Diário DIVERSÃO & ARTE 2 DULCE HELFER, BANCO DE DADOS POESIA DE QUINTANA GANHA EDIÇÃO ESPECIAL SANTA MARIA QUARTA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2009 Página 3 Editor: Francisco Dalcol ☎ 3220.1872 ✉ [email protected] Amor na ponta Ballet Ivone Freire apresenta hoje, no Treze de Maio, espetáculo ‘Raymonda’, uma história de amor entre Raymonda e Jean de Brienne dos pés SÍLVIA MEDEIROS J ean de Brienne teve de deixar a sua amada para lutar em uma cruzada. À espera do noivo, Raymonda passa por diversas dificuldades e recebe uma proposta de outro cavaleiro, que lhe oferece riqueza e poder em troca de sua mão. Furiosa, ela não aceita – e acaba sendo raptada por ele. Quando retorna, Jean trava um duelo com o pretendente. Esta é a dramática história do balé clássico Raymonda, baseado em lendas medievais e coreografado por Marius Petipa (1819-1910), que será apresentado hoje, no Theatro Treze de Maio, pelo Ballet Ivone Freire. Raymonda – criado em 1898 – é considerado o último balé de relevância do coreógrafo francês Marius Petipa, tanto que recebe o título de balé de repertório – na dança, isso significa que o espetáculo está associado a uma coleção de peças que formam o acervo de uma grande companhia. Para o Ballet Ivone Freire, a montagem desse espetáculo é inédita. – O balé é formado por três atos. Nós apresentaremos os fragmentos mais importantes da história em dois atos – diz Tatiana Freire, que divide a direção da companhia com a sua mãe, Ivone Freire. No palco do Treze, 21 bailarinos vão contar por meio da dança a história de Raymonda. Quem interpreta a personagem principal é a estudante de Medicina Camila Santos Sityá, 18 anos, que se forma em balé clássico hoje. Para ela, a noite será duplamente especial. – Faço balé desde pequena, e isso sempre foi o que mais gostei de fazer. Além de ser a formanda, tenho o papel principal no espetáculo. Nunca tinha feito um – diz a bailarina. A formanda em balé clássico Camila Santos Sityá vive Raymonda, personagem principal da peça Coreografias – Antes de Raymonda, serão apresentadas três coreografias na abertura do espetáculo: o solo de balé clássico A Morte do Cisne, o duo de contemporâneo Simbiose e o solo de neo-clássico Libertango. A primeira, criada pelo russo Michael Fokine (1880-1942), é outro ícone do balé clássico, assim como Raymonda. Fokine é um dos coreógrafos mais conhecidos do século 20. Na trama romântica Raymonda, a música que acompanha o espetáculo é de Alexander Glazunov (18651936). Ela dá o tom para as desventuras vividas pelos personagens,principalmente pelos protagonistas. – A peça conta a história de amor entre Raymonda e Jean de Brienne. Eles passam por diversos momentos dramáticos, mas a história acaba em casamento – garante Tatiana. EM RESUMO ■ O quê: Raymonda, do Ballet Ivone Freire ■ Direção: Tatiana Freire ■ Coreografia: Marius Petipa (adaptação de Tatiana Freire) ■ Quando: hoje, às 20h30min, duração de uma hora ■ Classificação: livre ■ Onde: Theatro Treze de Maio, Praça Saldanha Marinho, s/ nº. Informações: (55) 3028-0909 ■ Quanto: R$ 10 o antecipado e R$ 16 na hora (público em geral), R$ 8 (estudantes e idosos) e R$ 10 (sócios do Theatro) [email protected] O COREÓGRAFO Saiba mais sobre o francês Marius Petipa: ■ Nasceu em Marselha, na França, em 1819 ■ Seu pai, Jean Antoine Petipa, era bailarino, coreógrafo e professor ■ Foi para a Rússia em 1847 como o primeiro bailarino do Teatro Maryinsky ■ Em 1869, assumiu o cargo de coreógrafo-chefe do teatro ■ Produziu mais de 60 balés, sempre com base em projetos cuidadosamente detalhados, que se tornaram os pilares do moderno balé clássico russo ■ Criou a maior parte dos balés de repertório preservados até hoje. Entre eles, estão Dom Quixote (1869), A Bela Adormecida (1890), O Lago dos Cisnes (1895) e Raymonda (1898) ■ A Bela Adormecida é o apogeu do balé clássico russo ■ É considerado o pai do balé clássico ■ Petipa morreu na Rússia em 1910 LAURO ALVES