Marcelo Flecha - Memorial Brasil de Artes Cênicas

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Marcelo Flecha
Marcelo Enrique Flecha, argentino naturalizado brasileiro, com residência no Maranhão desde
1978, é diretor, dramaturgo, pesquisador teatral, cenógrafo e iluminador.
Sua trajetória começa na cidade de Balsas, interior do Maranhão, onde dirigiu o espetáculo
"Stresk", de Itamar Perez, prêmio de melhor direção no III Festival de Teatro Sul-maranhense,
em 1990. Participou ativamente do movimento cultural no interior do estado, entre os anos de
1987 e 1995. Durante esse período, foi presidente do Grupo Ger"Ar-te" de Teatro, diretor do
Núcleo Regional de Cultura de Balsas, presidente da Associação Artística Balsense e diretor
de programação da Federação Maranhense de Teatro. Ainda em Balsas, criou e dirigiu
"Tropicanalha" (1990), "Ger"Ar-te" (1990), "Zumbi" (1992), "O Último Discurso" (1993), "O
Plebiscito da Nação dos Bruxos" (1993) e "Rebuliço" (1994), show musical do amigo Deusamar
Santos. Também em 1994, Flecha dirigiu "O Santo Inquérito", de Dias Gomes, ganhador de
oito prêmios no V Festival de Teatro Sul-maranhense – seu segundo prêmio de melhor direção.
O intenso intercâmbio do Grupo Ger"Ar-te" com o Grupo Oásis, de Imperatriz/MA, o aproximou
de dois amigos que acompanhariam toda sua trajetória, Cláudio Marconcine – companheiro
atual de Cia., e Gilberto Freire de Santana, autor de "Entre Laços".
Em 1995, a convite do produtor cultural Fernando Bicudo, mudou-se da cidade de Balsas para
a capital do Maranhão, São Luís, onde ocupou o cargo de diretor técnico do Teatro Arthur
Azevedo durante uma década. Dirigiu a ópera-boi "Catirina", de Papete e Josias Sobrinho, que
permaneceu seis anos em cartaz. Durante essa época, conheceu a esposa e produtora Katia
Lopes, o amigo e companheiro de Cia., Jorge Choairy e o amigo César Boaes, ator da Santa
Ignorância Cia. de Artes. Trabalharam juntos nas suas primeiras direções na ilha de São Luís:
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"Ramanda e Rudá" (1999), de Francisco Pereira da Silva, sua terceira premiação de melhor
direção no Prêmio Universidade FM, "Marat-Sade" (2001), de Peter Weiss, e três lançamentos
do poeta Luís Augusto Cassas, período embrionário da Pequena Companhia de Teatro.
De 1995 a 2004, trabalhou como diretor teatral e diretor técnico para o Centro Cultural Ópera
Brasil. Essa experiência trouxe para Flecha a oportunidade de trabalhar em óperas, balés e
musicais. Dentre as diversas produções, destacam-se as óperas "Orfeu e Eurídice", de Gluck,
"O Escravo", de Carlos Gomes, "Tosca", de Puccini e o balé "Terra Brasilis". Essas montagens
foram dirigidas por Fernando Bicudo, com quem formou uma parceria artística por mais de uma
década, e excursionaram pelo Brasil e pelo exterior.
Em 2005 e 2006 dirigiu o "Auto da Liberdade", de Crispiano Neto, para a Prefeitura Municipal
de Mossoró/RN. A partir desse período, Flecha estabelece uma relação afetiva com a Cia. A
Máscara de Teatro, de Mossoró, dirigindo os espetáculos "Medeia, um Fragmento" (2005), de
Eurípides, e "Deus Danado" (2007), de João Denys. No Maranhão, foi um dos produtores da
"Semana Imperatrizense de Teatro", entre 2003 e 2007, além de ser o diretor artístico da "Feira
do Livro de São Luís", nas edições de 2007 e 2008.
Também em 2005, Flecha dedica-se às atividades da então criada Pequena Companhia de
Teatro, formada juntamente com os amigos e atores Jorge Choairy e Cláudio Marconcine, e a
produtora Katia Lopes. Dentre as pesquisas do grupo, chama a atenção a adaptabilidade das
encenações para qualquer espaço físico e o desenvolvimento de um sistema de montagem
ancorado no Quadro de Antagônicos – instrumento que trabalha a oposição física como
mecanismo de treinamento atoral.
Fruto dessa pesquisa, Marcelo Flecha desenvolve atividades de formação para atores e
dramaturgos através das oficinas "O Quadro de Antagônicos como instrumento de treinamento
para o ator" e "Do épico ao dramático: a transposição de gêneros como instrumento de
confecção de dramaturgia", reconhecidas pela FUNARTE, pelo Programa BNB de Cultura e
pelo SESC, já ministradas em mais de vinte cidades brasileiras.
Em 2011, Flecha lança o livro "Cinco Tempos em Cinco Textos", dramaturgia reunida,
contemplado para publicação pelo Programa BNB de Cultura. Criador da cenografia e
iluminação da maioria das montagens que dirigiu, sua incursão estética, focada na iluminação
artesanal e na utilização de materiais recicláveis na concepção de cenários, lhe rendeu várias
premiações.
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Os espetáculos da Pequena Companhia de Teatro, dirigidos por Marcelo Flecha, são: "O
Acompanhamento" (2005), de Carlos Gorostiza; "Entre Laços" (2009), de Gilberto Freire de
Santana e "Pai e Filho" (2010), livre adaptação da obra "Carta ao Pai", de Franz Kafka. Este
último foi o primeiro espetáculo maranhense selecionado para o Palco Giratório, nos quinze
anos de projeto. Ganhou o prêmio SATED Maranhão de Artes Cênicas em seis categorias quarto prêmio de melhor direção de Flecha. Contemplado com o Prêmio Myriam Muniz de
Teatro 2009 e 2010, para montagem e circulação, o espetáculo já foi apresentado em 49
cidades brasileiras de 19 estados e participou de 23 festivais e mostras de teatro.
Com a recente aquisição da nova sede da Pequena Companhia de Teatro, no centro histórico
de São Luís, Marcelo Flecha inicia uma nova jornada criativa e o grupo abre um espaço para a
realização de espetáculos, debates, oficinas e intercâmbios.
Para saber mais sobre Marcelo Flecha, clique aqui e visite o blog da Pequena
Companhia de Teatro. 3/4
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