Resumo de Eletrodinâmica i = Corrente Elétrica (A) Δq = quantidade de carga elétrica no fio em movimento (C = coulomb) milicoulomb: microcoulomb: nanocoulomb: n = número de elétrons e = carga elementar de um elétron = 1,6 10-19C Esta fórmula é usada para a corrente elétrica média ou quando a corrente elétrica for constante: i = intensidade de corrente elétrica (A = ampère) Δt = tempo (s = segundos) Cálculo da carga elétrica quando é fornecido o gráfico da intensidade de corrente pelo tempo: Área do retângulo = Área do triângulo = Área do trapézio = No caso deste exemplo 1: Área do trapézio = N = numericamente: a carga elétrica nada tem haver com uma área. O que ocorre é que a fórmula da área é equivalente a fórmula para calcular a carga elétrica média. Exemplo 2: Note que a unidade de medida da corrente elétrica está em mA = 10-3A. “Pegadinha” comum nestes gráficos. Fique atento. Esta figura também é um trapézio. Área do trapézio = Intensidade de corrente média = 1 U = DDP = diferença de potencial ou tensão elétrica ou voltagem (V) U = diferença entre os potenciais de dois pontos (V = volt) UAB = VA - VB Exemplo 3 - tomadas: Exemplo 4 – ligação da fiação elétrica em uma casa: 2 R = Resistência elétrica de um fio () Símbolos do resistor: R = valor da resistência elétrica de um resistor ( = ohm) ou Resistor é um “fio fininho” que serve para limitar a quantidade de corrente elétrica que atravessa um fio. Além disto ele pode gerar calor e se o fio fino ou filamento ficar em brasa irá gerar luz. Aparelhos que usam resistores: Nem só o “fio fininho” faz a função de um resistor. Todo material condutor de eletricidade pode fazer esta função de resistir a passagem de elétrons. O corpo humano e a água salgada são bons exemplos de outros condutores. 3 1ª Lei de Ohm U = DDP (diferença de potencial) ou tensão elétrica ou voltagem (V = volt) 1kV = 1000V 1k = 1000 1mA = 0,001A R = resistência elétrica de um resistor ( = ohm) i = intensidade de corrente elétrica (A = ampère) Gráfico de resistor ôhmico: o valor da resistência é constante. Gráfico de resistor não ôhmico: o valor da resistência é variável. Exemplo 5: U=R·i 5 = R·0,05 (cte) Exemplo 6: U=R·i 2 = R·10 2ª Lei de Ohm R = resistência elétrica de um resistor ( = ohm) = resistividade = depende do tipo de material (·m; ·cm/mm2; etc) L = comprimento do fio (m; cm; mm; etc) A = área da secção transversal do fio (m2; cm2; mm2; etc) d = diâmetro da secção transversal r = raio da secção transversal Variação da resistência com a temperatura R = resistência elétrica final de um resistor ( = ohm) Ro = resistência elétrica inicial de um resistor ( = ohm) = coeficiente de temperatura do material (ºC-1) Para metais > 0 (positivo) Para as ligas especiais = 0 (não altera o valor da resistência) Para a grafita e as soluções eletrolíticas < 0 (negativo) Δ = variação de temperatura = final - inicial = resistividade (·m; ·cm/mm ; etc) 2 o = resistividade inicial (·m; ·cm/mm ; etc) 2 4 Pot = Potência Elétrica (W) Pot = potência elétrica (W = watt) À partir da 1ª Lei de Ohm, nas fórmulas auxiliares: Fórmula principal: , chegamos e Eel = Energia Elétrica (J ou kWh) Eel = energia elétrica (J = joule = para S.I. Sistema Internacional de Unidades de Medidas) (kWh = quilowatt-hora = para cálculo do valor da conta de luz) Δt = tempo (s = segundos = para S.I.) (h = horas = para conta de luz) J kWh W kW s S.I. h conta de luz 1 kW = 1000 W 1 h = 60 min = 3600 s Eel = Q = Energia Elétrica transformada em térmica (J ou cal) Eel = energia elétrica (J ou cal) Q = quantidade de calor = energia térmica (J ou cal) Quando varia a temperatura: QS = quantidade de calor sensível, usado quando varia a temperatura mas sem mudar o estado físico. Quando varia o estado físico: QL = quantidade de calor latente, usado quando muda o estado físico, mas sem variar a temperatura. 1 cal 4,2 J 1 kg = 1.000 g m = massa (g ou kg) cágua = 1 cal/g·ºC ou 4.200 J/kg·ºC c = calor específico (cal/g·ºC ou J/kg·ºC) cgelo = cvapor = 0,5 cal/g·ºC ou 2.100 J/kg·ºC L = calor latente (cal/g ou J/kg) Δ = variação da temperatura = final - inicial (ºC) Lfusão do gelo = 80 cal/g ou 336.000 J/kg Lebulição da água = 540 cal/g ou 2.268.000 J/kg 5 Associação de resistores SÉRIE Características: - A corrente elétrica não se divide. - Não existem nós (emenda de 3 ou mais fios). - O valor da resistência elétrica total aumenta. PARALELO Características: - A corrente elétrica se divide. - Existem nós (emenda de 3 ou mais fios). - O valor da resistência elétrica total diminui. Req = RT = RAB = resistência equivalente ou resistência total () iT = intensidade de corrente elétrica total (A) UT = UAB = DDP ou tensão total (V) RT = R1 + R2 + R3 + ··· + RN iT = i1 = i2 = i3 = ··· = iN iT = i1 + i2 + i3 + ··· + iN UT = U1 + U2 + U3 + ··· + UN UT = U1 = U2 = U3 = ··· = UN Dica: Repare que nesta associação do tipo “sériiiiiiiiii...” o valor do “i” é sempre igual. Dica: Repare que nesta associação do tipo “paraleluuuu...” o valor do “u” é sempre igual. Regras práticas de cálculo para dois casos particulares de associação em paralelo Para dois resistores (e apenas dois) em paralelo: Para N resistores iguais e em paralelo: (produto pela soma) 6 Exemplos de exercícios de associação de resistores: Exemplo 7 – No circuito abaixo, após fechar a Exemplo 8 - No circuito abaixo, após fechar a chave S, calcule: chave S, calcule: a) O valor da resistência total. b) A intensidade de corrente elétrica em cada resistor. c) A ddp de cada lâmpada. d) A potência de cada resistor e a potência total. a) O valor da resistência total. b) A intensidade de corrente elétrica em cada resistor. c) A ddp de cada lâmpada. d) A potência de cada resistor e a potência total. Exemplo 9 - No circuito abaixo, calcule: Exemplo 10 - No circuito abaixo, calcule: a) O valor da resistência total. b) A ddp total e de cada resistor. c) A intensidade de corrente elétrica em cada resistor. d) A potência de cada resistor e a potência total. a) O valor da resistência total. b) A ddp de cada resistor. c) A intensidade de corrente elétrica total e em cada resistor. d) A potência de cada resistor e a potência total. Dado: 1 k = 1.000 Exemplo 11 - No circuito abaixo UAB = 120V, calcule: Exemplo 12 - No circuito abaixo UAB = 70V, calcule: a) O valor da resistência total. b) A ddp de cada resistor. c) A intensidade de corrente elétrica total e em cada resistor. d) A potência de cada resistor e a potência total. a) O valor da resistência total. b) A ddp de cada resistor. c) A intensidade de corrente elétrica total e em cada resistor. d) A potência de cada resistor e a potência total. 7 Exemplo 13 - No circuito abaixo UAB = 70V, calcule: Exemplo 14 - No circuito abaixo UAB = 70V, calcule: a) O valor da resistência equivalente entre os pontos A e B. b) A intensidade de corrente elétrica total. c) A ddp e a corrente de cada resistor. d) A potência total. a) O valor da resistência equivalente entre os pontos A e B. b) A intensidade de corrente elétrica total. c) A ddp e a corrente de cada resistor. d) A potência total. Exemplo 15 - No circuito abaixo, calcule: Exemplo 16 - No circuito abaixo calcule o valor da resistência equivalente entre os pontos A e B. a) O valor da intensidade da corrente elétrica e a ddp sobre o resistor 3. b) O valor da ddp e o valor dos resistores 1 e 2. c) O valor da ddp total. d) O valor da resistência equivalente. Exemplo 17 - No circuito abaixo calcule o valor da resistência equivalente e a intensidade da corrente elétrica total. Respostas: 8 Aparelhos de medidas elétricas: Amperímetro e Voltímetro Amperímetro = aparelho que serve para medir Voltímetro = aparelho que serve para medir a a intensidade de corrente elétrica. ddp ou tensão elétrica ou voltagem. É sempre colocado em série no circuito, pois em É sempre colocado em paralelo no circuito, pois “sériiiiiiiiiii...” o valor de “i” é igual. em “paraleluuuuuuu...” o valor do “U” é sempre igual. Atenção: se colocar um amperímetro em paralelo, como sua resistência interna é muito pequena, tendendo a zero, ela causará um curto-circuito. Amperímetro com voltímetro: Atenção: se colocar um voltímetro em série, como sua resistência interna é muito grande, tendendo ao infinito, ele não permitirá a passagem de corrente elétrica. O circuito apenas para de funcionar. Circuito com amperímetro e voltímetro Exemplo 18 – No circuito da figura, o Exemplo 19 – No circuito da figura abaixo, a voltímetro indica o valor de 120V e o bateria tem uma ddp total de 12V. Determine: amperímetro de 4ª. Determine: a) O valor da resistência elétrica do resistor R5. b) O valor da intensidade da corrente elétrica que passa pelo resistor R6. c) O valor da DDP da bateria que o circuito está ligado. d) A energia consumida pelo circuito em 1 minuto. a) A resistência elétrica total do circuito. b) As leituras do voltímetro e do amperímetro. c) A ddp e a intensidade de corrente elétrica no resistor entre os pontos X e Y. Respostas: 9 Ponte de Wheatstone A Ponte de Wheatstone serve para descobrir o valor de um resistor desconhecido, tendo 3 resistores conhecidos e um galvanômetro ou um fio de comprimento conhecido e um galvanômetro. O Galvanômetro é um medidor de corrente elétrica de baixa intensidade. Para valer as relações matemática, a condição é que o valor marcado no galvanômetro seja de zero ampères. A relação matemática para esta Ponte de Wheatstone é obtida ao se igualar a multiplicação dos resistores que estão nas diagonais opostas. A relação matemática para a Ponte de Wheatstone com fios é obtida igualando as multiplicações dos resistores com os comprimentos dos fios que estão nas diagonais opostas. Exemplo 20 – O galvanômetro da figura abaixo indica zero ampères. Isto significa que a Ponte de Wheatstone esá em equilíbrio e é possível aplicar a sua relação matemática. Determine: a) O valor do resistor R. b) A intensidade de corrente elétrica no resistor de 15. c) A ddp no resistor de 20. d) A corrente elétrica total do circuito. Resposta: 10 Gerador Gerador é o elemento que fornece a ddp e corrente elétrica para o circuito. Pode ser uma pilha, uma bateria ou uma tomada que transmite a energia do gerador de uma usina hidrelétrica. Gerador de corrente contínua Gerador de corrente alternada As pilhas ou baterias fornecem uma corrente contínua, ou seja, a corrente elétrica tem um único sentido. A tomada fornece uma corrente alternada, ou seja, a corrente elétrica muda de sentido várias vezes por segundo. No Brasil, esta frequência é de 60Hz, ou seja, a corrente inverte de sentido 60 vezes em um segundo. Receptor Receptor é o elemento que absorve a energia gerada por um gerador. Pode ser um motor ou uma pilha invertida no circuito. Um receptor só funciona se estiver ligado a um gerador, necessariamente. 11 Equações de Gerador e Receptor Gerador: A corrente elétrica entra pelo – e sai pelo + A ddp útil nos terminais do gerador (U) é o resultado de toda ddp gerada (E) pela fem menos o que o próprio gerador gastou com sua resistência interna (Uresistência = r·i). Receptor: A corrente elétrica entra pelo + e sai pelo – A ddp total nos terminais do receptor (U`) é o resultado da ddp útil pela fcem (E`) mais o que o próprio receptor gastou com sua resistência interna (U`resistência = r`·i). Uútil gerado = Utotal do gerador - Udissipado pelo resistor U = E – r·i Utotal gasto = Uútil do receptor + Udissipado pelo resistor U = ddp útil (diferença de potencial) (V) E = fem = força eletro motriz = ddp total gerada pela bateria (V) r = resistência interna do gerador () R = resistência externa ao gerador () i = corrente elétrica do circuito (A) U` = E` + r`·i U` = ddp total (diferença de potencial) (V) E` = fcem = força contra eletro motriz = ddp útil gasta pelo receptor (V) r` = resistência interna do receptor () Para o circuito externo, a ddp útil do gerador é a mesma consumida pelo resistor externo, assim: Uma vez que a ddp útil do gerador é a mesma para o receptor mais o resistor, podemos igualar: U = Ri U`receptor + Uresistor = Ugerador E` + r`i + Ri = E - ri r`·i +Ri + ri = E – E` Uma vez que a ddp útil é a mesma para o gerador e para o circuito externo (resistor), podemos igualar: U = U Ri = E - ri Ri + ri = E Lei de Pouillet: Lei de Pouillet: Onde: , ou seja, a ddp gerada tem que ser maior que a ddp consumida ou recebida. 12 Associação de geradores e receptores Para vários geradores e receptores associados em série: Gerador Lei de Pouillet: Sempre é uma função do 1º grau decrescente. Os valores de E e r são constantes. ∑ ∑ ∑ ∑ , ou seja, a ddp total gerada Onde: ∑ tem que ser maior que a ddp total consumida ou recebida. Gráficos de Gerador, Receptor e Resistor Receptor U = E - r·i ∑ ∑ U` = E` + r`·i Sempre é uma função do 1º grau crescente. Os valores de E` e r` são constantes. Exemplo 21 - U = 36 - 3·i, ou seja, E = Exemplo 22 - U = 9 + 3·i, ou 36V e r = 3. seja, E` = 36V e r` = 3. Resistor U = Ri Sempre é uma função do 1º grau crescente que tem início na origem do sistema de coordenadas cartesianas. O valor de R é constante. Exemplo 23 - U = 3·i, ou seja, R = 5. Observação: - Quando i = 0, o valor de U é a própria fem E. Isto significa que os terminais do gerador estão abertos ou desconectados. - Quando o valor de E = 0, o valor de i é icc = E/r. Chamamos este i de icc, ou seja, corrente de curto circuito. Ocorre quando os terminais do gerador estão ligados diretamente em curto-circuito. 13 Potência de Gerador e Receptor (W) Gerador Receptor Pt = Pu + Pd Pt = Pu + Pd Pt = Potência gerada ou potência total Pt = E·i Pt = Potência consumida ou potência total Pt = U`·i Pu = Potência útil ou potência a ser utilizada fora do gerador ou potência dissipada pelo resistor externo ao gerador. Pu = U·i = R·i2 Pu = Potência útil ou potência a ser utilizada pelo motor em funcionamento. Transforma a energia elétrica em cinética pelo magnetismo Pu = E`·i Pd = Potência dissipada na forma de calor pela própria resistência interna do gerador. Pd = r·i2 Pd = Potência dissipada na forma de calor pela própria resistência interna do receptor. Geralmente os fios do enrolamento do motor geram esta resistência. Pd = r`·i2 Potência Útil Máxima do Gerador (W) Ocorre quando o valor da corrente elétrica vale metade da corrente de curto-circuito. Assim: ( ) equação do 2º grau parábola ( ) Rendimento do Gerador e Receptor( Gerador ) Receptor 14 Leis de Kirchhoff Lei dos Nós Lei das Malhas A somatória das correntes elétricas que chegam em um nó são iguais a somatória das correntes elétricas que saem dos nós. ∑ A somatória de todas as ddps em uma malha é sempre igual a zero. Lembrando: U=R·i ∑ ∑ ∑ ∑ Sentido da ddp para ser considerado em cada aparelho: Gerador: o sentido da ddp é sempre do – para o + Receptor: o sentido da ddp é sempre do – para o + Resistor: o sentido da ddp é sempre opôs ao da corrente elétrica. Exemplo 24 – Dado o circuito abaixo, determine: a) Os valores de i1, i2 e i3. b) A ddp entre os pontos AB, AC, AD e AE. Respostas: 15 RESUMÃO Associação de resistores em sériiiiiiiiiii... (o “i” é igual): RT = R1 + R2 + R3 + ··· + RN Carga elétrica (C): Corrente elétrica (A): Gerador: U = E – r·i U = Ri iT = i1 = i2 = i3 = ··· = iN Δq = área do gráfico i x t UT = U1 + U2 + U3 + ··· + UN Associação de resistors em paraleluuuu… (o “U” é igual): DDP (V): UAB = VA - VB 1ª Lei de Ohm: iT = i1 + i2 + i3 + ··· + iN 2ª Lei de Ohm (): UT = U1 = U2 = U3 = ··· = UN Para dois resistores em paralelo: Pt = Pu + Pd; Pt = E·i Pu = U·i = R·i2; Pd = r·i2 Para N resistores iguais em paralelo: Receptor: U` = E` + r`·i Ponte de Wheatstone: Variação da resistência elétrica com a temperatura: ou Leis de Kirchhoff: Potência elétrica (W): ; ∑ ou Energia elétrica (J ou kWh): Energia elétrica transformada em térmica (quantidade de calor) (J ou cal): ou ou ∑ ∑ ∑ ∑ Pt = Pu + Pd; Pt = U`·i Pu = E`·i; Pd = r`·i2 Associação de geradores com receptores: ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ By Prof. Nilton Sihel – imagem obtidas na internet e adaptada para esta apostila 16