condições de aderência pneu/pavimento

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: MANUTENÇÃO DE PAVIMENTOS
Avaliação dos Pavimentos Flexíveis:
Condições de Aderência Pneu/Pavimento
Prof.: Raul Lobato
Aula 04
• Avaliação das condições de aderência pneu/pavimento:
•
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•
Segurança Viária;
Aderência pneu-pavimento;
Textura superficial do pavimento;
Forças de Atrito;
Tipos de Superfície;
Interação Pneu-Pista Molhada;
Medidas de textura;
Drenabilidade;
Medidas de atrito;
International Friction Index - IFI
Segurança viária
PISTAS
MOLHADAS
MENOR
RESISTÊNCIA À
DERRAPAGEM
ACIDENTES
Segurança viária
SINALIZAÇÃO
PAVIMENTO
COMPORTAMENTO
HUMANO
Segurança viária
Características físicas da rodovia que devem ser estudadas para
se garantir medidas preventivas de segurança viária:
•
•
•
•
•
BURACOS NA PISTA;
DESNÍVEL ENTRE FAIXA E ACOSTAMENTO;
FORMAÇÃO DE ESPELHOS D’ÁGUA;
PRESENÇA DE CASCALHO SOLTO NA PISTA;
RESISTÊNCIA À DERRAPAGEM.
ADERÊNCIA
PNEU/PAVIMENTO
Aderência pneu-pavimento
O TERMO ADERÊNCIA REFERE-SE AO LIMITE DE ATRITO, DESENVOLVIDO ENTRE
OS PNEUS DO VEÍCULO E A SUPERFÍCIE DA CAMADA DE ROLAMENTO DO
PAVIMENTO, QUE ASSEGURA A MOBILIDADE E DIRIGIBILIDADE DO VEÍCULO.
A aderência da superfície de um pavimento é determinada pela textura
que esta possui. A melhor forma de obter a caracterização de uma
superfície é avaliando sua textura. A textura é usualmente classificada
em:
• Microtextura;
• Macrotextura;
• Megatextura.
Faixas de Textura
Faixas de Textura
Textura Superficial do Pavimento
MICROTEXTURA: GRAU DE RUGOSIDADE OU ASPEREZA DOS AGREGADOS
UTILIZADOS NA MISTURA ASFÁLTICA (RUGOSIDADE IDENTIFICADA A NÍVEL
MICROSCÓPICO)
Essa faixa de textura do pavimento varia principalmente de acordo com
as características mineralógicas e estruturais do agregado que foi
utilizado para a mistura asfáltica. A microtextura é considerada a
principal responsável na resistência a derrapagem em velocidades
baixas.
RUGOSA
POLIDA
Textura Superficial do Pavimento
MACROTEXTURA: DEFINIDA PELA FORMA, TAMANHO E GRADUAÇÃO DOS
AGREGADOS E DA MISTURA DO PAVIMENTO ASFÁLTICO (RUGOSIDADE VISÍVEL A
OLHO NU)
É a maior responsável pela aderência entre o pneu e o pavimento
(inclusive em altas velocidades). Também é responsável por DRENAR a
água sobre o pavimento de modo que não se acumule sobre a
microtextura, permitindo a aderência entre o pneu e o pavimento. É
MODIFICADA ao longo do tempo, geralmente sofrendo decréscimo de
suas propriedades pelo DESGASTE do agregado, DENSIFICAÇÃO do
revestimento, DESAGREGAÇÃO e pela RECOMPACTAÇÃO em função da
ação do tráfego.
ABERTA
FECHADA
Textura Superficial do Pavimento
Megatextura e Irregularidade interferem apenas nas condições de
rolagem do veículo, tais como contato com veículo com o pavimento e
a estabilidade direcional do mesmo.
MEGATEXTURA: EM GRANDE PARTE DEFINIDA COMO PEQUENAS
DESAGREGAÇÕES E DEFORMAÇÕES NA SUPERFÍCIE DO PAVIMENTO.
IRREGULARIDADE LONGITUDINAL: CONJUNTO DOS DESVIOS INDESEJÁVEIS DA
SUPERFÍCIE DO PAVIMENTO EM RELAÇÃO A UM PLANO DE REFERÊNCIA
Força de atrito
Força tangencial resistente na interface entre dois corpos, sob a ação
de uma força externa, um corpo move-se ou tende a mover-se em
relação ao outro
ADESÃO
RESULTA
DA
RESISTÊNCIA
AO
CISALHAMENTO QUE SE DÁ NA ÁREA DE
CONTATO ENTRE A SUPERFÍCIE DO PNEU E
A DO PAVIMENTO. ESSA FORÇA ADESIVA
DIMINUI SE AS SUPERFÍCIES DE CONTATO
FOREM
SEPARADAS
POR
ALGUM
CONTAMINANTE. SE RELACIONA COM A
MICROTEXTURA DO PAVIMENTO
HISTERESE
RESULTADO DA PERDA DE ENERGIA DEVIDO
A DEFORMAÇÃO DO PNEU SOBRE A
TEXTURA DO PAVIMENTO. A PERDA DE
ENERGIA QUE SE DÁ EM FORMA DE CALOR,
DEIXA UMA FORÇA DE ATRITO QUE AJUDA
A PARAR O MOVIMENTO. NÃO SOFRE
INFLUÊNCIA DE CONTAMINANTES. SE
RELACIONA COM A MACROTEXTURA.
Força de atrito
Tipos de Superfície
RUGOSA E ABERTA: APRESENTA UM ELEVADO ATRITO POR
ADESÃO E HISTERESE, CARACTERIZANDO UM PAVIMENTO
QUE APRESENTA BOAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA MESMO
NA PRESENÇA DE FLUIDOS CONTAMINANTES NA PISTA
Tipos de Superfície
RUGOSA E FECHADA: OFERECE NÍVEIS ADEQUADOS DE
ADERÊNCIA EM PISTA SECA, ONDE O ATRITO POR ADESÃO É
SUFICIENTE. PORÉM, EM PISTAS MOLHADAS, OS NÍVEIS DE
ATRITO ADEQUADOS PODEM NÃO SER ATINGIDOS SOB
ALTAS VELOCIDADES
Tipos de Superfície
POLIDA E ABERTA: OFERECE UMA BOA CAPACIDADE DE
ESCOAMENTO, DEVIDO A SUA MACROTEXTURA, PORÉM BAIXOS
ÍNDICES DE ATRITO POR ADESÃO. NESSE TIPO DE TEXTURA A
ADERÊNCIA É PRORCIONADA PELO ATRITO POR HISTERESE, O QUE
TAMBÉM INDICA UM BOM DESEMPENHO EM CONDIÇÕES DE PISTA
MOLHADA
Tipos de Superfície
POLIDA E FECHADA: CARACTERIZA PAVIMENTO QUE JÁ ATINGIRAM
SEU LIMITE FUNCIONAL E DEMANDAM ALGUMA INTERVENÇÃO. OS
NÍVEIS DE ATRITO TANTO POR ADESÃO QUANTO POR HISTERESE
ENCONTRAM-SE ABAIXO DO IDEAL EM CONDIÇÕES DE PISTA SECA E
MOLHADA.
Tipos de Superfície
Interação Pneu-Pista molhada
PISTA MOLHADA = PRESENÇA DE FLUIDO CONTAMINANTE
ÁGUA
GELO FUNDENTE
NEVE FUNDENTE
ATRITO PISTA SECA > ATRITO PISTA MOLHADA
QUANTO MAIOR A VELOCIDADE, MENOR O TEMPO E A
SUPERFÍCIE DE CONTATO
HIDROPLANAGEM: PERDA DO CONTATO ENTRE AS SUPERFÍCIES DO PNEU E DO
PAVIMENTO DEVIDO A PRESENÇA DE UM FLUIDO CONTAMINANTE
Medidas de Textura
•
•
•
•
•
•
•
Mancha de areia;
Mancha de graxa (Grease Patch)
Perfilômetros Laser;
Circular Track Meter – CT Meter;
Mini Texture Meter;
Drenabilidade (Outflow);
Drenômetro LTP-EPUSP.
Método da Mancha de Areia
Consiste no espalhamento de um VOLUME PRÉ-DETERMINADO de
areia ou esferas de vidro sobre o pavimento de modo a preencher os
vazios da macrotextura. A profundidade é obtida pela razão do volume
de areia pela área de espalhamento.
Normativas:
• ASTM E-965 - 2006;
• Mode Opératoires du Laboratoire Central dês Ponts et Chaussés – Mesure de
la Profondeur 40 au Sable – Mode Opératoire RG-2/Paris -1971;
• IAC 4302 – DAC – 2001.
Método da Mancha de Areia: procedimento
Materiais:
• Areia limpa e seca com granulometria passando na peneira #50 (60) e
sendo retida na #100 (80);
• Cilindro metálico com volume interno de 24.000 (25.000) mm³;
• Carimbo espalhador;
• Régua milimetrada.
O procedimento de ensaio, inicialmente, consiste em determinar a
área de teste, devendo esta estar homogênea e estar completamente
seca, e todas as impurezas removidas com o auxílio de escovas
Método da Mancha de Areia: procedimento
Método da Mancha de Areia: procedimento
Após a limpeza da superfície a areia é despejada e em seguida é espalhada
com o carimbo de maneira uniforme e em formato circular, até que toda a
areia preencha os vazios do pavimento. Em seguida são realizadas quatro
medidas em milímetros (aproximadamente igualmente espaçadas) do
diâmetro do círculo formado.
Método da Mancha de Areia: procedimento
Método da Mancha de Areia: procedimento
A média desses quatro valores será utilizada para o cálculo da área, sendo
então possível determinar a profundidade da macrotextura através da
equação.
𝑉
4×𝑉
𝐻𝑠 = =
𝐴 π × 𝐷²
Sendo:
Hs: altura da mancha de areia (mm);
V: volume de areia (25.000 mm³);
D: diâmetro médio da mancha de areia (mm).
Método da Mancha de Areia: procedimento
O próximo passo será o cálculo do valor final da profundidade média da
macrotextura do pavimento para uma determinada UNIDADE AMOSTRAL.
Este cálculo consiste em determinar a média aritmética dos valores de Hs.
Pela equação:
𝑛
𝑖=1 𝐻𝑠𝑖
𝑇𝑥 =
𝑁𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑑𝑖çõ𝑒𝑠
Sendo:
Tx: valor final da macrotextura do pavimento (mm);
Hsi: valor parcial de macrotextura (mm).
Método da Mancha de Areia: procedimento
Método da Mancha de Areia: procedimento
Método da Mancha de Graxa (Grease Patch)
Trata-se de uma variação do método da Mancha de Areia,
sendo mais utilizado em pavimento de AEROPORTOS. O
procedimento consiste em preencher os vazios da textura
superficial do pavimento com um VOLUME CONHECIDO de
16.000 mm³ de graxa de uso geral. Demarca-se a área de
ensaio com duas fitas adesivas paralelas, espaçadas em 10 cm,
e como limite emprega-se uma terceira fica adesiva
perpendicular fechando um dos extremos.
*A técnica foi desenvolvida na NASA Langley Research Center
Método da Mancha de Graxa (Grease Patch)
A superfície é limpa com o auxílio de uma escova de mão macia e a
graxa é espalhada sobre a superfície seca por meio de um pequeno
rodo, preenchendo os vazios da superfície e formando uma área final
de formato retangular.
Método da Mancha de Graxa (Grease Patch)
Mede-se o comprimento do retângulo com aproximação visual de 5
mm. Calcula-se a área coberta e obtém-se a profundidade média da
textura.
𝑉
𝐻𝑔 =
𝐴
Sendo:
Hg: altura da mancha de graxa (mm);
V: volume de areia (16.000 mm³);
A: área do retângulo da mancha de graxa (mm²).
Método da Mancha de Graxa (Grease Patch)
Perfilômetro a Laser
O perfilômetro a Laser pode ser instalado em equipamentos
estacionários sobre uma viga onde o laser é acionado por um motor ou
empurrado a mão, ou ser montado em um veículo que se desloca a
velocidades de até 72 km/h. De um modo geral, esses equipamentos
atuam projetando um raio (laser) sobre um ponto do pavimento e um
receptor, situado na viga, mede a altura desse ponto sobre o
pavimento.
Normativa: ASTM E-1845
Perfilômetro a Laser
Circular Track Meter – CT Meter
É um EQUIPAMENTO A LASER, que mede o perfil do pavimento de uma
ÁREA CIRCULAR com 284 mm de diâmetro e 892 mm de
circunferência. O equipamento é controlado por um computador
portátil. O CT Meter produz resultados comparáveis ao ensaio de
MANCHA DE AREIA com forte correlação.
Normativa: ASTM E-2157
Circular Track Meter – CT Meter
Mini Texture Meter
Este equipamento pode ser usado
para medir a textura da superfície de
rodovias, aeroportos e calçadas. É
OPERADO MANUALMENTE, a uma
velocidade entre 3 e 6 km/h
(VELOCIDADE DE CAMINHADA) ou
acoplado em um veículo. O
EQUIPAMENTO A LASER projeta
uma luz sobre a superfície avaliada,
que reflete e mede a distância até a
superfície. O equipamento fornece
os resultados impressos.
Drenabilidade
A drenabilidade do pavimento pode ser definida como a CAPACIDADE
DE EXPULSAR A ÁGUA que recebe pela superfície, por meio de
microcanais formados pela macrotextura. A capacidade drenante do
pavimento pode ser obtida realizando-se o ENSAIO DE
DRENABILIDADE, que afere o TEMPO que determinado VOLUME de
água leva para ser drenado pelo pavimento.
EM GERAL QUANTO MENOR A PROFUNDIDADE DE
MACROTEXTURA, MAIOR O TEMPO DE DRENAGEM
Drenabilidade
Drenômetro (Outflow meter)
Método que avalia a capacidade drenante do pavimento e
indiretamente a sua MACROTEXTURA. Utiliza-se um cilindro
transparente com um volume conhecido, acoplado ao fundo uma placa
com um orifício circular, em contato com a superfície do pavimento. O
cilindro é preenchido com água e mede-se o tempo em segundo que a
água demora a escoar, passando por duas marcas existentes no tubo,
demarcadas de forma a apresentar o volume conhecido (730 ml). O
tempo é medido manualmente com um cronômetro (Outflow Time –
OFT).
Normativa: ASTM E-2380 (2009)
Drenômetro (Outflow meter): Procedimento
Drenômetro (Outflow meter): Procedimento
• A área selecionada para ensaio deve ser HOMOGÊNEA, evitando-se
locais que possuam pinturas, buracos, solavancos e rachaduras;
• A superfície da área onde o ensaio será realizado deverá ser LIMPA
para a remoção de materiais soltos ou semi-aderidos, detritos ou até
material de superfície deteriorada;
• A superfície deve ser molhada antes de ser ensaiada (ABSORÇÃO);
• O drenômetro deve ser colocado sobre a superfície, certificando a
ESTABILIDADE E UNIFORMIDADE da área de contato entre o anel de
borracha e a superfície;
• Em seguida o drenômetro deve ser preenchido com água até um
pouco ACIMA DA PRIMEIRA MARCAÇÃO;
Drenômetro (Outflow meter): Procedimento
• Posteriormente o tampão
do fundo é liberado;
• No instante em que o nível
de água passa pela
primeira marcação do tubo
aciona-se o
CRONÔMETRO. O mesmo
é parado quando o nível
de água passar pela
segunda marcação.
Drenômetro (Outflow meter): Procedimento
O ensaio deve ser realizado no MÍNIMO QUATRO VEZES, aleatoriamente, para se
determinar o tempo de escoamento. Devem ser excluídos ensaios que
apresentarem tempo de escoamento diferentes em mais de 10 SEGUNDOS do
tempo médio de todos os testes realizados naquela superfície do pavimento.
𝑀𝑇𝐷 = 𝐾𝑜𝑓𝑚
Sendo:
MTD: produndidade volumétrica de textura (mm);
𝐾𝑜𝑓𝑚 : constante;
𝜗: viscosidade absoluta (N.s/m²);
t: tempo de drenagem (s);
N’: número de asperezas por unidade de área (1/m²);
P: perímetro médio dos canais da macrotextura (m).
𝜗
𝑡 𝑁′
1
4
𝑁′ 𝑃
Drenômetro do LTP e da ASTM
DRENÔMETRO
LTP
Diâmetro do orifício (mm)
58
Volume de água conhecido (ml) 724
ASTM
≥ 60
≥650 e ≤700
3,114
𝑀𝑇𝐷 =
+ 0,636
𝑂𝐹𝑇
Sendo:
MTD: produndidade volumétrica de textura (mm);
OFT: tempo médio do ensaio de drenabilidade (s).
Medidas de Atrito
ESTÁTICO
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Pêndulo Britânico (Estático);
Dynamic Friction Tester – DF Tester – DFT (Estático);
RODA OBLÍQUA
μ-meter (Roda Oblíqua);
Stradograph (Roda Oblíqua);
RODA BLOQUEADA
Odoliograph (Roda Oblíqua);
SCRIM (Roda Oblíqua);
RODA PARCIALMENTE BLOQUEADA
Equipamento de Roda Bloqueada;
BV-11 (Roda Parcialmente Bloqueada);
SFT – Surface Friction Tester (Roda Parcialmente Bloqueada);
Grip Tester (Roda Parcialmente Bloqueada);
Runway Friction Tester (Roda Parcialmente Bloqueada).
Pêndulo Britânico
EQUIPAMENTO PORTÁTIL
O pêndulo britânico possibilita a medição do coeficiente de atrito
cinemático através da avaliação da energia que é absorvida pelo atrito
da borracha da sapata do pêndulo com o pavimento. As características
deste ensaio simulam a passagem do pneu de um veículo com baixa
velocidade sobre o pavimento molhado.
Normativa: ASTM E-303 (2013)
Os valores obtidos são expressos em
British Pendulum Number – BPN ou Valor
De Resistência à derrapagem - VRD
Pêndulo Britânico: procedimento
• Nivelamento e ajuste do ponteiro;
• Ajuste a área de contato da sapata com o pavimento;
• A superfície onde a sapata emborrachada entrará em contato com o
pavimento deve ser molhada;
• O pêndulo deve ser lançado 5 (CINCO) vezes em cada ponto, considerando
apenas as últimas quatro medidas para determinar o valor médio de BPN
para a superfície do pavimento no local ensaiado;
• Os valores individuais de BPN devem ser anotados, assim como as
informações referentes à temperatura da superfície do teste, o tipo, a
idade, a condição, a textura e o local dos teste também devem ser
registrados.
A NORMA AMERICANA DETERMINA QUE A VARIAÇÃO MÁXIMA ENTRE AS
MEDIDAS DE BPN SEJA DE 3 UNIDADES
Pêndulo Britânico: procedimento
Pêndulo Britânico: procedimento
As condições do ensaio foram definidas de tal forma que os valores
apresentados no mostrados do equipamento correspondem ao VRD de
um pneumático padrão derrapando sobre o pavimento a 48 km/h.
Sugere-se o VALOR MÍNIMO de 47 (BERNUCCI, DNIT sugere VRDmín =
55) para garantir pelo menos uma microtextura medianamente rugosa.
A MICROTEXTURA é uma característica muito importante para o
rompimento da película de água e promoção do contato
pneu/pavimento para BAIXAS VELOCIDADES.
Pêndulo Britânico: procedimento
DF Tester
EQUIPAMENTO PORTÁTIL
Permite a medida direta do atrito de vários tipos de superfícies
pavimentadas. O DFT consiste em um DISCO que gira na horizontal, em
velocidade tangencial de 20 km/h (há modelos que atingem 60 km/h),
composto de três corrediças de borracha, (do mesmo tipo das borrachas
usadas em pneus dos equipamentos de ensaio de atrito) que contatam a
superfície, enquanto que a VELOCIDADE é reduzida em função do atrito
gerado na área de contato. O equipamento possui um reservatório que
despeja ÁGUA NA SUPERFÍCIE que está sendo ensaiada. O cálculo do atrito é
feito em função da velocidade. Apresenta forte correlação com o PÊNDULO
BRITÂNICO.
Normativa: ASTM E-1911
DF Tester
μ-meter (Mu-meter)
MEDIÇÃO CONTÍNUA
Este equipamento é muito usado no Brasil em AEROPORTOS (DIRENG e
Infraero). Trata-se de um equipamento rebocado, constituído de três
rodas, sendo duas destinadas a medir o COEFICIENTE DE ATRITO e a
terceira para indicar as distâncias percorridas. As medidas podem ser
feitas tanto para PAVIMENTO SECO como para condição de PISTA
MOLHADA. Neste último caso, há um sistema espargidor que aplica
uma película d’água de espessura média de 1mm à frente das rodas
sensoras. A velocidade do equipamento pode ser ajustável, sendo a
mais comum de 65 km/h.
Normativa: ASTM E-670 (2000)
μ-meter (Mu-meter)
μ-meter (Mu-meter)
CALIBRAÇÃO
COEFICIENTE DE ATRITO DA PLACA = 0,77
μ-meter (Mu-meter)
OS VALORES DE ATRITO OBTIDOS COM O MUMETER SÃO USADOS COMO
DIRETRIZ PARA AVALIAR A DETERIORAÇÃO DO ATRITO DA SUPERFÍCIE DE
PAVIMENTOS EM PISTAS, BEM COMO PARA IDENTIFICAR AÇÕES CORRETIVAS
ADEQUADAS PARA A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES AÉREAS SEGURAS.
Equipamentos de Roda Bloqueada
LOCKED WHEEL TESTER
Equipamentos de Roda Bloqueada
STUTTGARTER
REIBUNGSMESSER
SKIDDOMETER
Equipamentos de Roda Parcialmente Bloqueada
SURFACE FRICTION TESTER
Equipamentos de Roda Parcialmente Bloqueada
GRIP TESTER
BRASIL
International Friction Index - IFI
Com o objetivo de harmozinar as medidas de atrito de pavimentos
obtidas por diversos equipamentos e métodos, a PIARC – Permanent
International Association of Road Congress (World Road Association),
no ínicio dos anos 90, desenvolveu uma ESCALA DE REFERÊNCIA
INTERNACIONAL, o IFI - International Friction Index.
O trabalho realizado para a concepção deste índice utilizou MAIS DE
QUARENTA EQUIPAMENTOS de medição de atrito diferentes em MAIS
DE CINQUENTA LOCAIS, avaliando uma GRANDE VARIEDADE DE TIPOS
DE PAVIMENTOS EM ESTRADAS E AERÓDROMOS.
International Friction Index – IFI: Cálculo
Para o cálculo do IFI primeiro deve-se obter a CONSTANTE DE
VELOCIDADE (Sp), calculada por meio de uma regressão linear com
uma MEDIDA DE TEXTURA (Tx).
𝑆𝑃 = 𝑎 + 𝑏 × 𝑇𝑥
DEVICE
MOBILE PROFILOMETER
SAND PATCH
ARAN
A
17,3401
-11,5981
-12,6729
B
94,2599
113,6324
119,7690
International Friction Index – IFI: Cálculo
O próximo passo é o cálculo do FATOR DE ATRITO AJUSTADO (FR60) para a
velocidade de 60 km/h.
𝐹𝑅60 = 𝐹𝑅𝑆 × 𝑒
𝑆−60
𝑆𝑃
Sendo:
FRS: valores de atrito medidos a certa velocidade de deslizamento;
S: velocidade de deslizamento do equipamento (km/h);
Sp: constante de velocidade (calculada);
FR60: fator de atrito ajustado para a velocidade de 60 km/h.
International Friction Index – IFI: Cálculo
DEVICE
DF Tester at 60 km/h
DF Tester at 20 km/h
British Pendulum
ESTÁTICO
S
A
B
60 -0,03365 0,77098
20 0,08114 0,73158
10 0,05626 0,00756
RODA OBLÍQUA
RODA BLOQUEADA
RODA PARCIALMENTE BLOQUEADA
C
0
0
0
International Friction Index – IFI: Cálculo
No passo subsequente se obtêm o valor do Número de Atrito (F60)
𝐹60 = 𝐴 + 𝐵 × 𝐹𝑅60 + 𝐶 × 𝑇𝑥
Sendo:
A, B e C: constantes de regressão;
FR60: fator de atrito ajustado para a velocidade de 60 km/h;
TX: medida de textura (mm);
F60: número de atrito;
IFI
F60
Sp
International Friction Index – IFI: Exemplo
Calcule o valor de IFI para uma unidade amostral do pavimento tipo
Grooving da pista de pouso de um aeroporto hipotético sabendo que Tx
= 1,55 mm (determinado pelo método da Mancha de areia) e BPN = 67,0.
International Friction Index - IFI
DNIT
MANCHA DE AREIA
BRASIL
PENDULO BRITÂNICO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: MANUTENÇÃO DE PAVIMENTOS
Avaliação dos Pavimentos Flexíveis:
Condições de Aderência Pneu/Pavimento
E-mail: [email protected]
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