1 Pronunciamento feito pela Deputada Federal, Garcia, Rebecca do Partido Progressista (PP), do Amazonas, no Plenário da Câmara dos Deputados, dia 23 de abril de 2007, sobre o Dia Nacional de Vacinação do Idoso. Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, 2 O Brasil inicia hoje a décima edição da Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, tendo como meta a imunização de 14,5 milhões de pessoas com 60 anos de idade ou mais, que representam 80% da população idosa brasileira. A previsão do Ministério da Saúde é de um crescimento de 10% na imunização em relação à campanha de 2007. À primeira vista, parece ser uma previsão recheada de otimismo, mas se analisarmos bem a evolução das campanhas, teremos certeza de que é uma meta realista e perfeitamente de acordo com as expectativas de toda a sociedade brasileira. A campanha, que irá até o dia 9 de maio, representa um investimento de R$ 150 milhões do governo federal, em uma ação perfeitamente sintonizada com o compromisso governamental com a universalidade, integralidade e equidade da atenção à saúde no setor de imunização. Prevenir enfermidades é um dever social do enfermidade atividades governo, interfere rotineiras principalmente no do quando desenvolvimento cidadão, afetando a das sua qualidade de vida, seu bem-estar e até mesmo sua inclusão social. Senhor Presidente, quando afirmo que a meta do Ministério da Saúde é realista, levo em consideração a 3 crescente participação da população idosa, desde a primeira campanha, deflagrada em 1999, quando da realização do Ano Internacional do Idoso. 1999 é um marco, se considerarmos que até então a população idosa estava ausente dos postos de vacinação e não tinha nenhum tipo de acesso aos serviços preventivos de saúde. Até 1999 imperava uma total desinformação, tanto dos órgãos governamentais, quanto dos idosos, aliada a um forte preconceito, que contribuía decisivamente para afastar os idosos dos postos de saúde. Na verdade, a realidade começou a mudar em 1994, com a aprovação da Lei 8.842, a chamada Lei Nacional do Idoso, regulamentada dois anos depois pelo Decreto 1.948. O Brasil, então, passou a ver a saúde do idoso como a soma da saúde física, da mental, da independência financeira, da capacidade funcional e do suporte social. Uma visão abrangente e justa que provocou mudanças profundas na integração do idoso no seio da sociedade brasileira. Foram várias mudanças, entre elas a que permitiu o acesso do idoso aos programas imunológicos. Senhoras e Senhores Deputados, a campanha que está começando tem como tema “Não deixe a gripe derrubar você”. É importante ressaltar que o mesmo 4 vírus que causa mal-estar em um corpo jovem é aquele mesmo que pode causar danos irreversíveis em um corpo idoso. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem estudos consistentes comprovando a ocorrência de doenças imunopreveníveis e suas graves conseqüências neste grupo de cidadãos. Um grupo, Senhor Presidente, que necessita de três produtos imunobiológicos para manter sua qualidade de vida. Precisa de vacinas contra a influenza, contra a difteria, contra tétano e pneumoccoco. A Organização Mundial de Saúde preconiza as três vacinas como importantíssimas contribuições para um envelhecimento saudável de uma população. Recomendações da mesma Organização que já afirmou que o Brasil caminha para ser o sexto país do mundo com maior população idosa. Eu, particularmente, lanço meu olhar para o meu Estado do Amazonas, onde residem 177.641 idosos e fico feliz em saber que 142.113 (80%) estarão livres da gripe. Olho com a mesma felicidade para toda a região Norte, com uma população idosa de 928.917 e vejo que 743.134 estarão imunizados. A gripe – Senhoras e Senhores parlamentares – é a doença infecciosa que mais preocupa as autoridades sanitárias brasileiras e mundiais. A humanidade não 5 pode esquecer que, no século passado, ela foi responsável por 50 milhões de mortes em todo o mundo. Não podemos esquecer da Gripe Espanhola, em 1918; da Gripe Asiática, em 1957; e da Gripe de Hong Kong, em 1968; três epidemias em escala mundial, tecnicamente chamadas de pandemias, que aterrorizaram o planeta. Mataram 50 milhões de pessoas, causaram milhões de problemas sociais, com prejuízos econômicos incalculáveis. Senhor presidente, uma nova pandemia sempre assombra as autoridades sanitárias mundiais, principalmente se levarmos em conta a característica mutável do vírus influenza, que muito contribui para reforçar a hipótese de uma epidemia de gripe em escala mundial. O mundo, portanto, precisa estar atento e alerta. Campanha, como a realizada atualmente no Brasil, nos faz acreditar em um futuro melhor e nos dá mais segurança. O investimento de R$ 150 milhões representa que mais de 50% da população idosa brasileira não terá nenhum problema com a gripe e que os casos de hospitalização de idosos por causa de pneumonia cairão 32%. A vacina atual é baseada nos vírus da gripe que circularam no Brasil em 2007. Serão 18 milhões de doses de vacina para gripe, 4 milhões de Dupla 6 Adulta, contra difteria e tétano; 250 mil doses contra pneumonia e um milhão de doses contra febre amarela. Um investimento importante, cujo retorno toda a população brasileira poderá constatar nas ruas e em seus lares, ao ver um sorriso daqueles que fizeram de suas vidas exemplos de trabalho e de desenvolvimento da nação brasileiro: os nossos queridos e respeitados idosos. Muito obrigada