Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 Trabalho Prático ESTUDO EXPERIMENTAL DE LEIS DA DINÂMICA Objectivo - Com este trabalho pretende-se realizar a verificação experimental de diferentes leis da dinâmica e suas consequências. As experiências programadas baseiam-se na utilização de um computador e de uma interface PASCO Science Workshop (SW) 500 ou 700. 1ª PARTE Segunda lei de Newton - Força constante Introdução r De acordo com a 2ª lei de Newton, a resultante das forças F exercidas sobre um objecto é r directamente proporcional à aceleração a que essa força imprime ao movimento do objecto, r r = m.a F sendo a constante de proporcionalidade a própria massa m do objecto: Nesta parte do trabalho vai-se estudar a relação entre forças aplicadas, massa e aceleração. Para tal determina-se a equação da posição em função do tempo, da forma: s(t) = s0 + v0t + ½ at2. Dos factores da equação calcula-se o valor experimental da aceleração. Faz-se ainda uma análise das forças que restringem o movimento. Material necessário Uma calha, um carrinho (com pouco atrito), um sensor de movimento, um sensor de força. O carrinho é puxado por uma corda que está ligada a uma massa, suspensa de uma roldana [sem massa e sem atrito (?)]. O sensor de força, montado no carrinho mede a força que o acelera. O sensor de movimento transmite ao computador dados da posição do carrinho em função do tempo: s(t). Montagem da experiência Dispositivo experimental O dispositivo experimental terá a configuração indicada na figura da página seguinte. SE COMEÇARAM A REALIZAÇÃO DO TRABALHO PELA 3ª PARTE: 1. Retirar a calha metálica de elevação (de 2 cm). 2. Retirar o sensor de força e também o respectivo suporte. 3. Retirar o "bumper" do sensor de força e no seu lugar aplicar um gancho. Departamento de Física da FCTUC 1/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 1. Verifiquem se a calha, que se encontra sobre a mesa, está convenientemente nivelada. 2. Fixem uma roldana no extremo da calha que está à vossa direita. 3. Na proximidade da roldana fixem um batente que limitará o movimento. 4. Coloquem o sensor de movimento no lado da calha oposto àquele em está a roldana. 5. Como mostra a figura ao lado, ligar as fichas do sensor de movimento aos canais digitais 1 e 2 do interface. Ligar a ficha amarela ao canal digital 1 e a ficha preta ao canal 2. 6. Tomar o sensor de força, que por ora deixará em cima da mesa, e ligar a respectiva ficha DIN ao canal analógico A (figura ao lado). 7. Ligar o botão ON do Science Workshop interface. Computador e programa SE COMEÇARAM A REALIZAÇÃO DO TRABALHO PELA 3ª PARTE: 1. Fechar a janela do Data Studio. NÃO salvar a actividade anterior. 2. Seguir a partir do ponto 3. 1. Ligar o computador e aguardar a inicialização. 2. No início de Windows <CLICAR> em ALUNOS PASSWORD: ?????? <ENTER> 3. <CLICAR> duas vezes em Data Studio 4. <CLICAR> em Criar experimento Departamento de Física da FCTUC 2/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 5. <CLICAR> em Adic. Sensor ou Instrumento 6. <CLICAR> em Sensor de movimento e <OK> 7. Na janela que se abre deixar seleccionada POSIÇÃO e seleccionar de seguida taxa de amostras = 50 Hz. 8. <CLICAR> em Adic. Sensor ou Instrumento 9.Na janela que se abre seleccionar Sensores analógicos Science Worhshop 10. Seleccionar Sensor de força e <OK> 11. <CLICAR> no símbolo do sensor de força que aparece agora. 12. Na janela que se abre verificar que está seleccionada: Força, canal A e seleccionar taxa de amostras = 200 Hz. Calibração do sensor de força Vai-se agora proceder à calibração do sensor de força. Para tal deve usar uma força superior (mas não muito) àquela que se vai aplicar. O sensor de movimento não precisa de ser calibrado. 1. Montar o sensor de força num suporte semelhante ao da figura ao lado, de modo a que o seu gancho fique na vertical. Para já não colocar qualquer massa no gancho. 2. Com o rato <CLICAR> em Calibrar sensores ⇒ Surge a opção sensor de força, e na janela de écran pode ler que 50 N produzem uma tensão de 8 V e -50 N produzem uma tensão de -8 V. O sensor de força está definido de modo a que um “puxão” seja interpretado como uma força negativa. Por exemplo, se montarmos o sensor verticalmente e nele pendurarmos um objecto com 1 kg de massa, o sensor de força medirá -9.8 N. 3. No écran do computador verificar se está seleccionado 2 Pontos. Se não, seleccionar. 4. Vá pressionar o botão de tara do sensor de modo a inicializá-lo. 5. No écran do computador, em Calibração Ponto 2 escrever 0,0 em Valor Padrão e <CLICAR> em Leitura do sensor. 6. Pendurar no gancho um objecto de massa conhecida (cujo valor seja superior à massa do objecto que vai utilizar durante esta parte do trabalho). 7. No écran do computador, em Calibração Ponto 1 escrever o valor negativo do peso (em Newton) do objecto pendurado (por exemplo: - 0,49); escrever no quadro Valor Padrão e de seguida <CLICAR> em Leitura do sensor. 8. <CLICAR> em OK para voltar à janela anterior. 9. Fechar a janela Configuração de experimentos. Departamento de Física da FCTUC 3/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 Voltando ao dispositivo experimental 1. Tomar um carrinho e um parafuso para fixar o sensor de força em cima do mesmo e registar a massa do conjunto na folha de dados. 2. Retirar o sensor de força da posição de calibração e ler o valor da respectiva massa, o qual está indicado por debaixo do mesmo. Adicionar esta massa à obtida em 1. e tomar nota do valor total na folha de dados. 3. Montar o sensor de força no carrinho de modo a que o gancho fique no extremo (ver figura do "dispositivo experimental". 4. Colocar o carrinho na calha de modo a que o lado do sensor que tem o gancho aponte no sentido oposto ao do sensor de movimento. O carrinho vai ser afastado do sensor. A posição inicial deve estar a distância superior a 40 cm. 5. Usar um fio com 10 cm a mais do que o comprimento necessário para chegar ao chão, quando o carrinho está junto à roldana. Ligar um extremo do fio ao suspensor de massas. 6. Registe a massa do suspensor de massas e fio na folha de dados. 7. Ligar o outro extremo do fio ao gancho do sensor de força e passar o fio pela roldana. Ajustar a roldana de modo que o fio fique paralelo à calha. Aquisição de dados Os dados experimentais serão adquiridos de modo a preencher a tabela seguinte, incluída na folha de registo de dados, onde: - "massa suspensa" é a massa colocada no suspensor de massas, - "peso aplicado" é o peso correspondente a "massa suspensa" + "suspensor de massas", - "massa em movimento" é a soma das massas do dispositivo experimental (carrinho + parafuso + sensor de força + suspensor de massas) com a "massa suspensa", - "aceleração calculada" é um valor a determinar por cálculo, - "aceleração medida" é um valor a calcular a partir da análise efectuada pelo programa, - "erro relativo" diz respeito ao valor da "aceleração medida", - "tensão no fio" é um valor a calcular (T = a×Mcps). Massa Peso suspensa aplicado ms (kg) P (N) Erro Massa em Aceleração Aceleração Tensão Força movimento calculada medida relativo no fio medida calculada para m = M + ms a = P/m am Fm aceleração T (N) (kg) (m.s-2) (m.s-2) (N) 0,005 0,010 0,015 0,020 0,030 0,040 Departamento de Física da FCTUC 4/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 Como proceder? O trabalho é de equipa, pelo que um dos elementos se ocupará do carrinho e vigiará as massas enquanto o outro fará a mudança de massas (no suspensor de massas) e a aquisição de dados através do programa informático. Para cada valor de "massa suspensa" deverão proceder do modo a seguir descrito. UM. Bloquear o carrinho para que não se mova sob acção da massa que vai ser suspensa. Sem o fio ligado ao gancho, premir tara no sensor de força. OUTRO. Aplica a massa certa no "suspensor de massas". UM. Recuar o carrinho de modo a que a massa suspensa fique logo a seguir à roldana. Verificar que o suspensor (e a massa) não estão a oscilar. Manter o carrinho parado. OUTRO. <CLICAR> em Iniciar. UM. Liberta o carrinho. OUTRO. <CLICAR> em Parar quando o carrinho bate no "batente". OUTRO. No lado inferior esquerdo do écran <CLICAR> duas vezes em Gráfico. OUTRO. Na janela que aparece seleccionar Posição e <OK>. Como devem saber, em movimento uniformemente acelerado, a equação da posição em função do tempo é traduzida graficamente por uma parábola. OUTRO. Ir ao gráfico de Posição (em função do tempo) e com o rato seleccionar a zona da curva com a forma mais aproximada de parábola. OUTRO. Em Ajustes seleccionar ajuste quadrático. Sobre o gráfico aparecem os parâmetros A, B e C de s(t) = C + B.t + A.t2. A partir deles calculam a aceleração do movimento. Chegam então ao valor de "aceleração medida - am". Registem o valor na folha de dados. OUTRO. No lado inferior esquerdo do écran <CLICAR> duas vezes em Gráfico. OUTRO. Na janela que aparece seleccionar Força e <OK>. OUTRO. No gráfico de Força (em função do tempo) seleccionar a zona que corresponde ao intervalo de tempo que foi seleccionado no gráfico de Posição. OUTRO. Com o rato <CLICAR> em Σ (Estatística) para determinar o valor médio da força. Esse valor corresponde ao de "força medida - F". Registem o valor na folha de dados. Repitam a parte do trabalho indicada para UM e OUTRO para as restantes 5 massas, de modo a preencher completamente a tabela acima indicada. Devem proceder como a seguir se descreve. Departamento de Física da FCTUC 5/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 UM. Bloquear o carrinho para que não se mova sob acção da massa que vai ser suspensa. Sem força exercida sobre o gancho, premir tara no sensor de força. OUTRO. Aplica a massa certa no "suspensor de massas". UM. Recuar o carrinho de modo a que a massa suspensa fique logo a seguir à roldana. Verificar que o suspensor (e a massa) não estão a oscilar. Manter o carrinho parado. OUTRO. No écran <CLICAR> em Iniciar. UM. Liberta o carrinho. OUTRO. <CLICAR> em Parar quando o carrinho incide no "batente". OUTRO. No lado inferior esquerdo do écran <CLICAR> duas vezes em Gráfico. OUTRO. Na janela que aparece seleccionar Posição e <OK>. OUTRO. No lado inferior esquerdo do écran <CLICAR> duas vezes em Gráfico. OUTRO. Na janela que aparece seleccionar Força e <OK>. OUTRO. Ir ao gráfico de Posição e com o rato seleccionar a zona da curva com a forma mais aproximada de parábola. OUTRO. Em Ajustes seleccionar ajuste quadrático. A partir do valor do parâmetro A calcular a aceleração do movimento, chegando assim ao valor de "aceleração medida". OUTRO. Ir ao gráfico de Força e seleccionar a mesma zona de tempos do gráfico de Posição. OUTRO. Com o rato <CLICAR> em Σ (Estatística) para determinar o valor médio da força que constituirá o de "força medida". Cálculos adicionais Os resultados obtidos evidenciam um erro relativo para o valor de aceleração, que deverá ser estudado. Para tal deve pensar-se no efeito de forças de restrição ao movimento, entre as quais se inclui a força de atrito. No relatório do trabalho farão uma análise pormenorizada dessas forças. No que respeita às forças aplicadas sobre as massas que se movem, elas verificam a equação F – Fa = ma, em que Fa designa as forças de resistência. Podem efectuar o seu cálculo se fizerem a representação gráfica da função F = f(am). Para tal, devem construir um gráfico que contenha em abcissas os valores da "aceleração medida" e em ordenadas os valores da "força medida". De seguida devem ajustar uma recta a esses dados. A ordenada na origem representa o valor de Fa. Tomem nota do seu valor e comparem-no com o valor teórico esperado, determinando a grandeza do coeficiente de atrito cinético. Recorrendo a consulta bibliográfica, comentem a grandeza obtida para esse coeficiente. Relatório Elaborem um relatório desta parte do trabalho, seguindo as orientações que vos foram dadas. Departamento de Física da FCTUC 6/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 2ª PARTE Variação da Energia Cinética de um objecto Introdução r Quando um objecto de massa m experimenta uma força total constante F ao longo de um r r percurso rectilíneo de comprimento d , o trabalho realizado por F é dado por: r r W = F .d r Por outro lado, se a força F for a resultante das forças aplicadas ao objecto, o trabalho por ela realizado é igual à variação da energia cinética desse objecto: W = Ecf − Eci = 1 2 1 2 mv f − mvi , 2 2 onde vf e vi são a velocidades final e inicial, respectivamente. É esta igualdade que será estudada nesta experiência. Material necessário Uma calha, um carrinho, um sensor de força, já conhecidos. Além disso é necessária uma fotoroldana (equipada de uma célula fotoeléctrica que detecta a rotação da roldana). O carrinho é puxado por uma corda que está ligada a uma massa, suspensa através da roldana. O sensor de força, montado no carrinho mede a força que o acelera. A foto-roldana transmite ao computador dados que permitem calcular a velocidade em função do tempo: v(t). Montagem da experiência Dispositivo experimental O dispositivo experimental terá a configuração indicada na figura que segue. Departamento de Física da FCTUC 7/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 Notem que a diferença para o dispositivo experimental da 1ª parte é a substituição da "roldana" por uma "roldana provida de célula fotoeléctrica" que detectará a respectiva velocidade de rotação. 1. Procedam a essa substituição. 2. Do Science Workshop interface desliguem ambas as fichas do sensor de movimento. 3. Liguem o terminal da foto-roldana ao canal digital 1 do Science Workshop interface. Computador e programa 1. Fechar a janela do Data Studio. NÃO salvar a actividade anterior. 2. <CLICAR> duas vezes em Data Studio 3. <CLICAR> em Criar experimento 4. <CLICAR> em Adic. Sensor ou Instrumento 5. <CLICAR> em Polia inteligente e <OK> 6. Na janela que se abre deixar seleccionar POSIÇÃO e VELOCIDADE. 7. <CLICAR> em Adic. Sensor ou Instrumento 8. Na janela que se abre seleccionar Sensores analógicos Science Worhshop 9. Seleccionar Sensor de força e <OK> 10. <CLICAR> no símbolo do sensor de força que aparece agora. 11. Na janela que se abre verificar que está seleccionada: Força, canal A e seleccionar taxa de amostras = 200 Hz. Calibração do sensor de força Para calibrar o sensor de força usar uma massa de 50 g. A foto-roldana não tem calibração. 1. Libertar o sensor de força do carrinho (experiência anterior). 2. Montar o sensor de força num suporte semelhante ao da figura ao lado, de modo a que o seu gancho fique na vertical. Para já não colocar qualquer massa no gancho. 3. Com o rato <CLICAR> em Calibrar sensores 4. No écran do computador verificar se está seleccionado 2 Pontos. Se não, seleccionar. 5. Vá pressionar o botão de tara do sensor de modo a inicializá-lo. 6. No écran do computador, em Calibração Ponto 2 escrever 0,0 em Valor Padrão e <CLICAR> em Leitura do sensor. 7. Pendurar no gancho a massa de 50 g. Departamento de Física da FCTUC 8/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 8. No écran do computador, em Calibração Ponto 1 escrever o valor negativo do peso (em Newton) do objecto pendurado (por exemplo - 0,49); escrever no quadro Valor Padrão e de seguida <CLICAR> em Leitura do sensor. 9. <CLICAR> em OK para voltar à janela anterior. 10. Fechar a janela Configuração de experimentos. Voltando ao dispositivo experimental 1. Retirar o sensor de força da posição de calibração e montá-lo sobre o carrinho, tal como na experiência anterior. 2. Usar o suspensor de massas da experiência anterior, ligado ao mesmo fio. Ligar o outro extremo do fio ao gancho do sensor de força e passar o fio pela roldana. Ajustar a roldana de modo a que o fio fique paralelo à calha. 3. Na tabela de registo de dados anotem o valor da massa Mcps obtido na experiência anterior. Aquisição de dados Um dos elementos do grupo de trabalho ocupa-se do carrinho e o outro regista a aquisição de dados através do programa informático. UM. Bloquear o carrinho para que não se mova sob acção da massa que vai ser suspensa. OUTRO. Aplicar uma massa de 20 g no "suspensor de massas". UM. Recuar o carrinho de modo a que a massa suspensa fique logo a seguir à roldana. Verificar que o suspensor (e a massa) não estão a oscilar. Manter o carrinho parado numa posição em que o LED no topo da foto-roldana esteja apagado. OUTRO. <CLICAR> em Iniciar. UM. Libertar o carrinho. OUTRO. <CLICAR> em Parar quando o carrinho bate no "batente". Tratamento matemático dos dados experimentais 1. No lado inferior esquerdo do écran <CLICAR> duas vezes em Gráfico. 2. Na janela que aparece seleccionar Velocidade e <OK>. Surge um gráfico de velocidade em função do tempo, a partir do qual é possível calcular a variação da energia cinética, também em função do tempo. Para tal, proceder como segue. 1. Na janela do gráfico v(t) <CLICAR> no símbolo de Calculadora. Responder <OK>. 2. Na janela que se abre, em Definição: - substituir y = por EC = Departamento de Física da FCTUC 9/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 - continuar a introdução da fórmula ... EC = x^2*0,5*0,602 ATENÇÃO: o último valor é a soma da "Massa de carrinho + parafuso + sensor de força → m =" que pode não coincidir com o vosso caso. Reparem que se trata da "fórmula" da energia cinética. - <CLICAR> <Aceitar>. 3. Fechar a janela da calculadora. Sobreposto ao gráfico de velocidade aparece agora um gráfico EC(t). Para calcular com mais rigor a variação, começar por maximizar a janela do gráfico. 4. Com o rato seleccionar no gráfico EC(t) a zona linear. Aparece marcada a amarelo. 5. Com o rato <CLICAR> em Σ (Estatística), seleccionando Mínimo e Máximo. Os respectivos valores de energia cinética aparecem no écran. Tomar nota dos mesmos em tabela igual à seguinte, que está incluída na folha de dados. Calcular a variação ΔEC. Mcps (kg) ECmin (J) ECmáx (J) ΔEC (J) W (J) Diferença percentual 6. Com o rato seleccionar no gráfico v(t) a zona que corresponde à marcada a amarelo no gráfico de EC(t). 7. Com o rato <CLICAR> em Σ (Estatística) para obter vmin e vmáx da zona seleccionada. Tomar nota dos mesmos na tabela da folha de dados idêntica à seguinte. vmin vmáx smin smáx Deverão notar que é possível calcular a variação da energia cinética a partir dos valores máximo e mínimo de velocidade, efectuando os cálculos "à mão". Pretende-se de seguida comparar a variação da energia cinética com o trabalho realizado pela força responsável pelo movimento. Para o efeito há que: - obter o gráfico Força vs. Posição, e - nesse gráfico considerar a mesma zona de dados que se usou no gráfico de velocidade. 1. No lado inferior esquerdo do écran <CLICAR> duas vezes em Gráfico. 2. Na janela que aparece seleccionar Velocidade e <OK>. 3. Aplicar o rato sobre a legenda "tempo" até aparecer o símbolo de uma tabela. <CLICAR> e seleccionar Posição. Departamento de Física da FCTUC 10/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 Aparece um gráfico de velocidade em função da posição. 4. Na janela do gráfico usar a Ferramenta inteligente para fazer a leitura dos valores de posição que correspondem a vmin e a vmáx registados na tabela de dados. Tomar nota dos mesmos. 5. No lado inferior esquerdo do écran <CLICAR> duas vezes em Gráfico. 6. Na janela que aparece seleccionar Força e <OK>. 7. Aplicar o rato sobre a legenda "tempo" até aparecer o símbolo de uma tabela. <CLICAR> e seleccionar Posição. 8. Maximizar no écran o gráfico que apareceu. 9. Com o rato seleccionar a zona que está incluída entre os valores de posição atrás registados smin e smáx (no ponto 4). 10. Com o rato <CLICAR> em Σ (Estatística), seleccionando Área. O valor da área entre a curva de força e o eixo horizontal da zona seleccionada aparece no écran. Tomar nota do mesmo e registá-lo em W na tabela incluída na folha de dados. Cálculos adicionais Comparar os valores obtidos para ΔEC e para W, calculando a respectiva diferença percentual. Explicar essa diferença. Se for exagerada, devem repetir a aquisição de dados. Relatório Elaborem um relatório desta parte do trabalho, seguindo as orientações que vos foram dadas. Departamento de Física da FCTUC 11/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 3ª PARTE Impulso da força e variação do momento linear numa colisão Introdução r Partindo da 2ª lei de Newton, verifica-se que é possível exprimir uma força F pela variação temporal do momento linear do corpo a que é aplicada: r dpr F= dt r onde o momento linear p corresponde, como se sabe, ao produto da massa do corpo pela r r velocidade de que está animado ( p = m.v ). Se a força é constante no tempo (aceleração constante) pode escrever-se: r r r r Δpr mv f − mvi r F= = ⇒ F .Δt = Δp Δt t f − ti Contudo, em geral, quando dois corpos interagem (por exemplo, quando chocam) a força de interacção entre eles não é constante; ou seja, não passa instantaneamente para um dado valor, mantendo-se constante nesse valor durante certo tempo e depois desaparecendo também instantaneamente. É o que se representa no gráfico da figura 1-a). Pelo contrário, a força varia ao longo do tempo, por exemplo, como está ilustrado no gráfico da figura 1-b). r F r F t a) t b) Figura 1 r Ao produto F. Δt ou r F. ∫ dt , correspondente à área delimitada respectivamente por cada uma r das curvas da figura 1, dá-se o nome de impulso da força, I . Assim, o impulso da força é igual à variação do momento linear provocada pela acção dessa força: r r r I = p f − pi , r r onde pi e p f são os valores do momento linear imediatamente antes da força começar a actuar e imediatamente após a força deixar de actuar, respectivamente. Departamento de Física da FCTUC 12/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 Esta relação pode ser verificada experimentalmente: por um lado, medindo, durante o tempo de impacto, a força que age sobre um carro quando este choca contra um obstáculo no qual está montado um sensor de força e, por outro, registando a velocidade do carro antes e depois do choque com o obstáculo (por meio de um sensor de movimento). Material necessário Uma calha, um carrinho, um sensor de movimento, um sensor de força. O carrinho é movido por acção da gravidade (inclinando a calha) e vai chocar contra o protector magnético do sensor de força. O sensor de força mede a força durante a colisão. O sensor de movimento transmite ao computador dados da posição do carrinho, a partir dos quais é possível calcular a velocidade do carrinho antes e depois da colisão. Montagem da experiência Dispositivo experimental O dispositivo experimental terá a configuração indicada na figura seguinte. SE NÃO INICIAM NESTA 3ª PARTE A REALIZAÇÃO DO TRABALHO: 1. Fixar o suporte do sensor de força próximo do extremo direito da calha, sem retirar a foto-roldana. 2. Desligar do interface a ficha da foto-roldana. 3. Continuar no ponto 3 a seguir. 1. No lado direito da calha fixar a placa onde será colocado o sensor de força. 2. Fixar o sensor de movimento no lado esquerdo da calha. 3. Como mostra a figura ao lado, ligar as fichas do sensor de movimento aos canais digitais 1 e 2 do interface. Ligar a ficha amarela ao canal digital 1 e a ficha preta ao canal 2. 4. Tomar o sensor de força, que por ora deixará em cima da mesa, e ligar a respectiva ficha DIN ao canal analógico A (figura ao lado). Departamento de Física da FCTUC 13/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 5. Fixar no extremo do sensor de força o protector magnético, adequado para colisões. 6. Ligar o botão ON do Science Workshop interface. Computador e programa SE NÃO INICIAM NESTA 3ª PARTE A REALIZAÇÃO DO TRABALHO: 1. Fechar a janela do Data Studio. NÃO salvar a actividade anterior. 2. Seguir o guia a partir do ponto 3. 1. Ligar o computador e aguardar a inicialização. 2. No início de Windows <CLICAR> em ALUNOS PASSWORD: ?????? <ENTER> 3. <CLICAR> duas vezes em Data Studio 4. <CLICAR> em Criar experimento. 5. <CLICAR> em Adic. Sensor ou Instrumento. 6. <CLICAR> em Sensor de movimento e <OK> 7. Na janela que se abre deixar seleccionada Posição e Velocidade e seleccionar de seguida taxa de amostras = 50 Hz. 8. <CLICAR> em Adic. Sensor ou Instrumento. 9. Na janela que se abre seleccionar Sensores analógicos Science Worhshop. 10. Seleccionar Sensor de força e <OK>. 11. <CLICAR> no símbolo do sensor de força que aparece agora. 12. Na janela que se abre verificar que está seleccionada Força, canal A e seleccionar taxa de amostras = 200 Hz. Calibração do sensor de força Vai-se agora proceder à calibração do sensor de força. Para tal vai-se usar a força gravítica resultante de uma massa de cerca de 0,5 kg. O sensor de movimento não precisa de ser calibrado. 1. Com o rato <CLICAR> em Calibrar sensores ⇒ Surge a opção sensor de força, e na janela de écran pode ler que 50 N produzem uma tensão de 8 V e -50 N produzem uma tensão de -8 V. O sensor de força está definido de modo a que um “puxão” seja interpretado como uma força negativa. Por exemplo, se montarmos o sensor verticalmente e nele pendurarmos um objecto com 1 kg de massa, o sensor de força medirá -9.8 N. 2. Montar o sensor de força num suporte semelhante ao da figura na página seguinte, de modo a que o seu gancho fique na vertical. Para já não colocar qualquer massa no extremo. 3. No écran do computador verificar se está seleccionado 2 Pontos. Se não, seleccionar. Departamento de Física da FCTUC 14/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 4. Vá pressionar o botão de tara do sensor de modo a inicializá-lo. 5. No écran do computador, em Calibração Ponto 2 escrever 0,0 em Valor Padrão e <CLICAR> em Leitura do sensor. 6. Pendurar no protector magnético do sensor a massa de cerda de 0,5 kg (que deve antes ser "pesada"). 7. No écran do computador, em Calibração Ponto 1 escrever o valor negativo do peso (em Newton) do objecto pendurado (por exemplo: - 4,94); escrever no quadro Valor Padrão e de seguida <CLICAR> em Leitura do sensor. 8. <CLICAR> em OK para voltar à janela anterior. 9. Fechar a janela Configuração de experimentos. Voltando ao dispositivo experimental 1. Retirar o sensor de força da posição de calibração e montá-lo no respectivo suporte à direita da calha. 2. Levantar o extremo da calha oposto àquele em que está colocado o sensor de força cerca de 2 cm, de modo a que o carrinho se mova por acção da gravidade. 3. Medir cuidadosamente a massa do carrinho. Registar essa medida. Aquisição de dados O trabalho é de equipa, pelo que um dos elementos se ocupará do carrinho enquanto o outro fará a aquisição de dados através do programa informático. UM. Premir o botão tara no sensor de força. UM. Colocar o carrinho na calha a mais de 40 cm do sensor de movimento, com o lado magnetizado voltado para o sensor de força. Mantê-lo parado. OUTRO. <CLICAR> em Iniciar. UM. Liberta o carrinho. OUTRO. <CLICAR> em Parar depois de o carrinho ter incidido no "batente". Tratamento matemático dos dados experimentais 1. No lado inferior esquerdo do écran <CLICAR> duas vezes em Gráfico. 2. Na janela que aparece seleccionar Velocidade e <OK>. 3. Maximizar a janela do gráfico. Com o rato seleccionar no mesmo a zona que corresponde à colisão. 4. Com o rato <CLICAR> em Σ (Estatística), seleccionando Mínimo (depois da colisão) e Máximo (antes da colisão). Os respectivos valores de velocidade aparecem no écran. Tomar nota dos mesmos em tabela igual à seguinte, que está incluída na folha de dados. Departamento de Física da FCTUC 15/17 Física Laboratorial Mcarrinho (kg) vantes (m.s-1) Ano lectivo 2006/07 Vdepois (m.s-1) pantes (kg.m.s-1) pdepois (kg.m.s-1) Δp -1 (kg.m.s ) impulso (N.s) 5. No lado inferior esquerdo do écran <CLICAR> duas vezes em Gráfico. 6. Na janela que aparece seleccionar Força e <OK>. 7. Com o rato seleccionar no gráfico a zona que corresponde à colisão. 8. Com o rato <CLICAR> em Σ (Estatística), seleccionando Área. O valor da área entre a curva de força e o eixo horizontal da zona seleccionada aparece no écran. Tomar nota do mesmo e registá-lo na tabela incluída na folha de dados. Cálculos adicionais Efectuar os cálculos necessários para preencher as restantes colunas da tabela já referida. Comparar os valores obtidos, calculando o respectivo erro relativo. Repetir a experiência se o erro calculado for superior a 5%. Relatório Elaborem um relatório desta parte do trabalho, seguindo as orientações que vos foram dadas. Bibliografia (para as três partes do trabalho) [1] M.M.R.R. Costa e M.J.B.M. de Almeida, Fundamentos de Física, Coimbra, Livraria Almedina (1993). [2] Paul Tipler, Física, Editora Guanabara-Koogan, 4ª Edição (2000). [3] M. Alonso e E. Finn, Física, Addison-Wesley Iberoamericana (1999) [4] Introdução à análise de dados nas medidas de grandezas físicas, Coimbra, Departamento de Física da Universidade (2005/06). [5] M.C. Abreu, L. Matias e L.F. Peralta, Física Experimental - Uma introdução, Lisboa, Editorial Presença (1994). Departamento de Física da FCTUC 16/17 Física Laboratorial Ano lectivo 2006/07 Visto do Professor P3 - ESTUDO EXPERIMENTAL DE LEIS DA DINÂMICA REGISTO DE DADOS E CÁLCULOS 1ª PARTE - Segunda lei de Newton - Efeito de forças aplicadas Massas de dispositivo experimental (kg): carrinho + parafuso sensor de força soma de massas suspensor de massas massa TOTAL M (kg) Mcps (kg) Peso Massa suspensa aplicado ms (kg) P (N) Tensão Força Erro Massa em Aceleração Aceleração no fio medida medida relativo movimento calculada calculada para m = M + ms a = P/m am F -2 -2 T (N) aceleração (kg) (m.s ) (m.s ) (N) 0,005 0,010 0,015 0,020 0,030 0,040 2ª PARTE - Variação da energia cinética de um objecto Mcps (kg) ECmin (J) vmin ECmáx (J) ΔEC (J) W (J) vmáx smin smáx Diferença percentual 3ª PARTE - Impulso da força e variação do momento linear numa colisão Mcarrinho (kg) vantes (m.s-1) Departamento de Física da FCTUC vdepois (m.s-1) pantes (kg.m.s-1) pdepois (kg.m.s-1) Δp (kg.m.s-1) impulso (N.s) 17/17