Page 1 O Grito Edgard Munch Texto I Somos muitos Severinos

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NO
2010
Linguagens, Códigos e
suas Tecnologias
Língua Portuguesa
Prof. Fábio Coelho
3
nº
O Grito
Edgard Munch
Texto II
“
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida: na
mesma cabeça grande que
a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas
finas, e iguais também
porque o sangue que usamos
tem pouca tinta. E se somos
Severinos iguais em tudo na
vida, morremos de morte
“
Texto I
igual, mesma morte severina.
Morte e Vida Severina. João
Cabral de Melo Neto.
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1. É possível identificar intertextualidade, analisando os textos I e II, embora seja um diálogo
entre arte plástica e um texto em verso. Assina a alternativa que demonstra esse diálogo,
utilizando como “elo”, um movimento de vanguarda que “incendiou” a Europa no início do
século XX.
a) O Futurismo, de Marinetti, defendeu uma poesia baseada essencialmente na coragem.
b) O Cubismo, que o poema, por exemplo, reduz-se a uma recessão de anotações sem
relacionamento causal visível.
c) O Expressionismo, caracterizado pela arte criada sob o impacto da expressão, mas da
expressão da vida interior.
d) O Surrealismo, dizendo que a arte pura e verdadeira viria do subconsciente do artista.
e) Do Concretismo, explorando os aspectos auditivo e visual no papel.
2. Observe a tira e, em seguida, analise as afirmativas que são atribuídas a ela.
a) Percebe-se o uso constante da língua portuguesa padrão, sem perspectiva de sofrer
qualquer tipo de variação linguística.
b) O exercício do coloquialismo na linguagem na primeira fala do personagem, demonstra
solecismo gramatical.
c) A moral da história é que a união sempre faz a força.
d) Segundo o entendimento da tirinha deve-se subestimar a força de um só homem.
e) O vocábulo “cada” , no segundo quadro, apresenta valor adverbial.
Resta o peito
CÁLICE
Silêncio na cidade
“Pai! Afasta de mim esse cálice
Não se escuta
Pai! Afasta de mim esse cálice
De que me vale
Pai! Afasta de mim esse cálice
Ser filho da santa
De vinho tinto de sangue...
Melhor seria
Ser filho da outra
Como beber
Outra realidade
Dessa bebida amarga
Menos morta
Tragar a dor
Tanta mentira
Engolir a labuta
Tanta força bruta...”
Mesmo calada a boca
Chico Buarque
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Composição: Chico Buarque e Gilberto Gil.
3. Desde a Antiguidade já se produziam textos cujo objetivo era registar, documentar, provocar
reflexões sobre aspectos políticos, econômicos, religiosos e sociais.
Nessa composição de Chico Buarque, linguística e semanticamente percebe-se corretamente:
a) que há uma intenção político-social, evidenciando um determinado período histórico
brasileiro.
b) o uso da linguagem metafórica prejudica, através do vocábulo “cálice”, o entendimento,
por parte do leitor (ou ouvinte), com relação a presença de valores humanas e sociais.
c) “Cálice” deve se percebido semanticamente como um objeto que se usa, tão somente,
para beber vinho.
d) A repetição do vocábulo “Pai” no início dos primeiros versos, representa o recurso
estilístico denominado de anástrofe.
e) Entende-se pela expressão: “De vinho tinto de sangue”, que o sofrimento é apenas de
âmbito pessoal.
GRITO DE ALERTA
Primeiro você me azucrina
Me entorta a cabeça
Me bota na boca
Um gosto amargo de fel...
Depois
Vem chorando desculpas
Assim meio pedindo
Querendo ganhar
Um bocado de mel...
Não vê que então eu me rasgo
Engasgo, engulo
Reflito e estendo a mão
E assim nossa vida
É um rio secando
As pedras cortando
E eu vou perguntando:
Até quando?...
São tantas coisinhas miúdas
Roendo, comendo
Arrasando aos poucos
Com o nosso ideal
São frases perdidas num mundo
De gritos e gestos
Num jogo de culpa
Que faz tanto mal...
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Não quero a razão
Pois eu sei
O quanto estou errado
E o quanto já fiz destruir
Só sinto no ar o momento
Em que o copo está cheio
E que já não dá mais
Prá engolir...
Veja bem!
Nosso caso
É uma porta entreaberta
E eu busquei
A palavra mais certa
Vê se entende
O meu grito de alerta
Veja bem!
É o amor agitando o meu coração
Há um lado carente
Dizendo que sim
E essa vida dá gente
Gritando que não...
Gonzaguinha
Composição: Gonzaguinha
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4. Analisando estilisticamente Grito de Alerta, de Gonzaguinha, verifica-se corretamente
que:
a) pode-se fazer uma intertextualidade com uma cantiga trovadoresca de amigo, pois o eulírico é masculino.
b) através do termo “azucrina”, vê-se a utilização de um vocábulo expressivo, aproximandose da onomatopeia.
c) A colocação do pronome “Me” no início do verso não mais demonstra desvio gramatical,
em se tratando de linguagem padrão.
d) em “E assim nossa vida é um rio secando...”, há uma explícita comparação.
e) a repetição do |g| em “... rasgo, me engasgo, engulo” representa assonância.
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Florbela Espanca
5. Apesar de o amor ser um dos temas mais recorrentes pelos poetas através dos tempos, nesses
versos Florbela demonstra que:
a) na época conservadora, em que vivia, levava-se a crer muito provavelmente, num viver
que nos fatos se coadunará e não se distanciará dos conceitos morais e sociais vigentes.
b) a fugacidade do tempo da vida impede-se viver um grande e verdadeiro amor.
c) o lirismo do texto vem ao encontro do lirismo demonstrado pelos poetas ultrarromânticos
brasileiros.
d) Semanticamente foge da compreensão dos seguintes versos de Vinícius de Moraes:
“O amor que seja infinito enquanto dure”.
e) Só se ama verdadeiramente, na vida se amar “Este e Aquele, o Outro...”.
GABARITO (V.2)
1
Verdadeiras: I, II, III, IV, V, VI, VIII e IX
Falsas: VII, X
Professor Colaborador: Walter Fernandes
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OSG.: 30627/10 Pablo V. 26/03/10 - REV.:KA
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