As mudanças da intensida dade da de d do o campo magnético da Terr rra (excursões geoma rr magnéticas as) ge geram freque uentemente te auroras po pola lare res. Trata-see de um fenómeno no ópt ptico, pt o, quee de qu deco corr co rre do iimp mpac mp acto ac to d dee ve vent ntos nt os ssol olar ol ares ar es e p poe oeir oe iras ir as espa es paci pa ciai ci ais, ai s, rreencamin inhadas pelo lo ccampo po m mag agné ag néti né tico ti co d daa Te Terr rra. rr a. Normal No alme ment nte, são vvis isív ívei eiss em aalt ltas as latitud udes. Intermitência Heteroclínica do Campo Magnético da Terra ALEXANDRE RODRIGUES Faculdade de Ciências da Universidade do Porto [email protected] 12 GAZETA DE MATEMÁTICA r166 Existem evidências geológicas de que o pólo magnético da Terra muda de orientação de tempos a tempos, assumindo um comportamento aparentemente caótico. Modelar a variação do campo geomagnético está longe de ser um assunto completamente compreendido. Alguns físicos acreditam que redes heteroclínicas estruturalmente estáveis são o conceito matemático responsável pela dinâmica do campo magnético da Terra. Este artigo aborda, de uma forma acessível, um modelo matemático que explica as mudanças de polaridade do campo geomagnético e é destinado a qualquer leitor curioso, que não possua, necessariamente conhecimentos muito especializados de matemática. A exposição dá a conhecer um dos assuntos que mais tem despertado a atenção no âmbito -.$=%.&!=/%+,#&.$%>$/.$C/!0>$5$ complementada com simulações numéricas. 1. INTRODUÇÃO A Terra comporta-se como um íman de proporções gigantescas, em redor da qual existem curvas de força fechadas com a mesma intensidade do campo magnético. A magnitude do campo geomagnético foi medida pela primeira vez por K. F. !"##$%&$'()*$%$+%&$#,-.$!/!0,#!-!$1%2%+,-!&%/+%$-%#-%$%/tão, observando-se um decaimento linear dessa intensidade a "&!$+!3!$-%$*4$2.1$#56"0.$7'89:$;%$"&!$<.1&!$=%1!0>$!$?,#+@ria do campo magnético da Terra pode ser descrita grosseiramente como um dipolo axial>$./-%$.$2@0.$A.1+%$=%.=1BC6.$#%$ localiza bastante próximo do pólo Norte magnético como esD"%&!+,E!-.$/!$C="1!$'$F!G$H$5$%#+!$21.3,&,-!-%$D"%$21.&.ve o bom funcionamento da bússola: o magneto setentrional da agulha magnética da bússola determina o norte da Terra por ser atraído pelo pólo sul magnético do planeta. Em cada ponto da superfície do planeta Terra, a amplitude do ângulo entre o vector que aponta para o norte magnético (determinado pela bússola) e o vector que aponta para o norte =%.=1BC6.$5$?!I,+"!0&%/+%$-%#,=/!-!$2.1 declinação magnética. Esta amplitude depende da região da superfície da Terra; por exemplo, em Portugal, a declinação magnética é de cerca -%$J$=1!"#>$/.$K!/!-B$5$-%$6%16!$-%$LM$=1!"#$%$/!$N,/0O/-,!$ a declinação magnética é praticamente nula. Esta declinação magnética vai variando ao longo do tempo. Na navegação, é usual construir-se cartas com as linhas isogónicas (ou isopóricas) contendo curvas de nível com a mesma declinação magnética e que são actualizadas periodicamente1$H$C="1!$'$F6G: 1 Para o leitor mais curioso, sugere-se a consulta do site http://geomag.usgs. gov/movies/movies/index.php onde se pode ver a evolução da declinação magnética na superfície da Terra nos últimos 400 anos. Figura 1: (a) Esquema do campo magnético da Terra aproximado a um modo axial dipolar; NG – Norte Geográfico; NM – Norte Magnético. O eixo de rotação da Terra passa pelo Pólo Norte Geográfico. (b) Esquema de uma rocha de origem vulcânica com várias camadas de lava que, após o arrefecimento, gravou a polaridade do campo magnético da Terra ao longo dos tempos. Alguns autores apelidam estas rochas de fósseis magnéticos. (c) Carta isogónica da Terra (2000): as linhas da carta representam curvas com a mesma declinação magnética. As cores mais densas representam declinações magnéticas mais acentuadas. INTERMITÊNCIA HETEROCLÍNICA DO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRArAlexandre Rodrigues 13 O porquê destas variações da intensidade do campo mag- Neste modelo, explica-se como é que a Terra gera e mantém nético da Terra é um problema que ainda não está comple- o campo magnético sob a acção de um campo de velocida- tamente resolvido, mas pensa-se que a razão se prende com des (gerado pelo movimento dos líquidos férricos no interior !$%3,#+P/6,!$-%$&.Q,&%/+.#$6R60,6.#$-.#$S",-.#$6.&$6.&2.- do planeta). Encontrar explicitamente as soluções gerais para nentes magnéticas no interior da Terra. este modelo é um problema em aberto. ;!$!/B0,#%$-%$!0="&!#$1.6?!#$I!#B0+,6!#$H$Q%1$C="1!$'$FIG>$ V:$W1"2!$7'M9>$%&$'XXY>$21.2Z#$"&$&.-%0.$/.$D"!0$!#$1%- há várias evidências que apontam ter havido mudanças na versões do campo magnético da Terra são explicadas recor- polaridade do campo magnético da Terra ao longo dos tem- rendo aos conceitos de ciclos e redes heteroclínicos associados a pos, sugerindo mesmo que o pólo norte geomagnético tem modos de simetria dipolares e quadripolares. mudado de orientação de tempos a tempos, de uma forma Com base nesta ideia e em anteriores trabalhos de Proc- bastante irregular, com intervalos médios de permanência +.1$7''9>$V%0I."1/%>$[1.6+.1$%$\"6]0,-=%$7'89$21.2"#%1!&>$%&$ /"&!$-!-!$2.0!1,-!-%$-%$8*M:MMM$!/.#2. Designaremos estas 8MM'>$"&$&.-%0.$/.$D"!0$!6.20!&$-,/!&,6!&%/+%$-,<%1%/+%#$ mudanças de polaridade do campo magnético por reversões modos de simetria. Entenda-se por modo de simetria um campo , a qual do campo geomagnético, cujos efeitos na vida no planeta ain- de vectores tangente à esfera bidimensional da não foram devidamente estudados. 21%+%/-%$1%21%#%/+!1$!$%#<%1!$+%11%#+1%>$%$D"%$5$#,&5+1,6.^!/- Para o decorrer da exposição convém relembrar, de um ti-simétrico relativamente ao eixo polar e ao plano equatorial. modo breve, as noções de grupo de Lie e de Equivariância, A!$+%1&,/.0.=,!$-%$_.0&%$7X9>$.#$&.-.#$-%$#,&%+1,!$#`.$ os quais constituem um pre-requisito essencial para a com- 60!##,C6!-.#$%&$D"!+1.$=1"2.#a preensão dos capítulos que se seguem. Uma boa abordagem b$!3,!,#$-,2.0!1%#$H$ #.I1%$%#+%#$6./6%,+.#$2.-%$#%1$%/6./+1!-!$/.$0,Q1.$7*9: cas relativamente ao plano equatorial e equivariantes por rotações de Grupos de Lie e Equivariância. Um grupo de Lie é um subgrupo fechado de $.$6./T"/+.$-.#$%/-.&.1C#&.#$,/- Se é um grupo de Lie, um campo de vecto- res >$-%C/,-.$%&$ , diz-se equivariante ou simétrico$2.1$U$#% vertíveis de onde as soluções são anti-simétri- em torno do eixo polar; b$!3,!,#$D"!-1,2.0!1%#$H$ , onde as soluções são simétri- cas relativamente ao plano equatorial e equivariantes por rotações de em torno do eixo polar; b$%D"!+.1,!,#$-,2.0!1%#$H$ c>$./-%$!#$#.0"de%#$#`.$#,&5+1,- cas relativamente ao plano equatorial e anti-simétricas por Em geral, vai denominar-se o grupo de Lie pelo nome do grupo abstracto, ao qual é isomorfo. Teoricamente, poderá causar alguma confusão mas, na prática, é bastante útil e intuitivo. Por exemplo, o conjunto munido da multiplicação usual de matrizes, é um subgrupo fechado de Logo, mente chamado de é um grupo de Lie e será frequenteuma vez que são isomorfos, como grupos abstractos. Um outro exemplo é o grupo das rotações de em torno do eixo polar; b$ %D"!+.1,!,#$ D"!-1,2.0!1%#$ H$ , onde as soluções são anti-simétricas relativamente ao plano equatorial e anti-simétricas por rotações de em torno do eixo polar – este modo de simetria nunca foi encontrado nos campos mag/5+,6.#$-%$/%/?"&$20!/%+!$F "II,/#$7Y9G: N"/-!&%/+!0&%/+%>$.$&.-%0.$-%#61,+.$%&$7'89$!##%/+!$/.$ rotações do plano e que será denotado por facto de o campo magnético da Terra, denotado por 2. MODELO MATEMÁTICO PARA AS REVERSÕES der ser escrito da forma: por depender da posição espacial e temporal , po- O mecanismo responsável pelas reversões do campo magnético da Terra ainda não é bem compreendido, sendo um dos (1) assuntos mais estudados neste momento por várias equipas de investigação espalhadas pelo mundo3. Vários modelos matemáticos tentam descrever o fenóme- onde e . Os modos , são modos de simetria: modo equatorial dipolar, axial no, sendo o mais plausível o modelo do geodínamo, constru- D"!-1,2.0!1$ %$ !3,!0$ -,2.0!1>$ 1%#2%6+,Q!&%/+%$ FQ%1$ C="1!$ 8G:$ ído no contexto das equações da magnetohidrodinâmica. f!#,6!&%/+%>$!$%D"!d`.$F'G$-,E$D"%$.$6!&2.$&!=/5+,6.$2.-%$ 14 GAZETA DE MATEMÁTICA r166 ser escrito como combinação independente dos diferentes &.-.#$-%$#,&%+1,!>$<!6+.$-%&./#+1!-.$2.1$ "II,/#$7Y9: g#$!"+.1%#$-%$7'89$6./6%/+1!1!&$!$#"!$!/B0,#%$/!$-,/O&,6!$ , vulgarmente designa- das funções das por funções de amplitude, as quais só dependem da variável tempo. Com base em evidências experimentais observáveis, os !"+.1%#$-%$7'89$!##"&,1!&$D"%$.$6!&2.$-%$Q%6+.1%#$F%&$ ), -%C/,-.$2%0!#$<"/de%#$-%$!&20,+"-%>$5$%D",Q!1,!/+%$2%0!$!6ção dos elementos do grupo de Lie nas duas primei- Assuma-se a representação usual de ras coordenadas de e a de gerada pelas aplicações lineares: e Na teoria de campos de vectores simétricos, mostra-se que "&$6!&2.$-%$Q%6+.1%#$D"%$+%/?!$=1"2.$-%$#,&%+1,!#$U$%$D"%$ #%T!$"&$2.0,/@&,.$-%$=1!"$)$+%&$!$<.1&!a F8G onde $c%$ são constantes reais. Para um campo que não seja polinomial há termos de grau mais alto que não irão ser relevantes para a dinâmica. A admissão do grupo de sime+1,!#$ /!$ %D"!d`.$ F8G$ <!Q.1%6%$ !$ .6.11P/6,!$ -%$ 6,60.#$ %$ 1%-%#$ ?%+%1.60R/,6.#$/.$S"3.$!##.6,!-.$FN,%0-$7L9G$: 3. CICLOS E REDES HETEROCLÍNICOS [!1!$ D"%$ !$ %32.#,d`.$ CD"%$ 6.&20%+!>$ %320,6,+!h#%$ /%#+!$ #%6ção o conceito de rede heteroclínica em Uma descrição primorosa sobre redes heteroclínicas pode ser encontrada em N,%0-$7L9: Admita-se que $5$"&$6./T"/+.$,/Q!1,!/+%$2%0.$S"3.$ da equação diferencial . Associado ao con- 2 Várias evidências sugerem que a última reversão ocorreu há mais de 700.000 anos. Figura 2: (a) Modo axial dipolar Da; (b) Modo axial quadripolar Qa; (c) Modo equatorial dipolar De. 3 Diversas correntes de opinião defenderam a queda de um meteorito como o responsável pelas reversões do campo magnético da Terra. "63&-*"/0.*3"'&3/"/%&4r-5SBCVDIPEF$BNQPT 15 INTERMITÊNCIA HETEROCLÍNICA DO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRArAlexandre Rodrigues junto >$ -%C/%h#%$ .$ 6./T"/+.$ como sendo o conjunto onde começam as soluções cujas trajectórias dos pontos de se aproximam de quando o qual possui a estrutura de variedade e será designado por variedade estável associada a :$i/!0.=!&%/+%$#%$-%C/%$!$variedade instável de , denota, como sendo o conjunto dos pontos de da por onde começam as soluções cujas trajectórias se aproximam de e de para $7Q%1$%3%&20.$/!$C- heteroclínicos tal que, para qualquer par de selas na rede, existe uma sequência de soluções da equação a uni-las. A"&!$%#<%1!$-%$-,&%/#`.$)>$"&$2./+.$-%$%D",0RI1,.$ (do tenha valores próprios comple- tipo sela) para o qual xos não reais diz-se uma sela-foco$H$C="1!$)F-G:$k&$D"!0D"%1$ . quando para todo ="1!$)F6G9:$j&!$rede heteroclínica é uma união conexa de ciclos vizinhança de uma sela-foco ou de uma solução periódica Mais formalmente, denotando por d a métrica euclidiana não trivial, soluções próximas tendem a espiralar em torno , as variedades estável e instável associadas a são de- dela, razão pela qual estas selas vão ser designadas, daqui em por diante, por selas de rotação – mais detalhes poderão ser C/,-!#$2.1a %/6./+1!-.#$%&$789$%$%&$7'Y9: e 4. QUEBRA DE SIMETRIA g$S"3.$!##.6,!-.$l$%D"!d`.$F8G$2.##",$"&!$%#<%1!$+1,-,&%/sional de raio positivo R, denotada por Os casos mais interessantes dizem respeito a conjuntos tais que invariantes e , os quais irão ser designados por selas invariantes. O caso mais simples >$%$D"%$Q%1,C6!$!#$ seguintes condições: b$5$,/Q!1,!/+%$2%0.$S"3.$F+1!T%6+@1,!#$D"%$6.&%6%&$%&$ permanecem em ); de sela invariante é o de um ponto de equilíbrio como ilus- b$!+1!,$+.-!#$!#$+1!T%6+@1,!#$/`.$%#+!6,./B1,!#: +1!-.$/!$C="1!$)F!G: Para um conjunto grande4 de valores das constantes da Dadas duas selas e invariantes , se , dizemos que existe uma ligação heteroclínica para de , -,&c essa . No ligação caso de heteroclínica corresponde a uma união de curvas solução do sistema inicial que se aproximam de no passado e de no futu- %D"!d`.$ F8G$ %3,#+%>$ -%/+1.$ -%$ , uma rede heteroclínica as- simptoticamente estável associada a quatro selas-foco da 5 forma e uma solução periódica. As ligações he- teroclínicas que envolvem a solução periódica têm dimensão 8$%$!#$."+1!#$+P&$-,&%/#`.$': As ligações heteroclínicas que envolvem a solução periem quatro ciclos heteroclínicos distintos, 1.:$A!$C="1!$)FIG$5$-!-.$"&$%3%&20.$-%$"&!$0,=!d`.$?%+%h ódica separam roclínica bidimensional. constituindo barreiras impenetráveis à passagem de trajec- Um ciclo heteroclínico é dado pela união de um conjunto tórias, razão pela qual cada solução apenas se aproxima de C/,+.$ .1-%/!-.$ -%$ #%0!#$ ,/Q!1,!/+%#$ um e um só ciclo. Como se poderá ver mais adiante, com para o qual existe um ciclo de ligações heteroclínicas entre este modelo não se consegue explicar as reversões do campo elas, isto é, existe uma ligação heteroclínica de para , magnético. Na verdade, admitir como o Figura 3: (a) Ponto de equilíbrio tipo sela; (b) Ligação heteroclínica do ponto de equilíbrio P para a solução periódica c; (c) Ciclo heteroclínico associado a três pontos de equilíbrio (as selas estão ligadas de forma cíclica); (d) Sela-foco como uma sela de rotação. 16 GAZETA DE MATEMÁTICA r166 grupo de simetrias do modelo é uma abordagem irrealista -%$D"!0D"%1$#%D"P/6,!$-%$0,=!de%#$?%+%1.60R/,6!#:$A!$C="1!$L>$ do problema, porém absolutamente necessária para a análi- está representada a evolução das componentes #%$-!$=%.&%+1,!$-.$S"3.$-!$%D"!d`.$-,<%1%/6,!0: de uma trajectória com condição inicial perto da rede. Como i$#.0"d`.$%/6./+1!-!$%&$7'89$<.,$!$-%$D"%I1!1$todas as si- se pode observar, a componente de qualquer solução pode- &%+1,!#$ -!$ %D"!d`.$ -,<%1%/6,!0$ F8G>$ !-,6,./!/-.h0?%$ +%1&.#$ 1B$ &"-!1$ .$ #,/!0$ QB1,!#$ Q%E%#$ F2.-%/-.$ #%1$ "&!$ ,/C/,-!-%$ extra (com norma arbitrariamente pequena), os quais podem /"&$ +%&2.$ ,/C/,+.G:$ m%/-.$ %&$ 6./+!$ D"%$ $ 5$ .$ 6.%C6,%/+%$ ser explicados por heterogeneidades da convecção dos movi- do modo axial dipolar na equação (1), conclui-se daqui a exis- mentos no interior da Terra . tência de soluções do modelo que conduzem a mudanças da 6 [!1!$ .$ S"3.$ !##,&5+1,6.>$ =!1!/+%h#%$ !$ 2%1&!/P/6,!$ -%$ polaridade do campo magnético. , na qual existe uma rede hete- K.&$ .#$ 2!1O&%+1.#$ D"%$ .#$ !"+.1%#$ -%$ 7')9$ %$ 7'L9$ 6./#,-%- roclínica associada às mesmas selas do sistema não pertur- 1!1!&>$-!$!/B0,#%$-!#$#51,%#$+%&2.1!,#$-!$C="1!$L$%320,6!h#%$ I!-.:$m.-!#$!#$0,=!de%#$?%+%1.60R/,6!#$-%$F8G$6.&$-,&%/#`.$'$ geometricamente o porquê de o campo geomagnético ser es- &!/+P&h#%$&!#$!#$D"%$/.$S"3.$.1,=,/!0$+,/?!&$-,&%/#`.$8>$ sencialmente axial dipolar; note-se que para quase todas as genericamente passam a ser transversais. A transversalidade, trajectórias, o tempo que estas passam perto do equilíbrio conjugada com o facto das selas da rede serem de rotação, $ 5$ #,=/,C6!+,Q!&%/+%$ &%/.1$ -.$ D"%$ .$ D"%$ 2!##!$ uma cópia deformada de . Observando a equação (1), isto implica garante a existência de comutação heteroclínica perto da rede. perto de Este fenómeno, estudado por Aguiar et al 789>$5$6!1!6+%1,E!-.$ que genericamente o campo B é dominado pela parcela cor- pela existência de trajectórias que visitam as vizinhanças das respondente ao modo axial dipolar. #%0!#>$#%=",/-.$-%$2%1+.$D"!0D"%1$#%D"P/6,!$,/C/,+!$-%$0,=!- A duração das reversões é, em geral, bastante curta compa- ções heteroclínicas da rede por qualquer ordem pré-deter- rada com o tempo durante o qual o campo magnético mantém &,/!-!$H$!$21.Q!$2.-%$#%1$6./#"0+!-!$%&$\.-1,="%#$7')>$'L9: 4 Em termos de medida. 5. EXPLICAÇÃO ANALÍTICA DAS REVERSÕES 5 A existência de comutação heteroclínica perto da rede implica Soluções próximas da rede são atraídas para ela. 6 !$%3,#+P/6,!$-%$"&!$,/C/,-!-%$-%$#.0"de%#$-!$%D"!d`.$2%1+.$ O termo adicionado quebra todas as simetrias, mas mantém invariante o plano onde se encontram as ligações unidimensionais. Figura 4: (A) séries temporais da solução do sistema perturbado com condição inicial (−0.5000, 0.0116,−0.1623,−0.2781) onde µ1 = 0.3, µ2 = 0.2, µ3 = 0.3, A12 = A21 = −0.33333, A13 = A31 = −0.5, A23 = A32 = −0.16667, = 1, !1 = 0.12, !2 = 0.1 e !3 = 0.001; (B) projecção no plano (x2, x3) da trajectória cujas séries temporiais foram estudadas em (A); Legenda: (a) Reversão; (b) Excursão; (c) Modo Axial dipolar; (d) Pontos de equilíbrio; (e) Ligação heteroclínica de dimensão 1 entre os equilíbrios. INTERMITÊNCIA HETEROCLÍNICA DO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRArAlexandre Rodrigues 17 uma dada polaridade. Interessante de realçar é ainda o modo como este modelo sugere a mudança da geometria do campo geomagnético durante a reversão. Entre duas reversões, este modelo sugere que o campo magnético passa, de forma rápida, por uma simetria equatorial dipolar e, posteriormente, por uma axial quadripolar. Apesar de não estar bem compreendido e de ainda gerar muita controvérsia, é possível !C1&!1$D"%$%#+%$&.-%0.$5$6./#,#+%/+%$6.&$.$6.&2.1+!&%/+.$ observável do campo geomagnético. Da análise de redes heteroclínicas que envolvem selas de rotação e transversalidade de variedades invariantes levada !$6!I.$%&$7'9$%$789>$-%6.11%$!,/-!$!$%3,#+P/6,!$-%$"&!$ferradura suspensa perto da rede e, consequentemente, de comportamento caótico. É este dado que impossibilita qualquer tipo de previsões sobre a próxima reversão do campo magnético7. Figura 5: Construção da Ferradura de Smale. Na secção que se segue explicita-se, de um modo sucinto e sumário, o conceito de ferradura suspensa. Uma descrição elementar da transformação ferradura 2.-%$#%1$%/6./+1!-!$%&$;%Q!/%p$7)9$F#%6d`.$8:)G: 6. FERRADURA SUSPENSA Uma Ferradura Suspensa é o esparguete enovelado obtido li- A.#$,/R6,.#$-.$#56"0.$nn>$_:$[.,/6!15$<.,$.$21%6"1#.1$-!$m%- gando cada ponto à sua imagem por uma curva no espaço, a oria Qualitativa das Equações Diferenciais, dando origem a D"!0$6./+,/"!$!$+%1$!#$21.21,%-!-%#$F'GHF)G$!6,&!:$i$%3,#+P/6,!$ um novo campo de investigação na Matemática, o dos Siste- de uma Ferradura Suspensa implica que cada secção que lhe mas Dinâmicos. Meio século mais tarde, S. Smale, interessan- seja normal contém um conjunto compacto e invariante pelo do-se em estudar a Teoria de Poincaré, formaliza o primeiro S"3.>$.$D"!0$5$6!1!6+%1,E!-.$2.1$#%1$+.+!0&%/+%$-%#6./%3.$F!#$ sistema dinâmico com uma lei de evolução determinista mas componentes conexas reduzem-se a pontos) e por ser perfeito que é caótico, isto é: (todos os pontos são de acumulação). (1) tem sensibilidade relativamente às condições iniciais (condições iniciais vizinhas têm futuros distintos); 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS F8G$.#$2./+.#$2%1,@-,6.#$#`.$-%/#.#$-.$-.&R/,.$-!$<"/d`.o As reversões do campo geomagnético constituem um dos F)G$%3,#+%$"&!$+1!T%6+@1,!$D"%$5$-%/#!$/.$-.&R/,.$-!$<"/d`.: 2./+.#$ &!,#$ -%#!C!/+%#$ -.$ =%.&!=/%+,#&.$ %$ -!$ =%.<R#,6!:$ Apesar de o fenómeno das reversões estar pouco entendido, Construção.$;!-.$"&$D"!-1!-.$6.&.$.$-!$C="1!$*>$%#+,D"%- a sua ocorrência está bem evidenciada por rochas basálticas. h#%$!+5$C6!1$"&$0./=.$1%6+O/="0.$C/.>$-.I1%h#%$%&$<%11!-"1!$ Neste artigo, apresentou-se um modelo que é relevante para e coloque-se sobre o quadrado original. Itere-se este processo. o estudo das reversões e cuja prova analítica foi efectuada No segundo passo, obtém-se uma espécie de ferradura den- %&$\.-1,="%#$7')>$'L9:$A%#+%$&.-%0.>$!#$-"1!de%#$-.#$,/+%1Q!- tro da ferradura, com quatro dobras. Cada iteração duplica as los de tempo de polaridade constante e a curta duração das dobras existentes. No limite, obtém-se um tipo de curva in- reversões são consistentes com as da Terra. O modelo con- C/,+!&%/+%$6./+.16,-!:$k#6.0?%/-.$-.,#$2./+.#$21@3,&.#$/.$ segue ainda explicar o porquê do campo geomagnético ser D"!-1!-.$.1,=,/!0>$/`.$#%$2.-%1B$!C1&!1$1!2,-!&%/+%$./-%$ predominantemente axial dipolar. É interessante salientar %0%#$%#+!1`.$/.$C/!0$-.$21.6%##.a$%#+%#$C6!1`.$!<!#+!-.#$"&$ que a existência do grupo de simetrias no campo de vectores do outro devido à dobra e ao esticamento a que foram sujei- -%C/,-.$%&$F8G$5$"&!$?,2@+%#%$&",+.$<.1+%$%$,11%!0,#+!:$A.$%/- tos. Chama-se Ferradura de Smale a esta transformação topo- tanto, uma vez que o estudo directo do sistema perturbado é 0@=,6!$F-,<%.&.1C#&.G>$!$D"!0$<.1/%6%$"&!$I!#%$2!1!$!$6.&- intratável, a existência da simetria do campo não perturbado preensão das propriedades caóticas dos sistemas dinâmicos. foi essencial para o tratamento analítico do problema. Estu- 18 GAZETA DE MATEMÁTICA r166 dar os efeitos da quebra de simetria é, actualmente, uma linha .(/! ;$! \#EN: ! >[C6::W<4N:D=4#D5E! F4D:N5A4B! <LD5N#=! @4AC! CHAMADA DE CONTRIBUIÇÕES O PROJETO de investigação importante no ramo PARA dos sistemas dinâmicos.KLEIN :]35A#645E! =LNN:A6LZ! 5SSE4B5A4#D! A#! AC:! N52D:A4B! ^:E<=! #G! Este artigo é uma apresentação acessível dos trabalhos _65D3=! 5D<! ":SA3D:> ! Phys. Earth Planet. Interiors ! "#$! %,+ ! A Comissão Coordenadora do Projeto Klein em Língua Portuguesa D"%$\.-1,="%#$7')>$'L9$-%#%/Q.0Q%"$/.$#%"$21.T%6+.$-%$-."%+ !%,-W%++ !%((Ina convida pesquisadores e professores a submeterem contribuições forma de artigos Klein”, como descrito abaixo. As propostoramento sob a orientação de“pequenos Isabel Labouriau e Manuela tas devem ser enviadas em formato pdf para os coordenadores do Aguiar, na Faculdade de Ciências da Universidade do Por.%,/! 0$! V63S5 ! >;#93=A! C:A:6#BE4D4B! BLBE:=> ! J. Nonlin. Sci$! I ! projecto Klein: to.As simulações numéricas (séries temporais e projecções) %+()%IP !%((P YURIKO YAMAMOTO BALDIN ([email protected]) <.1!&$.I+,-!#$"#!/-.$.$21.=1!&!$;smggu$7J9:$i$,/Q%#+,=!MÁRIO JORGE DIAS CARNEIRO ([email protected]) ção levada a cabo peloaté autor, do2011. Centro de Matemá31 demembro Janeiro de .%%/!0$!Y6#BA#6 !>[C:!6#E:!#G!N:5D!B46B3E5A4#D!4D!S564AL!=:E:B- +,6!$-!$j/,Q%1#,-!-%$-.$[.1+.$FKVj[G>$+%Q%$!2.,.$C/!/6%,1.$ A4#D! 9L! SE5D:A56L! N52D:A4B! ^:E<=> ! Geophys. Astrophys. Fluid Os artigos ser indicados ao “Klein Project for !%(II da Fundação para a Ciência e aselecionados Tecnologia poderão (FCT), Portugal, Dynamics !& !'%%)'+* 8'#+$6%/+"1pq$-!$rKVrrVj$Fr/+%1/!+,./!0$K.&&,##,./$./$V!+?%&!- através dos programastics POCTI e POSI, com fundos nacionais Union), e também podeInstruction – International Mathematics servir de ponto defoi partida para directatrabalhos mais.%+/!;$!8$!0BYC:66#D extensos no âmbito !>?#E56![:66:=A645E!7D`3:DB:=!#D!ME4N5A:! e da União Europeia. rão A.A.P. Rodrigues apoiado doda Projecto Aos autores dos artigos serão pagos mente pela FCT através bolsa Klein. de doutoramento com refe-selecionados <364D2!Q:#N52D:A4B!;:K:6=5E=> !?:N4Da64#!<:!1=S:D !7D=A4direitos autorais no valor de 400 (quatrocentos) reais. 1P/6,!$sN\_^f;^8(X)Y^8MMY: Pequenos artigos Klein REFERÊNCIAS tute Geophysics and Planetary Physics University of Califor- D45 !+,%, m%3+.#$-%$8$!$L$2B=,/!#>$%&$2.1+"="P#>$D"%$!21%#%/+%&$+@2,6.#$1%0%- vantes da Matemática que se conectem a conhecimentos matemáticos!0$!;$!b$!Y6#BA#6!:!1$!0$!;3BFE4<2: !>1!C:7'9$V:$i=",!1>$s:$K!#+1.$%$r:$u!I."1,!">$v;p/!&,6#$/%!1$!$?%.%'/!7$!0:E9#36D: -%$/RQ%0$&5-,.$."$%320,D"%&$!20,6!de%#$&.-%1/!#$#,=/,C6!+,Q!#>$21.A:6#BE4D4B! N#<:E! #G! 2:#<LD5N#! 6:K:6=5E=! 5D<! :cB36=4#D=> ! porcionando aos professores uma visão do estado da arte da MatemáDynamo and Dynamics, a Mathematical Challenge (eds. P. Chostica. Os artigos devem atender às seguintes recomendações: +%1.60,/,6$/%+w.1]v>$Nonlinearity !"#$!%& !'(%)*%* !+,,- .+/!0$!123456 !7$!859#36453!:!1$!;#<6423:= !>?@4ABC4D2!D:56! =5A !J$!16N963=A:6!5D<!7$!dS6:5 !VE3@:6Z!J#6<6:BCA !'P')'I, ! 1. Motivar o assunto com um exemplo ou um problema estimulan5!C:A:6#BE4D4B!D:A@#6F!#G!6#A5A4D2!D#<:=> !Dynamical Systems: do ensino +,,% médio. te que seja do interesse para o professor 2. K?%=!1$!$!Q!/d.#$&!+%&B+,6.#$1%6%/+%#$F-.$#56"0.$nn>$#%$2.#an International Journal !H#E$!+!7==3:!% !I-)(- !+,%, sível). .%*/!1$!;#<6423:= !>Y:6=4=A:DA!?@4ABC4D2!D:56!AC:!\:A:6#BE4D4B! 3. Explicitar as ideias matemáticas envolvidas, mas evitando argu.'/!;$!J:K5D:L !>1D!7DA6#<3BA4#D!A#!MC5#A4B!JLD5N4B5E!?L=A:0#<:E!G#6!AC:!Q:#<LD5N#!Y6#9E:N> !=39N:A4<# !+,%% mentos técnicos. N=> !+D<!:<$ !ABP- Westview !+,,' 4. Apontar a importância do tema .%-/! 1$! ;#<6423:= ! >\:A:6#BE4D4B! YC:D#N:D5> ! YC$J$! [C:=4= ! 5. Fornecer referências acessíveis, por exemplo, na internet, que .*/! 0$! O4:E< ! >8:BA36:=! #D! 94G36B5A4#D= ! <LD5N4B=! 5D<! =LNO5B3E<5<:!<:!M4eDB45= !_D4K:6=4<5<:!<#!Y#6A# !+,%% 2%1&,+!&$!21.<"/-!1$!$1%S%3`.$&!+%&B+,6!$."$I"#6!1$!20,6!de%#$ no ensino da Matemática. N:A6L> !Pitman Research Notes in Mathematics Series !H#E$!'-P ! 8#D2N5D !%((P .%P/!1$!;#<6423:= !7$!859#36453!:!0$!123456 !>MC5#A4B!J#39E:! Alguns exemplos, em inglês, podem ser encontrados no sítios: MLBE4D2> !Dynamical Systems: an International Journal !H#E$!+P ! Wikis.zum.de/dmuw/index.php/Heron_Triangles_and_Elliptic_Curves .-/!0$!7$!Q#E394A=FL !7$!?A:@56A!:!J$!Q$!?BC5:R:6 Singularities 7==3:!+ !%(()+'' !+,%%! Wikis.zum.de/dmuw/index.php/Calculators%2C_Power_Series_and_Che- and Groups in Bifurcation Theory !H#E$!77 !?S64D2:6 !+,,, byshev_Polynomials 7 Em [11], há a referência de que o decaimento linear que se está a obserWikis.zum.de/dmuw/images/f/f8/Google_klein_2.pdf var pode ser interpretado como o início de uma reversão; segundo mé.P/!J$!Q3994D= !M$!T569:6 !?$!Q499#D=L!:!U$!U$!8#K: !>V4D:N5A4B! todos estatísticos, designadamente regressão linear, a mesma referência aponta que a reversão ocorrerá no ano 4000. <LD5N#!5BA4#D!4D!5!=SC:6:!77!W!?LNN:A6L!=:E:BA4#D> !Proc. R. Projecto Klein em Língua Portuguesa Soc. Lond. A,!"#$!*-P !%''')%'-' !+,,, O AUTOR O projecto Klein em Língua Portuguesa é um projetoSOBRE de ensino e pes pesD",#!$%&$2!16%1,!$-!$sfV$6.&$!$sfkV>$sf_V!+>$sfViK$%$gfVk[:$ ]34=5!:N!S56B:645!<5!?T0!B#N!5!?Tb0 !?T\05A !?T01M!:!dT0bY$! Alexandre Rodrigues é licenciado em Matemática - Ramo Educacional g$21.T%+.$5$"&!$6./+1,I",d`.$-.$f1!#,0$!.$tW0%,/$[1.T%6+$<.1$8'#+$6%/d!S6#f:A#!g!3N5!B#DA64934hi#!<#!T65=4E!5#!jVE:4D!Y6#f:BA!G#6!+%=A!B:D.I/!U$!Q3BF:DC:4N:6 !0$!;$!0L:6= !O$!U$!X4BFE4D !Y$!1$!X#EG#6F ! (2003) e Mestre em Matemática - Fundamentos e Aplicações (2006) pela tury” da ICMI-IMU. informações poderão serFaculdade obtidas de noCiências sítio da Universidade do Porto, com especialização em sis>J=A##EZ! 1! JLD5N4B5E! ?L=A:N! [##EF4A! Outras @4AC! 5D! 7DA:65BA4K:! www.sbm.org.br, clicando em Projeto Klein em Língua Portuguesa. temas dinâmicos. Obteve em 2012 o grau de Doutor (PhD) em Matemática Q65SC4B5E! 7DA:6G5B:>! ;:G:6:DB:! 05D35E ! M:DA:6! G#6! 1SSE4:<! g$.IT%6+,Q.$6%/+1!0$-.$tW0%,/$[1.T%6+$<.1$+?%$8'#+$K%/+"1pq$ d!#9f:BA4K#!B:DA65E!<#!jVE:4D!Y6#f:BA!G#6!AC:!+%=A!M:DA36Lk! pela Universidade do Porto com a tese "Heteroclinic Phenomena". Faz investigação em Teoria E produzir um livro, preparado em mais de 10 línguas, direcionado a Qualitativa das Equações Diferenciais. Actualmente é Mathematics, Cornell University, 1995 docente destacado na Escola Secundária de Arouca, continuando ligado ao 21.<%##.1%#$-.$k/#,/.$V5-,.$2!1!$6.&"/,6!1h0?%#$.$<Z0%=.$%$!$Q,+!0,S6#G:==#6:=!<#!bD=4D#!0g<4#!S565!B#N3D4B56WEC:=!#!GlE:2#!:!5!K4A5E4Centro de cirricuMatemática da Universidade do Porto. dade da pesquisa em matemática conectando-os ao conteúdo .&/!0$!X$!\46=BC !M$!M$!Y32C!:!0$!?C39 !Invariant Manifolds,!:N!A#6D#!<:!',,!Sa24D5= ! 0!1$-!$%#6.0!$%&$/RQ%0$#%6"/-B1,.:$g$0,Q1.>$%&$+.1/.$-%$)MM$2B=,/!#>$ E56!<5!:=B#E5!:N!DmK:E!=:B3D<a64#$!d!E4K6# conterá!-&' “pequenos artigos” escritos Lecture Notes in Mathematics !?S64D2:6WH:6E52 !%(II de modo a inspirar professores em apresentar aos alunos uma perspectiva mais informada do campo cada vez mais interconectado e crescente da Matemática no mundo actual. O livro terá ainda suporte de redes, textos impressos e DVDs. Para mais informações, vejaHETEROCLÍNICA o sítio www.kleinproject.org INTERMITÊNCIA DO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRArAlexandre Rodrigues 19