A história de José - Santuário Divino Espírito Santo

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Catequese com Adultos
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A história de José
A partir do capítulo 37, toda a última parte do Gênesis é uma biografia de José, exceto os
capítulos 38 e 49. Ao contrário das precedentes, esta história se desenvolve sem
intervenção visível de Deus, sem nova revelação, porém trata-se de um ensinamento que
é claramente expresso no fim: Deus me enviou.
A Providência se diverte com os cálculos dos homens e sabe transformar em bem o seu
malquerer (Gn 50,19-21). Não só José é salvo, como o crime de seus irmãos torna-se
instrumento do desígnio de Deus; a vinda dos filhos de Jacó ao Egito prepara o nascimento
do povo eleito.
Isaac gerou Jacó e Esaú. Jacó teve 12 filhos simbolizando as doze
tribos de Israel. Dos filhos de Jacó, destaca-se a história de José,
preferido pelo pai e odiado pelos irmãos. Acaba tendo um futuro
importante e tornando-se instrumento de Deus para salvar a própria
família.
Jacó amava José mais do que todos os outros filhos, porque ele era o
filho de sua velhice (José e Benjamim eram filhos de Raquel) e mandaralhe fazer uma túnica de várias cores. Seus irmãos vendo que seu pai o
preferia a eles, conceberam ódio contra ele e não podiam mais tratá-lo
com bons modos. (Gn 37,4)
Ora, José teve um sonho e o contou aos seus irmãos, que o detestaram ainda mais:
“Ouvi, disse-lhes ele, o sonho que tive: _ Estávamos ligando feixes no campo, e eis que o
meu feixe se levantou e se pôs de pé, enquanto os vossos o cercavam e se prostraram
diante dele”. Seus irmãos disseram-lhe: ”Quererias, porventura, reinar sobre nós e tornarte nosso senhor?” E odiaram-no ainda mais por causa de seus sonhos e de suas palavras.
(Gn 37, 6-8)
Num dia em que José seguindo ordens do pai vai para o campo
procurar notícias dos irmãos que pastoreavam as ovelhas, seus irmãos
percebem aí uma oportunidade para se livrarem dele. Primeiro jogaramno em uma cisterna para que ele morresse. Porém antes que isso
acontecesse, passa uma caravana, e os irmãos de José resolveram
vendê-lo por 20 moedas de prata aos ismaelitas, que o levaram para o
Egito.
José é feito escravo de Putifar, homem de confiança do Faraó. Com fé
em Deus, José conquista a simpatia de Putifar, que lhe entrega a administração da casa. A
mulher do patrão o calunia e José vai para a prisão.
Também na cadeia José sente que Deus está perto dele, consegue angariar simpatia do
diretor que lhe entrega cargos de confiança. José desvenda sonhos do copeiro e do padeiro
do Faraó. “O primeiro se reabilitará e voltará para sua função, enquanto o segundo será
condenado à morte.”
O rei tem sonhos: ele estava perto do rio Nilo e aparecem-lhe 7 vacas gordas a pastar.
Depois chegam 7 vacas magras que devoram as 7 vacas gordas. E também aparecem-lhe
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5º encontro
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revisado em 2008/1
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7 espigas de trigo cheias de grãos e bonitas, e logo depois 7 espigas de trigo, desta vez
murchas, que acabam com as primeiras.
O rei sem entender o significado disto procura alguém para
explicar-lhe. O copeiro se lembra do amigo da cadeia e fala ao
Faraó, que então manda chamá-lo. José explica que as 7 vacas
gordas e as espigas bem cheias representam fartura que durará
por 7 anos, e que as 7 vacas magras e espigas murchas
representam 7 anos de carestia, que se seguirão e acabarão com a
fartura. José sugere ao Faraó nomear um homem de sua confiança
para cuidar da armazenagem do trigo durante a fartura para
prevenir o tempo da carestia.
O rei agrada das respostas e sugestões de José e confia a ele
esta missão e lhe dá o cargo de vice-rei.
Quando chegou o tempo da carestia, todo o Egito comprava trigo do Faraó sob a
administração de José. A fome assolava também Canaã, onde Jacó(Israel) vivia com seus
onze filhos.
Jacó manda dez de seus filhos para comprar alimento. Marcando aí o reencontro de José
com os seus.
Após colocar à prova os irmãos para testar-lhes a humildade, José se revela a eles,
vende-lhes o trigo mas convida-os para junto com seu pai e toda a tribo se estabelecerem
no Egito, pois faltam ainda 5 anos de carestia.
José teve 02 filhos, Manassés e Efraim e morreu com a idade de 110 anos.
Com a morte de José os novos faraós não consideram mais os hebreus. Ao contrário,
começam a incomodar-se com o desenvolvimento e o prodígio deste povo, escravizando-o.
Amarguravam-lhes a vida com duros trabalhos na produção de argamassa e na fabricação
de tijolos. Eram condenados, como escravos, a fazer um trabalho exaustivo. Quanto mais
os escravizavam porém, tanto mais eles se multiplicavam e se espalhavam.
Com esta narrativa encerra-se a história de uma família e de agora em diante começa a
história de um povo, o povo eleito (vocação = chamado), sempre na mesma perspectiva
de salvação que atravessa todo o A.T para desembocar ampliando-se no N.T. É um
esboço da Redenção, sendo José a figura de Cristo (servo sofredor).
A história de José é cheia de altos e baixos, dos abismos mais profundos é erguido. Das
profundidades maiores Deus olhará o seu servo elevando-o até o mais alto lugar:
O primeiro ministro do Egito (José)
O primogênito (Jesus)
José é chamado de “O Justo”
porque se ajustou a sua cruz (altos e baixos de sua vida)
Jesus que foi tirado da morte (ressuscitou) é chamado Primogênito –
Kyrios – Senhor de todos os poderes do céu e da terra.
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5º encontro
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Para refletir:
Como está o nosso caminhar?
Estamos discernindo a nossa história?
Assim como José acreditamos nos desígnio de Deus e exercitamos a paciência?
Sabemos ler a história de amor que Deus faz com cada um de nós?
Já temos uma espiritualidade bíblica?
Sentimos o amor imenso que nos tem (não ama a todos mas a cada um).
Ele que nos chama pelo nome, “tu és meu” (Is 43,1).
Exercícios:
Gn 37,5
Gn
Gn
Gn
Gn
Gn
Gn
Gn
Gn
Gn
Gn
Gn
– Os egípcios davam aos sonhos o valor de presságios. Os
sonhos de José são premonições e não aparições divinas
como em outras narrativas (Gn 31, 11.24);
39, 21-23 – O carcereiro chefe;
41,37-45 – exaltação de José;
43,14
– Deus el Shaddai;
43,26-30 – José pergunta do Pai e chora;
45,2
– chora outra vez;
45,5-8
– designo de Deus (chave da história de José assim
como Gn 50,20);
45, 21-23 – presentes de José a seus irmãos, Benjamim ganha mais;
47, 30
– Jacó pede para ser enterrado em Canaã;
48-15
– benção de Jacó;
50, 20
– José fala da terra de Canaã; e
50, 24-25 – José pede para levarem seus ossos para Canaã.
Ler ainda:
Sab 10,9-14
Hb 11,20-22
Oração final:
Sl 33(32) – Hino à Providência.
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5º encontro
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