vontade do Pai; “O Senhor, porém, teve misericórdia deles, e se compadeceu deles, e se tornou para eles, por amor do seu pacto com Abraão, Isaque e Jacó; e não os quis destruir nem lançá-los da sua presença.” II Reis 13:23 È um dom divino que só se encontra no Espírito Santo, e Ele quer compartilhar com o corpo que é a Igreja do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Pois quando o crente em Jesus Cristo entra neste mover do Espírito é que os milagres irão ocorrer e o mesmo se tornará um intercessor a favor do próximo. Temos que buscar isso do Espírito, não virá de qualquer maneira teremos que gerar isso em nós através de orações e jejuns humilhando-nos a fim de se tornar um parceiro do Espírito do Senhor. Olha, se em nossos corações ainda há desejos pessoais, vontade e idéias individuais, que só pensam no bem estar pessoal, da família, ou dos mais chegados, não poderemos ser cooperadores bem sucedidos na vida de intercessão pelo próximo, 21 seremos no decorrer do caminho decepcionados pelas circunstâncias que envolvem o reino de Deus e a salvação das almas. DISCERNIMENTO: Outra característica imprescindível na vida de quem se coloca na brecha da oração a favor de outros é o fato de obter um discernimento das coisas espirituais, tal capacidade será de enorme utilidade para a área da oração intercessória. Com o intuito de entender melhor a palavra, e o que de fato a mesma quer nos indicar com relação ao que devemos manifestar em meio as circunstâncias que envolve uma oração de intercessão, é que devemos observar a etimologia da palavra na língua portuguesa, portanto vejamos: Discernimento – Faculdade de discernir, juízo com respeito a algo, critério, apreciação, distinguir, separar, medir, avaliar bem. Portanto o discernimento é um dom da parte do Espírito Santo dada ao crente intercessor a fim do mesmo ter a capacidade de julgar, avaliar com sabedoria e coerência as manifestações espirituais que ocorrem em sua volta, seja ela de ordem profética (declarar a vontade divina), ensino, cânticos, ou qualquer outra situação que possa nos envolver. Na verdade no decorrer da caminhada aprendi que o discernimento se torna cada vez mais aperfeiçoado, a medida que crescemos na sabedoria de Deus, ou seja quanto mais absorvermos as verdades divinas mais chances teremos de discernir, situações, circunstâncias, que ocorrem a nossa volta e poder entender melhor a vontade divina, e como aplica-la. Alguns caem no erro de achar que o discernimento, só serve para se descobrir que demônio está operado, ou se é o Espírito Santo ou não. Na verdade não podemos pensar desta forma, embora o discernimento ajude nestes momentos como o próprio Espírito Santo nos alerta através da carta escrita por João, que chama a todos os cristãos a terem discernimento com relação a verdadeira operação do Espírito Santo e o engano, “Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo.” I João 4:1-3 Todavia note no texto acima que o discernimento virá a medida que se coloca em prática um ensino divino, neste caso é o ensino de que o verbo se fez carne e habitou entre nós, desta forma se criará a condição necessária de avaliar bem que espírito está operando. É lógico que confessar que Jesus veio em carne, são mas do que palavras de lábios, na verdade é condenar a própria natureza humana, visto ter Jesus vindo em carne com o fim de crucificá-la e nos libertar do pavor da morte, vencendo assim o diabo. Hebreus 2:14-15 Portanto todo espírito que vem da parte do Senhor não exalta a carne, e nem as coisas das quais a mesma utiliza, não se esqueça das palavras do mestre e procure ter discernimento nestes últimos dias, “Quem ama a sua vida, perdê-la-á; e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna. Se alguém me quiser servir, 22 siga-me; e onde eu estiver, ali estará também o meu servo; se alguém me servir, o Pai o honrará.” João 12:25-26 Todavia olhemos uma história nas Santas Escrituras que demonstra claramente, o Dom de discernimento em operação associado a sabedoria, I Reis 3:10-28. Creio que as circunstâncias que envolveram a vida de Salomão neste episódio, deixa claro a necessidade deste dom, todavia você poderia me perguntar: O que tem haver isso com oração de intercessão? Já que você entendeu o que é discernimento na expressão da palavra. Quando se determina orar por outras pessoas, estamos sujeitos a sentir o que a mesma sente, passar o que o alvo de nossa oração está passando, e nesta hora discernir o que está acontecendo conosco é importantíssimo para que não venhamos a sair do alvo dado pelo Espírito Santo. Vamos exemplar uma situação que se pode abater sobre aquele que está nas trincheiras da oração, “ imaginemos que você ao orar pela aquela pessoa amada, recebe da parte do Espírito Santo a identificação com o problema que a mesma está vivendo, digamos que sejam freqüentes dores de cabeça e agora você que está orando por essa pessoa começa a sentir os mesmos sintomas, todavia você não tem o discernimento com respeito a essa dor que apareceu em sua vida, ligando ela (a dor), a pessoa pela qual você ora, e tenta resolver através de medicamentos; veja sua falta de discernimento a respeito do que está ocorrendo levará a incrível marca de dois abatidos pela dor de cabeça em vez de um ou nenhum.” Olha, discernir o que ocorre a nossa volta é uma grande arma para não cair no laço do passarinheiro, pois se tornar alguém que se coloca entre o inferno e as almas perdidas é algo que trará verdadeiras guerras espirituais. Na verdade ter discernimento espiritual nos fará evitar uma contrariedade em relação ao Deus Vivo. Deixe explicar melhor; as vezes através da oração de intercessão nos colocamos a favor de outros e somos acometidos das situações que envolvem tais pessoas, e, é nesta hora que poderemos ser levados a pensar que o Senhor nos abandonou, ou não nos responde, ou estamos em pecado, e por causa disso podemos ser levados a nos tornar contrários ao Deus Vivo. Portanto o discernimento do que ocorre em nossa volta nos trará graça e calma para continuar trabalhando até gerar o alvo de nossa oração. Contudo quero deixar claro que nem sempre teremos discernimento, e nesta hora a fé tem que assumir o controle e seguir em frente, digo isso pois enquanto escrevo estas linhas tenho estado acometido de sintomas em forma de doenças físicas, que na verdade humanamente não deveria ter, todavia orei, fiz o que sei, e até o momento a mesma persiste, são quase 4 meses e nenhum discernimento do que possa ser ou da onde veio, me foi dado, todavia; “Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma.” Hebreus 10:38-39 PESO OU AFLIÇÕES: Outra característica que acompanha um verdadeiro intercessor, são os momentos de peso e tribulações a fim de gerar os filhos, e na verdade não é difícil de entender essas coisas visto que aqueles que oram pelo próximo estão entre Satanás e as almas perdidas, daí que certamente receber as 23 represálias, provinda das ações malignas que não deixará ir os escravos espirituais, será algo normal e comum. Certamente por causa desta guerra, exclamou Paulo: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós;” Gálatas 4:19 Na verdade entender a aflição, passa pelo fato de entender o Sacerdócio na ordem Araônica, quando o ofertante trazia o animal por oferta pelo seu pecado, o mesmo colocava sua mão sobre o animal e o animal era morto em seu lugar, ou seja o animal sentiu dor e aflição para que o ofertante pecador pudesse se tornar aceitável diante do Deus Vivo, em outras palavras a alma que pecar essa morrerá, todavia o amor verdadeiro é capaz de cobrir multidão de pecado, é lógico que quando um cordeiro era oferecido a favor daquele ou daquela ofertante, o mesmo não sabia o que estava fazendo, mas na verdade essas sombras apontavam para a obra da piedade que como corpo de Jesus Cristo, haveríamos de executar de uma forma real, daí as expressões: “Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.” Ou “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Ou “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.” O que queria o Espírito Santo nos dizer com tais declarações? A resposta é única e fácil, agora as sombras acabaram, e a realidade, é Cristo Jesus e a Igreja seu corpo, a realidade do Sacerdócio Araônico descrito apenas por sombras deve se tornar vivo e real na dispensação da graça, disso falou o Apóstolo Paulo: “agora me regozijo no meio dos meus sofrimentos por vós, e cumpro na minha carne o que resta das aflições de Cristo, por amor do seu corpo, que é a igreja; da qual eu fui constituído ministro segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida para convosco, a fim de cumprir a palavra de Deus, o mistério que esteve oculto dos séculos, e das gerações; mas agora foi manifesto aos seus santos, a quem Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória;” O Apóstolo tenta descrever à Igreja a suprema graça de por meio da mesma o Senhor cumprir o mistério oculto nas gerações e começa falando do seu sofrimento a favor dos seus irmãos que seriam salvos, entendendo desta forma que assim como se fazia trazendo o cordeiro a favor do ofertante arrependido, ele Paulo era a ovelha em Cristo que receberia as chamas das privações, perseguições, prisões e até a morte para que houvesse a expiação pelos pecados dos ofertantes novos que se achegam a Cristo Jesus, digo e afirmo que o Apóstolo sabia o que fazia, e porque era necessário sofrer e carregar pesos, veja: “Lembra-te de Jesus Cristo, ressurgido dentre os mortos, descendente de Davi, segundo o meu evangelho, pelo qual sofro a ponto de ser preso como malfeitor; mas a palavra de Deus não está presa. Por isso, tudo suporto por amor dos eleitos, para que também eles alcancem a salvação que há em Cristo Jesus com glória eterna.” II Timóteo 2:8-10 Digo não existe meu amado irmão, maior amor do que dá a própria vida por amor aos irmãos, João 15:12-13, o Apóstolo Paulo que se tornou um intercessor a 24 favor de todas as Igrejas, II Coríntios 11:16-33, soube através de experiência pessoal o peso de levar sobre si, a responsabilidade da Igreja de Jesus Cristo, a fim de trabalhando apresentá-la a Cristo Jesus, Igreja gloriosa, sem mácula, nem [ruga], nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Na verdade o Apóstolo claramente demonstra que é necessário a Igreja entender que na vida de alguém que ora por outros, virá pesos, aflições, tribulações, como dores de parto que a mulher sente para que filhos venham nascer, todavia tais situações são necessárias na vida do intercessor, pois só desta forma poderá libertar as almas de suas condenações, provinda de seus pecados cometidos. Escute o Apóstolo: “Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, tanto a anjos como a homens. Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo; nós fracos, e vós fortes; vós ilustres, e nós desprezíveis. Até a presente hora padecemos fome, e sede; estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa, e nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos; somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e o suportamos; somos difamados, e exortamos; até o presente somos considerados como o refugo do mundo, e como a escória de tudo. Não escrevo estas coisas para vos envergonhar, mas para vos admoestar, como a filhos meus amados. Porque ainda que tenhais dez mil aios em Cristo, não tendes contudo muitos pais; pois eu pelo evangelho vos gerei em Cristo Jesus.” I Coríntios 4:9-15 Na verdade com respeito a peso e aflições que geram vidas, transportando-as do império da trevas para o Reino do Senhor Jesus Cristo, se dá testemunho através dos profetas, em especial a Isaías que descreve um Messias sofredor e carregado de peso e aflição, mas que com sua sabedoria justificará a muitos, Isaías 53. Vamos estudar profundamente os sentidos etimológicos das palavras “peso, aflições, dores de parto” na língua hebraica e grega a fim de entender melhor tal característica na vida de alguém que usa a oração de intercessão. NO HEBRAICO (Velho Testamento) A palavra aparece escrita com a seguinte etimologia (sentido), YALAD - Que quer dizer: “dar à luz, gerar, agir como parteira, trazer filhos à luz, trabalho árduo, etc.” Essa palavra aparece de uma forma mais clara nas Santas Escrituras no livro de Gênesis 38:27, mas é empregada constantemente nos escritos dos profetas no intuito de demonstrar as dores que Israel passa por não obedecer o Senhor, como também para demonstrar as dores, lutas que os profetas passaram pelo pecado de Israel cometido diante de Deus. Salmo 48:6, Isaías 21:3, 42:14; Jeremias 6:24, 15:18, 45:3, Lamentações 1:11-12, Miquéias 4: 9-10 Esta palavra nos demonstra o lado da experiência que pode vir acompanhado de angústias, dores, desfalecimento, gritos arfantes (respirar com dificuldade, ofegar) e arquejantes (ansiar, ofegar), gemidos, ais, prantos, dores e trabalho em relação a uma pessoa. Isso pode ocorrer na intercessão na área da identificação com a pessoa que oramos de forma que podemos começar a sentir o que a mesma sente para podermos ter a dimensão exata de seu problema e possamos libertá-la de seu mal; esse tipo de 25 situação é feita pelo Espírito Santo sobre nós, de maneira que nós carregamos a carga em nossos ombros enquanto que aquele que carregava passa a receber nossos atos de justiça ao seu favor, Gálatas 6:2, I Coríntios 4:9-16, quando o Apóstolo Paulo escreveu essas cartas as igrejas locais tinha a intenção de demonstrar exatamente esse lado intercessório de sua vida pois entendia a expressão desta palavra no hebraico, é lógico que tal característica lança luz ao lado sacerdotal da Igreja do Senhor Jesus Cristo, somos ofertas em amor para redimir outros. I Pedro 4:8 Na verdade é o ato de dar luz à filhos, é um trabalho de parto espiritual, para uma melhor ilustração passarei um exemplo ocorrido em 1996. Subimos o monte de amendoeira certa ocasião para pedir perdão pelos pecados de todos os membros da Igreja Evangélica Universal do Deus Vivo, nesta ocasião fui responsável em fazer as orações e todos os intercessores repetirem, isto ocorreu numa madrugada de sábado para domingo, ou seja na manhã de domingo descemos do monte e cada um foi para sua casa visando retornar para o culto a noite, e eu da mesma forma, mas quando se aproximava o horário de ir para a igreja comecei a me sentir mal, uma espécie de enjoou, um peso, mal estar, algo estranho que me levou até a dizer que não iria a igreja, mais o irmão Kléber ao passar por mim disse usado pelo Senhor, vai pois lá o Senhor vai te curar, ele te diz! E eu levantei com muita dificuldade e fui, e chegando ao portão da igreja e ao entrar por ela o peso aumentou comecei a orar e nada de melhorar chegou a hora da pregação eu tinha que pregar mais a minha condição física era mínima tomei o microfone e comecei a ler o livro do profeta Joel, após a leitura comecei a explanar e explicar a palavra, junto com aquele peso vinha uma enorme vontade de chorar de gemer, suspirar, quando já não agüentava mais chamei ao pastor entreguei o microfone em suas mãos e ajoelhei no púlpito e chorei como se estivesse chorando por alguém que estivesse morrendo naquela hora, com grande pesar, isso durou cerca de meia hora e depois tudo findou-se e fiquei como nada tivesse acontecido comigo, já não tinha mais peso, enjoou, aflição, tinha terminado o YALAD do Espírito Santo sobre mim a favor de sua Igreja, foi uma grande experiência saindo do papel para a vida real, é lógico que já senti o mesmo por outras situações, sendo que algumas sabemos porque, e outras não, mas o que podemos ter certeza é que, tais situações são geradas pelas almas perdidas em pecado. Romanos 8:26-27 AMAL( Outra palavra no hebraico ) - Esta outra palavra hebraica nos traz mais luz sobre o assunto em destaque, no texto do profeta Isaías se diz o seguinte: “Ele (Jesus) verá o fruto do penoso trabalho (AMAL), “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo justo justificará a muitos, e as iniqüidades deles levará sobre si.” Isaías 53:11 AMAL – quer dizer trabalho pesado, esforço desgastante, dor, trabalho de parto, sofrimento, angústia de alma, etc.., No caso da tradução para a nossa língua se colocou-se “angústia de alma” , todavia qualquer outro adjetivo estaria correto se fosse empregado na frase acima, portanto fica claro que já se anunciava que o Messias de Israel viria, resgatar através do mistério da piedade, como uma verdadeira mãe que gera filhos. CHALAH – “Pois ouvi uma voz, como a de mulher que está de parto, a angústia como a de quem dá à luz o seu primeiro filho; a voz da filha de Sião, ofegante, que 26 estende as mãos, dizendo: Ai de mim agora! porque a minha alma desfalece por causa dos assassinos. Jeremias 4:31 Ou “Ao ouvirmos a notícia disso, afrouxam-se as nossas mãos; apoderam-se de nós angústia e dores, como as de [parturiente]. Jeremias 6:24 Tal palavra aparece para indicar o “ trabalho de dar a luz que se abate sobre a que está grávida, agir como parteira, trazer luz a filhos, perturbação, pesar, dor, uma mulher em dores de parto, trabalho árduo.” Essa palavra aparece empregada para descreve uma visão dada ao profeta Jeremias com relação a algo futuro sobre os homens de Israel, “Assim, pois, diz o Senhor: Ouvimos uma voz de tremor, de temor mas não de paz. Perguntai, pois, e vede, se um homem pode dar à luz. Por que, pois, vejo a cada homem com as mãos sobre os lombos como a que está de parto? Por que empalideceram todos os rostos? Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; todavia, há de ser livre dela.” Jeremias 30:6-7 NO GREGO (Novo Testamento) ODINO – Esta palavra no seu sentido etimológico apresenta a característica da “mulher que está em dores de parto, como a parturiente, sofrimento para dar a luz a um filho,” palavra usada na narrativa da epístola do Apóstolo Paulo aos da Galácia, a fim de dar entendimento do que o mesmo sofreu para trazer os que viviam nesta região a salvação em Cristo, e que agora estava sofrendo novamente a fim de que houvesse crescimento da parte do Deus Vivo e sua palavra no meio da Igreja da Galácia, Gálatas 4:19. É lógico que o Apóstolo aplica a si mesmo no sentido de uma metáfora a fim de descrever o que passou por amor do corpo de Cristo, que é a Igreja. ODIN – Essa outra palavra que aparece no Novo Testamento, aplica-se normalmente no sentido plural e significa as mesmas coisas vistas acima, que é dores de parto, pesares, aflições, angústias, todos os sentimentos experimentados por uma mulher ao dar a luz. Quando o Senhor Jesus Cristo, estava próximo de se entregar a favor de nós o mesmo fez alusão ao que haveria de suceder aos seus discípulos que como corpo se tornaram Igreja, veja: “Em verdade, em verdade, vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós estareis tristes, porém a vossa tristeza se converterá em alegria. A mulher,(a igreja) quando está para dar à luz, sente tristeza porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se lembra da aflição, pelo gozo de haver um homem nascido ao mundo. Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas eu vos tornarei a ver, e alegrar-se-á o vosso coração, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará.” João 16:20-22 Nesta colocação espiritual do Mestre, o mesmo deixava a clara evidência de que o que aguardava a sua amada Igreja nessa dispensação seria primeiro as dores que dar luz a filhos, todavia essas dores seriam recompensadas pelas vidas geradas, e um futuro encontro com aquele que enxugará todas as lágrimas e nos dará sua alegria eterna. Portanto é usado mais uma vez a expressão dores de parto, pesar, sofrimento, Odin que aparece em outros textos. Mateus 24:8; Marcos 13:8 27 Existe uma palavra no grego que aparece para empregar as dores de parto sentida simultaneamente por mais de uma pessoa, Sunodino, é uma espécie de dores ou apertos sentido por pessoas ou coisas de uma forma simultânea uma simpatia, “Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora;” Romanos 8:22 Creio que através deste exame etimológico aplicado nos textos das Santas Escrituras, fica claro que o peso a aflição é algo comum que se abate sobre os verdadeiros intercessores, assim se deu com Jeremias no Velho Testamento, por Israel, Lamentações 3:1-21, e no Novo Testamento se deu com o Apóstolo Paulo como já observado acima. Ainda quer orar pelas vidas? Se sua resposta é sim, precisarás de uma outra característica imprescindível que o verdadeiro amor gera em nós. EXPERIÊNCIA PESSOAL Na verdade quando nos deparamos com o que estudamos acima, parece que entra em nós um misto de desejo em gerar e um certo medo das conseqüências da escolha. Contudo deixa eu dizer uma coisa, em 1994 quando o Senhor começou o princípio das dores para dar a luz a filhos, foi difícil deixar, emprego, futuro de uma casa própria, aceitar palavras ofensivas paternas, ouvir a condenação dos próprios irmãos da igreja, que diziam: “ fanáticos, legalistas, fariseus, ignorantes, cegos que vivem na lei e etc..”, e depois em 1995, as subidas por ordem do Senhor em montes, de madrugada, com chuva, mosquitos, frio, cansaço, água tomada de uma suposta nascente, pela fé, dormindo no mato 7 dias, 7 meses, 1 ano, longe de todos, vivendo da fé, sendo caluniado em torno da residência, ameaçado de morte, desprezados por todos, comparado com seita, comparados com tudo, criticado por todos, desacreditado pelo próprio irmão que vivia no mesmo teto, executando um culto em casa durante 2 anos onde não vinha ninguém, bom se esqueci alguma coisa o Senhor o sabe, pois não digo para me exaltar pois bem sei que serei abatido, mas falo porque hoje vejo com os meus olhos o fruto do penoso trabalho, os filhos de dores de parto, e posso dizer “verá o fruto do seu penoso trabalho” , sei que dá certo, e que é o caminho para gerar homens e mulheres transformados pelo Espírito Santo, naquela época nunca pensei que seriam vocês que me ouvem, portanto nunca se envergonhe das lutas e perseguições, pois o que para os ignorantes e sinal de completa derrota, para o Senhor é poder de Deus e glória para salvação e edificação de vidas, Aleluia! Glória a Deus pelo seu mistério excelente! Carregue o fardo! OUSADIA: Algo indispensável na vida de alguém que ora por outras vidas e se colocar entre Satanás e a alma aprisionada. Esta característica que é o misto de coragem com o ato de ser destemido, atrever-se precisa acompanhar o homem ou a mulher que se torna intercessor, mediador. A vida de quem intercede por outros, é um constante ato de compra de brigas de terceiros, digo com relação aos demônios que prendem as almas humanas, desta forma a ousadia precisa estar em nós. 28 No Velho Testamento, quando Moisés dormiu no Senhor os olhos do Altíssimo procurou um mediador na mesma dimensão, a fim de conduzir o povo israelita a conquista da herança, todavia ao se dirigir em palavras a Josué, o Altíssimo disse: “Moisés, meu servo, é morto; levanta-te pois agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, para a terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo dei, como eu disse a Moisés. Desde o deserto e este Líbano, até o grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo. Ninguém te poderá resistir todos os dias da tua vida. Como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei. Esforça-te, e tem bom ânimo, porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tãosomente esforça-te e tem mui bom ânimo, cuidando de fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; não te desvies dela, nem para a direita nem para a esquerda, a fim de que sejas bem sucedido por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não te atemorizes, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus está contigo, por onde quer que andares.” Josué 1:3-9 Note no texto acima a declaração do Altíssimo, ninguém te poderá resistir, contudo para que isso de fato se tornasse real, o mesmo deveria ser forte (corajoso), ter ousadia para enfrentar os inimigos que estariam na terra, e observe que a palavra esforça-te (tenha coragem) aparece por três vezes, é lógico que o Altíssimo sabia que uma geração inteira foi impedida de entrar nesta mesma terra, por causa da covardia, medo das nações pagãs, Números 13:26-33. Agora Josué teria que olhar para as adversidades com ousadia, e essa coragem aliada a uma fé inabalável faria o poder de Deus operar; só assim para vencer as circunstâncias que parecem ser maiores do que o limite das forças humanas. O Espírito Santo ao dar testemunho a respeito dos homens que confiaram no Altíssimo, disse: “Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado, tendo por maiores riquezas o opróbrio de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como quem vê aquele que é invisível. Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos não lhes tocasse.” Hebreus 11:24-28 Para entrar nas lutas espirituais de uma intercessão, temos que ter coragem para decidir, na hora que for necessário e depois suportar com ousadia os reflexos de nossa decisão ainda que venhamos a sentir a ameaça de morte pela decisão tomada. Temos que respirar fundo e ir a frente, não podemos recuar, “Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma.” Hebreus 10:38-39 Para entender a expressão de ter ousadia o Espírito Santo tentou explicar, fazendo alusão a coragem que o homem deveria ter para entrar no Santíssimo na 29 presença do Altíssimo, “Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne,” Hebreus 10:19-20 Talvez você não entenda o que havia de tão especial neste local, para que o homem tivesse de ter ousadia; na verdade no Santíssimo era onde a Arca da Aliança se encontrava e também o Propiciatório e a Glória de Jeová. Neste local o Sumo Sacerdote entrava apenas uma vez por ano, para expiar sua culpa e da nação inteira, o mesmo devia seguir rigorosa liturgia de purificação e santidade a fim de entrar neste local, diante da presença do Deus Vivo. Caso tal homem estivesse impuro sua morte seria imediata, se diz na cultura israelita que por diversas vezes o Sumo Sacerdote, já entravam com uma corda envolta de sua cintura, pois se porventura viessem a perecer, poderia ser puxado para fora do Santíssimo. Parou, e analisou o que de fato se precisa ter para se tornar o canal útil nas mãos do oleiro, na verdade em cada caso de fé narrado nas Santas Escrituras, podemos ver a ousadia acompanhando homens e mulheres, veja as lembranças de atitudes ligadas a acontecimentos e nomes; “E que mais direi? Pois me faltará o tempo, se eu contar de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas; os quais por meio da fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram forças, tornaram-se poderosos na guerra, puseram em fuga exércitos estrangeiros. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, e ainda cadeias e prisões.” Hebreus 11:32-37 Em outras palavras tiveram ousadia, coragem para ultrapassar circunstâncias, temos enormes exemplos de homens nas Santas Escrituras que ao se tornarem mediadores (intercessores) do povo, tiveram que ultrapassar limites, através da ousadia. Numa das histórias reais da vida do povo de Israel, encontramos um acontecimento envolvendo em uma guerra o povo de Israel e os Filisteus, de um lado da campina Saul e povo de Israel, do outro lado Golias e os Filisteus. Disse o guerreiro Golias ao Exército de Israel: “Por que saístes a ordenar a batalha? Não sou eu filisteu, e vós servos de Saul? Escolhei dentre vós um homem que desça a mim. Se ele puder pelejar comigo e matar-me, seremos vossos servos; porem, se eu prevalecer contra ele e o matar, então sereis nossos servos, e nos servireis. Disse mais o filisteu: Desafio hoje as fileiras de Israel; dai-me um homem, para que nós dois pelejemos.” I Samuel 17:8-10 A resposta de Israel foi: “Ouvindo, então, Saul e todo o Israel estas palavras do filisteu, desalentaram-se, e temeram muito.” Mas o que trazia o desalento e o medo do Filisteu? A resposta está no início dos relatos do capítulo 17 do livro do profeta Samuel. Além de toda armadura e equipamentos para guerra, sendo um guerreiro do povo Filisteu, Golias tinha de altura a incrível marca de 2.70 metros de altura. 30 Na verdade essa era a circunstância que fazia todo o Exército de Israel tremer de medo do Filisteu. Vendo constantemente o Filisteu Golias que afrontava os Exércitos de Israel, disse os homens do exército de Saul: “E todos os homens de Israel, vendo aquele homem, fugiam, de diante dele, tomados de pavor. Diziam os homens de Israel: Vistes aquele homem que subiu? pois subiu para desafiar a Israel. Ao homem, pois, que o matar, o rei cumulará de grandes riquezas, e lhe dará a sua filha, e fará livre a casa de seu pai em Israel.” I Samuel 17:24-25 Contudo é nesta hora que se faz a diferença na manifestação da ousadia, quando todos tremem de pavor, um menino que subiu a guerra com o propósito de trazer alimento aos seus irmãos, quem nem fazia parte da guerra, que não tinha corpo de guerreiro, nem armadura e muito menos táticas de guerra. Todavia esse pequeno Davi disse: “Então falou Davi aos homens que se achavam perto dele, dizendo: Que se fará ao homem que matar a esse filisteu, e tirar a afronta de sobre Israel? pois quem é esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” I Samuel 17:26 Diante do rei Saul o menino frágil, mas ousado, disse: “Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo irá, e pelejará contra este filisteu.” ( v.32) Contudo o Rei que até então estava inerte as ameaças do Filisteu, começa olhar para as capacidades desta vida, a fim de dar condições a Davi para vencer. Mas se na verdade capacetes e espadas pudessem dar vitória, porque Saul não os usou e foi lutar? Na verdade Saul não entende a capacidade do Espírito do Deus Vivo, sobre Davi. Davi esquecendo de qualquer capacidade física, segue em frente em sua ousadia e diz: “Davi cingiu a espada sobre a armadura e procurou em vão andar, pois não estava acostumado àquilo. Então disse Davi a Saul: Não posso andar com isto, pois não estou acostumado. E Davi tirou aquilo de sobre si. Então tomou na mão o seu cajado, escolheu do ribeiro cinco seixos lisos e pô-los no alforje de pastor que trazia, a saber, no surrão, e, tomando na mão a sua funda, foi-se chegando ao filisteu.” (v.39,40) Ao se encontrar com o Filisteu, Davi ouviu o seguinte: “Quando o filisteu olhou e viu a Davi, desprezou-o, porquanto era mancebo, ruivo, e de gentil aspecto. Disse o filisteu a Davi: Sou eu algum cão, para tu vires a mim com paus? E o filisteu, pelos seus deuses, amaldiçoou a Davi. Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, e eu darei a tua carne às aves do céu e às bestas do campo.” ( v. 42-44) Mas a essas palavras disse Davi: “Davi, porém, lhe respondeu: Tu vens a mim com espada, com lança e com escudo; mas eu venho a ti em nome do Senhor dos exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão; ferir-te-ei, e tirar-te-ei a cabeça; os cadáveres do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às feras da terra; para que toda a terra saiba que há Deus em Israel; e para que toda esta assembléia saiba que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; pois do Senhor é a batalha, e ele vos entregará em nossas mãos.” ( v. 45-47) Isso é ousadia em ação, essa é a diferença para obter a vitória, note que a ousadia aparece a fim de glorificar o nome de quem lhe dá a ousadia. Observe acima as frases grifadas, isso faz a diferença na vida de um intercessor na hora dos confrontos com as forças invisíveis das trevas. 31 Talvez surja a pergunta: Quem ganhou o confronto ? È só ler o restante da história no capítulo 17 do profeta Samuel, e não se esqueça da advertência do Espírito Santo. Romanos 15:4 Não se esqueça a ousadia só aparece quando estamos diante de circunstâncias adversas, portanto não corra de confrontos, não fuja de provas, pois os verdadeiros guerreiros de oração intercessória são formados no furor do combate travado. Sempre pense consigo mesmo e diga: “Satanás está me afrontando, contudo essa é uma oportunidade tremenda para que eu possa fluir a ousadia e obter crescimento na fé.” EXPERIÊNCIAS PESSOAIS Quando em 1994 fazíamos o culto em nossa residência, resolvi colocar uma caixa de som, a fim de que outras pessoas fossem alcançadas pelas boas novas do evangelho de Jesus Cristo. Foi nesta hora que uma espécie de Filisteu de Gade subiu até meu arraial, cheio de cólera por causa da caixa de som, que provocava no seu modo de observar as coisas, uma enorme confusão e perturbação, começou a me ameaçar e ofender com palavras, suas ameaças chegaram ao ponto de dizer-me que se eu liga-se a caixa no próximo culto o mesmo me daria um tiro. Bom se passaram os sete dias para o outro culto, em minha mente, lá estava suas palavras, imagens de tijolo sobre o telhado, seu rosto transformado da outra semana. Contudo agora eu tinha o botão da caixa para ligar ou não; ligar significaria provar a fúria do Filisteu e talvez receber um tiro, desligar seria se acovardar e recuar esse era meu pensamento. Naquela noite escolhi ligar, comecei a orar e cantar, derrepente fomos abordados por uma pancada nas telhas sobre nossas cabeças, paramos para observar o que havia acontecido, era o Filisteu, com um ódio terrível, nos ofendendo com palavras como se fossemos seu pior inimigo. Naquele momento certamente minha reação humana talvez seria revidar ou entrar em luta corporal, contudo naquele momento, parei olhei para o Filisteu e comecei a falar do porque aquela caixa estava ligada, falhei com ele a respeito do amor de Jesus, neste momento o mesmo foi para casa e terminamos o culto. Dois dias depois do fato ocorrido o Senhor me mandou ir até a casa do Filisteu e lhe pedir desculpa pelo ocorrido, e removemos a caixa e passamos a fazer o culto na sala como hoje se vê. Talvez surja na sua mente; cadê a ousadia ? Lembra dessas declarações: “para que toda a terra saiba que há Deus em Israel; e para que toda esta assembléia saiba que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; pois do Senhor é a batalha, e ele vos entregará em nossas mãos.” A ousadia foi necessária, sem ela não teríamos chegado até o fim, teríamos parado por causa das dificuldades tremendas com o Filisteu, todavia a caixa ficou em silêncio, mais o Espírito Santo falou e vidas chegaram e entraram e foram trazidas, pois o som invisível do Espírito faz a obra. O Filisteu perdeu ! 32 AUTORIDADE : É a capacidade de exercer domínio em algo ou alguém, é preciso entender bem essa palavra para a vida do intercessor, pois quando nos tornamos mediadores em Cristo Jesus nossa autoridade é delegada, isso significa o ato de ser autorizado por outro, representar, transmitir poderes em lugar de outro, resolver no lugar de outro. Nós como discípulos do Senhor Jesus encontramos nossa autoridade, toda proveniente da pessoa do Senhor Jesus, que é o nosso cabeça e nós seu corpo. Somos embaixadores da sua obra e de seu Reino, II Coríntios 5:20-21, Efésios 1:22-23. Da mesma forma recebeu o Senhor Jesus o Reino e autoridade de seu Pai, I Coríntios 15:24-28 Portanto como a autoridade é delegada, temos que entender claramente as leis ou o código penal do Reino a fim de obtermos sempre uma atitude de vitória em meio as guerras de legalidades que envolve o Reino do Espírito. Certo é, que quando agimos com sabedoria e coerência a autoridade que nos foi dada esmaga as forças inimigas. Temos uma autoridade tão grande que arrisco dizer; que não sabemos a dimensão dela; mas o que importa é que temos e nos foi doada gratuitamente, veja: “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” Mateus 28:18-20 Você precisa na vida de intercessor entender e exercer essa autoridade, se não o inimigo vai te destruir completamente. Temos que reconhecer até onde se pode ir, e até onde não se deve ir. Muitos são os que entram na guerra da oração a favor de outros sem de fato ter a consciência de sua autoridade e de onde ela provém. Não podemos usar o azeite para ungir as pessoas, apenas porque todos fazem, precisamos entender legalmente o porque de sua autoridade a luz das Santas Escrituras. Não podemos apenas usar o nome de Jesus, como um amuleto, palavra de efeito a favor de outros, é preciso entender a autoridade em usá-lo a luz das Santas Escrituras, pois só desta forma estaremos firmes em exigir o que for necessário para a vitória no Reino do Espírito. No livro de atos dos Apóstolos temos um excelente exemplo de alguém que determinou usar a autoridade do reino, sem de fato compreender de onde, e porque se tem a autoridade para expulsar um demônio, Atos 19:13-17. Agora vamos dar um exemplo básico de onde procede a autoridade para expulsar um demônio. Em primeiro lugar a terra inicialmente foi entregue aos homens e não aos demônios, portanto os mesmos são intrusos. Em segundo lugar os demônios só permanecem onde há o pecado; tornando-se homem Jesus através de sua obra resgatadora venceu as hostes malignas, pagando o preço do pecado através do sangue e cumprindo a exigência divina da lei, tais 33 atitudes recuperam a autoridade perdida no Éden pelos nossos primeiros pais, Romanos 5:18-21. È lógico que tudo depende de nós procurarmos viver na prática aquilo que o Senhor Jesus conquistou legalmente para mim; portanto nossa autoridade de expulsar demônios passa pelo fato de obtermos uma autoridade delegada por quem venceu por nós. O seu nome indica a sua obra e tudo que através dela se conquistou, entender cada passo, solidifica o exercício da autoridade de maneira que não estaremos apenas citando um nome, mas entendendo porque precisa ser neste nome, e por assim dizer aplicando a autoridade através do culto racional, com uma mente esclarecida a fim de exigir os direitos legais conquistados por Jesus. Pense comigo: “Um determinado homem, aparece em sua casa trajado de forma normal, e se dirige a você e lhe diz que está preso e que vai levá-lo para a cadeia mais próxima. Pergunto: Você vai com ele? Mas outro homem trajado com dispositivos policiais e munido de uma intimação da justiça, despachada pelo juiz da 10ª vara de criminalidade se apresenta em sua casa e anuncia a necessidade de que você deve o acompanhar até a delegacia, visto constar uma acusação e uma suspeita de infração no código penal y e artigo x. Pergunto: você irá com ele?” Notou a diferença no exercício da autoridade, o primeiro abre a boca e fala o que pensa e o que acha; o segundo firmado na lei do código penal, apresenta de onde está vindo a força para prender o indivíduo infrator. Na vida de oração intercessória existem muitas situações como esta vista acima, é preciso ser o exemplo mostrado em segundo lugar. Há pessoas que tem um alvo de oração, e tal pessoa está envolvido com adultério, vício de bebida e quando se ora diz: “em nome de Jesus demônio do vício sai dele”; eu digo nos casos onde as pessoas vivem na prática do pecado abertamente, se deve em primeiro lugar arrepender-se, se não é perda de tempo, orem em primeiro lugar para que haja arrependimento e aí sim expulsaremos os demônios. Alguém diria: “há muitos casos na Bíblia que as pessoas nem sequer se arrependeram e mesmo em suas casas foram curadas. Todavia eu pergunto; alguém intercedeu por ela a Jesus? Lógico que sim ! Então está respondido.” ELEMENTOS DE LIGAÇÃO QUE PELA FÉ EXERCEM AUTORIDADE “Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo; não só pela água, mas pela água e pelo sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. Porque três são os que dão testemunho: o Espírito, e a água, e o sangue; e estes três concordam.” I João 5:5-8 34 O Deus Eterno sempre trabalhou com simbologia, pois através do que é material se aponta para o espiritual. Portanto os enigmas e parábolas do Senhor tem o alcance apenas para os sábios no Espírito do Senhor. Provérbios 1:1-6 Desta forma por meio do sangue de animais, azeite de oliva, incensos aromáticos por meio de folhas, peles de animais, gorduras retiradas dos animais, ouro, prata e tantas outras coisas o Senhor nos ensina verdades espirituais, que precisam por intermédio de nossa fé serem tiradas do invisível para o visível. Hebreus 11:3 No Velho Testamento tais sombras eram totalmente utilizadas, pelo fato de não se poder exigir a realidade na vida do homem, visto o mesmo estar enfermo pelo pecado em sua carne; tal enfermidade tornava inviável a prática da justiça ou realidade na vida humana, até que viesse o Cristo, o Senhor, que tornaria todas estás coisas consumadas, de forma que por intermédio DELE pudéssemos viver a realidade de cada simbologia demonstrada no Velho Testamento. Romanos 8:1-4, Gálatas 3:16-29; 4:1-7 O SANGUE No 2º volume da apostila sobre oração falamos rápido sobre armas de ataque e defesa dadas a quem ora diante do Altíssimo. Todavia essas armas passam a ter poder pelo que elas representam dentro do plano de salvação executado por Cristo Jesus na cruz do calvário. Desconhecer o AIO (a lei), é ter dificuldades de entender a realidade, na verdade o Sangue do Senhor Jesus só tem poder, diante das forças invisíveis das trevas, pelo fato do Altíssimo declarar que por meio dele se alcança resgate, compra da alma humana, Levítico 17:10-11. Desta forma quando o Senhor Jesus entregou seu sangue no calvário o mesmo tinha consciência do impacto poderoso que seu sangue teria, pois o seu Pai havia declarado como estatuto divino e irrevogável, ensinando através dos múltiplos sacrifícios descritos em Levítico. Viu como é diferente exercer autoridade partindo do entendimento da onde a mesma vem. È diferente repetir palavras a todo momento dizendo: “o sangue de Jesus tem poder! O sangue de Jesus tem poder! ” A primeira pergunta que surge quando apenas repetimos é: Por que tem poder ? Precisamos ter um culto racional, com entendimento. Se não seremos frustrados em nossas lutas de intercessão a favor dos homens. È lógico que o sangue de Jesus Cristo tem poder por causa de outras coisas que as Santas Escrituras declaram, que reforçam sua autoridade; situações como o fato do Sangue ser retirado de um animal sem defeito, Levítico 4:3, assim foi o Senhor Jesus Cristo, I Pedro 2:21-24. Lembre-se o mesmo foi apresentado a todas as autoridades da época, que nada encontraram que o pudesse condenar, Mateus 26:57-68, Lucas 23:1-26. Através desta rápida análise podemos observar quantas são as condições legais que nos faz acreditar no poder do Sangue de Jesus. 35 Contudo sabemos que ninguém guardou um frasco com o sangue derramado no Gólgota, é nesta hora que precisamos entender outras coisas das Santas Escrituras. Sabemos que o Senhor Jesus ao falar por enigmas, declarou ser a videira verdadeira, João 15:1-7, contudo sabemos que tal expressão figurada tem o propósito de nos ensinar verdades espirituais. Quando os cachos da videira são exprimidos temos o puro vinho da uva, mas para que isso ocorra, as cascas da uva são esmigalhadas. Assim ocorreu com o Senhor Jesus no Gólgota sua carne foi esmagada na cruz, contudo o sangue (o vinho) desceu até nós, pois por um lado sabemos que o sangue é a vida, e por um outro lado sabemos que a vida de Jesus é o Espírito Santo que Nele habitava. Portanto nos dias atuais tomar o suco da vinha, e pela fé simbolizá-lo com o sangue de Jesus é algo legalmente correto como arma espiritual contra as forças invisíveis das trevas. Romanos 14:22-23 AZEITE DE OLIVA. Esse é um símbolo de santificação, criado pelo Deus Eterno que tipifica a pessoa do seu Espírito Santo agindo na vida do homem utensílio da casa do Senhor, tornando o mesmo santo para o uso exclusivo do Reino de Deus. Êxodo 30:22-33; 37:29 Portanto quando ungimos uma pessoa ou utensílio, estamos no reino do Espírito declarando que tal pessoa ou objeto esta separado para o uso exclusivo do Deus Vivo. I Samuel 16:13 Desta forma podemos entender claramente que tal objeto quando usado por fé poderá, exercer forte autoridade contra as forças invisíveis das trevas. Marcos 6:13, Tiago 5:14-15 Na verdade não é difícil entender o que ocorre; sabemos que o azeite é um sinal da separação de algo para o Deus Vivo, portanto quando o azeite é colocado em determinado lugar onde as forças invisíveis das trevas estão operando, terá o efeito de anular o domínio maligno e ao mesmo tempo separar o local para o Espírito Santo, ou seja, tal objeto ou pessoa será pertencente ao Espírito Santo, a partir daquela data. Desta forma o azeite tem o poder de quebrar jugo, prisões espirituais, de ordem mental, emocional, hereditária e etc... Contudo a vitoria dependera de alguns fatores, entre eles a fé, e também o fato de que o que foi ungido devera andar de acordo com o que representa a unção feita. Êxodo 30:25-29 A ÁGUA Em toda a escritura da verdade, as verdades nela contidas são comparadas a água, pura e cristalina. Efésios 5:26-27, João 7:37-39 Sabemos que as Escrituras chamam o Senhor Jesus de o verbo vivo, João 1:1 2, 14; Apocalipse 19:13, I João 1:1-2. 36 Contudo sabemos que a Escritura foi inspirada pelo Espírito Santo, II Pedro 1:19-21. Por causa destas verdades, é que podemos entender as declarações do Senhor Jesus, em afirmar que aquele que vem a ELE saciara sua sede espiritual. Portanto o uso das Santas Escrituras na oração como já visto nos volumes anteriores é uma arma poderosa contra as forças invisíveis das trevas, não apenas no uso como promessas na oração, mais principalmente o poder de como água lavar a alma humana de conceitos tortos do pecado, fazendo com que o ser humano mude sua conduta de vida alheia a vida de Deus, por uma agradável as verdades divinas. Desta forma fica claro que se deve orar, e interceder pela a vida alheia, contudo o investir da lavagem da água pela palavra, será uma arma poderosa para enfraquecer as forças invisíveis das trevas e assim libertar a vida humana. João 8:32 Desta forma podemos analisar que o sangue, o azeite (Espírito Santo) e a água cooperam para o mesmo fim, trazer o homem ao Reino dos céus. Na verdade a água da palavra é o único mecanismo que de fato liberta a alma humana do pecado, do mundo e dos demônios, visto ter o poder de mudança nas atitudes humanas, uma vez observadas. Quando um ser humano apesar de se expor a palavra insiste em não ouvi-la e não praticá-la, o Senhor Jesus diz o seguinte veja: "o que eu faço, tu não o sabes agora; mas depois o entenderas. Tornou-lhe Pedro: Nunca me lavaras os pés. Replicou-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo. Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça. Respondeu-lhe Jesus: Aquele que se banhou não necessita de lavar senão os pés, pois no mais esta todo limpo; e vós estais limpos, mas não todos. Pois ele sabia quem o estava traindo; por isso disse: Nem todos estais limpos. " João 13: 7-11 Na verdade quando não nos deixamos ser lavados pela palavra, somos traidores da verdade, contrários a sua verdade estamos sujos por conceitos mundanos e corruptos do pecado, e por não deixá-los estamos praticando o que é mal, e portando dando condições para que as forças invisíveis das trevas alcancem vantagem para nos prender. Marcos 8:38, Tiago 1:18,21-27 A água da palavra e uma das maiores armas de um intercessor na luta contra as forças invisíveis das trevas, portando eu te aconselho: “Conjuro-te diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua vinda e pelo seu reino; prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino. " II Timóteo 4: 1-2 Quando pregamos a palavra podemos vencer um nível forte na vida humana, o que se chama de nível ideológico ou mental, lugar este que as forças invisíveis das trevas investem pesado para prender vidas, sendo assim estaremos por meio da água da palavra confirmando a cada dia a nossa intercessão. Observou como interceder por uma pessoa é muito mais melindroso do que se possa pensar. Bom agora vimos que temos enorme autoridade para exercer sobre as forças invisíveis das trevas, pois os três elementos uma vez executados por meio da fé, pelo poder do nome de Jesus serão como uma bomba a cair sobre o exército inimigo. É lógico que a autoridade desses três elementos usados por meio da fé, darão condições para que outras coisas do reino dos céus sejam úteis na guerra; como o ministério dos anjos. Hehreus 1:13-14 37 AUTORIDADE CONQUISTADA POR CRISTO JESUS E DELEGADA A NÓS Na cruz do calvário ao executar a exigência divina o Senhor Jesus conquistou coisas que nos dão autoridade espiritual. "dando graças ao Pai que vos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz, e que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado; em quem temos a redenção, a saber, a remissão dos pecados;" Colossenses 1:12-14 Temos uma herança dada por Cristo Jesus, e através dela esta nossa autoridade contra as forças invisíveis das trevas. • Fomos Justificados: Ato de tornar alguém que estava condenado por um delito, isento ou na verdade sem precisar pagar o delito que o condenava, pelo fato de outra pessoa determinar pagar o delito no lugar de quem o cometeu. Assim fez o Senhor Jesus Cristo por cada um de nos, quando na cruz aceitou morrer em nosso lugar, sofrendo pelo nosso delito, portanto somos justos pela graça. Romanos 5: 1-9 • Fomos Santificados: Ato de tornar alguém que estava sujo pelo seus delitos, em alguém puro, limpo, separado e colocado para viver a vida de Deus. Somos santos porque gratuitamente o Senhor Jesus derramou seu sangue nos limpando de todo o pecado cometido. Precisamos tornar isso posicional em nossa vida nos apartando de toda a forma de pecado, contudo aos olhos do Deus Vivo, somos santos, pois Jesus nos santificou. I Corintios 1:2 • Fomos Regenerados: Ato de tornar alguém que estava sendo levado pelo erro e corrupção, a uma completa mudança de atitude para com os erros cometidos. Na verdade o Senhor Jesus ao morrer a nossa morte, levando o corpo do pecado ate a cruz do calvário, nos entregou sua vida, ou seja, o Espírito Santo pode retomar a manter comunhão conosco e desta forma trazendo a regeneração de todos os valores que foram perdidos por causa do engano do pecado. Tivemos a oportunidade de nascer de novo, ou seja fomos regenerados. Tito 3:5 Fomos Adotados: Ato de tornar alguém pertencente a uma família, da qual o mesmo não tinha direito, escolhido, acolhido por amor. Apos toda a obra descrita acima executada pelo Senhor Jesus Cristo a nosso favor, tais atitudes nos proporcionaram as condições necessárias para fazermos parte da família de Cristo Jesus. Efésios 2: 14-19 38 Por causa de todas as coisas descritas acima temos autoridade como herdeiros e co-herdeiros de Cristo Jesus. Romanos 8:14-17 Na verdade todas essas coisas serão executadas pelo Espírito Santo através do nosso corpo, de maneira que os dons do Espírito Santo, seus ministérios só serão possíveis operar em nos por causa das coisas que foram conquistadas, como descrito acima. I Coríntios 12: 1-11 Desta forma podemos entender que temos enorme autoridade, e o Espírito Santo executará essa autoridade em nós. PERSEVERANCA: É uma característica indispensável na vida do intercessor, até porque será através dela que as demais poderão ter uma chance de se manifestar, de uma forma completa, de maneira que o alvo de nossa intercessão seja gerado. Contudo tal palavra tem um sentido profundo ao ser observada de uma maneira completa em nossa língua portuguesa, a perseverança e o ato de quem e firme, constante em todos os seus feitos, continua sem recuar, permanente conservando-se firme naquilo que projetou. Acontece que tal característica na vida de um intercessor virá da forma que o Espírito Santo ensinou: “E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança. e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus esta derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. " Romanos 5:3-5 Entendeu como a perseverança aparecera na vida do intercessor? Será necessário os apertos de quem se coloca para orar por terceiros, os gemidos e pesos quando encarados como parte da vida de um intercessor, nos fará prosseguir, e quanto mais prosseguirmos em nosso alvo de oração independente das circunstâncias que possam recair sobre nós, estaremos nesta hora experimentando a perseverança, que certamente nos levara a almejada experiência espiritual. Hebreus 5:7-10, Filipenses 2:5-11 Observou nos temos acima como que o fato do Senhor Jesus perseverar o levou experimentar a glória e a vitoria em todos os sentidos, também analisou como a tribulação fez parte das circunstâncias que o envolviam a fim de levá-lo a perseverar e por causa disso receber o poder e a autoridade eterna. Portanto sem perseverança nunca experimentaremos o que de fato almejamos para o alvo de nossa intercessão e muito menos obteremos vitória contra as forças das trevas que na verdade foi quem criou as tribulações, a fim de que nos venhamos a desistir. Jó 1:12-22 Todavia a respeito da perseverança diz o Senhor: “Antes em tudo recomendando-nos como ministros de Deus; em muita [perseverança], em aflições, em necessidades, em angústias,” II coríntios 6:4 “com toda oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e,para o mesmo fim, vigiando com toda a [perseverança]e súplica, por todos os santos,” Efésios 6:18 39 “portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com [perseverança] a carreira que nos está proposta,” Hebreus 12:1 Há pessoas que não são perseverantes e por isso, certamente serão intercessores facilmente detidos pelas forças invisíveis das trevas, são pessoas que ao sinal do primeiro obstáculo pensam em parar, acham que é melhor recuar, pois desta forma acreditam estarem livres dos problemas que o envolvem, mas na verdade mal sabem que ao recuar estão deixando de lado o alvo inicial de sua oração ao mesmo tempo colocando limite a sua fé, e demonstrando fraqueza de forma que abortarão a gestação da criança espiritual, da qual no relacionamento de primeiro amor com Jesus Cristo, foi fecundada. Na verdade ser perseverante as aplica a uma idéia; imagine alguém que possua apenas um alfinete em suas mãos, e se vê preso entre quatro paredes de tijolos, e acredita que se perseverar em cavar lentamente na parede um pequeno buraco, amanhã o mesmo estará maior e depois um pouco maior e assim sua perseverança o levará sair da prisão. Entendeu o que é perseverança no reino do Espírito? Se ainda não entendeu o Senhor Jesus em Lucas 11:5-13 e 18:1-8, nos fala sobre a perseverança, e nesses textos uma frase traduz a idéia, “sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer.” Lucas 18:1b Observe nos textos que em ambas as histórias existe uma dificuldade quanto aquele a quem a petição é feita. Mas o mestre Jesus contrasta essa má vontade com a disposição de Deus o Pai em nos atender: “e não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que dia e noite clamam a ele, já que é longanimo para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Contudo quando vier o Filho d homem, porventura achará fé na terra?” Lucas 18:7-8 Portanto o problema em uma intercessão nunca estará em Deus, mais no alvo a quem direcionaremos nossa oração, não se esqueça que: “o sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor; mas a oração dos retos lhe é agradável.” Provérbios 15:8 Na maioria das vezes o alvo de nossas orações intercessórias não ajuda em nada e por isso nossa perseverança será a arma para vencer tamanha contrariedade. Há também as lutas criadas pelos demônios nas regiões espirituais a fim de evitar a libertação, cura,salvação e etc..., quando o profeta Daniel orava teve que perseverar 21 dias a fim de obter a vitória na causa proposta na intercessão, Daniel 10:10-14. Portanto perseverar é ser chato no bom sentido, insistir até conquistar o que queremos em oração, temos que mudar o quadro existente, até que o mesmo seja o que a Santa Escritura declara, e isso leva algum tempo, e, é ai que entra a perseverança. ⇒ ALGUMAS DIFICULDADES EM PERSEVERAR Falta de fé: As escrituras declaram que a fé, é firme em um ser humano que ouve a palavra, examinando-a constantemente, pois na verdade a verdadeira fé vem exclusivamente pelo ouvir das Santas Escrituras, Romanos 10:17. Sem fé é 40 impossível agradar ao Deus Vivo, veja: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem. Porque por elas os antigos alcançaram bom testemunho. Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê. Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. “ Hebreus 11:1-3,6 A incredulidade é algo que nos afasta do Deus Vivo, é como um dedo que recebeu uma topada e fica a latejar constante, essa característica fica em nossa mentemartelando, fazendo pensar nas razões que estão a nossa volta, esquecendo do valor da fé verdadeira. Hebreus 3:12-13 Alma descontrolada: Quando falo do descontrole da alma, refiro-me a um conjunto de situações, que englobam atividades que passaram diante de nossos olhos e dos nossos ouvidos e formaram o nosso caráter. Durante o tempo que desconhecíamos as Santas Verdades, nossos pais procuraram nos criar da melhor maneira que sabiam, Hebreus 12:9-10, contudo em muitas e constantes execuções, em vez de ajudar, criaram verdadeiras dificuldades em sermos perseverantes, diante de circunstâncias quando precisávamos de algo, rapidamente os mesmos procuravam solucionar de maneira que aprendemos a ter tudo sem luta, daí que quando nos deparamos com algo que necessariamente exige perseverança logo nos desanimamos. Quero lhe dizer que ser perseverante independe do que sentimos em nossa vida, somos e devemos ser, simplesmente pelo fato de o Espírito Santo declarar ser o correto. Pergunte a si mesmo: Por que o Senhor ao libertar o povo de Israel o levou para suportar as condições desfavoráveis da terra de Canaã que seria conquistada. Jamais se esqueça dos conselhos do Espírito Santo, seguir sem vacilar é a chave da vitória, veja: “porquanto guardaste a palavra da minha [perseverança], também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para pôr à prova os que habitam sobre a terra.” Apocalipse 3:10 41 Intercessão comum: Neste tipo de intercessão nos colocamos a favor de terceiros a fim de obter alguma dádiva ou benefício do qual o alvo da nossa intercessão necessita, ou seja pedimos um bem material, ou nos colocamos a pedir coisas que não exija a necessidade de se colocar para pedir perdão por um pecado cometido, antes de propriamente orar pedindo, chamamos essa intercessão de uma espécie de oração intercessória comum. Nesta oração intercessória muitas vezes a pessoa que ajudamos desconhece seus direitos seus direitos e nós apenas ajudamos a mesma a possuir o que é seu direito de redenção. Atos 19:1-7 Intercessão pelo perdão para transformação: Esse tipo de intercessão é trabalhosa, na verdade exige do intercessor as características que abordam acima em detalhes. Nesta intercessão se deverá mudar circunstâncias na vida de indivíduos, famílias, nações e por certo estaremos mexendo além do que os nossos olhos poderão observar, esse tipo de intercessão demandará uma luta tremenda para alcançar a transformação do nosso alvo de oração, neste envolvimento intercessório poderemos experimentar uma entrega que nos levará até o nível da morte por amor, a fim de obtermos a transformação como foi com o Senhor Jesus Cristo, e seus apóstolos, a favor de cada um de nós que estamos em sua casa hoje. Lucas 22:39-53, II Timóteo 2:3-10 Nestes dois tipos de intercessão poderemos ver claramente a declaração, dons e sacrifícios, na verdade é inevitável que experimentamos as duas, quando de fato a vontade do Pai, suplanta a nossa. Neste caso o sacerdócio cheio de sombras entregue a Moisés, se tornará real, e assim estaremos andando no Sacerdócio de Melquisedeque. Hebreus 5:10 A intercessão, como nós chamamos é o mesmo da expressão usada pelo Apóstolo Paulo, “ministério da reconciliação”, II Coríntios 5:18-19, pois quem reconcilia é um sacerdote, pois esta era a função exercida por Arão e seus filhos na antiga aliança, visto a mesma se tornar ineficaz por causa da inutilidade da carne pecaminosa, pois os sacerdotes ficavam impedidos de exercer continuamente o sacerdócio por causa da morte carnal. Desta forma tal sacerdócio serviu de sombra e modelo para o que haveria de futuro se manifestar, através de Jesus Cristo e sua igreja por meio do Espírito Santo. Hebreus 7:11-28 Ser um intercessor, é ser unir na maior comissão dada ao corpo de Cristo para executar durante o séculos, o Pai da glória nos chama de reino de Sacerdotes, e não reino de profetas, evangeslistas ou pastores, Êxodo 19:6, I Pedro 2:5,9, 42 Apocalipse 1:6. Não podemos nos esquecer que ser um intercessor não implica apenas no fato de orar, mas devemos entender que quando evangelizamos, ensinamos, pastoreamos, cantamos estamos também sendo reconciliadores, mediadores entre o Deus Vivo e o ser humano. Quem quer entrar na área da oração intercessória não pode ser aventureiro, precisa entender que está entrando em uma guerra espiritual que envolve seres espirituais, anjos caídos. É indispensável ser levantado e preparado pelo Espírito Santo, é preciso entender que nós somos carnais, pessoas físicas; e por isso a necessidade da pessoa do Espírito Santo e a revelação da palavra é de 100%. Quando começamos a orar por uma pessoa que está aprisionado por demônios, nos envolvemos com a pessoa e com os demônios que estão aprisionando tal vida, daí que a guerra espiritual ocorrerá. Os demônios investirão pesado para não perder aquela vida para o reino do Altíssimo, nesta hora você intercessor será o alvo desses ataques, os níveis de guerra poderão atingir a vida financeira, sentimental, familiar, moral, a saúde, e porque não dizer a própria vida. Parecerá em dado momento que nada está dando certo, todos ficarão contra; os demônios estão furiosos com seu atrevimento de entrar no domínio deles. É nesta hora que terá que aparecer as características estudadas acima, teremos que ter o espírito do Apóstolo Paulo:“Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica; quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressurgiu entre os mortos, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós; quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Mas todas estas coisas, somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. Porque eu estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” Romanos 8: 31-39 Na verdade estamos do lado vencedor, todavia isso não garante ausência de luta, enquanto nossa fé durar seremos os vencedores, ainda que venhamos selar com o próprio sangue nossa intercessão. 43 Na verdade o Espírito Santo nos ensina que é com lutas que o milague da intercessão consegue dar certo, observe: “Todaavia, foi a vontdade do Senhor esmagalo, fazendo-o enfermar; quando ele se puser como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do Senhor prosperará na suas mãos. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo justo justificará a muitos, e as iniqüidades deles levará sobre si. Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e pelos transgressores intercedeu” ou “os que semeiam em lágrimas,com cânticos de júbilo segarão. Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos.” Isaías 53:10-12, Salmo 126:5-6 Na verdade a luta de um intercessor está ligada em muito a resistência dos demônios. Quando olhamos para Moisés ao descer do monte após receber as direções do Senhor, de que seu povo estava na prática do pecado, Êxodo 32:1-10, observamos um Moisés intercessor, que leva sua intercessão a um nível de amor intenso, Êxodo 32:30-35. Contudo essa intercessão gloriosa e ousada custaria um preço para Moisés ao longo da jornada, não se pode esquecer que quando o povo errou em levantar o ídolo os demônios infestaram o arraial hebreu, Atos 7:39-42. E quando Moisés executou a intercessão pelo povo, o mesmo se colocou entre os demônios e o povo, a fim de salvar seus irmãos mediante a ajuda divina a ajudá-lo. Contudo os demônios ficaram furiosos contra Moisés, e fizeram um ataque atrás do outro contra Moisés; e pior usando o povo pelo qual o mesmo intercedeu. Queixas e murmurações – Números 11:1-9 Contrariedade na família – Números 12:1-10 Incredulidade no povo –Números 13:26-33 e 14:1-10 Insubmissão – Números 14:39-45 Divisão, inveja e contenda – Números 16 Em meio a essa guerra espiritual que os demônios levantaram contra Moisés, por todos os lados, vemos como é dura a vida de um intercessor, e o quanto de peso dependendo da situação poderemos levar. Nestes momentos a fraqueza humana aparece, e só a graça divina nos sustenta, disse Moisés em meio às lutas: “Disse, pois, Moisés ao Senhor: Por que fizeste mal a teu servo, e por que não achei graça aos teus olhos, pois que puseste sobre mim o peso de todo este povo. Concebi eu porventura todo este povo? Dei-o eu à luz, para que me dissesses: Leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança de peito, para a terra que com juramento prometeste a seus pais? Donde teria eu carne para dar a todo este povo? Porquanto choram diante de mim, dizendo: Dá-nos carne a comer. Eu só não posso: levar a todo este povo, porque me é pesado demais. Se tu me hás de tratar assim, mata-me, peço-te, se tenho achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria.” Números 11:11-15 44 Mas observe o que diz a graça divina ao seu intercessor: “Disse então o Senhor a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, que sabes serem os anciãos do povo e seus oficiais; e os trarás perante a tenda da revelaão, para que estejam ali contigo. Então descerei e ali falarei contigo, e tirarei do espírito que esta sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão eles o peso do povo para que tu não o leves só.” Números 11:16-17 É, o Senhor dividi o peso, levantando novos intercessores, o Deus Vivo não quer destruir o perverso e pecador, antes o mesmo trabalha para salvá-los. Se todavia o povo ou uma pessoa individualmente se negar a servir o Senhor que ama poderá exercer justiça e dizer: “Assim diz o Senhor acerca deste povo: Pois que tanto gostaram de andar errantes, e não detiveram os seus pés, por isso o Senhor não os aceita, mas agora se lembrará da iniqüidade deles, e visitará os seus pecados. Disse-me ainda o Senhor: Não rogues por este povo para seu bem. Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor, e quando oferecerem holocaustos e oblações, não me agradarei deles; antes eu os consumirei pela espada, e pela fome e pela peste.” Jeremias 14:10-12 e lei ainda Jeremias 15:1-2; Ezequiel 14:12-23 Bom, intercessão é guerra espiritual, contudo há momentos que devemos deixar de guerrear, por causa de corações duros que escolheram outros caminhos, e que por si só, já estão condenados em seus pecados, dos quais não querem abandonar. I João 5:16-18 Poderia exemplar um número enorme de intercessores que nas Santas Escrituras se colocara na brecha a fim de lutar, e se meteram em enormes guerras espirituais, me faltaria tempo para falar de Samuel, Davi, Jeremias, Ezequiel, Habacuque, Paulo, Epafrodito e etc., contudo não podemos nunca esquecer que é uma guerra que já tem um lado vencedor. Apocalipse 7:9-12; 17:14; 191-16 Queres ser um intercessor e participar da colheita da vitória? Ou serás frouxo na hora da angústia? Na verdade temos muito que estudar a respeito do Sacerdócio na ordem de Melquisedeque, mais difícil de explicar, pois ainda andamos no nível terreno nas nossas lutas carnais de ordem pessoal. Esperamos ampliar os nossos conhecimentos através do estudo sacerdotal, contudo isso é em outra apostila. Hebreus 5:11-14 Na vida de homens que são objetos de intercessão, a simbologia de algo futuro, é muitas vezes utilizada a fim de que as vidas sejam geradas em conformidade com as figuras ou até mesmo os juízos divinos poderão ser simbolicamente demostrados e no devido tempo se abaterão sobre o povo pecador. O símbolos através de atitudes e objetos utilizados pelos intercessores, podem ter um poder sobrenatural na execução de algo na vida de homens, mulheres, família e nações. 45 Na verdade os objetos pré-figuram o que de fato ocorrerá na vida pela qual o Intercessor está orando. Na vida do Profeta Ezequiel, que era um sacerdote, o Deus Etero utilizou muitos símbolos intercessórios, e através do qual o Altíssimo anunciava o que de futuro iria se manifestar sobre o povo de Israel. Ezequiel 12:1-16 Observou como o fato de Ezequiel tomar de suas bagagens estaria demonstrando por meio dos símbolos, a saída de Israel de sua terra? Observou o buraco na parede? Seria um sinal de como ocorreria a entrada de Nabucodonosor e a saída do povo de Israel de Jerusalém; olha a simbologia tem força e poder intercessório, de maneira que tempos depois olha o que correu, de maneira perfeita a assombrosa. II Reis 25:1-7 O que não dizer da barba do Sacerdote que serviu de símbolo em seus frios, relacionado-se com toda a casa de Israel durante os tempos e épocas que viveu entre as nações pagãs. Ezequiel 5 Através do espalhar dos fios da barba em diversas direções como um símbolo intercessório, estava se ensinando a história de Israel, e sentenciando seu futuro. Uma Terça parte da barba queimará: Esse período ocorreu com Israel, quando Nabucodonosor cercou e sitiou a Jerusalém e a queimou, matando muitos israelitas. II Reis 25:8-21 Uma outra Terça parte ferida a espada: Da mesma forma como narrado acima tal acontecimento, ocorreu não só no período de Nabucodoosor que assassino a muitos israelitas ao redor da cidade, mas também com o período da história onde Israel viveu dentro do Império Grego e Romano. Uma outra Terça parte espalhada ao vento: Isso também se cumpriu através de Nabucodonosor, quando o mesmo os retirou de sua terra e os espalhou em Babilônia em cativeiro, contudo de forma maior o Israel físico após ao aceitar a Jesus como Messias, foi espalhado entre os povos. Dessa última Terça parte alguns fios deveriam, após o período do vento e da espada, serem colocados atados em uma orla sacerdotal, nas abas de uma veste, esses últimos seriam salvos, por meio da misericórdia. Contudo, ainda dessa Terça e última parte se colocariam alguns fios para serem queimados, na verdade um punhado será os 144 mil, e os outros passarão a última semana de dias do profeta Daniel, a grande tribulação. Observou como a simbologia em meio a uma intercessão, direcionada pelo Espírito Santo, poderá mudar uma história, salvar vidas, condenar vidas, e falar a respeito do futuro de uma nação ou família. Poderíamos falar de outras simbologias como cozinhar a comida com fezes de animais, deitar-se por alguns dias, do lado direito do corpo, e por alguns dias pelo lado esquerdo a fim de pré-figurar coisas. Certamente poderia falar de Jeremias que segundo a orientação do Senhor comprou uma campo, de uma forma simbólica, a fim de tipificar que a terra de Israel é do Senhor, embora o povo teria por causa de seus pecados de se abster da mesma, o Senhor por meio de Jeremias estava legalmente comprando, a fim de dar o 46 entender que a terra é de Israel e que um dia o povo voltaria para o que era seu. Jereias. 32:1-15 Na verdade muitas são as simbologias usadas pelo Espírito Santo no campo da intercessão espiritual, de maneira que Jesus lavou os pés dos discípulos e disse: “Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. Chegou, pois a Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, lavas-me os pés a mim? Respondeu-lhes Jesus: O que eu faço, tu não o sabes agora; mas depois o entenderás.” João 13:5-7 Portando muitas vezes poderá o intercessor fazer ou criar situações que não serão entendidas de pronto, todavia o que importa é que o Espírito Santo está se movendo e o Pai da glória entende, e será executado pela fé. I Coríntios 2 Os demônios não entenderão nada, quem tem o espírito do mundo, vai zombar e dizer que estamos loucos, contudo o mistério do Deus Vivo está sendo executado. Efésios 3:8-12 Você entenderia uma deitando sobre a outra? Será que sua mente doente diria que tal situação é sexual e maligna? Não importa o Espírito Santo não liga para sua opinião maligna, ELE se importa ara alma aflita e abatida. “Depois destas coisas aconteceu adoecer o filho desta mulher, dona da casa; e a sua doença se agravou tanto, que nele não ficou mais fôlego. Então disse ela a Elias: Que tenho eu contigo, ó homem de Deus? Vieste tua mim para trazeres à memória a minha iniqüidade, e matares meu filho? Respondeu-lhe ele: Dá-me o teu filho. E ele o tomou do seu regaço, e o levou para cima, ao quarto onde ele mesmo habitava, e o deito em sua cama. E, clamando ao Senhor, disse: Ó Senhor meu Deus, até sobre esta viúva, que me hospeda, trouxeste o mal, matando-lhe o filho? Então se estendeu sobre o menino três vezes, e clamou ao Senhor, dizendo: Ó Senhor meu Deus, faze que a vida deste menino torne a entrar nele. O Senhor ouviu a voz de Elias, e a vida do menino tornou a entrar nele, e ele reviveu. E Elias tomou o menino, trouxe-o do quarto à casa e o entregou a sua mãe; e disse Elias: Vês ai, teu filho vive: Então a mulher disse a Elias: Agora sei que tu és homem de Deus, e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade.” I Reis 17:17-24 Será que observando o se estender de Elias sobre o corpo do menino, poderíamos olhar com os olhos espirituais, ou seríamos malignos e incrédulos? Entenderíamos a simbologia ou diríamos ser estranho e do diabo? Não temas intercessor! Creia e execute os mistérios do Altíssimo. 47 Quando o Senhor Jesus Cristo supriu a carência de um intercessor, o mesmo firmou uma obra completa e perfeita, diante do pai da glória. Ezequiel 22:30 O braço do Senhor levantou ao Sumo-Sacerdote Jesus Cristo, Isaías 59:16, Hebreus 5:1-6. Contudo para que a intercessão fosse perfeita nos céus e na terra, algumas coisas precisava ser feitas. Como inicialmente a terra foi entregue aos homens, Gênesis 1:26-27, o intercessor diante do Pai precisaria ser um homem, teria que sentir côo home a fim de compreender as dificuldades do homem, seus limites. Daí que quando em Belém nasceu o Senhor Jesus, o Salvador, Lucas 2:1-11, estava nascendo aquele que estaria na brecha, o mediador perfeito, tinha em si meso a palavra, pois ELE é o Verbo Vivo, I João 1:1-2, contudo tinha um corpo físico como toda criatura humana. Hebreus 2:14-18 O mestre Jesus anunciou o Reino dos céus, demonstrou o poder do Reino, fez discípulos, curou, libertou, operou maravilhas, contudo o pecado na carne humana afastava toda a humanidade da comunhão com o seu Pai. É nesta hora que seria necessário tornar o homem aceitável, pagando através de si mesmo a divida, alguém teria que morrer por causa do pedaço cometido inicialmente por Adão e Eva, e por toda prática do pecado durante os séculos, pois só desta forma o homem seria justo aos olhos do Criador. A respeito destas coisas orou intensamente o Senhor Jesus no Getsêmani: “Quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação. E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e pondo-se de joelhos, orava, dizendo; Pai, se queres afasta de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. Então lhe apareceu um anjo do céu, que o confortava. E, posto em agonia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que caíam sobre o chão. Depois, levantando-se da oração, veio para os seus discípulos, e achou-os dormindo de tristeza; e disse-lhes: Por que estais dormindo? Lenvantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação.” Lucas 22:40-46 Neste momento o grande mediador, aceitava levar sobre si o que separava o homem de seu Pai. Todavia a culpa do pecado sobre Jesus o levaria a sentir a dor da separação, em relação ao seu Pai. Mateus 24:46 Mas tal atitude daria condições legais para que o Espírito Santo retorna-se a comunhão com o homem, de maneira que o Senhor Jesus ao morrer e ressuscitar estaria ao mesmo tempo destruindo o poder do pecado e ressurgindo para ser o representante da humanidade diante do Pai da glória, ou seja, os homens teriam alguém a direita do Pai, que pudesse entender as limitações do homem, pois te o corpo de homem, a ao mesmo tempo falar com o Deus Altíssimo, pois o mesmo é Deus conosco. 48 No Velho Testamento coube esta graça a Arão e seus descendestes, que além de serem sombras de Cristo Jesus e sua Igreja, os mesmos eram impedidos de exercer o sacerdócio continuamente por causa da morte física. Contudo em Jesus Cristo, o mesmo entrou definitivamente pra exercer o sacerdócio na ordem de Melquiedeque de uma forma completa e perfeita. Hebreus 7:11-28; 9:11-28 Na verdade a respeito desta missão o Senhor Jesus muitas vezes falou, todavia seus discípulos estavam ainda obscurecidos deste conhecimento Sacerdotal, João 12:23-28; 16:7-33. Portando lá está o Senhor Jesus a direita do ai, Ele é o nosso representante, não há como falhar. I Timóteo 2:5 Mas você diria: É verdade, não há falhas em Jesus! Contudo o homem é falho, e Jesus está nos céus, o home não poderia errar? É nesta hora que podemos observar a vitória maiúscula do Senhor Jesus, sua obra é completa e perfeita, não há falhas. Bom, sabemos que antes da obra do calvário o Deus Santo, não tinha comunhão com o homem pecador, todavia o home que acredita na obra do calvário, e se arrepende de seus pecados, e os deixa alcançará misericórdia. A partir deste momento tal homem que se purificou no sangue de Jesus, passa a ter condições de receber o Espírito Santo em sua vida, a esse o Senhor Jesus chamou de o outro consolador (parakletos), “Todavia, digo-vos a verdade, convém-vs que eu vá; pois se eu não for, o Ajudador não virá a vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei.” João 16:7 A palavra Parakletos é de origem grega e significa alguém chamado para ficar ao lado e ajudar, portanto um consolador. Na epístola de João foi traduzido para “advogado” em I João 2:1. Agora entenda o senhor Jesus Cristo é o paráclito do cristão para com o Pai, quando o cristão peça; já o Espírito Santo é o paráclito que habita no cristão, a fim de ajudá-lo em ignorância e incapacidade, e também lhe ensinando na área da intercessão. Portando a pessoa do Espírito Santo, nos é dada gratuitamente, por meio da fé. Atos 2:37-40, Atos 19:1-7 E quando recebemos esse Espírito no nosso espírito o mesmo haverá de nos utilizar, conduzir, ensinar, ajudar, a orar. Romanos 8:26-27 Se nos céus, o Senhor Jesus é o representante do homem diante do Pai, na terra o Espírito Santo é o representante de Deus no homem a fim de o conduzir a Cristo Jesus, o Sumo-Sacerdote de nossa confissão. Hebreus 4:14-16 Temos que ter confiança em nossas intercessões, por outros; estamos cobertos por uma obra perfeita, não há como perder para as forças inimigas. Só você mesmo por falta de fé poderá ser derrotado. Pois para tudo que estados disse Jesus: “Emão Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está [consumado]. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” João 19:30 E o Apóstolo Paulo confirmou dizendo: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas [regiões] celestes em Cristo” Efésios 1:3 49 E ainda diz mais pelo Espírito: “Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra a vós não é sim e não, porque o Filho de Deus, Cristo Jesus, que entre vós foi pregado por nós, isto é, por mim, Silvano e Timóteo, não foi sim e não, mas nele houve sim. Pois, tanta quantas forem as promessas de Deus, nele está o sim; portanto é por ele o amém, para glória de Deus por nosso intermédio.” II Coríntios 1:18-20 Sabedor de todas estas coisas, te peço, deixa o Espírito te tomar pelas mãos e levar a um nível que você possa ser útil, não tenha medo! O doce Espírito não te levará a níveis que não possa suportar, se o mesmo está te levando a experimentar o que temos estudado até aqui, é porque o mesmo observa em você alguém que poderá ser útil na seara do Mestre. Na verdade tudo que estou passando nesta apostila, é fruto de uma realidade vivida em minha vida, desde 1993, e hoje em 2001 posso olhar para todos vocês que estão estudando comigo e entender as coisas, do qual temos passado e: “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo justo justificará a muitos”. Entendeu? Se não entendeu procure ter uma alma de intercessor e assim poderá compreender as verdades espirituais. A intercessão é algo tremendo, não é para todos, mas todos devem interceder. Parece que todos irão prosseguir contudo ficamos sozinhos no meio de todos, e oramos por todos e nem todos nos entendem. A nossa alma se sente só, embora ore por todos, esse todo tem o peso do pecado sobre si, mas que para ficar livre nem todos querem levar o peso que incomoda a todos. É, verdadeiro intercessor no meio de todos quem te achará? Sei que a vida de quem intercede é dura, já dizia o Espírito Santo pela boca de um certo profeta: “somos as sandálias que calçam os pés de muitos”. Na verdade estamos sempre debaixo dos pés, livramos a muitos dos pregos, vidros, fezes, das coisas indesejáveis, contudo estamos sempre esquecidos em algum lugar da porá de entrada de uma casa, ou embaixo de alguma cama ou móvel. Contudo somos protetores, abrimos os caminhos, damos condições para andar. Mas sandálias, são apenas sandálias e um dia ela se desgasta perde seu valor é deixada de lado. Nesta hora alguém nos recicla, e nos dá uma forma gloriosa. Portanto amigo e irmão intercessor, ser um intercessor é ser alvo de contradições, críticas, maledicências, ódio, constrangimento, solidão na compreensão de fatos ou circunstâncias. 50 É verdade que sermos um canal do poder de Deus, contudo esse mundo não conhece ao deus Vivo. Não se esqueça esse mundo o crucificou na cruz. Desta forma sua recompensa por serviços prestados virá do Senhor e nunca de homens. Se tua alma entender o que lhe falei nesse pequeno pensamento serás um canal em sua geração. Não se esqueça oh minha alma: “se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como todavia, não sois do mundo, pelo contrário dele vos escolhi, por isso o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que o seu Senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Então vi, e eis que certa mão estendia para mim, e nela se achava o rolo de um livro. Estendeu diante de mim, e estava escrito por dentro e por fora; e nele estavam escritas lamentações, suspiros e ais. E constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a Ele a glória e o domínio pelos séculos do séculos. Amém.” Cristiano Ávila Mukim da Conceição – Ministro do Evangelho 28/05/2001 51