a urbanização contemporânea na cidade do natal - Unifal-MG

Propaganda
A URBANIZAÇÃO CONTEMPORÂNEA NA CIDADE DO NATAL-(RN)
E AS NOVAS PRÁTICAS ESPACIAIS: REESTRUTURAÇÕES DA
AVENIDA ENGENHEIRO ROBERTO FREIRE E SEUS RESPECTIVOS
IMPACTOS NO TERRITÓRIO USADO
Geovane De Souza Almeida
[email protected]
MESTRANDO NO PROGRAMA DE PÓS- GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA- BOLSISTA
CAPES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE-UFRN
Resumo
A urbanização da cidade de Natal, nas últimas três décadas, vem se realizando
aceleradamente, devido às transformações ocorridas nas relações de trabalho no meio
urbano e a forma global de expansão do modo de produção em vários setores e
atividades. Em Natal, a concentração da população na área urbana dá-se por falta de
trabalho e de condições de sobrevivência nas regiões rurais, esse crescimento
provoca vários tipos de problemas devido às consequências do crescimento
desordenado e descontrolado da cidade. Entre tais problemas podemos observar a
fragilidade dos sistemas de engenharia viária e falta de infraestrutura, provocando no
espaço urbano natalense uma série de impactos nos territórios usados que e
acarretando em novas práticas espaciais dos indivíduos e outros usos dos territórios.
Sendo assim, A pesquisa tem objetivo de problematizar e entender os processos de
urbanização de Natal (RN) nos últimos 30 anos, relacionados às reestruturações de
um sistema de engenharia, tendo como foco a Avenida Engenheiro Roberto Freire,
geradora de impactos que configuram novas práticas espaciais e outros usos do
território. Uma urbanização de fortes influências globais que vem se processando em
Natal (RN), nos últimos 30 anos e que está relacionada ás reurbanizações de uma
avenida que articula, diferencia, fragmenta e especializa o tecido urbano. A pesquisa
busca melhor compreender a Avenida (RN-063) como um referente desse processo,
na medida em que se institui como um objeto que expressa à produção de muitas
práticas espaciais denotadoras de uma urbanidade heterogênea, que inclui diferentes
interesses e ações dos indivíduos.
Palavras-Chaves: Urbanização, urbanidade, prática espacial, sistema de engenharia,
território usado.
RESÙMÉN
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
973
La urbanización de la ciudad de Natal, en las últimas tres décadas , se ha llevado a
cabo con rapidez , debido a los cambios en las relaciones laborales en el entorno
urbano y la forma general del modo de expansión de la producción en diversos
sectores y actividades. En Natal, la concentración de población en las zonas urbanas
se produce debido a la falta de trabajo y condiciones de vida en las zonas rurales ,
este crecimiento provoca todo tipo de problemas debido a las consecuencias de un
crecimiento desordenado y sin control de la ciudad. Entre estos problemas podemos
ver la debilidad de la técnica de caminos y la falta de sistemas de infraestructuras , lo
que resulta en Natal espacio urbano una serie de impactos utilizados en dicho territorio
y la incorporación de nuevas prácticas espaciales de las personas y otros usos de los
territorios. Así, la investigación ha tenido como objetivo analizar y comprender los
procesos de urbanización de Natal ( RN) en los últimos 30 años en relación con la
reestructuración de un sistema de ingeniería , centrándose en la Avenida Engenheiro
Roberto Freire , generadora de impactos que dan forma a las nuevas prácticas
espacio y otros usos del territorio. La urbanización y sus fuertes influencias globales
que han estado en curso en Natal (RN ) en los últimos 30 años y está relacionado ace
reurbanizações una avenida que articula , diferencia , fragmenta y se especializa
trama urbana . La investigación busca comprender mejor la Avenue ( RN- 063) como
referente de este proceso, ya que se establece como un objeto que expresa la
producción de que denotan muchas prácticas espaciales de una heterogénea
urbanidad , que consta de diferentes intereses y acciones de los individuos .
Palabras-claves: la urbanización, la urbanidad, la práctica espacial, la ingeniería de
sistemas, territorio-utilizado
1.Introdução
1.1Objetivos
O presente artigo é resultado da produção da primeira etapa da dissertação do
mestrado que tem a intenção de problematizar e entender o processo de urbanização
de Natal (RN) nos últimos 30 anos que encontra-se relacionado às reestruturações ao
longo do processo histórico de um sistema de engenharia, enquanto gerador de
impactos que configuram novas práticas espaciais e outros usos do território.
Uma urbanização de fortes influências globais que vem se processando em Natal
(RN), nos últimos 30 anos e que está relacionada á implementação e restruturações
de um sistema de engenharia viário, que articula, diferencia, fragmenta e especializa o
tecido urbano. Nesse processo, destaca-se a Avenida Engenheiro Roberto Freire que
é exemplo material de inúmeras reurbanizações ao longo de sua história.
A pesquisa busca compreender a avenida Eng.Roberto Freire que é uma rodovia
estadual (RN-063) como um referente desse processo, na medida em que se institui
como um objeto que expressa a produção de muitas práticas espaciais denotadoras
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
974
de territorialidades heterogênea, que inclui diferentes interesses e ações dos
indivíduos.
Nesse sentido, a direção tomada nesse estudo volta-se à compreensão dessas
práticas espaciais, nesse cenário urbano, envolvendo a problematização de aspectos
relacionados ao planejamento, a relação corpo-indivíduo-território e a evidenciação de
cenários de urbanidade e contra-racionalidades, mediante aos impactos das
restruturações e reurbanizações do sistema de engenharia.
As questões que envolvem o problema da pesquisa são: Como se configura o
processo de urbanização contemporâneo em Natal, levando em consideração o
planejamento urbano das duas últimas décadas e as novas restruturações e
reurbanizações de um sistema de engenharia? Como, nesse sistema de engenharia,
ocorre a configuração de uma urbanidade heterogênea que denota diferentes
interesses, ações e práticas? Como em um cenário marcado pela especialização e
fragmentação ocorrem os processos de apropriação do espaço a partir de uma prática
espacial relacionada a tríade corpo-indivíduo-território, denotando cenários de
urbanidade contra-racionalizadoras?
2. A urbanização contemporânea em Natal: reflexões sobre planejamento urbano
e sistema de engenharia.
Urbanização é um conceito geográfico que representa o desenvolvimento,
expansão e configuração das cidades. Neste processo, ocorre a construção de
sistemas de engenharia que contém: casas, prédios, redes de esgoto, ruas, avenidas,
escolas, hospitais, rede elétrica, shoppings, etc. O conceito de urbanização implica no
crescimento do contingente da população que vive nas cidades, de forma que o ritmo
desse crescimento aumente ultrapassando o de um simples crescimento demográfico.
Ou seja, para que ocorra, efetivamente, a urbanização em um local, é necessário que
a população urbana cresça mais que a população das áreas rurais, havendo então um
deslocamento de pessoas do campo para a cidade. Estes deslocamentos
populacionais se procedem simultaneamente, entre os municípios próximos, de acordo
com a intensificação das atividades econômicas. (Choay, 2000)
Segundo (Santos, 1993) a cerca da evolução do processo de urbanização das
cidades brasileiras nas últimas décadas:
Há um
territorial.
sistemas
natureza,
desenvolvimento muito grande da configuração
A configuração territorial é formada pelo conjunto de
de engenharia que o homem vai superpondo à
verdadeiras próteses de maneira a permitir que se
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
975
criem as condições de trabalho próprias de cada época. O
desenvolvimento da configuração territorial na fase atual vem
com um desenvolvimento exponencial do sistema de
transportes e do sistema de telecomunicações e da produção
de energia. (SANTOS, p 38, 1993)
2.1 Panorama da urbanização Natalense nas últimas três décadas
O processo de urbanização e crescimento da cidade de Natal, desde 1970,
vem se realizando de forma muito acelerada, devido às transformações ocorridas nas
relações de trabalho no meio rural e a forma de expansão do modo de produção em
vários setores e nas atividades primárias como a agricultura e pecuária. Em Natal, a
concentração da população na área urbana dá-se por falta de trabalho e de condições
de sobrevivência nas regiões rurais, esse crescimento provoca vários tipos de
problemas devido às consequências do crescimento desordenado e descontrolado da
cidade.
Em 1970 Natal recebe fortes investimentos habitacionais, os quais foram
financiados pelo Banco Nacional de Habitação (BNH).(Retalhos de Natal, 2013), esse
programa habitacional expandiu a malha urbana da cidade, o que tornou necessário
novos investimentos para a implantação de serviços, transformando o solo em moeda
de troca das ações econômicas.
Com a criação da SUDENE (Superintendência para o Desenvolvimento do
Nordeste), houve investimentos na infraestrutura da cidade e incentivo ao turismo, o
que atraiu capitais privados, tais como hipermercados e shoppings. Em 1974, a cidade
recebeu seu primeiro Plano Diretor que incentivou o turismo. Dez anos depois criou-se
o Plano Diretor de Organização Físico-Territorial, o qual dividiu Natal em áreas
urbanas. No ano de 1994, foi criado outro Plano Diretor que por possuir participação
popular foi o mais democrático, apresentando uma forte preocupação com o meio
ambiente e dividindo a cidade em bairros. O Plano Diretor mais recente foi elaborado
em 2007, que pretende recuperar e proteger o meio ambiente da paisagem urbana,
utilizando o território urbano de maneira justa socialmente.(Retalhos de Natal, 2013)
Atualmente a cidade de Natal apresenta mais significativamente crescimento
vertical, pois a Região Metropolitana de Natal apresenta-se cornubada, não
permitindo, portanto, seu crescimento horizontal. A quantidade, relativamente grande,
de shoppings, supermercados, bancos, hotéis, restaurantes, e escolas entre outros
pontos de agrupamento social transformam a paisagem e os territórios urbanos,
modificando os aspectos urbanos e expondo alguns problemas sociais.
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
976
Nas últimas três décadas surge uma nova reestruturação urbana de Natal
(RN), os atuais processos de urbanização estão atrelados a uma geografia multifaceta,
para exemplificar o advento de um novo regime de acumulação capitalista flexível,
tensamente baseado num arranjo territórial global restaurador, instavelmente ligado ao
tecido cultural comtemporâneo.
Hoje ao observarmos e praticarmos o espaço urbano da cidade de Natal,
percebemos que se destacam aspectos estruturais e morfológicos que indicam uma
contemporânea produção espacial que se vincula, em parte, a esse modelo de
urbanização que se globaliza. Algo diferente se instaura no tecido urbano dessa
cidade que impele dinâmicos processos sociespaciais modificadores consideráveis
das teias que tramam os usos dos territórios.
O planejamento urbano natalense e seus respectivos processos de,
restruturação e reurbarnização dos sistemas de engenharia nas três últimas décadas,
tem sido executada através de fortes tendências e articulações políticas de caráter
global, a fragilidade técnica das construtoras locais para planejar, executar e gerir
gigantescos e complexos projetos de engenharia, acarreta na necessidade por parte
do Estado do Rio Grande do Norte e da Prefeitura municipal de Natal abrirem seus
editais e processos licitatórios eminentemente para construtoras de caráter regional ou
nacional como : Odebrecht, Galvão engenharia Ltda., Queiroz Galvão, OAS em
detrimento de construtoras locais; além do maciço investimento internacional em Natal
por conta dos turismo e do dos megaeventos.
Este cenário nos motiva a entender como se configura o contemporâneo
processo de urbanização em Natal, levando em consideração a produção de um
sistema de engenharia e de planejamento urbano globalizado, tendo em vista o
conteúdo urbanístico do atual processo de urbanização e seus respectivos impactos
que se refletem na prática espacial dos indivíduos.
Cabe aos grandes centros urbanos decidir sobre significativas configurações
territoriais (Pedrazzine, 2007) e produção dos espaços urbanos menores.
Está
urbanização contemporânea, que aceleram a implantação e restruturação de
discutíveis sistemas de engenharia, não segue seu curso sem exercer forte influência
sobre produção dos territórios, sobre os usos de suas topografias e sobre as práticas
espaciais que seus habitantes realizam, e geralmente acarretam significativos
impactos psicológicos e comportamentais em seus citadinos.
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
977
A aceleração da cultura contemporânea (Santos, 1994), impôs novos ritmos ao
deslocamento dos corpos e ao transporte das ideias, mas, também, acrescentou
novos itens à história. Junto com uma nova evolução das potências e dos
rendimentos, com o uso de novos materiais e de novas formas de energia. A
aceleração da urbanização contemporânea em Natal é por isso mesmo, um resultado
também da banalização da invenção (Santos, 1994), do perecimento prematuro dos
engenhos e de sua sucessão alucinante. São, na verdade, acelerações superpostas,
concomitantes, as que hoje assistimos. Daí a sensação de um presente efêmero.
978
O planejamento e a urbanização preconizados pelos planejadores de Natal nas
últimas décadas operaram um urbanismo que está intimamente ligado a uma
acentuada e acelerada especialização técnica da produção espacial global. Essa
especialização técnica global é incorporada pelos centros urbanos menores como
Natal, principalmente pela altissonante velocidade nas comunicações (internet), que
ditam os novos ritmos de reconfiguração das fronteiras usuais do espaço e do tempo,
produzindo uma relação global exacerbada e ilusória.
A tentativa política de criar uma impressão de unidade urbana é falsa e
perigosa, pois além de acentuar fragmentações territoriais, suscita impactos
psicológicos e comportamentais que podem ser desastrosas internamente em cidades
e territórios que ainda creem na estima pelo lugar e na justiça social. Segundo
(LEFEVBRE, 2000, p.18):
A arquitetura e o urbanismo contemporâneos
encobrem essa gigantesca operação. Eles
dissimulam os traços fundamentais da cidade,
seu sentido e finalidade. Eles ocultam, sob uma
aparência positiva, humanista, tecnológica, a
estratégia capitalista: o domínio do espaço.
(LEFEVBRE, 2000, p.18).
As características técnicas e morfológicas de grande parte das capitais
brasileiras como Natal, sofreram forte influência do urbanismo modernista.
Predominantemente funcional concentrado em planos urbanos de larga escala, de
alcance metropolitano, tecnologicamente racional e nem tão eficiente, sustentado por
uma arquitetura um tanto quanto despojada, e que ao longo do século XX, teve como
pretensão a universalidade científica. Na contemporaneidade a especialização das
técnicas de produção do espaço em cidades nacionais centrais como Natal dão sinais
contundentes dessas influências nas maneiras de planejar, urbanizar.
Por mais que a intenção da urbanização pareça ser de homogeinezar a cidade
e os territórios, através da implantação de sistemas técnicos de engenharia de larga
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
escala e pradronizados, nos parece que o mais evidente é a diferenciação e ou
fragmentação. Para Santos (1994) o meio ambiente construído se diferencia pela
carga maior ou menor de ciência, tecnologia e informação, segundo regiões e lugares,
sendo que o artifício tende a se sobrepor e substituir a natureza. É desse modo que o
espaço humano reveste hoje maiores diferenciações e disparidades, na aparência,
nas estruturas ocultas, no uso
Os processos cada vez mais fortes de fragmentação oriundos da implantação
cada vez mais veloz de sistemas de engenharia de larga escala espacial, onde os
citadinos natalenses em níveis diferentes vivenciam, esse aspecto é para a pesquisa
um significativo indicativo das atuais concepções de planejamento e urbanização da
cidade.
Pois as cidades na contemporaneidade caracterizam-se essencialmente pela
descontinuidade do tecido urbano e por uma especialização das técnicas de produção
do espaço, que permitem uma abertura nunca antes vista da retícula urbana e que
contribui para outras formas de controle e agenciamento dos territórios (Prévot
Schapira, 2001), desrespeitando os diferentes gostos culturais e as práticas espaciais
cotidianas subjetivas dos individuos imersos em seus respectivos territórios.
A fragmentação em Natal é dada pela perda de unidade dos espaços urbanos,
divididos e cada vez mais afastados. Contrariamente a uma visão de conjunto do
território urbano, os espaços públicos tendem a privatização para atender a exigências
da circulação e acumulação do capital, pois em uma cidade como Natal, que possui
como base de sua economia o fornecimento de bens e serviços, a circulação é mais
criadora que a produção.
Essa aceleração no desenvolvimento e produção do espaço urbano natalense,
sobre a égide do capitalismo comtemporâneo nas últimas três décadas, fez com que a
secretária de Estado de infraestrutura - SIN e orgãos de urbanismo e meio ambiente
do município de Natal, iniciativa privada e construtoras, materializassem sistemas de
engenharia de mobilidade, habitação e laser muito mais preocupados com a contínua
reproduçao e circulação do capital do que com o bem estar coletivo, fragilizando
questões basilares de urbanidade, direito a cidade e cidadania, elementos essências
do urbanismo.
3. Da estrada de Ponta Negra á Avenida Engenheiro Roberto Freire: Sistema de
engenharia e urbanização turística
Natal, cuja mancha metropolitana apresenta-se em processo de expansão nas
duas últimas décadas, tem sido reconhecida nacionalmente e internacionalmente
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
979
pelos seus atributos ambientais, desde pelo menos a década de 1980. Como em
outras capitais litorâneas brasileiras, esses atributos têm sido explorados pela
urbanização e pelo turismo como viés econômico preponderante. Soma-se a isso o
aquecimento do setor da construção civil, que se beneficiou com os incentivos
públicos e privados ocorridos desde então. Isso é perceptível, por exemplo, nos eixos
de maior movimento e tráfego da malha viária local e em especial na Avenida
Engenheiro Roberto Freire, onde o espaço construído, a arquitetura e o urbanismo são
objetos de constante atualização com vistas a atender demandas comerciais,
980
habitacionais e de lazer.
A Avenida Eng. Roberto Freire localiza-se na porção administrativa sul da
cidade do Natal, compreendida entre o cordão dunar conhecido como Parque das
Dunas e os bairros de Capim Macio e Ponta Negra. Ela se conecta á BR101, a Via
Costeira e à Rota do Sol, que dão acesso à boa parte dos bairros da cidade, bem
como às praias do litoral norte e sul. A avenida tem cerca de 4 km de extensão e corta
os bairros de Capim Macio e Ponta Negra, desde a BR101 até a praia de Ponta Negra,
passando pelo Parque das Dunas.
É classificada pelo atual plano diretor de Natal como Via Estrutural da Classe
Arterial II, conferindo penetração aos bairros por onde passa e para onde
desembocam ruas de menor tráfego. Está em uma área de Zonas de Adensamento
Básico, Controle de Gabarito, Preservação Ambiental (ZPA) e Interesse Turístico
(ZET). Ainda de acordo com o plano diretor a densidade demográfica atual dos bairros
de Capim Macio e Ponta Negra estão entre 60 e 100 hab/ha e 40 e 60 hab/ha,
respectivamente.
Diante deste panorama intra-urbano objetivo da pesquisa é compreender as
práticas espaciais no cenário urbano de Natal nas últimas três décadas, levando em
consideração o processos de urbanização e os processos de reestruturação da
Avenida Engenheiro Roberto freire, analisando e mensurando os impactos que
denotam diferentes interesses, ações e práticas espaciais. Para (Lefebvre, 2000):
A cidade, o espaço urbano, dependem de uma
especialidade: o urbanismo. Quanto ao espaço
mais amplo, o território (local, regional,
nacional, continental e mundial), é da alçada de
uma
competência
diferente,
a
dos
planificadores, dos economistas. Portanto, ora
essas “especialidades” entram uma nas outras,
telescopando-o sob o tacão de um ator
privilegiado, o político. Ora elas caem umas
fora das outras, abandonado todo o projeto
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
comum
e
toda
comunidade
(LEFEBVRE, p 18, 2000).
teórica.”
Historicamente, entre os anos de 1960 e 1980, a Avenida Eng. Roberto Freire
era uma estrada carroçável chamada de “estrada de Ponta Negra”, ao redor da qual
se concentravam colônias de pescadores (Vila de Ponta Negra), propriedades rurais e
casas de veraneio pertencentes, na maioria dos casos, a membros da classe média
alta local que, aos poucos, as foram negociando para a incorporação imobiliária
(conjuntos e loteamentos).
981
Segundo (Silva, 2011) dados do DER, indicam que a estrada de Ponta Negra,
como era chamada no inicio de sua construção, no ano de 1965 através do contrato n°
008/65, pela empresa, Porfirio Medeiros e Cia Ltda., hoje a mesma é chamada de
Avenida Engenheiro Roberto Freire. A disponibilidade de terras loteadas capazes de
acomodar empreendimentos para habitação horizontal em larga escala, preferidos
pelo mercado local à época, impulsionou a valorização fundiária e imobiliária da área a
partir da década de 70.
Ao mesmo tempo aconteciam investimentos em infraestrutura para consolidar
uma rede viária turística partindo da BR-101 até a Via Costeira e Rota do Sol. Essa
fase marca a inserção da avenida como principal acesso aos novos conjuntos
habitacionais que receberam uma camada social de renda média. A valorização
fundiária a partir da década de 1980 não residia só na acessibilidade proporcionada
pela avenida, já pavimentada e duplicada, mas nos cenários litorâneos aos quais
conduzia o que fez despertar o interesse da administração pública na valorização das
potencialidades turísticas a partir de 1990.
No final da década de 90, incentivos financeiros de programas federais como o
PRODETUR-NE de desenvolvimento e infraestrutura para fomento do turismo local e a
consequente penetração do capital privado nacional e estrangeiro favoreceram
surgimento de edificações comerciais (shoppings, supermercados), de serviços
(bancos, hotéis, pousadas e flats), e residenciais (condomínios verticais e horizontais)
para dar suporte a essa nova realidade.
Segundo (Lopes Junior, 2000), as tentativas de ordenamento do espaço da
Avenida Eng. Roberto Freire constantemente enfrentaram tensões. As antigas casas
de veraneio no bairro Ponta Negras foram cedendo lugar aos hotéis, bares, boates e
pousadas. Na medida em que Ponta negra foi se firmando como ponta de lança de
uma urbanização turística intra-urbana na zona sul de Natal
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
Atualmente, a Avenida é caracterizada pelo número de diversificado de
pessoas que nela circulam, devido a grande variedade de atividades desenvolvidas
pelos indivíduos do seu entorno como ida ao bairro de Capim Macio, bairro de Ponta
Negra e praias do litoral sul onde está localizado, o grande número infraestruturas,
empreendimentos comerciais e serviços que atestam a influência da urbanização
turística nos bairros adjacentes..
4.Urbanização
versus
Urbanidade:
especialização
e
fragmentação
dos
processos de apropriação do espaço a partir de uma prática espacial
relacionada á tríade corpo-indivíduo território-usado
Esse contemporâneo processo de urbanização acelerado, especializado e
fortemente global, influencia significativamente os ritmos de e restruturação Da
Avenida Engenheiro Roberto Freire em Natal, está embuído de suas formas
específicas
de
se
materializar
bastante
impactantes,
que
acarretaram
em
interferências psicológicas nas comunidades que se encontram nos seus territórios,
afetando substancialmente suas práticas espaciais.
As restruturações que passou a avenida nas últimas três décadas geraram
inúmeros impactos, que acabaram trazendo para os usuários novas maneiras de
produzir os seus territórios usados, reiventando e ressignificando suas práticas
espaciais cotidianas, produzindo o seu espaço urbano e recriando experiências.
Na
Geografia, o
espaço
pode
ser definido
como
"território
usado"
(Santos,1994), aquele que é construído pelas pessoas. É sinônimo de espaço
humano, habitado. O uso do território resulta e é produto histórico das necessidades e
interesses humanos, sejam eles econômicos, culturais, morais, sociais e afetivos. Ou
seja, uso do território praticado através do trabalho, do movimento da existência.O
território usado, pode ser compreendido como uma mediação entre o mundo e a
sociedade nacional e local, e assumido como um conceito indispensável para a
compreensão do funcionamento do mundo presente. (Santos, 1994)
Tudo que chega ao território é modificado pelo território, pois o território é
singular como o Ser. Isto nos faz pensar e melhor delinear que os impactos gerados
pelas inúmeras restruturações
do sistema de engenharia rodoviário, podem ser
interpretados como fomentadores de novas práticas espaciais e contra-rracionalidades
que reiventam o espaço vivido. Para (Choay, 1965), são oportunidades de praticar a
cidade de maneira artesanal, popular, artística, poética. Ainda neste sentido pensar a
cidade é pensar na produção do seu espaço através de uma retomada ontológica. É
analisá-la como existência, como obra humana. (Lefebvre, 2000)
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
982
A perspectiva de produção do espaço urbano enquanto obra das múltiplas
percepções, práticas e experiências do território usado, deveriam ser visto com maior
importância e minuciosidade pelos pensadores e planejadores do espaço urbano
natalense, quando estes visam implantar quaisquer projetos urbanísticos.
Uma reconsideração deve ser feita a respeito da maior importância que o
Estado deveria dar aos processos de mobilização e consulta social, para melhor
auxiliar os técnicos e construtores na implementação e execução de empreendimentos
urbanísticos menos fragmentadores, com maior urbanidade e geradores de mínimos
impactos as territorialidades ja constituídas. Neste sentido (Lefebvre, 2000) diz:
Se houve (sem duvida, a partir do século XVI
até o século XIX) uma linguangem codificada
sobre a base prática de uma detrminada
relação entre a cidade, o campo, e o território
político, fundada sobre a perspectiva clássica e
sobre o espaço euclidiano, porque e como essa
codificação explodiu? É preciso se esforçar
para reconstruir uma tal linguangem comum
aos diversos membros da sociedade: usuários
e habitantes, autoridades, técnicos, (arquitetos,
urbanistas e planificadores).(LEFEBVRE, p21,
2000)
O conceito de urbanidade, aqui focalizado, refere-se ao modo como espaços e
os territórios da cidade acolhem as pessoas. Espaços com urbanidade são espaços
hospitaleiros. O oposto são os espaços inóspitos ou de baixa urbanidade. (Aguiar,
2012) Vivemos em uma cidade, onde parte do espaço público é cada vez mais
inóspito, marcados pela violência das grades nas fachadas de prédios, dos extensos
muros contornando introvertidos condomínios, mega shopping-centers e, a pior parte,
as rodovias urbanas de larga escala que dirimem cada vez mais os espaço de
mobilidade humana em função do aumento do uso de automóveis. Segundo (Aguiar,
2012) :
A urbanidade é composta portanto por algo que vem da
cidade, da rua, do edifício e que é apropriado, em
maior ou menor grau pelos corpos. A urbanidade,
assim entendida, estaria precisamente nesse modo de
apropriação da situação pelas pessoas, seja na escala
do edifício, seja na escala da cidade. Nesse contexto o
corpo naturalmente é o parâmetro. Ou seja, a
urbanidade está no modo como essa relação
espaço/corpo se materializa. (AGUIAR, 2012, p 4)
O impulsionante crescimento de Natal na ùltimas décadas produziu
perceptivelmente espaços construídos com baixa urbanidade. Percebe-se ao andar
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
983
nas ruas a débil urbanidade oferecida pelos sistesmas técnicos de engenharia
principalmente de mobilidade e laser.
A atual urbanização natalense e sua intensa aceleração dos processos de
produção espacial na cidade distanciam os planejadores e seus planejamentos da
fundamental necessidade de maior urbanidade na implantação dos sistemas de
engenharia. Políticas públicas que contemplem as mais ricas e diversificadas leituras
psicológicas, comportamentais dos territórios usados e formas da cidade de Natal,
realizadas pelo indivíduo ao praticar seu espaço urbano.
Neste sentido, o aprofundamento da pesquisa nos estudos das relações dos
indivíduos com os territórios-usados, materializadas pelo processo urbanização
contemporânea, nos faz querer entender através de uma perspectiva geográfica as
práticas espaciais, os comportamentos e interações psicológicas dos indivíduos tendo
em vista os novos usos da Avenida Engenheiro Roberto Freire.
Para a pesquisa a relevância conceitual do corpo enquanto parâmetro de
urbanidade, no contexto dos processos de urbanização contemporânea, possui o
intuito de evidenciar que o corpo está presente na criação do seu próprio mundo
espacial. Ele não é o meio fisiológico a serviço da intelecção: nosso corpo não é um
objeto para um eu penso: é um conjunto de significações vividas, (Ponty, 2006).
O corpo e sua sensorialidade como: visão, olfato, paladar, audição e tato são
largamente estudados nos compêndios da psicologia e percepção ambiental, como
importantes meios de compreensão, orientação e relacionamento do homem com o
meio. Sendo fundamentais detectores das sensações transmitidas pelo território
usado, e auxiliando na aferição de baixa ou alta urbanidade dos espaços construídos.
O eficiente uso desses sentidos no meio urbano são considerados pela
pesquisa vitais, para se perceber os fenômenos da realidade urbana, produzindo e
edificando as territorialidades, criando contra-racionalidades e inusitadas estratégias
de produção dos territórios . Em seu importante trabalho (Montagu, 1986), afirma que
nós ocidentais, estamos tentando resgatar os sentidos negligenciados e que estamos
tomando, de forma crescente, consciência da dolorosa privação das experiências
sensoriais que sofremos em nossas cidades.
4. METODOLOGIA
A pesquisa ainda encontra-se em andamento, mas para maior aprimoramento
e coesão até então, foi imprescindível o aprofundamento metodológico, com base
teórica nos conceitos de pesquisa, identificando o que será tratado empiricamente na
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
984
segunda fase da dissertação para dá conta da discussão teórica; utilização de
instrumentos de pesquisa de aferição de dados primários; e demais dados a serem
coletados e cartografias necessárias. Para doravante evidenciar um avanço no estágio
de reflexão/escrita e para articular a pesquisa com as questões levantadas e os
objetivos definidos
Para edificação da base conceitual da pesquisa realizada, fizemos uso de
ferramentas metodológicas como uma pesquisa de gabinete aprofundada e preliminar
pesquisa de campo. Para o aprimoramento e progresso da pesquisa será
imprescindível o uso de outras ferramentas metodológicas como regimes de
posicionamento, visibilidade e observação, identificando o que será tratado doravante.
5.1 CONCLUSÃO
5.1.1 A prática espacial como possibilidade: a contra-racionalidade.
O espaço e seus territórios não podem ser reduzidos apenas a uma
localização, ou as relações sociais da posse de propiedade. Eles devem representar
uma multiplicidade de preocupações psico-socio-materiais. O espaço e os territórios
são localizações físicas, peças de bem móvel e ao mesmo tempo uma liberdade
existencial e uma expressão mental do Ser (Soja,1989). Eles são ao mesmo tempo o
local geográfico da ação e possibilidade social de engajar-se na ação.
Essa é a ideia fundamental para entendermos noção de prática espacial
(Lefebvre, 2000). Essa noção de prática espacial traz à tona, uma quebra
paradigmática com as antigas noções de espaço euclidiana-cartesiana-newtoniana e
nos instiga a perceber a necessidade de revisitar e melhor compreender os
desdobramentos da prática espacial e suas manifestações práticas, onde os territórios
usados se revelam dialéticos: múltiplos e coexistentes. Para Lefebvre:
A prática espacial de uma sociedade secreta seu
espaço, ela o põe e o supõe, numa interação dialética:
ela produz lenta e seguramente, dominando-o e dele se
apropriando. Para analise, a prática espacial de uma
sociedade é descoberta decifrando seu espaço.
(LEFEBVRE, p 34, 2000)
É a ação de praticar o espaço e consequentemente os territórios que nos indica
noções de como fazer leituras e interpretações da cidade enquanto obras das
experiências práticas dos indivíduos, das materializações de suas existências, da
aplicabilidade de suas técnicas corporais singulares para edificar suas territorialidades.
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
985
Ao inserir o conceito de pratica espacial na estrutura da pesquisa foi
fundamental revisitar e aprofundar a noção de práxis social, imprescindível para
fundamentação e melhor compreensão da prática espacial contemporânea.
A práxis social (praxis em grego: “ação”) é presença constante no marxismo e
indica a preocupação desta corrente do pensamento em escapar á contemplação
teórica e ser predominantemente prática. Em sentido geral, a práxis se identifica com
a vida humana mesmo: agimos pelo simples fato de participarmos da vida prática da
sociedade, de termos um emprego, de consumirmos, de constituirmos família, etc. Até
a recusa da ação é práxis: contribuímos pela inércia, para manter o estado das coisas
como está (Perdigão in Marx., 1995).
Esse conceito nos permite compreender que as experiências e as práxis de
cada indivíduo natalense no seu cotidiano urbano, podem funcionar como potências
criativas e transformadoras do seu território usado, ajudando a superar impactos
severos da urbanização contemporânea. Práticas que carreguem em si, intensidades
assimétricas de acordo com a energia e movimentação de cada individuo; - e que de
alguma maneira essas práticas geram espaços de criação, de produção e espaços de
saberem divergentes. Contra-racionalidades.
Produzir e penetrar profundamente nas estratificações do espaço e seus
respectivos territórios usados tendo em vista o contemporâneo processo de
urbanização que os indivíduos natalense passam, exige uma desconstrução e uma
reconstituição muito mais profundas das práticas, pensamentos e ánalise psicosocial
crítica, em todos os níveis de abstração, inclusive a ontologia, talvez por ser neste
nível fundamental de discurssão existencial que as distorções espacializantes se
ancoram com mais firmeza. (Soja, 1989)
A perspectiva do território-usado através da prática espacial, vai ainda mais
longe, porque se fundamenta no príncipio mesmo da existência de uma escala
espacial própria a cada indivíduo e também de um significado particular a cada
homem – cada corpo, cada Ser produz o mundo a sua maneira – de porções do
espaço que lhe é dado frequentar, não apenas em sua vida cotidiana, mas ainda
durante lapsos de tempo mais importantes. Isto tem implicações no que se refere à
interpretação do funcionamento do espaço e, consequentemente, da própria
organização do espaço. (Santos, 1993).
Se o espaço não significa a mesma coisa para todos, tratá-lo como se ele fosse
dotado de uma representação comun, significaria uma espécie de violência contra o
indivíduo
e,
consequentemente,
as
soluções
fundamentadas,
seguramente não seriam aplicavéis.
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
nesta
ótica,
986
Isso requer certa audácia, uma compreensão de que a transformação radical
da sociedade pode ocorrer em qualquer época porque existimos no espaço. Não é
necessário partir para revolução. As forças de expropriação e repressão se
exteriorizam nas formas de espaço e esse espaço abstrato de dominação políticoeconômica existe em toda parte (Lefebvre, 2000). Lefebvre não está interessado
apenas em transformar a vida cotidiana, como afirma Manoel Castells (Gottidiener,
2007), ele está preocupado em nos mostrar e orientar o pensamento marxista a
reconhecer o papel crítico que as relações de propriedade desempenham na
sustentação de sistema capitalista tanto quanto a necessidade que tem atividade
radical de produzir um espaço próprio e vivido, ao mesmo tempo em que intervém
estrategicamente nos territórios A transformação da vida cotidiana deve prosseguir
com a transformação radical do espaço, pois uma está vinculada a outra.
Referencias Bibliográficas
AGUIAR. Paulo. Aspectos da urbanidade. Revista Vitruvius. São Paulo.2012
CHOAY, Françoise. O Urbanismo. São Paulo: Perspectiva, 2000.
GOTTIDIENER. Mark. A produção social do espaço urbano. Edusp. São Paulo. 1993
HARVEY, David. A condição pós-moderna. 7. Ed. São Paulo: Loyola, 2004
LEFEBVRE. Henri. A Produção do Espaço. Editions anthropos. Paris. 2000.
LEFEBVRE,Henri. A --Revolução Urbana. Da cidade à sociedade, níveis e dimensões, a ilusão
urbanística . Belo Horizonte: UFMG. 2004.
LOPES JUNIOR. Edimilson. A construção social da cidade do Prazer: Natal. Natal:EDFURN.2000.M.F.Prévot Schapira. “fragmentación espacial y social: conceptos e realidades”, in Perfileslatinomaricanos ,
n, 19, México,Flacso, 2001
MONTAGU,Ashley. Tocar: o significado da pele. São Paulo : Summus, 1986.
NATAL. Lei 3.175/1984. Dispõe sobre o Plano Diretor de Organização físico-territorial do município
de Natal e dá outras providências. Diário Oficial. Natal, 29 de fevereiro de 1984. 29 de fevereiro de
1984.55p
NASCIMENTO, Rodrigo Costa. Natal qual é a sua cara? Analise do perfil edílico da Avenida Engenheiro
Roberto Freire á luz da acessibilidade. Natal.2011.PONTY,
Maurice Merleau. A fenomenologia da percepção. 3. Ed. São Paulo: Martins fontes, 2006.
PERDIGÃO.Paulo, Existência e Liberdade: Uma introdução á Filosofia de Sartre- Porto Alegre : L e P .
1995
SANTOS. Milton. A urbanização brasileira.5. Ed. São Paulo: HUCITEC, 1993.
SANTOS. Milton. A natureza do espaço. 5. Ed. São Paulo: HUCITEC, 1997.
Texto compilado do livro Territorio, Globalização e Fragmentação. São Paulo: Hucitec, 1994
_____. “O Retorno do Território”, in SANTOS, Milton; SOUZA, Maria Adélia A. e SILVEIRA, Maria Laura
(Org.), Território. Globalização e Fragmentação. São Paulo, Hucitec-ANPUR, p.15-20, 1994.
SOJA. Edward W, Geografias Pós-Modernas.1.Ed.Rio de janeiro.ZAHAR.1989.
Retalhosurbanos.blogspot.com.br
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
987
Download