NOTAS – 99 UPF

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NOTAS – 99 UPF
MINUTO “TESOUROS DA NATUREZA”
O QUE É O MUZAR?
É um museu, o Museu Zoobotânico Augusto Ruschi, do Instituto de Ciências
Biológicas, da Universidade de Passo Fundo. O seu nome é em homenagem ao
naturalista e pesquisador em ciências naturais Augusto Ruschi. O Muzar busca valorizar
o patrimônio natural através da preservação dos recursos naturais e da integração dos
seres vivos e do conhecimento. Mantém coleções de zoologia, botânica, geologia e
paleontologia, apóia a pesquisa e realiza exposições, trilhas, informática educativa e
mantém a sala verde itinerante. Desenvolve educação ambiental e museológica através
de assessorias, palestras, oficinas e projetos, visando à formação continuada. Localizase no prédio N6 do Campus I da UPF.
Tempo: 58’
TESOUROS DA NATUREZA
É um espaço que objetiva despertar a curiosidade e a reflexão sobre a diversidade
biológica, destacando a biodiversidade como tesouro do patrimônio natural. É uma
exposição do Muzar apresentada na forma de painéis produzidos a partir de material
alternativo, destaca as pesquisas realizadas pelo Instituto de Ciências Biológicas da UPF
e esclarece sobre a biodiversidade regional, contribuindo para a conservação e
preservação da vida no planeta. A exposição Tesouros da Natureza segue de maio à
novembro de 2011, aberta gratuitamente a comunidade de segunda à sexta-feira, durante
os turnos manhã, tarde e noite.
Tempo: 51’
O QUE É BIODIVERSIDADE?
A biodiversidade é a variedade de vida no planeta, seus genes, flora, fauna e
microorganismos, ecossistemas terrestres e aquáticos e os processos ecológicos
associados. Essa associação é constituída por espécies que se unem em populações e
formam comunidades, estas, ecossistemas que constituem a biosfera.
O Brasil é um dos países com maior diversidade de organismos vivos e de ecossistemas,
sendo que o Rio Grande do Sul abriga dois de seus biomas: a Mata Atlântica e o Pampa.
A megadiversidade biológica brasileira deve ser protegida, preservada e conservada
para que se possa garantir a qualidade de vida, a sobrevivência das espécies e o
funcionamento dos processos ecológicos.
Tempo: 58’
O QUE SÃO ESPÉCIES ENDÊMICAS?
São espécies cuja distribuição geográfica se limita a uma determinada zona do globo
terrestre. A ocorrência de endemismos é condicionada por diversos fatores como o
clima, a disponibilidade alimentar, interações específicas e a estabilidade geral do
ambiente. A presença de espécies endêmicas em determinada região representa um fator
de atenção dos pesquisadores e da sociedade em relação à proteção do local. O pinheiro
brasileiro (Araucaria angustifolia) é um exemplo de espécie delimitada a determinadas
regiões do Brasil, Argentina e Paraguai. Tempo 40’
O QUE SÃO ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO?
São aquelas que correm o risco de desaparecerem num futuro próximo, por
apresentarem suas populações em declínio e por sofrerem com a irresponsabilidade
humana da caça, tráfico e destruição de seus ecossistemas. Sem haver esforços para
conservação do ambiente natural e a conscientização do ser humano, a extinção
continuará acontecendo. A ocorrência de espécies ameaçadas de extinção é indicador
relevante para a proteção e conservação de determinados ambientes. Seja consciente e
não contribua para a extinção se espécies.
Tempo 41’
PESQUISANDO A BIODIVERSIDADE
Pesquisar a biodiversidade contribui para a conservação das espécies e dos
ecossistemas. O MUZAR apóia as pesquisas do Instituto de Ciências Biológicas da UPF
nas áreas de Botânica através de estudos e levantamentos da composição florestal
regional; em Entomologia, nas pesquisas sobre as lagartas urticantes, como a taturana, e
a bioecologia de insetos; a Herpetologia com estudos sobre biodiversidades de anfíbios
e répteis; a Ictiologia, com o estudo da diversidade dos peixes; a Mastozoologia,
tratando do estudo de mamíferos e a Ornitologia, que consiste em estudar as aves e suas
relações com o meio, com destaque para o projeto Papagaio Charão. Confira como a
Biologia é interessante.
Tempo 48’
DESCREVENDO ESPÉCIES
Para a descrição das novas espécies da fauna e flora pela ciência é necessário o registro
em coleções científicas de holótipos e parátipos desta espécie. Você sabe o que estes
termos significam?
Holótipo é o exemplar único, considerado como referência para a descrição de uma
espécie. Aquele em que o autor se baseou para a descrição. E parátipo é qualquer
exemplar do conjunto de indivíduos utilizados para a descrição, com exceção do
holótipo.
Em uma visita a exposição Tesouros da Natureza no MUZAR, você pode conhecer as
novas espécies descritas através das pesquisas do ICB. Não perca.
Tempo 50’
COLÔNIAS, SOCIEDADES E O CANIBALISMO
No ambiente ocorrem diversas interações. Quando se estabelecem entre indivíduos da
mesma espécie são chamadas de interações intra-específicas e podem ocorrer de forma
harmônica ou desarmônica. As colônias de corais e as sociedades de abelhas são
exemplos de interações harmônicas, com diferença de que as colônias de corais são
associações de indivíduos unidos fisicamente, sendo impossível viverem isolados. Já a
sociedade das abelhas é formada por indivíduos que não são unidos fisicamente e
possuem divisão de tarefas. Como exemplo de relação desarmônica, há o canibalismo
do louva-a-deus, onde a fêmea mata o macho para se alimentar. Para maiores
informações, confira a exposição Tesouros da Natureza no MUZAR.
Tempo 48’
MUTUALISMO E PROTOCOOPERAÇÃO
Nos mais variados ecossistemas, há interações entre espécies diferentes denominadas de
interespecíficas. Estas interações podem resultar das atividades de obtenção de recursos
e afetar as relações de forma harmônica ou desarmônica. Os liquens são formados por
uma interação obrigatória entre fungos e algas, onde ambos se beneficiam, chamada
mutualismo. Já entre a ave grimpeirinho (Leptasthenura setaria) e a araucária, existe a
protocooperação, uma relação onde ambas as espécies se beneficiam, mas podem viver
independente uma da outra. O grimpeirinho se alimenta de larvas de insetos que
prejudicam a germinação e o crescimento da araucária e a árvore é beneficiada pela
associação com esta ave que a utiliza para reprodução, área para forrageio e
deslocamento.
Tempo 58’
COMENSALISMO E INQUILINISMO
Em seu ambiente natural, os organismos mantêm entre si diferentes tipos de relações,
conhecidas como interações ecológicas. Algumas dessas interações se caracterizam pelo
benefício a uma espécie sem causar nenhum prejuízo à outra. Como o comensalismo,
onde o urubu-da-cabeça-preta (Coragyps atratus) aproveita-se dos resíduos de
alimentos desperdiçados pelo homem para se alimentar. E o inquilinismo, no qual
plantas de pequeno porte, como as bromélias, se estabelecem sobre as árvores de grande
porte em busca da luminosidade. Essas são algumas interações ecológicas apresentadas
na exposição Tesouros da Natureza no MUZAR. Confira!
Tempo 48’
PARASITISMO E AMENSALISMO
Quando as interações se dão entre organismos de espécies diferentes, são conhecidas
como interações interespecíficas e podem ser harmônicas ou desarmônicas. A temida
taturana (Lonomia obliqua) pode fazer parte de uma interação desarmônica, o
parasitismo, na qual moscas ou vespas depositam seus ovos na lagarta que é consumida
enquanto eles se desenvolvem no seu interior, resultando em efeitos negativos no
crescimento da taturana e prejudicando sua sobrevivência. Além disso, até mesmo os
conhecidos antibióticos, participam de uma interação ecológica desarmônica, o
amensalismo, uma vez que são produzidos por fungos que impedem a multiplicação das
bactérias. São ações desarmônicas na natureza que podem beneficiar o ser humano.
Tempo 55’
O QUE DIFERENCIA ESPÉCIES EXÓTICAS DE NATIVAS?
Plantas nativas são aquelas de ocorrência natural na área onde estão inseridas, como por
exemplo, a erva-mate. São importantes como patrimônio cultural, econômico e natural
para as populações locais, servindo de alimento, abrigo para fauna, e outros. As plantas
exóticas são as originárias de outros países e não ocorrem naturalmente no Brasil.
Podem alterar os ciclos da cadeia alimentar e da polinização. O pinho, ou Pinus, é um
exemplo de árvore exótica a qual vem sendo cultivada em larga escala e que compete
com as plantas nativas, sendo uma grande ameaça a biodiversidade brasileira.
COMO OCORRE A COMPETIÇÃO ENTRE ESPÉCIES?
De origem oriental, a uva-do-japão (Hovenia dulcis) é uma árvore invasora que compete
com as espécies nativas e se multiplica rapidamente com a ajuda da fauna. A
competição é uma disputa que pode ocorrer entre indivíduos da mesma espécie ou entre
espécies diferentes e favorece um processo seletivo no qual sobrevivem os mais
adaptados às condições ambientais. É preciso ter cuidado na introdução de espécies
exóticas na natureza e utilizar os instrumentos de controle como zoneamento e
monitoração para não alterar a biodiversidade dos ecossistemas naturais.
Tempo 45’
PREDATISMO – Você sabe o que é?
O gavião-caramujeiro (Rostrhamus sociabilis) é uma ave predadora, quase
exclusivamente de grandes caramujos aquáticos. Possui seu bico curvo, adaptado para
retirar as partes moles destes animais. Voa rasante sobre os banhados pegando-os e
empoleirando-se para comer. Em algumas regiões, pode também predar pequenos
caranguejos. Os predadores são beneficiados com a captura das presas que são
prejudicadas. Esta relação é importante, pois ajuda a controlar o número de pragas. Esta
interação ecológica pode ser conferida na nova exposição ‘tesouros da natureza’, no
Museu Zoobotânico Augusto Ruschi, na UPF.
Tempo: 40’
CAMUFLAGEM E MIMETISMO – Você sabe qual a diferença?
A camuflagem é uma adaptação de alguns animais que se disfarçam o mais parecido
possível com o meio onde se encontram. Essa característica pode ser útil tanto ao
predador, quando deseja atacar uma presa sem que esta o veja, ou para a presa, que pode
se esconder mais facilmente de seu predador. Um exemplo de camuflagem é o bichopau, que disfarça ser galho seco. O Mimetismo é semelhante à camuflagem, só que ao
invés de parecer-se com o meio, os animais tentam imitar outros animais. Muitas
mariposas e borboletas possuem manchas parecidas com olhos nas asas com a
finalidade de enganar seus predadores, dando-lhes um alvo falso. Estes insetos têm mais
chance de sobreviver a um ataque na asa do que um a cabeça.
Tempo 48’
ECOSSISTEMAS E FUNÇÕES ECOLÓGICAS
O ecossistema é composto por fatores bióticos, como a fauna, flora e
microorganismos e por fatores abióticos, como a água, o ar e o solo, e também pelas
relações entre os seres vivos neste meio e suas funções ecológicas desempenhadas.
Exemplos de ecossistemas são os banhados, importantes no controle do ciclo da água e
na manutenção da sua qualidade e quantidade; a Mata de Araucária que na condição de
mata ciliar protege os corpos d’água da erosão e as capoeiras, que são vegetações
secundárias, isto é, áreas que tinham outros usos e foram abandonadas, ou que foram
locais onde ocorreu o corte de árvores. Servem de suporte para a formação de uma
futura floresta. Venha conhecer mais sobre nossos tesouros regionais, visitando o
Museu Zoobotânico Augusto Ruschi.
Tempo: 45’
VOCÊ SABE QUAL É A IMPORTÂNCIA DO BANHADO?
Os banhados têm como funções controlar o ciclo da água e sua manutenção,
auxiliarem na regulação do clima, dos gases atmosféricos e dos ciclos químicos. Além
disso, são formados por uma grande diversidade de espécies. Constituem-se em
ambientes vulneráveis as perturbações ambientais e fortemente ameaçadas pelas
atividades humanas. De um modo geral, sabe-se que os banhados ainda são pouco
estudados, fato que pode estar relacionado a pouca atenção dada a estes sistemas
mediante sua grande importância ecológica. Na exposição tesouros da natureza, você
pode trocar informações sobre este ecossistema e tirar suas dúvidas com a equipe
MUZAR.
Tempo: 40’
MATA DE ARAUCÁRIA
Esta mata ocorre principalmente nos estados do sul do Brasil e é assim denominada pelo
fato de a araucária ser a árvore predominante nas formações florestais. Estas florestas
servem de abrigo para espécies nativas de grande importância ecológica, como por
exemplo, o papagaio-charão que está ameaçado de extinção. Além de servir de local de
reprodução para animais, plantas e microorganismos, também fornecem alimentos,
madeira e remédios, ainda ajudam na regulação do clima e dos processos hidrológicos,
pois protegem os corpos d’água da erosão e garantem a água em quantidade e qualidade
para os seres vivos. Para maiores informações visite o MUZAR, o museu de ciências
naturais da UPF.
Tempo 48’
AÇÕES ANTRÓPICAS – OS IMPACTOS DO HOMEM NO MEIO AMBIENTE
A alteração e a destruição dos ambientes causados pelo homem são os principais fatores
de ameaça a biodiversidade. A superexplotação comercial, a poluição, o tráfico de
animais e de plantas silvestres, a introdução de espécies exóticas, a obtenção de fontes
de energia e o modo de vida do homem causam inúmeros impactos sobre a natureza,
prejudicando os processos ecológicos e ameaçando a manutenção da vida no planeta. O
MUZAR destaca em sua nova exposição que a biodiversidade encontra-se a um nível
global, cada vez mais ameaçada. Esta imensa variedade de vidas precisa ser preservada,
sendo que o homem, um dos principais causadores das ameaças, também pode ser a
“chave” da conservação e da reconstituição dos tesouros naturais.
Tempo 55’
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