AULA DEMONSTRATIVA 1. APRESENTAÇÃO .................................................................................... 2 2. AULA INAUGURAL ................................................................................. 3 2.1. NOÇÕES INICIAIS SOBRE A SOCIOLOGIA DO TRABALHO................... 3 2.2. O CONCEITO DE TRABALHO................................................................ 6 2.3. TRABALHO: AÇÃO, NECESSIDADE E COERÇÃO .................................... 9 2.4. RESUMO DA AULA (PONTOS CONCLUSIVOS) .................................... 10 2.5. QUESTÕES ........................................................................................ 12 3. O PLANO DE AULAS ............................................................................. 14 Concurso: Ministério do Trabalho e Emprego Cargo: Auditor Fiscal do Trabalho Matéria: Sociologia do Trabalho Professor: Rubem Valente Este curso é protegido por direitosautorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais edá outras providências. AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SOCIOLOGIA DO TRABALHO Prof. RUBEM VALENTE 1. Apresentação Olá estimado concurseiro, Apresento-o nosso curso didático, teórico e de questões, de Sociologia do Trabalho voltado para o concurso de Auditor Fiscal do Trabalho. Sociologia do trabalho, nos últimos certames, devido ao alto nível de concorrência deste concurso, tem se mostrado como uma disciplina “divisor de águas”, em especial, devido a sua relação com as atribuições do cargo de Auditor do trabalho, bem como pelo grau de abstração dos conteúdos que, não raro, causam perplexidade entre os candidatos mais acostumados a tratar de assuntos mais objetivos nas provas de carreira fiscal. Em nosso curso trataremos dessa disciplina de forma sistemática e bem didática, de maneira a permitir uma compreensão lógica dos institutos estudados que, sem dúvidas, como uma chave mestra, permitirá a vocês abrir as portas da sua aprovação bem como da compreensão da responsabilidade social do auditor do trabalho. Para quem tem formação contábil ou está mais íntimos das ciências naturais, a sociologia, algumas vezes, parece tratar de conhecimento hermético estudado através de alguma língua morta perdida a milênios ( risos), mas veremos que é possível tratar dos referidos temas de seu edital, de forma objetiva e prática. De mais a mais, tenho recebido notícias de alunos que procuram nossos cursos em razão de não terem sido aprovados simplesmente por não obterem sequer a pontuação mínima em disciplinas mais abstratas como Sociologia do Trabalho, mesmo tendo obtido pontuação excelente em outras disciplinas. Além disso, embora essa disciplina não tenha sido exigida, especificamente, no último certame patrocinado pela CESPE, existe grande probabilidade, assim contam as “boas línguas” nos corredores do MTE, da ESAF voltar a ser a Banca organizadora desse concurso. Meu nome é Rubem Valente, sou advogado, graduado na UNIFACS (Ba), Doutorando em Direito e Ciências Sociais pela Universidade federal de Buenos Aires UBA (ARG) e além da experiência de professor universitário e dos melhores cursos preparatórios presenciais do país, trabalho com consultoria jurídica e de gestão focada em Instituições do Terceiro setor. Minha experiência permite-me trabalhar os temas exigidos no edital desta prova com clareza e objetividade, fornecendo dicas e antecipando as dúvidas do alunado bem como relacionando os temas e seus desdobramentos em acordo com a casuística das provas; visitando tanto os autores clássicos, sempre presentes, bem como outros modernos e mais atuais recorrentes em prova. Assim, permitiremos a construção de um conhecimento sistemático, voltado para a prova, mas que permitirá aos candidatos desenvolver um “pensar” sociológico que eliminará a necessidade de fórmulas decorebas incompatíveis coma a proposta da prova. Dessa forma, coloco-me à disposição para contribuir com a assimilação da matéria de maneira que obtenha excelente pontuação em sua prova bem como Prof. Rubem Valente [email protected] 2 AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SOCIOLOGIA DO TRABALHO Prof. RUBEM VALENTE possa você, concurseiro dedicado, tornar-se um servidor mais consciente dos processos sociais e do missionário papel que pode e deve exercer em nossa sociedade. Vamos ao trabalho! 2. Aula Inaugural Nossa aula inaugural seguirá o roteiro a seguir: 2.1 – Noções iniciais sobre a Sociologia do Trabalho. 2.2 – O conceito de Trabalho 2.3 – Trabalho: Ação, Necessidade e Coerção. 2.4 – Resumo da Aula (Pontos Conclusivos). 2.5 – Questões. 2.1. Noções iniciais sobre a Sociologia do Trabalho O termo sociologia vem da fusão de dois outros: “societas” (do latim) que significa sociedade e “logos” (do grego), que significa estudo, ciência. O estudo dos eventos sociais é algo muito antigo. Pode-se afirmar que, desde o surgimento dos primeiros grupos humanos, estes não deixaram de se preocupar com a melhor forma de organizar-se para alcançar seus objetivos de sobrevivência. Na Grécia antiga, (cal-ma!!!!não vou viajar...apenas o necessário...risos), existiam pensadores que teorizavam sobre as relações sociais e destacavam sua importância para a obtenção das verdades essenciais, fazendo o que ficou conhecido como filosofia social. Entretanto, a Sociologia surgiu como uma disciplina autônoma apenas no século XIX, como uma resposta acadêmica para um desafio da modernidade: se o mundo está ficando menor e mais integrado, a experiência de pessoas do mundo é crescentemente espalhada (com a palavra o facebook...). Sociólogos não só esperavam entender (acredito que, de certa forma, esperam ainda...) o que unia os grupos sociais, mas também desenvolver uma solução para os conflitos que surgiam com as novas formas de relação social; a desintegração social. O surgimento da Sociologia deve-se em parte aos desenvolvimentos resultantes da Revolução Industrial, pelas novas condições de vida e intensas transformações por ela criada. Para termos idéia do progresso científico que houve em nossos dias e das transformações ocorridas, basta que atentemos para o seguinte: qual era o sistema de transporte mais rápido 2.000 anos antes de Cristo? O lombo de animal. Dois mil anos depois, nos dias de Cristo, qual era Prof. Rubem Valente [email protected] 3 AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SOCIOLOGIA DO TRABALHO Prof. RUBEM VALENTE o meio de transporte mais rápido? Continuava sendo o lombo de animal. Mil e oitocentos anos depois, qual era o meio de transporte mais rápido? Continuava o mesmo. O nosso D. Pedro I proclamou a independência, não em cima de um tanque de guerra, mas ainda em cima de um cavalo, no qual viajava do Rio para São Paulo. Na Europa e nos demais países civilizados também o transporte era o mesmo. Isso demonstra que em quase quatro mil anos de história a humanidade nada progrediu no campo científico. O único acontecimento isolado, de grande impacto cultural sobre a sociedade, ocorreu por volta de 1450, quando Johann Gutenberg, um ourives da cidade de Mainz, na Alemanha, inventou o tipo móvel e apresentou a primeira prensa na Europa (a China e a Coréia já possuíam prensas). O invento mudou a cultura ocidental para sempre. Gutenberg levou dois anos para compor os tipos de sua primeira Bíblia, mas, uma vez feito isso, teve condições de imprimir múltiplos exemplares. Antes de Gutenberg, todos os livros eram copiados à mão. Os monges, que em geral eram encarregados de copiar a Bíblia, raramente conseguiam fazer mais de uma por ano. A prensa de Gutenberg era, em comparação, uma impressora a laser de alta velocidade. O aparecimento da prensa fez mais pela cultura ocidental do que simplesmente introduzir uma forma mais veloz de reproduzir um livro. Até aquela época, apesar do transcurso das gerações, a vida fora comunitária e praticamente imutável. A maioria das pessoas só conhecia aquilo que fora visto com os próprios olhos ou ouvido em relatos de terceiros. Muito poucas se aventuravam para além das fronteiras da aldeia, em parte porque, sem mapas confiáveis, em geral era quase impossível encontrar o caminho de volta. Nesse mundo, todas as experiências eram pessoais: os horizontes eram pequenos, a comunidade olhava para dentro. O que existia no mundo exterior era uma questão de ouvir dizer. Ao chegarmos perto do século XX, porém, os inventos começaram a surgir: um descobriu a energia elétrica, outro a máquina a vapor, outro ainda o motor a explosão, e assim as rodas começaram a correr (Pensando bem, o tamanho do impacto e transformações sociais advindas da revolução industrial, na verdade, é pano de fundo do surgimento de uma nova forma de se organizar socialmente, o sistema capitalista!!!). Diversos pensadores da modernidade já apresentavam preocupações, em seus estudos sistemáticos, desde o séc. XII, com relação às sociedades humanas (Montesquieu, Adam Smith, John Millar, etc) de maneira que se pode afirmar a ciência sociologia como um construído intelectual que foi se consolidando pouco a pouco na modernidade, mas foi o Francês Augusto Comte, em 1824, em uma carta que escreveu a um amigo, o primeiro a usar esse termo, como referência a uma ciência social que estava tentando estruturar, descrever. Comte, em 1826, iniciou em sua casa uma série de cursos e grupos de estudos, dos quais resultou a obra Curso de Filosofia Positiva, publicado em 1830, trazendo à tona de forma definitiva o termo sociologia e consagrando o referido autor, para muitos estudiosos, como o pai da sociologia. uma nova forma de se organizar socialmente: o sistema capitalista. Prof. Rubem Valente [email protected] 4 AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SOCIOLOGIA DO TRABALHO Prof. RUBEM VALENTE O surgimento da Sociologia, portanto, prende-se em parte aos desenvolvimentos oriundos da Revolução Industrial e Revoluções Burguesas (como a Revolução Francesa), pelas novas condições de vida e intensas transformações criadas. Nesse ordem de idéias, evidencia-se, condições históricas (a laiscização do Estado, a ascensão da burguesia como classe dominante) e intelectuais (racionalismo: uso da razão para interpretar a realidade) como fatores preponderantes para a consolidação da sociologia como ciência. Nesse contexto, a lei dos três estágios, de Augusto Comte, assinala que as tentativas humanas de entender o mundo passam por três estágios: teológico, metafísico e positivo. No estágio teológico, o pensamento era guiado por idéias religiosas e pela crença de que a sociedade era expressão da vontade divina. No estágio metafísico, por volta da época do renascimento, a sociedade passou a ser vista em termos naturais e não sobrenaturais. No estágio positivo, anunciado pelas descobertas de Copérnico, Galileu e Newton, estimulou-se a aplicação de técnicas científicas ao mundo social. Nesse contexto, a sociologia enquadrava-se como a última ciência a ser desenvolvida com base na química, física e biologia. Os Cientistas sociais, nesse contexto, estudam de forma sistemática e racional uma variedade muito grande de assuntos, entre eles podemos destacar as seguintes áreas de estudos: Sociologia do Trabalho, Sociologia Jurídica, Demografia social, Micro-sociologia, Sociologia ambiental, Sociologia da cultura, Sociologia econômica, Sociologia da religião, Sociologia rural, Sociologia urbana, dentre outras. Antes de definirmos sociologia do trabalho, todavia, é importante destacar que esta disciplina é um sub-ramo (especialização) da própria sociologia. Como visto, Existem muitas definições sobre o conceito de sociologia, mas podemos afirmar simplesmente que a sociologia é uma ciência que estuda as sociedades humanas e as relações entre associações, grupos e instituições. A psicologia e a antropologia, por exemplo, estuda o indivíduo isolado, a sociologia busca entender os fenômenos que ocorrem quando vários indivíduos se encontram em grupos e interagem. O foco da sociologia, portanto, é a sociedade humana em sua estrutura básica, a coesão e a desintegração dos grupos, a transformação ou manutenção da vida social. A sociologia do trabalho, por sua vez, dedica-se à análise do trabalho na sociedade moderna em suas mais diversas perspectivas. Os autores clássicos do pensamento sociológico, cada um com sua visão de mundo, apontaram a importância do trabalho e das relações que se construíam a partir dele para o entendimento da sociedade e laçaram as bases para a formação desse ramo de estudos. A Sociologia do Trabalho, entretanto, ganhou projeção e autonomia entre as décadas de 40 e 50 do século XX, quando a indústria automobilística havia se tornado a maior empregadora de mão-de-obra, com maior domínio tecnológico sendo que, por outro lado, os sindicatos haviam se tornado extremamente poderosos protagonizando uma intensa luta entre capital x Prof. Rubem Valente [email protected] 5 AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SOCIOLOGIA DO TRABALHO Prof. RUBEM VALENTE trabalho. Nessa ordem de idéias, a Sociologia do Trabalho abrange em sua análise pelo menos dois aspectos principais: • O estudo das influências sociais envolvidas na atividade trabalhista incluindo-se aqui os processos de interação dos indivíduos e as influências exercidas pela sociedade, pela comunidade e pela empresa; • A aplicação dos conhecimentos e descobertas da Sociologia à atividade trabalhista, isto é, a utilização da Sociologia e de seus princípios para refletir acerca do trabalho, tornando-o mais eficiente. Pontanto, a Sociologia do trabalho estuda as relações de reciprocidade entre o trabalho e sua influência nas relações sociais bem como a interferência da sociedade e suas leis modelando a estrutura de atividade ocupacional das sociedades. 2.2. O conceito de Trabalho É certo que o trabalho, ao longo dos tempos, revela importante função na vida humana. Está tão intricado em nossas relações que parece fácil definir o seu conceito, ou melhor, seu conceito nos é até intuitivo. (Numa ONG que trabalhei, entrevistei meliantes que quando saiam para praticar crimes costumavam afirmar sua atividade criminosa como “trabalho”. Um entrevistado, em certa oportunidade, dizia-se um “ladrão da paz”. Contava que “trabalhava” numa determinada praia de Salvador-Ba e que procedia de forma pacífica. Sua técnica consistia em se vestir bem, pedir a algum casal de turistas que cuidasse de suas coisas enquanto iria no mar. Muitas vezes a cortesia era, também, solicitada pelo turista que terminava por não encontrar nosso guardião tampouco seus pertences ao retornarem do mar. Esse meliante da paz criou sua técnica “pacifica” de trabalho). Veremos que não é tão fácil buscar essa exata definição de trabalho tendo em vista que as transformações sociais influenciam diretamente no seu significado. De mais a mais, o instituto trabalho possui aspecto multidisciplinar e seu conceito pode variar de acordo com o foco proposto pelo teórico ou ciência que o estuda. Podemos encontrar estudos (e conceitos) sobre o fenômeno trabalho nos mais diversos ramos do saber a exemplo da psicologia, ciência política, história, antropologia, direito, economia e sociologia. Ao buscarmos a etimologia da palavra trabalho, chegaremos ao termo “tripalium”, instrumento de tortura composto por três paus ou varas cruzadas, usado também em animais de carga. O que dá ao trabalho noção de sofrimento. As línguas européias, antigas e modernas, apresentam duas palavras de etimologia diferente para designar o que, hoje, é a mesma atividade, e conservam ambas a despeito do fato de serem repetidamente usadas como sinônimas (Eu quase que estou ouvindo alguém perguntar: será Prof. Rubem Valente [email protected] 6 AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SOCIOLOGIA DO TRABALHO Prof. RUBEM VALENTE que é mesmo necessário saber isso?... risos... É sim! Pode ter certeza que todas as digressões aqui têm um único objetivo facilitar seu entendimento e possibilidade no acerto das questões). Estas duas palavras são labor e trabalho, estando a primeira relacionada à dor, sofrimento e adversidade e a segunda à atividade executada com as mãos. Da antiguidade esse conceito atravessou os séculos passando pela Idade Média e o Renascimento sempre considerado o trabalho como um sinal de opróbrio, de desprezo e inferioridade. Com a evolução das sociedades, os conceitos alteraram-se e na modernidade o trabalho como maldição cedeu lugar a outros conceitos relacionados com a realização pessoal e social; como fonte de dignidade e enobrecimento, e para alguns argumentos religiosos, transfere-se à idéia do trabalhador como artífice que, à imagem e semelhança de Deus, realiza uma obra. Entretanto, é importante salientar que a sociologia do trabalho é o ramo da ciência que estuda a categoria trabalho em seu aspecto mais abrangente podendo reconhecer essa categoria, simplesmente, como toda atividade desenvolvida com finalidade de atender as necessidades humanas. Por outro lado, fica evidente que encontraremos autores definindo o trabalho de maneiras diferentes, uns tratando do seu caráter de utilidade outros se prendendo ao aspecto econômico ou simplesmente de interação do homem com a natureza. Para Karl Marx, um dos principais pensadores da sociologia clássica, a relação do homem com a natureza se faz na transformação desta através do trabalho; o homem a transforma e, ao mesmo tempo, se transforma, alterando a vida em sociedade. O fundamento essencial para a sobrevivência se dá pela natureza social do homem e pela possibilidade de relacionar-se com outros homens. Georges Friedmann, um dos principais autores da sociologia do trabalho, reforça que é pelo trabalho que o homem, ajudado por instrumentos, modifica seu próprio meio e, em contrapartida, pode modificar-se a si próprio. Para o autor o trabalho quando comporta certa substância e engajamento de personalidade, desempenha um papel fundamental para o equilíbrio do indivíduo, para sua inserção no meio social, para sua saúde física e mental. Entretanto, o trabalho especializado e automatizado leva a uma degradação da personalidade, pois impossibilita ao indivíduo apreender o significado de seu labor, gerando alienação. Já Andre Gorz, um dos principais críticos contemporâneo do tema e autor com presença marcante nas provas da ESAF, destaca que o trabalho está inserido num sistema mais amplo, mais abrangente, a partir do qual se deve entender suas transformações. O trabalho como o entendemos hoje, deve sua natureza, suas funções e seus modos de organização, ao capitalismo. Não é possível pensar as transformações pelas quais está passando o trabalho, sem ter presente as dinâmicas do capitalismo e as características que este assume para Prof. Rubem Valente [email protected] 7 AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SOCIOLOGIA DO TRABALHO Prof. RUBEM VALENTE manter, em tempos de mundialização (globalização para muitos), o controle sobre os trabalhadores. Além disso, Gorz faz excelente leitura acerca do pensamento dos gregos, especialmente a partir das noções de labor e trabalho . Em sua perspectiva, aquilo que nós chamamos de “trabalho” não é rigorosamente nem labor nem trabalho, mas é uma simbiose das duas atividades que, para ele, tem as seguintes características: a) É realizado na esfera pública. Ele sai do esconderijo da esfera privada a que era submetido no mundo antigo e passa a ser realizado no coração do espaço público, à vista de todos. Havia, no mundo antigo, uma certa simetria entre a esfera privada, o mundo da família e a economia. “A maior parte da economia é uma atividade privada que não se desenvolve à luz do dia, na praça pública, mas no seio do domínio familiar”. O “novo” trabalho precisa ser “demandado, definido, reconhecido como útil pelos outros”. b) É um esforço humano remunerado. O trabalho reconhecido como útil pela sociedade é aquele que é remunerado. Esta é a principal característica do trabalho moderno. “Pelo trabalho remunerado (e mais particularmente pelo trabalho assalariado) é que pertencemos à esfera pública, conseguimos uma existência e uma identidade sociais (ou seja, uma “profissão”), estamos inseridos numa rede de relações e intercâmbios na qual nos medimos com os outros e nos são conferidos direitos sobre eles em troca de nossos deveres para com os mesmos”. A transformação do trabalho assalariado no principal elemento de socialização foi responsável não só para que a sociedade industrial se distinguisse de todas as sociedades precedentes, mas para que se autodenominasse como “sociedade de trabalhadores”. c) É fator de exclusão social. É fazendo esta volta ao passado, que Gorz alerta para o fato de que o trabalho necessário para a sobrevivência nunca pôde converter-se num fator de integração social. Ao contrário, sempre funcionou como princípio de exclusão social. E isso porque aqueles que o realizavam sempre eram tidos como inferiores (escravos, mulheres...), pois pertenciam ao reino da necessidade. A satisfação das necessidades excluía da cidadania, pois impedia a participação na polis. Fazendo a distinção entre labor e trabalho, Gorz é capaz de desvendar a incapacidade de libertação no trabalho, uma vez que ele sempre se realiza em condições de poder extremamente desiguais. Temos aqui, meus caros, as linhas teóricas e os conceitos de trabalho mais recorrentes na prova da ESAF. As visões mais importantes colocadas de forma clara e objetiva. Pronto, encerramos o primeiro ponto do edital e fica no ar um questionamento natural de todo concurseiro: Esse assunto é muito cobrado? Se formos considerar, em termos estatísticos, diria que esse assunto é bastante cobrado sim! Prof. Rubem Valente [email protected] 8 AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SOCIOLOGIA DO TRABALHO Prof. RUBEM VALENTE 2.3. Trabalho: Ação, Necessidade e Coerção Como abordado no tópico anterior, muitas vezes o trabalho é considerado por aqueles que o executam um fardo, ou seja, uma imposição, sendo realizado devido a uma tendência objetiva, podendo ser uma satisfação de determinada carência ou ainda a conseqüência de uma necessidade. Assim, podemos descrever três aspectos predominantes que envolvem as relações de trabalho (trabalho enquanto “ação”, trabalho enquanto “necessidade” e trabalho enquanto “coerção”). Esses aspectos do trabalho possuem uma nomenclatura própria na sociologia do trabalho e, por essa razão, mais assusta do que é, verdadeiramente, uma dificuldade. É um ponto tranqüilo, vejamos: Trabalho enquanto Ação O trabalho caracteriza-se ação, segundo Friedmann, quando se alimenta de uma disciplina livremente aceita, como às vezes a do artista, que realiza uma obra sem fôlego, sem ser punido pela necessidade, quando exprime as tendências profundas da personalidade e ajuda a realizar-se. É o trabalho relacionado ao prazer; é o que distingue o homem dos demais animais. Este tipo de atividade pressupõe liberdade, uma vez que corresponde a uma escolha livremente feira, segundo as aptidões da pessoa e pode ter efeitos positivos sobre a personalidade. Percebe-se que o trabalho exercido no dia-a-dia sob a pressão da produção intensa, sob a batuta de ritmos impostos e realizado em ambientes competitivos distancia-se completamente da definição de trabalho como ação, pois não é livremente selecionado e executado. Conclui-se que o trabalho enquanto ação é bem raro de ocorrer.Se pudéssemos transformar o conceito de trabalho enquanto ação, de forma suscinta, diríamos: “ trabalho por que gosto!”. Trabalho enquanto Necessidade. O trabalho entendido como necessidade é um produtor de utilidades (valores de uso), bem como de mercadorias; remete ao estímulo que se possui em adquirir bens pelo trabalho. Neste caso, nossa referência é a necessidade ou sobrevivência física: um trabalho devido ao salário por exemplo. Outro exemplo seria um trabalho numa plantação para subsistência. Tanto os produtos com valor de uso quanto os com valor de troca objetivam suprir necessidades, mas o que é considerado necessidade não é um valor atemporal. A necessidade deve ser contextualizada, pois se altera conforme a Prof. Rubem Valente [email protected] 9 AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SOCIOLOGIA DO TRABALHO Prof. RUBEM VALENTE organização social e o momento histórico considerado.Pode ser resumido na afirmação: “Preciso trabalhar nisso, é uma questão de necessidade.” Trabalho enquanto coerção O trabalho quando forçoso, seja pela consecução de uma necessidade ou carência, caracteriza-se como coerção. É imposto por uma exigência que deve ser atendida. A coerção (compulsão) que caracteriza a atividade de trabalho pode ser de origem externa (como força física, persuasão moral ou coação econômica – esta última sendo a mais freqüente) ou interna (quando provém de um ideal se servir à sociedade ou da necessidade de criação artística, científica ou técnica). Um bom exemplo é o trabalho exercido em condição análoga a de escravo, infelizmente, ainda existente nos tempos atuais.”Tipos de coerção: a força física, o assédio moral, a coação econômica e a coerção decorrente da própria lei. Aquele, por exemplo, que trabalha como mesário nas eleições pode evidenciar um trabalho compulsório, em razão de coerção legal. Como se pode observar, o aspecto compulsório desse trabalho é muito amplo levando, muitas vezes, a confundi-lo com os outros aspectos estudados. De fato, essa divisão é meramente didática podendo coexistir, mais de um desses aspectos, numa mesma relação trabalhista sendo que, em geral, um aspecto sempre se sobressai aos demais. Vejamos o conceito estudado de LABOR, usado na Grécia antiga, que está relacionado ao trabalho de manutenção da vida, a necessidade de sobrevivência e reprodução da espécie humana. É o trabalho com dor, associado ao sofrimento, às dores do parto, ao esforço físico. Na Grécia antiga, onde esta distinção se originou, o LABOR era aquilo que os escravos, as mulheres e os homens, que não eram considerados cidadãos realizavam. É típico da esfera privada, do lar, da família. Vejam que esse conceito condensa os aspectos de necessidade e coercitividade. Trabalho enquanto coerção, portanto, pode ser assim definido: “ trabalho por que sou obrigado.” 2.4. Resumo da Aula (Pontos Conclusivos) Separamos pontos conclusivos que envolvem o conteúdo abordado em aula para que você possa construir uma clara visão acerca dos temas tratados. Senão vejamos: 1Pode-se afirmar que, desde o surgimento dos primeiros grupos humanos, estes não deixaram de se preocupar com a melhor forma de organizar-se para alcançar seus objetivos de sobrevivências. Entretanto, a Sociologia surgiu como uma disciplina autônoma apenas no século XIX (é fruto da modernidade), como Prof. Rubem Valente [email protected] 10 AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SOCIOLOGIA DO TRABALHO Prof. RUBEM VALENTE uma resposta acadêmica às transformações geradas pela introdução do sistema capitalista que foi alavancado pelas Revoluções Burguesas e a Revolução Industrial; 2A Sociologia do Trabalho é um sub-ramo (especialização) da própria sociologia. Existem muitas definições sobre o conceito de sociologia, mas podemos afirmar que a sociologia é uma ciência que estuda as sociedades humanas e as relações entre associações, grupos e instituições. A psicologia e a antropologia, por exemplo, estuda o indivíduo isolado, a sociologia busca entender os fenômenos que ocorrem quando vários indivíduos se encontram em grupos e interagem. O foco da sociologia, portanto, é a sociedade humana em sua estrutura básica, a coesão e a desintegração dos grupos, a transformação ou manutenção da vida social; 3A sociologia do trabalho, por sua vez, dedica-se à análise do trabalho na sociedade moderna em suas mais diversas perspectivas. Os autores clássicos do pensamento sociológico, cada um com sua visão de mundo, apontaram a importância do trabalho e das relações que se construíam a partir dele para o entendimento da sociedade e laçaram as bases para a formação desse ramo de estudos; 4A Sociologia do Trabalho, entretanto, ganhou projeção e autonomia apenas entre as décadas de 40 e 50 do século XX, quando a indústria automobilística havia se tornado a maior empregadora de mão-de-obra, com maior domínio tecnológico sendo que, por outro lado, os sindicatos haviam se tornado extremamente poderosos; 5Para Karl Marx, um dos principais pensadores da sociologia clássica, a relação do homem com a natureza se faz na transformação desta através do trabalho; o homem a transforma e, ao mesmo tempo, se transforma, alterando a vida em sociedade. O fundamento essencial para a sobrevivência se dá pela natureza social do homem e pela possibilidade de relacionar-se com outros homens; 6Georges Friedmann, um dos principais autores da sociologia do trabalho, reforça que é pelo trabalho que o homem, ajudado por instrumentos, modifica seu próprio meio e, em contrapartida, pode modificar-se a si próprio. Para o autor o trabalho quando comporta certa substância e engajamento de personalidade, desempenha um papel fundamental para o equilíbrio do indivíduo, para sua inserção no meio social, para sua saúde física e mental; 7André Gorz destaca as seguintes características do trabalho: a) É realizado na esfera pública. Ele sai do esconderijo da esfera privada a que era submetido no mundo antigo e passa a ser realizado no coração do espaço público, à vista de todos. Havia, no mundo antigo, uma certa simetria entre a esfera privada, o mundo da família e a economia. “A maior parte da economia é uma atividade privada que não se desenvolve à luz do dia, na praça pública, mas no seio do domínio familiar”. O “novo” trabalho precisa ser “demandado, definido, reconhecido como útil pelos outros”. b) É um esforço humano remunerado. O trabalho reconhecido como útil pela sociedade é aquele que é Prof. Rubem Valente [email protected] 11 AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SOCIOLOGIA DO TRABALHO Prof. RUBEM VALENTE remunerado. Esta é a principal característica do trabalho moderno. “Pelo trabalho remunerado (e mais particularmente pelo trabalho assalariado) é que pertencemos à esfera pública, conseguimos uma existência e uma identidade sociais (ou seja, uma “profissão”), estamos inseridos numa rede de relações e intercâmbios na qual nos medimos com os outros e nos são conferidos direitos sobre eles em troca de nossos deveres para com os mesmos”. A transformação do trabalho assalariado no principal elemento de socialização foi responsável não só para que a sociedade industrial se distinguisse de todas as sociedades precedentes, mas para que se autodenominasse como “sociedade de trabalhadores”.c) É fator de exclusão social. É fazendo esta volta ao passado, que Gorz alerta para o fato de que o trabalho necessário para a sobrevivência nunca pôde converter-se num fator de integração social; 8Podemos descrever três aspectos predominantes que envolvem as relações de trabalho (trabalho enquanto “ação”, trabalho enquanto “necessidade” e trabalho enquanto “coerção”). Esses aspectos possuem uma nomenclatura própria na sociologia do trabalho; 9O trabalho caracteriza-se ação, segundo Friedmann, quando se alimenta de uma disciplina livremente aceita, como às vezes a do artista, que realiza uma obra sem fôlego, sem ser punido pela necessidade, quando exprime as tendências profundas da personalidade e ajuda a realizar-se; 10- O trabalho entendido como necessidade é um produtor de utilidades (valores de uso), bem como de mercadorias; remete ao estímulo que se possui em adquirir bens pelo trabalho. Neste caso, nossa referência é a necessidade ou sobrevivência física: um trabalho devido ao salário por exemplo. Outro exemplo seria um trabalho numa plantação para subsistência; 11- A coerção (compulsão) que caracteriza a atividade de trabalho pode ser de origem externa (como força física, persuasão moral ou coação econômica – esta última sendo a mais freqüente) ou interna (quando provém de um ideal se servir à sociedade ou da necessidade de criação artística, científica ou técnica. Nesse caso não é uma vocação). Um bom exemplo é o trabalho exercido em condição análoga a de escravo, infelizmente, ainda existente nos tempos atuais. 2.5. Questões Questão1- (AFT/ESAF 2006) A categoria trabalho, segundo Anthony Giddens (Sociologia, Porto Alegre: Artmed, 2005) significa “a execução de tarefas que requerem o emprego de esforço mental e físico, cujo objetivo é a produção de mercadorias e serviços que satisfaçam as necessidades humanas” (p.306). Baseado nessa concepção de trabalho, assinale a opção correta. a) Pensar a categoria trabalho como se ela equivalesse ao emprego remunerado é uma visão muito simplificada. Prof. Rubem Valente [email protected] 12 AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SOCIOLOGIA DO TRABALHO Prof. RUBEM VALENTE b) A categoria trabalho diz respeito especificamente ao trabalho remunerado. c) A interpretação da categoria trabalho envolvendo o trabalho remunerado e o não-remunerado é muito ampla e errônea. d) O trabalho doméstico e o trabalho voluntário não se enquadram na categoria trabalho. e) Os vários trabalhos que não se ajustam às categorias ortodoxas do emprego formal não se enquadram na categoria trabalho. Comentário O gabarito da questão “1” é a letra “a”. Observe que, a depender da linha teórica abraçada no texto o gabarito poderia mudar, bem como o concurseiro poderia errar essa questão relativamente fácil se observasse um conceito ou opinião pessoal em desacordo com o texto. Cuidado para não misturar conclusões pessoais com a opinião do autor solicitado nas questões. Isso é um erro muito comum nessa disciplina, pois somos partes da sociedade e tendemos a idéias ou pré-noções que podem atrapalhar na hora da prova. A questão também mistura críticas e polêmicas que serão vistas no ponto, “A crise da Sociedade do trabalho”, ao chegarmos nessa aula sugiro que refaça a questão. Questão 02 - Para Bravermann o que distingue o resultado do trabalho humano daquele proveniente da mais organizada das comunidades animais? (a) o emprego de máquinas para transformar os objetos de trabalho. (b) o uso relativo de um esforço menor: são necessárias milhares de formigas para realizar um trabalho simples. (c) a capacidade humana de idealizar o produto de seu trabalho (d) a exclusão social. Comentário O gabarito da questão “2” é letra “c” e revela uma importante distinção, às vezes, exigida em prova além da importância do alerta acima. Questão 03 - Quando o trabalho exprime as tendências profundas da personalidade e a ajuda a realizar-se, podemos dizer que equipara-se: (a) à satisfação de necessidades. (b) à coerção, já que obedece a uma exigência da pessoalidade. (c) à ação. (d) à produção de utilidades. Comentário Sugiro também, que antes da prova visite o site “ibge.gov.br.” e encontrarão conceitos de trabalho em acordo com esse instituto de pesquisa que, Prof. Rubem Valente [email protected] 13 AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SOCIOLOGIA DO TRABALHO Prof. RUBEM VALENTE periodicamente, atualiza suas informações de pesquisa e conceitos, frise-se, que estes dados costumam ser reproduzidos na prova da ESAF. O gabarito da terceira questão é letra “c”. Trabalho enquanto ação é aquele que revela a vocação; uma tendência profunda personalidade. Questão 04 - Podemos dizer que o trabalho enquanto necessidade: (a) é livremente selecionado e executado. (b) é imposto por uma tendência que necessita ser atendida. (c) se revela um produtor de utilidades (valores de uso), bem como de mercadorias. (d) exigiu a introdução de práticas gerenciais. Comentário O gabarito da questão 4 também é letra “c”, visto que o trabalho enquanto necessidade , induvidosamente, é produtor de utilidades. Questão 05 - O trabalho executado que venha a suprir uma necessidade pode ao mesmo tempo ser considerado, conforme a razão que animou a sua realização: (a) uma ação ou uma coerção. (b) produtivo ou improdutivo. (c) remunerado ou não-remunerado. (d) fator de integração ou exclusão social. Comentário A resposta da questão 5 é letra “a” visto que se a necessidade for interna, um tendência da personalidade, é trabalho “ação”, enquanto que se a necessidade for externa, por exemplo, um alistamento militar obrigatório, o trabalho seria “coerção ou compulsão”. Importante não confundir esses dois institutos. Esse último tema (trabalho, ação, necessidade e coerção) tem sido pouco cobrado, entretanto, já há algumas edições que ele não foi exigido o que, de alguma forma, aumenta um pouco suas chances de cair, tendo em vista que houve recente alteração no edital eliminando alguns temas menos importantes sendo que esse tema permaneceu no último edital da ESAF. 3. O plano de aulas Ao todo, teremos 7 (sete) aulas, incluindo esta Aula Demonstrativa, cuja disposição dos conteúdos exigidos no certame está distribuída assim: Prof. Rubem Valente [email protected] 14 AUDITOR FISCAL DO TRABALHO SOCIOLOGIA DO TRABALHO Prof. RUBEM VALENTE AULA DATA Inaugural XX/XX/2014 O Conceito de Trabalho. necessidade e coerção. 02 xx/xx/2014 O trabalho no pensamento clássico. A divisão social do trabalho. Exploração e Alienação. 03 xx/xx/2014 Trabalho e Progresso Técnico. Divisão do trabalho e distribuição de tarefas. Processo de trabalho e organização de trabalho. Trabalho parcial e integral. Trabalho artesanal, manufatura e grande indústria. A crise da sociedade do trabalho. O determinismo tecnológico. 04 xx/xx/2014 População e Emprego. População, população ativa e população ocupada. 05 xx/xx/2014 Trabalho e empresa. Poder e decisão na empresa. Estrutura e organização da empresa. A classe dirigente. 5. Valores e atitudes. Os valores do Trabalho. Trabalho e remuneração. O sistema de assalariamento. 06 xx/xx/2014 07 Xx/xx/2014 Assunto Trabalho: ação, A ação sindical e sua tipologia. Greves e conflitos trabalhistas. Módulo especial com questões inéditas e concursos anteriores, com alto grau complexidade, comentadas. de de Importante destacar, também, que ao final de cada aula sempre alinhamos o conhecimento teórico a questões exemplificativas, inéditas ou de concursos anteriores; comentando os exercícios e fazendo associações com o assunto abordado. Além disso, resumimos todas as nossas aulas em pontos conclusivos para tornar a matéria mais objetiva além montarmos uma aula especial (a aula 7), com questões de alta complexidade. Tudo isso para deixar o concursando “super afiado”. Siga esse roteiro e estará um passo a frente para se tornar Auditor Fiscal do Trabalho. Assim, estimado concursando, será um imenso prazer conduzi-lo com objetividade, sem perder a profundidade inerente aos temas, no aprendizado de assuntos tão importantes para sua prova quanto para o desempenho do seu futuro cargo de Auditor Fiscal do Trabalho. Conte comigo e saiba que suas dúvidas poderão ser respondidas em nosso fórum. Prof. Rubem Valente [email protected] 15