INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATI SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA – SOBRATI MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA JACKSON HENRIQUE SOUSA LIMA APLICABILIDADE DA FENITOÍNA NA CICATRIZAÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA: uma revisão integrativa Teresina-PI 2016 JACKSON HENRIQUE SOUSA LIMA APLICABILIDADE DA FENITOÍNA NA CICATRIZAÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA: uma revisão integrativa Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Terapia Intensiva, do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva. Orientador: Prof. Dr. Douglas Ferrari Carneiro Coorientador: Prof. Dr. Marttem Costa de Santana Teresina-PI 2016 JACKSON HENRIQUE SOUSA LIMA APLICABILIDADE DA FENITOÍNA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA: uma revisão integrativa Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Terapia Intensiva, do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva. Aprovado em: 11/09/2016. BANCA EXAMINADORA ______________________________________ Prof. Dr. Douglas Ferrari Carneiro Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI Presidente (Orientador) ___________________________________________ Prof. Dr. Marttem Costa de Santana Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI Examinador __________________________________________ Prof. Dr. Edilson Gomes de Oliveira Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI Examinador Dedico este trabalho a Deus por está sempre presente em minha vida e a ele devo toda Honra e toda Glória. Amém. AGRADECIMENTOS À Deus, pelo seu infinito amor que transformou esse sonho em realidade, dando-me a oportunidade de frequentar este Mestrado que muito contribuiu para enriquecimento da minha formação profissional e científica. Aos meus pais Francisco Ferreira Lima e Elisete Sousa Lima, que são fonte das minhas inspirações. Aos meus irmãos, tios, e todos os familiares que pelo apoio incondicional, amor, estímulos nos momentos de desânimos, foram fatores importantes na realização desta dissertação. Ao estimado orientador Prof. Dr Douglas Ferrari pela sua inteligência e sabedoria, exemplo de médico e pessoa humana que nos ajudou a conduzir a pesquisa. A Prof. Dr Marttem Costa de Santana pela ajuda na construção desse trabalho. Aos amigos por me apoiarem e sempre me ajudaram quando eu precisei. Aos professores e orientadores, expresso o meu profundo agradecimento pela orientação, confiança e empenho dedicado à elaboração deste trabalho e que muito elevaram os meus conhecimentos estimulando o meu desejo de querer buscar novos saberes e a vontade constante de querer fazer sempre melhor. A todos que direta ou indiretamente fizeram parte desta conquista. “Desde o tempo de Bacon, todos os bons intelectos tem repetido que a única sabedoria válida é baseada em fatos observados”. (Comte) RESUMO A fenitoína tópica é uma droga anticonvulsivante sintetizada desde 1937 e amplamente utilizada em nosso meio para o controle e/ou prevenção de crises convulsivas em adultos e crianças. A partir de seu efeito colateral de hiperplasia gengival, uma possível capacidade cicatrizante passou a ser considerada por volta de 1945. A fenitoína é um anticonvulsivante que vem sendo empregado na cicatrização de feridas. O presente estudo visa atualizar os conhecimentos disponíveis a respeito do uso tópico da fenitoína no tratamento de lesões por pressão; expor as indicações para o uso tópico da fenitoína; demonstrar resultados comparativos da fenitoína aplicada topicamente com outros procedimentos padrão de tratamento tópico. Tratou-se de um estudo de revisão integrativa da literatura através do banco de dados, LILACS, SciELO, MEDLINE e Biblioteca SOBRATI, no período de 2000 a 2016 onde foram encontrados 4 artigos relacionados a temática. A revisão integrativa da literatura realizada neste estudo conclui que o uso tópico da fenitoína é uma evidência forte de efeitos benéficos para o processo de cicatrização em úlceras venosas, por pressão, pé diabético, por hanseníase, porém incentiva-se a produção de novas pesquisas sobre a temática. Palavras-chave: Terapia intensiva, Fenitoína, cicatrização, Enfermagem Baseada em Evidencias ABSTRACT Topical Phenytoin is an anticonvulsant drug synthesized since 1937 and widely used in our country for the control and / or prevention of seizures in adults and children. From its side effect of gingival hyperplasia, a possible healing ability has been considered around 1945. Phenytoin is an anticonvulsant that has been used in wound healing. This study aims to update the knowledge available about phenytoin topical use in the treatment of pressure sores; expose the signs to the topical use of phenytoin; show comparative results of phenytoin applied topically with other standard procedures for topical treatment. This was an integrative review study of literature through the database, LILACS, SciELO, MEDLINE and SOBRATI Library, in the period 2000-2016 which were found 4 articles related to topic. The integrative literature review performed in this study concludes that the topic of phenytoin is strong evidence of beneficial effects on the healing process in venous ulcers, pressure, diabetic foot, by leprosy, but encourages the production of new research theme. Keywords: Intensive care , Phenytoin , healing , Nursing Based on Evidence LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 - Lesão por pressão na região sacral antes do inicio do tratamento....................... 30 FIGURA 2 – Lesão por pressão setenta e dois dias após o uso da fenitoína tópica ................ 31 LISTA DE TABELA TABELA 1- Caracterização dos estudos quanto autos/ano, revista, metodologia, público alvo e enfoque temático. ................................................................................................................... 28 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CEP Comitê de Ética em Pesquisa DNA Ácido Desoxirribonucleico LILACS Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde e do Caribe NPUAP National Pressure Ulcer Advisory Panel OMS Organização Mundial de Saúde PUSH Pressure Ulcer Scale for Healing SciELO Scientific Eletronic Library Online SOBRATI Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva LP Lesões por Pressão MEDLINE Literatura Internacional em Ciências da Saúde UTI Unidade de Terapia Intensiva SUMÁRIO 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................ 12 1.1 Justificativa.....................................................................................................................14 1.2 Hipóteses.........................................................................................................................15 1.3 Objetivos.........................................................................................................................15 2 REVISÃO DA LITERATURA.......................................................................................16 2.1 Histórico da Aplicabilidade da Fenitoína.......................................................................16 2.2 Fisiologia da Pele...........................................................................................................18 2.3 Processo de Cicatrização das Feridas.............................................................................19 2.4 Definições de Lesões por Pressão..................................................................................23 2.5 Fisiopatologia das lesões por pressão............................................................................23 2.6 Fatores de risco das Lesões por pressão........................................................................24 3 O CORPUS METODOLÓGICO DA INVESTIGAÇÃO ............................................... 26 3.1 Caracterização do tipo de pesquisa ............................................................................ 26 3.2 Aspectos éticos da pesquisa ....................................................................................... 27 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO .................................................................................... 28 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 33 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 34 12 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS As Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) é uma área do hospital destinada à assistência ao paciente crítico que necessite de cuidados específicos e intensivos, nas 24 horas, por uma equipe interdisciplinar composta por: médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas, odontólogos, assistentes sociais e farmacêuticos. Apesar dos avanços na área da cicatrização cutânea e do surgimento de novas terapias, o tratamento das úlceras tróficas e das feridas cutâneas decorrentes do pós-operatório de tumores de pele, ainda pode ser um grande desafio tanto para o médico como para o paciente. O tratamento das úlceras de perna, por exemplo, principalmente nas suas formas mais graves, pode ter um grande impacto na qualidade de vida do paciente. O mecanismo da cicatrização cutânea envolve uma sequência de eventos superpostos e interdependentes, que levam à correção do defeito e à restauração da superfície da pele. Para simplificar, são divididos em três fases distintas: a) fase 1: inflamatória, na qual ocorre uma migração de leucócitos e eritrócitos para o local da ferida cutânea; b) fase 2: fibroplasia, iniciada por volta do segundo ou terceiro dia após o trauma, na qual identifica-se uma população de células (fibroblastos), que apresenta intensa atividade mitótica e de síntese de DNA; sendo que estas células irão formar o tecido de granulação, que possui capacidade contrátil, reduzindo a área cruenta da ferida cutânea; e, concomitantemente ocorrem a síntese de colágeno e substância fundamental; c) fase 3: maturação, caracterizada pela deposição, agrupamento e remodelação do colágeno, e ainda regressão endotelial, culminando com o reparo da derme e regeneração epidérmica. O uso de substâncias tópicas como promotores da cicatrização tecidual tem gerado controvérsia, tanto pela complexidade dos eventos relacionados à reparação tecidual, quanto pela dificuldade em se estabelecer parâmetros de avaliação das drogas testadas em seres humanos. 13 Há trabalhos que mostram que o uso de simples emoliente como cremes e a própria vaselina é suficiente para uma boa cicatrização, com baixo índice de infecção. As informações científicas sobre as propriedades químicas e farmacológicas da fenitoína demonstram pouco risco de reações de hipersensibilidade, relacionada ao seu uso tópico em parte pela baixa solubilidade e mínima absorção sistêmica via cutânea deste sal (PEREIRA, 2009). Porém, muitas das suas ações terapêuticas ainda suscitam dúvidas quanto ao seu total entendimento. A afinidade com o tema surgiu com a experiência do pesquisador como enfermeiro plantonista na Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital Público no município de Teresina-PI, onde proporcionaram o estímulo para o desenvolvimento desta pesquisa, no qual percebeu-se a necessidade da busca cientifica para a aplicabilidade da fenitoina na cicatrização de feridas. Neste contexto, acreditamos que esta investigação irá colaborar com as vigentes pesquisas acerca da temática, aprimorar, lapidar os conhecimentos da equipe interdisciplinar que atuam nas Unidades de Terapia Intensiva bem como estimular a comprovação de substancias que interfiram na reparação tecidual o que justifica o estudo proposto. Para guiar o estudo, formulou-se a seguinte questão de pesquisa: quais os resultados disponíveis na literatura acerca da aplicabilidade da Fenitoina na cicatrização de feridas em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva? Diante do exposto, objetivamos descrever como a produção científica apresenta o uso da fenitoína como agente cicatrizante e discutir sua aplicabilidade em feridas em pacientes internados em Unidades Terapia Intensiva. Elegemos como objetivos específicos: Atualizar os conhecimentos disponíveis a respeito do uso tópico da fenitoína no tratamento de lesões por pressão; expor as indicações para o uso tópico da fenitoína; demonstrar resultados comparativos da fenitoína aplicada topicamente com outros procedimentos padrão de tratamento tópico. O Corpus Metodológico da Pesquisa trata-se de uma abordagem qualitativa e descritiva levantados em base de dados em Ciências da Saúde – BIREME, que disponibilizam o serviço de localização de documentos existentes nas principais Bibliotecas nacionais e internacionais online para a obtenção de documentos relativos à área de Ciências da Saúde, através do banco de dados da Literatura Latino-Americana do Caribe em Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e na Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE) constituindo, portanto, em uma pesquisa de caráter bibliográfica. 14 1.1 JUSTIFICATIVA O interesse pelo estudo surgiu através da experiência como enfermeiro em uma unidade de terapia intensiva, onde se pode acompanhar a evolução de várias feridas, sendo o maior número de lesões por pressão nesses pacientes críticos. Observou-se através da observação de curativos realizados pelos profissionais de enfermagem que a técnica de curativo era feita sem muitos critérios que considerasse tanto o paciente, quanto a ferida em si. O uso de medicações sistêmicas e tópicas utilizadas em seres humanos para avaliar o seu efeito na cicatrização de feridas apresenta dificuldades, porque múltiplos fatores interferem em uma avaliação criteriosa. Percebeu-se que esta conduta inadequada de alguns profissionais trouxe muitos prejuízos ao paciente e ao hospital, tanto em relação aos recursos materiais como prejuízos a integridade física e psicológica do paciente. A partir desse momento passamos a entender situações ocorridas quando não se faz uma avaliação adequada e quais os efeitos causados por essa atitude. Acredita-se que com esse estudo será possível a ampliação do conhecimento sobre a aplicabilidade da fenitoína na cicatrização de lesões por pressão, pois devido à escassez de literatura disponível e do grau de importância destas informações a pesquisa favorecerá aos enfermeiros e toda a equipe de saúde de orientações quanto aos aspectos consideráveis em um portador de lesões por pressão. Pretende-se mostrar os benefícios da aplicação da fenitoína tópica em feridas crônicas, visto que os benefícios esperados com o estudo referem-se ao fato de que a fenitoína é uma droga de baixo custo e pode beneficiar uma grande parcela da população no tratamento de lesões por pressão e feridas cirúrgicas deixadas para cicatrizar por segunda intensão. Pode haver a otimização do resultado cosmético em cirurgias de tumores de pele, redução de cicatrizes hipertróficas, quelóides e risco de infecção, assim como a recuperação mais rápida do paciente, podendo retornar às suas atividades laborativas. O efeito do uso de 5,5-difenil-2-4-imidazolidinedione, sódio, na cicatrização cutânea necessita de mais pesquisas, porque o seu mecanismo de ação não está esclarecido na literatura científica, e requer trabalhos com embasamento científico e com claro delineamento metodológico. Torna-se necessário, portanto, comprovar a existência de substâncias que 15 interfiram na reparação tecidual o que justifica o estudo proposto do efeito da 5,5- difenil-2-4imidazolidinedione, sódio, na cicatrização cutânea. (PEREIRA, 2009) 1.2 HIPÓTESES A hipótese central deste estudo é a de que o uso tópico da fenitoína em solução diluida com soro fisiológico 0,9% acelera a re-epitelização da ferida aberta, apresentando menor tempo de cicatrização e melhor resultado cosmético se comparado com o uso de cremes a base de antibióticos. 1.3 OBJETIVOS Identificar os conhecimentos disponíveis a respeito do uso tópico da fenitoína no tratamento de lesões por pressão; expor as indicações para o uso tópico da fenitoína; demonstrar resultados comparativos da fenitoína aplicada topicamente com outros procedimentos padrão de tratamento tópico. 16 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Histórico da Aplicabilidade da Fenitoína A 5,5-difenil-2-4-imidazolidinedione, sódio (fenitoína) foi sintetizada pela primeira vez em 1908 por Biltz, porém sua atividade anticonvulsivante só foi descoberta em 1938. A fenitoína foi produto de pesquisa entre correlatos estruturais não sedativos do fenobarbital, à procura de agentes capazes de suprimir as convulsões causadas por eletrochoque em animais de laboratório. Foi introduzida para o tratamento sintomático da epilepsia no mesmo ano. É um ácido fraco com pka (constante de dissociação iônica do fármaco) de aproximadamente 8,3; sua solubilidade em água é pequena, e até mesmo no intestino. A absorção da fenitoína por via oral é lenta, algumas vezes variável e ocasionalmente incompleta. A fenitoína tópica é uma droga anticonvulsivante sintetizada desde 1937 e amplamente utilizada em nosso meio para o controle e/ou prevenção de crises convulsivas em adultos e crianças. A partir de seu efeito colateral de hiperplasia gengival, uma possível capacidade cicatrizante passou a ser considerada por volta de 1945. Esta capacidade foi confirmada em 1958 através de pesquisas experimentais em seres humanos não epiléticos portadores de lesões gengivais. (SHAPIRO, 1958). Também denominada difenilidantoína, ela pertence ao grupo dos hidantoinatos e, em uma escala cronológica de descoberta das drogas anticonvulsivantes, é a terceira droga, antecedendo o sal de brometo, introduzido pelo pesquisador Locock em 1857, e o fenobarbital, desenvolvido pela empresa farmacêutica alemã Bayer em 1912. Foi descoberta em 1937 pelo farmacêutico Putnam quando ele testava hidantoinatos procurando um modelo que especificamente tivesse propriedades anticonvulsivantes sem os efeitos sedativos do fenobarbital. Constitui a primeira indicação no controle das crises convulsivas, assim como a carbamazepina, descoberta na década de 1960. (PEREIRA, 2009). Atua aumentando o tempo de inativação dos canais de sódio dos neurônios com hiperpolarização. Desta forma, ela se liga aos picos negativos dos canais de sódio. Seus efeitos colaterais são: hiperplasia gengival, hisurtismo e toxicidade relativa à dose; pequenos aumentos na dose geram grandes aumentos na taxa plasmática da droga. Situações passíveis de toxicidade incluem hipoalbuminemia, insuficiência renal crônica e disfunção hepática, podendo ocorrer manifestações na pele como rash cutâneo e desencadeamento da síndrome de 17 Stevens- Johnson. Foram reportados efeitos teratogênicos após ingestão diária de 100 a 800 mg no primeiro trimestre da gravidez. Efeitos carcinogênicos são questionados, mas não foram comprovados em seres humanos. (KOROLKOVAS, 1998). Em 1950 a 5,5-difenil-2-4-imidazolidinedione, sódio (fenitoína) foi utilizada em várias situações clínicas como no lúpus eritematoso discóide e no líquen plano com bons resultados terapêuticos (COSTA et al., 1988). Existem alguns trabalhos pioneiros, nos quais a fenitoína demonstrou aceleração do processo de cicatrização nas úlceras de perna e nas úlceras tróficas principalmente em hansenianos (SIMPSON; KUNZ; SLOFTA, 1965; RUBIO, 1985; BANSAL, 1993). Outros trabalhos relatam os efeitos da fenitoína na reparação tecidual de úlceras tróficas de diferentes etiologias em membros inferiores (RODRIGUES NORIEGA; ESPARZA AHUMADA, 1983; MENDONÇA; MALTA, 1992; PENDSE et al., 1993). Também foi encontrada a melhora significativa no tratamento de úlceras de decúbito, promovendo o alívio da dor, reduzindo ou eliminando a contaminação bacteriana, diminuindo a necessidade de antibioticoterapia e não causando reações adversas (EL ZAYAT, 1989). Rhodes et al. (2001), demonstrou em seu estudo que a fenitoína teve uma resposta superior às pomadas de antibiótico e aos curativos hidrocolóides, cicatrizando em menor tempo e não havendo absorção sistêmica do fármaco, em úlceras de decúbito. Esta droga também foi testada em doenças como a epidermólise bolhosa, melhorando a cicatrização com a redução da contratura, obtendo melhor resultado estético (TALAS et al., 1997). Aberrações do colágeno tipo VII têm sido identificadas em doenças bolhosas como certos tipos de epidermólise bolhosa. Portanto, o colágeno tipo VII é de extrema importância no estabelecimento e na manutenção de uma junção dermo-epidérmica funcional (COLEMAN, 2000). Pouco se conhece a respeito da distribuição e do metabolismo da 5,5-difenil-2-4imidazolidinedione, sódio (fenitoína) nas feridas cutâneas. Nas úlceras crônicas existe deficiência de circulação. Provavelmente, esta substância fica retida e conservada por um longo período, podendo ser metabolizada pelo citocromo P450 e isoenzimas presentes na epiderme, nas glândulas sebáceas, na bainha externa dos folículos pilosos e na derme. Os supostos mecanismos de ação da 5,5-difenil-2- 4-imidazolidinedione, sódio (fenitoína), são: atenua a fase inflamatória, acelera a formação do tecido de granulação e a re- 18 epitelização. Pode reduzir a contração da ferida cutânea, enquanto aumenta a síntese da matriz, não prejudicando a cicatrização. Biópsias da úlcera tratada com a fenitoína, mostram inicialmente a presença de células mononucleares, eosinófilos, fibroblastos, deposição de colágeno, neovascularização, re-epitelização, reduzindo o exsudato de polimorfonucleares (TALAS et al., 1999). 2.2 Fisiologia da Pele Como órgão de revestimento, a pele contribui para definir os aspectos particulares de cada pessoa, é indispensável à vida, participando assim de diversas funções vitais. Possui a função de moldar o corpo humano, além de proteger, esta evolui ao longo do tempo desde o nascimento até a senescência, passando por diversos tipos de evoluções e alterações orgânicas e fisiológicas (SNELL,1999). A pele é o maior órgão do corpo humano, sendo ela uma membrana constituída de três camadas que reveste a superfície exterior do corpo, tendo como funções: proteção a agressões externas, barreira contra microorganismos, regulação da temperatura corporal, absorção e excreção de líquidos, absorção da luz ultravioleta, sensibilidade a estímulos sensoriais e exerce papel estético. (DANGELO; FATTINI, 2006). Possuem ainda características estruturais, de revestimento, resistência, flexibilidade, protegendo o organismo das agressões exteriores, físicas, químicas, biológicas e sintetiza vitamina D. Ela promove a homeostasia do organismo controlando níveis de temperaturas, como no caso de febres, elimina através das glândulas sudoríparas a perspiração com a finalidade de eliminar o calor concentrado dentro do organismo, promovendo assim o equilíbrio, e no caso da regulação termostática do frio a pele atua junto ao tecido adiposo com o objetivo de conservar o calor interno do corpo, fechando seus poros para que não ocorra a eliminação de líquidos (SAMPAIO; RIVITTI, 2007). Nosso revestimento corpóreo é dividido em três estratificações que são epiderme, derme e hipoderme ou tecido subcutâneo. A pele possui além de todos esses componentes, pelos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas, essas partes constituintes são chamadas de anexos da epiderme, porque são constituídas por invaginações deste componente cutâneo (SOBOTTA, 2000). 19 A interrupção da integridade de uma dessas camadas da pele ocasionará o surgimento de feridas que podem trazer sérios problemas de saúde (TORTORA, 2004). A pele é a primeira linha de defesa contra patógenos. Uma vez interrompida essa estrutura, seja por trauma, cirurgia, ou outros procedimentos invasivos, o seu rompimento pode tornar o corpo vulnerável à invasão microbiana (MABTUN et al, 2004). 2.3 Processo de Cicatrização das Feridas No momento em que ocorre a quebra da integridade da pele inicia-se o processo de cicatrização para restaurar o tecido lesado (Mabtun et al, 2004). A Cicatrização representa a reestruturação do tecido lesionado, para que volte ao seu estado normal, sendo assim, o processo de cicatrização da pele envolve vários eventos e situações especiais que exigem conhecimentos a cerca de anatomia, histologia, bioquímica, imunologia, farmacologia entre outras ciências. A cicatrização de feridas consiste em uma coordenada sequência de eventos celulares e moleculares que agem para ocorrer a reconstituição celular (OLIVEIRA; CASTRO; ANDRADE, 2006). As feridas podem apresentar vários tipos de tecidos e isso deve-se à fase do processo cicatricial em que se encontra e todo o metabolismo celular que lhe está inerente a ela. Na fase exsudativa ou inflamatória do processo cicatricial, observam-se margens e leito com hiperemia e edemaciados, exsudação serosa ou sero-sanguinolenta em volume importante e sensibilidade dolorosa exacerbada. Isto deve-se à vasodilatação e aumento da permeabilidade capilar local. Nas feridas crônicas esta fase costuma prolongar-se e ocorre o aparecimento de tecido desvitalizado úmido, de aspecto amarelado e aderido ao leito da lesão. Este tecido pode apresentar-se de forma mais acentuada quando decorrente de sofrimento e morte celular, podendo adquirir aspecto coagulado. Todo tecido desvitalizado retarda o processo de cicatrização e deve ser avaliada a sua retirada, bem como a técnica para essa remoção (HESS, 2002). Na fase proliferativa da cicatrização, as feridas adquirem um aspecto característico de crescimento e migração de células do tecido conjuntivo. O leito apresenta-se vermelho vivo, brilhante, úmido e de aspecto granular. É um tecido irrigado por novos capilares, onde ocorre intensa migração de células específicas que são os macrófagos e fibroblastos, responsáveis pela formação do tecido conjuntivo cicatricial. Nesta fase também ocorre a 20 migração das células epiteliais das margens da lesão, recobrindo o tecido de granulação com epitélio de revestimento recém-formado, que tem aspecto frágil e rosado. (IRION, 2005). A última fase da cicatrização é a remodelagem ou maturação, onde a densidade celular e a vascularização da ferida diminuem, enquanto há maturação das fibras colágenas. Nesta fase ocorre uma remodelação do tecido cicatricial formado na fase anterior. O alinhamento das fibras é reorganizado a fim de aumentar a resistência do tecido e diminuir a espessura da cicatriz, reduzindo a deformidade. Esta fase tem início no terceiro dia e pode durar até seis meses (MORE; ARRUDA, 2007). Dentre os diversos fatores que dificultam a cicatrização, estes podem ser divididos em dois grandes grupos, os fatores locais e os sistêmicos. Quanto aos fatores locais, observam-se os aspectos relativos ao próprio ferimento. Em relação aos sistêmicos, compreende-se o estado geral do paciente quanto à clínica do portador da ferida e todos os demais fatores que contribuem para dificultar a cicatrização (JORGE; DANTAS, 2005). Inúmeros são os distúrbios locais que podem dificultar o processo de cicatrização da ferida, dentre os quais destacam-se: localização, infecção local e profundidade da ferida; edema e presença de secreções; trauma, ambiente seco, corpo estranho, hematoma e necrose tecidual (BLANES, 2004). A localização da ferida é um fator a ser considerado, pois nas lesões por pressão, por exemplo, estas são localizadas em regiões proximais, devido ao aporte sanguíneo mais eficiente, tendem a cicatrizar com maior facilidade; ao contrário daquelas em regiões distais, especialmente os membros inferiores. Feridas localizadas em sítios de alta mobilidade como articulações, merecem cuidados especiais, uma vez que a tensão da pele e tecidos nestas regiões, podem retardar o processo cicatricial (ROGENSKI; SANTOS, 2005). Ainda como afirma o mesmo autor, aquelas lesões localizadas em áreas com alto potencial de contaminação precisam de atenção específica, como as situadas em região sacra ou perineal; quando existe a presença de incontinências, a situação torna-se crítica. As feridas, que por sua localização, estão sujeitas a receber carga, como, por exemplo, as de região plantar, são de difícil tratamento tornando-se fundamental a orientação e cooperação do paciente. Estes são apenas alguns exemplos que apontam para a diversidade na escolha do tratamento adequado, considerando-se a localização da ferida. A infecção é o maior inimigo da cura de uma ferida. Ao determinar maior destruição de tecidos e retardar o processo de reparação, aumenta a formação de tecido cicatricial, que 21 poderá comprometer a função, a estética ou ambos. Assim, as culturas devem estar indicadas não só quando há indícios clínicos de infecção local ou sistêmica, mas também em casos de comprometimento ósseo, e de feridas que não cicatrizam, apesar do tratamento adequado (SILVA; FIGUEIREDO; MEIRELES, 2007). O tecido necrótico é o tecido desvitalizado contido na ferida. Um conhecimento bastante difundido é que a cicatrização da ferida é otimizada quando é removido todo o tecido necrótico da ferida, e isso é fato comprovado cientificamente, pois de acordo com estudos observa-se que após a retirada desse tecido, as fases da cicatrização continuam, promovendo o fechamento da lesão (BLANES, 2004). Para pessoas portadoras de lesões, grande parte dos problemas de cura que desfavorecem a cicatrização é a presença de edema, pois este causa obstrução venosa e linfática, onde o sangue e a linfa têm dificuldade de circular e se acumulam nos tecidos, desta forma o sangue que leva oxigênio e nutrientes essenciais ao favorecimento da cicatrização são impedidos de chegar a lesão (PEREIRA et al; 2006). Existem também fatores próprios do paciente que podem retardar a cicatrização, tais como: a pressão contínua sobre a área lesada por proeminências ósseas que pode ocorrer devido a falta de mobilidade, a idade, nutrição, doenças crônicas associadas, insuficiências vasculares úlceras, uso de medicamentos sistêmicos (antiinflamatórios, antibióticos, esteróides e agentes quimioterápicos) e o estado emocional (HESS,2002). Considerar a idade como um fator que pode interferir na cicatrização é um aspecto importante, pois este atua como co-fator de risco tanto para a lesão como para a sua manutenção, ao gerar um impacto no funcionamento de todos os sistemas fisiológicos corporais. A idade avançada está associada a uma série de alterações nutricionais, metabólicas, vasculares e imunológicas e, muitas vezes, as doenças crônicas, que tornam o indivíduo mais suscetível ao trauma e à infecção. Alguns estudos afirmam existir maior incidência de feridas crônicas em pacientes na faixa etária acima de 50 anos (MORAIS; OLIVEIRA; SOARES, 2008). No estado nutricional podemos dizer que as proteínas são fundamentais para todos os aspectos da cicatrização. Desde a síntese de colágeno, proliferação epidérmica, neovascularização, etc. A vitamina C é essencial para a hidroxilação da lisina e prolina no processo de síntese de colágeno. É também importante para a redução de fibroblastos e integridade capilar. A vitamina A, é essencial à formação e manutenção da integridade do 22 tecido epitelial. As vitaminas do complexo B são necessárias para a efetiva ligação cruzada entre as fibras colágenas, para função linfocitária e produção de anticorpos. Os oligoelementos como o zinco, ferro, cobre e manganês, são necessários para a formação do colágeno. A água é o mais importante nutriente, uma vez que se encontra em maior abundância no corpo e compõe todas as atividades celulares e funções fisiológicas (MORE; ARRUDA, 2007). A vascularização, oxigenação e perfusão tissular são condições essenciais para a manutenção da integridade e sucesso na reparação tissular. Indivíduos portadores de insuficiência arterial ou venosa podem desenvolver ulcerações distais que tendem a cronificação. O fumo também é um componente importante na ocorrência da hipóxia, devido à ação vasoconstritora da nicotina (MABTUM et al, 2004). A vascularização é muito importante no processo de reparação tissular por que a deficiência de oxigenação e perfusão tissular, diminui a irrigação de determinadas áreas onde existe comprometimento vascular, assim o sangue que levaria substancias essenciais a sobrevivência desses tecidos não chegará mais no local de destino, ou se chegar será com deficiência, não suprindo assim as necessidades dessa parte do corpo que pode levar a uma necrose a nível de tecido ou se já houver a ferida instalada, dificultará a cicatrização (SMELTZER; BARE, 2006). O controle dos valores laboratoriais como o hematócrito, albumina sérica, proteínas totais e a analise de dados antropométricos devem fazer parte do contexto da avaliação da ferida. São os nutrientes e substâncias provenientes destes que fornecem o substrato necessário para o organismos realizar todo o processo reconstrutivo e para fazer frente ás infecções (JORGE; DANTAS, 2005). Dentre esses fatores citados, o estresse, a ansiedade e a depressão também podem proporcionar o agravamento e/ou retardamento da cicatrização, pois provocam alterações hormonais, inibem o sistema imunológico, diminuem a resposta inflamatória e reduzem o processo fisiológico da cicatrização por isso é importante avaliar não só a ferida e os fatores diretamente ligados a ela, mas também o paciente por completo (LUCAS; MARTINS; ROBAZZI, 2008). Sobre as patologias que alteram a hemodinâmica do paciente proporcionando outras alterações associadas temos a diabetes mellitus que trata-se de uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer 23 adequadamente seus efeitos. Esta é caracterizada por hiperglicemia crônica frequentemente acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção endotelial. Portanto Pessoas diabéticas têm dificuldade de cicatrização em áreas com alteração na circulação sanguínea devido às complicações micro e macrovasculares, pois com o aumento da glicose no sangue diminui a função de coagulação sanguínea e isso faz com que as lesões demorem pra cicatrizar (GUYTON, 2002). 2.4 Definições de Lesões por Pressão Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato. A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa. A lesão ocorre como resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o cisalhamento. A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição (NPUAP, 2016) Segundo o NPUAP, a expressão descreve de forma mais precisa esse tipo de lesão, tanto na pele intacta como na pele ulcerada. No sistema prévio do NPUAP, o Estágio 1 e a Lesão Tissular Profunda descreviam lesões em pele intacta enquanto as outras categorias descreviam lesões abertas. Isso causava confusão porque a definição de cada um dos estágios referia-se à úlcera por pressão. Além dessa mudança, na nova proposta, os algarismos arábicos passam a ser empregados na nomenclatura dos estágios ao invés dos romanos. O termo “suspeita” foi removido da categoria diagnóstica Lesão Tissular Profunda. Durante o encontro do NPUAP, outras definições de lesões por pressão foram acordadas e adicionadas: Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico e Lesão por Pressão em Membrana Mucosa (NPUAP, 2016) 2.5 Fisiopatologia das lesões por pressão A etiologia das lesões por pressão advém da pressão exercida por uma força perpendicular à pele, resultante da ação da gravidade, o que ocasiona a oclusão do fluxo 24 sanguíneo do paciente que permanece em uma mesma posição no leito. À medida que a pressão se mantém e/ou aumenta, maior será o risco de instalação e desenvolvimento da úlcera por pressão (NPUAP, 2016) O fator tempo/duração da pressão é determinante para o início das ulcerações dos tecidos. Foi demonstrado que baixas pressões aplicadas em determinadas áreas de tecidos, por um longo período de tempo, são mais significantes na formação das úlceras por pressa do que altas pressões aplicadas por curtos períodos (MALAGUTTI, 2010). A persistência de pressão local leva a isquemia, que pode envolver a pele, tecido subcutâneo, tecido muscular e tecido ósseo. Sabe-se que uma pressão maior que 25mmhg oclui o fluxo sanguíneo dos capilares dos tecidos moles, evoluindo para hipóxia e, posteriormente, necrose, caso a pressão seja aliviada ou removida (BERGSTROM, 1987). Os estágios da LP recomendados pelo NPUAP são: Lesão por Pressão Estágio 1: Pele íntegra com eritema que não embranquece: Lesão por Pressão Estágio 2: Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme Lesão por Pressão Estágio 3: Perda da pele em sua espessura total Lesão por pressão Estágio 4: Perda da pele em sua espessura total e perda tissular: Lesão por Pressão Não Classificável: Perda da pele em sua espessura total e perda tissular não visível. Lesão por Pressão Tissular Profunda: descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura, persistente e que não embranquece Definições adicionais: Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médio e Lesão por Pressão em Membranas Mucosas. 2.6 Fatores de risco das Lesões por pressão Os fatores de risco que podem desencadear as lesões por pressão são classificados como intrínsecos e extrínsecos. Os fatores intrínsecos que devem ser considerados ao realizar a avaliação em indivíduos com potencial para desenvolver LP são: a idade avançada, redução da mobilidade ou imobilidade, déficit sensorial, alteração no nível de consciência, doenças agudas ou crônicas, história prévia de LP, entre outros (BLANES, L.; AUGUSTO, F. S. 2016) O estado nutricional, desidratação, a perfusão tecidual, o uso de determinados medicamentos são também fatores importantes na gênese das LP. A idade avançada traz alterações na elasticidade e textura da pele, dos tecidos subcutâneo e muscular e o aumento do 25 tempo do processo de cicatrização, contribuindo desta maneira, para aumentar o risco de desenvolvimento das LP. A atividade reflete a capacidade do indivíduo se movimentar ou andar, permite remover a pressão nas áreas de proeminências ósseas e ativar a circulação. O paciente com imobilidade é incapaz de realizar sozinho, mudanças na posição corporal e aliviar a pressão. A redução da atividade ou imobilidade são fatores de risco chave no desenvolvimento das LP. A formação da LP pode decorrer de doenças neurológicas que alteram o nível de consciência ou que resultam em redução da percepção sensorial que impedem o paciente de perceber a dor ou desconforto e responder com a mudança de posição ou de solicitar ajuda para o alívio da pressão (BLANES, L.; AUGUSTO, F. S. 2016). A pressão, o cisalhamento, a fricção e a umidade são fatores de risco extrínsecos. A pressão é considerada o principal fator causador da LP e seu efeito patológico no tecido pode ser atribuído a intensidade, duração e a tolerância tecidual. Por sua vez, estão diretamente relacionadas à imobilidade, atividade e percepção sensorial (BLANES, L.; AUGUSTO, F. S. 2016). 26 3 O CORPUS METODOLÓGICO DA INVESTIGAÇÃO Este capítulo é destinado a especificar o tipo de estudo, definição e caracterização da amostra, o instrumento da coleta de dados, os procedimentos da análise de dados e o aspecto ético. 3.1 Caracterização do tipo de pesquisa Tratou-se de um estudo de revisão integrativa da literatura operacionalizada a partir das seguintes etapas: identificação do tema e seleção da questão de pesquisa; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão; identificação dos estudos pré-selecionados e selecionados; categorização dos estudos selecionados; análise e interpretação dos resultados e apresentação da revisão/ síntese do conhecimento. (MENDES, SILVEIRA E GALVÃO, 2008) A pergunta que norteou este estudo foi: quais os resultados disponíveis na literatura acerca da aplicabilidade da Fenitoína na cicatrização de feridas em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva? Fernandes (2000) afirma que a revisão integrativa é uma análise ampla da literatura, contribuindo para compreensão sobre métodos e resultados de pesquisas, bem como na identificação do direcionamento de futuras investigações. A elaboração da revisão deve seguir padrões de rigor metodológico, os quais possibilitam ao leitor identificar as características reais dos estudos analisados. O resultado de uma revisão da literatura bem elaborada, sobre um determinado tema clínico, acarreta impacto benéfico direto na qualidade dos cuidados prestados ao paciente. O propósito inicial da revisão integrativa da literatura é a obtenção de um entendimento profundo sobre o fenômeno a ser investigado, com o objetivo de apresentar o atual conhecimento sobre um tópico específico ou esclarecer assuntos ainda obscuros. Além disso, torna-se essencial que as fontes escolhidas expressem a representatividade do todo, para que o processo seja organizado e conciso (BROOME, 2000). Na pesquisa bibliográfica ocorre o desencadeamento de uma série de etapas, tais como: escolha de tema, levantamento bibliográfico, formulação do problema (pergunta), elaboração do plano provisório de assunto, busca de fontes, leitura do material, fichamento, organização lógica do assunto e redação do texto (GIL, 2002). 27 Neste estudo o tema escolhido foi “aplicabilidade da fenitoína na cicatrização de lesões por pressão” devido ao grande aumento de casos vividos diariamente em unidades de terapia intensiva e por estar relacionada a causas multifatoriais e apresentarem fisiopatologia, critérios diagnósticos, implicações terapêuticas, prognósticas e preventivas distintas. Para a seleção da amostra foi estabelecido os seguintes critérios de inclusão: artigos online disponíveis na íntegra que aborde o tema aplicabilidade da fenitoina na cicatrização de feridas publicados no idioma português no período de 2000 a 2016. Como critérios de exclusão optou-se por: estudos em formatos de editoriais, estudos epidemiológicos. Através do banco de dados da Literatura Latino-Americana do Caribe em Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e na Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE)e Biblioteca SOBRATI usando os seguintes descritores em saúde: terapia intensiva, fenitoína, cicatrização, enfermagem baseada em evidencias. Foram encontrados 06 artigos sobre a temática usando os descritores: terapia intensiva, fenítoina, cicatrização, enfermagem baseada em evidências, após leitura minuciosa foram excluídos 02 artigos por não contemplar os critérios de inclusão. Posteriormente foi feito o fichamento com a devida identificação das fontes e o registro dos conteúdos pertinentes, para reunir sistematicamente o material colhido dos artigos selecionados para o estudo (GIL, 2002). Por fim, os dados foram apresentados em quadros e analisados conforme os objetivos do estudo. 3.2 Aspectos éticos da pesquisa Por se tratar de uma revisão de literatura e não oferecer riscos, não foi necessário submeter o projeto à avaliação de Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos conforme determina a Resolução n. 466/2012 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2012). 28 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO Ao analisar os quatro artigos para o estudo foram constatados que em relação à autoria 03 foram escritos por Enfermeiros, 01 por Médicos e acadêmicos do Curso de Medicina. Dos temas abordados 01 abordava a produção cientifica acerca da aplicabilidade da fenitoína na cicatrização de feridas, 01 sobre o potencial terapêutico da fenitoína na cicatrização de radiodermites, 01 sobre o efeito da fenitoína tópica na cicatrização de feridas: uma revisão sistemática, 01 Uso de fenitoína na cicatrização de úlcera por pressão: Desafio terapêutico. A caracterização dos estudos pode ser visualizada detalhadamente na Tabela 1, abaixo: Tabela 1- Caracterização dos estudos quanto autores/ano, revista, metodologia, público alvo e enfoque temático. AUTOR/ANO REVISTA METODOLOGIA FIRMINO, F.; REVISTA Revisão Da ALMEIDA, A. ESC. DE M. P.; et al., ENFERM. USP 2015 Literatura PÚBLICO ENFOQUE ALVO TEMÁTICO Paciente Adultos Produção Cientifica acerca da aplicabilidade da fenitoína na (RIO 2015) cicatrização de feridas Revisão JUNIOR, E. Revista P. S.; Cientifica do BATISTA, ITPAC R.R.A.M.; et al., 2011 sistemática: Estudo descritivo e documental (caso clínico) Paciente Adulta internada Uso de fenitoína na cicatrização de úlcera por pressão: Desafio Terapêutico 29 FIRMINO, F. Esc. Anna Nery 2007 R. Enfermagem Revisão da Literatura Paciente Potencial Adultos terapêutico da fenitoína na cicatrização de radiodermites SHAW J , HUGHES The British journal of dermatology C. M, LAGAN, K. M., 2007 Revisão Seres humanos O efeito clínico da Sistemática da fenitoína tópica na Literatura cicatrização de feridas: uma revisão sistemática Fonte: Elaborado pelo pesquisador com base nos dados e resultados da pesquisa, 2016. O artigo intitulado “A produção cientifica acerca da aplicabilidade da fenitoína na cicatrização de feridas” de Firmino e Almeida et al., (2015), apresenta evidencias fortes que os benefícios decorrentes do uso da fenitoína foram associados ao aumento do tecido de granulação, da angiogênese, e diminuição do tamanho das feridas que receberam intervenção. Destaca-se que as pesquisas de evidencia forte a moderada apontaram efeito analgésico deste fármaco para as feridas, bem como seus autores referiram o uso da fenitoína como aplicação segura fatores importantes quando se teme a absorção sistêmica que a aplicação tópica pode desencadear. Em se tratando de comparações, destaca-se nesse estudo que a fenitoína na aplicação tópica apresentou potencial cicatrizante maior que o soro fisiológico, ainda que seu potencial tenha sido inferior ao do hidrocoloide. Este fato torna o uso da fenitoína como agente cicatrizante atrativo aos serviços desprovidos de maiores recursos para aquisição de materiais de curativos de alta tecnologia. 30 A produção cientifica acerca do potencial cicatrizante da fenitoína caracteriza-se por pesquisas em feridas que são problemas clássicos na geração de custos para o sistema público de saúde mundial, agravado nos países em desenvolvimento. Novamente torna-se importante considerar que este fármaco foi considerado de uso seguro, barato e eficaz na cicatrização de feridas por diversos pesquisadores considerados nesta revisão integrativa. O estudo de autoria Junior e Batista et al., (2011), intitulado “Uso da fenitoína na cicatrização de úlcera por pressão: desafio terapêutico" trata-se de um estudo descritivo e documental de caso clínico. A paciente foi informada sobre os procedimentos experimentais e a responsável pela mesma assinou um termo de consentimento livre e esclarecido. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Fundação de Medicina Tropical do Tocantins sob parecer 090/2010. No presente estudo foi utilizado a fenitoína tópica na forma de comprimido 100mg triturado e dissolvido em 5ml de solução fisiológica 0,9%, aplicado sob a ferida de 12/12 horas, posteriormente coberta com gazes. Figura 1- Úlcera de pressão na região sacral antes do inicio do tratamento. Fonte: Junior e Batista et al. (2011). O estudo acima acompanhado com a terapia tópica utilizada da fenitoina sugere que ela pode ser útil para o tratamento de feridas agudas e crônicas, mostrando uma melhora substancial na formação do tecido de granulação; assim como redução dos tecidos desvitalizados e secreções; por fim regressão da LP após setenta dias de tratamento 31 satisfatório, (figura 2), apesar da paciente, devido a sua doença de base, permanecer acamada na maior parte do tempo. Figura 2 - A mesma úlcera setenta e dois dias após o uso da fenitoína tópica. Fonte: Junior e Batista et al. (2011) Ainda segundo o estudo observou-se que a fenitoína pó tornou-se uma opção mais barata e de fácil aplicação tópica em úlceras, alivia eficazmente a dor, combate quadro infeccioso local e melhora a formação e tecido de granulação, promovendo assim a cura, a redução da morbilidade e dos encargos financeiros que permitam a sua utilização em ambientes pobres em recursos. O artigo denominado “Potencial terapêutico da fenitoína na cicatrização de radiodermites” de autoria de Firmino 2007, trata-se de uma revisão de literatura e relato de experiência. No presente estudo a dose da fenitoína escolhida para intervenção proposta está de 50% inferior às doses de fenitoína demonstradas na literatura em relação a aplicação em feridas como úlceras por pressão grau II. Segundo os autores o emprego de tal dose foi devido o volume pequeno da área danificada pela irradiação e o cuidado em não causar danos a pele da lesão. Supõe-se que o pH da fenitoina tópica seja alto (cerca de 12), o que pode causar danos a pele adjacente à ferida, uma vez que o pH da pele normal é em torno de 4,5 ou 5. Daí decorre a indicação do uso da fenitoína manipulada na forma de creme por parte de alguns 32 estudiosos. Na intervenção descrita não foram detectados à inspeção, danos na pele adjacentes. Segundo Firmino 2007, em relação ao uso da fenitoína tópica na cicatrização de radiodermites, não constou registro na literatura compulsada tal como constou para úlceras venosas, por pressão, pé diabético, dentre outras. No entanto a radiodermite grau II esboça ferimento similar à úlcera por pressão grau II e queimaduras, e, nestas, a fenitoína tópica foi utilizada com bons resultados. O estudo de autoria de Shaw J; Hughes CM ; Lagan K. M, 2007, intitulado “O efeito clinico da fenitoína tópica na cicatrização de feridas: uma revisão sistemática, tratou-se de um estudo de revisão sistemática onde os pesquisadores tinham como principal objetivo: sistemática para identificar, sintetizar e avaliar criticamente as evidências clínicas disponíveis sobre os efeitos da fenitoína tópica na cicatrização de feridas. Segundo o estudo quatorze ensaios clínicos foram incluídos na revisão sistemática. Dois trabalhos foram de papeis de altura e 12 de moderada ou baixa qualidade metodológica. A maioria dos trabalhos não conseguiu descrever a randomização, a alocação de tratamento e técnicas ofuscantes adequadamente. Houve evidência moderada apresentada para apoiar o siso da fenitoína para o tratamento de úlceras de perna, feridas de hanseníase, feridas crônicas e úlceras do pé diabético. Os autores afirmam que houve um efeito positivo do tratamento percentual em favor do grupo tratado com fenitoína em um estudo que investigou feridas de pés diabéticos e um estudo em feridas crônicas. Houve evidência limitada para uso de fenitoína em queimaduras e feridas de guerra. 33 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A revisão integrativa da literatura realizada neste estudo conclui que o uso tópico da fenitoína é uma evidência forte de efeitos benéficos para o processo de cicatrização em lesões por pressão, pé diabético e por hanseníase. A realização de pesquisas experimentais nesta temática está crescendo no âmbito internacional. Os chineses tem desenvolvido trabalhos promissores, no entanto estão no idioma chinês com poucas informações disponibilizadas nos resumos inglês, um dos fatores limitantes na pesquisa. No entanto os estudos conduzidos são de qualidade forte a moderada, embora os resultados de algumas pesquisas sejam encorajados com resultados satisfatórios apesar da ação da fenitoína tópica não estar totalmente definido, a eficácia da terapia com fenitoína tópica ainda necessita de mais estudos clínicos baseados em evidências para que os benefícios na cicatrização de lesões por pressão sejam determinados, assim como a dose ideal e o método a ser utilizado no procedimento. Destaca-se a importância de incentivos na produção de pesquisas que apontem suas possíveis indicações em processos de cicatrização, o que muito contribuirá para a revisão e atualização de medidas de cuidados e uma assistência de enfermagem mais humanizada com inovações no cuidado. 34 REFERÊNCIAS ANTUNES, M.C.S. 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