A Leitura Astrológica com Foco para a Saúde Ana Teresa Ocampo Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2011 QUE SAÚDE ? OMS: “perfeito estado de bem-estar físico, mental e social”. As definições de SAÚDE, DOENÇA e CURA estão em relação direta com os modelos culturais vigentes em determinada sociedade. QUE SAÚDE ? Historicamente, no Ocidente, a Saúde veio passando de um conceito negativo (“ausência de doença”) para uma qualificação positiva, objetiva e subjetiva, relacional e dinâmica. Neste conceito, leva-se em consideração as várias dimensões da experiência humana: biológica, emocional, mental, social. QUE SAÚDE ? Os processos que regem a vida, nos quais se inscreve o processo de Saúde e Adoecimento, envolvem movimento, cognição, capacidade adaptativa, diversidade. Tudo na natureza responde a processos cíclicos de mudanças e transformações. Os organismos vivos movimentam-se em ciclos permanentes de equilíbrio delicado e instável . O modelo hegemônico de saúde que instrui a Medicina Ocidental Contemporânea é o BIOMÉDICO. Inspirado pelo modelo reducionista, entende o corpo humano (e a mente nele) como uma máquina, a serviço da produção, na qual: - Todo o poder sobre o próprio corpo é transferido para o médico; - Toda doença é uma visita do “azar”, algo que nos acomete desde o exterior; - Somos impotentes e dependentes diante de nosso próprio destino. (1) (1) In Ridder-Patrick, Jane. Guia Prático de Astrologia Médica: como a astrologia aliada a métodos de medicina alternativa pode ajudar você a prever doenças e combatê-las. Rio de Janeiro: Record, 1994.. Aos poucos, vem (re)surgindo e ganhando força, no cenário ocidental, um MODELO DE SAÚDE HOLÍSTICO (INTEGRAL). “HOLÍSTICO” deriva do vocábulo grego “HOLOS”, que traz em si a ideia do Todo. Está também na origem da palavra, em inglês, Health (saúde). Segundo Lawrence LeShan (1), o MODELO DE SAÚDE HOLÍSTICO baseia-se nos seguintes princípios: 1. Uma pessoa existe em vários níveis, de mesma importância; 2. O paciente possui sistemas de autocura que são cruciais; 3. Os indivíduos devem estar ativa e conscientemente envolvidos em seu próprio tratamento – estímulo à autonomia, co-participação e responsabilidade por si; 4. Cada pessoa é única e deve ser tratada como tal (singularidade). (1) idem, p. 19. Neste contexto... o que seria a DOENÇA? Na outra face do movimento, talvez seja as alterações ao organismo que, de forma sistêmica, o obrigam a responder às novas demandas de organização e equilíbrio . Um “desvio” a ser descoberto e para o qual o sistema precisa readequar-se, no sentido de sua auto-regulação. Este Modelo Holístico de Saúde pressupõe que estamos organizados: De forma multidimensional (fisico-mentalemocional-social), Em integração permanente com o ambiente (microcosmo-macrocosmo), Como um sistema complexo, e com funções de autopoiese e auto-regulação próprias. Esta perspectiva da visão harmônica entre microcosmo e macrocosmo - foi descartada pelo pensamento científico moderno. Embora, eventualmente, registros dessa ideia continuem a aparecer... Contudo, ainda que considerada cientificamente ultrapassada, a relação entre microcosmo e macrocosmo se encontra na raiz do pensamento astrológico e deste modelo holístico em saúde. As chamadas Medicinas Vibracionais (ou Vitalistas) têm grande ressonância com a Astrologia: Pelo uso de Linguagem Simbólica; pela percepção da integração entre Homem e Natureza, na perspectiva de Microcosmo e Macrocosmos; e no exercício de processo analógico (e não analítico) para a busca da singularidade (constituições individuais), seja na saúde ou no mapa. ASTROLOGIA MÉDICA. A avaliação astrológica pode ser utilizada, numa perspectiva de leitura focada para questões de saúde, enquanto: 1. Ferramenta diagnóstica auxiliar; 2. Técnica de avaliação prognóstica; 3. Instrumento orientador de possibilidades terapêuticas mais adequadas. 1. Ferramenta diagnóstica auxiliar: 1. 2. Avaliação do mapa de nascimento e de mapas adjuntos (ex.: mapa do nodo lunar sul, prénatal) Técnica de avaliação prognóstica: 1. 3. Avaliação dos ciclos: Trânsitos, Progressões, Eclipses, Revoluções Solares e Lunares. Instrumento orientador de possibilidades terapêuticas mais adequadas: 1. Ex.: Sais Celulares (Homeopatia); Fitoterapia (MTC); Métodos Psicoterápicos; Nutrição etc. No campo da Astrologia Médica, partimos das correspondências (analogias) estabelecidas entre a Anatomia e Fisiologia do Corpo Humano e os símbolos básicos astrológicos (Signos, Planetas, Casas, Aspectos etc.) Classicamente, estas analogias vêm representadas através de uma figura humana na qual inscrevem-se, de forma descendente e anatômica, os signos astrológicos sobre os órgãos e partes do corpo que lhes são correspondentes. O HOMEM ZODIACAL Uma variante circular da imagem é mais ilustrativa: Avaliação do corpo humano por SISTEMAS: Considera-se, em conjunto, os componentes estruturais (anatomia) e funcionais (fisiologia). SISTEMA NERVOSO Órgãos: cérebro, cerebelo, tronco cerebral, medula espinhal (SNC) e nervos periféricos (SNP). Funções: controles finais de atividade orgânica e da vida de relação (comunicação, ideação, processamento de inputs sensoriais)(2). Regências Astrológicas : Mercúrio e Urano (transmissão elétrica, agilidade de processamento, trocas e comunicação) (2) In Camargo, Kenneth Rochel. A Medicina Ocidental Contemporânea. Da Série: Estudos em Saúde Coletiva nº 65, outubro de 1993, IMS / UERJ. SISTEMA CARDIOVASCULAR Órgãos: coração, artérias e veias. Funções: distribuição do sangue (nutrientes e oxigênio) e via de escoamento de escórias, adequando-se às flutuações da atividade física . Regências Astrológicas : Sol / Urano (coração e ritmo circulatório). SISTEMA RESPIRATÓRIO Órgãos: pulmões, traquéia, laringe. Funções: oxigenação do sangue e eliminação do gás carbônico. Regências Astrológicas : Mercúrio (sistema de troca); Eixo Gêmeos / Sagitário. SISTEMA DIGESTIVO Órgãos: boca, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, pâncreas exócrino, vesícula biliar e fígado. Funções: processamento do alimento ingerido a nutrientes elementares, levados à circulação. Regências Astrológicas : Mercúrio (Virgem); Saturno e Júpiter (processos de catabolismo e anabolismo); Plutão (eliminação de escórias). SISTEMA ENDÓCRINO Órgãos: glândulas (pineal, hipófise, tireóide, paratireoides, adrenais, pâncreas endócrino, ovários, testículos). Considerar timo e hipotálamo. Funções: controle do metabolismo geral (por atuação de substâncias à distância - hormônios). Regências Astrológicas : Plutão (regente geral, possivelmente); Júpiter (estímulo à distância). Regências específicas para cada glândula (nem sempre consensuais). SISTEMA ENDÓCRINO SISTEMA ENDÓCRINO SISTEMA ENDÓCRINO Embora sem consenso, as regências específicas seriam, em geral : Hipósife posterior (regulação de líquidos e aleitamento materno) – Lua Hipófise anterior (adenohipófise) – controle central do metabolismo geral, a partir de substâncias lançadas à distância pelo sangue – Júpiter; Saturno? Tireóide – Mercúrio Paratireóides – regulação do metabolismo de Cálcio e Fósforo – (batimento cardíaco, atividade neuromuscular e membranas celulares) – Sol e Saturno Pâncreas endócrino – insulina e glucagon - controle de glicose – Vênus? Supra-renais – metabolismo de lipideos, carboidratos e proteínas; equilíbrio hidroeletrolítico; “fuga ou luta” – Marte (cortex) e Vênus (medula). Glândulas sexuais – hormônios sexuais masculinos/femininos – Marte, Vênus. Melatonina – Pele – Saturno Hormônio do Crescimento – Músculos e Ossos - Júpiter e Saturno. SISTEMA RETICULOENDOTELIAL Órgãos: baço e medula óssea. Funções: formação e destruição periódica dos componentes celulares do sangue. Regências Astrológicas : Marte ?(formação celular) SISTEMA GENITOURINÁRIO Órgãos: rins, ureteres, uretra, bexiga. Aparelho reprodutor masculino e feminino. Funções: excreção de resíduos metabólicos (tóxicos). Reprodução. Regências Astrológicas : Plutão(excreção); Vênus (rins e reprodução feminina) e Marte (reprodução masculina) SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO Órgãos: ossos, músculos, tendões, articulações. Funções: suporte físico dos demais sistemas; órgão efetor da vida de relação (locomotor). Regências Astrológicas : Saturno(suporte e ossos); Júpiter (locomotor) e Marte (muscular) SISTEMA IMUNOLÓGICO Órgãos: linfonodos, timo, leucócitos. Funções: defesa corporal / integração sistêmica com o meio. Regências Astrológicas : Marte (infecções e processo inflamatório); Júpiter e Netuno – Peixes (processos de aprendizagem e integração, com expansão da identidade sistêmica); Sol (vitalidade). SISTEMA IMUNOLÓGICO 1. Teoria Defensiva: O sistema é pensado como um exército, com células “assassinas”, respostas imediatas visando à destruição sumária do que não lhe é “próprio”, ie, de qualquer coisa que entre no sistema (o outro é sempre o “estranho” e “inimigo”). Visão bélica, heróica, ainda hegemônica. A “tolerância” (imunológica) é percebida como “imaturidade” e as doenças autoimunes como um erro do sistema que leva à auto-destruição (“fogo amigo”?). Astrologicamente: Marte e, a seguir, Sol. SISTEMA IMUNOLÓGICO 2. Teoria da Rede Idiotípica: O sistema estaria organizado em redes de informação, interage consigo mesmo (autopoiese), e responde pelo equilíbrio com o exterior (auto-regulação), a partir de processos de assimilação (“fagocitose”), que levam ou à morte, ou à integração do novo conhecimento, com a consequente expansão da identidade. Astrologicamente: Mercúrio (Gêmeos e Virgem), Júpiter e Netuno (Sagitário e Peixes). A Cruz Mutável.