Perfil do psicopedagogo hospitalar

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XVI Encontro de Psicopedagogia do Ceará
CONTRIBUIÇÕES DA PSICOPEDAGOGIA
PARA EDUCAÇÃO E SAÚDE
Psicopedagogia: Teoria e Prática
Elizabeth Araújo Barbosa
Enfermeira, Pedagoga e Psicopedagogia
“ A psiquiatria infantil, desde o inicio deste século, apontou de
forma enfática os riscos sofridos por crianças ao permanecerem
internadas em hospitais”
Ceccim,R.B.
1. Psicopedagogia Hospitalar -
HISTÓRICO
• Espaços Educacionais em hospitais (as primeiras ideias)
_ França ( década de 30) em Paris : Classe Hospitalar
_ 1946, o primeiro “Centro Psicopedagógico”
_ Alemanha, Estados Unidos, Espanha , Itália ,Argentina
_ No Brasil: 1950 - Rio de Janeiro, São Paulo ...
_ 1980: ABPp Nacional
_ 2000: 1º ENSAEH (RJ)
_ 2007: I Encontro de Psicopedagogia Hospitalar do Ceará (HM)
_ 2009: Grupo de Estudo Interdisciplinar (HM)
2. Hospitalização
- Corte nos laços sociais
família, escola
e brincadeiras
o hospital e os
procedimentos clínicos
- A vida restrita a um ambiente com rotinas e regras desconhecidas
- Estímulos reduzidos (sensório-motores, afetivos, sociais e cognitivos)
necessários ao desenvolvimento infantil.
2. Hospitalização
“ Para além das necessidades emocionais e recreativas é preciso
destacar as necessidades intelectuais da criança ...
A aprendizagem é sempre e reciprocamente psíquica e cognitiva.”
Ceccim,R.B
A Criança Necessita
 Maior atenção;
 Sentir-se próxima da sua realidade não hospitalar (cotidiano infantil),
visando proporcionar expectativas positivas de reinserção social;
 De Ambiente Hospitalar como local mais adequado ao mundo da
criança.
3. O que é Psicopedagogia
segundo o Código de Ética da – ABPp (1996)
É um campo de atuação em educação e saúde que lida com o processo
de
aprendizagem humana; seus padrões normais e patológicos,
considerando a influência do meio familiar, escola e sociedade – e o
desenvolvimento psico-sócio-educacional e físico dos aprendizes,
utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia.
4. Psicopedagogia Hospitalar
A Psicopedagogia Hospitalar consiste em um modo de intervenção
institucional e clínica, com avaliações e intervenções psicopedagógicas
no âmbito hospitalar.
Tem como objetivo minimizar os prejuízos de ordem cognitiva no
processo de aprendizagem, trabalhando as questões ligadas, à
ansiedade, baixa autoestima , facilitando a
relação saudável do
indivíduo com ele mesmo, com suas potencialidades e com o meio,
desenvolvendo competências psicossociais.
4. Psicopedagogia Hospitalar
A Psicopedagogia no contexto Hospitalar, pretende humanizar cada
vez mais a assistência que atenda aos direitos das crianças e
adolescentes hospitalizados, assegurados por lei.
Considera fundamental para o paciente internado, manter os laços
com o conhecimento, assim, a sua reintegração à escola após a alta
será favorecida.
“ afirmar positivamente a experiência da doença ou da hospitalização e
não marcá-las como ruptura com os laços interativos da aprendizagem
de si, do mundo, das relações...”
4. Psicopedagogia Hospitalar
4.1. Características da Psicopedagogia Hospitalar
Diferentes contextos organizacionais e situações.
- Perfil da instituição
- Perfil do psicopedagogo hospitalar
- Perfil dos aprendentes hospitalizados
- Equipe interdisciplinar
“...novas tecnologias tem reduzido o tempo de internação em diversas patologias,
também têm permitido manter em hospital crianças com patologias que antes
significavam mortes prematuras.”
Ceccim,R.B
4. Psicopedagogia Hospitalar
4.2. Possibilidades de atuação do Psicopedagogo hospitalar
-Instrumentos de avaliação e intervenção psicopedagógica
- Classe Hospitalar
- Brinquedoteca
- Programas de Educação e Saúde
- Atendimento Ambulatorial
“ Do ponto de vista da atenção integral em saúde, sentir-se cuidado e, portanto,
contar com a instilação de um desejo de cura na criança implica dispor do
atendimento correspondente às suas necessidades de desenvolvimento e
aprendizagem”
Ceccim,R.B
5. Reflexões
- Questões legais relacionadas aos direitos das crianças e jovens
hospitalizados
- Atenção que também diz respeito ao paradigma de inclusão que
contribui para humanização da assistência hospitalar.
 Educação como direito de todos
 Conduta profissional de saúde
 Brinquedoteca
 Direitos da criança e adolescentes hospitalizados
 Classe Hospitalar
5. Reflexões
• Educação como direito de todos
“A Educação é direito de todos e dever do estado e da família”
(C.F. 1988; título VIII, Seção I, cap. III, art. 205)
• Conduta profissional de Saúde
Visando nortear a conduta dos profissionais de saúde no ambiente hospitalar o
Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente –
CONANDA, aprova por unanimidade e transforma em resolução de Nº. 41 em
outubro de 1995.
• Brinquedoteca
“A instalação em unidades de saúde que mantém internações pediátricas é
obrigatória.” Lei nº 11.104, de 21/03/2005
5. Reflexões
• Direitos da Criança e Adolescente Hospitalizados
O Estatuto da Criança e do Adolescente, art.9, direito à educação: “Direito de
desfrutar de alguma forma de recreação, programa de educação para a saúde” e
a Lei dos Direitos das Crianças e Adolescentes Hospitalizados
resolução de Nº. 41 em 17/10/1995

Direito a proteção à vida e à saúde

Direito a ser hospitalizado, quando for necessário, ao seu tratamento

Direito a ser acompanhado

Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação
para a saúde, acompanhamento do currículo escolar, durante sua
permanência hospitalar.

Direito ao respeito a sua integridade física, psíquica e moral.
5. Reflexões
• Classe Hospitalar
LDB 9.394/96 como educação especial, em uma visão de educação inclusiva.
Classe Hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar estratégias e orientações,
MEC,2002 enfatiza que:
Ensino básico internados em hospital, em serviços ambulatoriais de atenção
integral à saúde ou em domicilio; alunos que estão impossibilitados de freqüentar
a escola por razões de proteção à saúde ou segurança abrigados em casas de
apoio, casas de passagem, casas-lar e residências terapêuticas.
6. Paradigma da Inclusão
Atenção que também diz respeito ao paradigma de inclusão que contribui para
humanização da assistência hospitalar.
INTEGRAR = estar dentro
INTERAGIR = relacionar-se (participar)
Atualmente, incluem-se alunos com necessidades educacionais especiais os
deficientes mentais, auditivos, físicos, com deficiências motoras e múltiplas,
síndromes no geral e os que apresentam dificuldades cognitivas, psicomotoras e
de comportamento, além daqueles que estão impossibilitados de frequentar as
aulas em razão de tratamento de saúde que implique internação hospitalar ou
atendimento ambulatorial.
7. Prática : Uma realidade Hospitalar
Processo hospitalização x Aprendizagem
A escola :
a
aquisição de novos
conhecimentos
meios de ser
inserida e
reconhecida no
meio social
Internação
necessários para
sua avaliação e
desenvolvimento
como pessoa.
Interrompe
Parte desse
processo
Longos períodos, alterando sua autoimagem e autoestima e as suas
possibilidades de voltar a se inserir no mundo escolar.
A doença (duplo sofrimento, pela doença em si e pelo afastamento do contexto social)
7. Prática : Uma realidade Hospitalar
- Atividades Pedagógicas e Psicopedagógicas no HM
O Projeto “APRENDER BRINCANDO”, existe desde 1985, de modo informal e
foi implantado no Setor de Terapia Ocupacional em 1995 com a denominação
de Programa ABC SAÚDE CORAÇÃO FELIZ. Apresenta bons resultados, mas
carece de adequação e ampliação no que concerne a CLASSE HOSPITALAR,
BRINQUEDOTECA e um SETOR pertinente.
Na prática se tem observado que a capacidade de conhecer uma nova
situação e gerenciá-la de modo positivo, produtiva e saudável pode fazer
toda diferença na realização futura do paciente, em especial as
hospitalizações efetivadas por longos períodos ou em situações de
internações recorrentes.
8. Considerações Finais
A Psicopedagogia propicia no Ambiente Hospitalar
• intervenções Psicopedagógicas que permitem ao paciente sua
habilitação como agente ativo do seu próprio processo de
tratamento, recuperação, aprendizagem e promoção da saúde.
• Atividades lúdicas e suas intervenções resgatam o lado sadio da
criança.
•
A aprendizagem é possível dentro do hospital.
Jean-Ives Leloup
Se uma criança se sente feliz e descontraída, sua
permanência no hospital será mais fácil e seu
tratamento e cura serão favorecidos
O Amor é a melhor vacina...
E pode ser o melhor remédio
Marcos Aurélio Dias de Silva
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