Kreator O Kreator surgiu em 1984, ainda com o nome de Tormentor, em Essen, na Alemanha, e sua formação original era composta por Milan "Mille" Petrozza (guitarra e vocal), Rob Fioretti (baixo) e Jörgen "Ventor" Reil (bateria). O estilo agressivo do thrash metal que o grupo tocava era inspirado pelo problema da poluição industrial que a cidade, localizada no Vale do Ruhr, enfrentava. Rebatizada como Kreator, abanda assinou com a Noise, gravadora alemã que lançou o trabalho de estréia, "Endless Pain", em 1985. Apesar de uma produção simples, o disco foi comprado avidamente pelos fãs da então crescente cena thrash metal. Em 1986, Jorg Tritze foi incluído como segundo guitarrista e já participou de "Pleasure To Kill", álbum que impulsionou o Kreator para a popularidade, principalmente na Europa. Liricamente, a banda sempre flertou com o lado sombrio da vida. Estilo que se manteve com o EP "Flag Of Hate", de 1987, e com o disco "Terrible Certainty", lançado em 1988. No mesmo ano, Frank "Blackfire" Gosdzik deixou o Sodom para se unir ao Kreator em lugar de Tritze. O novo integrante participou do EP "Out Of The Dark, Into The Light" (1988) e com ele a formação se estabilizou por mais alguns anos, período em que saíram "Extreme Agression" (1989), "Coma Of Souls" (1990) e o polêmico "Renewal" (1992). Após uma série de longas tours por vários países, o Kreator terminou uma fase de sua carreira com "Coma Of Souls", onde o som já estava bem menos agressivo, porém mantinha a qualidade que os fãs sempre apreciaram. Mas "Renewal" marcou um afastamento das raízes thrash e uma aproximação com um estilo mais industrial, algo que não foi bem recebido pelo público, além de ter dividido opiniões na imprensa especializada. [Endless Pain] Odiado por muitos, elogiado por tantos outros, "Renewal" marcou a despedida de Ventor e Fioretti, substituídos por Christian Geisler (baixo) e pelo baterista Joe Cangelosi (ex-Whiplash). Outra mudança aconteceria em 1995, após o lançamento de "Cause For Conflict". Gosdzik saiu e para o seu lugar veio Tommy Vetterli (Ex-Coroner). Além dele, o líder do Kreator conseguiu garantir o retorno de Ventor para a bateria. Em 1996 saiu a coletânea "Scenarios Of Violence" e, um ano depois, surgiu "Outcast", um trabalho que se não seguia o padrão de "Renewal", trouxe à tona uma faceta nova do Kreator, com um estilo mais atmosférico, atraindo novos fãs, mas se distanciando ainda mais daqueles que acompanhavam a carreira dos alemães desde o início. Esta etapa na história do Kreator se prolongou com "Endorama", lançado em 1999, e com uma nova coletânea, "1985-1992 Life Past Trauma", que ficou pronta no ano 2000. Vetterli saiu da banda pouco antes do início das gravações do mais novo trabalho. Mille recrutou o guitarrista finlandês Yli-Sirniö, que já havia substituído Vetterli temporariamente quando o ex-guitarrista havia machucado uma das mãos. Com o novo membro, o Kreator entrou em estúdio em 2001 para gravar "Violent Revolution", álbum que retoma as raízes da banda. DISCOGRAFIA: Endless Pain (1985) Pleasure To Kill (1986) Terrible Certainty (1987) Extreme Agression (1988) Out Of The Dark/Into The Light (1989) Coma Of Souls (1990) Renewal (1992) Cause For Conflict (1995) Scenarios Of Violence - Coletânea (1996) Outcast (1997) Endorama (1999) Past Life Trauma - Coletânea (2000) Violent Revolution (2001) Testament Em 1983 surge o Legacy, banda formada por Eric Peterson (guitarra), seu primo Derrick Ramírez (guitarra), Louie Clemente (bateria) e Steve "Zetro" Souza (vocais). Marcada pela mudança constante de seus integrantes, o Testament (como seria chamado posteriormente) marca a história do thrash metal. Em 1984 Derrick deixa a banda sendo substituído por Alex Skolnick. O lançamento de uma demo intitulada First Strike is Deadly com Zetro nos vocais impulsiona a mudança do nome para Testament, mais tarde, com a saída dele para o Exodus, os vocais passariam a ser de Chuck Billy, vocalista de uma banda glam desconhecida da época. Com a formação definida e o lançamento de seu primeiro álbum, "The Legacy", o sucesso foi inevitável, principalmente após a participação da banda no The Dynamo Fest em Eindhoven, Holanda, que além de tudo rendeu um EP ao vivo (Live at Eindhoven). No ano seguinte, aproveitando a receita de sucesso, o Testament produz seu segundo álbum, "The New Order", que viria a colocá-los como umas das melhores do gênero em todo o mundo. Tocando em sua turnê com os grandes nomes no metal (Megadeth, Voivod, Anthrax e Judas Priest), o Testament, em 1988, faz sua primeira aparição em festivais como o The Monsters of Rock. Apesar de algumas mudanças sutis, inclinando-se para um thrash metal mais trabalhado, em 1989, a banda grava com Alex Periales, seu terceiro álbum (Practice What You Preach), que venderia mais de 400.000 cópias. Seguindo a mesma linha, seu quarto LP, "Souls of Black", com produção de Michael Rosenh, supera as expectativas, vendendo em menos de um mês mais do que todos os álbuns anteriores, acompanhado ainda do lançamento de "Seen Beetween the Lines", um vídeo de 1991. Apesar do Testament ter atingido uma grande maturidade musical, Alex Skolnick deixa a banda para fazer uma turnê com a Jazz Bassist Stuart Hamm, mas retorna e começa a escrever músicas para um novo álbum que seria lançado em 1992. "The Ritual", assinado pelo produtor Tony Platt, mostrou a conquista da banda na cena mainstream e a mudança do seu estilo thrash para um heavy metal bem mais comercial. Em 18 de Outubro, no último show da turnê, no México, Alex e Louie abandonam a banda por desavenças musicais, sendo que Alex forma sua própria banda, a Exhibit-A e mais tarde junta-se ao Savatage. Para substituí-los entra em cena o ex-Forbidden Glen Alvelais (guitarra) e John Tempesta (bateria). Nesta linha, a banda grava um EP ao vivo, o "Return To The Apocalyptic City", mas a estadia de Alvelais foi bem curta, já que James Murphy (ex-death, Obituary, Disincarnate e Cancer) entra na banda. Nesta nova fase e influenciados pelo guitarrista o som do Testament volta as suas raízes thrash, mudança que pode ser conferida no álbum "Low", que seria o último a ser gravado pela Atlantic Records. Tempesta junta-se ao White Zombie e tem que ser substituído por John Dette (exEvil Dead). Em 1995 com o lançamento de um álbum ao vivo, Eric Peterson consegue levantar fundos para a compra da Burnt Offering Records e a gravação de uma nova coleção, seguida da estréia da banda no filme Strange Days com sua nova música de trabalho New Year of Old. Durante a pré-produção de seu sétimo álbum, a banda divide-se, já que Chuck anuncia que ele, Eric e Chris estariam formando uma nova banda chamada Dog Faced Gods. James tenta a carreira solo e Greg forma o Flangue. Porém eles retornam com Gene Hoglan (bateria), Glen Alvelais, que tocara na banda em 1993 e o guitarrista original Derrick Ramírez no baixo, retomando a gravação do sétimo álbum, com produção de Daniel Bergstrand (Stuck Mojo, Strapping Young Lad). Aliás, este álbum entitulado Demonic, é considerado o mais pesado da banda. Após a gravação, Gene Hoglan deixa o Testament para unir-se ao Strapping Young Lad, já Jon Dette e alguns meses depois, James Murphy, retornam, juntamente com Dave Lombardo (ex-Slayer, Grip Inc.) e Steve DiGiorgio (Death, Sadus, Dark Hall, Control Denied) e a banda grava seu oitavo álbum, o The Gathering. Na tour americana, Dave deixa a banda e é substituído pelo ex-Forbidden Steve Jacobs, e James, que tinha outros compromissos não participa da tour deixando seu lugar para Vicious Rumours. DISCOGRAFIA: The Legacy The New Order Practice What You Preach Souls of Black The Ritual Return to the Apocalyptic City Low Live at the Filmore Demonic The Gathering Exodus Surgido em 1981, no berço do Thrash Metal, a Bay Area, nos Estados Unidos, o Exodus se tornou uma das mais importantes bandas da cena metálica mundial. O som grupo apesar de agressivo e inovador na época, trazia fortes influências do New Wave of British Heavy Metal, que revelou nomes como Iron Maiden, e atitude e filosofia dos grupos Punk. A primeira formação do Exodus contava com Paul Baloff nos vocais, Tom Hunting na bateria, Geoff Andrews no baixo Gary Holt e Kirk Hammett nas guitarras. Começam a ganhar espaço em 1982, com a gravação da primeira demo, "Whipping Queen and Death and Domination", que foi muito elogiada pelas outras bandas locais. Um ano depois, o guitarrista Kirk Hammett foi convidado pelo Metallica para substituir Dave Mustaine, que havia sido despedido. No fim das contas, os dois guitarristas tiveram um destino grandioso: Kirk, com o Metallica e Mustaine que criou o não menos brilhante Megadeth. Já o Exodus, ainda em 83, completou a vaga com Rick Hunolt e ainda substitui Andrews por Rob McKillop. Após assinarem um contrato com a Combat Records, lançam o primeiro álbum, 1985, "Bonded by Blood". O disco causou grande impacto e eles passaram a dividir o palco com os "locais" Anthrax, Suicidal Tendecies e com os "internacionais" Black Sabbath e Helloween. Após um problema com o álbum ao vivo "A Lesson in Violence", que acabou não sendo lançado, o vocalista Paul Baloff sai do grupo e em seu lugar é chamado o ex- Testament, Steve Souza. Em 1987, "Pleasures of the Flesh" não fez tanto sucesso quanto o álbum anterior e somente dois anos depois, com "Fabulous Disaster", o grupo voltou com força máxima. Seguiu-se uma bem sucedida turnê mundial, até que problemas de saúde, obrigaram o baterista Hunting, a abandonar o grupo. Porém, o Exodus havia chamado a atenção da mída novamente e conseguem um novo contrato, desta vez com a Capitol Records. Entram em estúdio mais uma vez , já com John Tempesta nas baquetas, e em 1990, saiu "Impact is Imminent" , que não obteve muita repercussão. No ano de 1992, após o lançamento do quinto álbum de estúdio, "Force of Habit", a banda se separa. Somente cinco anos depois, em 1997, o Exodus retoma as atividades. Chamam Jack Gibson para o baixo e o primeiro vocalista, Paul Ballof, iniciando assim uma turnê pela América do Norte e Europa. Para a tristeza do mundo metálico, Paul faleceu de derrame cerebral no dia 2 de Fevereiro de 2002. O Exodus chama Steve "Zetro" Souza novamente para os vocais e a banda faz uma série de shows pelos Estados Unidos e Europa. O grupo afirma que já trabalhando em um material inédito ainda para 2003. É incontestável a importância que Paul Ballof e o Exodus tiveram na música pesada, influenciando muitas bandas e sendo uma das pioneiras do estilo Thrash Metal. DISCOGRAFIA: Bonded by Blood (1985) Pleasures of the Flash (1987) Fabulous Disaster Impact is Imminent Force of Habit Turning Point Another Lesson in Violence Cannibal Corpse Para contarmos a história do Cannibal Corpse, temos que voltar ao ano de 1989, em Buffalo, Nova York. Com o fim de duas bandas, chamadas Tirant Sin e Beyond Death, nasceu o Cannibal Corpse, um dos maiores representantes do Death Metal mundial. Gravaram uma demo chamada simplesmente "Cannibal Corpse" e com a boa repercussão, chamaram a atenção da gravadora Metal Blade Records, com quem assinaram um contrato. O primeiro disco foi "Eaten´ Back To Life", em 1990, e já mostrava o que o público poderia esperar deste novo grupo. A formação contava com Alex Webster no baixo, Bob Rusay e Jack Owen nas guitarras Chris Barnes nos vocais e Paul Mazurkiewicz na bateria. O segundo disco foi "Butchered At Birth", em 1991, e em 92 foi a vez de "Tomb Of The Mutilated". Nessa época o grupo já era muito respeitado no cenário do Death Metal mundial. Logo após este disco, o guitarrista Bob Rusay sai da banda, dando lugar a Rob Barret (Deception, Solstice e Malevolent Creation). Gravam e lançam, em 94, "The Bleeding", e sofrem mais uma baixa na formaçao. Desta vez sai o excelente vocalista Chris Barnes, que foi montar o grupo Six Feet Under. para assumir o posto de frontman, foi chamado George "Corpsegringer" Fisher. No disco seguinte, "Gallery Of Suicide", de 98, Pat O´Brien (Nevermore e Monstrosity) entrou no lugar de Rob Barret. Em 1999 sai "Bloodthirst", mais um de estúdio, até que em 2000, sai o primeiro ao vivo do grupo, intitulado "Live Canibalism". Em 2002 é a vez de "Gore Obsessed" e no mesmo ano sai um EP com seis músicas, inclusive um cover do Metallica para "No Remorse". Cradle of Filth O Cradle of Filth pode ser considerado como uma das bandas responsáveis pela ressurreição do black/death metal ao redor do mundo. Não que essas vertentes mais extremas do metal estivessem mortas, mas, no mínimo, podemos dizer que elas estavam restritas à um público bem pequeno. Então, seria melhor dizer que o Cradle foi um dos responsáveis pela popularização que vem ocorrendo nos últimos tempos deste estilo, abrindo espaço para outras excelentes bandas. Não é a toa que Dimmu Borgir, At the Gates, e o pessoal mais veterano como Mayhem e Emperor, conquistaram muitos fãs recentemente. A banda foi formada na Inglaterra, no verão de 1991, e tinha como membros iniciais o vocalista Dani, o guitarrista Paul Ryan, seu irmão tecladista Ben, o baixista John Richard e o baterista Darren. Com esse line-up, gravaram uma demo em 1992, chamado "Invoking the Unclean". Logo depois gravaram um segundo demo, chamado "Orgiastic Plesure", já com o guitarrista Robin na banda. Este sai da banda pouco tempo depois, mas com a saída do baixista John Richard, ele volta para assumir o baixo, enquanto um novo guitarrista entra, chamado Paul Allender. Com todas essas mudanças, mais um novo demo é gravado, chamado "Total Fucking Darkness". Logo depois, Darren sai da banda para a entrada do excepcional baterista Nickolas Baker. A essa altura, o Cradle era um sexteto: Dani nos vocais, Robin no baixo, Paul Allender na guitarra, Paul Ryan na outra guitarra, Ben Ryan nos teclados e Nickolas na bateria. No final de 1993, devido a repercussão de "Total Fucking Darkness", a Cacophonus Records contrata a banda, que já se destacava pelo conteúdo de suas letras e pela imagem da banda em si. Assim como as bandas mais antigas do estilo, eles vestiam-se e pintavam-se de um jeito característico, com um apelo gótico muito forte. Mas as letras eram um pouco diferentes: em vez de explorar temas como vikings e ocultismo, os temas preferidos do letrista Dani são vampiros e a lenda de Elizabeth Bathory (que teria sido uma aristocrata européia do século 16 que torturava e matava seus criados, acreditando que ao beber o sangue destes, conservaria sua beleza ao longo da eternidade). As letras de Dani também se destacam por serem muito bem escritas, com um certo apelo poético. E isso não é nada estranho ao sabermos que ele, em sua juventude, leu e estudou obras de escritores e filósofos como Nietzsche, Shelley, Baudelaire, De Sade e Byron. O primeiro álbum da lançado pela banda saiu em abril de 1994, e se chama "The Principle of Evil Made Flesh". Nesse disco, que vendeu aproximadamente 32.000 cópias, destacam-se músicas como "The Forest Whispers My Name" e "A Crescendo of Passion Bleeding". No encarte do álbum, a banda usa "nomes artísticos", como, por exemplo, "Nocturnal Pulse" para Robin e "Dark Immortall Scream" para Dani. A sucessão de trocas entre os membros continuava e alguns problemas entre a banda e a Cacophonus começavam a evidenciar-se também. No segundo trabalho da banda, o mini-álbum "Vempire or Dark Faerytales in Phallustein", lançado em 1996, três foram as mudanças no line-up: saíram os irmãos Ryan para darem lugar à Stuart Anstis (guitarrista) e Damien Gregori (tecladista), além da saída de Paul Allender para a entrada de Jared Demeter. Esse mini-álbum também faz relativo sucesso, aumentando a fama e a legião de fãs do grupo. Enquanto escrevia material para um novo disco, a banda negocia sua saída da Cacophonus, e em novembro de 1996, conseguem trocar de selo. A nova casa agora é a Music For Nations. Ainda antes de um novo lançamento, mais uma mudança na formação: sai o recém chegado Jared para a entrada de Gyan Pyres. Em 1996, a banda lança então um novo disco, chamado "Dusk ... And Her Embrance" . Produzido por Kit Woolven (Cathedral, Thin Lizzy), é um excelente álbum que tem como principais destaques a belíssima faixa que dá nome ao trabalho e a épica "Malice Through The Looking Glass". Foi produzido durante dois meses; na verdade, a banda ainda estava na Cacophonus quando começou a preparar esse disco, mas já haviam decidido lançá-lo por outro selo devido aos problemas com a antiga gravadora. "We wanted this album to transcend the way a normal album would sound", disse Dani em uma entrevista na época do lançamento. "We wanted it to sound almost inhuman". No álbum, a banda aparece cada vez mais envolvida com vampirismo, além de misturar a isso uma certa temática erótica, realçada pelos belos vocais femininos que permeiam algumas das melhores faixas (vocais femininos já apareciam nos discos anteriores, mas em bem menor quantidade). Destacam-se ainda belas passagens orquestradas, que fazem desse disco um dos melhores do black metal dos últimos tempos. A partir dele, o prestígio da banda torna-se quase mundial, e o número de fãs agora é bem maior. Atualmente são encontradas edições especiais deste disco, como, por exemplo, uma edição digi-pack com algumas faixas bônus. Depois de uma grande turnê de divulgação, a banda volta ao estúdio ao lado do produtor Jan Peter Genkel (Therion) para a gravação de um novo álbum, não sem antes ter mais uma mudança em sua formação : saiu o tecladista Damien para dar lugar à Lecter Smith. Assim, lançam em 1998 mais um incrível disco: "Cruelty And The Beast". O título do disco é uma referência à uma frase do filósofo prussiano Friederich Nitzsche, que originalmente dizia: "There is no beast without cruelty" ("não existe besta sem crueldade"). Destacam-se nesse álbum algumas músicas arrebatadoras como "Beneath the Howling Stars" e "Desire in Violent Overture", além da sinistra "Venus in Fears". Nesse disco, temos ainda mais destacada a participação do vocal feminino da cantora Ingrid Pitt. E por fim, destaque especial para a belíssima arte final do disco, principalmente no encarte: a começar pela capa, que é uma das mais bonitas no metal nos últimos tempos (apesar de ultimamente as bandas estarem dando atenção especial a este detalhe), passando pelas páginas que possuem belas imagens da modelo Luiza Morando interpretando Elizabeth Bathory. Existe também uma edição especial desse álbum, que vem com um disco bônus contendo três músicas inéditas (uma delas em versão remix) e dois covers ("Hallowed Be Thy Name" do Iron Maiden e "Black Metal" do Venom). Ainda em 1998, a banda participa de dois outros projetos: um tributo ao Slayer chamado "Slatanic Slaughter II", no qual a banda toca a música "Hell Awaits" – participam ainda desse tributo bandas como Vader, Benediction e Anathema; e a coletânea "Gods of Darkness", para o qual a banda contribui com "Malice Through The Looking Glass", e figura ao lado de nomes como Dimmu Borgir, Emperor, Satyricon, Mayhem e Dissection. Depois de mais uma longa e tumultuada turnê (devido à vários problemas com grupos religiosos que protestavam contra as apresentações da banda, principalmente nos EUA), a banda tem mais uma baixa: Nickolas Baker deixa o grupo para ir tocar com o Dimmu Borgir. Ele chega a participar das gravações do último single da banda, "From the Cradle to Slave", lançado já em 1999, que tem ainda a participação de dois outros bateristas. Atualmente, quem ocupa este posto na banda é David Hirscheimer que, aparentemente, já se tornou membro efetivo. Logo depois do lançamento do single, mais mudanças: saíram Lecter Smith e Stuart Anstis (motivo: diferenças pessoais com Dani) para a volta dos guitarristas Paul Allender e Gyan Pyres. A banda continua procurando um tecladista. Continuando em 1999, a banda participou de uma outra coletânea, chamada "Beauty in Darkness". O Cradle toca a música "Cruelty Brought The Orchids". Participam também deste projeto bandas como Crematory, My Dying Bride e Moonspell. Atualmente, a banda está trabalhando em um vídeo, que deverá se chamar "PanDaemonAeon" e deve ser lançado ainda em 1999. Destruction O Destruction não é apenas um dos maiores expoentes do thrash metal alemão, assim como bandas como Sodom e Kreator, mas sim, do mundo todo. O grupo foi formado em 1983 na pequena cidade alemã chamada Weil am Rhein por Schmier (vocal e baixo), Mike (guitarra) e Tommy (bateria). A principal característica da banda na época era a forma espontânea do trabalho, que de forma alguma visava o sucesso. Porém pela pegada forte da banda, muitas oportunidades foram destinadas ao trio, que pode no ano seguinte lançar o seu primeiro mini-LP “Sentence of Death” pela gravadora alemã SPV. Este trabalho tomou uma proporção mundial, levando a banda a acompanhar o então nome ‘cult’ do thrash, o Slayer, em uma turnê em 1985. No mesmo ano da turnê saiu o então ‘debut’ da banda, “Infernal Overkill”, um LP completo que foi responsável pela passagem do Destruction no festival canadense World War III e serviu também para estabilizar o seu nome como um dos maiores do thrash metal europeu. Após uma boa e bem sucedida turnê pela Europa, em 1986, foi lançado o álbum “Eternal Devastation”, mantendo o sucesso alcançado pela banda até então. A turnê de divulgação deste álbum contou com shows ao lado dos conterrâneos do Kreator e Rage, ambos atuando como banda de abertura. Após estes shows o baterista Tommy optou por deixar a banda, e no seu lugar entrou Olly. A banda aproveitou e adicionou ao seu ‘line-up’ Harry, um segundo guitarrista. Com esta nova formação – um quarteto – o Destruction novamente optou por lançar um mini-LP, desta vez intitulado “Mad Butcher”. Este é definido por todos como o melhor lançamento da banda, e foi responsável principal pela turnê que o Destruction fez nos Estado Unidos e em toda a Europa. Infelizmente o que parecia ser a consolidação do Destruction em todo o mundo, acabou se tornando o início da decadência da banda. O então sucessor de “Mad Butcher”, “Release From Agony”, não agradou os fãs em virtude das novas influências que a banda tinha, trazidas pelos dois novos integrantes. A banda realizou nesta época uma turnê européia ao lado do Motorhead, em que a opinião dos fãs e imprensa não eram ótimas por unanimidade. Desta turnê saiu o primeiro ao vivo do grupo, “Live Without Sense”. Durante as gravações do próximo álbum da banda, “Cracked Brain”, ocorre algo que seria o maior choque para os fãs do conjunto: a saída do vocalista/baixista Schmier. “Cracked Brain” acaba saindo somente em 1990 (estava previsto para o ano anterior), com o vocalista André (Poltergeist) como músico convidado, e é recebido com muito descaso por parte dos fãs. Durante a década de 90, Mike e Olly iriam manter o nome Destruction com outros músicos, mas nenhum dos próximos trabalhos da banda obteve alguma repercussão interessante. Estes trabalhos são: os mini-CDs “Destruction” (de 1994) e “Them Not Me” (de 1995), o álbum “The Least Sucessfull Human Cannonball” (lançado em 1998, este conseguindo um pouco de reconhecimento, mas não de forma igual do que acontecia na década de oitenta). Durante as gravaçõs do quarto trabalho da banda, "Cracked Brain" ocorre o que seria o maior choque para o conjunto em toda sua trajetória. O baixista, vocalista e principal figura do Destruction, Schmier sai do grupo. O álbum sai em 1990, com o vocalista convidado André (Poltergeist), e é recebido com descaso pelo público. Por motivos óbvios, este trabalho não consta hoje da discografia da banda. Devido à fidelidade dos fãs, os dois membros responsáveis pelo surgimento do Destruction – Mike e Schmier –retornam à ativa em 1999, com um novo baterista, Sven. A banda retornou ao seu posto de destaque no thrash metal, especialmente pelo sucesso que os seus dois últimos álbuns conseguiram no mundo: “All Hell Breaks Loose” de 2000 e “The Antichrist” de 2001. No ano de 2002, em função da turnê de “The Antichrist”, o Destruction realizou alguns shows em solo brasileiro, acompanhados, novamente, pelos conterrâneos do Kreator. Slayer A história da banda Slayer teve início por volta de 1981, em Los Angeles, quando o guitarrista Kerry King e o baxista Tom Araya, que haviam tocado juntos em algumas bandas de pouca ou nenhuma repercussão, se juntaram a um outro guitarrista, Jeff Hanneman, e ao baterista Dave Lombardo, para montar uma banda de influências metal e punk. Em 1982 começaram a se apresentar no circuito de clubes de Los Angeles tocando covers de bandas como Iron Maiden e Judas Priest. A maneira de tocar porém era mais agressiva. O Slayer foi uma das bandas responsáveis pela evolução dos estilos thrash e death metal. Em 1983 a banda foi descoberta por Brian Slagel, presidente da gravadora Metal Blade. Gravaram a música Aggressive Perfector para a coletânea Metal Massacre III e ainda em 1983 lançaram pela Metal Blade seu primeiro disco, o clássico Show No Mercy. Juntamente com Kill'em All do Metallica, lançado praticamente ao mesmo tempo, este disco marca o nascimento do thrash metal. Ao contrário do Metallica, porém, o Slayer tinha o diferencial de adotar mais abertamento temas satânicos nas letras e capas dos discos. Em 1983 lançariam ainda o EP Haunting the Chapel. Em 1985 foi lançado o segundo LP, com o sugestivo nome de Hell Awaits. Uma excelente vendagem de mais de 100.000 cópias chamou a atenção de gravadoras maiores para a banda. Logo seriam contratados pela Def Jam Records, gravadora até então responsável apenas por artistas de rap e hip hop. A estréia pela nova gravadora seria o maior clássico do Slayer, Reign In Blood, um dos álbuns mais rápido até então. Superando qualquer espectativa o álbum chegou a disco de ouro nos Estados Unidos, fato inédito até então para um disco tão pesado e agressivo. Apenas em 1987 o álbum chegaria à Europa. Apesar da excelente vendagem de discos e shows cada vez mais lotados dentro do Slayer algo não ia bem e começavam os desentendimentos entre Dave Lombardo e o resto da banda. Em 1987 Dave abandonou a banda por um curto período de tempo, sendo substituído por Tony Scaglione (que havia tocado com a banda Whiplash). Dave voltou poucos dias depois. South Of Heaven de 1988 foi uma decepção para os fãs que esperavam um novo petardo ao estilo de Reign In Blood. O som estava mais lento, mais pesado, não mais comercial de forma alguma, mas definitivamente diferente. As letras começavam a abandonar a temática restrita do satanismo e abordar temas como aborto, guerra, evangelismo e nazismo (motivo de problemas constantes para a banda, constantemente associada a movimentos racistas, inclusive por usar uma águia de ferro como um de seus símbolos). A temática mais atual se confirmaria no próximo lançamento, Seasons In The Abyss de 1990, primeiro álbum da banda a alcançar um disco de platina. Após o lançamento o Slayer embarcou para a clássica turnê Clash Of Titans, juntamente com Megadeth, Anthrax, Testament, Suicidal Tendencies e Alice In Chains. Nesta turnê surgiram desentendimentos entre Slayer e Megadeth. Decade Of Aggression de 1991 foi um álbum contendo os clássicos dos primeiros dez anos de carreira da banda, gravados ao vivo. Apesar de ser um álbum duplo, fato raro entre bandas pesadas, rapidamente chegou ao ouro. No início de 1992 os constantes desentendimentos que vinham se acumulando entre Dave Lombardo e a banda levaram à demissão do baterista (que pouco mais tarde formaria a banda Grip Inc). Paul Bostaph da banda Forbidden foi chamado para o posto. Com a nova formação se apresentaram no Donnington Monsters Of Rock Festival deste ano. Em 1993 após um período de pouca produção (sem gravações de estúdio e sem shows ao vivo) a banda gravou com Ice T (artista de rap) um medley de covers da banda punk Exploited para a trilha sonora do filme Jugdment Night. Com quase um ano de atraso em 1994 foi lançado Divine Intervention. A capa controversa mostrava um fã escrevendo no braço o logotipo do Slayer com uma navalha, prova da devoção cega de alguns fãs à banda. O álbum Undisputed Attitude levou adiante a idéia de gravar tributos às bandas punk que haviam influenciado a carreira do Slayer. Após as gravações o baterista Paul Bostaph abandonou a banda por diferenças musicais, sendo substituído por Jon Dette (que havia tocado com o Testament). Paul retornaria a banda em 1997. No ano de 1998 o Slayer lançou Diabolus in Musica. Marcado por alguns efeitos de vozes, Tom Araya decidiu arriscar. Trata-se de um típico álbum da banda, recheado de metal e peso. Guitarras pesadas e bateria avassaladora. Graças ao novo álbum, o Slayer se apresentou no ano de 1998 no festival Philips Monsters of Rock onde foi a banda principal, detonando toneladas de metal e enlouquecendo cada vez mais seus fãs. Depois seguiu para o Monsters of Rock argentino, onde tocou com Angra, Helloween e Iron Maiden. Em 2001 saiu God Hates Us All, novamente pela Def Jam. Abandonando as experimentações e acessibilidade de alguns lançamentos mais recentes, God Hates Us All representa o Slayer de volta ao som cru de seus primórdios. Em 2002, Paul Bostaph deixou a banda por problemas de saúde, sendo substituído por Dave Lombardo, que seguiu em tour com a banda, que se preparava para gravar um novo petardo. Sua permanência como membro efetivo não foi confirmada. Sodom O Sodom foi formado em 1983 por Tom Angelripper (vocal e baixo), Aggressor (vocal e guitarra) e Witchhunter (bateria), enquanto eram jovens músicos alemães inspirados pela música extrema da época: Motörhead, Venom, Celtic Frost e Anvil, ou seja, bandas de thrash a black metal. Já neste mesmo ano de fundação e com o nome da banda já definido, o trio começou a preparar suas primeiras composições. Foi com estas primeiras músicas que o grupo lançou o seu primeiro trabalho, o EP “In the Sign of Evil”, no próximo ano, em 1984. O lançamento do álbum de estréia aconteceu em 1986, quando o line-up do Sodom foi alterado: Aggressor foi substituído por Grave Violator, que mais tarde foi trocado pelo conhecido Frank “Blackfire” Gosdzik. O ‘full-lenght’ do Sodom foi batizado com o nome de “Obssessed By Cruelty”. Felizmente, o thrash metal estava vivendo o seu período áureo, na segunda parte da década de 80, com os conterrâneos do Sodom; as bandas Kreator e Destruction. Para a banda, não era nenhuma vantagem diminuir o ritmo dos lançamentos, e em 1987 saiu o então novo álbum do trio, “Persecution Mania”. A partir deste álbum, o Sodom começou a ser conhecido mundialmente, graças à produção de Harris Johns, e principalmente, pelo som agressivo e letras baseadas em guerras e arte negra. Durante esta turnê européia, ao lado do Whiplash, saiu no ano seguinte o álbum ao vivo “Mortal Way of Life”, que ficou marcado na história por ser o primeiro disco duplo ao vivo do thrash metal. No seguinte ano saiu “Agent Orange”, que serviu para consolidar o nome do Sodom na Europa, e o single “Ausgebombt” levou o Sodom ao posto de primeiro grupo de thrash metal a entrar na parada musical da Alemanha. Na turnê de “Agent Orange”, o Sepultura foi a banda de abertura de uma boa parte desta turnê, e foi nesta ocasião que surgiram as diversas confusões envolvendo os integrantes das duas bandas. Frank Gosdzik deixou o Sodom em 1990, para incluir-se no Kreator, e no seu posto entrou Michael Hoffman. As turnês estavam tornando-se cada vez maiores e mais constantes, o que levou o grupo a tocar no Japão e no Brasil neste ano. Também em 1990 saiu o álbum “Better Off Dead”, para complementar a discografia do Sodom, já repleta de clássicos. Com dois anos para férias, a banda produziu e lançou em 1992 o álbum “Trapping the Vein”, que contava com mais uma mudança no line-up do Sodom: Andy Brings tornou-se o novo guitarrista, assim como Chris Witchhunter deixou a banda, para a entrada de Atomic Steif (exLiving Death). Neste mesmo ano, o Sodom gravou o segundo EP da carreira: “Abert Mitte Mit Sahne”, lançado somente em 93. Atomic Steif permaceu no Sodom por mais dois anos, gravando os álbuns “Marooned Live” de 1994 e “Masquerade In Blood” de 1995, que contava com o guitarrista Strahli, substituindo Andy Brings. Com dez lançamentos na bagagem, a banda sentiu a necessidade de lançar uma coletânea, e esta realmente saiu em 1996, sob o título de “Ten Black Years - Best Of”. Os álbuns “Til Death Do Us Unite” e “Code Red” foram os conseqüentes lançamentos do Sodom, o primeiro em 1997 e o segundo em 1999. As extensivas turnês destes dois CD’s fizeram com que o Sodom tirasse alguns poucos anos de férias, após quase doze lançamentos, um por ano. Estabilizando uma nova formação, com Tom Angelripper (vocal e baixo), Bernemann (guitarra) e Bobby Schottkowski (bateria), o Sodom lançou em 2001 o álbum “M16”, pela Century Media, que recebeu também a sua versão nacional. Este disco marcou o retorno do Sodom em alto estilo, novamente abordando a temática de guerras, e tornando-se assim, um dos melhores lançamentos em termos de thrash metal do ano de 2001. Com uma longa turnê que marcou o retorno do grupo aos palcos, assim como a apresentação dos novos integrantes, serviu para que banda pudesse retornar aos seus lares para o planejamento de um novo álbum. Overkill O Overkill nasceu em Nova York (EUA) em 82, logo depois da explosão do heavy e thrash da Bay Area de São Francisco. Formado por Bobby "Blitz" Ellsworth no vocal, Dan Spitz na guitarra, D.D.Verni no baixo e Rat Skates na bateria, teve seu nome inspirado na música “Overkill” do Motörhead. Tem como marca registrada muito senso de humor e cada álbum traz uma piada da banda, muitas vezes sutil. Antes de lançarem o primeiro álbum, a banda já havia gravado as demos “Power In Black” (82) e “Rotten To The Core” (83), além de, em 84, participarem com a música “Death Rider” da compilação “Metal Massacre 5”, produzida pela Metal Blade Records. No ano seguinte Dan Spitz é chamado pelo Anthrax e Bobby Gustafson entra em seu lugar. É então lançado o primeiro álbum da banda, “Feel the Fire”, que apesar da produção de Alex Perialas (que já produziu Anthrax, Testament, Nuclear Assault, Agnostic Front e Flotsam & Jetsam) e Jon Zazula (produziu também Metallica e Anthrax), contou com pouca qualidade técnica da Mega Force Records (Anthrax, Metallica, Testament, Exciter, Manowar, Mercyful Fate). A Atlantic Records assina parceria com a Mega Force e investe mais na banda de um modo geral. As gravações ficam melhores em “Taking Over”, o segundo trabalho do Overkill, que sai em 87. Para a divulgação do álbum, a banda entra em tour. Dela são gravadas 4 faixas ao vivo: "Rotten to the Core", "HammerHead", "Electro-Violence" e "Use Your Head", mais a inédita "Fuck You", gravada no Phantasy Theatre (Cleveland), em junho, que vão para o EP "Fuck You". A capa era a foto de um dedo médio levantado e gerou muita polêmica até ser censurado e a gravadora obrigada a lançá-lo com uma embalagem de plástico fosco. Como em todo trabalho do Overkill, a piada aqui é a música “You Are My Sunshine” tocada no meio de “Rotten To The Core”. Ainda em 87 a Atlantic lança “Power Chords, Vol. 1”, uma compilação em que o Overkill participa com a música “Wrecking Crew”. Entre outras bandas, fizeram parte Anthrax com “N.F.L.”, Testament com “Apocalyptic City”, Savatage com “Hall of the Mountain King” e Manowar com “Black Wind, Fire and Steel”. No final da tour de “Taking Over”, o baterista Rat Skates deixa a banda e em seu lugar entra Sid Falck. Em 88 é lançado “Under the Influence” que vendeu mais de 300 mil cópias no mundo e apesar disso é considerado um dos piores álbuns da banda. As fotos da capa são de Frank White, que já fotografou para álbuns de Cannibal Corpse, Obituary, Death, Deicide, Misfits, Biohazard, Anthrax, Pro-Pain e Stuck Mojo; e de Dan Muro, que fotografou bandas como Dream Theater, Grip Inc. e Morbid Angel. “The Years of Decay” é lançado no ano seguinte, 89. A faixa “E.Vil N.Ever D.Ies” marca o final da seqüência que se originou com a música “Overkill” de “Feel the Fire”, “Overkill II (The Nightmare Continues)” de “Taking Over” e “Overkill III (Under the Influence)” de “Under....”. Além disso, percebe-se que a fase mais voltada ao ocultismo nas letras e peso arrastado chega ao fim. Nessa época sai o guitarrista Gustafson e para seu lugar são recrutados Merritt Gant e Rob Cannavino, que havia sido roadie do Armored Saint e do próprio Overkill por um longo tempo. Em 91 a banda grava um dos melhores álbuns da carreira, “Horrorscope”. Com arranjos melhores e som mais trabalhado, se tornou um dos clássicos do thrash. A curiosidade aqui é a cover de “Frankenstein” de Edgar Winter (músico texano de blues-rock e folk). A banda começa a ser mais conhecida fora dos EUA mas o baterista Sid Falck sofre um acidente de carro e tem que deixar a banda. Tim Mallere (ex-M.O.D.) preenche sua vaga. Depois de um tempo para a banda fazer tour e se adaptar ao novo baterista, sai “I Hear Black” em 93 com o novo produtor Alex Perialas, que é apontado como responsável por tirar parte da cadência e da energia da banda no álbum. As fotografias ficam por conta de Amy Guip (Biohazard e Living Colour) e Danny Clinch (Metallica, Savatage, Def Leppard, Alice in Chains, Joe Satriani, Neil Young e Gov't Mule, entre outros), e o design de capa por Larry Freemantle, que, para se Ter uma idéia, também fez as capas de “Vulgar Display of Power” (92) do Pantera; “Ritual” (92) e “Return to the Apocalyptic City” (93) do Testament; “Live at Hammersmith” (94) do Twisted Sister; “Dead Winter Dead” (95) do Savatage; “Bump Ahead” (93) e “Hey Man” (96) do Mr. Big; “Last Rebel” (93) do Lynyrd Skynyrd; “Fire and Ice” (92) de Yngwie Malmsteen; e “Images & Words” (92), “Awake” (94) e “Change of Seasons” (95) do Dream Theater. Em 94 a banda resolve voltar ao feeling do som mais antigo e produz, pela primeira vez sozinha, o álbum “W.F.O.” (Wide Fucking Open). O trabalho fica bem diferente dos anteriores, trazendo algumas mudanças nítidas como o baixo, que está mais claro e evidente. Para comemorar o aniversário de 10 anos da banda, é lançado em outubro de 95 “Wrecking Your Neck” pela CMC Records (Accept, Twisted Sister, Motörhead, Yngwie Malmsteen e Warrant). O álbum foi gravado ao vivo em um show de Cleveland (novamente) e as fotos de capa são de Andreas Schowe, que já fotografou para capas do Gamma Ray e Grave Digger. Mais um álbum ao vivo sai em outubro de 96. “Fuck You and Then Some” traz a cover de “Hole in the Sky” do Sabbath e tem design de capa assinado por Peter Tsakiris, que trabalhou também nas capas de “Angry Machines” (96) do Dio e “In Concert: 1970-1972” (2001) do Deep Purple. A banda sofre novamente abalos em sua formação quando Merritt deixa a banda para se casar e Rob Cannavino decide se dedicar à corrida de moto profissional. Nos lugares deixados pelos guitarristas entram Joe Comeau e Sebastian Marino. Com nova formação, o álbum seguinte é produzido novamente pela própria banda. “The Killing Kind” é lançado em 96 e é considerado um dos álbuns de melhor produção que eles já tiveram. O ano de 97 é marcado para o Overkill com muito trabalho. Além da tour, participam ainda do “Tribute To Judas Priest: Legends Of Metal” com a música Tyrant e em setembro do mesmo ano é lançado o álbum “From the Underground and Below”. O próximo álbum de estúdio, “Necroshine”, é lançado em fevereiro de 99 e, logo depois, em outubro é a vez de “Coverkill”, um álbum somente de covers muito curioso pela diversidade de estilos. Entre os covers estão "Hole in the Sky" "Cornucopia" e "Never Say Die" do Black Sabbath, “Space Truckin'" do Deep Purple, "Deuce" do Kiss, "Tyrant" do Judas Priest, "Death Tone" do Manowar, "Hymn 43" do Jethro Tull, "Ain't Nothin' To Do" do Dead Boys, "No Feelings" do Sex Pistols, "I'm Against It", do Ramones e, claro, “Overkill” do Motörhead. Novamente há problemas com os guitarristas e Marino e Comeau saem da banda sendo substituídos por Dave Linsk e Derek Tailer. Com essa formação e ainda hoje na ativa a banda lança seu último álbum, “Bloodletting” em outubro de 2000 pela Metal-Is Records (Motörhead, Halford, W.A.S.P. e Annihilator). O design de capa é de Travis Smith que fez as capas de “Sound of Perserverence” (98) do Death; “Something Wicked This Way Comes” (98) e “Alive in Athens” (99) do Iced Earth; “Dead Heart in a Dead World” (2000) do Nevermore; e “Thane to the Throne” (2000) do Jag Panzer. O Overkill, contemporâneo de Exodus, Testament, Voivod, Sacred Reich e Death Angel, ficou conhecido principalmente por sua técnica e alta velocidade. É hoje uma das poucas bandas que ainda mantém o thrash puro e cadenciado com a essência das bandas dos anos 80.