Cap. 05 – A Nova Ordem Mundial Introdução A Nova Ordem Mundial resultou do colapso da URSS que extinguiu a ordem da Guerra Fria. Se até a década de 1940 a URSS apresentou grande crescimento econômico, esse quadro não se manteve no pósGuerra. O ritmo de crescimento econômico diminuiu implicando problemas até para a manutenção da qualidade de vida da população. São fatores da crise da economia soviética: • Burocratização da economia. A atividade econômica soviética era controlada de forma rígida pelo governo. Esses dispositivos de controle estatal funcionaram enquanto a economia, na primeira metade do século XX, era mais simples. A necessidade de decisões econômicas mais rápidas no cenário dos anos 70 fez com que a economia soviética, emperrada em regras rigorosas e restritivas, reduzisse seu crescimento. Além disso, o estatismo econômico reduziu a iniciativa por inovações e ganho de produtividade das pessoas e empresas. • Gastos na Guerra Fria. A Corrida Espacial e a Corrida Armamentista geravam gastos elevados que não davam retorno econômico. Esses gastos drenavam os recursos que poderiam ser usado na produção. • Nacionalismo. A URSS jamais conseguiu anular os sentimentos nacionais das diferentes repúblicas assim como as rivalidades entre elas. A crise econômica que avizinhava a URSS foi mascarada nos anos 70 devido aos preços elevados do petróleo no mercado internacional. Assim, com as exportações de petróleo, o país tinha recursos para sustentar a atividade econômica, os investimentos em armas e um bom padrão de vida para a população. Isso mudou nos anos 80. A queda dos preços do petróleo nos anos 80 evidenciou a crise da economia soviética e a necessidade de reformas. Foi implementada a Perestroika. Com a reestruturação econômica, o governo objetivava descentralizar as decisões dando maior autonomia para as empresas serem geridas livres da burocracia do governo. Além disso, o governo deveria diminuir os gastos militares para incentivar a produção. Para implementar a reestruturação econômica era necessário apoio político a ser conseguido dentro do próprio partido. Setores progressistas do Partido Comunista seriam mais facilmente atraídos para as reformas econômicas mediante um processo mais amplo que envolvesse abertura política: a Glasnost. A Glasnost também serviria para minar o poder dos opositores da abertura econômica. Afinal, era através dos dispositivos de censura e repressão que a “Linha Dura” do partido Comunista atuava. Com o relaxamento dessas instituições, os conservadores perderiam capacidade de ação política. Ao realizar a abertura política o Estado soviético evidenciou fraqueza diante de setores políticos historicamente reprimidos: políticos liberais e nacionalistas. O aumento das tensões culminou com a extinção da URSS em dezembro de 1991 e a formação da CEI (Comunidade de Estados Independentes). Enquanto a URSS agonizava, seu poder sobre sua esfera de influência reduzia evidenciando o esgotamento da geopolítica da Guerra Fria. Em 1989 o Muro de Berlim era derrubado; em 1990 era extinto o COMECON; em 1991, às vésperas do fim da União Soviética, terminava o Pacto de Varsóvia. A geopolítica da Guerra Fria, iniciada no pós-Guerra, chegava ao fim com a extinção de um de seus pólos de poder. Era iniciada uma nova etapa da geopolítica mundial: a Nova Ordem Mundial. Nova Ordem Mundial: novos pólos de poder As características dos pólos de poder mudaram com o fim da Guerra Fria. Se EUA e URSS rivalizavam e mantinham suas regiões de influência mediante poder militar, com armas convencionais e de destruição em massa, outros aspectos garantiriam poder para os países ou grupos de países na Nova Ordem Mundial. • Tríade – anos 90. Com o fim do socialismo soviético o capitalismo (na sua vertente neoliberal) tornou-se o sistema econômico hegemônico mundial. Assim, as maiores economias do mundo caracterizavam-se como países de maior influência no Sistema Internacional. Seriam eles: EUA (maior economia do mundo), Japão 0 (2 maior economia mundial nos anos 90) e União Européia que congregava países como Alemanha (unificada), França e Reino Unido. • Poder Unipolar – 2001. No ano de 2001 os EUA foram atacados em seu território nos episódios de 11 de setembro. A reação americana envolveu o lançamento de um novo modelo geopolítico – a Doutrina Bush – que dava ao país o direito de pressionar ou atacar “preventivamente” os países que potencialmente atentassem contra suas necessidades ou sua segurança. Mesmo com a oposição de potencias mundiais como Rússia, França e Alemanha, os EUA conseguiram viabilizar ações como as guerras do Afeganistão e, principalmente, do Iraque. Para alguns analistas, esse fato evidenciava a formação de um mundo unipolar no qual os Estados Unidos seriam potência hegemônica pois aliavam poder militar (convencional e nuclear) e econômico. Multipolaridade – 2008. A crise econômica mundial de • 2008 fragilizou a economia dos países centrais aumentando a inserção de países semi-periféricos no Sistema Internacional. Grandes economias como a do Brasil, da China, da Índia e da Rússia fizeram desses países importantes jogadores do Sistema Internacional. A atuação desses países é ainda mais destacada em conjuntos como BRIC, MERCOSUL e G-20. A Nova Ordem Mundial é palco da intensificação do processo de globalização e da difusão de um meio tecnificado por recursos de informática e telecomunicações. É importante o entendimento do processo de globalização, da produção do meio tecnificado, das suas relações e consequências. Globalização Anthony Giddens, em As Consequências da Modernidade, sugere que “A globalização pode assim ser definida como a intensificação das relações sociais em escala mundial, que ligam localidades distantes de tal maneira que acontecimentos locais são modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de distância e vice-versa”. Esse processo foi facilitado nas últimas década por fatores como: • Transformação nos sistemas de comunicação e transporte. As comunicações via satélite, uso de fibra ótica e computadores em rede criaram uma condição de instantaneidade para a produção e difusão de informações. Além disso, as tecnologias de transporte (com destaque para o transporte marítimo e aéreo) tornaram as distâncias pouco importantes. • Fim do socialismo. Apesar de existirem tecnologias de comunicação e transporte bem desenvolvidas nos anos 1970/80, o intercâmbio entre regiões era limitado pela geopolítica da Guerra Fria. Com o fim socialismo e difusão do capitalismo neoliberal as barreiras nacionais para circulação de investimentos e mercadorias forma relaxadas ou eliminadas. A globalização como processo criou, mais rapidamente nas últimas décadas, um mesmo padrão de produção, consumo, organização social e meio técnico em escala mundial. Isso não significa, entretanto, que todos participam desse processo da mesma forma. Há uma relação centro-periferia que evidencia uma participação “agente”, “ativa” de algumas regiões do mundo, enquanto outras, as periferias, são regiões “objeto”, “passivas” no processo. São regiões centrais os países do Norte desenvolvido; são periferias os países do Sul pobres. Há que se destacar que o modelo capitalista hegemônico após o fim do socialismo é o modelo Neoliberal. Segundo esse modelo, o Estado não deve interferir sobre a atividade econômica. Assim, barreiras legais (tributárias ou não-tributárias) que os governos tinham para proteger suas economias até os anos 1980 não existem mais nos anos 1990. Há uma tendência (ou pressão) pelo livre comércio internacional e pela liberdade para os fluxos financeiros, inclusive especulativos. Essas características econômicas da Nova Ordem Mundial intensificam a globalização (como definida por Giddens). Afinal, no contexto financeiro atual, as Bolsas de Valores, os grandes bancos e outras instituições financeiras estão todos fortemente conectados através de complexas formas de transações. Com isso, eventos financeiros em uma região do globo (crise americana de 2008, crise dos PIIGS de 2010) se desdobram em escala mundial. Um aspecto fundamental e distintivo do atual cenário de globalização é a difusão de um meio específico, marcado pela ciência e pela tecnologia, chamado meio técnico-científicoinformacional. O meio técnico-científico-informacional Para o entendimento da fluidez das mercadorias, pessoas, capitais e informações no cenário de globalização é necessário o entendimento das características e evolução do meio artificial e tecnificado que o homem criou e o engloba na atualidade – o meio técnico-científico-informacional. Meio natural: perdurou desde os primórdios da humanidade até o século XVIII para o Mundo Ocidental. Nesse contexto, o homem já criava objetos que aumentavam sua capacidade de transformação da natureza. Mas a baixa densidade e capacidade desses objetos fazia com que a sobrevivência do homem em sociedade, através do trabalho, ainda dependesse de ciclos de produção fixados pela natureza e não pela sociedade. Assim, as atividades produtivas só poderiam se desenvolver durante o dia, com iluminação natural; a agropecuária era limitada à presença de rios, à chuva abundante ou à presença de animais nativos que seriam domesticados em pecuária. As atividades produtivas tinham um caráter fundamentalmente local ou, no máximo, regional. Meio técnico: desenvolveu-se no Mundo Ocidental com a Revolução Industrial e evoluiu até a segunda metade do século XX. Trata-se de um meio no qual os objetos criados pelo homem não são mais meros desdobramentos de seu corpo (machado, enxada, arado) para serem desdobramentos do território (estradas de rodagem e de ferro, portos). O desenvolvimento desse meio técnico, motivado pelas necessidades do capital em expansão na Europa e nos EUA dos séculos XVIII e XIX, fez com que as técnicas fossem difundidas em escala mundial. Assim, ao longo do século XIX e XX as regiões centrais e periféricas do mundo apresentavam, com graus diferenciados de densidade, um mesmo padrão de comunicação e transporte: transportes marítimos e terrestres, telégrafo e, eventualmente, rádio, televisão telefonia. Meio técnico-científico-informacional: identificado no pósGuerra, especificamente após a Terceira Revolução Industrial (recursos de informática e comunicações – microprocessador, fibra ótica, comunicação via satélite). Os objetos desse meio são distintos dos demais por duas razões. Primeiro, são objetos que só podem ser produzidos com acentuado desenvolvimento das ciências: ciência e engenharia de materiais, física, química, biologia. Além disso, as informações são os recursos de alimentação e processamento por esses objetos. O desenvolvimento do meio técnico-científico-informacional permite conexões mais eficientes entre regiões distantes: transportes mais volumosos e baratos de cargas e pessoas; instantaneidade da difusão de informações e capitais. Com o desenvolvimento do meio técnico-científico-informacional a lógica de distribuição da produção em escala mundial mudou, isto é, a Divisão Internacional do Trabalho (DIT) foi alterada. Com menor custo de transporte de cargas e meios de comunicação que permitem coordenar a produção em escala mundial, há espalhamento das indústrias em diferentes países. Dessa forma, a antiga DIT que diferenciava países desenvolvidos de países subdesenvolvidos através da produção industrial foi definitivamente superada. Hoje os países centrais são identificados pela produção em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), pela patente de novos produtos e pela centralização de serviços disseminados em escala mundial (jornalismo, cinema). Nesse novo contexto, a produção de mercadorias pode migrar para países periféricos que possam oferecer as bases técnicas para a produção de diferentes outras vantagens como mão-deobra barata, benefícios fiscais, leis ambientais ausentes ou relaxadas. Através do entendimento da formação e importância do meio técnico-científico-informacional, é possível afirmar que a globalização cria um padrão técnico que abrange todas as regiões do planeta. Mas nem todas as regiões ou pessoas estão integradas da mesma forma. Há regiões com baixa densidade de sistemas técnicos que não correspondem às demandas do capital. Sem recursos de transporte e comunicação de elevada complexidade e densidade, regiões como o continente africano, partes da Ásia e da América Latina ficam excluídas de maiores investimentos e, consequentemente, de uma participação ativa no processo de globalização. A exclusão também ocorre em termos sociais. As populações mais pobres não têm condições de participação ativa no processo de globalização. São pessoas que não tem como acessar os meios digitais, não falam inglês como segundo idioma, não têm dinheiro para viagens. Concluindo, a integração econômica efetivada pela globalização no meio técnicocientífico-informacional não integra todas as pessoas e regiões da mesma forma. A financeirização no processo de globalização A economia contemporânea tem como marca o volume, diversificação e alcance dos negócios realizados dentro do sistema financeiro. Esse capital financeiro é muito superior ao capital produtivo e está lastreado, muitas vezes, em si mesmo. Os países, inclusive desenvolvidos, acabaram reféns desse tipo de capital que é, ao mesmo tempo, fundamental para alavancar a produção e um risco para a estabilidade das economias nacionais e da economia mundial. O cenário de financeirização é fruto de uma série de características já analisadas do processo intensificado de globalização. • Fim do padrão ouro-dólar. Até a década de 1930 e não de forma continua, houve uma predominância formal do padrão ouro, isto é, a moeda nacional deveria ser lastreada em uma quantidade de ouro equivalente na sociedade. Trata-se de uma herança dos princípios do Liberalismo (séc. XVIII e XIX) nos quais o dinheiro investido era limitado ao dinheiro poupado. Em 1945, na conferência de Bretton Woods, o padrão ouro foi definitivamente abandonado em favor do padrão ouro-dólar. Dessa forma, cada país teria sua moeda nacional lastreada em dólar e manteria uma cotação fixa entre a própria moeda nacional e o dólar. Os EUA, por sua vez, manteriam a paridade de 35 dólares por onça de ouro (1 onça = 28,350g). Havia, portanto, um limite para a expansão monetária (oferta de dinheiro) dentro de cada país – o limite de dólares – e nos EUA – o limite em ouro para manutenção da paridade entre ouro e dólar. Já nos anos 70, o governo americano não sustentou mais a paridade e deixou o dólar e o ouro flutuarem livremente. Assim, a limitação de expansão monetária foi relaxada podendo haver maior emissão de moeda em cada país e nos EUA. • Neoliberalismo. Em meio o modelo capitalista intervencionista keynesiano (dec. 1930/45 – 1970) os governos mantinham controles rígidos sobre o funcionamento do sistema financeiro impedindo que os bancos e outras instituições financeiras fizessem negócios que expusessem a instituição (e seus acionistas/clientes) a riscos abusivos. Porém, o ideal neoliberal tornou-se predominante nos anos 1980 fazendo com que as restrições estatais aos negócios especulativos no sistema financeiro acabassem. Assim, novas modalidades de negócios financeiros, criativas e arriscadas, foram implementadas. • Meio técnico-científico-informacional. O novo contexto econômico de maior expansão da base monetária (emissão de moeda com o fim do padrão ouro-dólar) e ausência de regras rígidas contra o capital especulativo (neoliberalismo) se associou ao novo meio técnico da Terceira Revolução Industrial. Dessa forma, um grande volume de capital especulativo pode fluir de um canto ao outro do mundo instantaneamente criando incríveis soluções econômicas ou a ruína de economias nacionais. Há grave fragilização das economias nacionais nesse cenário de financeirização. E não se trata apenas da exposição de economias periféricas (crise russa, crise tequila no México, crise coreana, desvalorização do Real no Brasil, todas nos anos 90). O primeiro país a sofrer um ataque especulativo a sua moeda nos anos 90 foi o Reino Unido; em 2008 o sistema financeiro americano entrou em crise e arrastou com ele países da União Européia (os PIIGS: Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha). Por uma série de fatores, muitos países acabam acumulando dívidas elevadas junto aos credores internacionais. Essas dívidas podem ser mais adequadamente medidas através da comparação do total da dívida com o PIB do país, isto é, com a sua capacidade anual de geração de riquezas. Veja na tabela abaixo alguns exemplos: país Relação dívida/PIB Portugal 73,7% Irlanda 62,2& Itália 116.3% Grécia 113,2% Espanha 49,7% Se os países chamados PIIGS estão em situação delicada no sistema financeiro internacional, com dívidas elevadas frente ao PIB, o mesmo não acontece com outros países como o Brasil ou o Japão. Entretanto, a dívida brasileira chega a 45% do PIB, enquanto a japonesa supera os 200% do PIB. É preciso considerar mais duas variáveis para entender a fragilidade dos países europeus na atualidade. Apesar de somar um endividamento razoavelmente elevado em relação ao PIB, as contas do governo são superavitárias (geram excedente) para o pagamento (até adiantado!) das dívidas de curto prazo. Assim, o Brasil tem uma condição tranqüila frente aos credores. Por sua vez, o Japão, que apresenta uma dívida tão elevada frente ao PIB do país, tem menos de 10% do seu total junto a credores internacionais. A quase totalidade da dívida japonesa é com credores da própria economia permitindo a constante rolagem, isto é, renegociação da dívida. Blocos econômicos No cenário de globalização dos anos 90 e século XXI houve difusão dos chamados “blocos econômicos”, isto é, acordos entre países para aumentar a circulação econômica entre eles. Os países europeus já ensaiavam um bloco econômico desde o final da Segunda Guerra Mundial – a Comunidade Econômica Européia. Na atualidade, são importantes blocos econômicos: NAFTA, MERCOSUL, UNIÃO EUROPÉIA. Eles podem ser categorizados de três formas: • Zona de Livre Comércio: as barreiras comerciais entre os paises são lentamente extintas. É o caso do NAFTA na América do Norte. • União Aduaneira: os países membros unificam sua relação comercial com os países de fora de bloco. O MERCOSUL é, formalmente, uma união aduaneira desde a criação da Tarifa Externa Comum (TEC) nos anos 90. • Mercado Comum: livre circulação dos fatores de produção entre os associados. Assim, trabalho e investimento circulam livremente. A União Européia e 1 um exemplo de mercado comum . Apesar desses blocos institucionalizados, é possível identificar forte influência dos EUA em todo o continente americano, da Europa em partes da Ásia e da África e do Japão no Extremo Oriente e Oceania. Aumento das desigualdades Na Nova Ordem Mundial houve intensificação do processo de globalização em um contexto neoliberal. Assim, houve maior exposição dos países pobres frente aos ricos, aumentando as desigualdades em escala mundial. Dentro de cada sociedade, o neoliberalismo desmontou os aparatos do governo para salvaguardar as populações (em especial, as mais pobres) aumentando as desigualdades em vários países. Esse processo pode ser medido na diferença de Índice de Desenvolvimento Humano2 entre os países e na permanência de elevado Índice 3 de Gini em diferentes sociedades. Fluxos migratórios e xenofobia Com graves desigualdades entre os países e pobreza em regiões africanas, latino-americanas e asiáticas, intensificaramse fluxos migratórios orientados, basicamente, do Sul (pobre) para o Norte (rico). Os países desenvolvidos, apesar do desemprego, precisam dessa força de trabalho, pois o desemprego não ocorre da mesma forma em todas as faixas de renda/remuneração. Com o processo de envelhecimento da população de elevada qualificação profissional, há necessidades de profissionais que executem trabalhos de baixa qualificação4. Apesar da demanda por esses trabalhadores, há forte preconceito contra os imigrantes nos países ricos traduzido não apenas na presença de grupos violentos na sociedade como também no crescimento de uma extrema direita nacionalista e xenófoba. 1 Há na Europa um exemplo de integração ainda mais forte entre países chamada União Monetária, apenas na Zona do Euro. 2 O IDH é um indicador socioeconômico produzido desde indicadores de Longevidade, Alfabetização e Renda per Capita. Varia entre 0 (pior indicador) e 1 (melhor indicador). 3 Gini é um indicador de concentração de renda variando entre 0 (distribuição perfeita de renda) e 1 (concentração máxima de renda). 4 Sem mencionar a chamada “migração de cérebros”, mão-de-obra de elevada qualificação dos países pobres que migra para os países ricos.