Reequilíbrio tóraco

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Reequilíbrio Torácico-Abdominal
O que é O método Reequilíbrio Torácico-Abdominal visa incentivar a ventilação
pulmonar e a desobstrução brônquica, através da normalização do tônus,
comprimento e força dos músculos respiratórios.
O RTA entende que as disfunções e doenças respiratórias apresentam sequelas
musculares, posturais, ocupacionais e sensório-motoras. Este método foi assim
denominado porque as alterações mecânicas resultantes de patologias pulmonares
demonstram desequilíbrio de forças entre músculos inspiratórios e expiratórios
(torácicos e abdominais).
Este desequilíbrio muscular e as alterações do volume pulmonar modificam o ponto de
equilíbrio do tórax (Capacidade Residual Funcional ou Nível de Repouso) que se
desloca em sentido inspiratório nas patologias obstrutivas e expiratório nas patologias
restritivas.
Histórico
O método RTA surgiu na década de 80 em função do descontentamento de sua
idealizadora, fisioterapeuta Mariângela Pinheiro de Lima, com os resultados de terapias
aplicadas até então.
Trabalhando em um hospital pediátrico, onde a imaturidade de bebês e crianças com
doenças respiratórias não permitia que eles obedecessem comandos, ela começou a
elaborar uma atividade terapêutica que levaria em conta as várias alterações que estes
distúrbios promovem, como sensoriais, posturais, motoras e ocupacionais. Além de se
preocupar com o acúmulo de secreções apresentado pelos pacientes, notou que as
alterações mecânicas da caixa torácica e do abdômen contribuem para a acentuação dos
distúrbios ventilatórios.
Naquela época, pouca ou nenhuma importância era dada aos músculos respiratórios no
enfoque da terapia respiratória e a divulgação dos conceitos do método RTA causou
estranhamento, pois associar a postura à doença respiratória era uma ideia muito nova.
O trabalho, ainda não nominado Reequilíbrio Torácico-Abdominal, foi apresentado pela
primeira vez durante o III Simpósio Internacional de Fisioterapia Respiratória, em
Recife, no ano de 1986.
A conferência "Tratamento Fisioterápico do Tórax Enfisematoso" foi publicada na
revista da Sociedade Universitária Augusto Motta, série Fisioterapia no Hospital Geral,
tema 21, 1986. Nesta conferência, Mariângela Pinheiro de Lima enunciou alguns dos
importantes princípios do método RTA, como os que podem ser conferidos a seguir: A
hiperinsuflação pulmonar e o esforço dos músculos inspiratórios frente a obstrução,
conduzem ao encurtamento destes músculos e à fraqueza dos músculos expiratórios; O
encurtamento dos músculos inspiratórios diminui a elasticidade e a expansibilidade da
caixa torácica; Embora a musculatura acessória da inspiração trabalhe em esforço e se
encurte, apresenta debilidade em suas ações não respiratórias; As deformidades
torácicas ( no caso, o tórax em tonel), também ocorrem em patologias agudas, desde que
haja hiperinsuflação pulmonar, esforço respiratório e encurtamento dos músculos
acessórios da inspiração; A respiração diafragmática não deve ser condicionada através
de solicitação. Deve-se dar condições mecânicas ao paciente para que ele respire
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adequadamente; O fortalecimento do diafragma deve ser obtido através de estímulos
proprioceptivos, térmicos e por reflexo de estiramento.
Posteriormente os estímulos por reflexo de estiramento foram deixados de lado porque a
resposta aos estímulos proprioceptivos ( apoio torácico-abdominal, apoio abdominal
inferior e apoio no espaço íleo-costal) é consideravelmente melhor; Nos paciente
obstrutivos, os movimentos de abdução e flexão anterior dos braços devem ser feitos
durante a fase expiratória e o tórax deve ser estabilizado, direcionando as costelas para
baixo para haver real afastamento da origem e inserção dos músculos acessórios da
inspiração e consequente alongamento.
O método RTA pode ser aplicado a pacientes de todas as idades e patologias que
resultem em disfunção respiratória, desde o prematuro até o adulto. A condição clínica
não é limitante para aplicação da técnica, pois o manuseio muda de acordo com as
possibilidades de cada paciente. Na verdade o conceito RTA é de reestruturação da
mecânica respiratória e isto pode ser alcançado em diferentes situações.
Avaliação do paciente
A avaliação do paciente baseia-se na observação do comportamento do diafragma e dos
músculos acessórios da respiração durante o repouso e durante a atividade motora geral,
considerando principalmente o sinergismo destes músculos e o grau de coordenação
entre a respiração e as atividades de vida diária.
A capacidade para observar de maneira precisa as disfunções dinâmicas e estáticas da
mecânica respiratória, associada à ausculta pulmonar e à interpretação de avaliações da
função pulmonar constituem a base da avaliação do paciente através do método RTA.
>> Alterações Mecânicas na Pneumopatia
Nas doenças obstrutivas, a postura observada no tórax é de elevação, e nas doenças
pulmonares obstrutivas crônicas podem se instalar deformidades torácicas generalizadas
como o tórax em tonel e o peito de pombo, ou ainda deformidades regionais, como
elevação acentuada das últimas costelas, do esterno, hipercifose dorsal, cifose escapular,
elevação dos ombros e encurtamento do pescoço.
Na presença de doenças obstrutivas, chega-se a este estado de modificação da postura
do tronco devido ao progressivo aumento do volume pulmonar e ao esforço dos
músculos inspiratórios para exercer sua função contra a resistência imposta por
condutos aéreos obstruídos. O esforço respiratório aumenta o estado de tensão e diminui
o comprimento dos músculos inspiratórios que, então, tracionam o tórax para uma
posição mais elevada.
Como consequência deste processo (hiperinsuflação e encurtamento dos músculos
inspiratórios) o retrocesso elástico do tórax para o nível de repouso ou ponto de
equilíbrio (CRF) fica diminuído e, assim, os músculos abdominais perdem força e tônus
e não podem manter as costelas em sua posição normal ou oferecer uma pressão
adequada ao bom funcionamento do diafragma.
Todas as alterações mecânicas que se originam da doença pulmonar passam a ser
também uma causa do déficit ventilatório: a elevação das costelas inferiores associada a
um volume pulmonar alto modificam a geometria do diafragma, diminuindo a área de
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justaposição. Somado a isto, os efeitos do aumento da resistência ao fluxo aéreo na
inspiração e do esforço dos músculos inspiratórios sobre a caixa torácica (queda da
pressão intra-pleural) impedem a transmissão da pressão positiva do abdômen para o
espaço intra-pleural através da área de justaposição.
Assim , há uma súbita queda da pressão pleural provocando um efeito de sucção sobre a
caixa torácica que tende a ser tracionada para baixo e para dentro durante a inspiração.
Este movimento negativo da caixa torácica (para dentro e para baixo), que caracteriza a
distorção torácica, pode ocorrer na região inferior do esterno ou na região anterolateral
inferior das costelas (Sinal de Hoover).
A distorção torácica, que é uma das mais agressivas formas de expressão do esforço
respiratório, passa a ser mais uma causa de esforço já que seu efeito é de redução da
ventilação e de perda de energia. A elevação das costelas superiores, do esterno e o
encurtamento do pescoço demonstram, além do aumento do volume pulmonar, a
atividade constante dos músculos inspiratórios acessórios que deslocam o tórax para o
alto em oposição ao movimento longitudinal do diafragma. Isto justifica o padrão de
respiração alternada apresentado por pneumopatas crônicos e distorção torácica presente
nas atividades de vida diária (distorção torácica ocupacional).
Nas doenças pulmonares de natureza restritiva, a postura do tórax é de depressão nas
regiões afetadas pela restrição e de elevação vicariante nas outras áreas do tórax.
Quando a patologia restritiva é de apresentação simétrica, todo o tórax está em queda. A
depressão das costelas e do esterno expressam o baixo volume pulmonar, a retração da
caixa torácica e a perda de força e tônus dos músculos inspiratórios que não conseguem
vencer o aumento da retratilidade pulmonar.
A dificuldade para elevar o tórax gera esforço inspiratório, encurtamento e uma
substancial perda de massa dos músculos inspiratórios. Da mesma forma que nas
doenças obstrutivas, as alterações mecânicas decorrentes de pneumopatias restritivas
passam a ser mais uma causa de esforço e de restrição da ventilação.
Nas patologias restritivas assimétricas, existem áreas de depressão e outras mais
elevadas que o normal. Nas últimas, a força dos músculos estará mais preservada e estes
exercem uma tração inspiratória maior do que os músculos inspiratórios localizados nas
áreas deprimidas. Isto cria um efeito de distorção do tórax em rotação e lateralização
com movimento negativo e redução da ventilação na região afetada pela restrição.
O diafragma sofre menos alterações geométricas do que nas doenças obstrutivas, pois o
volume pulmonar reduzido não contribui para a diminuição da área de justaposição, mas
também se encurta por trabalhar em esforço. Ao encurtar-se, eleva as últimas costelas, o
que reduz a força dos músculos abdominais e, consequentemente, sua ação inspiratória.
Do encurtamento e perda de força dos músculos respiratórios que acompanham as
doenças pulmonares, associados às modificações do volume pulmonar, resultam as
deformidades torácicas e uma modificação global da postura do tronco. Estas alterações
posturais interferem no equilíbrio e na retificação, nas atividades de vida diária e no
comportamento geral da pessoa portadora de pneumopatia.
A técnica
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A técnica do método RTA consiste de um manuseio dinâmico sobre o tronco, que visa
restabelecer a respiração predominantemente abdominal, oferecendo ao diafragma uma
melhora dos componentes justa posicional e insercional através de alongamento,
fortalecimento e estimulação proprioceptiva adequada. Para alcançar tais objetivos, a
técnica oferece possibilidades de inibição da atuação excessiva dos músculos acessórios
da inspiração, através de alongamento e fortalecimento destes músculos.
O alongamento dos músculos inspiratórios facilita o movimento do diafragma e deve
ser feito preferencialmente durante a expiração, evitando compensações que distorçam o
tórax e prejudiquem a ventilação. Já o fortalecimento destes músculos proporciona
estabilidade `a cintura escapular e ao pescoço, e é obtido através do treinamento de
funções não respiratórias pelas quais estes músculos são responsáveis, nunca oferecendo
resistência às vias aéreas.
A melhora da força e tônus dos músculos abdominais, além de facilitar o recolhimento
elástico da caixa torácica e a manutenção ou facilitação da posição normal das costelas,
potencializa as funções respiratórias e não respiratórias do diafragma (excreção e
expressão). O método RTA facilita a desobstrução brônquica incrementando a
ventilação , melhorando o fluxo expiratório, a movimentação fina e qualitativa do tórax
e normalizando a tonicidade e força dos músculos abdominais.
O tratamento do paciente pneumopata merece uma abordagem global, assim como são
globais as funções dos músculos respiratórios que possuem algumas ações puramente
relacionadas à respiração e outras que facilitam funções como a alimentação, a captação
sensorial, as reações de retificação e equilíbrio, o trabalho, a higiene pessoal, a fala e a
excreção.
Ao abordar os distúrbios respiratórios de forma abrangente é possível vislumbrar uma
reabilitação da função respiratória reintegrando respiração à atividade motora geral,
oferecendo ao paciente melhor qualidade de vida, valorizando suas potencialidades e,
acima de tudo, reduzindo o esforço muscular respiratório.
O RTA busca a reabilitação da função pulmonar de forma global, entendendo a
interação do indivíduo com o meio ambiente e consigo mesmo. A técnica do método
RTA enfatiza uma reestruturação da mecânica respiratória, devolvendo aos músculos
respiratórios o alongamento e força necessários para vencer as tensões elásticas e
obstrução pulmonares aumentadas na vigência de pneumopatias.
Fonte: http://www.rtaonline.com.br/01rta/rta_tec.html
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