A SALA DO TIO NALDINHO Professor José Ednaldo do Nascimento O EGITO – TERRA DOS FARAÓS História Antiga 1. CARACTERIZAÇÃO 1.1. Localização: A população do Egito atualmente está concentrada no mesmo lugar que estava há praticamente oito mil anos, ou seja, nas margens e no delta do Rio Nilo. Isto acontece porque boa parte do território egípcio é tomado pelo Deserto do Saara; 1.2. Regime de Cheias: O Rio Nilo enche entre os meses de junho a outubro por causa das chuvas que ocorrem em sua nascente. Devido às constantes enchentes, os egípcios puderam organizar o seu modo de vida em grupos que trabalhavam coletivamente. 1.2. Obras Hidráulicas: Como a população egípcia viesse a aumentar, foi necessário expandir o fornecimento de água para outras localidades. Importantes obras de drenagem e canalização foram feitas; 1.3. Trabalhos Coletivos: Toda a população trabalhava coletivamente permitindo a produção de excedentes agrícolas. Desta forma, esses pequenos grupos populacionais cresceram tornando-se importantes aldeias chamadas de nomos. Seu governante era o nomarca. 1.4. Concentração de Poderes: Os donos de terra e aqueles que controlavam os sistemas de irrigação constituíam a elite egípcia. Os demais que integravam essa comunidade eram os agricultores (felás) que dependiam do rio, inclusive com meio de comunicação e de transporte; 1.5. Modo de Produção Asiático: A agricultura era a base econômica fundamental e, portanto, os camponeses estavam sujeitos ao trabalho na terra por meio do trabalho compulsório. Como os agricultores viviam naquela comunidade, havia o direito e o dever de cultivar a terra. 1.6. Explicação: Para os egípcios só havia uma explicação para a situação em que se encontravam, ou seja, os deuses. Somente os deuses explicavam a condição de morar em terras férteis e cheia de alimentos, mas cercada pela seca e pela fome. 2. FORMAÇÃO DO EGITO 2.1. Contexto: Como houvesse uma boa administração pelos nomarcas ao garantir alimentação para os habitantes dos nomos, eles passaram a ser associados aos deuses fundindo o poder político e o religioso aos poucos; 2.2. Reinos: O nomarcas de maior eficiência passaram a agrupar outros territórios dando origem à pequenos reinos e, por volta de 3.500 a.C., surgiram os reinos do Alto Egito e do Baixo Egito; 2.3. Unificação: Promovida por Menés que reuniu os 42 nomos e tornou-se o primeiro Faraó Egípcio, deste modo, os nomos tornaram-se unidades administrativas. 2.4. O Faraó: Personificação viva do Estado Egípcio, autoridade suprema do Egito (Política, Militar e Religiosa), controlador das terras, fazendo do Egito uma Monarquia Teocrática.1 3. A SOCIEDADE EGÍPCIA 3.1. Estratificada: A sociedade no Antigo Egito era dividida em estamentos, ou seja, dividida em classes distintamente separadas; 3.2. Composição: Encontrávamos na sociedade egípcia, as seguintes classes sociais: a) Topo: Formado pelo faraó, considerado deus supremo do Egito, e sua família b) Corpo: Composta pelos sacerdotes, burocratas e militares, todos com poder de manipulação; c) Base: Com os agricultores (felás) e escravos, trabalhadores no Egito Antigo. 1 Monarquia Teocrática: Tipo de monarquia onde quem governa tem ligação puramente divina. Existem três tipos de Teocracias: 1. Aquela onde quem governa é o próprio deus, como por exemplo, no Egito. 2. Aquela onde quem governa é um representante de deus, como na Mesopotâmia e 3. Aquela onde quem governa é um escolhido por deus, como na sociedade hebraica. A SALA DO TIO NALDINHO www.asaladotionaldinho.com A SALA DO TIO NALDINHO Professor José Ednaldo do Nascimento 4. RELIGIÃO 4.1. Importância: Importante para manutenção da ordem, já que o governante era o próprio deus cultuado; 4.2. Politeísmo: Os egípcios acreditavam em vários deuses sendo os principais Hórus, Amon, Thot, Isis, Osíris entre outros; 4.3. Crença: Uma das crenças mais importantes dos egípcios era a da imortalidade da alma. Eles acreditavam que o faraó não morreria por ser um deus, portanto a alma iria voltar após algum tempo. Desta forma, o corpo do faraó deveria ser preservado para recebê-la; 4.4. Relação com a Ciência: As crenças egípcias colaboraram bastante para o desenvolvimento da ciência. Já que acreditavam na imortalidade da alma, era necessário preservar o corpo, por isso foi desenvolvida a técnica da mumificação. 4.5. Mumificação: O corpo do faraó era desidratado e recebiam doses de betume, produto usado para preservar o corpo, além de ser aplicado em ferimentos como cortes e fraturas. 4.6. Reforma: Em um determinado período na História egípcia, houve uma tentativa de reforma na religião pretendendo estabelecer o monoteísmo como forma de concentrar ainda mais os poderes. O mentor da ideia foi o faraó Amenófis IV (Ikhnáton) que tentou impor o culto à Áton, porém não obteve sucesso devido às tradições antigas. 5. CONHECIMENTO 5.1. Arquitetura: Desenvolvida em grande maestria pelos egípcios. Os templos e edifícios da administração eram construídos em tamanhos imponentes para demonstrar o poder do faraó. 5.2. Pintura: Preservava o hieratismo, ou seja, com a lei da frontalidade e não havia perspectiva. Geralmente eram retratadas cenas do cotidiano; 5.3. Medicina: Os egípcios promoveram avanços na medicina através de anestesias em cirurgias, sem falar no grande conhecimento que tinham em anatomia humana; 5.4. Engenharia: Construíram as pirâmides, principalmente as do complexo de Gizé. Desenvolveram as técnicas de construção de diques, canais e sistemas de drenagem e irrigação; 5.5. Estética: Os egípcios cuidavam do corpo, mas não por vaidade, mas para se protegerem do clima e para manterem o equilíbrio do corpo. Eles não tinham cáries (consumiam pouquíssimo açúcar), a pele era bastante hidratada (por causa dos óleos perfumados e até mesmo da lama) e as sombras usadas nos olhos eram usadas para conter o excesso de luz solar; 5.6. Astronomia: Criaram o calendário diversos, entre eles o que definia um ano com 365 dias e seis horas. 5.7. Escrita: No Egito, surgiram três tipos de escrita, sendo elas: a) Hieróglifos: A principal escrita egípcia surgiu no período da unificação, era a escrita sagrada, geralmente usada pelos sacerdotes como forma de manipulação. Era uma escrita de ideogramas e fonogramas; b) Hierático: Sistema de escrita cursiva e mais simples usada pela administração a na produção dos textos literários; c) Demótico: Forma de simplificação da escrita egípcia, considerada por alguns como uma escrita mais “popular”, apesar de boa parte da população não saber ler ou escrever. 6. POLÍTICA 6.1. Antigo Império: a) Trabalho coletivo nas terras do Faraó; b) Estabilidade política e social; A SALA DO TIO NALDINHO www.asaladotionaldinho.com A SALA DO TIO NALDINHO Professor José Ednaldo do Nascimento c) crise: diminuição das enchentes, fortalecimento dos nomarcas. 6.2. Médio Império: a) restauração do poder centralizado; b) volta da servidão coletiva; c) domínio dos hicsos: usavam cavalos, carros de guerra e armas desconhecidas dos egípcios. 6.3. Novo Império: a) surgimento do sentimento nacional; b) escravidão dos hebreus; c) plano expansionista. A SALA DO TIO NALDINHO www.asaladotionaldinho.com