2º trimestre 2014 - Fundação João Pinheiro

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2º TRIMESTRE | 2014
A Fundação João Pinheiro (FJP), através do Centro de Estatística e Informações (CEI), apresenta
neste informativo os resultados comentados do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais
para o segundo trimestre de 2014.
O PIB trimestral de Minas Gerais é calculado pela Fundação João Pinheiro com metodologia
própria, desenvolvida segundo as recomendações adotadas pelo IBGE nas Contas Nacionais e
Regionais do Brasil.1 Estes cálculos são sempre e normalmente revistos, em trabalho conjunto
com o IBGE, com dois ajustes principais: 1) atualização da estrutura de ponderação das
atividades econômicas no valor adicionado da economia do Estado;2 e 2) substituição de
projeções ou valores preliminares nas séries de dados primários utilizados no cômputo do PIB
trimestral por valores consolidados. Os procedimentos de revisão são semelhantes aos
adotados pelo IBGE no que diz respeito às Contas Nacionais, e os resultados definitivos são
divulgados usualmente com defasagem de dois anos.
1
IBGE, Coordenação das Contas Nacionais (CONAC). Sistema de Contas Nacionais: Brasil. Rio de Janeiro, IBGE: 2008;
Contas Regionais do Brasil. Rio de Janeiro, IBGE: 2008; e Contas Nacionais Trimestrais. Rio de Janeiro, IBGE: 2008.
2
Em novembro de 2013, a FJP divulgou os resultados anuais do PIB de Minas Gerais calculados em conjunto com o
IBGE, referentes a 2011. Cf. em: http://www.fjp.mg.gov.br/index.php/produtos-e-servicos1/2745-produto-internobruto-de-minas-gerais-pib-2. Desde o terceiro trimestre de 2012, além da usual revisão de todas as séries (PIB e
valores adicionados setoriais) para o período compreendido entre o primeiro trimestre de 2010 e o segundo
trimestre de 2012, decidiu-se promover também uma revisão com aperfeiçoamentos metodológicos no período
completo (desde o primeiro trimestre de 2002) para os setores: agropecuário, indústria da transformação,
construção civil, comércio, aluguéis e atividades do setor imobiliário, administração pública e impostos sobre
produtos.
FAPEMIG
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO
SÍNTESE DOS RESULTADOS: PIB TRIMESTRAL DE MINAS GERAIS
O nível de atividade econômica em Minas Gerais apresentou contração nos meses de
abril, maio e junho de 2014, na comparação com o trimestre anterior: a queda no PIB
estadual foi de -2,5%, enquanto a economia nacional retraiu -0,6%, na série com ajuste
sazonal (Gráfico 1).
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP) – Centro de Estatística e Informações (CEI). Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Contas Nacionais Trimestrais.
A redução do nível de atividade em Minas, no entanto, não foi homogênea. O setor
agropecuário apresentou uma ligeira queda (-0,5%), enquanto o Valor Adicionado bruto do
setor de serviços registrou retração de -1,1% e a indústria, de -5,0%. No país, a atividade
agropecuária manteve-se praticamente estável (0,2%), enquanto na indústria e nos serviços
houve decréscimo de respectivamente -1,5% e -0,5% (Tabela 1).
2
De acordo com os resultados das Contas Regionais de Minas Gerais, no segundo trimestre de
2014 o PIB estadual ficou abaixo do volume registrado no mesmo trimestre de 2013 ( --1,8%),
seguindo o movimento ocorrido no plano nacional (-0,9%). (Tabela 2).
3
Já no acumulado do primeiro semestre de 2014 se observa uma conjuntura de estagnação do
PIB, tanto em nível estadual quanto no nacional: o PIB do Estado cresceu 0,3% na comparação
com igual período do ano passado, enquanto no país a taxa foi de 0,5%.
Na desagregação entre os grandes setores de atividade, o decréscimo (-2,5%) da produção
agropecuária em Minas contrasta com a expansão (1,2%) do setor em âmbito nacional; por
outro lado, na indústria a retração do Valor Adicionado no Estado (-0,7%) foi menos severa
que no país (-1,4%); nos serviços a evolução do volume produzido foi semelhante, de
respectivamente 1,2% e 1,1% (Tabela 3).
AGROPECUÁRIA
A produção da agricultura, da extração vegetal e da silvicultura é sujeita a acentuadas
oscilações no curto prazo, em função da sua forte exposição a fatores climáticos e significativas
alterações nos preços, tanto dos produtos quanto dos insumos que compõem o consumo
intermediário da atividade. No segundo trimestre de 2014 houve pequena variação negativa
no Valor Adicionado da agropecuária mineira, de -0,5% em relação ao trimestre
imediatamente anterior. No conjunto da economia nacional houve, praticamente, estabilidade
no volume agregado pelo setor na série com ajuste sazonal, tendo em vista que a expansão
observada foi bastante modesta, de apenas 0,2% (Gráfico 2).
4
Em Minas Gerais, a realização da produção agrícola no segundo trimestre resultou na colheita
das seguintes lavouras: primeira safra do milho, 79% colhido; café robusta e segunda safra do
feijão e da batata-inglesa (60%); amendoim (53%); mandioca (51%); café arábica (45%); canade-açúcar (43%); arroz (41%); laranja (40%); soja (39%); tomate (35%); banana (33%); algodão
herbáceo (28%), abacaxi (27%); coco-da-baía (25%) e uva (15%). Em menor proporção,
também houve colheita da mamona, da cebola e do restante da primeira safra de batatainglesa (Gráfico 3).
Em relação às culturas listadas no Gráfico, têm peso significativo no valor de produção agrícola
do Estado o café (mais de 1/3), a cana-de-açúcar (aproximadamente 1/6), o milho e a soja
(aproximadamente 8% cada), a banana, o feijão e a batata-inglesa (aproximadamente 6%
cada).
No caso desta lista de produtos, a previsão de safra para o ano de 2014 projeta variação
positiva (em relação à safra de 2013) e desempenho superior do Estado em relação ao Brasil
apenas para a cana-de-açúcar: estimativa de expansão de 1,4% em Minas contra um acréscimo
de 0,3% para o conjunto da economia nacional.
5
Fonte: Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias de Minas Gerais (GCEA-MG).
3
Para as demais culturas, projeta-se desempenho inferior do Estado frente à economia
brasileira e isto ajuda a explicar a diferença na variação do volume do Valor Adicionado neste
segundo trimestre pelo setor agropecuário nas duas regiões, negativo em Minas e
ligeiramente positivo na economia nacional na análise da série com ajuste sazonal.
De fato, estimaram-se as seguintes variações anuais em 2014 para a produção do estado e
para a nacional, respectivamente: -15,8% e -9,6% (milho primeira safra); -4,8% e 1,1% (batatainglesa segunda safra); -13,8% e 10,6% (feijão segunda safra); -1,5% e 6,1% (soja); -6,3% e 4,6%
(banana). Também no caso do arroz, da mandioca, do algodão herbáceo e da uva a expectativa
de variação da safra é desfavorável em Minas Gerais comparativamente à economia nacional
(Tabela 4).
3
Coordenado pelo Escritório Regional do IBGE em Minas Gerais, participam do Grupo as seguintes
instituições: CEASA-MG, CONAB, EMATER, EPAMIG, FAEMG, FJP, IMA, Ministérios da Agricultura e do
Desenvolvimento Agrário, e SEAPA.
6
Em relação à cafeicultura, ao agregar o café arábica (espécie predominante em Minas Gerais)
com o canephora, a produção esperada para 2014 em Minas Gerais é 12,7% menor do que a
safra de 2013, conforme dados do IBGE, em função principalmente da escassez e da
irregularidade das chuvas, que vêm causando sérios danos às lavouras de café, atingidas na
fase de formação e enchimento de grãos. Como o café é o produto com maior peso na pauta
agrícola estadual, pode-se inferir que essa queda afetou significativamente o resultado do
setor agropecuário no segundo trimestre deste ano.
Na pecuária as expectativas para o final do ano são positivas. É o que indicam as taxas
preliminares de crescimento real de alguns produtos deste setor projetadas para Minas Gerais
7
pelo CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP (sob demanda
da SEAPA - Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da FAEMG –
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais) e para o Brasil (sob demanda
da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária). A previsão de crescimento para bovinos em
Minas Gerais (de 16,7%) é significativamente maior do que para o Brasil (1,1%). O mesmo
acontece com o leite, cujos levantamentos preveem um crescimento de 17,0% em Minas e de
14,2% no país (Gráfico 4).
A expectativa para 2014, portanto, é de que Minas Gerais tenha um desempenho
superior ao da pecuária nacional, sobretudo em função dessas duas atividades, que
têm grande importância no valor adicionado do agronegócio mineiro.
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INDÚSTRIA
A economia brasileira apresentou o quarto trimestre consecutivo com queda no nível da
atividade industrial. Especificamente no segundo trimestre de 2014, a queda no volume do
valor adicionado pelo conjunto das atividades industriais do Brasil foi de -1,5%. Em Minas
Gerais, após um crescimento de 1,1% no nível de atividade industrial no primeiro trimestre de
2014, o Estado registrou uma queda de -5,0% neste segundo trimestre na série com ajuste
sazonal (Gráfico 5).
O movimento observado na atividade industrial do país nos últimos trimestres tem sido
marcado pela instabilidade em diversos ramos produtivos, com descompassos entre a
produção e acúmulo de estoques indesejados em razão de um ritmo cada vez mais modesto
de consumo. A partir do segundo trimestre de 2014, este descompasso vem se tornando cada
vez mais preocupante.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), importante componente da ótica da demanda e que
funciona como “termômetro” dos movimentos futuros de recuperação, tem apresentado
sinais de enfraquecimento no Brasil. De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais, a
queda na FBCF no segundo trimestre de 2014 foi de -5,3% em relação ao primeiro
trimestre do ano.
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Essa afirmação é confirmada pela contração ocorrida no volume do Valor Adicionado pela
indústria de transformação no segundo trimestre de 2014 em relação ao trimestre
imediatamente anterior, de -2,4% nos ramos produtivos da indústria manufatureira nacional e
de -3,7% na manufatura do estado (Gráfico 6).
As estimativas da Fundação João Pinheiro para as séries com ajuste sazonal do índice de
volume de produção física em Minas Gerais4 revelou que as contrações foram mais intensas no
segundo trimestre de 2014 exatamente nos segmentos industriais vinculados ao nível de
investimento da economia: máquinas e equipamentos (-6,8%) e fabricação de veículos
automotores (-17,9%). No caso da indústria automobilística a variação negativa ainda se
explica pela concessão de férias coletivas pela Fiat no mês de abril e a queda no ritmo de
vendas, tanto no mercado interno quanto no externo.5
Também se observa retração na produção nos seguintes segmentos da indústria mineira no
segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre imediatamente anterior: fabricação de
produtos de minerais não-metálicos (-6,3%); metalurgia (-5,2%); produtos têxteis (-5,1%);
produtos de metal exclusive máquinas e equipamentos (-2,2%); e, por último, fabricação de
celulose, papel e produtos de papel (-0,9%).
4
O IBGE não divulga séries com ajuste sazonal para os segmentos específicos da PIM-PF. Por este motivo resolveuse calcular as médias trimestrais do índice de produção física industrial para cada um dos doze segmentos em que a
amostra da PIM-PF regional é representativa para o estado de Minas Gerais – desde o primeiro trimestre de 2002
até o segundo trimestre de 2014. Com as médias trimestrais calculadas, a série obtida foi submetida ao mesmo
procedimento de extração das séries com ajuste sazonal do PIB trimestral.
5
Ver notícia: “Fiat e Volkswagen dispensam 2,2 mil trabalhadores”, ESTADÃO, edição de 24/04/2014:
<http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,fiat-e-volkswagen-dispensam-2-2-mil-trabalhadores,182883e>,
acesso em: 08/09/2014.
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Por outro lado, em alguns segmentos da chamada indústria “leve” e na indústria química
houve aumento no ritmo de produção no trimestre de referência. Destacam-se a forte
expansão para produtos do fumo (25,4%), produtos químicos incluindo fertilizantes e
defensivos agrícolas (9,5%), produtos alimentícios (4,9%), fabricação de coque e derivados do
petróleo (3,5%) e, em menor intensidade, fabricação de bebidas (0,4%).
Na indústria extrativa mineral, a perda de dinamismo da demanda mundial por minério de
ferro e a manutenção dos preços reduzidos no mercado internacional, tem dificultado a
previsão de evolução do mercado e, consequentemente, o ajuste da produção com a
otimização dos estoques. Em larga medida, a forte retomada do volume produzido no primeiro
trimestre (7,6%), associada à queda na demanda internacional, provocou acúmulo de estoques
indesejados e induziu o ajuste da produção no segundo trimestre. Como resultado, em Minas,
onde o setor é dominado pela produção do minério de ferro, o volume de valor adicionado
sofreu uma retração (-7,6%) no período. No âmbito nacional, a extração de petróleo
predomina sobre a produção de minério de ferro, o que permitiu uma expansão (3,2%) do
nível de atividade no agregado da indústria de extração mineral (Tabela 5).
A construção civil é a atividade cuja cadeia produtiva vem experimentando maior contração
neste ano de 2014, em função da finalização do processo de digestão do ciclo de crédito
iniciado ainda na década passada sobre a dinâmica de absorção de ativos com longo período
de produção. O resultado do segundo trimestre foi bastante negativo tanto no Brasil (-2,9%)
quanto no Estado (-2,6%) (Tabela 5).
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Na produção e distribuição de energia elétrica, água e saneamento, uma segunda temporada
consecutiva com precipitações pluviométricas muito abaixo das médias históricas induziu uma
nova rodada, em 2014, de operação das usinas hidroelétricas em patamar de geração próximo
do mínimo permitido por suas características técnicas, inclusive como medida preventiva para
evitar que os lagos dos reservatórios chegassem ao final do ano esvaziados. A importância de
Minas no parque hidrelétrico do país e a concentração dos efeitos climáticos na região Sudeste
ajudam a explicar a diferença na escala em que ocorreu contração do nível de atividade
setorial no segundo trimestre, entre o resultado no Estado (-8,2%) e no país (-1,0%) (Tabela 5).
Na comparação do volume de Valor Adicionado no segundo trimestre de 2014 com igual
período no ano passado, a indústria extrativa mineral registrou expansão de 1,0% em Minas.
No cenário nacional, a retomada da produção de petróleo contribuiu para um resultado bem
mais favorável, de 8,0% (Tabela 6).
Na indústria de transformação, houve retração de, respectivamente, -7,1% e -5,5%; na
construção civil, -6,3% e -8,7%; e na produção e distribuição de eletricidade, agua, saneamento
e limpeza urbana houve decréscimo (-3,1%) no estado e pequena variação positiva (1,0%) no
país (Tabela 6).
Analisando o volume de Valor Adicionado acumulado ao longo do ano, que corresponde ao
resultado do primeiro semestre de 2014 (e que serve de base para as projeções do resultado
anual deste ano), nota-se que a indústria nacional apresentou uma retração (-1,4%) duas vezes
maior do que a da indústria de Minas Gerais (-0,7%) (Tabela 7).
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Essa queda, tanto em Minas como no Brasil, foi provocada pela retração da indústria da
transformação (-3,2% e -3,1% respectivamente) e da construção civil (-3,6% e -4,9%). O
desempenho da indústria da transformação em Minas Gerais foi afetado principalmente pelo
desempenho negativo da indústria automobilística, explicado em boa parte pela queda no
ritmo de vendas, tanto no mercado interno quanto no externo. Já a construção civil vem sendo
afetada pela desaceleração no ritmo de expansão da oferta de crédito.
Por outro lado, a indústria extrativa mineral apresentou forte expansão no Estado no primeiro
semestre de 2014 (5,6%) em relação a igual período do ano anterior, similar ao movimento
observado no país (6,8%). Nas atividades de utilidade pública do setor de energia e
saneamento, Minas Gerais registrou crescimento de 5,2%, ao passo que o desempenho
nacional foi de 3,1%.
SERVIÇOS
A diminuição do ritmo de criação de novos empregos e dos ganhos reais de remuneração da
população trabalhadora afetou a produção de serviços para o consumo das famílias. Além
disso, em particular o comércio foi prejudicado pelo menor número de dias úteis durante a
realização da Copa do Mundo; ao mesmo tempo, durante o segundo trimestre a produção de
serviços para o consumo intermediário do setor corporativo também se ressentiu do
esfriamento das atividades voltadas para o atendimento da demanda final.
13
A consequência desses movimentos foi a (incomum) interrupção do crescimento, em volume,
do valor adicionado nos serviços tanto em Minas quanto no Brasil, com variações negativas de,
respectivamente, -1,1% e -0,5% (Gráfico 7).
Especificamente no caso de Minas Gerais, a retração (-4,7%) do volume de produção dos
serviços de transportes teve uma contribuição relevante para o resultado negativo do setor. O
modal de transporte ferroviário de carga foi o mais afetado, em função do menor volume de
minério de ferro embarcado para fora do estado. No país, o nível de atividade dos serviços de
transportes, armazenamento e correios não se alterou no segundo trimestre (Tabela 8).
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O comércio também apresentou contração no período, tanto no Estado (-2,1%) quanto no
plano nacional (-2,2%), como reflexo do quadro de contenção da quantidade de transações
econômicas realizadas no mercado.
Vale também notar que o agregado “outros serviços”, que inclui os serviços de intermediação
financeira, de informação e comunicação, demais serviços prestados às empresas, alojamento
e alimentação, saúde e educação mercantis, serviços domésticos e serviços associativos e
prestados às famílias, também apresentou retração no volume de atividade realizada no
segundo trimestre tanto em Minas Gerais (-1,7%) quanto no país (-0,3%) (Tabela 8).
O nível de produção dos serviços imobiliários e de aluguel (inclusive o aluguel imputado) teve
expansão semelhante em Minas Gerais (0,8%) e no país (0,6%). Já nos serviços da
administração pública (inclusive saúde e educação públicas) o nível de produção manteve-se
praticamente inalterado.
Na comparação do volume de Valor Adicionado dos Serviços no segundo trimestre de 2014
com o mesmo período do ano passado, verificou-se que o movimento conjuntural da
economia anulou boa parte do avanço em que se havia posicionado este indicador no final de
2013 e início do corrente ano. Como resultado, o Valor Adicionado setorial no segundo
trimestre foi apenas ligeiramente superior ao de 2013 no Estado (0,3%) e no país (0,2%)
(Tabela 9).
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No acumulado ao longo do ano (comparação do primeiro semestre com igual período do ano
anterior), o volume de valor adicionado setorial ainda está significativamente acima do
registrado para 2013, tanto no estado (1,2%) quanto no país (1,1%) (Tabela 10).
Por subsetores das atividades de serviços, nota-se que o comércio cresceu 0,2% em Minas
Gerais, contra uma redução de -0,2% no país. Nos transportes, o crescimento no estado (5,9%)
também superou o registrado no país (2,4%), mesma situação observada nos serviços
imobiliários e de aluguéis (3,1% e 1,8% respectivamente). Já nos subsetores da administração
pública (0,5% e 1,6%) e no “outros serviços” (-0,8% e 0,8%) o desempenho nacional superou o
do Estado.
É permitida a reprodução dos dados publicados, desde que citada a fonte
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