Curso: Montagem, Configuração e Manutenção de Microcomputadores Aluno: ______________________________________________ Turma: MANUT 1002A Instrutor: Fernando Lucas de Oliveira Farias ARQUITETURA DE COMPUTADORES II (DISCO RÍGIDO) 1. INTRODUÇÃO: O HD (Hard Disk) ou disco rígido, também já fora conhecido como WINCHESTER. Ele é caracterizado por possuir MEMÓRIA FÍSICA NÃO-VOLÁTIL, ou seja, os arquivos nele armazenados NÃO são perdidos quando o computador é DESLIGADO. Um dos primeiros HDs que se tem notícia é o IBM305 RAMAC. Fabricado no ano de 1956, ele era capaz de armazenar cerca de 5 MB de dados (um avanço da época). Além disso, ele era enorme medindo 14 X 8 Polegadas. Seu preço não era muito atraente, pois ele custava na época por volta de US$ 30.000,00 (Trinta Mil dólares). Com o passar dos anos, os HDs foram ampliando a sua capacidade e REDUZINDO bastante o seu TAMANHO, E PREÇO. Existem atualmente diversos tipos de interface compatíveis com discos rígidos, dentre elas podemos citar: IDE/ATA, Serial ATA (SATA), SCSI, Fibre Channel, SAS. HD “IBM305 RAMAC” 2. ARQUITETURA: O HD possui em seu interior uma série de componentes, que são indispensáveis ao seu funcionamento dentre estes componentes podemos destacar: TRILHAS, SETORES, CILINDROS, CABEÇAS DE LEITURA/GRAVAÇÃO, MOTOR DE ROTAÇÃO, e o ATUADOR. Alguns destes itens estão destacados nas ilustrações abaixo. • PRATOS E MOTOR: Os PRATOS são basicamente DISCOS onde os DADOS são ARMAZENADOS. Normalmente eles são constituídos de ALUMÍNIO (ou de um tipo de cristal) recoberto por um material magnético e por uma camada de material protetor. Quanto mais trabalhado for o material magnético (ou seja, quanto mais DENSO), MAIOR é a capacidade de armazenamento do disco rígido. Os HDs que 1 INSTRUTOR: FERNANDO LUCAS DE OLIVEIRA FARIAS – TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS possuem uma capacidade elevada costumam sempre apresentar MAIS de um pranto. Quando isso ocorre os prantos são SOBREPOSTOS, ou seja, colocados uns sobre os outros. Ampliando como dito anteriormente a capacidade do HD, que hoje para uso doméstico está em torno de 40 a 500 GB, mas para empresas pode checar a até 1 TB. Os pratos são posicionados sob um MOTOR responsável pela ROTAÇÃO DO CONJUNTO como um todo. Atualmente no mercado são encontrados HDs com rotação que varia de 5400 Rpm a até 10000 Rpm (Rotações Por Minuto). Lembrando, que quanto MAIOR for à ROTAÇÃO do disco rígido, MAIOR será a VELOCIDADE de TRANSFERÊNCIA DOS DADOS. • CABEÇA e BRAÇO: Os HDs dispõem de um dispositivo bastante PEQUENO denominado de CABEÇA (ou cabeçote) de LEITURA E GRAVAÇÃO. Este componente possui uma BOBINA que utiliza IMPULSOS MAGNÉTICOS para manipular as moléculas da superfície do disco, e assim gravar os dados no mesmo. Para cada LADO do prato ou disco há uma CABEÇA, que é localizada na ponta de um dispositivo denominado de BRAÇO. Que tem como função POSICIONAR as cabeças de leitura/gravação sobre a superfície dos prantos. Ao visualizar o funcionamento das cabeças no disco rígido tem-se a impressão de que as mesmas tocam a superfície do disco, mas na verdade isso NÃO OCORRE. Pois, A transmissão dos dados ocorre através IMPULSOS ELETROMAGNÉTICOS. • ATUADOR: Também conhecido como “VOICE COIL”, o atuador é o responsável por MOVER o braço sob a superfície dos pratos, e assim permitir que as cabeças façam o seu trabalho. Para que a movimentação ocorra, o atuador contém em seu interior uma espécie de bobina que é “INDUZIDA” por IMÃS. • TRACK (TRILHAS): As TRILHAS são CÍRCULOS que começam no centro do disco, e vão até a sua borda, como se estivesse um dentro do outro. Essas trilhas são numeradas da borda para o centro, isto é, a TRILHA que fica mais próxima da extremidade do disco é denominada TRILHA 0, a trilha que vem em seguida é TRILHA 1, e assim por diante, até chegar à trilha mais próxima do centro. Cada TRILHA é DIVIDIDA em trechos REGULARES denominados de SETOR. SECTOR (SETOR): Os SETORES são PEQUENOS TRECHOS constituídos por AGRUPAMENTO DE TRILHAS onde os dados são armazenados, cada SETOR armazena 512 Bytes de informações. Para ter uma idéia da quantidade de setores, que possuí um disco rígido tomamos como exemplo os HDs atuais, que apresentam cerca de 900 SETORES em CADA TRILHA. Para definir o limite entre uma trilha e outra, assim como, onde termina um setor e onde começa o próximo, são usadas MARCAS DE ENDEREÇAMENTO, que são PEQUENAS ÁREAS com um sinal magnético ESPECIAL, que orientam a cabeça de leitura, permitindo à CONTROLADORA DO DISCO localizar os dados desejados. Em HDs IDE estas marcas são feitas apenas UMA VEZ, durante a fabricação do disco, e não podem ser APAGADAS via SOFTWARE. CYLINDER (CILINDRO): Um CILINDRO nada mais é do que o CONJUNTO DE TRILHAS com o MESMO NÚMERO nos vários discos. Por exemplo, o CILINDRO 1 é formado pela TRILHA 1 de cada FACE de disco, o CILINDRO 2 é formado pela TRILHA 2 de cada FACE, e assim por diante. • • 3. GRAVAÇÃO/LEITURA DOS DADOS NO HD: O PLATTER (Prato) de um HD é RECOBERTO por uma camada MAGNÉTICA extremamente FINA, e quanto mais fina for à camada de GRAVAÇÃO, maior será sua SENSIBILIDADE, e conseqüentemente maior será a densidade de gravação permitida por ela. Lembrando que quanto maior é a densidade de gravação permitida pelo HD, 2 INSTRUTOR: FERNANDO LUCAS DE OLIVEIRA FARIAS – TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS maior será a sua CAPACIDADE de armazenamento. Os primeiros discos rígidos, assim como os discos usados no início da década de 80, utilizavam a mesma tecnologia de mídia magnética utilizada em DISQUETES, chamada “coated media”, que além de permitir uma BAIXA densidade de gravação, NÃO é muito durável. Os discos ATUAIS já utilizam mídia LAMINADA (plated mídia); uma mídia mais DENSA, de QUALIDADE MUITO SUPERIOR, que permite a ENORME capacidade de armazenamento dos discos modernos. A cabeça de leitura e gravação de um disco rígido funciona como um ELETROÍMÃ, semelhante aos que estudamos nas aulas de ciências do primário, sendo composta de uma bobina de fios que envolvem um NÚCLEO DE FERRO. A diferença é que num disco rígido, este ELETROÍMà é extremamente PEQUENO E PRECISO, a ponto de ser capaz de gravar trilhas medindo menos de um centésimo de milímetro. Quando estão sendo gravados dados no disco, a CABEÇA utiliza seu CAMPO MAGNÉTICO para organizar as moléculas de ÓXIDO DE FERRO da superfície de gravação, fazendo com que os PÓLOS POSITIVOS das moléculas fiquem alinhados com o PÓLO NEGATIVO da CABEÇA e, conseqüentemente, com que os PÓLOS NEGATIVOS das moléculas fiquem alinhados com o PÓLO POSITIVO da cabeça. Usamos neste caso a velha LEI “OS OPOSTOS DE ATRAEM”. Como a CABEÇA de LEITURA E GRAVAÇÃO do HD é um ELETROÍMÃ, sua POLARIDADE pode ser alternada constantemente. Com o disco girando continuamente, variando a POLARIDADE da CABEÇA DE GRAVAÇÃO, variamos também a direção dos PÓLOS POSITIVOS e NEGATIVOS das moléculas da superfície magnética. De acordo com a DIREÇÃO dos pólos, temos um BIT 1 OU 0. Para gravar as seqüências de BITS 1 E 0 que formam os dados, a polaridade da cabeça magnética é mudada alguns MILHÕES DE VEZES POR SEGUNDO, sempre seguindo CICLOS bem determinados. Cada BIT é formado no disco por uma seqüência de várias moléculas. Quanto maior for à densidade do disco, menos moléculas serão usadas para armazenar cada BIT, e teremos um SINAL MAGNÉTICO mais FRACO. Precisamos então de uma cabeça magnética mais PRECISA. Quando é preciso ler os dados gravados, a cabeça de leitura capta o CAMPO MAGNÉTICO gerado pelas moléculas ALINHADAS. A variação entre os sinais magnéticos POSITIVOS E NEGATIVOS gera uma PEQUENA corrente elétrica, que caminha através dos FIOS DA BOBINA. Quando o sinal chega à PLACA LÓGICA DO HD, ele é INTERPRETADO como uma seqüência de BITS 1 E 0. ESQUEMATIZAÇÃO “PROCESSO DE LEITURA/GRAVAÇÃO DO HD” 4. FORMATAÇÃO: Para que o sistema operacional (WINDOWS X, LINUX, MAC,...) seja capaz de GRAVAR e LER DADOS no disco rígido é preciso que antes sejam criadas ESTRUTURAS que permitam GRAVAR OS DADOS de maneira ORGANIZADA, para que eles possam ser encontrados posteriormente. Este processo é chamado de FORMATAÇÃO. Existem dois tipos de formatação, que são: FORMATAÇÃO FÍSICA e FORMATAÇÃO LÓGICA. A FORMATAÇÃO FÍSICA é realizada na FÁBRICA ao final do processo de fabricação, que consiste em dividir o DISCO VIRGEM em TRILHAS, SETORES, CILINDROS e isola os “BADBLOCKS” (danos no HD). Estas marcações funcionam como as faixas de uma estrada, permitindo à cabeça de leitura saber em que parte do disco está, e onde ela deve gravar dados. A FORMATAÇÃO FÍSICA é feita apenas UMA VEZ, e não pode ser desfeita ou refeita através de 3 INSTRUTOR: FERNANDO LUCAS DE OLIVEIRA FARIAS – TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS SOFTWARE. Porém, para que este disco possa ser reconhecido e utilizado pelo SISTEMA OPERACIONAL, é necessária uma nova formatação, chamada de FORMATAÇÃO LÓGICA. Ao contrário da FORMATAÇÃO FÍSICA, A FORMATAÇÃO LÓGICA NÃO altera a estrutura física do disco rígido, e pode ser desfeita e refeita quantas vezes for preciso. Quando um disco é formatado, ele simplesmente é organizado à maneira do sistema operacional, após isso o HD fica preparado para receber os dados processados na CPU. A esta ORGANIZAÇÃO onde os dados são organizados no HD CONFORME o sistema operacional instalado no computador denomina-se “SISTEMA DE ARQUIVOS”. 5. SISTEMA DE ARQUIVOS: Um sistema de arquivos nada mais é do um CONJUNTO DE ESTRUTURAS LÓGICAS E DE ROTINAS que permitem ao sistema operacional controlar o ACESSO AO DISCO RÍGIDO. Diferentes sistemas operacionais usam diferentes sistemas de arquivos. Como exemplo, temos que: O WINDOWS 98 utiliza o FAT-32 como sistema de arquivos, já o WINDOWS XP utiliza o NTFS como sistema de arquivos padrão, e o LINUX utiliza EXT3 e REISERFS como SISTEMA DE ARQUIVO PADRÃO. 5.1. FAT (FILE ALLOCATION TABLE – TABELA DE ALOCAÇÃO DE ARQUIVOS): É um sistema de arquivos desenvolvido para o MS-DOS e usado em versões do MICROSOFT WINDOWS até (e inclusive) o Windows ME (2000). A TABELA DE ALOCAÇÃO DE ARQUIVOS é um mapa de utilização do DISCO OU DISQUETE. Graças a ele, o Sistema Operacional é capaz de saber exatamente onde um determinado arquivo está armazenado. O sistema de arquivos FAT é considerado como relativamente SIMPLES, e por isso é um formato POPULAR para HDs diversos. Além disso, é suportado por VIRTUALMENTE todos os Sistemas Operacionais existentes para computadores PESSOAIS, e assim, é usado freqüentemente para COMPARTILHAR DADOS entre diversos sistemas operacionais INSTALADOS num computador (um ambiente MULTIBOOT OU MULTIARRANQUE). É usado também em cartões de memória de estado sólido (conhecidos como discos flash ou pendrives) e em outros dispositivos semelhantes. As implementações mais comuns têm um inconveniente sério: quando ficheiros são apagados e novos ficheiros são escritos no suporte, as suas partes tendem a DISPERSAR-SE, FRAGMENTANDO-SE por todo o espaço DISPONÍVEL, tornando a LEITURA e a ESCRITA um processo LENTO. A DESFRAGMENTAÇÃO é uma SOLUÇÃO para isso, mas é habitualmente um processo demorado (sobretudo no sistema FAT32) e que tem de ser repetido regularmente para manter os sistemas operacionais limpos. Existem duas versões do sistema FAT: FAT16 (para Sistema Operacional de 16 BITS OU 32 BITS) e FAT32 (só para Sistema Operacional de 32 BITS); a diferença mais visível entre as duas versões é que FAT32 SUPORTA nomes de arquivos longos (até 256 caracteres), enquanto o FAT16 suporta apenas nomes de arquivos curtos (até 8 caracteres + extensão). Caso seja excedido o valor de caracteres, os caracteres excedidos (do nome do arquivo) desaparecerão e no lugar deles aparecerá ~1 ou ~2 (se já existir um outro arquivo com os 8 primeiros caracteres iguais). Um dos maiores problemas do FAT diz respeito à SEGURANÇA, pois neste sistema os arquivos podem ser LIDOS OU ESCRITOS por qualquer UTILIZADOR (e não apenas por utilizadores AUTORIZADOS, como no EXT2, EXT3 ou NTFS). Por esse motivo, os sistemas operacionais da família WINDOWS NT usam o NTFS que já OFERECE tal recurso. 5.2. NTFS: O NTFS (NEW TECHNOLOGY FILE SYSTEM – SISTEMA DE ARQUIVOS DE NOVA TECNOLOGIA) é o sistema de arquivos utilizado praticamente em todas as versões do WINDOWS NT (WINDOWS 2000, XP, 2003 SERVER, VISTA,...). Desenvolvido inicialmente para SERVIDORES, o NTFS possui características importantes, que permitem ao Windows implementar uma série de noções originadas no UNIX, tal como a de sistema operacional MULTIUSUÁRIO. As principais CARACTERÍSTICAS do NTFS são: • Introdução de um sistema de “JOURNALING”, que permite ao sistema operacional se RECUPERAR rapidamente de problemas sem precisar verificar a integridade do SISTEMA DE ARQUIVOS. 4 INSTRUTOR: FERNANDO LUCAS DE OLIVEIRA FARIAS – TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS • • • • Permissões (com sistema de “ACLs – Sistema de Controle de Acessos”), que possibilitam um grande CONTROLE DE ACESSO dos utilizadores aos arquivos. COMPRESSÃO de arquivos (quando configurado). “ENCRIPTAÇÃO” transparente de arquivos. QUOTAS, que permitem que os administradores definam a quantidade de espaço em disco que cada utilizador pode utilizar. 6. PARTIÇÃO: “PARTICIONAR” um disco significa DIVIDI-LO em VÁRIAS PARTES, este é um procedimento necessário para que o disco se torne funcional, sendo OBRIGATÓRIO a criação de pelo menos UMA PARTIÇÃO. Quando o disco é particionado, automaticamente gera-se uma TABELA DE PARTIÇÕES, onde fica gravado o endereço e a CARACTERÍSTICA da partição gerada, as partições possuem CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS para cada TIPO de sistema operacional. Como vimos nos tópicos anteriores desta apostila, que abordavam informações sobre o FAT, e o NTFS principalmente. Depois de gerar uma partição torna-se necessário FORMATÁ-LA, este procedimento é feito através de um comando específico do sistema operacional que será utilizado no disco, no caso do MS-DOS usamos o comando "FORMAT" para dar forma à partição, possibilitando a instalação do sistema operacional em questão. A formatação é que define magneticamente a quantidade de TRILHAS E SETORES do disco, lembrando que em cada setor pode ser armazenado apenas 512 bytes de informação. De qualquer forma, o usuário só poderá usar um Sistema Operacional por vez, que é escolhido durante o BOOT e dominará a máquina até que o computador seja desligado ou reinicializado. A escolha é feita com ajuda de um programa instalado numa parte estratégica do disco e que é executado durante a inicialização da máquina. HD “160 GB” DIVIDO EM PARTIÇÕES 7. RAID (REDUNDANT ARRAY OF INDEPENDENT DRIVES - CONJUNTO REDUNDANTE DE DISCOS INDEPENDENTES): O RAID sempre foi um recurso bastante usado em SERVIDORES e em computadores de grande porte para otimizar o acesso a disco e adicionar tolerância à falhas. Mas, atualmente este recurso está ao alcance de qualquer USUÁRIO DOMÉSTICO que tenha condições de COMPRAR MAIS DE UM HD. É possível usar RAID tanto em HDs IDE quanto em HDs SCSI. 7.1. RAID em HDs IDE Uma controladora RAID permite COMBINAR vários discos rígidos, permitindo AUMENTAR tanto o DESEMPENHO, fazendo VÁRIOS DISCOS TRABALHAREM como se fossem UM SÓ; quanto à confiabilidade, usando um sistema de ESPELHAMENTO. Além das controladoras SCSI, que não são uma solução muito viável para o usuário doméstico, já que os discos rígidos SCSI SÃO CAROS, existem também algumas controladoras RAID IDE, que além de serem mais BARATAS, permitem usar os discos rígidos IDE que temos no mercado. 5 INSTRUTOR: FERNANDO LUCAS DE OLIVEIRA FARIAS – TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS Uma controladora que vem sendo muito elogiada, é a “Promise FastTrak66 IDE”. Nos EUA, esta controladora é vendida por 65 DÓLARES, aqui no Brasil, o preço varia muito, dependendo de onde você for comprar, mas é possível encontrá-la por MENOS de 100 dólares. Como outras controladoras similares, a Premisse “FastTrak66” é uma placa de expansão que deve ser conectada a um dos SLOTS PCI do micro. A placa substitui as interfaces IDE da placa mãe, por isso é detectada automaticamente pelo sistema operacional que estiver utilizando, seja o WINDOWS 95/98 quanto o WINDOWS 2000 ou mesmo o LINUX, tornando a instalação bastante simples. A placa trás as DUAS SAÍDAS IDE normais. Cada saída PERMITE conectar dois discos rígidos, o que traz a possibilidade de instalar ATÉ 4 DISCOS RÍGIDOS IDE. As possibilidades são as seguintes: 7.2. RAID 0 (STRIPING): É possível combinar 2, 3 OU 4 discos rígidos, que serão ACESSADOS como se fossem UM SÓ, aumentando RADICALMENTE o desempenho do acesso à disco. Os DADOS GRAVADOS são FRAGMENTADOS e os PEDAÇOS SÃO ESPALHADOS por todos os discos. Na hora de LER, os discos são acessados ao MESMO TEMPO. Na prática, temos um AUMENTO de desempenho de CERCA DE 98% usando dois discos, 180% usando 3 discos e algo próximo a 250% usando 4 discos. As capacidades dos discos são somadas. Usando 3 discos de 80 GB por exemplo, você passará a ter um grande disco de 240 GB. Este modo é o melhor do ponto de vista do desempenho, mas é RUIM do ponto de vista da CONFIABILIDADE, pois como os dados são FRAGMENTADOS, caso APENAS UM DISCO FALHE, você PERDERÁ os DADOS GRAVADOS em TODOS os discos. Uma OBSERVAÇÃO IMPORTANTE sobre este modo é que você DEVE USAR DISCOS RÍGIDOS IDÊNTICOS. É até POSSÍVEL usar discos de DIFERENTES CAPACIDADES, mas o desempenho ficará LIMITADO AO DESEMPENHO do disco MAIS LENTO. 7.3. RAID 1 (MIRRORING): Este modo permite USAR 2 HDs, sendo que o SEGUNDO armazenará uma imagem IDÊNTICA do PRIMEIRO. Na pratica, será como se você tivesse APENAS UM disco rígido instalado, mas caso o disco TITULAR FALHE por qualquer motivo, você terá uma CÓPIA DE SEGURANÇA armazenada no segundo disco. Este é o modo ideal se você deseja AUMENTAR A CONFIABILIDADE DO SISTEMA. 6 INSTRUTOR: FERNANDO LUCAS DE OLIVEIRA FARIAS – TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS A OBSERVAÇÃO sobre este modo é que ao USAR dois discos, procure colocar UM EM CADA UMA DAS DUAS INTERFACES IDE DA PLACA, isto MELHORARÁ O DESEMPENHO. Outro ponto é que caso os dois discos estejam na mesma interface, como MASTER E SLAVE, você teria que reiniciar o micro caso o primeiro disco falhasse (este problema ocorre em todas as controladoras RAID IDE). USANDO UM EM CADA INTERFACE A CONTROLADORA FARÁ A TROCA AUTOMATICAMENTE, sem a necessidade de reiniciar o computador. Da próxima vez que inicializar o micro você receberá um aviso pedindo para substituir o HD DEFEITUOSO. ESQUEMATIZAÇÃO DA GRAVAÇÃO DE ARQUIVOS NO MODO RAID 1 (MIRRORING): 7.4. RAID 10 (MIRROR/STRIP): Este modo PODE SER USADO APENAS caso você tenha 4 DISCOS RÍGIDOS. Os dois primeiros funcionarão em “STRIPING”, DOBRANDO o desempenho, enquanto os outros DOIS ARMAZENARÃO UMA IMAGEM DOS DOIS PRIMEIROS, assegurando a SEGURANÇA. Este modo é na verdade uma COMBINAÇÃO DOS DOIS PRIMEIROS. 8. CÁLCULO DA CAPACIDADE DO HD: O cálculo da capacidade do HD é bastante simples, pois basta efetuar o PRODUTO DA QUANTIDADE DE CILINDROS, CABEÇAS, SETORES EXISTENTES NO DISCO RÍGIDO, feito isso basta MULTIPLICAR o resultado obtido por 512. Que é justamente o TAMANHO de cada SETOR do disco rígido. Para FINALIZAR, deve ser feita a CONVERSÃO DO RESULTADO, que está em BYTES PARA GB, que é a unidade comumente utilizada para EXPRESSAR a CAPACIDADE DE HDS. CILINDROS × CABEÇAS × SETORES × 512 PRODUTO CAPACIDADE “REAL” DO HD EXEMPLO: Um HD de 80 GB apresenta 39419 CYLINDER (CILINDROS), 16 HEADS (CABEÇAS) e 255 SECTORS (SETORES). Dispondo destes dados, basta apenas realizar o PRODUTO entre a QUANTIDADE DESSES COMPONENTES, em seguida MULTIPLICAR o RESULTADO POR 512. Que é justamente o tamanho de dados existente em cada setor, feito isso o resultado será: 39419 X 16 X 255 X 512 = 8,233 x 10¹º Bytes = 80.400.480 KB = 78.516.093MB = 76,67 GB. Conclui-se com isso, que a capacidade “REAL” do HD é 76,67 GB e NÃO 80 GB como ANUNCIADO PELO FABRICANTE. 7 INSTRUTOR: FERNANDO LUCAS DE OLIVEIRA FARIAS – TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS 9. HD SSD: O HD SSD foi criado graças ao barateamento da memória flash bastante utilizada em Pen Drives e Cartões de Memória. SSD significa disco em estado sólido que passam a utilizar ao invés de discos magnéticos (pratos, cabeças, trilhas, cilindros, setores, e etc) chips de memória flash como podemos observar na figura abaixo. Os HDs SSD apresentam uma série de características que constituem vantagens e desvantagens em relação à HDs convencionais. Como mostrado abaixo: VANTAGENS: • • • • • • • • Tempo de acesso reduzido, uma vez que o acesso à memória RAM é muito menor do que o tempo de acesso a meios magnéticos (como os HDs e fitas LTO) ou ópticos (discos como CDs e DVDs). Outros meios de armazenamento sólidos podem apresentar características bem diferentes; Eliminação de partes móveis eletro-mecânicas, o que reduz vibrações e os torna completamente silenciosos. Por não possuírem partes móveis são muito mais resistentes que os HDs comuns, contra choques mecânicos, o que é extremamente importante quando se fala em computadores portáteis. Menor peso em relação aos discos rígidos, mesmo os mais portáteis. Consumo reduzido de energia. Possibilidade de trabalhar em temperaturas maiores que os HDs comuns - cerca de 70 °C. Redução do Tempo de BOOT; DESVANTAGENS: • • • Alto custo para o usuário final. Capacidade muito inferior aos discos rígidos, mas isso pode mudar com o tempo. A leitura e escrita de grandes blocos de dados tendem a ser mais lentas em um HD SSD. FONTE: <pt.wikipedia.org> Acesso em: 25 Fevereiro 2010 às 10:38 h. Enfim, aparentemente os HDs SSD apresentam apenas vantagens, todavia, se o seu cliente estiver buscando um HD com grande capacidade de armazenamento, jamais indique no momento um HD SSD, pois a capacidade destes dispositivos hoje em dia, gira em torno de 256 GB, sendo incomparável com a incrível capacidade alcançada pelos HDs tradicionais que chegam a ter 2 ou 5 TB. Exceto, 8 INSTRUTOR: FERNANDO LUCAS DE OLIVEIRA FARIAS – TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS quando o seu cliente estiver buscando mobilidade (notebook, notebook, ...), então nesses casos onde o crucial é a segurança das informações, independente do que acontecer com esses dispositivos (choques mecânicos, trepidações na superfície), então vale a pena indicar um disco SSD. Outro dado interessante a ressaltar nos discos SSD é que eles apresentam um ciclo de vida bastante reduzido em relação aos HDs tradicionais. Apenas para se ter uma idéia se, um computador que utilize esses novos discos estiver ligado 8 horas por dia, em no máximo dois anos o SSD começara a apresentar vários problemas e inclusive cavidades (não físicas, mas virtuais), que impossibilitarão a gravação dos dados nesses locais, reduzindo drasticamente a capacidade do dispositivo. Este fenômeno é fácil de ser observado em dispositivos como pen drives e cartões de memória onde quanto mais o usuário utiliza o dispositivo principalmente após processos de formatação a capacidade dos mesmos vai sendo reduzida gradualmente. E finalmente, o preço médio desses dispositivos ainda é bastante elevado se comparado aos discos tradicionais, pois para se adquirir um disco SSD o preço médio gira em torno de R$ 1600,00 contra R$ 140,00 dos HDs tradicionais de mesma capacidade. Valores para um disco de 250 GB de capacidade. INFOGRÁFICO EXTRAÍDO DO SITE UOL 9 INSTRUTOR: FERNANDO LUCAS DE OLIVEIRA FARIAS – TODOS OS DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS