Doença do Refluxo Gastroesofágico complicada com

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EDIÇÃO ESPECIAL
Mala Direta
Básica
9912352782/2014-DRMG/MG
IPEMED
Fechamento autorizado.
Pode ser aberto pela ECT.
Jornal Medicina Atualizada
Responsável Técnico / FAC. IPEMED
Júlio César Menezes Vieira CRM / MG 43926
Psiquiatria - RQE 26984
Psiquiatria / Psicogeriatria - RQE 29171
Geriatria - RQE 31247
CASOS CLÍNICOS
Publicação Oficial da IPEMED | 15ª edição | Dezembro 2016/Janeiro 2017 | Distribuição Gratuita
CASOS CLÍNICOS
Derrame Pleural
e Pericardite no
Lupús Eritematoso
Sistêmico
página 04
CASOS CLÍNICOS
Epicondilite Lateral
e Síndrome
Dolorosa Miofascial
página 07
PROGRAMA DE
OPORTUNIDADE
página 02
Doença do Refluxo Gastroesofágico
complicada com Esôfago de Barrett
página 09
página 06
MÉDICO, CONSTRUA
O SEU FUTURO NA PRÁTICA
EDITORIAL
Extraordinário. Assim posso começar este editorial.
Nosso vestibular 2017.1 trará sessenta novos graduandos. Daremos as boas-vindas aos novos alunos do melhor curso privado de
Belo Horizonte na área de radiologia.
Nos últimos meses, mais um prédio da Faculdade IPEMED de Ciências Médicas recebeu avaliadores do MEC que, em meio a elogios, deram a nota
máxima, cinco, em diversos itens.
Novamente teremos o enorme prazer de recebê-los entre os dias 28/11 e
01/12, dando continuidade ao processo de avaliação.
Com isso, damos os parabéns aos graduandos e pós-graduados. Vocês
têm o direito de estudar onde o MEC realiza constantes avaliações de forma
a ter sempre o melhor do ensino, sempre pautado na ética e no profissionalismo. A IPEMED sempre busca o melhor para vocês.
Extraordinário tem sido também o trabalho realizado pelo nosso diretor
de Ensino Médico e por todos os Gestores das cinco unidades, Belo Horizonte, Salvador, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, para a realização das
aulas práticas opcionais das 08 às 17 horas de segunda a quinta-feira. Essas
aulas opcionais têm a preceptoria de professores médicos com título de
especialista registrado no CRM e são uma das garantias de qualidade de
ensino padrão IPEMED. Dessa forma, nossos alunos estão cada vez mais
qualificados para as provas de título de especialista.
Parabéns, mais uma vez é extraordinário verificar que a pesquisa realizada
pela Universidade Federal de Minas Gerais - (UFMG) – comprova que mais de
oitenta por cento de vocês, pós-graduandos que se inscreveram para as diversas provas de título, hoje já são médicos especialistas. Vocês merecem aplausos.
E mais: além das cinquenta bolsas de estudo integrais para professores e
alunos da graduação para realizar curso de pós-graduação em radioproteção, divulgamos, todo dia 29 de novembro, o edital de seleção de 100 bolsas
de estudo integrais para médicos pós-graduandos ou pós-graduados pela
Faculdade IPEMED de Ciências Médicas, para um curso de marketing, gestão e negócios para médicos, e o curso de atualização para secretárias de
médicos. O edital com o regulamento estará postado no site ipemed.com.
br sempre na mesma data, Dia de Aniversário da sua Faculdade IPEMED de
Ciências Médicas . É extraordinário ver todos vocês pós-graduandos aprendendo e evoluindo
tecnicamente e profissionalmente, por isso sua Faculdade IPEMED de Ciências Médicas, que há dez anos é líder no Brasil e tem os melhores cursos
privados de pós-graduação médica lato sensu, afirma com muito orgulho
que vocês merecem sempre o respeito e a admiração de todos os seus professores e de todos os colaboradores da sua IPEMED.
Prof. Antônio Lago Filho
CEO Faculdade IPEMED
EXPEDIENTE
Publicação oficial da Faculdade IPEMED de Ciências Médicas
Av. do Contorno 2073, Floresta – Belo Horizonte/MG
Diretoria
CEO: Prof. Antônio Lago Filho
Diretor de Ensino Médico: Prof. Iure Kalinine
Diretor administrativo-financeiro: Fabiano Almeida
Diretor de Infraestrutura, Manutenção e Obra: Walter Santana
Diretora do Cedip: Mercês Santana
Diretora de Graduação: Vânia Morato
Colaboradora benemérita: Elizabete Lago e Souza
Gestora acadêmica: Prof. Dra. Maíra Tomayno
Ouvidoria
João Alexandre Aguiar
Gestores de Unidade
José Alves – Minas Gerais
Amanda Moreira – São Paulo
Renata Alonso – Brasília
Iracema Pavese – Bahia
Marcos Saraiva – Rio de Janeiro
Colaboradores
Tatiana Kioki
Breno Bedê
Victor Karmaluk
Luciana Lacerda
Projeto gráfico e diagramação
Novelo Comunicação | novelocom.com
Revisão
Elvira Santos
Jornalista responsável
Elvira Santos – reg. profissional: 4378/MG
Tiragem
15.000 exemplares enviados pelo CORREIOS (ECT)
Você, médico, tem a oportunidade
única de participar de um programa
de educação continuada com
conteúdos especialmente desenvolvidos
e ministrados pela Harvard Medical
School, em Boston, Massachusetts, EUA.
Programa de Oportunidade confirmado para 2017. Saiba mais:
ipemed.com.br/harvard
0800 940 7594
página 02
Publicação oficial da IPEMED
CARO
COLEGA MÉDICO:
Sua Faculdade IPEMED de Ciências Médicas, reconhecida e
autorizada pelo Ministério da Educação (MEC), portaria federal
no 432, de 20 de fevereiro de 2004, publicada no Diário Oficial
da União de 25/02/2004, seção 01, pagina 5, está com matrículas abertas para os nossos cursos de pós-graduação médica.
Para tanto, você poderá optar pela formação em 24 meses ou
em 36 meses.
No primeiro caso, você poderá somar uma carga horária de até
4.322 horas/aula, sendo 943 obrigatórias e 3.379 opcionais. No
segundo caso, você poderá somar até 6.455 horas/aula, sendo
1.231 obrigatórias e 5.224 opcionais. Esclarecemos que para as
aulas opcionais será necessário realizar o agendamento prévio
e verificar a disponibilidade de pacientes em nossos ambulatórios.
Os cursos de pós-graduação médica são realizados com
os seguintes cuidados:
1. Aulas teóricas e práticas;
2. Módulos realizados uma vez ao mês em um final de semana (sexta, sábado e domingo);
3. Aula prática opcional (atividade ambulatorial observacional),em serviço ambulatorial especializado, de segunda a quinta-feira de 8h às 17hs, iniciando-se a partir do sétimo módulo e
se estendendo durante todo o curso de 24 ou de 36 meses;
4. Todas as aulas práticas e treinamentos em serviço ambulatorial especializado são supervisionados por professores
médicos, com título de especialista registrado no CRM do(s) estado(s) onde atua;
5. As aulas práticas ocorrem em ambientes hospitalares ou
em nossos ambulatórios próprios. Os pacientes são referenciados por médicos das mais de 200 Secretarias Municipais de
Saúde, com as quais a Faculdade IPEMED tem acordo;
6. Os pós-graduandos do curso de 36 meses também se
beneficiam com gratuidade de:
• Apoio para inscrição para a prova de título de especialista.
Verifique em sua Secretaria Acadêmica, a descrição detalhada
deste apoio.
• Oportunidade de realizar aulas práticas de segunda-feira
à quinta-feira, por mais um ano após a conclusão do curso de
pós-graduação.
Jornal Medicina Atuali
ualiz
zada
Ao adquirir o curso de 36 meses, o pós graduando também
se beneficia da possibilidade de somar a carga horária do PCA
(Prática Clínica Avançada) a carga horária do curso de 24 meses. Neste caso, será registrado uma maior carga horária no
seu certificado de Pós- Graduação Lato Sensu.
Vários de nossos alunos estão conseguindo se submeter às
provas de títulos de especialista realizadas pelas Sociedades
Médicas ligadas à AMB (Associação Medica Brasileira), sem ter
que comprovar tempo de atuação. A Faculdade IPEMED de Ciências Médicas reconhece essa conquista e apoia os seus esforços.
Na Faculdade IPEMED de Ciências Médicas, você constrói seu
futuro na prática. Obter o certificado da Faculdade IPEMED é
prova inequívoca da conquista de um grande conhecimento
médico na especialidade e, seguramente, esta conquista amplia suas chances de se tornar um médico especialista. Isso faz
muita diferença.
No mês de março de 2017, estaremos recebendo novos pós-graduandos e é sempre digno e honesto reiterarmos a você
que os cursos de pós-graduação médica na modalidade Lato
Sensu, oferecidos pela Faculdade IPEMED de Ciências Médicas,
não são programas de residência médica e, portanto, não conferem título de especialista. Contudo, conforme pesquisa recente da FUNDEP/UFMG, 82% de nossos pós-graduados, que
se inscreveram para as provas de título de especialista, foram
aprovados.
Sempre inovando, a sua Faculdade IPEMED de Ciências Médicas também oferta cursos livres de aperfeiçoamento e de capacitação médica, com duração de 12 meses e carga horária de
atividades prioritariamente práticas.
Sejam todos muito bem-vindos a uma das cinco unidades localizadas nas capitais: Belo Horizonte, Salvador, São Paulo, Rio
de Janeiro, Brasília e também à nossa unidade localizada em
Miami, FL, Estados Unidos, dentro da University of Miami.
Caso deseje, entre em contato no 0800 940 7594 para agendar
uma aula experimental.
Prof. Iure Kalinine
Diretor de Ensino Médico – CRM-MG: 22473
Prof. Iure Kalinine – CRM/MG 22.473 | Rozei Maria Alves dos Santos – CRM/RJ 52.561.866 | Profª. Larissa Bianca de Sá – IPEMED CRM/SP 105.066
Profª. Marildes de Castro – CRM/DF 19.422 | Profª. Maria Virgínia Silva – CRMBA 9.941 | Prof. Júlio César Menezes Vieira – IPEMED CRM/MG
643.926 ALERGOLOGIA: Prof. Mauricio Domingues Ferreira – CRMSP 67.041 | CARDIOLOGIA: Profª. Marildes Luiza de Castro – CRM/MG 13.274
DERMATOLOGIA: Profª. Maria de Fatima Ruiz – CRMSP 63.192 / Prof. Thomas de Aquino Filho – CRM/RN 33.21 | ENDOCRINOLOGIA: Prof. Alberto
Krayyem Arbex – CRM/MG 46.435 | GASTROENTEROLOGIA: Prof. Carlos Saul – CRM/BA 25.533 / Profª. Ivonete Silva – CRM/BA 25.533 |
GERIATRIA: Prof. Júlio César Menezes Vieira – CRM/MG 43.926 | NEUROLOGIA: Prof. André Felício – CRM/SP 109.665 | PSIQUIATRIA: Profª. Sandra
Carvalhais – CRM/MG 9.538 | Prof. Júlio César Menezes Vieira – CRM/MG 43926 | REUMATOLOGIA: Prof. Thiago Ferreira – CRM 136.202
1ª Caminhada
Faculdade
IPEMED
Clínica
QualityMED
pela
Saúde
Caminhada
ª Caminhada
Faculdade
Faculdade
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Clínica
Clínica
QualityMED
QualityMED
pela
pela
Saúde
Saúde
1ª Caminhada Faculdade IPEMED Clínica QualityMED pela Saúde
Participe!
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sua
família,
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família,
família,
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e cachorrinhos
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família,
amigos
e cachorrinhos
e cachorrinhos
amigos e cachorrinhos
Data:
27 de Nov. 2016 - Domingo - 9h
Data:
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Domingo
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Partindo da Av. do Contorno, 2073
Trajeto:
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Testes de Glicemia e Pressão Arterial serão feitos
ao retornar à Faculdade IPEMED de Ciências Médicas
Testes
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de
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Pressão
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Arterial
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serão
serão
feitos
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Testes
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REUMATOLOGIA
Derrame Pleural e Pericardite
no Lupús Eritematoso Sistêmico
Geraldo André Nunes Domingues
Pós-graduando em Reumatologia pela Faculdade IPEMED de Ciências Médicas
Telma Regina Mariotto Zakka
Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo
Especialista em Acupuntura com título de especialista pela Associação Médica Brasileira
Thiago Ferreira
Especialista em Reumatologia com Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia
Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo
Coordenador do curso de pós-graduação em Reumatologia da Faculdade IPEMED de Ciências Médicas
RELATO DE CASO
F.M.R., sexo feminino, 36 anos, casada, parda, diarista e
cada paciente tem apresentações clínicas específicas. As mais re-
cabeleireira. Durante a consulta relatou quadro de dorsalgia,
latadas são febre, manchas na pele, vermelhidão no nariz e nas
com inicio há aproximadamente 8 meses, que piorava com ins-
faces em forma de asa de borboleta, fotossensibilidade, aftas re-
piração profunda. Evoluiu com dispneia aos médios esforços,
correntes na boca e no nariz, dores articulares, fadiga, falta de ar,
tosse seca e astenia. Procurou várias vezes o pronto atendi-
taquicardia, tosse seca, dor de cabeça, convulsões, anemia, pro-
mento, recebendo diagnóstico de dor musculoesquelética e
blemas hematológicos, renais, cardíacos e pulmonares1.
A inflamação compromete, principalmente, articulações,
pele, serosas, glomérulos e sistema nervoso central, sendo que
tratamento com anti-inflamatórios e relaxantes musculares,
que melhoravam os sintomas parcialmente. Outro diagnóstico
Dentre as manifestações pulmonares, a mais comum é a
foi de “asma leve”, tratada com corticoide via oral por sete dias.
pleurite, com ou sem derrame pleural. Já o acometimento do
Como notou grande melhora com o uso do corticoide passou a
pericárdio é menos comum, mas não raro, e usualmente assin-
usá-lo, na ocorrência dos sintomas, por conta própria.
tomático. A inflamação dessas membranas serosas, apesar de
inespecífica, é relativamente frequente, constituindo um dos
Nos últimos trinta dias, observou aumento da astenia e apa-
11 critérios do American College of Rheumatology para a clas-
recimento de artralgia, desânimo e febre baixa. O exame físico
sificação de LES. De acordo com os estudos, os pacientes que
mostrou diminuição dos sons respiratórios nas bases pulmo-
apresentam pelo menos quatro desses onze critérios podem
nares, úlcera oral no palato (não dolorosa) e artrite na terceira
ser classificados como portadores de LES.
e quarta interfalangeanas proximais à direita e quarta IFP à esquerda. A tomografia computadorizada de tórax mostrou “der-
Para o diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico (LES) utili-
rame pleural bilateral de médio volume associado a focos de ate-
zam-se os critérios de classificação de 1982 do Colégio Americano
lectasias passivas nas bases pulmonares e derrame pericárdico,
de Reumatologia (ACR), revisados em 1997 (mas não validados).
com espessura de 15 mm.” Após hipótese diagnóstica de lupus
Esses critérios apresentam algumas falhas, tais como: duplica-
eritematoso sistêmico (LES), solicitaram-se exames laboratoriais.
ção dos sinais de lúpus cutâneo (fotossensibilidade e rash malar)
Os resultados mostraram: FAN positivo, título de 1:160, nuclear
e não inclusão de outras manifestações cutâneas, omissão das
pontilhado fino, anti-Ro positivo, linfopenia (linfócitos 900/mm³),
manifestações neurológicas do LES, dos níveis baixos de comple-
VHS 85mm/h. Iniciou-se o tratamento com hidroxicloroquina
mento, necessidade de inclusão dos anticorpos antifosfolípides e
400mg/dia e prednisolona 10mg/dia, com melhora do estado ge-
inclusão de doentes sem critérios de doença autoimune.
ral, da artrite e da dorsalgia. A paciente evoluiu com melhora do
estado geral e retornou às suas atividades da vida cotidiana, com
Em 2012, o grupo Systemic Lupus International Collabo-
acompanhamento trimestral no ambulatório da reumatologia da
rating Clinics (SLICC) propôs um novo critério de classificação
Faculdade IPEMED de Ciências Médicas.
para o lúpus eritematosos sistêmico baseado em critérios clínicos e imunológicos, a saber:
INTRODUÇÃO
A. Critérios clínicos: 1. Lúpus cutâneo agudo; 2. Lúpus
O LES, doença autoimune multissistêmica crônica, tem como
cutâneo crônico; 3. úlceras orais; 4. alopecia não cicatrizante; 5.
características marcantes o desenvolvimento das reações infla-
sinovite; 6. serosite; 7. lesão renal; 8. sinais e sintomas neuro-
matórias em vários órgãos e tecidos. Essas reações inflamatórias
lógicos; 9. anemia hemolítica; 10. leucopenia ou Linfopenia; 11.
ocorrem devido a aberrações imunológicas e afetam o sistema
trombocitopenia.
imunológico inato e o adaptativo. A doença evolui com períodos
de aumento do processo inflamatório, intercalados por períodos
1
de relativa melhora ou mesmo inatividade da doença .
página 04
B. Critérios imunológicos: 1. níveis de anticorpos
anti-nuclear acima dos limites de referência laboratoriais;
Publicação oficial da IPEMED
CASOS CLÍNICOS
2. valor de anticorpos anti-DNA de cadeia dupla acima dos
limites de referência laboratoriais; 3. anticorpos anti-Sm positivo; 4. anticorpo anti-fosfolípides positivo; 5. fatores do complemento diminuídos; 6. teste de Coombs direto2. DISCUSSÃO
Este relato de caso alerta para a dificuldade no diagnóstico
do LES, postergado pela falta de atenção aos sintomas da pleurite e pericardite.
O LES pode afetar qualquer órgão do corpo, assemelhan-
do-se a várias doenças e facilitando os erros de diagnóstico.
Sem dúvida é preciso conhecer os sintomas para diagnosticá-la. Deve-se suspeitar do LES sobretudo em mulheres jovens,
em idade fértil, com sintomas e sinais, de origem inexplicável,
envolvendo dois ou mais órgãos e sistemas, com envolvimento
gradual3. A pleurite é a manifestação pleuropulmonar mais comum do LES. A dor pleurítica está presente em 45% a 60% dos
casos, pode ocorrer com ou sem derrame pleural e sua característica principal é a piora com inspiração profunda. A dor para
respirar pode gerar queixa de “fôlego curto” ou dispneia4. Os
derrames pleurais usualmente são bilaterais, e caracterizam-se
por exsudatos, com níveis mais altos de glicose e desidrogenase lática do que na artrite reumatoide1.
A pericardite ocorre em aproximadamente 25% dos pacientes e as efusões pericárdicas, geralmente assintomáticas,
usualmente são leves a moderadas1.
O tratamento usual da serosite no LES é com corticoide, havendo resposta com doses pequenas (0,1- 0,2 mg/kg/dia) a moderadas (0,3-0,5 mg/kg/dia)5,6. Os agentes antimaláricos, como a hidroxicloroquina, em doses de 200 a 400 mg/dia, são classicamente
utilizados para o tratamento das manifestações cutâneo mucosas
e articulares. Atualmente o tratamento do LES melhorou a sobrevida dos pacientes mas a remissão completa e prolongada da doença é definida com a ausência de evidências clínicas e laboratoriais
em cinco anos, sem tratamento, que permanece inatingível para
a maioria dos pacientes. A incidência de flare é estimada em 0,65
por paciente por ano de acompanhamento e cerca de 10% a 20%
dos pacientes não respondem adequadamente ao tratamento6,7.
CONCLUSÃO
As pleurite e o derrame pleural são manifestações frequentes
nos pacientes com LES, podendo ser a manifestação inicial da doença. O diagnóstico e tratamento adequado do lúpus eritematoso
sistêmico permite melhora significativa dos sintomas, acompanhamento ambulatorial e preservação das atividades diárias.
Referências bibliográficas
1. Bertsias G, Cervera R, Boumpas DT. Systemic Lupus Erythematosus: Pathogenesis and
Clinical Features. In: Bijlsma JW, editor. Eular- Textbook on Rheumatic Diseases. First. London: BMJ Publishing Group Ltd; 2013. p. 476–505.
2. Hochberg MC. Updating the American College of Rheumatology revised criteria for the
classification of systemic lupus erythematosus. Arthritis Rheum 1997;40:1725.
3. Pramanik B. Diagnosis of systemic lupus erythematosus in an unusual presentation:
what a primary care physician should know. Curr Rheumatol Rev [Internet]. 2015;10(2):81–
6. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25599686
4. Man BL, Mok CC. Serositis related to systemic lupus erythematosus: prevalence and
outcome. Lupus [Internet]. 2005;14(10):822–6. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/
pubmed/16302677
5. Kass SM, Williams PM, Reamy B V. Pleurisy. Am Fam Physician. 2007;75(9):1357–64.
6. Cervera R, Khamashta M, Font J. Morbidity and mortality in systemic lupus erythematosus during a 10- year period. A comparison of early and late manifestations in a cohort of
1000 patients. 2003;82:299-308. Med. 2003;82:299–308.
7. Fischer-Betz R, Scheneider M, Bombardieri S. Systemic Lupus Erithymatosus: treatment.
In: Bijlsma JW, editor. Eular- Textbook on Rheumatic Diseases. First. London: BMJ Publishing
Group Ltd; 2013. p. 506–21.
Programas de Bolsas
Com o objetivo de cumprir sua função social, a Faculdade IPEMED de Ciências Médicas desenvolveu um programa
de bolsas para apoio a alunos e egressos. O programa é dividido em duas duas modalidades: graduação e pós-graduação.
No primeiro, as bolsas são disponibilizadas aos ingressantes e pode ser concedida a alunos do curso superior de
tecnologia em radiologia da Faculdade IPEMED de Ciências Médicas até o término do curso. Dentro dessa iniciativa,
foram ofertadas bolsas para profissionais com formação técnica em radiologia, associados ao Sinditraux
e ao Conter-3ª Região. Para ter direito à bolsa, o candidato ao benefício deve preencher os requisitos de condição
socioeconômica precária em seu ingresso, e posteriormente manter média de aproveitamento e frequência escolar.
No segundo caso, demostramos demonstramos preocupação de oferecer aos concluintes a oportunidade de
educação continuada de qualidade em sua área de formação. Para isso a Faculdade IPEMED de Ciências Médicas oferecerá o curso de pós-graduação em radioproteção, uma área em grande importância e em expansão no segmento.
De forma inédita, serão ofertadas 41 (quarenta e uma) vagas para ex-alunos e 9 (nove) para professores. Nesse caso,
os alunos concluintes, candidatos às bolsas, devem inscrever-se para a seleção, conforme edital, participar de revisão
de conteúdos e de avaliações multidisciplinares.
As condições de participação em todas as modalidades estão em nosso site e mais informações podem ser obtidas pelo telefone 4009-4850.
1º semestre 2016
página 05
CASOS CLÍNICOS
REUMATOLOGIA
Epicondilite Lateral e
Síndrome Dolorosa Miofascial
Aloízio H. M. Vieira Filho, Leandro Luís da Silva, Mozart Cunha e Rodrigo Salomão Cardoso
Pós-graduandos em Reumatologia pela Faculdade IPEMED de Ciências Médicas
Telma R. M. Zakka
Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo
Especialista em Acupuntura com Título de Especialista pela Associação Médica Brasileira
RELATO DE CASO
Os fenômenos autonômicos, concomitantes com a zona de
referência do PG, incluem: vasoconstrição, sudorese e piloe-
D.P.S, 62 anos, aposentado, massagista domiciliar, pro-
reção. Podem ocorrer alterações proprioperceptiva, tais como
curou o ambulatório de reumatologia da Faculdade IPEMED
desquilíbrio, tontura, zumbido. Causa muito frequente de dor
de Ciências Médicas, encaminhado pelo Programa da Saúde
musculoesquelética, gera incapacidade parcial ou total para
da Família. Queixa de dor há 5 anos, em região cervical com
realizar as atividades laborais e de vida diária2.
irradiação para o ombro direito, região lateral do antebraço
direito e cotovelo. A dor no cotovelo piora com as atividades
diárias (passar pano e varrer, por exemplo), quando faz massagens em lugares baixos e com a extensão ativa ou flexão
passiva do punho com o cotovelo em extensão.
A dor na região cervicobraquial tem como características: queimor, piora com posturas inadequadas, ao dormir de
bruços e com tensão. A dor melhora com exercícios de alongamento e calor no local. Com exame físico identificou-se pontos-gatilho (PG) nos músculos trapézio, esplênio da cabeça
e pescoço e esternocleidomastoideo à direita. As manobras
para manguito rotador foram negativas.
Reagiu à palpação do cotovelo com dor na região do epicôndilo lateral e na origem da musculatura extensora do pu-
A epicondilite lateral é a causa mais comum de dor no cotovelo observada nos consultórios. Conhecida como “cotovelo
do tenista”, é uma síndrome dolorosa localizada na região do
epicôndilo lateral, parte óssea mais proeminente no aspecto
lateral do cotovelo, sítio da origem dos músculos supinador
do antebraço, extensores do punho e dos dedos. Apesar do
termo “cotovelo do tenista”, acomete principalmente trabalhadores entre a quarta e quinta décadas de vida3. A degeneração
do tendão associada a esforços de tração do músculo provoca
rupturas microscópicas nas fibras do tendão, que sofrem necrose devido à falta de irrigação sanguínea, deficiente nessa
região. A queixa mais frequente é de dor localizada na região
lateral do cotovelo e antebraço, que piora ao segurar objetos
pesados ou mesmo uma xícara de café cheia ou erguer uma
cadeira. O diagnóstico é essencialmente clínico.
nho e dedos e cabeça do rádio. O teste de Cozen, realizado
com o cotovelo em 90º de flexão e com o antebraço em pronação, foi positivo. Estabeleceu-se o diagnóstico de epicondilite
lateral direita e síndrome de dor miofascial no ombro direito.
Os exames complementares que o paciente apresentou eram
Este relato de caso objetiva revisar os conceitos da síndrome dolorosa miofascial e da epicondilite lateral e demonstrar
a importância do exame físico e da anamnese no diagnóstico
das dores nociceptivas.
recentes e normais. A conduta clínica foi conservadora, com a
prescrição de analgésicos, fisioterapia e acupuntura, além de
DISCUSSÃO
orientações de postura.
INTRODUÇÃO
A síndrome dolorosa miofascial (SDM) constitui uma de-
A epicondilite, também conhecida como "cotovelo de tenis-
ta", é causa frequente de dor no cotovelo e afeta cerca de 1% a
3% da população adulta. Apesar de ser descrita classicamente,
na literatura, como uma doença que afeta tenistas, somente
5% a 10% dos pacientes praticam o esporte. Associa-se normal-
sordem regional neuromuscular caracterizada pela presença
mente a atividades laborais que envolvem extensão ou flexão
de pontos sensíveis nas bandas musculares tensas/contraídas,
frequente do punho. Caracteriza-se por afecção degenerativa
ocorrência de dor com queimação e peso, às vezes com ponta-
das inserções dos músculos extensores do punho no epicôndi-
das e diminuição da força muscular, limitação da amplitude
lo umeral lateral, levando a hiperalgesia mecânica na região do
de movimento, fadiga muscular e dor referida em áreas dis-
epicôndilo lateral. A dor irradia para o antebraço e punho, se
tantes ou adjacentes.
exacerba com a estensão do punho e pode ocorrer fraqueza da
Dezembro 2016/Janeiro 2017
página 07
musculatura envolvida. O diagnóstico feito através de anam-
duloxetina) ou tricíclicos (amitriptilina), os anticonvulsivan-
nese e exame físico pode ser confundido com a compressão
tes (gabapentina e pregabalina) mostraram-se eficazes não
do nervo radial, condição menos frequente. Normalmente a
somente no controle da dor crônica, mas também na norma-
queixa principal é dor na região do epicôndilo lateral, que se
lização do sono. A analgesia multimodal (associação de fár-
estende pelo antebraço, associado a práticas laborais em que
macos com efeitos sinérgicos) é muito interessante nesses
se usa o punho. A avaliação radiográfica do cotovelo geralmen-
casos, pois propricia alívio do quadro doloroso, diminui os
te é normal, sendo útil somente para exclusão de outras doen-
efeito colaterais dos medicamentos e aumenta a adesão do
ças, como a osteoartrite de cotovelo. O tratamento baseia- se
paciente. Além do tratamento medicamentoso, fisioterapia e
no controle da dor, repouso relativo e orientações com relação
acupuntura são muito eficazes no controle da dor miofascial
à prática laboral. A imobilização do punho tem pouco valor,
e da epicondilite lateral.
a não ser na fase inicial do quadro. Indica-se infiltração com
corticoide quando o uso de analgésicos e fisioterapia não são
Para o paciente em questão a conduta estabelecida foi:
eficazes no controle da dor. Entretanto a realização de mais de
orientações de postura, fisioterapia e acupuntura. Prescreve-
duas infiltrações pode ser danosa devido aos efeitos adversos
ram-se analgésicos e relaxante muscular de ação central.
relacionados a infiltrações peritendíneas com corticosteroide.
Pacientes submetidos ao tratamento conservador por período
menor ou igual a nove meses, sem o controle efetivo da dor,
CONCLUSÃO
são candidatos ao tratamento cirúrgico.
Ainda hoje, a anamnese detalhada e o exame físico cri
O diagnóstico da síndrome dolorosa miofascial (SDM) é
predominantemente clínico, por isso a dificuldade em esta-
terioso são instrumentos inquestionáveis para um bom diagnóstico.
belecer sua prevalência. Para o seu diagnóstico é necessário
identificar as bandas de tensão, os PG. Muitas vezes há necessidade de diferenciar seu diagnóstico do de outras afecções
dolorosas, como osteoartrite, bursite, epicondilite etc. Doença comum musculoesquelética, acomete homens e mulheres,
O bom médico trata a doença.
O grande médico trata o paciente
que tem a doença.”
principalmente entre 30 e 50 anos. Estudos mostram que em
ambulatórios especializados em dor a incidência de dor mio-
Sir William Osler
fascial esta presente em 21% a 93% dos indivíduos com quei-
Médico
xas de dor localizada.
A SDM caracteriza-se por dor muscular regional, normal-
mente com queimação, associada a bandas musculares tensas
palpáveis, onde se identificam pontos dolorosos, chamados
pontos gatilho. Quando localiza-se na cabeça e no pescoço, à
dor pode estar associada a zumbidos. Rocha e Sanchez (2012)
mostraram que pacientes com zumbido apresentam proba-
Referências
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quando comparados a indivíduos sem sintomas.
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O diagnóstico, eminentemente clínico, compreende na
identificação dos PG numa banda de tensão e não há alterações visíveis em exames complementares.
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4. Imboden JB, Hellmann DB, Stone JH. Current reumatologia:
diagnóstico e tratamento. 3ed. Porto Alegre, Rio Grande do Sul: AMGH Ltda. 2014.
O tratamento da SDM é multidisciplinar e deve abranger
a complexidade de cada caso. Os anti-infamatórios não esteroidais (Aine) são úteis nos episódios de dor aguda ou de
agudização do quadro, devido à elevada incidência de efeitos
colaterais. Os relaxantes musculares de ação central (ciclobenzaprina, tizanadina), os antidepressivos duais (venlafaxina,
página 08
5. Severo A L, Lech O, Piluski PCF. Epicondilite lateral do cotovelo. Revista Brasileira
de Ortopedia. 2003; 38; (8): 421-435.
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(6):21-26.
Publicação oficial da IPEMED
CASOS CLÍNICOS
GASTRONTEROLOGIA
Doença do Refluxo Gastroesofágico
complicada com Esôfago de Barrett
DÚVIDAS DIAGNÓSTICAS GERANDO DIFICULDADES DE TRATAMENTO
Dr. Agostinho Carlos M Mattos CRM RJ 52835420
Aluno do curso de pós-graduação em Gastroenterologia da Faculdade IPEMED de Ciências Médicas
Dr. Carlos Saul CRM RS 06709
Prof. coordenador do curso de pós-graduação em Gastroenetrologia da Faculdade IPEMED de Ciências Médicas.
Doutor e mestre em gastroenetrologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Membro titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED)
Individual Member of European Society of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE)
CASO CLÍNICO
L.M.A.M., sexo feminino, 78 anos, do lar
Paciente relata azia de longa data, há muitos anos, com
períodos mais intensos e outros de acalmia. Relata também,
entre os períodos de azia, episódios de dor epigástrica de leve
Nos últimos 4 anos se submeteu a endoscopia digestiva
alta (EDA) por 4 vezes e relata estar muito preocupada e
confusa com os resultados, porque um médico lhe disse que ela tinha uma hérnia e esôfago de Barrett e que
intensidade, mas de baixa frequência. Em muitas ocasiões
este poderia evoluir para câncer. Outro médico lhe disse
utilizou IBPs, variando uso de omeprazol, pantoprazol e até
que não tinha nem uma nem outra das duas situações
lansoprazol. Em alguns períodos fez uso contínuo desses me-
referidas. Por fim outro lhe disse que ela tinha hérnia no
dicamentos, em outros usou por 30 a 60 dias, mas na maior
parte das vezes usou, e usa, quando tem os sintomas. Fez uso
também, em muitas vezes, de chás caseiros. Nos períodos em
que reduzia um pouco o peso passava melhor. Em outros períodos, em que o peso aumentava, notava reaparecimento da
esôfago e que talvez tivesse que operar. Em uma dessas
endoscopias apresentou positiva a evidência de H pylori
na mucosa gástrica. Fez tratamento específico e endoscopias posteriores mostraram-se negativas para essa bactéria.
azia. Relata também frequência, há muitos anos, de episódios
de plenitude pós-prandial. Nunca teve episódios de disfagia.
O peso, apesar de algumas oscilações, atualmente é de 62 kg.
Mede 1,59m. Relata ser portadora de hipotireoidismo e está
em tratamento medicamentoso. Nesse tempo todo fez alguns
exames endoscópicos (EDA).
Na última consulta relatou azia que, mesmo com uso de
Lansoprazol 30 mg/dia, apresenta com alguma frequência,
principalmente quando se descuida da alimentação, ingerindo volumes maiores e principalmente alguns alimentos como
pães, farináceos, doces, biscoitos e molho de tomate.
Hábito alimentar: poucas frutas e verduras. 3 refeições diárias. Café da manhã: café, leite, pão e mamão. Almoço: arroz,
feijão, carne e alguma verdura. Jantar: repete almoço.
Cirurgias prévias e comorbidades: histerectomia total há 15
anos por miomas. Cirurgia na coluna há 9 anos, com dor residual e dor nas costas quando em flexão anterior e rotação.
Cefaleia tensional frequente. Em uso de Puran T4, Frontal e
Lansoprazol 30 diariamente.
Por diversas vezes, nos últimos anos, fez exames laboratoriais,
principalmente para controle de hipotireoidismo, e avaliações ginecológicas. Não foram detectadas outras anormalidades.
Fez ultrassonografia de abdomem superior e abdomem to-
tal, que não mostrou alterações no fígado ou nas vias biliares.
Dezembro 2016/Janeiro 2017
TROUXE OS RESULTADOS
DAS ENDOSCOPIAS EFETUADAS:
AGOSTO 2013:
EDA: hérnia hiatal de deslizamento. Pequeno pólipo Yamada
I no cárdia. Gastrite endoscópica enantematosa antral leve.
Sem biópsias.
JANEIRO 2014:
EDA: prolongamento digitiforme no esôfago distal, com
extensão de 6 mm, com mucosa de coloração salmão, possivelmente epitélio de Barrett. Barrett curto? Hérnia hiatal de
deslizamento. Gastrite endoscópica atrófica leve de corpo e
antro.
AP de biópsias: metaplasia intestinal na biópsia esofágica
sugestiva de epitélio de Barrett. Gastrite crônica moderada do
antro com metaplasia intestinal. Pequisa de H pylori negativa.
AP das mesmas biópsias, vistas por um segundo patologista, devido a incerteza do primeiro avaliador: ausência de
metaplasia intestinal nas biópsias esofágicas, afastando a possibilidade de epitélio de Barrett. Nas biópsias gástricas presença de gastrite crônica moderada, com metaplasia intestinal no
antro.
JULHO 2014:
EDA: ausência de hérnia hiatal de deslizamento. Ausência de epitélio sugestivo de Barrett. Pangastrite endoscópica
enantematosa, com leve atrofia no antro.
AP de biópsias gástricas: gastrite crônica moderada do
antro. Pesquisa de H pylori: positiva.
página 09
AGOSTO 2015:
EDA : ausência de hérnia hiatal e ausência de epitélio de
Barrett. Pólipo pequeno, claro, no corpo gástrico alto. Gastrite
endoscópica enantematosa antral moderada.
AP de biópsias gástricas: pólipo de glândulas fúndicas. Gastrite crônica moderada do antro. Pesquisa de H pylori: negativa.
ABRIL 2016:
EDA: hérnia hiatal de deslizamento. Ausência de epitélio
de Barrett. Gastrite endoscópica enantematosa antral leve.
AP de biópsias gástricas: gastrite crônica leve do antro associada a metaplasia intestinal. Pesquisa de H pylori: negativa.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO/ENDOSCÓPICO FINAL:
- DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO,
PROVAVELMENTE ASSOCIADA A PEQUENA HÉRNIA
HIATAL DE DESLIZAMENTO E SEM COMPLICAÇÕES ,
COMO O EPITÉLIO DE BARRETT
- GASTRITE CRÔNICA DO ANTRO COM METAPLASIA
INTESTINAL
CONDUTA CLÍNICA
Foi determinado ao paciente:
medidas higieno-dietéticas com reorientação alimentar, principalmente da qualidade dos alimentos ingeridos, estimulando ingesta aumentada de alimentos naturais (frutas, verduras,
legumes , cereais), carne branca, peixe, evitar gorduras, evitar
farináceos, massas, pães doces, etc. Fazer refeições fracionadas e mais frequentes (3/3 horas). Reduzir peso. Aumentar atividade física. Não deitar antes de passadas 2 horas da última
refeição;
medidas farmacológicas: Pantoprazol 40 mg pela manhã em
jejum, inicialmente por 60 dias e depois desse período será
reavaliada sua manutenção. Seguir tratamento para hipotireoidismo com Puran T4;
hidróxido de alumínio + hidróxido de magnésio gel, 1 col de
sopa, se azia (resgate);
se houver azia noturna, elevar os pés da cabeceira da cama em
20 graus;
recomendou-se nova EDA em 2 anos para acompanhamento
da metaplasia intestinal do antro.
Observações:
A) na primeira endoscopia foi relatado um pólipo tipo I de Yamada na junção esôfago gástrica, que não mais apareceuem exames subsequentes e não foi retirado no primeiro exame. Provavelmente se tratava do que na endoscopia se conhece como
“prega sentinela “, que é um espessamento focal de uma prega
mucosa da junção esofagogástrica de pacientes com refluxo e
com o tratamento da afecção desaparece.
página 10
B) O pólipo de glândulas fúndicas encontrado, e assim diagnosticado em uma das endoscopias, é pequeno, fundamentalmente hiperplástico, que ocorre com frequência no estômago
alto de pacientes que usam IBP por longo tempo. Tendem a
desaparecer com a cessação do uso do medicamento.
DISCUSSÃO
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma das
doenças orgânicas do aparelho digestivo mais frequentes nos
adultos, apresentando um crescimento importante de ocorrência nos últimos 30 anos. Estima-se que entre 12% e 20% da
população adulta apresente pelo menos um episódio importante de refluxo por semana. Certamente a gradativa mudança
qualitativa e quantitativa dos hábitos alimentares da população ocidental tem influenciado marcadamente esse acréscimo
de ocorrência. Observa-se aumento da quantidade de alimento ingerido com o passar do tempo, levando a aumento de
peso, sobrepeso, obesidade, fatores que levam a um aumento
na pressão intrabdominal, e esse aumento tem nítida relação
com o desencadeamento da DRGE. A mudança na qualidade
dos alimentos, em detrimento de alimentos naturais e saudáveis, como as frutas, as verduras, os legumes e os cereais, e em
favor de alimentos industrializados, processados, artificializados, sem dúvida traz alterações disgestivas, uma das quais é o
aumento da secreção ácida gástrica que participará, refluindo,
da gênese da DRGE.
A mudança desses parâmetros alterados de hábitos alimentares e de vida é o primeiro e mais importante passo no
tratamento da DRGE. O paciente, tomando consciência dos aspectos nóxicos dessa alimentação errada e de outros hábitos
de vida inadequados, deverá ser o principal aliado do médico
na correção do problema e de seus sintomas.
Medidas medicamentosas importantes e altamente eficazes estão à disposição hoje, para um controle bastante adequado dessa doença, principalmente embasada nos medicamentos que reduzem de forma importante a produção de secreção
ácida gástrica. São principalmente os chamados inibidores da
bomba protônica que exercem sua ação reduzindo marcadamente a produção de ácido clorídrico. Esse ácido clorídrico é
o principal, e às vezes único, agente causal terminal dos sintomas e das lesões esofágicas do portador de DRGE.
Omeprazol, pantoprazol, rabeprazol, lansoprazol e o esomeprazol e num futuro próximo o dexlanzoprazol, são estes
agentes bloqueadores da produção ácida. Todos semelhantes
e altamente eficazes, e com muito poucos efeitos colaterais,
mesmo a longo prazo. São os medicamentos que, por excelência, aliviam os sintomas, cicatrizam as lesões e previnem as
complicações do paciente com DRGE.
Essas três ações são importantíssimas porque melhoram
os sintomas e a qualidade de vida do paciente, apressam e estabilizam as lesões, e principalmente, evitam complicações.
É exatamente de uma das importantes complicações da
DRGE que tratam as dúvidas no caso clínico aqui enfocado. O
que chamamos de “esôfago de Barrett”, e de hérnia hiatal de
deslizamento.
Publicação oficial da IPEMED
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GASTRONTEROLOGIA
Em meados de 1950 um cirurgião inglês de nome Normann
Barrett publicou no British Journal of Medicine um artigo denominando a presença de um epitélio do tipo glandular, no esôfago
distal, em diferentes proporções, como esôfago curto congênito.
Queria ele dizer que algumas pessoas nasciam com parte do esôfago inferior revestido por esse epitélio, que era um epitélio gástrico. Poucos anos depois cirurgiões americanos, principalmente
Allison e colaboradores, publicaram (1956) um artigo referindo
que esse epitélio apontado por Barrett não era uma situação
congênita e sim uma condição adquirida, causada por refluxo
consistente, duradouro e importante. O próprio N. Barrett dois
anos depois, no mesmo periódico em que publicou seu primeiro
trabalho, reconheceu a condição adquirida desse epitélio no esôfago inferior. De lá para cá, muito se tem comentado, discutido,
diagnosticado e tratado essa afecção que hoje se sabe ser uma
complicação da DRGE. Não se sabe a sua exata prevalência na
população geral mas estima-se que em torno de 9% a 11% dos
portadores de esofagite de refluxo comprovada endoscópicamente, desenvolvem esse epitélio. Inicialmente o aparecimento
deste epitélio é uma metaplasia defensiva do esôfago distal ao
refluxo ácido que o agride e seu aparecimento pode reduzir os
sintomas de refluxo do paciente. Em geral ocorre em refluidores
importantes, com longo tempo de sintomas (azia), em geral mais
de 10 anos, principalmente em pacientes com mais de 50 anos.
Ainda não se sabe por que ocorre somente em um pequeno percentual de pacientes com refluxo importante é ainda fato desconhecido. É sabido que essa metaplasia apresenta uma determinada “inquietude” celular e que pode determinar o aparecimento
de displasia neste epitélio metaplásico e dela a origem para a
degeneração carcinomatosa, com o surgimento do adenocarcinoma do esôfago distal.
Esse tipo de neoplasia, relativamente pouco frequente até
meados do século passado, mostrou um crescimento indiscutível no últimos 30 anos e muito de sua origem ainda permanece desconhecida. Parece não ter correlação com a infecção
gástrica pelo H pylori. Pelo contrário, estudos têm demonstrado que pacientes portadores de esôfago de Barrett e de
H pylori no estômago evoluem muito mais raramente para o
adenocarcinima do esôfago distal que os pacientes que não
têm H pylori gástrico.
Nós publicamos em 1985, na "Revista da Associação Médica Brasileira", um dos primeiros trabalhos científicos no
Brasil sobre esôfago de Barret com enfoque endoscópico, em
que descrevemos 14 casos de esôfago de Barrett, um deles já
tendo adenocarcinoma. Por um determinado tempo se teve
a impressão de que a prevalência dessa neoplasia era muito
alta em pacientes com epitélio de Barrett mas, transcorrido
mais tempo, e com o surgimento de metanálises mais longas
e abrangentes, percebe-se que tal prevalência não é tão alta.
Atualmente estima-se que, por ano, um em cada 300 portadores de esôfago de Barret desenvolva adenocarcinoma. Mas de
qualquer forma é uma complicação importante, de uma doença frequente (DRGE), em crescimento, e como tal merece toda
atenção e cuidado médico. Desde 1998 ficou definida pelo
American College of Gastroenterology uma conduta padronizada de acompanhamento (surveillance) do paciente portador
de EB, que é uma repetição sistematizada de exames endoscópicos, com intervalos determinados (a cada 2 anos) com biópsias do esôfago, no epitélio de Barrett, à procura de áreas
de displasia que, uma vez encontradas, demandarão condutas
curativas endoscópicas ou cirúrgicas, para prevenção do adenocarcinoma.
página 12
Doença do refluxo gastroesofágico complicada
com esôfago de Barrett CONTINUAÇÃO
Mas uma das maiores dificuldades persiste sendo o reconhecimento inicial da metaplasia, do epitélio de Barrett, que
é o que em parte tivemos nesse caso. Deve o endoscopista
ter firmes parâmetros de reconhecimento desse epitélio, não
o confundindo com epitélio gástrico que ocupa um segmento discreto do esôfago distal de pessoas sem a doença. Com
muita frequência o epitélio de Barrett está associado a uma
hérnia hiatal de deslizamento (HHD), que é uma desvantagem
anatômica de pacientes com refluxo que piora e eterniza essa
condição. Já vimos que o epitélio de Barrett é restrita a refluidores contumazes e a HHD facilita mais ainda a sua ocorrência.
Então, determinar onde termina a mucosa gástrica herniada é
fundamental para determinar a presença de epitélio de Barrett. Mesmo pequenas hérnias hiatais são às vezes difíceis de
serem determinadas endoscopicamente, como vimos no caso
descrito, em que em duas endoscopias foi dado diagóstico de
sua ocorrência, e em outras, de não ocorrência.
O endoscopista tem que ter o cuidado de examinar detidamente a junção esôfago-gástrica , em anterovisão e em retrovisão, principalmente no final do exame endoscópico em que o paciente não esteja fazendo de vômito, que pode falsear o achado
de HHD por ser um movimento antiperistáltico que eleva o fundo gástrico em direção ao esôfago distal. Medir adequadamente
a distância da linha Z em relação à impressão diafragmática, a
formação do anel funcional B (Templleton) quando da inspiração
profunda, e o estado de fechamento da válvula esofago gástrica
na retroversão, é requisito primordial. Os parâmetros dessas medições já estão bem estabelecidos e são, ou devem sempre ser,
do conhecimento do endoscopista.
O epitélio de Barrett é uma metaplasia intestinal diferenciada, com mucinas próprias e reage com coloração toda especial a determinadas substâncias usadas pelos patologistas e
deve ser diferenciada pelo patologista da frequente metaplasia intestinal que os adultos quase sempre têm no segmento
distal de 1 cm a 1,5 cm do esôfago distal. Esta não é a metaplasia do epitélio de Barrett, e não tem potencial de carcinogênese. O epitélio de Barrett tem uma coloração salmão, pode
ser circular ou digitiforme, e, uma vez posto sob suspeita pelo
endoscopista, deve ser biopsiado. Pode ser curto (< 3 cm.) ou
longo (> 3cm.) e é o longo a forma preocupante e que merece
maior atenção e acompanhamento.
Com frequência, como aconteceu no caso aqui descrito,
pode haver discordância entre os pareceres de diferentes patologistas. Por isso é saudável uma segunda ou até uma terceira opinião.
Mais recentemente foram divulgados e difundidos os
chamados critérios de Praga para medida, aferição e acompanhamento dos casos de EB, e também estes devem ser do
conhecimento dos endoscopistas porque a eles se dirigem esses Critérios. Bem determinar a presença, a extensão, a forma
(circular/digitiforme), e, depois, a busca da possível displasia,
compõem o conjunto que a endoscopia pode fornecer ao paciente para sua segurança.
Por fim, o uso inadequado de diagnósticos ainda em dúvida, como foi o que ocorreu neste caso, com dúvidas a respeito
da existência de hérnia ou de epitélio de Barret, pode acarretar
iatrogenia desnecessária, tensão e insegurança para o paciente. Isso se evita com maior esforço de diagnóstico seguro.
Publicação oficial da IPEMED
CASOS CLÍNICOS
Leitura recomendada:
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radiologic accuracy. Gastrointest. Radiol 1981; 6:1-7
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Esophageal endoscopy, histology and function before and after cimetidine treatment. Dig Dis Sci 1982; 27:297-302.
28. Schüle A, Brändli H, Belloni S, Koelz HR, Pirozynski WJ, Blum AL. Endosckopiche
Diagnose der Öesophagitis. Wo liegt die Grenze zum normalen? Deutsche Medicinishe Wochenschrift 1977; 102:606-609.
29. Havelund T, Laursen LS, Lauritsen K. Efficacy of omeprazole in lower grades of
gastro-oesophageal reflux disease. Scand J Gastroenterol 1994; 29:201:69-73.
Saul C. Complicações da DRGE – Seminário Nacional
de Disfagia - Curitiba (PR) 2002 ( Conferência)
Epitélio de Barrett com adenocarcinoma superficial
Dezembro 2016/Janeiro 2017
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#NOVEMBROAZUL
Encontrar amigos
é um hábito,
SE PREVENIR
TAMBÉM
!
NOVEMBRO
AZUL
08:30
Abertura: Prof. Dr. Iure Kalinine – Diretor
de Ensino da Faculdade IPEMED de Ciências
Médicas. Prof. Carlos Saul – Coordenador
08:30 Abertura: Prof. Dr. Iure Kalinine – Diretor
da Pós Graduação
do Curso de
de Ensino da Faculdade IPEMED Ciências
Gastroenterologia IPEMED
Médicas. Prof. Carlos Saul – Coordenador
08:40
da Pós
Graduação do
de
Palestra: A Cápsula
Endoscópica
e Curso
a
A Faculdade IPEMED de Ciências Médicas convida
Enteroscopia noGastroenterologia
Diagnóstico e IPEMED
a todos os médicos e acadêmicos de medicina para
08:40
A Cápsula
Endoscópica e a
Tratamento
dasPalestra:
Afecções
do Intestino
participarem do Simpósio Internacional
de
A Faculdade IPEMED
de Ciências Médicas convida
Enteroscopia no Diagnóstico e
a todos
médicos
e acadêmicos de medicina para Delgado. Prof. Dr. Marco Pennazio
Gastroenterologia, ministrado
pelo os
Prof.
Dr. Marco
Tratamento das Afecções do Intestino
participarem
do Simpósio Internacional de
(Turim, Itália) Delgado. Prof. Dr. Marco Pennazio
Pennazio que estará no Brasil.
O renomado
ministrado pelo Prof. Dr. Marco
médico gastroenterologista éGastroenterologia,
atualmente diretor
(Turim, Itália)
Pennazio que estará no Brasil. O renomado 09:40 Debates
médico na Asienda Ospedaller Universitaria da SC
09:40 Debates
médico gastroenterologista é atualmente diretor
10:00 Coffee Break
Gastroenterologia U, Citta della
Salute
e della Ospedaller Universitaria da SC
médico
na Asienda
10:00 Coffebreak
Scienza di Torino, Itália.
Gastroenterologia U, Citta della Salute e della10:30 Palestra: Tumores do Intestino Delgado: O
10:30 Palestra: Tumores do Intestino Delgado: O
Scienza di Torino, Itália.
que mudou com os avanços da Tecnologia e
que mudou com os avanços da Tecnologia e
as dificuldades para
o diagnóstico
a
as dificuldades
paracom
o diagnóstico
com a
cápsula. Prof. Dr.cápsula.
Marco Pennazio
Prof. Dr. Marco Pennazio
(Turim, Itália) (Turim, Itália)
11:30
Chefe do Serviço de Endoscopia
Chefe do Serviço de Endoscopia
12:00
Debates 11:30 Debates
12:00
Encerramento
Encerramento
A palestra contará com tradução simultânea.
Será entregue certificado de participação.
de Estudos
tradução simultânea.
de Estudos do Intestino Delgado,
do do Intestino Delgado, do A palestra contaráAscom
inscrições são gratuitas.
Hospital Universitário San Giovanni, Faculdade de
Será entregue certificado de participação.
Digestiva e Coordenador doDigestiva
Centro e Coordenador do Centro
Hospital Universitário San Giovanni, Faculdade de
As inscrições são gratuitas.
Medicina da Universidade de Turim, Itália.
Medicina da Universidade de Turim, Itália.
LOCAL
Auditório de CBC – Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Praia de Botafogo, Rio de Janeiro
CBC – Colégio Brasileiro de Cirurgiões – Rua Visconde
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
Doutor e mestre em Ciências Gastroenterológicas
da Silva, 52, 2º Andar – Botafogo, Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Faculdade IPEMED de Ciências Médicas
Doutor e mestre em Ciênciaspela
Gastroenterológicas
Membro Titular e especialista em
pela Universidade Federal do(UFRGS).
Rio Grande
do Sul
Endoscopia Digestiva pela SOBED (Sociedade
(UFRGS). Membro Titular e especialista em
Brasileira de Endoscopia Digestiva).
Endoscopia Digestiva pela SOBED (Sociedade
Brasileira de Endoscopia Digestiva).
página 14
Sub Sede RIO – Pça. Vereador Rocha Leão
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
– Rio de Janeiro
Tel: (21) 2501-5599nº/10, Copacabana
(21) 99352-5112
Tel: (21) 2501-5599
E-mail: [email protected]
www.ipemed.com.br/simposio-gastro
Publicação oficial da IPEMED
Pós-graduandos da IPEMED no Congresso
Brasileiro de Neurologia 2016
É com muita honra que a Faculdade IPEMED de Ciências Médicas
parabeniza seus pós-graduandos de Neurologia, coordenados
pelo dr. André Felício, que apresentaram seis trabalhos científicos no XXVII Congresso Brasileiro de Neurologia, em Belo Horizonte entre os dias 27 e 31 de agosto..
No maior e mais importante evento da especialidade no Brasil, neurologistas que desenvolvem predominantemente atividades assistenciais e que atuam em ambientes acadêmicos
puderam participar de conferências plenárias, mesas-redondas e workshops, com inúmeros especialistas, além de convidados brasileiros e estrangeiros. Ponto de destaque foram as
apresentações de temas livres expositivos com pôsteres científicos dos médicos pós graduando da IPEMED.
O conteúdo dessas apresentações foi desenvolvido integralmente nos ambulatórios próprios da Faculdade IPEMED de
Autores:
Adão Felipe de Castro Júnior, Aryane Yoshie Akahane, Felipe
Saber Rocha, Inaja de Figueiredo Martins Escarião, Ismar Gomes
de Lucena Neto, Lamartine de Moura Rocha, Marcelo Igor de
Carvalho, Nayara Menezes Barbosa, Tatiane Peres Vilarinho,
Thomas Zurga Markus Torres e Viviani Dias Santa Rosa
Trabalhos:
1. Red flags na história e propedêutica de pacientes com
parkinsonismo
2. Cefaleia do avião e seu diagnóstico diferencial com as
cefaleias trigêmino autonômicas
3. Creutzfeldt-Jakob e o papel da ataxia cerebelar como pista
diagnóstica
4. Encefalite autoimune como diagnóstico diferencial de
demência de Alzheimer
5. Abordagem por Gamma Knife de neurinoma de acústico: um
relato de caso
6. Ataxia espinocerebelar tipo 6 confundindo-se como doença
de Parkinson
Ciências Médicas, ao longo dos estudos do curso de pós-graduação em Neurologia, nas atividades dos módulos de atendimentos práticos a pacientes e evidenciado através de estudos
de casos clínicos.
Parabéns aos Pós Graduandos por essa significativa contribuição cientifica ao Congresso Brasileiro de Neurologia.
Confira ao lado os nomes dos autores e os temas de seus trabalhos que serão apresentados durante o Congresso.
Selo de
responsabilidade
social
Em novembro a sua Faculdade IPEMED de Ciências
Consciência
Negra
Consagrado como data de sensibilização nacional para conquista de direitos e de valorização da história e cultura da população negra, o
Médicas foi certificada pela
20 de novembroinstituído Dia da Consciência
Associação
Negra em 2011, pela Lei 12.519, e é celebrado
Brasileira
de
Mantenedoras de Ensino
em todo o país.
Superior (Abmes) com o
Selo Instituição Socialmente
Responsável. Segundo informações disponibilizadas no site da Abmes, a chancela atesta que a instituição de ensino se preocupa com o bem-estar
social e com o desenvolvimento sustentável da
comunidade na qual está inserida.
Dezembro 2016/Janeiro 2017
Na Faculdade IPEMED de Ciências Médicas, será realizada no dia 22/11, uma oficina com o objetivo de despertar a atenção
dos alunos para o racismo que persiste
em nossa sociedade e para a desconstrução do mito da democracia racial.
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Santo Agostinho
Santo
Santo
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Agostinho
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Obras iniciadas
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Obras
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a
exigências restritivas da RDC-50 - ANVISA e estão detalhadas no memorial descritivo. Incorporação imobiliária registrada sob o R-22 da matrícula nº 6770. **Serviços não inclusos na taxa de condomínio. Creci Patrimar: 8098.
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