em pacientes portadores de amiotrofia espinhal progressiva (aep)

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PESQUISA DE DISSOMIA UNIPARENTAL (DUP) EM PACIENTES PORTADORES DE
AMIOTROFIA ESPINHAL PROGRESSIVA (AEP)
DA SILVA, Luciana Rodrigues Jacy1, COLOVATI, Mileny Esbravatti Stephano1; COPRERSKI, Bruno1 ;
ZANOTELI, Edmar2; PEREZ, Ana Beatriz Alvarez1.
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Centro de Genética Médica, Departamento de Morfologia e Genética., Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP.
Departamento de Neurologia, USP
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RESUMO
A dissomia uniparental (DUP) é a presença de dois cromossomos do mesmo par originados
de um único genitor. A DUP pode causar anomalias por três mecanismos: imprinting anormal,
homozigose para genes autossômicos recessivos e mosaicismo somático. A Amiotrofia Espinhal
Progressiva (AEP), mapeada em 5q13, faz parte de um grupo de doenças neuromusculares de herança
autossômica recessiva (AR) caracterizadas por atrofia muscular secundária à degeneração dos
neurônios motores. A incidência de AEP tem sido estimada em 1:10000 nascidos vivos e a freqüência
de portadores é de 1:35. Brzustowicz et al. (1994) descreveram um caso de isodissomia paterna em um
paciente com AEP tipo III, mudando o risco de 25% de doença AR para risco baixo e esporádico. Os
autores observaram que a ausência de um cromossomo 5 materno poderia produzir sintomas da AEP
pelos mecanismos de imprinting. A transmissão paterna de duas cópias de um gene mutado no lócus
da AEP parece ser a causa provável da doença. Assim sendo, devido aos dados escassos da literatura
com relação a este mecanismo genético para a doença, consideramos importante avaliar a presença de
DUP em uma amostra grande de pacientes portadores de AEP. Objetivo: Determinar a prevalência de
DUP em pacientes com AEP e correlacionar o quadro clínico com a presença de DUP. Pacientes e
Métodos: Onze marcadores microssatélites da região 5p15.5-15.3 a 5q33.3-qter foram utilizados em
115 pacientes com diagnóstico de AEP. A eletroforese foi realizada em um gel de seqüenciamento
corado pelo nitrato de prata. Resultados: Nenhum paciente apresentou padrão de bandas compatíveis
com DUP. Para averiguar a eficiência do método e para que este possa ser utilizado para outras
doenças com possível DUP e até mesmo nos casos de doenças AR raras sem consangüinidade
parental, estão sendo analisadas tríades de crianças filhas de casal não consangüíneo sem recorrência
na irmandade.
Palavras-chave: Dissomia uniparental, AEP, Doenças Recessivas
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