AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. Demonstrações contábeis 31 de dezembro de 2010 e 2009 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 Índice Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações contábeis ............................1 Demonstrações contábeis auditadas Balanços patrimoniais ............................................................................................................3 Demonstrações do resultado...................................................................................................5 Demonstrações das mutações do patrimônio líquido .............................................................6 Demonstrações dos fluxos de caixa........................................................................................7 Demonstrações do valor adicionado.......................................................................................8 Notas explicativas às demonstrações contábeis .....................................................................9 Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Aos Conselheiros e Diretores da AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. Porto Alegre - RS Examinamos as demonstrações financeiras individuais da AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. (“Companhia”) que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB, e de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. 1 Opinião sobre as demonstrações financeiras Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A., em 31 de dezembro de 2010, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB e as práticas contábeis adotadas no Brasil. Ênfase Conforme mencionado na nota explicativa n° 34.1 às demonstrações financeiras, em 31 de dezembro de 2010 a Companhia registra, no ativo circulante, valores a receber no montante de R$28.979 mil (R$26.931 mil em 2009) e, no passivo circulante valores a pagar no montante de R$211.207 mil (R$172.874 mil em 2009), relativos às transações de compra e venda de energia realizadas no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. Esses valores foram originalmente registrados durante o exercício de 2000 e posteriormente ajustados, nos exercícios de 2002 e 2003, com base em informações e cálculos preparados e divulgados pela CCEE, e podem estar sujeitos a modificações dependendo de decisão dos processos judiciais em andamento movidos por empresas do setor, relativos, em sua maioria, à interpretação das regras do mercado em vigor para aquele período. Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado Examinamos, também, as demonstrações do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Porto Alegre, 25 de fevereiro de 2011. ERNST & YOUNG Auditores Independentes S.S. CRC-2 SP15.199/O-6/F/RS Marcos Antonio Quintanilha Contador CRC-1SP132.776/O-3-T-SC-S-RS Tatiana de Vargas Leal Harsteln Contador CRC-RS082.405/O-6 2 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 e 1º de janeiro de 2009 (Valores expressos em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa Investimentos de curto prazo Consumidores, concessionárias e permissionárias Provisão para créditos de liquidação duvidosa Imposto de renda e contribuição social compensáveis Outros tributos compensáveis Devedores diversos Outros créditos Almoxarifado Despesas pagas antecipadamente TOTAL ATIVO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE Consumidores, concessionárias e permissionárias Provisão para créditos de liquidação duvidosa Outros tributos compensáveis Tributos e contribuições sociais diferidos Cauções e depósitos vinculados Outros créditos Ativo financeiro de concessão Investimentos Imobilizado Intangível TOTAL ATIVO NÃO CIRCULANTE 31.12.2010 Notas 5 5 6 6 8 6 6 7 17 8 9 10 11 TOTAL DO ATIVO 3 31.12.2009 01.01.2009 Reapresentado Reapresentado 22.933 111.867 306.757 (55.992) 4.962 1.184 9.138 48.951 6.734 1.429 457.963 8.748 90.849 321.702 (50.529) 3.265 2.318 2.836 34.820 3.380 982 418.371 17.109 55.993 305.962 (45.710) 1.781 1.872 1.618 45.865 2.085 6.407 392.982 134.853 (122.126) 2.918 308.490 19.645 17.626 112.439 650 8.200 1.489.396 1.972.091 138.024 (126.063) 339 200.883 17.029 16.316 74.327 1.295 5.928 1.396.859 1.724.937 133.975 (120.598) 3.153 189.778 35.452 17.520 57.260 1.350 24.942 1.396.241 1.739.073 2.430.054 2.143.308 2.132.055 PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Imposto de renda e contribuição social a pagar Outros tributos a pagar Empréstimos e financiamentos Encargos de dívidas Custos a amortizar Subvenções governamentais Encargos tarifários e do consumidor a recolher Provisões para litígios e contingências Obrigações estimadas Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética Outras obrigações TOTAL PASSIVO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos Custos a amortizar Subvenções governamentais Outros tributos a pagar Provisões para litígios e contingências Dividendos declarados Encargos tarifários e do consumidor a recolher Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética Outras obrigações TOTAL PASSIVO NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social Reserva de capital Reserva legal Reserva de lucro Ações em tesouraria Lucros (prejuízos) acumulados Outros resultados abrangentes Proposta de distribuição de dividendos adicional TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO 31.12.2010 Notas 12 31.12.2009 01.01.2009 Reapresentado Reapresentado 422.396 45.576 24.806 17.032 (2.211) 991 19.286 44.250 18.305 21.078 69.629 681.138 327.858 2.265 47.001 82.172 289 (3.934) 280 11.506 34.412 14.564 22.957 52.228 591.598 330.416 4.867 49.923 97.550 584 (3.738) 20.238 46.238 11.038 35.301 55.116 647.533 14 14 15 13 17 22 18 19 20 631.857 (14.969) 7.633 2.115 31.059 281.044 5.052 2.375 373 946.539 622.535 (12.694) 1.063 11.903 42.603 112.702 2.390 6.483 786.985 715.722 (16.628) 45.168 72.577 75.423 892.262 21 21 21 21 433.236 5.360 23.714 172.796 (8.056) 5.812 169.515 802.377 433.236 5.215 13.746 172.796 (8.056) (679) 148.467 764.725 433.236 5.029 3.970 172.796 (8.056) (14.715) 592.260 13 14 14 14 15 18 17 19 20 21 2.430.054 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 4 2.143.308 2.132.055 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais) Notas 31.12.2010 31.12.2009 Reapresentado RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 24 1.866.037 1.628.511 CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA Custo com Energia Elétrica 25 e 26 25 Custo com energia elétrica comprada de terceiros Encargos do uso do sistema de transmissão e distribuição (842.519) (242.924) (714.603) (219.286) (36.377) (6.167) (67.532) (113.815) (247.534) (1.950) (1.558.818) (28.433) (6.176) (74.978) (99.311) (138.250) (12.290) (1.293.327) 27 27 27 (39.574) (73.249) (21.737) (134.560) (1.693.378) 172.659 (25.927) (70.525) (9.235) (105.687) (1.399.014) 229.497 RECEITA (DESPESA) FINANCEIRA Receita Despesa Variações monetárias/cambiais - líquidas 28 28 28 LUCRO ANTES DOS TRIBUTOS Contribuição Social Provisão para Imposto de Renda Contribuição Social Diferida Imposto de Renda Diferido 29 29 29 29 62.330 (134.390) 18.103 (53.957) 118.702 (8.799) (21.496) 29.369 81.582 80.656 199.358 47.503 (113.355) 30.933 (34.919) 194.578 (6.951) (16.629) 10.387 28.852 15.659 210.237 214.243 65.055 0,70 0,75 214.243 65.055 0,74 0,79 Custo de Operação Pessoal Material Serviços de Terceiros Depreciação e amortização Custo de construção Outras DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com vendas Despesas gerais e administrativas Outras despesas operacionais CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS RESULTADO DO SERVIÇO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Quantidade ações ON Quantidade ações PN Resultado por ação ON Resultado por ação PN 23 23 23 23 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 5 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais) Reserva de capital Capital social Ágio na emissão Notas Saldo em 1º de Janeiro de 2009 (Reapresentado) Lucro líquido do exercício Total do resultado abrangente Constituição de reserva legal Dividendos propostos Dividendos adicional proposto - excedente ao mínimo obrigatório Remuneração com base em ações Atualização do ativo financeiro de concessão Imposto de renda e contribuição social sobre atualização do ativo financeiro de concessão Saldo em 31 de Dezembro de 2009 (Reapresentado) Lucro líquido do exercício Total do resultado abrangente Constituição de reserva legal Aprovação dos dividendos adicionais propostos 2009 Dividendos propostos Dividendos adicional proposto - excedente ao mínimo obrigatório Remuneração com base em ações Atualização do ativo financeiro de concessão Imposto de renda e contribuição social sobre atualização do ativo financeiro de concessão Saldo em 31 de Dezembro de 2010 433.236 22 22 22 21.c.i 21 21 21 2.475 Opções de ações outorgadas 1.465 Ações em Tesouraria (8.056) - - - - - - - - 186 - - - Reserva Legal 3.970 9.776 - Especial para dividendo obrigatório não distribuído Ajustes de avaliação patrimonial - (14.715) 592.260 - - - (1.029) 210.237 210.237 (9.776) (37.279) (148.467) - 210.237 210.237 (37.279) 186 (1.029) 210.237 210.237 (1.029) - - - 1.651 (8.056) 13.746 - - - - - - - - - - - - - 9.968 - - - - - 145 - - - - 9.835 - (3.344) - - - - - 2.475 1.796 (8.056) 23.714 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 6 Demonstração dos resultados abrangentes - - 1.089 Total do Patrimônio Líquido - 2.475 - Lucros (Prejuízos) Acumulados - - 433.236 Proposta de distribuição de dividendos adicionais 172.796 1.089 433.236 22 22 22 22 21.c.i 21 1.089 Remuneração de bens e direitos Outros resultados abrangentes Reserva de Lucros 172.796 172.796 350 (679) 5.812 148.467 148.467 (148.467) 169.515 169.515 - 350 350 - 764.725 209.558 199.358 199.358 (148.467) (19.875) 145 9.835 199.358 199.358 9.835 199.358 199.358 (9.968) (19.875) (169.515) - (3.344) 802.377 (3.344) 415.407 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais) 31.12.2010 Atividades operacionais: 31.12.2009 Reapresentado Lucro líquido do exercício Provisão para créditos de liquidação duvidosa Depreciação e amortização Despesa de juros Tributos e contribuições sociais diferidos Baixa de bens do ativo imobilizado Variação monetária/cambial Ações e opções de ações outorgadas Receita aplicação financeira em investimento curto prazo Variações nas contas do ativo circulante e não circulante: Consumidores e revendedores Almoxarifado Devedores Diversos Despesas pagas antecipadamente Imposto de renda e contribuição social Outros tributos compensáveis Outros Créditos Cauções e depósitos vinculados Variações nas contas do passivo circulante e não circulante: Fornecedores Obrigações estimadas Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética Imposto de renda e contribuição social Outros tributos e contribuições sociais Outras obrigações Provisões para Litígios e Contingências Encargos Tarifários e do Consumidor a Recolher Total das atividades operacionais Atividades de investimentos: Aquisições do ativo imobilizado e intangível Consumidores Participação Financeira Aplicações em ivestimento de curto prazo Resgate de investimento de curto prazo Total das atividades de investimentos Atividades de financiamento: Pagamento de empréstimos Ingresso de novos empréstimos Total das atividades de financiamento Variação no caixa líquido da Companhia: Saldo no início do período Saldo no final do período 199.358 1.526 119.005 66.520 (102.275) 19.960 (15.934) 145 (15.360) 210.237 10.284 104.295 91.011 (39.239) 16.126 (12.710) 186 (8.541) 18.116 (3.354) (4.605) (447) (1.499) 1.134 (10.852) (2.616) (19.789) (1.295) (1.218) 5.425 1.330 (446) 43.964 18.423 94.538 5.906 (5.987) (1.031) (12.447) 17.774 (1.706) 10.442 376.311 (2.558) 9.387 (5.861) (57.038) (2.922) (1.715) (27.355) (6.683) 323.298 (268.391) 22.593 (1.401.337) 1.381.307 (265.828) (122.762) 3.237 (1.283.765) 1.257.449 (145.841) (112.306) 16.008 (96.298) (201.266) 15.448 (185.818) 14.185 8.748 22.933 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 7 (8.361) 17.109 8.748 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais) 31.12.2010 1. RECEITAS Receitas bruta de vendas de energia e serviços Fornecimento de energia elétrica Residencial Comercial Industrial Rural Iluminação pública Serviço público Poder público Remuneração do ativo financeiro Outros Transferência para atividade de distribuição Suprimento de energia elétrica (energia no curto prazo) Disponibilização do sistema de transmissão e distribuição Outras receitas operacionais (Provisão) Reversão para créditos de liquidação duvidosa Outras Receitas (Despesas) Receita relativa à construção de ativos próprios 2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS Materiais Outros custos operacionais Custo da energia comprada e transmissão Serviços de terceiros Custo de ativos próprios 3. RETENÇÕES Depreciação e amortização 4. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE 5. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA Receitas financeiras 6. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 7. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Empregados Salários e encargos Honorários da diretoria Provisões e outros Tributos Federais Cofins Pis INSS Outros (IR, CSLL e CPMF) Estaduais ICMS Outros Municipais IPTU Encargos regulamentares da concessão RGR - Reserva global de reversão CCC - Conta de consumo de combustíveis CDE - Conta de desenvolvimento energético P&D, Eficiência, FNDCT e EPE Outros Financiadores Juros Aluguéis Lucros do Exercício (Retido) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 8 31.12.2009 2.824.909 2.573.888 1.029.266 868.985 764.205 450.175 193.491 77.786 46.704 66.081 7.087 (2.496) (1.442.752) 9.038 1.478.845 56.739 (5.995) 9.482 247.534 1.488.904 8.631 33.225 1.085.443 114.071 247.534 119.005 119.005 1.217.000 135.146 135.146 1.352.146 Reapresentado 2.486.658 2.358.419 1.111.067 786.765 693.930 411.742 176.043 69.676 45.063 63.593 4.993 23.060 (1.163.798) 8.721 1.192.680 45.951 (15.326) 5.315 138.250 1.212.816 7.407 25.900 933.889 107.370 138.250 104.295 104.295 1.169.547 97.696 97.696 1.267.243 68.356 55.704 254 12.398 893.821 173.473 196.555 42.701 14.537 (80.320) 511.891 511.450 441 242 242 208.215 14.797 97.177 73.902 12.473 9.866 190.611 189.101 1.510 199.358 1.352.146 55.176 45.584 77 9.515 867.859 226.026 190.059 39.909 11.121 (15.063) 469.715 469.387 328 187 187 171.931 20.992 61.006 70.677 15.109 4.147 133.971 132.615 1.356 210.237 1.267.243 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 1. Informações gerais A AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. (“Companhia”) é uma companhia de capital aberto, de direito privado, controlada diretamente pela AES Guaíba II Empreendimentos Ltda. e indiretamente pela AES Corporation (“AES Corp.” sediada nos Estados Unidos), autorizada a operar como concessionária do Serviço Público de Energia Elétrica, com o objetivo de realizar estudos, projetos, construção e operação de usinas produtoras e de linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica e desenvolver atividades associadas à prestação de serviços de energia elétrica para 118 municípios do Estado do Rio Grande do Sul e tem suas atividades regulamentadas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. A sede da Companhia está localizada na Rua Dona Laura, 320 – 14º andar, em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul. A Companhia, conforme mencionado na nota nº 24 faturou 7.802 GWh no exercício de 2010 e 7.277 GWh no exercício de 2009, atendendo a aproximadamente 1,2 milhões de clientes em dezembro de 2010 (informações não auditadas). O Contrato de Concessão de Distribuição de Energia Elétrica n° 12/97, assinado em 06 de novembro de 1997, tem prazo de duração de 30 anos. A Companhia através do termo de compromisso realizado com o Ministério de Minas e Energia e o Estado do Rio Grande do Sul aderiu ao Programa Nacional de Universalização do acesso e uso de energia elétrica “Luz para Todos”, instituído pelo Decreto n° 4.873 de 11 de novembro de 2003 (nota nº 34.3). 2. Base de Preparação e Apresentação das Demonstrações Contábeis A Administração da Companhia autorizou a conclusão da elaboração das demonstrações contábeis em 25 de fevereiro de 2011. 2.1. Declaração de Conformidade As demonstrações contábeis da Companhia para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e 1º de janeiro de 2009, compreendem as demonstrações financeiras preparadas de acordo com as normas internacionais de contabilidade emitidas pela International Accounting Standards Board (IASB) e as práticas contábeis adotadas no Brasil. 9 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM e pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC e normas complementares emitidas pela CVM. A Companhia adotou os pronunciamentos, interpretações e orientações emitidos pelo CPC, pelo IASB, as normas complementares emitidas pela CVM e por outros órgãos reguladores, que estavam em vigor em 31 de dezembro de 2010. 2.2. Base de apresentação As Demonstrações Contábeis referentes ao exercício findo de 31 de dezembro de 2009 e o balanço patrimonial levantado em 1º. de janeiro de 2009, originalmente preparadas de acordo com as práticas contábeis brasileiras vigentes naquela data, estão sendo reapresentadas com os ajustes necessários para estarem em acordo com as normas internacionais de contabilidade, e práticas contábeis adotadas no Brasil atualmente vigentes, de forma a permitir sua comparabilidade com as Demonstrações Contábeis de 31 de dezembro de 2010. As demonstrações dos resultados, dos fluxos de caixa e dos valores adicionados referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009 foram reapresentadas em determinadas rubricas em relação às informações originalmente divulgadas, com o intuito de propiciar a comparabilidade em relação às demonstrações do resultado, dos fluxos de caixa e dos e dos valores adicionados do exercício findo em 31 de dezembro de 2010 em função da alteração da forma de apresentação da demonstração de resultado a partir do final do exercício de 2009. A reconciliação do patrimônio líquido, do resultado e dos fluxos de caixa, bem como a descrição dos efeitos da transição das práticas contábeis brasileiras anteriormente adotadas no Brasil para as normas internacionais de contabilidade estão demonstradas na nota nº 4. Em função do ofício de encerramento da ANEEL de 2010, o qual definiu uma nova classificação para se registrar o subsídio baixa renda, a Companhia efetuou a reclassificação dos valores divulgados relacionados a esse item em 31 de dezembro de 2009, da rubrica de Fornecimento de energia elétrica para a rubrica de Outras receitas operacionais. 10 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Todos os valores apresentados nestas demonstrações contábeis estão expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outro modo. Devido aos arredondamentos, os números apresentados ao longo deste documento podem não perfazerem precisamente aos totais apresentados. Os dados não financeiros incluídos nestas demonstrações contábeis, tais como o número de consumidores, volumes de energia elétrica negociados, entre outros, não foram auditados. 2.3. Moeda Funcional e conversão de saldos e transações em moeda estrangeira 2.3.1. Moeda funcional e de apresentação As demonstrações contábeis foram preparadas e apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional e de apresentação da Companhia. A moeda funcional foi determinada em função do ambiente econômico primário de suas operações. 2.3.2. Transações e saldos As transações em moeda estrangeira, isto é, todas aquelas que não foram realizadas na moeda funcional da entidade, foram convertidas pela taxa de câmbio na data em que as transações foram realizadas. Ativos e passivos monetários em moeda estrangeira são convertidos para a moeda funcional da entidade pela taxa de câmbio na data-base das Demonstrações Contábeis. Itens não monetários em moeda estrangeira reconhecidos pelo seu valor justo são convertidos pela taxa de câmbio vigente na data em que o valor justo foi determinado. Os ganhos ou perdas de variações dos ativos e passivos monetários são reconhecidos no resultado do exercício, exceto os de eventuais empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira relacionados a ativos em construção qualificáveis de acordo com o CPC 20 (IAS 23), os quais são inclusos no custo desses ativos. Ativos em construção qualificáveis são ativos que, necessariamente, demandam um período de tempo substancial para serem colocados em condições de uso ou de venda. 11 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 3. Sumário das Práticas Contábeis 3.1 Ativos financeiros – reconhecimento inicial e mensuração subsequente Ativos financeiros são quaisquer ativos que sejam: caixa e equivalentes de caixa, instrumento patrimonial de outra entidade, incluindo os investimentos de curto prazo, direito contratual, ou um contrato que pode ser liquidado através de títulos patrimoniais da própria entidade. Os ativos financeiros são classificados dentro das seguintes categorias: ativo financeiro mensurado ao valor justo por meio do resultado; investimentos mantidos até o vencimento, ativos financeiros disponíveis para venda e empréstimos e recebíveis. Esta classificação depende da natureza e do propósito do ativo financeiro, a qual é determinada no seu reconhecimento inicial. Os instrumentos financeiros da Companhia são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo acrescido dos custos diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão, exceto os instrumentos financeiros classificados na categoria de instrumentos avaliados ao valor justo por meio do resultado, para os quais os custos são registrados no resultado do exercício. Os ativos financeiros a valor justo por meio do resultado são classificados como mantidos para negociação se forem adquiridos com o objetivo de venda no curto prazo e são apresentados no balanço patrimonial ao valor justo com os correspondentes ganhos ou perdas reconhecidas na demonstração do resultado. A Companhia avalia seus ativos financeiros a valor justo por meio do resultado, pois pretende negociá-los num curto espaço de tempo, exceção feita aos ativos financeiros de concessão, os quais são classificados no ativo não circulante. 3.1.1. Caixa e equivalente de caixa e investimentos de curto prazo Incluem caixa, contas bancárias e investimentos de curto prazo com liquidez imediata e com risco insignificante de variação no seu valor de mercado. As disponibilidades estão demonstradas pelo custo acrescido dos juros auferidos, por não apresentarem diferença significativa em relação ao seu valor de mercado. 12 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Os investimentos de curto prazo estão classificados como disponíveis para venda e são mensuradas pelo seu valor justo por meio do resultado. Os juros, correção monetária e variação cambial, contratados nas aplicações financeiras, quando aplicável, são reconhecidos no resultado quando incorridos. As variações decorrentes de alterações no valor justo dessas aplicações financeiras são reconhecidas em conta específica do patrimônio líquido, quando incorridas. Eventuais provisões para redução ao provável valor de recuperação são registradas no resultado. Os ganhos e perdas registrados no patrimônio líquido são transferidos para o resultado do exercício no momento em que essas aplicações são realizadas em caixa ou quando há evidência de perda na sua realização. Os investimentos que, na data de sua aquisição, têm prazo de vencimento igual ou menor que três meses são registrados como equivalentes de caixa. Aqueles investimentos com vencimento superior a três meses na data de sua aquisição são classificados na rubrica Investimentos de curto prazo. 3.1.2. Consumidores, concessionárias e permissionárias A Companhia classifica os saldos de consumidores, concessionárias e permissionárias e outras contas a receber, como instrumentos financeiros “recebíveis”. Os recebíveis são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo e são ajustados posteriormente pelas amortizações do principal, pelos juros calculados com base no método da taxa de juros efetiva (“custo amortizado”), por ajuste para redução ao seu provável valor de recuperação ou por créditos de liquidação duvidosa. Os saldos de contas a receber de consumidores, concessionárias e permissionárias incluem valores faturados e não faturados referentes aos serviços de distribuição de energia elétrica, incluem ainda o uso do sistema de distribuição por clientes livres e o desconto da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição TUSD, bem como o saldo de energia vendida no mercado de curto prazo Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. 3.1.3. Provisão para crédito de liquidação duvidosa - PCLD A provisão para créditos de liquidação duvidosa está constituída com base na estimativa das prováveis perdas que possam ocorrer na cobrança dos créditos e os saldos estão demonstrados no ativo circulante ou não circulante, de acordo com a classificação do título que as originaram. O critério utilizado atualmente pela Companhia para constituir a provisão para créditos de liquidação duvidosa é o seguinte: 13 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Consumidores a) classe residencial: consumidores com contas vencidas há mais de 90 dias; b) classe comercial: consumidores com contas vencidas há mais de 180 dias; c) classe industrial e rurais, poderes públicos, iluminação pública e serviços públicos e outros, com contas vencidas há mais de 360 dias. Serviços/Outros Créditos d) Faturas vencidas há mais de 360 dias. A provisão para créditos de liquidação duvidosa inclui também, análise individual de contas julgadas pela Administração de difícil recebimento. As baixas de créditos para perdas são efetuados após esgotadas todas as ações de cobrança administrativa e obedecem aos prazos e valores definidos na Lei nº 9.430/1996: faturas e créditos com valores de até R$ 5, vencidos há mais de 180 dias; valores de R$ 5 a R$ 30, vencidos há mais de 360 dias; valores superiores a R$ 30, vencidos há mais de 360 dias desde que tomadas e mantidas medidas judiciais de cobranças. Os acordos de parcelamento dos Termo de Confissão de Dívida - TCD – inadimplentes referentes ao Poder Público, são provisionados pelo seu valor total, independentemente de existirem parcelas cujos valores ainda não estejam vencidos, regra essa válida para PCLD. Os recebimentos de créditos que foram baixados das contas a receber originais, por terem se enquadrado nos parâmetros de perdas, são registrados à crédito na rubrica de Despesas com vendas. 14 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Os saldos desta rubrica estão sendo complementarmente apresentados na nota explicativa correspondentes às contas do Ativo que os originaram nota nºs 6. 3.1.4. Provisão para redução ao provável valor de recuperação de ativos financeiros Ativos financeiros são avaliados a cada data de balanço para identificação de eventual indicação de redução no valor de recuperação dos ativos (impairment). Os ativos são considerados irrecuperáveis quando existem evidências de que um ou mais eventos tenham ocorrido após o reconhecimento inicial do ativo financeiro e impactado o fluxo estimado de caixa futuro do investimento. 3.1.5. Baixa de ativos financeiros A Companhia baixa seus ativos financeiros quando expiram os direitos contratuais sobre o fluxo de caixa desse ativo financeiro, ou quando substancialmente todos os riscos e benefícios desse ativo financeiro são transferidos à outra entidade. Caso a Companhia mantiver substancialmente todos os riscos e benefícios de um ativo financeiro transferido, a Companhia mantém esse ativo financeiro registrado nas suas demonstrações contábeis e reconhece um passivo por eventuais montantes recebidos na transação. 3.2 Almoxarifado Está valorizado ao custo médio de aquisição ou produção. As provisões para itens obsoletos são constituídas quando consideradas necessárias pela Administração. Os materiais destinados às construções são classificados como intangível em curso. 3.3 Contrato de concessão Os ativos relacionados ao contrato de concessão estão segregados entre ativos financeiros e ativos intangíveis. 15 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) No momento da segregação dos ativos financeiros e intangíveis, a Administração da Companhia concluiu que era impraticável a aplicação da ICPC 01 (IFRIC 12) de forma retroativa. Esta conclusão está suportada pelo fato de a Companhia não possuir as informações necessárias para o reprocessamento dos saldos dos ativos vinculados a infra-estrutura do serviço público. Diante deste fato, a Administração da Companhia, por meio de Reunião do Conselho de Administração, aprovou a utilização dos saldos contábeis para efetuar a bifurcação dos saldos do ativo financeiro e do ativo intangível na data de transição para as Normas Internacionais de Contabilidade. A Companhia utilizou a base de remuneração regulatória (*) para apurar o saldo do ativo financeiro, sendo o intangível a diferença entre o saldo do ativo financeiro e o saldo contábil do imobilizado antes da bifurcação. Cabe ressaltar que não foram identificados saldos irrecuperáveis de ativos vinculados à concessão e também não foram gerados ganhos e perdas no momento da bifurcação do ativo vinculado à concessão. Os ativos classificados como financeiros representam a parcela estimada dos investimentos realizados e não amortizados até o final da concessão, sobre a qual a Companhia possui o direito incondicional de receber dinheiro ou outro ativo financeiro do Poder Concedente a título de indenização pela reversão da infraestrutura do serviço público. Os ativos financeiros relacionados ao contrato de concessão são classificados como disponíveis para venda e a remuneração financeira de tais ativos ocorre a cada período, por meio do chamado WACC regulatório (custo médio ponderado de capital), que consiste nos juros remuneratórios incluídos na tarifa cobrada dos clientes da Companhia. Os ativos financeiros foram classificados como disponível para venda, em função da Companhia ter utilizado a base de remuneração regulatória para apurar o saldo do ativo financeiro. Na classificação do ativo financeiro a Companhia levou em consideração que sua mensuração ocorre de um valor fixo, pois de acordo com as normas regulatórias está sujeito a ajustes periódicos a valor de mercado, concluindo que a classificação adequada é como disponível para venda. Este ativo financeiro também é atualizado pelo valor justo em contrapartida à rubrica de Outros resultados abrangentes – ajustes de avaliação patrimonial, no patrimônio líquido. A Companhia atualiza o valor justo desse ativo com base na variação do IGP-M. Na data da revisão tarifária da Companhia, que ocorre a cada cinco anos (próxima revisão prevista para 2013) o ativo financeiro poderá ser ajustado ao valor justo de acordo com a base de remuneração determinada ao valor novo de reposição pelos critérios tarifários. 16 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) (*) Base de remuneração regulatória: base de ativos definida de acordo com os critérios estabelecidos pela ANEEL e inclui todos os ativos que são necessários para realização dos serviços das concessionárias. Os ativos classificados como intangíveis representam o direito da Companhia de cobrar os consumidores pelo uso da infraestrutura do serviço público. Os ativos intangíveis foram mensurados pelo “método do valor residual” na data de transição para os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC. Esses ativos foram mensurados com base nas práticas contábeis anteriores a transição e eram mensurados com base nos mesmos critérios do ativo imobilizado descritos abaixo. As adições subseqüentes são reconhecidas inicialmente pelo valor justo na data de sua aquisição ou construção, o que inclui custos de empréstimos capitalizados. Após o seu reconhecimento inicial, os ativos intangíveis são amortizados de forma linear pelo prazo correspondente ao direito de cobrar os consumidores pelo uso do ativo da concessão que o gerou (vida útil regulatória dos ativos) ou pelo prazo do contrato de concessão, dos dois o menor. Os ativos da concessão são depreciados pelo método linear seguindo os critérios previstos na Resolução ANEEL nº 367, de 02 de junho de 2009. Atualmente, a taxa de depreciação dos ativos de concessão é de aproximadamente 4,7% ao ano. Com a adoção das Normas Internacionais de Contabilidade, a Companhia teve um impacto adicional de amortização no resultado de 2010 no montante de R$45, e de R$542 no resultado de 2009. Ganhos e perdas resultantes da baixa de um ativo intangível, quando existentes, são mensurados como a diferença entre o valor líquido obtido da venda e o valor contábil do ativo, sendo reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa do ativo. A Companhia agrega, mensalmente, ao custo de construção do ativo intangível de concessão em curso, os juros incorridos sobre empréstimos e financiamentos considerando os seguintes critérios para capitalização: (a) os juros são capitalizados durante a fase de construção do ativo intangível de concessão em curso até a data em que o ativo estiver disponível para utilização; (b) os juros são capitalizados considerando o custo dos empréstimos diretamente atribuíveis as obras; (c) os juros totais capitalizados mensalmente não excedem o valor do total das despesas mensais de juros; e (d) os juros capitalizados são amortizados considerando os mesmos critérios e vida útil determinados para o ativo intangível aos quais foram incorporados. 17 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 3.4 Imobilizado Os bens do ativo imobilizado são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo na data de sua aquisição ou construção. Após o seu reconhecimento inicial o ativo imobilizado é depreciado de forma linear, à exceção de terrenos que não são depreciados. A Companhia agrega, mensalmente, ao custo de construção do ativo imobilizado em curso, os juros incorridos sobre empréstimos e financiamentos considerando os seguintes critérios para capitalização: (a) os juros são capitalizados durante a fase de construção do ativo imobilizado, até a data em que o ativo estiver disponível para utilização; (b) os juros são capitalizados considerando o custo dos empréstimos atribuíveis diretamente as obras; (c) os juros totais capitalizados mensalmente não excedem o valor do total das despesas mensais de juros; e (d) os juros capitalizados são depreciados considerando os mesmos critérios e vida útil determinados para o ativo imobilizado ao qual foram incorporados. A depreciação é calculada pelo método linear, por categoria de bem, à taxa média anual de depreciação de aproximadamente 7% em 2010, e de 6% em 2009. O resultado na alienação é determinado pela diferença entre o valor da venda e o saldo contábil do ativo e é reconhecido no resultado do exercício. 3.5 Provisão para redução ao provável valor de realização dos ativos não circulantes ou de longa duração A Administração revisa, no mínimo, anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Não foram identificadas tais circunstâncias nos exercícios de 2008, 2009 e 2010. Em 31 de dezembro de 2010 e 2009, a Companhia não possuía ativos intangíveis com vida úteis indefinidas para os quais seriam requeridos testes de recuperação dos valores registrados. 18 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) O valor recuperável do ativo ou de determinada unidade geradora de caixa é definido como sendo o maior entre o valor de uso e o valor líquido de venda. O gerenciamento dos negócios da Companhia considera uma rede integrada de distribuição, compondo uma única unidade geradora de caixa. 3.6 Provisões Provisões são reconhecidas quando a Companhia possui uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um evento passado, cujo desembolso de caixa futuro seja considerado como provável e seu montante possa ser estimado de forma confiável. As despesas relativas a qualquer provisão são apresentadas na demonstração do resultado. O montante reconhecido como uma provisão é a melhor estimativa do valor requerido para liquidar a obrigação nas datas dos balanços, levando em conta os riscos e incertezas inerentes ao processo de estimativa do valor da obrigação. 3.6.1. Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas A Companhia é parte de diversos processo judiciais e administrativos. Provisões são constituídas para todas as contingências referentes a processos judiciais para os quais é provável que uma saída de recursos seja feita para liquidar a contingência/obrigação e uma estimativa razoável possa ser efetuada. A avaliação da probabilidade de perda por parte dos consultores legais da Companhia inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como, a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções físicas ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais. 3.7 Passivos financeiros – reconhecimento inicial e mensuração subsequente São quaisquer passivos que sejam obrigações contratuais (i) que determinem a entrega de caixa ou de outro ativo financeiro para outra entidade ou, ainda, (ii) que determinem uma troca de ativos ou passivos financeiros com outra entidade em condições desfavoráveis à Companhia. Passivos financeiros ainda incluem contratos que serão ou poderão ser liquidados com títulos patrimoniais da própria entidade. 19 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Os passivos financeiros são classificados dentro das seguintes categorias: passivo financeiro ao valor justo por meio do resultado; empréstimos e financiamentos, ou como derivativos classificados como instrumentos de hedge, conforme o caso. Esta classificação depende da natureza e do propósito do passivo financeiro, os quais são determinados no seu reconhecimento inicial. Os instrumentos financeiros da Companhia são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo e, no caso de empréstimos, financiamentos e debêntures, são deduzidos do custo da transação diretamente relacionado. A Companhia não apresentou nenhum passivo financeiro a valor justo por meio do resultado. Os empréstimos, financiamentos e debêntures não conversíveis são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo, líquidos dos custos de transação incorridos e são mensurados subsequentemente pelo método do custo amortizado através da utilização da taxa efetiva de juros. Os encargos financeiros são registrados como despesas financeiras, exceto pela parte apropriada ao custo das obras em andamento que é registrada no ativo intangível. 3.7.1 Liquidação de passivos financeiros A Companhia liquida os passivos financeiros somente quando as obrigações são extintas, ou seja, quando são liquidadas, canceladas pelo credor ou prescritas de acordo com disposições contratuais ou legislação vigente. Quando um passivo financeiro existente for substituído por outro do mesmo montante com termos substancialmente diferentes, ou os termos de um passivo existente forem significativamente alterados, essa substituição ou alteração é tratada como baixa do passivo original e reconhecimento de um novo passivo, sendo a diferença nos correspondentes valores contábeis reconhecida na demonstração do resultado. 3.8 Instrumentos financeiros – apresentação líquida Ativos e passivos financeiros são apresentados líquidos no balanço patrimonial se, e somente se, houver um direito legal corrente e executável de compensar os montantes reconhecidos e se houver a intenção de compensação, ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 20 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 3.9 Impostos sobre as vendas As receitas de vendas estão sujeitas aos seguintes impostos e contribuições, pelas seguintes alíquotas básicas: • Programa de Integração Social (PIS) – 1,65% para venda de energia elétrica e sobre serviços; • Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) - 7,65% para venda de energia elétrica e sobre serviços; • Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – as alíquotas incidentes sobre a venda de energia elétrica são conforme segue: Classe Residencial Baixa Renda Residencial Industrial Comercial Poder Público Comércio, Serviço e Serviço Público Iluminação pública Rural Alíquota 12% ou 25% 25% 17% 25% 25% 25% 20% 12% ou 25% Esses tributos são deduzidos das receitas de vendas, as quais estão apresentadas na demonstração de resultado pelo seu valor líquido. 3.10 Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos Imposto de renda e contribuição social corrente A tributação sobre o lucro compreende o imposto de renda e a contribuição social. A despesa de imposto de renda e contribuição social corrente é calculada de acordo com legislação tributária vigente. O imposto de renda é computado sobre o lucro tributável pela alíquota de 15%, acrescido do adicional de 10% para a parcela do lucro que exceder R$240 no período base para apuração do imposto, enquanto que a contribuição social é computada pela alíquota de 9% sobre o lucro tributável. O imposto de renda e a contribuição social correntes são reconhecidos pelo regime de competência. As antecipações ou valores passíveis de compensação são demonstrados no ativo circulante ou não circulante, de acordo com a previsão de sua realização. 21 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) A administração periodicamente avalia a posição fiscal das situações as quais a regulamentação fiscal requer interpretações e estabelece provisões quando apropriado. Imposto de renda e contribuição social diferidos Imposto diferido é gerado por diferenças temporárias na data do balanço entre as bases fiscais de ativos e passivos e seus valores contábeis. O valor contábil dos impostos diferidos ativos é revisado em cada data do balanço e baixado na extensão em que não é mais provável que lucros tributáveis estarão disponíveis para permitir que todo ou parte do ativo tributário diferido venha a ser utilizado. Impostos diferidos ativos baixados são revisados a cada data do balanço e são reconhecidos na extensão em que se torna provável que lucros tributáveis futuros permitirão que os ativos tributários diferidos sejam recuperados. Impostos diferidos ativos e passivos são mensurados à taxa de imposto que é esperada de ser aplicável no ano em que o ativo será realizado ou o passivo liquidado, com base nas taxas de imposto (e lei tributária) que foram promulgadas na data do balanço. Imposto diferido relacionado a itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido também é reconhecido no patrimônio líquido, e não na demonstração do resultado. Itens de imposto diferido são reconhecidos de acordo com a transação que originou o imposto diferido, no resultado abrangente ou diretamente no patrimônio líquido. Impostos diferidos ativos e passivos são apresentados líquidos se existe um direito legal ou contratual para compensar o ativo fiscal contra o passivo fiscal e os impostos diferidos são relacionados à mesma entidade tributada e sujeitos à mesma autoridade tributária. 3.11 Benefícios a empregados A Companhia patrocina planos de benefícios suplementares de aposentadoria e pensão para seus empregados, ex-empregados e respectivos beneficiários, com o objeto de suplementar os benefícios garantidos pelo sistema oficial da previdência social. 22 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) O plano de aposentadoria na modalidade benefício definido tem o custo da concessão dos benefícios determinados pelo Método da Unidade de Crédito Projetada, líquido dos ativos garantidores do plano, com base em avaliação atuarial realizada anualmente no final de cada exercício. A avaliação atuarial é elaborada com base em premissas e projeções de taxas de juros, inflação, aumentos dos benefícios, expectativa de vida, etc. Essas premissas e projeções são revisadas em bases anuais, ao final de cada período. O custeio dos benefícios concedidos pelo plano de benefício definido é estabelecido utilizando o método do crédito unitário projetado. Ganhos e perdas atuariais são reconhecidos como receita ou despesa quando os ganhos ou perdas atuariais acumulados líquidos não reconhecidos no final do período base anterior ultrapassarem 10% da obrigação por benefícios definidos ou o valor justo dos ativos do plano naquela data, dos dois o maior (método do corredor). Esses ganhos ou perdas são reconhecidos ao longo do tempo de serviço médio de trabalho remanescente esperado dos funcionários que participam do plano. Os custos de serviços passados são reconhecidos como despesa, de forma linear, ao longo do período médio até que o direito aos benefícios seja adquirido. Se o direito aos benefícios já tiver sido adquirido, custos de serviços passados são reconhecidos imediatamente após a introdução ou mudanças de um plano de aposentadoria. O ativo ou passivo de planos de benefício definido a ser reconhecido nas demonstrações financeiras corresponde ao valor presente da obrigação pelo benefício definido (utilizando uma taxa de desconto com base em títulos de longo prazo do Governo Federal), menos custos de serviços passados ainda não reconhecidos e menos o valor justo dos ativos do plano que serão usados para liquidar as obrigações. Os ativos do plano são mantidos por uma entidade fechada de previdência complementar. Os ativos do plano não estão disponíveis aos credores da Companhia e não podem ser pagos diretamente à Companhia. O valor justo se baseia em informações sobre preço de mercado e, no caso de títulos cotados, no preço de compra publicado. O valor de qualquer ativo de benefício definido reconhecido é limitado à soma de qualquer custo de serviço passado ainda não reconhecido e ao valor presente de qualquer benefício econômico disponível na forma de reduções nas contribuições patronais futuras do plano. 23 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 3.12 Outros ativos e passivos circulantes e não-circulantes Outros ativos estão demonstrados pelos valores de aquisição ou de realização, quando este último for menor, e outros passivos estão demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e atualizações monetárias incorridas. 3.13 Classificação dos ativos e passivos no circulante e não circulante Um ativo ou passivo deverá ser registrado como não circulante se o prazo remanescente do instrumento for maior do que 12 meses e não é esperado que a liquidação ocorra dentro do período de 12 meses subsequentes à data-base das demonstrações contábeis, caso contrário será registrado no circulante. 3.14 Ajuste a valor presente de ativos e passivos Os ativos e passivos monetários de longo prazo e os de curto prazo, quando o efeito é considerado relevante em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto, são ajustados pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente é calculado levando em consideração os fluxos de caixa contratuais e a taxa de juros explícita, e em certos casos implícita, dos respectivos ativos e passivos. Dessa forma, os juros embutidos nas receitas, despesas e custos associados a esses ativos e passivos são descontados com o intuito de reconhecêlos em conformidade com o regime de competência de exercícios. Posteriormente, esses juros são realocados nas linhas de despesas e receitas financeiras no resultado por meio da utilização do método da taxa efetiva de juros em relação aos fluxos de caixa contratuais. As taxas de juros implícitas aplicadas são determinadas com base em premissas e são consideradas estimativas contábeis. Nas datas das demonstrações contábeis da Companhia, não havia ajustes significativos derivados dos ajustes a valor presente. 24 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 3.15 Distribuição de dividendos A Companhia registra, em bases anuais, os dividendos mínimos obrigatórios como passivo, a menos que esse dividendo mínimo tenha sido efetivamente pago antes do final do exercício. Dividendos complementares ao mínimo obrigatório são registrados como passivo na data em que seu pagamento for aprovado em Assembléia de Acionistas ou por outro órgão competente da Administração da Companhia e de suas controladas. Dividendos propostos pela Administração da Companhia, em acordo com a Lei das S.A., são divulgados nas notas explicativas. Por força das restrições contidas no Despacho n° 1.580 da ANEEL (retenção de dividendos do acionista controlador) e Cláusulas do Contrato de Penhor de Ações, firmado em conjunto com a emissão das Cédulas de Crédito Bancário, a Companhia não poderá, temporariamente, distribuir os dividendos em favor do acionista controlador até que sejam liquidadas suas obrigações regulatórias. 3.16 Pagamentos baseados em ações A AES Corp., mantém plano de remuneração a colaboradores próprios e de suas controladas, diretas e indiretas, relacionado com a outorga de instumentos patrimoniais. A concessão desses instrumentos patrimoniais ocorre quando determinadas condições pre-estabelecidas são atingidas. As ações ou opções de ações concedidas pela AES Corp. são registradas na Companhia ao valor justo do instrumento patrimonial na data de sua outorga. De acordo com o ICPC 05 (IFRIC 11), o custo de transações de outorga de títulos patrimoniais é reconhecido no resultado do período em contrapartida a uma reserva de capital, no patrimônio líquido da Companhia, em conta específica que indica o compromisso futuro do controlador da Companhia de aportar os recursos necessários para suportar a outorga das ações e opções de ações da AES Corp. adquiridos pelos funcionários da Companhia e suas controladas. O aporte dos recursos pela AES Corp. ocorre na entrega das ações para ou no exercício das opções pelos colaboradores. Ainda de acordo com o ICPC 05 (IFRIC 11), após o aporte dos recursos, a reserva de capital constituída poderá ser utilizada para aumentar o capital da Companhia em favor da AES Corp. 25 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 3.17 Reconhecimento da receita A receita de venda inclui somente os ingressos de benefícios econômicos recebidos e a receber pela entidade. As quantias cobradas por conta de terceiros, tais como tributos sobre vendas não são benefícios econômicos, portanto, não estão apresentadas nas Demonstrações dos Resultados. Em atendimento a Deliberação CVM nº. 597, de 15 de setembro de 2009, a Reconciliação entre a receita bruta e a receita líquida, apresentada nas Demonstrações dos Resultados, está apresentada na nota nº 24. Uma receita não é reconhecida se houver uma incerteza significativa sobre a sua realização. 3.17.1 Receita de Prestação de Serviços de Distribuição de Energia Elétrica Os serviços de distribuição de energia elétrica são medidos através da entrega de energia elétrica ocorrida em um determinado período. Essa medição ocorre de acordo com o calendário de leitura estabelecido pela Companhia. O faturamento dos serviços de distribuição de energia elétrica é, portanto, efetuados de acordo com esse calendário de leitura, sendo a receita de serviços registrada à medida em que as faturas são emitidas. Com a finalidade de adequar as leituras ao período de competência, os serviços prestados entre a data da leitura e o encerramento de cada mês são registrados através de estimativa. 3.17.2 Receita de juros A receita de juros é reconhecida quando for provável que os benefícios econômicos futuros deverão fluir para a Companhia e o valor da receita possa ser mensurado com confiabilidade. A receita de juros é reconhecida pelo método linear com base no tempo e na taxa de juros efetiva sobre o montante do principal em aberto, sendo a taxa de juros efetiva aquela que desconta exatamente os recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida estimada do ativo financeiro em relação ao valor contábil líquido inicial deste ativo. 26 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 3.17.3 Contratos de construção As entidades abrangidas no escopo do ICPC 01 (IFRIC 12) Contratos de Concessão, devem registrar a construção ou melhoria da infra-estrutura da concessão de acordo com o CPC 17 (IAS11) Contratos de Construção. Os custos da construção da infra-estrutura efetuados pela Companhia são confiavelmente mensurados. Portanto, as receitas e as despesas correspondentes a esses serviços de construção são reconhecidas tomando como base a proporção do trabalho executado até a data do balanço. A perda esperada nos contratos de construção é reconhecida imediatamente como despesa. Considerando o modelo regulatório vigente o qual não prevê remuneração específica para a construção ou melhoria da infraestrutura da concessão e que as construções e melhorias, são substancialmente, executadas através de serviços especializados de terceiros, e que toda receita de construção está relacionada a construção de infra-estrutura para alcance da atividade fim, ou seja, a distribuição de energia elétrica. A Administração da Companhia registra a receita de contratos de construção com margem de lucro nula. 3.18 Contratos de arrendamento Os bens relacionados a contratos de arrendamento mercantil cujo controle, riscos e benefícios são substancialmente exercidos pela Companhia (arrendamento mercantil financeiro) estão registrados como um ativo imobilizado da Companhia em contrapartida a uma conta do passivo circulante ou não-circulante, conforme o caso. O arrendamento é reconhecido inicialmente por quantias iguais ao valor justo do bem arrendado ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil, calculado com base na taxa de juros implícita no arrendamento ou com base na taxa incremental de financiamento da Companhia. Quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário, quando aplicável, são adicionados como parte do custo do ativo. Os bens registrados no ativo imobilizado são depreciados ou amortizados de acordo com a vida útil-econômica estimada dos bens ou a duração prevista do contrato de arrendamento, dos dois o menor. Os juros são apropriados ao resultado de acordo com a duração do contrato pelo método da taxa de efetiva de juros. Os pagamentos de arrendamento mercantil operacional são reconhecidos como despesas na demonstração do resultado de forma linear ao longo do prazo do arrendamento mercantil. 27 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 3.19 Taxas regulamentares a) Reserva Global de Reversão (RGR) Encargo do setor elétrico pago mensalmente pelas empresas concessionárias de energia elétrica, com a finalidade de prover recursos para reversão, expansão e melhoria dos serviços públicos de energia elétrica. Seu valor anual equivale a 2,5% dos investimentos efetuados pela concessionária em ativos vinculados à prestação do serviço de eletricidade, limitado a 3,0% de sua receita anual. b) Conta Consumo de Combustível (CCC) Parcela da receita tarifária paga pelas distribuidoras relativa aos sistemas interligados com dupla destinação e que tem o objetivo de: pagar as despesas com o combustível usado nas geradoras térmicas que são acionadas para garantir as incertezas hidrológicas e; subsidiar parte das despesas com combustível nos sistemas isolados para permitir que as tarifas elétricas naqueles locais tenham níveis semelhantes aos praticados nos sistemas interligados. c) Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) Tem o objetivo de promover o desenvolvimento energético dos Estados e a competitividade da energia produzida, a partir de fontes alternativas, nas áreas atendidas pelos sistemas interligados, permitindo a universalização do serviço de energia elétrica. Os valores a serem pagos também são definidos pela ANEEL. d) Programas de Eficientização Energética (PEE) – Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) – Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE) São programas de reinvestimento exigidos pela ANEEL para as distribuidoras de energia elétrica, que estão obrigadas a destinar, anualmente, 1,3% de sua receita operacional líquida para aplicação nesses programas. e) Taxa de Fiscalização do Serviço Público de Energia Elétrica (TFSEE) Os valores da taxa de fiscalização incidentes sobre a distribuição de energia elétrica são diferenciados e proporcionais ao porte do serviço concedido, calculados anualmente pela ANEEL, considerando o valor econômico agregado pelo concessionário. 28 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) f) Encargo do Serviço do Sistema – ESS Representa o custo incorrido para manter a confiabilidade e a estabilidade do Sistema Interligado Nacional para o atendimento do consumo de energia elétrica no Brasil. Esse custo é apurado mensalmente pela CCEE e é pago pelos agentes da categoria consumo aos agentes de geração. 3.20 Resultado por ação A Companhia efetua os cálculos do lucro por ação utilizando o número médio ponderado de ações ordinárias e preferenciais totais em circulação, durante o período correspondente ao resultado, conforme pronunciamento técnico CPC 41 (IAS 33). O lucro básico por ação é calculado pela divisão do lucro líquido do período pela média ponderada da quantidade total de ações em circulação. O estatuto da Companhia atribui direitos distintos às ações preferenciais e às ordinárias sobre os dividendos. Consequentemente, o lucro básico e o lucro diluído por ação são calculados pelo método de “duas classes”. O método de “duas classes” é uma fórmula de alocação do lucro que determina o lucro por ação preferencial e ordinária de acordo com os dividendos declarados e os direitos de participação sobre lucros não distribuídos. 3.21 Segmento de negócios Segmentos operacionais são definidos como atividades de negócio dos quais pode se obter receitas a incorrer em despesas, cujos resultados operacionais são regularmente revistos pelo principal gestor das operações da entidade para a tomada de decisões sobre recursos a serem alocados ao segmento e para a avaliação do seu desempenho e para o qual haja informação financeira individualizada disponível. Todas as decisões tomadas pela Companhia são baseadas em relatórios consolidados, os serviços são prestados utilizando-se uma rede integrada de distribuição, e as operações são gerenciadas em bases consolidadas. Consequentemente, a Companhia concluiu que possui apenas o segmento de distribuição de energia elétrica como passível de reporte. 29 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 3.22 Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas Na preparação das Demonstrações Contábeis, a Companhia efetua diversas estimativas, as quais foram determinadas com base em julgamento da Administração e, quando necessário, com base em pareceres elaborados por especialistas. A Companhia adota premissas derivadas de experiências históricas e outros fatores que entenda como razoáveis e relevantes nas circunstâncias. As premissas adotadas pela Companhia são revisadas periodicamente no curso ordinário dos negócios. A condição financeira e os resultados das operações da Companhia frequentemente requerem o uso de julgamento quanto aos efeitos de questões inerentemente incertas sobre o valor contábil dos seus ativos e passivos. Os resultados efetivos podem ser distintos daqueles estimados em razão da ocorrência de variáveis, premissas ou condições diferentes ou novas em relação àquelas estimadas. De modo a proporcionar um entendimento de como a Companhia formou seu julgamento sobre eventos futuros, inclusive as variáveis e premissas utilizadas nas estimativas, incluímos comentários referente a cada prática contábil crítica descrita a seguir: 3.22.1 Benefícios de aposentadoria e outros benefícios pós-emprego A Companhia patrocina planos de benefícios suplementares de aposentadoria e pensão para seus empregados, ex-empregados e respectivos beneficiários, com o objeto de suplementar os benefícios garantidos pelo sistema oficial da previdência social. A Companhia concede também determinados benefícios de assistência à saúde pósemprego para seus empregados, ex-empregados e respectivos beneficiários. O plano de aposentadoria na modalidade benefício definido tem o custo da concessão dos benefícios determinados pelo Método da Unidade de Crédito Projetada, líquido dos ativos garantidores do plano, com base em avaliação atuarial realizada anualmente no final de cada exercício. A avaliação atuarial é elaborada com base em premissas e projeções de taxas de juros, inflação, aumentos dos benefícios, expectativa de vida, etc. Essas premissas e projeções são revisadas em bases anuais, ao final de cada período. 30 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) O plano de aposentadoria na modalidade contribuição definida não gera qualquer responsabilidade atuarial para a Companhia. 3.22.2 Provisão para litígios e contingências As provisões para litígios e contingências são registradas com base na avaliação de risco efetuada pela Administração da Companhia com base em relatórios preparados pelos seus consultores jurídicos. Essa avaliação de risco é feita com base nas informações disponíveis na data de elaboração das Demonstrações Contábeis. Periodicamente, a Companhia efetua uma revisão dessa avaliação à luz de novas informações surgidas. 3.22.3 Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros Uma perda por redução ao valor recuperável existe quando o valor contábil de um ativo ou unidade geradora de caixa excede o seu valor recuperável, o qual é o maior entre o valor justo menos custos de venda e o valor em uso. O cálculo do valor justo menos custos de vendas é baseado em informações disponíveis de transações de venda de ativos similares ou preços de mercado menos custos adicionais para descartar o ativo. O cálculo do valor em uso é baseado no modelo de fluxo de caixa descontado. Os fluxos de caixa derivam do orçamento para os próximos cinco anos e não incluem atividades de reorganização com as quais a Companhia ainda não tenha se comprometido ou investimentos futuros significativos que melhorarão a base de ativos da unidade geradora de caixa objeto de teste. O valor recuperável é sensível à taxa de desconto utilizada no método de fluxo de caixa descontado, bem como aos recebimentos de caixa futuros esperados e à taxa de crescimento utilizada para fins de extrapolação. As principais premissas utilizadas para determinar o valor recuperável da unidade geradora de caixa, incluem análise de sensibilidade. 31 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 3.22.4 Impostos diferidos Existem incertezas com relação à interpretação de regulamentos tributários. A Companhia constitui provisões, com base em estimativas cabíveis, para prováveis conseqüências de fiscalizações por parte das autoridades fiscais das respectivas jurisdições em que opera. O valor dessas provisões baseia-se em vários fatores, como experiência em fiscalizações anteriores e interpretações divergentes dos regulamentos tributários pela entidade tributável e pela autoridade fiscal responsável. Essas diferenças de interpretação podem surgir numa ampla variedade de assuntos, dependendo das condições vigentes no respectivo domicílio da companhia. Julgamento significativo da administração é requerido para determinar o valor do imposto diferido ativo que pode ser reconhecido, com base no prazo provável e nível de lucros tributáveis futuros, juntamente com estratégias de planejamento fiscal futuras. 3.22.5 Provisão para créditos de liquidação duvidosa O critério referente a análise do risco de crédito para determinação da provisão para créditos de liquidação duvidosa estão descritas na nota nº 3.1.4. 3.22.6 Ativo financeiro de concessão O critério de apuração e atualização do ativo financeiro de concessão está descrito na nota nº 3.3. 3.23 Demonstrações dos fluxos de caixa As demonstrações dos fluxos de caixa foram preparadas pelo método indireto e estão apresentados de acordo com a Deliberação CVM nº 547 de 13 de agosto, que aprovou o pronunciamento contábil CPC 03 (IAS 7) – Demonstração dos Fluxos de Caixa, emitido pelo CPC. 3.24 Demonstrações do Resultado A demonstração do resultado está apresentada por função, e a natureza das despesas e receitas operacionais está demonstrada na demonstração do valor adicionado – DVA. 32 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 4. Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade 4.1 Fundamentação da transição para o IFRS a) Aplicação do CPC 37 (R1) (IFRS 1)– Adoção inicial das normas internacionais de contabilidade As demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010 são as primeiras preparadas e apresentadas pela Companhia de acordo com os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC. Estas demonstrações contábeis estão preparadas de acordo com o CPC 37 (R1) (IFRS 1). As demonstrações contábeis de 01 de janeiro de 2009 (data de transição adotada pela Companhia) foram preparadas de acordo com o CPC 37 (R1) (IFRS 1). A Companhia aplicou as exceções obrigatórias e certas isenções opcionais de aplicação retrospectiva de Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC. Também foram efetuados outros ajustes requeridos pelos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC e que não estão descritos nas isenções previstas do CPC 37 (R1) (IFRS 1) (Nota nº 4.1.c). Com a aplicação do CPC 37 (R1) (IFRS 1), as demonstrações contábeis da Companhia passam a ser apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB – International Financial Report Standards. b) Isenções da aplicação retrospectiva selecionadas pela Companhia O CPC 37 (R1) (IFRS 1) permite às empresas a adoção de certas isenções voluntárias. A Companhia efetuou análise de todas as isenções voluntárias e adotou a utilização das seguintes isenções opcionais de aplicação retrospectiva: i) Isenção para arrendamento: a Companhia optou por não aplicar a isenção prevista no CPC 37 (R1) (IFRS 1) em relação aos arrendamentos, visto que todos os contratos de arrendamento estavam registrados de acordo nas práticas contábeis anteriores, já em conformidade com o CPC 06 (IAS 17). 33 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) ii) Isenção para mensuração dos benefícios a empregados: A Companhia aplicou a isenção prevista em relação à contabilização de benefícios pósemprego a empregados e deveria registrar os ganhos e perdas atuariais e os custos dos serviços passados não reconhecidos até a data de transição, na conta de lucros acumulados no patrimônio líquido. A Companhia apurou ganhos atuariais na data da transição, os quais foram calculados de acordo com os critérios estabelecidos no pronunciamento técnico CPC 33 (IAS 19) Benefícios a empregados, porém, não houve nenhum registro, conforme CPC 33.58 (IAS 19.58), em função da restrição do uso dos ativos do plano exclusivamente pelos participantes. iii) Isenção relativa a contratos de concessão: de acordo com o ICPC 01 (IFRIC 12) a infra-estrutura utilizada na prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica (ativos vinculados à concessão) não deve ser apresentada como ativo imobilizado. A infra-estrutura existente e as futuras melhorias ou expansões devem ser apresentadas como um ativo financeiro e/ou um ativo intangível. O ativo financeiro corresponde à parcela que representa um direito incondicional de receber caixa. O ativo intangível corresponde ao direito de cobrar os consumidores pelo uso da infra-estrutura. No registro da construção das futuras melhorias e expansões da infra-estrutura devem ser aplicados os critérios do CPC 17 (IAS 11) Contratos de Construção, registrando-se o custo correspondente à construção no resultado e a receita pelo método do percentual de conclusão. Ainda de acordo com essa interpretação, os custos de empréstimos poderão ser contabilizados no ativo intangível durante a fase de construção da infra-estrutura. A Companhia bifurcou a infra-estrutura dos serviços de distribuição de energia elétrica na data de transição, resultando na criação na conta de ativo financeiro (não circulante) no montante de R$57.260 e no aumento do ativo intangível no montante de R$736.153, e a redução dos saldos do ativo imobilizado no montante de R$793.413, na data de transição. iv) Isenção para combinação de negócios: A Companhia optou por não reprocessar as transações de combinação de negócios ocorridas em período anterior à data de transição. A Companhia decidiu manter essas transações registradas de acordo com as práticas contábeis anteriormente adotadas no Brasil. Esses ativos anteriormente nomeados como “ágio” passaram a ser designados como outros ativos intangíveis de concessão, em função de sua fundamentação estar vinculada à geração de caixa, considerando a vida útil definida desses ativos. Os intangíveis são amortizados com base no prazo de concessão. 34 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) v) Isenções não aplicáveis: As demais isenções previstas no CPC 37 (R1) (IFRS 1) não são aplicáveis e ou não foram utilizadas pela à Companhia. c) Outros ajustes requeridos pelos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC e que não estão descritos nas isenções previstas do CPC 37 (R1) (IFRS 1) vi) Custo emissão de dívidas: a Companhia registrou os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da contratação de empréstimos ou financiamentos ou pela emissão de títulos de dívida, e outros instrumentos em conta redutora do passivo, na data de transição para os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC. A aplicação desse pronunciamento resultou em uma redução dos passivos de empréstimos e financiamento de R$20.366 (R$3.738 no passivo circulante e R$ 16.628 no passivo não circulante), na data da transição. vii) Ativos e passivos regulatórios: Para fins de transição para os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC, a Companhia reverteu os saldos dos ativos e passivos regulatórios, em função de orientação emitida pelo IASB a respeito desse tema, sobre o qual entende-se que a realização dos ativos e passivos regulatórios dependem de evento futuro incerto. A aplicação desta reversão resultou em uma redução dos ativos no montante de R$94.649, representado por Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA: redução de R$94.649, sendo R$72;277 no circulante e R$22.372 no não circulante. A aplicação desta reversão resultou também na redução da Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA registrada no passivo no montante de R$53.260, sendo R$34.064 no circulante e R$19.196 no não circulante, tendo como contra partida a conta de lucros acumulados no montante de R$41.389 (R$27.317 líquido dos tributos diferidos) na adoção inicial. viii) Transações com pagamento baseados em ações: A Companhia registrou as despesas incorridas até a data de transição no montante de R$1.465 na conta de lucros acumulados em contrapartida da conta de opções de ações outorgadas na reserva de capital e em contrapartida a um aumento de capital, de forma que não provocou efeito no patrimônio líquido. De acordo com o ICPC 05 (IFRIC 11) a referida reserva de capital poderá ser utilizada para aumento de capital em favor do acionista controlador, quando as ações forem entregues ou as opções exercidas (vide nota 21). 35 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) ix) Transações com concessões governamentais: A Companhia ajustou os empréstimos subsidiados de origem governamental a valor justo por uma taxa de mercado, definida pela Administração. A diferença apurada entre o valor justo e o valor originalmente contratado será realizada no mesmo período da realização dos ativos adquiridos com estes recursos. x) Tributos diferidos: Na data de transição a Companhia registrou tributos diferidos ativos não circulantes, em função dos ajustes decorrentes da transição para os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC, no montante total de R$7.580 tendo, como contra partida o patrimônio líquido. Adicionalmente, foi efetuada a reclassificação dos saldos do tributos diferidos ativos circulantes para a rubrica de tributos diferidos ativos não circulantes. Esta reclassificação foi no montante de R$12.515. 4.2 Demonstração dos impactos da transição para os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC Em conformidade ao CPC 37 (IFRS 1), a Companhia apresenta abaixo os impactos da transição para os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC e para as Normas Internacionais de Contabilidade sobre as demonstrações contábeis tornadas públicas anteriormente e que haviam sido preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BRGAAP) vigentes até 31 de dezembro de 2009: i) Reconciliação do balanço patrimonial e do patrimônio líquido, na data de transição – 1º de janeiro de 2009 (Notas 4.3 e 4.4); ii) Reconciliação do balanço patrimonial e do patrimônio líquido, no último exercício apresentado - 31 de dezembro de 2009 (Notas 4.5 e 4.6); iii) Reconciliação da demonstração do resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2009 (Notas 4.7 e 4.8). iv) Reconciliação da demonstração do fluxo de caixa do exercício findo em 31 de dezembro de 2009 (Nota 4.9). v) Reconciliação da demonstração de valor adicionado do exercício findo em 31 de dezembro de 2009 (Nota 4.10) 36 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 4.3 Reconciliação do balanço patrimonial da Companhia na data de transição originalmente emitido para os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC e para as Normas Internacionais de Contabilidade- 1º de janeiro de 2009. Originalmente emitido ATIVO Ajustes do CPC CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa Investimentos de curto prazo Consumidores, concessionárias e permissionárias Provisão para créditos de liquidação duvidosa Imposto de renda e contribuição social compensáveis Outros tributos compensáveis Devedores diversos Outros créditos Almoxarifado Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA Despesas pagas antecipadamente TOTAL ATIVO CIRCULANTE 17.109 55.993 305.962 (45.710) 1.781 1.872 1.618 45.672 2.085 72.277 6.407 465.066 193 (72.277) (72.084) NÃO CIRCULANTE Consumidores, concessionárias e permissionárias Provisão para créditos de liquidação duvidosa Outros tributos compensáveis Tributos e contribuições sociais diferidos Cauções e depósitos vinculados Outros créditos Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA Ativo financeiro de concessão Total realizável a longo prazo 133.975 (120.598) 3.153 182.198 35.452 17.520 22.372 274.072 7.580 (22.372) 57.260 42.468 Investimentos Imobilizado Intangível TOTAL ATIVO NÃO CIRCULANTE 1.350 818.355 660.088 1.753.865 (793.413) 736.153 (14.792) TOTAL DO ATIVO 2.218.931 (86.876) 37 Nota 4.1 iii vii x vii iii iii iii Reapresentado 17.109 55.993 305.962 (45.710) 1.781 1.872 1.618 45.865 2.085 6.407 392.982 133.975 (120.598) 3.153 189.778 35.452 17.520 57.260 316.540 1.350 24.942 1.396.241 1.739.073 2.132.055 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Originalmente emitido PASSIVO Ajustes do CPC CIRCULANTE Fornecedores Imposto de renda e contribuição social a pagar Outros tributos a pagar Empréstimos e financiamentos Encargos de dívidas Custos a amortizar Encargos tarifários e do consumidor a recolher Provisões para litígios e contingências Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA Obrigações estimadas Pesquisa e Desenvolvimento Outras obrigações TOTAL PASSIVO CIRCULANTE 330.416 4.867 49.923 97.550 584 20.238 46.238 34.064 11.038 35.301 55.116 685.335 (3.738) (34.064) (37.802) NÃO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos Custos a amortizar Outros tributos a pagar Provisões para litígios e contingências Dividendos declarados Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA TOTAL PASSIVO NÃO CIRCULANTE 715.722 45.168 72.577 75.423 19.196 928.086 (16.628) (19.196) (35.824) PATRIMÔNIO Capital Social Reserva Capital Reserva Legal Reserva de Lucro Ações em Tesouraria Lucros (prejuízos) acumulados TOTAL PATRIMÔNIO 433.236 3.564 3.970 172.796 (8.056) 605.510 1.465 (14.715) (13.250) 2.218.931 TOTAL DO PASSIVO Nota 4.1 vi vii vi vii viii iii, vi, vii, viii (86.876) Reapresentado 330.416 4.867 49.923 97.550 584 (3.738) 20.238 46.238 11.038 35.301 55.116 647.533 715.722 (16.628) 45.168 72.577 75.423 892.262 433.236 5.029 3.970 172.796 (8.056) (14.715) 592.260 2.132.055 4.4 Reconciliação do patrimônio líquido da Companhia na data de transição originalmente emitido para os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC e para as Normas Internacionais de Contabilidade- 1º de janeiro de 2009. Nota 4.1 605.510 Patrimônio líquido originalmente emitido em 01/01/09 Ajustes de acordo com os Pronunciamentos e Orientações emitidas pelo CPC iii vi vii x Contrato de concessão - ICPC 01 Custo emissão de dívidas - CPC 20 Ativos e passivos regulatórios Imposto de renda e contribuição social diferido Patrimônio Líquido ajustado aos CPCs 38 193 20.366 (41.389) 7.580 592.260 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 4.5 Reconciliação do balanço patrimonial da Companhia originalmente emitidos para os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC e para as Normas Internacionais de Contabilidade - 31 de dezembro de 2009. Originalmente emitido ATIVO Ajustes do CPC CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa Investimentos de curto prazo Consumidores, concessionárias e permissionárias Provisão para créditos de liquidação duvidosa Imposto de renda e contribuição social compensáveis Outros tributos compensáveis Devedores diversos Outros créditos Almoxarifado Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA Despesas pagas antecipadamente TOTAL ATIVO CIRCULANTE 8.748 90.849 321.702 (50.529) 3.265 2.318 2.836 34.514 3.380 67.047 982 485.112 306 (67.047) (66.741) NÃO CIRCULANTE Consumidores, concessionárias e permissionárias Provisão para créditos de liquidação duvidosa Outros tributos compensáveis Tributos e contribuições sociais diferidos Cauções e depósitos vinculados Outros créditos Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA Ativo financeiro de concessão Total realizável a longo prazo 138.024 (126.063) 339 220.396 17.029 16.316 11.787 277.828 (19.513) (11.787) 74.327 43.027 Investimentos Imobilizado Intangível TOTAL ATIVO NÃO CIRCULANTE 1.295 857.025 621.773 1.757.921 (851.097) 775.086 (32.984) TOTAL DO ATIVO 2.243.033 (99.725) 39 Nota 4.1 iii vii x vii iii iii iii Reapresentado 8.748 90.849 321.702 (50.529) 3.265 2.318 2.836 34.820 3.380 982 418.371 138.024 (126.063) 339 200.883 17.029 16.316 74.327 320.855 1.295 5.928 1.396.859 1.724.937 2.143.308 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Originalmente emitido PASSIVO Ajustes do CPC CIRCULANTE Fornecedores Tributos e contribuições sociais Outros tributos a pagar Empréstimos e financiamentos Encargos de dívidas Custos a amortizar Subvenções governamentais Encargos tarifários e do consumidor a recolher Provisões para litígios e contingências Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA Obrigações estimadas Pesquisa e Desenvolvimento Outras obrigações TOTAL PASSIVO CIRCULANTE 327.858 2.265 47.001 82.452 289 11.506 34.412 84.785 14.564 22.957 52.228 680.317 (280) (3.934) 280 (84.785) (88.719) NÃO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos Custos a amortizar Subvenções governamentais Outros tributos a pagar Provisões para litígios e contingências Dividendos declarados Encargos tarifários e do consumidor a recolher Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA Pesquisa e Desenvolvimento TOTAL PASSIVO NÃO CIRCULANTE 623.598 11.903 42.603 112.702 2.390 37.842 6.483 837.521 (1.063) (12.694) 1.063 (37.842) (50.536) PATRIMÔNIO Capital Social Reserva Capital Reserva Legal Reserva de Lucro Ajustes de avaliação patrimonial Ações em Tesouraria Proposta de distribuição de dividendos adicional TOTAL PATRIMÔNIO 433.236 3.564 11.818 172.796 (8.056) 111.837 725.195 2.243.033 TOTAL DO PASSIVO Nota 4.1 ix vi ix vii ix viii ix vii viii 1.651 1.928 iii, vi, vii, viii, x iii (679) 36.630 iii, vi, vii, viii, x 39.530 (99.725) Reapresentado 327.858 2.265 47.001 82.172 289 (3.934) 280 11.506 34.412 14.564 22.957 52.228 591.598 622.535 (12.694) 1.063 11.903 42.603 112.702 2.390 6.483 786.985 433.236 5.215 13.746 172.796 (679) (8.056) 148.467 764.725 2.143.308 4.6 Reconciliação do patrimônio líquido da Companhia originalmente emitido para os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC e para as Normas Internacionais de Contabilidade- 31 de dezembro de 2009. Nota 4.1 725.195 Patrimônio líquido originalmente emitido em 31/12/09 Ajustes de acordo com os Pronunciamentos e Orientações emitidas pelo CPC iii iii vi vii x Contrato de concessão - ICPC 01 Atualização do ativo financeiro Custo emissão de dívidas - CPC 38 Ativos e passivos regulatórios Imposto de renda e contribuição social diferido Patrimônio Líquido ajustado aos CPCs 40 (699) (679) 16.628 43.793 (19.513) 764.725 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 4.7 Reconciliação da demonstração do resultado da Companhia originalmente emitido para os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC e para as Normas Internacionais de Contabilidade - 31 de dezembro de 2009. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA Custo com Energia Elétrica Originalmente emitido Ajustes do CPC 1.432.581 195.930 vii 7.847 586 vii vii (714.603) (219.286) (28.433) (6.176) (74.978) (99.311) (138.250) (12.290) (1.293.327) (722.450) (219.872) Energia elétrica comprada para revenda Encargos do uso do sistema de transmissão e distribuição Custo de Operação Pessoal Material Serviços de Terceiros Depreciação e amortização Custo de construção Outras DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com vendas Despesas gerais e administrativas Outras despesas operacionais CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS RESULTADO DO SERVIÇO RECEITA (DESPESA) FINANCEIRA Receita Despesa Variações monetárias/cambiais - líquidas (28.247) (6.176) (74.978) (98.116) (417) (1.150.256) (186) viii (1.195) (138.250) (11.873) (143.071) iii (25.927) (70.525) (21.762) (118.214) (1.268.470) 164.111 12.527 12.527 (130.544) 65.386 iii 53.479 (116.438) 12.710 (50.249) 113.862 (6.951) (16.629) 17.651 49.031 43.102 156.964 LUCRO ANTES DOS TRIBUTOS Contribuição Social Imposto de Renda Contribuição Social Diferida Imposto de Renda Diferido LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Nota 4.1 Reapresentado 1.628.511 iii (5.976) 3.083 18.223 15.330 80.716 vii, ix vi, vii, ix vii (7.264) (20.179) (27.443) 53.273 x x (25.927) (70.525) (9.235) (105.687) (1.399.014) 229.497 47.503 (113.355) 30.933 (34.919) 194.578 (6.951) (16.629) 10.387 28.852 15.659 210.237 214.243 65.055 0,73 2,41 Quantidade ações ON Quantidade ações PN Resultado por ação ON Resultado por ação PN 214.243 65.055 0,74 0,81 4.8 Reconciliação dos ajustes efetuados na demonstração do resultado da Companhia de 31 de dezembro de 2009. R$ Lucro líquido originalmente divulgado Ativos e passivos regulatórios Pagamento baseado em ações - ICPC 05 Custo de empréstimos - CPC 20 Contrato de concessão - ICPC 01 Imposto de renda e contribuição social diferidos Lucro líquido ajustado aos CPC 41 156.964 85.182 (186) (3.738) (542) (27.443) 210.237 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 4.9 Reconciliação da demonstração dos fluxos de caixa da Companhia originalmente emitidos para os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC e para as Normas Internacionais de Contabilidade- 31 de dezembro de 2009. Atividades operacionais: Lucro líquido do exercício Provisão para créditos de liquidação duvidosa Depreciação e amortização Despesa de juros Tributos e contribuições sociais diferidos Baixa de bens do ativo imobilizado Variação monetária/cambial Receita aplicação financeira em investimento curto prazo Variações nas contas do ativo circulante e não circulante: Consumidores e revendedores Almoxarifado Devedores Diversos Despesas pagas antecipadamente Imposto de renda e contribuição social Outros tributos compensáveis Outros Créditos Cauções e depósitos vinculados Variações nas contas do passivo circulante e não circulante: Fornecedores Imposto de renda e contribuição social Outros tributos e contribuições sociais Outras obrigações Provisões para Litígios e Contingências Encargos Tarifários e do Consumidor a Recolher Total das atividades operacionais Atividades de investimentos: Aquisições do ativo imobilizado e intangível Consumidores Participação Financeira Aplicações em ivestimento de curto prazo Resgate de investimento de curto prazo Total das atividades de investimentos Originalmente emitido 156.964 10.284 103.100 91.011 (66.682) 16.126 (12.710) (8.541) (19.789) (1.295) (1.218) 18.122 1.330 (446) 43.964 18.423 (2.558) (57.038) (2.922) 67.685 (27.355) (6.683) 323.298 (122.762) 3.237 (1.283.765) 1.257.449 (145.841) Atividades de financiamento: Pagamento de empréstimos Ingresso de novos empréstimos Total das atividades de financiamento (185.818) (185.818) Variação no caixa líquido da Companhia: Saldo no início do período Saldo no final do período (8.361) 17.109 8.748 42 Ajustes do CPC Reapresentado 53.273 210.237 10.284 104.295 91.011 (39.239) 16.126 (12.710) (8.541) 1.195 27.443 (12.697) (19.789) (1.295) (1.218) 5.425 1.330 (446) 43.964 18.423 - (2.558) (57.038) (2.922) (1.529) (27.355) (6.683) 323.298 - (122.762) 3.237 (1.283.765) 1.257.449 (145.841) - (185.818) (185.818) (69.214) - (8.361) 17.109 8.748 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 4.10 Reconciliação da demonstração do valor adicionado da Companhia originalmente emitidos para os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC e para as Normas Internacionais de Contabilidade- 31 de dezembro de 2009. Originalmente emitido 1. RECEITAS Receitas bruta de vendas de energia e serviços Fornecimento de energia elétrica Residencial Comercial Industrial Rural Iluminação pública Serviço público Poder público Remuneração do ativo financeiro Outros Transferência para atividade de distribuição Suprimento de energia elétrica (energia no curto prazo) Disponibilização do sistema de transmissão e distribuição Outras receitas operacionais (Provisão) Reversão para créditos de liquidação duvidosa Outras Receitas (Despesas) Receita relativa à construção de ativos próprios 2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS Materiais Outros custos operacionais Custo da energia comprada e transmissão Serviços de terceiros Custo de ativos próprios 3. RETENÇÕES Depreciação e amortização 4. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE 5. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA Receitas financeiras 6. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 7. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Empregados Salários e encargos Honorários da diretoria Provisões e outros Tributos Federais Cofins Pis INSS Outros (IR, CSLL e CPMF) Estaduais ICMS Outros Municipais IPTU Encargos regulamentares da concessão RGR - Reserva global de reversão CCC - Conta de consumo de combustíveis CDE - Conta de desenvolvimento energético P&D, Eficiência, FNDCT e EPE Outros Financiadores Juros Aluguéis Lucros do Exercício 2.285.969 2.295.980 1.044.358 788.514 695.472 412.657 176.434 69.831 45.163 63.734 (43.649) (1.163.798) 13.618 1.193.421 44.583 (15.326) 5.315 1.083.653 7.407 26.554 942.322 107.370 103.100 103.100 1.099.216 84.420 84.420 1.183.636 54.990 45.398 77 9.515 835.657 198.583 190.059 39.909 11.121 (42.506) 469.715 469.387 328 187 187 167.172 16.894 62.182 68.840 15.109 4.147 136.025 134.669 1.356 156.964 1.183.636 43 Ajustes do CPC Reapresentado 200.689 62.439 66.709 (1.749) (1.542) (915) (391) (155) (100) (141) 4.993 66.709 2.486.658 2.358.419 1.111.067 786.765 693.930 411.742 176.043 69.676 45.063 63.593 4.993 23.060 (1.163.798) 8.721 1.192.680 45.951 (15.326) 5.315 138.250 1.212.816 7.407 25.900 933.889 107.370 138.250 104.295 104.295 1.169.547 97.696 97.696 1.267.243 (4.897) (741) 1.368 138.250 129.163 (654) (8.433) 138.250 1.195 1.195 70.331 13.276 13.276 83.607 186 186 32.202 27.443 27.443 4.759 4.098 (1.176) 1.837 (2.054) (2.054) 53.273 83.607 55.176 45.584 77 9.515 867.859 226.026 190.059 39.909 11.121 (15.063) 469.715 469.387 328 187 187 171.931 20.992 61.006 70.677 15.109 4.147 133.971 132.615 1.356 210.237 1.267.243 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 4.11 Novos IFRS e Interpretações do IFRIC Alguns novos pronunciamentos contábeis do IASB e interpretações do IFRIC foram publicados e/ou revisados e têm a sua adoção opcional ou obrigatória para os exercícios iniciados a partir de 01 de janeiro de 2011. A Administração da Companhia avaliou os eventuais impactos destes novos pronunciamentos e interpretações e não prevê que sua adoção provoque um impacto material nas informações anuais da Companhia no exercício de aplicação inicial, conforme segue: • IAS 24 Exigências de Divulgação para Entidades Estatais e Definição de Parte relacionada (Revisada) - Simplifica as exigências de divulgação para entidades estatais e esclarece a definição de parte relacionada. A norma revisada aborda aspectos que, segundo as exigências de divulgação e a definição de parte relacionada anteriores, eram demasiadamente complexos e de difícil aplicação prática, principalmente em ambientes com amplo controle estatal, oferecendo isenção parcial a entidades estatais e uma definição revista do conceito de parte relacionada. Esta alteração foi emitida em novembro de 2009, passando a vigorar para exercícios fiscais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2011. Esta alteração não terá impacto nas demonstrações contábeis consolidadas da Companhia. • IFRS 9 Instrumentos Financeiros – Classificação e Mensuração - A IFRS 9 encerra a primeira parte do projeto de substituição da “IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração”. A IFRS 9 utiliza uma abordagem simples para determinar se um ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado ou valor justo, baseada na maneira pela qual uma entidade administra seus instrumentos financeiros (seu modelo de negócios) e o fluxo de caixa contratual característico dos ativos financeiros. A norma exige ainda a adoção de apenas um método para determinação de perdas no valor recuperável de ativos. Esta norma passa a vigorar para exercícios fiscais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2013. A Companhia não espera que esta alteração cause impacto significativos em suas demonstrações contábeis consolidadas. 44 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) • IFRIC 14 Pagamentos Antecipados de um Requisito de Financiamento Mínimo - Esta alteração aplica-se apenas àquelas situações em que uma entidade está sujeita a requisitos mínimos de financiamento e antecipa contribuições a fim de cobrir esses requisitos. A alteração permite que essa entidade contabilize o benefício de tal pagamento antecipado como ativo. Esta alteração passa a vigorar para exercícios fiscais iniciados a partir de 1º de janeiro de 2011. Esta alteração não terá impacto significativos nas demonstrações contábeis consolidadas da Companhia. • IFRIC 19 Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos de Capital - A IFRIC 19 foi emitida em novembro de 2009 e passa a vigorar a partir de 1º de julho de 2010, sendo permitida sua aplicação antecipada. Esta interpretação esclarece as exigências das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) quando uma entidade renegocia os termos de uma obrigação financeira com seu credor e este concorda em aceitar as ações da entidade ou outros instrumentos de capital para liquidar a obrigação financeira no todo ou em parte. Essa interpretação não teve impacto significativo em suas demonstrações contábeis consolidadas. • Melhorias para IFRS – O IASB emitiu melhorias para as normas e emendas de IFRS em maio de 2010 e as emendas serão efetivas a partir de 1º de janeiro de 2011, são elas: - IFRS 3 – Combinação de negócios. - IFRS 7 – Divulgação de Instrumentos Financeiros. - IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras. A Companhia não espera que as mudanças tenham impacto significativos em suas demonstrações contábeis consolidadas. Não existem outras normas e interpretações emitidas e ainda não adotadas que possam, na opinião da administração, ter impacto significativo no resultado ou no patrimônio líquido divulgado pela Companhia. 45 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 5. Caixa e Equivalente de Caixa e Investimentos de Curto Prazo 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Caixa e equivalentes de caixa: Numerário Disponível Numerário em Trânsito Operação Compromissada Investimentos de curto prazo: 7.620 4.030 11.283 22.933 31.12.2010 CDB-DI Operação Compromissada 74.366 37.501 111.867 5.073 3.675 8.748 31.12.2009 42.149 48.700 90.849 5.525 11.584 17.109 01.01.2009 31.503 24.490 55.993 Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo e não para investimento ou outros fins, sendo que a Companhia considera equivalente de caixa uma aplicação financeira de conversibilidade imediata e um montante conhecido de caixa. As operações compromissadas são títulos emitidos pelos bancos, lastreados por títulos públicos ou privados, com taxas definidas e prazos determinados, os quais ainda têm o compromisso de recompra pelo banco e de revenda pelo cliente até o final do prazo da opção. A Companhia classifica como caixa e equivalentes de caixa os CDBs e as operações compromissadas, cujo vencimento originalmente contratado é inferior ou igual a noventa dias contados a partir da data de aquisição. As operações com prazo para vencimento superior a noventa dias na data de aquisição são classificadas como investimento de curto prazo. A Companhia tem políticas de investimentos financeiros que determinam que os investimentos se concentrem em valores mobiliários de baixo risco e aplicações em instituições financeiras de primeira linha. 46 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 6. Consumidores, Concessionárias e Permissionárias a) A composição da conta de consumidores, concessionárias e permissionárias é a seguinte: 31.12.2010 CIRCULANTE Consumidores: Faturados Não faturados Parcelamentos Comercialização no CCEE (*) Créditos com partes relacionadas Ativo financeiro das distribuidoras Outros Exposição decorrente de preços entre submercados (**) Provisão para perda com créditos referentes à exposição decorrente de preços entre submercados (**) Total circulante NÃO CIRCULANTE Consumidores Concessionárias e permissionárias Parcelamentos Total não circulante 31.12.2009 01.01.2009 152.945 97.971 21.664 28.979 5.198 437.800 151.918 97.012 20.041 26.931 22.384 3.416 437.800 143.014 87.564 19.153 27.123 23.972 2.665 2.471 437.800 (437.800) (437.800) (437.800) 306.757 321.702 305.962 59.125 2.123 73.605 134.853 441.610 61.798 2.123 74.103 138.024 459.726 81.232 2.123 50.620 133.975 439.937 (*) Vide notas n° 34.1.a. (**) Vide nota n° 34.1.b O contas a receber apresentados acima é classificado como empréstimos e recebíveis e, portanto, mensurado pelo custo amortizado. Os consumidores escolhem as datas de vencimento de suas faturas mensais. Sobre o valor das faturas vencidas incidem juros de 0,033% ao dia e multa de 2%. Na condição de prestação de serviço público de distribuição, a Companhia deve fornecer energia a todos os consumidores que solicitarem ligação a infra-estrutura da concessão. 47 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 31.12.2010 Saldos vincendos Saldos vencidos até 90 dias mais de 90 dias Total PCLD Saldo líquido CIRCULANTE Consumidores - Fornecimento: Residencial Industrial Comercial e serviços Rural Poder público: Federal Estadual Municipal Iluminação pública Serviço público Subtotal Parcelamentos Outros Total - CIRCULANTE 32.770 5.183 11.962 7.391 23.790 7.208 6.475 2.876 6.926 17.727 14.797 3.529 63.486 30.118 33.234 13.796 (13.252) (19.434) (18.346) (3.803) 50.234 10.684 14.888 9.993 586 1.326 1.013 82 3.726 64.039 14.964 5.198 84.201 123 537 435 20 584 42.048 427 42.475 47 57 2.456 1.236 83 46.858 6.273 53.131 756 1.920 3.904 1.338 4.393 152.945 21.664 5.198 179.807 (54.835) (1.157) (55.992) 756 1.920 3.904 1.338 4.393 98.110 21.664 4.041 123.815 NÃO CIRCULANTE Consumidores - Fornecimento: Poder público: Federal Estadual Municipal Iluminação pública Serviço público Subtotal Parcelamentos Total - NÃO CIRCULANTE 56.288 56.288 1.070 1.070 32 56 4.683 54.341 13 59.125 16.247 75.372 32 56 4.683 54.341 13 59.125 73.605 132.730 (31) (55) (4.624) (53.016) (13) (57.739) (64.387) (122.126) 1 1 59 1.325 1.386 9.218 10.604 140.489 43.545 128.503 312.537 (178.118) 134.419 Total - CIRCULANTE + NÃO CIRCULANTE 31.12.2009 Saldos vincendos Saldos vencidos até 90 dias mais de 90 dias Total PCLD Saldo líquido CIRCULANTE Consumidores - Fornecimento: Residencial Industrial Comercial e serviços Rural Poder público: Federal Estadual Municipal Iluminação pública Serviço público Total - Faturado Parcelamentos Outros Total - CIRCULANTE 34.449 5.297 12.369 4.827 26.744 5.834 6.859 1.810 5.853 18.820 13.597 2.976 67.046 29.951 32.825 9.613 (10.851) (19.243) (17.181) (3.254) 56.195 10.708 15.644 6.359 614 1.298 814 100 4.127 63.895 13.468 3.416 80.779 667 325 403 18 481 43.141 549 41 65 1.867 1.607 56 44.882 6.024 43.690 50.906 1.322 1.688 3.084 1.725 4.664 151.918 20.041 3.416 175.375 (50.529) (50.529) 1.322 1.688 3.084 1.725 4.664 101.389 20.041 3.416 124.846 NÃO CIRCULANTE Consumidores - Fornecimento: Poder público: Federal Estadual Municipal Iluminação pública Serviço público Subtotal Parcelamentos Total - NÃO CIRCULANTE 59.139 59.139 1.175 1.175 24 55 4.304 57.394 21 61.798 13.789 75.587 24 55 4.304 57.394 21 61.798 74.103 135.901 (24) (54) (4.244) (55.963) (20) (60.305) (65.758) (126.063) 1 60 1.431 1 1.493 8.345 9.838 139.918 44.865 126.493 311.276 (176.592) 134.684 Total - CIRCULANTE + NÃO CIRCULANTE 48 - AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 01.01.2009 Saldos vincendos Saldos vencidos até 90 dias mais de 90 dias PCLD Total Saldo líquido CIRCULANTE Consumidores - Fornecimento: Residencial Industrial Comercial e serviços Rural Poder público: Federal Estadual Municipal Iluminação pública Serviço público Subtotal Parcelamentos Outros Total - CIRCULANTE 31.793 5.437 11.708 7.239 18.909 8.793 6.184 2.199 5.157 18.531 12.817 2.563 55.859 32.761 30.709 12.001 (10.120) (16.315) (15.981) (3.294) 45.739 16.446 14.728 8.707 521 1.178 621 94 3.823 62.414 12.697 2.471 77.582 82 37 431 25 184 36.844 668 37.512 27 71 2.305 2.209 76 43.756 5.788 49.544 630 1.286 3.357 2.328 4.083 143.014 19.153 2.471 164.638 (45.710) (45.710) 630 1.286 3.357 2.328 4.083 97.304 19.153 2.471 118.928 NÃO CIRCULANTE Consumidores - Fornecimento: Poder público: Federal Estadual Municipal Iluminação pública Serviço público Subtotal Parcelamentos Total - NÃO CIRCULANTE 37.676 37.676 848 848 23 43 6.319 74.770 77 81.232 12.096 93.328 23 43 6.319 74.770 77 81.232 50.620 131.852 (22) (42) (6.191) (72.754) (75) (79.084) (41.514) (120.598) 1 1 128 2.016 2 2.148 9.106 11.254 115.258 38.360 142.872 296.490 (166.308) 130.182 Total - CIRCULANTE + NÃO CIRCULANTE A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa foi a seguinte: 31.12.2010 Saldos iniciais Provisões registradas no exercício Baixas de incobráveis (reversão) Total (176.592) (10.213) 8.687 (178.118) 31.12.2009 (166.308) (15.960) 5.676 (176.592) 01.01.2009 (155.134) (16.787) 5.613 (166.308) A constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa segue os critérios definidos pelo poder concedente - ANEEL. 49 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 7. Tributos e Contribuições Sociais Diferidos Balanço Patrimonial 31.12.2010 Provisão para contingências Provisões para créditos de liquidação duvidosa Sobre ajustes da Lei 11.638 Sobre variação cambial Sobre outras diferenças temporais Sobre prejuízos fiscais de IR e bases negativas de CS Sobre prejuízos fiscais de IR e base negativa de CS utilizados para compensação parcelamento Lei 11.941/2009 Ajustes de avaliação patrimonial Reversão dos Ativos e Passivos Regulatórios para fins de CPC Receita de imposto de renda e contribuição social diferidos Ativo fiscal diferido, líquido reigstrado 20.044 35.757 (2.790) (2.260) 13.718 262.540 - Valor ativo fiscal diferido não reconhecido pela limitação de registro contábil da Instrução CVM nº 371/02 Total do ativo fiscal diferido, líquido 31.12.2009 Resultado 01.01.2009 (971) 221.367 331 181.867 - 31.12.2010 (1.302) 39.500 - 28.484 - (6.777) (11.742) (4.623) (14.890) (6.492) 14.072 308.490 200.883 189.778 317.290 434.259 514.971 625.780 635.142 704.749 31.12.2009 20.044 35.757 (1.819) (2.260) 13.718 41.173 1.190 3.148 110.951 1.519 (28.962) 39.239 Reconciliação do ativo fiscal diferido Saldo de abertura IR e CS diferidos sobre atualização do ativo financeiro reconhecido no PL Ativo fiscal diferido não reconhecido Receita de imposto reconhecida no resultado Saldo final 200.883 (3.344) 317.290 110.951 625.780 De acordo com a Instrução CVM nº 371/2002, a Companhia que possui tributos diferidos ativos registrados deve elaborar estudo técnico demonstrando a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros em um período de 10 anos , os quais devem ser suficientes para garantir a realização desses tributos diferidos ativos. A Companhia elaborou esse estudo técnico, o qual foi aprovado pelos órgãos da Administração da Companhia. A Companhia revisa anualmente o valor contábil dos tributos diferidos ativos, e alterações nas expectativas de rentabilidade futura resultaram no incremento de R$ 110.951, registrados no ano de 2010. Em 31 de dezembro de 2009, a expectativa de realização desses créditos tributários é como segue: 31.12.2010 Imposto de Renda Contribuição Social 29.720 14.314 22.349 16.812 23.714 119.922 233.299 460.130 10.699 5.153 8.046 6.052 8.537 43.172 83.991 165.650 Total Prazo de recuperação dos créditos (Ativo) tributários diferidos: 2011 2012 2013 2014 2015 2016 a 2020 2020 a 2027 50 40.419 19.467 30.395 22.864 32.251 163.094 317.290 625.780 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) As premissas utilizadas nas projeções de resultados operacionais e financeiros e o potencial de crescimento da Companhia foram baseados nas expectativas de sua Administração em relação ao futuro da Companhia e não devem ser utilizadas para tomada de decisão em relação a investimento. A Administração entende que a presente estimativa é consistente com o seu plano de negócio, à época da elaboração do estudo técnico, de forma que não é esperada nenhuma perda na realização desses créditos. 8. Outros Créditos A composição do saldo de outros créditos é como segue: 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 CIRCULANTE Acréscimo moratório faturado ICMS a recuperar Lei Complementar 102/00 Encargos do consumidor - RGR Encargo de capacidade emergencial - ECE (-) PCLD sobre encargo de capacidade emergencial Subvenção baixa renda Programa de eficientização energética Clientes diversos Cauções contratuais Outros cauções Desativações em curso Outros Total 13.517 11.656 3.315 (2.106) 1.137 4.055 2.335 12.179 187 2.676 48.951 11.944 9.082 10.034 (8.815) 3.996 99 1.417 2.041 3.273 306 1.443 34.820 12.059 11.007 1.210 10.241 (9.362) 3.493 726 898 13.361 193 2.039 45.865 17.606 20 17.626 5.816 10.470 20 10 16.316 14.647 2.215 27 631 17.520 NÃO CIRCULANTE Cauções contratuais ICMS a recuperar Lei Complementar 102/00 Encargos do consumidor - RGR Programa de eficientização energética Outros Total Acréscimo moratório faturado O crédito a receber é composto por juros de mora, multa e atualização monetária calculados sobre os saldos a receber de consumidores. 51 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) ICMS a recuperar Lei Complementar 102/00 O saldo refere-se a créditos de ICMS originados na aquisição de bens do ativo imobilizado, os quais são compensados com os débitos gerados nas operações normais da Companhia. O saldo desta rubrica está reconhecido a valor presente conforme Lei 11.638/07. Encargo de capacidade emergencial – ECE A Resolução Normativa ANEEL nº 204, de 22 de dezembro de 2005, estabeleceu o encerramento da cobrança do encargo de capacidade emergencial - ECE, anteriormente cobrado dos clientes na conta de consumo de energia elétrica. PCLD sobre encargo de capacidade emergencial - ECE Corresponde a parcela da provisão para créditos de liquidação duvidosa constituída sobre os valores a receber de encargo de capacidade emergencial em atraso e foi registrada em contrapartida de conta redutora do passivo referente à obrigação de repasse à Companhia Brasileira de Energia Emergencial - CBEE, conforme ofício circular n° 2.183/2003 SFF/ANEEL. A movimentação da PCLD sobre encargo de capacidade emergencial – ECE é como segue: 01.01.2009 PCLD - Encargo de Capacidade Emergencial PCLD - Encargo de Aquisição Emergencial Total Baixas Reversões 31.12.2009 (116) 463 189 (8.787) (39) (9.362) (116) 463 11 200 (28) (8.815) 01.01.2009 PCLD - Encargo de Capacidade Emergencial PCLD - Encargo de Aquisição Emergencial Total Ingressos (9.323) Ingressos Baixas Reversões 31.12.2009 (8.787) (14) 6.582 137 (2.082) (28) (8.815) (14) 6.582 4 141 (24) (2.106) Subvenção baixa renda A Lei n° 10.604 de 17 de dezembro de 2002 estabeleceu a subvenção econômica, cuja finalidade é contribuir para a modicidade da tarifa de fornecimento de energia elétrica aos consumidores integrantes da subclasse Residencial Baixa Renda, mediante ressarcimento pela ELETROBRÁS diretamente às concessionárias ou permissionárias de distribuição de energia elétrica. 52 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Cauções contratuais Corresponde a valores que estão atrelados a obrigações contratuais ou por determinação do Órgão Regulador – ANEEL, onde há alguma restrição para saque ou utilização do recurso. 9. Contratos de Concessão Público – Privado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Ativo financeiro Ativo financeiro de concessão 112.439 74.327 57.260 Ativo intangível concessão (Nota 10) 1.489.396 1.601.835 1.396.859 1.396.859 1.396.241 1.396.241 Total contratos de concessão público - privado 1.601.835 1.396.859 1.396.241 Intangível O ICPC 01 (IFRIC 12) (Contratos de concessão) estabelece as diretrizes para a contabilização, pelos operadores (concessionárias), dos contratos de concessão (Nota 3.3). De acordo com o ICPC 01 (IFRIC 12), a Companhia tem o direito a utilizar a infra-estrutura da concessão para prestar os serviços de distribuição de energia elétrica. Esse direito está representado nas Demonstrações Contábeis pelo ativo financeiro e ativo intangível. Características do Contrato de Concessão da Companhia Em 06 de novembro de 1997, a Companhia e a Agência Nacional de Energia - ANEEL assinaram o Contrato de Concessão de Distribuição de Energia Elétrica nº 12/97, o qual regulamenta a exploração dos serviços públicos de distribuição de energia elétrica. O prazo de duração da concessão e do contrato é de 30 anos, a partir da data de sua assinatura. O prazo da concessão poderá ser prorrogado por igual período, sendo que a Companhia deverá efetuar o requerimento até 36 meses antes do término da concessão e a ANEEL manifestar-se-á até o 18º mês anterior ao término da concessão. A eventual prorrogação estará subordinada ao interesse público e à revisão das condições estipuladas no Contrato de Concessão, a critério da ANEEL. A concessão da Companhia não é onerosa, portanto, não há compromissos fixos e pagamentos a serem efetuados ao Poder Concedente. 53 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Ativos dados como garantia De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto nº 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, os bens e instalações utilizados na produção, transmissão, distribuição e venda de energia elétrica são vinculados a esses serviços, não podendo estes serem retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do Poder Concedente. 10. Imobilizado No grupo do ativo imobilizado, estão registrados os bens da Companhia que não estão no escopo do ICPC 01 (IFRIC 12), sendo eles substancialmente representados por arrendamento mercantil de máquinas e equipamentos e outros, conforme segue: Taxa média de depreciação Descrição Em Serviço Custo histórico Máquinas e Equipamentos Outros Total custo histórico Depreciação e amortização Máquinas e Equipamentos Outros Total depreciação e amortização Total do imobilizado 11% 20% 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 11.647 214 11.861 9.652 214 9.866 28.928 214 29.142 (3.453) (208) (3.661) (3.742) (196) (3.938) (4.016) (184) (4.200) 8.200 5.928 24.942 11. Intangível Os saldos dos ativos intangíveis é como segue: Descrição 31.12.2010 Intangível: Ativo intangível concessão Intangível Amortização Ativo intangível em curso Outros intangíveis de concessão (*) Total do ativo intangível concessão 907.033 (94.818) 197.503 479.678 1.489.396 Outros intangíveis Outros Total dos outros intangíveis - Total Intangível 1.489.396 54 31.12.2009 838.956 (50.739) 100.431 508.211 1.396.859 1.396.859 01.01.2009 769.454 89.991 536.784 1.396.229 12 12 1.396.241 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) O saldo do intangível refere-se substancialmente aos ativos intangíveis de concessão, que são reconhecidos na medida em que a Companhia tem o direito (autorização) de cobrar pelos serviços prestados aos consumidores dos serviços públicos. Este ativo intangível está sendo amortizado de forma não linear e limitado ao prazo remanescente do contrato de concessão da Companhia ou vida útil do bem relacionado, dos dois o menor. A Companhia avaliou a recuperação do valor contábil dos ativos intangíveis utilizando o conceito do CPC 01 (IAS 36) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos. A movimentação do ativo intangível de concessão e dos outros intangíveis no exercício está demonstrada abaixo: Ativo intangível de concessão Saldo em 1º de janeiro de 2009 Adições Baixas Transferências Amortização Outros Saldo em 31 de dezembro de 2009 Adições Baixas Transferências Amortização Outros Saldo em 31 de dezembro de 2010 1.396.229 254.423 (11.873) (128.291) (110.333) (3.296) 1.396.859 399.694 (25.012) (164.986) (114.032) (3.127) 1.489.396 Outros intangíveis 12 (12) - Total consolidado 1.396.241 254.423 (11.873) (128.291) (110.345) (3.296) 1.396.859 399.694 (25.012) (164.986) (114.032) (3.127) 1.489.396 (*) Outros intangíveis de concessão: Em 29 de maio de 1998, a controladora AES Guaíba Empreendimentos Ltda. foi incorporada pela Companhia com objetivo de adicionar sua capacitação, experiência e conhecimentos técnicos e gerenciais, visando não somente a reorganização do Grupo Controlador da companhia no Brasil, como também a expansão das operações da mesma. Os outros intangíveis de concessão decorrentes da incorporação da controladora AES Guaíba Empreendimentos Ltda. estavam anteriormente classificados como ágio de concessão de acordo com o seu fundamento econômico e foram reclassificados em função da adoção inicial dos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidas pelo CPC. . 55 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) A parcela dos outros intangíveis de concessão cujo fundamento econômico é o Contrato de Concessão de distribuição de energia elétrica corresponde a R$802.164 e está sendo amortizada de forma não linear, com base no fluxo de caixa estimado durante o período da Concessão. 31.12.2010 Demonstrativo dos benefícios líquidos do ágio Ágio de aquisição direito de concessão (-) Amortização do ágio Benefício fiscal decorrente da amortização Realizado A realizar 31.12.2009 01.01.2009 802.164 (322.486) 479.678 802.164 (293.953) 508.211 802.164 (265.380) 536.784 109.645 163.091 272.736 99.944 172.792 272.736 90.229 182.507 272.736 A Administração efetuou em 31 de dezembro de 2010 análise da recuperabilidade do ágio” e concluiu por não ser necessário o reconhecimento de provisão para desvalorização deste ativo. Desde então nenhum novo fato chegou ao conhecimento da Companhia que indicasse mudanças na análise realizada em 31 de dezembro de 2010. 12. Fornecedores A composição das contas “Fornecedores - suprimento”, “Transmissão de energia elétrica” e “Materiais e serviços” é a seguinte: 31.12.2010 Comercialização no CCEE Eletrobrás – Repasse de Itaipu AES Uruguaiana Empreendimentos S.A Bilaterais Cia de Geração Térmica de Energia Elétrica – CGTEE Leilão - CCEAR MCSD Trocas Livres 2009-1 Encargos de conexão Transporte Itaipu Uso da transmissão - Outros Uso da transmissão - ESS Outros fornecedores Total 187.917 31.638 2.005 79.551 4.597 1.830 1.911 25.025 23.290 64.632 422.396 31.12.2009 157.282 33.689 2.386 2.608 53.074 3.279 1.997 1.813 23.108 15.592 33.030 327.858 01.01.2009 165.179 42.083 7.347 807 3.251 38.103 1.885 1.759 19.899 18.783 31.320 330.416 Parte do saldo do CCEE, que não foi liquidado em sua respectiva data de vencimento está acrescido de encargos, no montante de R$ 71.100 (R$ 60.614 em dezembro 2009). 56 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 13. Outros Tributos a Pagar A composição dos saldos de outros tributos a pagar é como segue: 31.12.2010 CIRCULANTE Tributos e contribuições sociais parcelados (a) Imposto sobre circulação de mercadorias e serviço - ICMS Cofins Pis INSS FGTS Outros Total NÃO CIRCULANTE Tributos e contribuições sociais parcelados (a) Total 31.12.2009 01.01.2009 14.440 15.546 8.052 1.748 2.883 451 2.456 15.632 16.463 9.332 2.026 1.876 415 1.257 18.457 17.019 8.941 1.941 1.740 334 1.491 45.576 47.001 49.923 2.115 11.903 45.168 2.115 11.903 45.168 a) Tributos e contribuições sociais parcelados Em 31 de maio de 2003 foi publicada a Lei nº 10.684, posteriormente disciplinada pela Portaria Conjunta PGFN/SRF n° 1 de 25 de junho de 2003, que prevê o parcelamento de débitos com a Fazenda Nacional. O parcelamento alcançou os débitos vencidos até 28 de fevereiro de 2003 que, para fins de consolidação, tiveram os valores de multa reduzidos em cinqüenta por cento. Em 8 de julho de 2003, a Companhia efetuou Pedido de Parcelamento Especial (PAES), protocolou os pedidos de desistência dos processos administrativos e transferiu o saldo remanescente do parcelamento já existente para essa nova modalidade de parcelamento. O PAES estava sendo pago em 120 parcelas mensais, das quais 76 parcelas foram pagas até o final de outubro de 2009, acrescidas de juros correspondentes à variação mensal da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP. O total do débito incluído no PAES em julho de 2003 foi de R$ 114.911. Em 27 de maio de 2009 foi publicada a Lei 11.941, que prevê o parcelamento de débitos junto a Fazenda Nacional com a concessão de redução de multas, juros e encargos legais, além de permitir a utilização de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social para compensação de juros e multas. A referida Lei permitiu a migração de débitos incluídos anteriormente no PAES para essa nova modalidade de parcelamento. Em novembro de 2009 a Companhia migrou o saldo remanescente do PAES para o programa de parcelamento instituído pela Lei 11.941, fazendo opção pelo pagamento em parcelas com aproveitamento de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social para compensação de multa e juros. 57 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) A Companhia registrou os efeitos das reduções permitidas pela legislação e o crédito fiscal para compensação das multas e juros remanescentes após os descontos, e está pagando a parcela mínima requerida até a consolidação do débito pela autoridade fazendária. O valor total de tributos incluídos no Programa REFIS totalizaram R$ 69.163. O efeito no lucro líquido do 4° trimestre de 2009 foi positivo em aproximadamente R$ 24.632. 14. Empréstimos, Financiamentos e Encargos de Dívidas O saldo de empréstimos, financiamentos e encargos de dívidas é composto da seguinte forma: 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 ENCARGOS DE DÍVIDAS Moeda nacional Total 17.032 17.032 289 289 584 584 PRINCIPAL - CIRCULANTE Moeda estrangeira Moeda nacional Total 6.612 15.983 22.595 6.909 71.329 78.238 9.274 84.538 93.812 PRINCIPAL - NÃO CIRCULANTE Moeda estrangeira Moeda nacional Total 1.653 615.235 616.888 8.637 601.204 609.841 20.866 678.228 699.094 Total geral 656.515 688.368 793.490 31.12.2010 Moeda Estrangeira Instituições Financeiras / Eletrobrás Itaipu (e) Vencimento Moeda (% a.a.) 2012 US$ 12% Vencimento Moeda (% a.a.) Eletrobrás Itaipu (e) 2012 US$ 12% Instituições Financeiras / 6.612 Não Circulante 1.653 Encargos Circulante - 6.909 Não Circulante 8.637 01.01.2009 Moeda Estrangeira Eletrobrás Itaipu (e) Circulante - 31.12.2009 Moeda Estrangeira Instituições Financeiras / Encargos Vencimento Moeda (% a.a.) 2012 US$ 12% 58 Encargos Circulante - 9.274 Não Circulante 20.866 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 31.12.2010 Moeda Nacional Vencimento Índice de Atualização Dívida (% a.a.) Instituições Financeiras / Credores Empréstimos e Financiamentos Consumidores Eletrobrás - Luz para todos (a) Eletrobrás - Finel (b) BNDES - Finame CCB - Unibanco (c) Subtotal Leasing Arrendamento mercantil Subtotal Total Encargos Circulante Não Circulante Subvenção Governamental Subvenção Governamental Custo de transação a Amortizar Custo de transação a Amortizar Circulante Não Circulante Circulante Não Circulante 2011 2022 2016 2012 2018 IGP-M TJLP CDI 6% 5% De 6% a 7% De 3,55% a 4,5% 1,7% 12 17.019 17.031 6.481 5.055 5.100 1.565 18.201 54.540 12.482 1.363 568.625 637.010 (766) (225) (991) (6.819) (814) (7.633) (2.211) (2.211) (14.969) (14.969) 2011 CDI 1,1% 1 1 17.032 984 984 19.185 827 827 637.837 (991) (7.633) (2.211) (14.969) Subvenção Governamental Subvenção Governamental Custo de transação a Amortizar Custo de transação a Amortizar Circulante Não Circulante Circulante Não Circulante 31.12.2009 Moeda Nacional Vencimento Índice de Atualização Dívida (% a.a.) Instituições Financeiras / Credores Empréstimos e Financiamentos Consumidores Eletrobrás - Luz para todos (a) Eletrobrás - Finel (b) BNDES - Finame CCB - Unibanco (c) Subtotal Leasing Arrendamento mercantil Subtotal Total Encargos Circulante Não Circulante 2010 2020 2016 2012 2015 IGP-M TJLP CDI 6% 5% De 6% a 7% De 3,55% a 5,8% 3% 20 265 285 13.621 3.792 4.443 1.963 50.375 74.194 46.957 17.582 2.928 546.813 614.280 (280) (280) (1.063) (1.063) (3.934) (3.934) (12.694) (12.694) 2011 CDI De 0,9% a 1,05% 4 4 289 1.349 1.349 75.543 681 681 614.961 (280) (1.063) (3.934) (12.694) Subvenção Governamental Subvenção Governamental Custo de transação a Amortizar Custo de transação a Amortizar Circulante Não Circulante Circulante Não Circulante 01.01.2009 Moeda Nacional Dívida Vencimento (% a.a.) (% a.a.) Instituições Financeiras / Credores Empréstimos e Financiamentos Consumidores Eletrobrás - Luz para todos (a) Eletrobrás - Finel (b) BNDES - Finame Capital de Giro (f) CCB - Unibanco (c) CCB - Pactual (d) Subtotal Leasing Arrendamento mercantil Subtotal Total Encargos Circulante Não Circulante 2009 2020 2013 2012 2009 2015 2009 IGP-M TJLP CDI CDI CDI 6% 5% De 6% a 7% De 3,55% a 5,8% 135% 3% 1% 30 143 392 5 570 12.106 835 4.185 2.386 30.000 30.875 4.800 85.187 50.749 16.390 4.885 597.188 669.212 - - (3.704) (34) (3.738) (16.628) (16.628) 2011 CDI De 0,9% a 1,05% 14 14 584 3.089 3.089 88.276 25.644 25.644 694.856 - - (3.738) (16.628) 59 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Após o encerramento do exercício findo em 31 de dezembro de 2008, os custos de transação incorridos na captação de recursos junto a terceiros, passaram a ser apropriados ao resultado do exercício pelo prazo da dívida que os originaram, através do método do custo amortizado. A utilização do método do custo amortizado resulta no cálculo e apropriação de encargos financeiros com base na taxa efetiva de juros em detrimento da taxa de juros contratual do instrumento. a) Eletrobrás – Luz para Todos (*) A Eletrobrás, no âmbito do Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica "Luz para Todos" concedeu à Companhia, crédito nos valores e datas demonstrados nas tabelas abaixo: Recursos 1ª Tranche 2ª Tranche 3ª Tranche 4ª Tranche 5ª Tranche Data Reserva Global de Reversão 01/06/05 11/01/06 31/08/07 24/11/06 19/12/07 16/04/08 02/04/07 21/01/08 19/03/08 03/04/08 25/09/08 17/10/08 15/09/10 05/05/10 26/11/10 234 1.121 511 1.374 1.832 50 2.562 1.708 1.708 17.970 11.980 11.980 2.080 4.555 6.074 65.739 Conta de Desenvolvimento Energético 780 3.736 1.705 4.580 6.107 162 8.542 5.695 5.695 2.765 1.843 1.843 318 701 934 45.406 Total 1.014 4.857 2.216 5.954 7.939 212 11.104 7.403 7.403 20.735 13.823 13.823 2.398 5.256 7.008 111.145 Estes recursos são provenientes da CDE e da RGR. Os recursos da CDE são enquadrados como subvenção econômica, já os recursos provenientes da RGR deverão ser pagos em prestações mensais. 60 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) O período de carência do principal é de 24 meses e o prazo de amortização é de 120 meses. (*) Vide nota n° 34.3 b) Eletrobrás – Financiamento A Eletrobrás concedeu a Companhia três linhas de financiamento para construção de linhas de transmissão, subestações e ampliação de subestações. Os recursos destas linhas de financiamento são provenientes da RGR, e deverão ser pagos em prestações mensais. O período de carência destas linhas de financiamento é de 24 meses, com prazo de amortização de até 60 meses. Os contratos 2562/06 e 2566/06 terão os juros do contrato incorporados ao principal durante o período de carência, já o contrato 2754/09 terá pagamentos mensais de juros durante o período de carência. Os saldos por contratos são demonstrados abaixo: Contrato Saldo 2562/06 2566/06 2754/09 Total 4.965 7.993 4.624 17.582 Tanto o contrato “Eletrobrás - Luz Para Todos”, quanto o contrato “Eletrobrás – Financiamento” estão vinculados a aquisição de bens que compõem os ativos sob concessão. Sendo assim, estes contratos foram ajustados a valor justo por uma taxa de mercado. A diferença apurada entre o valor justo e o valor originalmente contratado foi registrada como uma subvenção governamental, na rubrica de empréstimo e financiamentos, e a sua realização ocorrerá no mesmo período da realização dos ativos adquiridos com estes recursos. c) CCB – Cédula de Crédito Bancário Unibanco Em 28 de junho de 2006, a Companhia obteve empréstimo junto ao Unibanco no valor total de R$ 650.000, cujos recursos foram destinados para o pagamento de parcela do saldo de juros das FRNs e para o resgate antecipado da totalidade de suas Debêntures em circulação. 61 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Em 30 de setembro de 2010 o referido contrato foi aditivado no valor de R$ 568.625, passando as 26 Cédulas Seriadas a serem registradas por uma única cédula de crédito bancário. As principais alterações foram: redução da taxa de juros para CDI + 1,7% a.a e alteração do vencimento final para 01 de outubro de 2018, com período de carência de 48 meses para pagamento do valor principal. A Companhia pagou comissão de renegociação de 0,70% sobre o valor do contrato, no montante de R$ 3.980 a qual foi capitalizada e será amortizada ao longo do contrato. O contrato prevê pagamentos semestrais de juros e a amortização será realizada em 5 parcelas anuais a partir do 48º mês. O referido contrato prevê ainda, as seguintes garantias: penhor de ações de emissão da Companhia detidas pela AES Guaíba II Empreendimentos Ltda., cessão fiduciária de determinados direitos creditórios e recursos descritos no Contrato de Cessão Fiduciária em Garantia e Outras Avenças. O valor dos direitos creditórios equivale a 15% do montante líquido da referida arrecadação. A Administração da Companhia mantém o acompanhamento dos seguintes índices financeiros: (i) relação da dívida líquida com o Ebitda ajustado (*), (ii) Ebitda ajustado sobre Resultado Financeiro. Em 31 de dezembro de 2010, estes índices estavam dentro dos limites estabelecidos nos contratos de dívida da Companhia. (*) O EBITDA Ajustado é o EBITDA (i) acrescido de todos os valores atribuíveis a (sem duplicidade): (a) depreciação e amortização; (b) despesas financeiras; (c) eventuais provisões ou outras despesas operacionais que não se configurem em saída de caixa a curto prazo registrados em relação a tal período e determinado em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil e (ii) deduzidos todos os valores atribuíveis à (sem duplicidade): receitas financeiras, e eventuais receitas operacionais que não se configurem em entrada de caixa a curto prazo registrados em relação a tal período e determinado em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil; d) Eletrobrás - Itaipu Em 19 de abril de 2004, a Companhia renegociou o saldo devedor junto à Eletrobrás referente as faturas em atraso relacionadas à compra de energia de Itaipu, transformando o perfil para dívida financeira no valor de US$ 47.378 mil, calculada na data de 14 de abril de 2004, quantia esta equivalente a R$ 136.691, naquela data. 62 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) O prazo de vigência deste contrato é de 96 meses, com período de carência de 12 meses, sendo que o principal será pago em 84 parcelas mensais e sucessivas, vencíveis no último dia de cada mês, com início em 30 de abril de 2005. Durante o período de carência, a Companhia incorreu no pagamento mensal dos juros de 1% ao mês conforme previsão contratual. O contrato estabelece como garantia o saldo de R$ 1.358, corrigido mensalmente pelo IGP-M, mantido em uma conta corrente da Companhia e classificado na rubrica “Outros créditos”. e) Capital de Giro Em dezembro de 2008, a Companhia captou um empréstimo junto ao banco HSBC com a finalidade de financiar seu capital de giro no montante de R$30.000 e com prazo de vencimento para março de 2009. Nos meses de março e junho de 2009, o referido empréstimo foi renovado por mais 90 dias, sendo totalmente liquidado em agosto do mesmo ano. Em 31 de dezembro de 2010, as parcelas dos empréstimos de longo prazo vencem como segue: Moeda estrangeira US$ mil 2012 2013 2014 a 2020 Moeda nacional R$ 992 992 R$ 1.653 1.653 10.563 8.890 595.782 615.235 Os custos de transação são considerados no cálculo da taxa efetiva de juros e são apropriados ao resultado de cada exercício de acordo com a mesma. 63 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) A movimentação dos empréstimos e financiamentos é como segue: Moeda nacional Circulante Saldos em 01 de janeiro de 2009 Ingressos Encargos líquidos de amortização Variação monetária e cambial Transferências Amortizações Saldos em 31 de dezembro de 2009 Ingressos Encargos líquidos de amortização Variação monetária e cambial Transferências Amortizações Outros Saldos em 31 de dezembro de 2010 85.122 33.841 (295) 61.510 (108.560) 71.618 2.786 16.743 (9.654) (42.810) (5.668) 33.015 Moeda estrangeira Não circulante Circulante 682.162 (18.393) 8 (61.510) (1.063) 601.204 13.222 9.654 (8.845) 615.235 9.274 5.506 (7.871) 6.909 6.712 (7.009) 6.612 Não circulante 20.866 (6.723) (5.506) 8.637 (272) (6.712) 1.653 15. Subvenções Governamentais 31.12.2010 Em 1º de janeiro Recebidas durante o exercício Baixadas no resultado Em 31 de dezembro Circulante Não circulante Total 1.343 7.852 (571) 8.624 991 7.633 8.624 31.12.2009 1.513 (170) 1.343 280 1.063 1.343 16. Obrigações com Entidade de Previdência Privada A Companhia é patrocinadora da Fundação CEEE de Seguridade Social - Eletroceee, a qual tem como objetivo principal a suplementação dos benefícios previdenciários dos participantes. O plano de benefícios foi constituído de acordo com as características de “benefício definido”, com regime financeiro de capitalização, utilizando como método atuarial o crédito unitário projetado e o ativo líquido do plano de benefícios é avaliado pelo valor justo. 64 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 16.1 A avaliação atuarial dos planos adotou o método da unidade de crédito projetado. O ativo líquido do plano de benefícios é avaliado pelo valor justo. Ativos e Passivos atuariais: 31.12.2010 Valor presente das obrigações atuariais Valor justo dos ativos do plano Ajuste do limite do reconhecimento do ativo Total registrado 262.861 (274.698) 11.837 - 31.12.2009 236.158 (265.027) 28.869 - 01.01.2009 223.199 (200.536) (22.663) - 16.2 A movimentação do valor presente das obrigações atuariais com benefícios pósemprego para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009, são demonstradas a seguir: 31.12.2010 Valor presente das obrigações atuariais no início do ano Custo dos serviços correntes Custo dos juros Benefícios pagos Perda atuarial Valor presente das obrigações atuariais no final do ano 236.158 2.007 24.829 (11.195) 11.062 262.861 31.12.2009 200.536 1.985 22.976 (9.735) 20.396 236.158 01.01.2009 178.184 3.272 20.060 (8.584) 7.604 200.536 16.3 A movimentação do valor justo dos ativos do plano para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009, são demonstradas a seguir: 31.12.2010 Valor dos ativos do plano no início do ano Contribuição do empregador Ganho/(perda) atuariais nos ativos do plano Rendimento efetivo dos ativos do plano Benefícios pagos Valor justo dos ativos do plano no final do ano 65 265.027 8.460 (19.849) 32.255 (11.195) 274.698 31.12.2009 223.199 6.734 16.346 28.483 (9.735) 265.027 01.01.2009 279.509 1.457 (52.163) (4.600) (1.004) 223.199 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 16.4 As despesas reconhecidas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009, foram as seguintes: 31.12.2010 Custo dos serviços correntes Custo dos juros Rendimento esperado dos ativos do plano Custos de amortização Ajuste do limite do reconhecimento do ativo Total da despesa nos exercícios 31.12.2009 2.007 24.829 (32.255) 30.911 (17.032) 8.460 1.985 22.976 (28.483) 4.050 6.206 6.734 16.5 As despesas/(receitas) projetadas para o exercício de 2011 são as seguintes: 2011 Custo dos serviços correntes Custo dos juros Rendimento esperado dos ativos do plano Total da receita projetada para o exercício 2.195 26.176 (32.909) (4.538) 16.6 A composição dos investimentos do plano por segmento, com base nas políticas é a seguinte: Distribuição dos investimentos Renda Fixa Renda Variável Empréstimos a Participantes Imóveis Total 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 62,06% 34,29% 2,45% 1,20% 100% 65,50% 31,18% 2,15% 1,17% 100% 78,59% 18,51% 1,33% 1,57% 100% 66 Limites de alocação estabelecidos pelo Conselho de Gestão da Previdência Complementar até 100% até 50% até 15% até 11% AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 16.7 As premissas atuariais utilizadas pela Companhia para o exercício de 2010, são as seguintes: Premissas econômicas: Taxa de desconto nominal para a obrigação atuarial Taxa de rendimento nominal esperada sobre os ativos do plano Índice estimado de aumento nominal dos salários Índice estimado de aumento nominal dos benefícios Taxa estimada de inflação no longo prazo Premissas demográficas: Tábua biométrica de mortalidade Tábua biométrica de entrada em invalidez Taxa de rotatividade esperada 2011 2010 10,24% a.a. 12,24% a.a. 6,08% a.a. 4,00% a.a. 4,00% a.a. 10,76% a.a. 12,90% a.a. 6,08% a.a. 4,00% a.a. 4,00% a.a. AT-83 Tábua Mercer 0,30 / (tempo de serviço+1) A Companhia possui um valor de R$6.150 referente a empréstimos junto à Fundação Eletroceee referente a contrato de confissão de dívida, assumido em decorrência do desmembramento do contrato total com a Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE, em 1997. As amortizações são mensais e, como garantia, foi oferecida à arrecadação de venda de energia mantida em cobrança junto a diversos bancos. Os saldos referentes ao empréstimo Eletroceee estão assim representados: Ano Índice de atualização Taxa de juros (a.a.) 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 INPC INPC INPC 9% 9% 9% 67 Total 6.150 9.458 12.595 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 17. Provisão para Litígios e Contingências A composição do saldo das provisões para litígios e contingências, e depósitos judiciais é como segue: 31.12.2010 Contingências trabalhistas (a) Contingências fiscais (b) Complementação temporária de proventos e para Plano de Aposentadoria Incentivada – PAI (c) Contingências cíveis (d) Multas regulatórias (e) Pis e Cofins - majoração de base (f) Pis e Cofins s/renda não faturada Outras Total Circulante Não Circulante Total Passivo Ativo Contingências Depósito judicial 31.12.2009 31.103 3.843 35.562 4.459 01.01.2009 39.804 5.617 31.12.2010 31.12.2009 16.091 121 01.01.2009 14.191 370 11.637 370 4.455 7.463 11.955 - - - 16.947 8.405 10.556 75.309 15.484 3.412 10.635 77.015 15.620 6.409 21.171 7.681 10.558 118.815 3.433 19.645 2.468 17.029 315 23.130 35.452 44.250 31.059 75.309 34.412 42.603 77.015 46.238 72.577 118.815 19.645 19.645 17.029 17.029 35.452 35.452 a) Trabalhistas: A Companhia, baseada na opinião de seus assessores jurídicos, registrou provisão para contingências trabalhistas nas categorias de sub-rogados da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE, empregados, terceirizados e ações de indenização no montante de R$ 31.103 para cobrir os prováveis gastos futuros com processos judiciais desta natureza. b) Processos fiscais: existem processos fiscais de natureza geral. A Administração da Companhia, com base em pareceres de seus consultores jurídicos, reconhece provisão para os valores das demandas cuja probabilidade de perda é considerada provável. c) Provisão para complementação temporária de proventos e para Plano de Aposentadoria Incentivada – PAI: Em decorrência de acordo coletivo de trabalho, a Companhia é responsável pelo pagamento do benefício de complementação da aposentadoria por tempo de serviço ao participante regularmente inscrito na Fundação Eletroceee, que, em 31 de dezembro de 1997, não havia cumprido todos os requisitos para fruição do mencionado benefício pela Fundação, mas que havia tido a aposentadoria concedida pela Previdência Oficial. O benefício deve ser pago pela Companhia até o atendimento dos requisitos necessários para que o participante possa receber o benefício através da Fundação. A Companhia provisionou o valor integral dos compromissos futuros das complementações salariais daqueles que, na data acima mencionada, exerceram os direitos da aposentadoria oficial, ajustado a valor presente pela taxa de 7% a.a. 68 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) d) Causas Cíveis: As causas cíveis correspondem a pedidos de indenização por corte de luz, danos em equipamentos causados pela rede elétrica, anulação de débitos cobrados com base em recuperação de consumo, indenização por danos em geral causados na rede elétrica, entre outros. Com base em relatório emitido por assessores jurídicos a provisão para contingências cíveis é de R$ 16.946, cuja probabilidade de perda é considerada provável. A expectativa de desembolso se dará da seguinte forma: R$ 621 em mais de 1 ano e R$ 16.325 em 1 ano. Adicionalmente, a Companhia possui, para fins de cobertura de risco de responsabilidade civil, apólice de seguro com cobertura de até R$ 30.000. e) Multas Regulatórias: As penalidades regulatórias são sanções aplicadas pelo órgão regulador por supostos descumprimentos de regras setoriais. Estas penalidades, até o momento, não são exigíveis e estão sendo discutidas em processos administrativos, os quais devem obedecer ao trâmite legal perante a ANEEL. Conforme opinião dos nossos consultores internos, esses processos possuem probabilidade de perda provável. f) PIS/COFINS – discussão judicial Em abril de 1999, a Companhia impetrou Mandado de Segurança, questionando a ilegalidade da alteração da base de cálculo do PIS/COFINS, referente ao art. 3º, § 1º da Lei nº 9.718/98, que determinava a incidência dessas contribuições sociais sobre a totalidade das receitas auferidas pela empresa e não apenas os valores qualificados como faturamento. A Companhia constituiu uma provisão em seu passivo referente ao principal acrescida dos encargos relativos à atualização monetária no montante de R$ 21.973 sendo R$ 3.405 de PIS e R$ 18.568 de COFINS e concomitantemente efetuou Depósito Judicial relativo ao processo. Em Julho de 2009, o IBRACON emitiu o Comunicado Técnico nº 05/2009, posicionando-se favorável às empresas em relação à reversão do saldo da obrigação legal, a crédito do resultado do exercício de 2009. Diante do exposto, foi solicitado um parecer ao escritório que patrocina a ação, o qual concluiu ser praticamente certo o êxito no que tange ao mérito. A Companhia apoiada nessas opiniões legais, em 30 de setembro de 2009, reverteu do passivo o montante de R$ 21.973, mesmo antes do trânsito em julgado. Em dezembro de 2009 foi expedido o alvará para levantamento dos depósitos judiciais efetuados, que atualizados totalizaram R$ 24.238. Em 19 de janeiro de 2010 transcorreu o prazo para a União Federal apresentar recurso quanto ao mérito da ação judicial, tendo transitado em julgado a decisão favorável à AES Sul. 69 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) A movimentação das contingências classificadas como prováveis foi como segue: 01.01.2009 Contingências trabalhistas Contingências fiscais Complementação temporária de proventos e para Plano de Aposentadoria Incentivada – PAI Contingências cíveis Multas regulatórias Pis e Cofins - majoração de base Pis e Cofins s/renda não faturada Outras Total 39.804 5.617 11.955 15.620 6.409 21.171 7.681 10.558 118.815 31.12.2009 Contingências trabalhistas Contingências fiscais Complementação temporária de proventos e para Plano de Aposentadoria Incentivada – PAI Contingências cíveis Multas regulatórias Outras Total 35.562 4.459 7.463 15.484 3.411 10.636 77.015 Atualizações/ Ingressos Baixas/ Pagamentos Reversões Reclassificações 31.12.2009 4.811 987 312 (5.900) - (3.153) (2.145) (4.804) 35.562 4.459 9.731 1.220 7.991 27.826 52.878 (9.867) (4.218) (21.171) (41.156) (15.672) (27.748) (53.522) 15.484 3.411 10.636 77.015 Atualizações/ Ingressos Baixas Reversões Reclassificações 7.463 31.12.2010 13.224 392 75 (13.371) (436) - (4.312) (571) (3.084) 31.103 3.844 10.713 15.097 107 39.608 (8.519) (5.828) (28.154) (732) (4.275) (186) (13.160) 16.946 8.405 10.557 75.309 4.454 Conforme preceitua o Pronunciamento Técnico CPC 25 (IAS 37), aprovado pela Deliberação CVM nº 594, de 15 de setembro de 2009, seguem resumidas abaixo as discussões judiciais cujas probabilidades de perda estão classificadas como possível, e portanto, sendo descritas somente para fins de divulgação. A avaliação das probabilidades está embasada em relatórios preparados pelos consultores jurídicos da Companhia em 31 de dezembro de 2010. Valor de Contingência Estimada Notas 17.1 17.2 17.3 17.4 17.5 17.6 17.7 17.8 17.9 31.12.2010 Ações Trabalhistas - Empregados Ações Trabalhistas - Sub-Rogados Ações Trabalhistas - Terceirizados Ações Trabalhistas - Indenizados Execuções Fiscais Municipais Auto de Infração ICMS Ações Cíveis - Especiais Ações Cíveis - Massa Ações de Termos de Convênio 803 2.226 5.314 435 787 5.020 16.104 3.400 3.170 17.1 Ações Trabalhistas - Empregados Sete ações ajuizadas por trabalhadores contratados diretamente pela AES Sul a partir de 11 de agosto de 1997. 70 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 17.2 Ações Trabalhistas – Sub-Rogados Vinte e cinco ações ajuizadas contra a AES Sul por trabalhadores que até 11 de agosto de 1997 eram empregados ou ex-empregados da CEEE e que, a partir de então, tiveram seus contratos de trabalho transferidos à AES Sul. 17.3 Ações Trabalhistas – Terceirizados Oitenta e nove ações ajuizadas por empregados ou ex-empregados de empresas prestadoras de serviços ou de empreiteiras contratadas pela AES Sul. 17.4 Ações Trabalhistas – Indenizados Única ação que tem por objeto a reparação de danos materiais e/ou morais decorrentes de acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais. 17.5 Execuções Fiscais Municipais - Diversas Trata-se de Execuções Fiscais, promovidas por diversas Municipalidades que buscam o recolhimento de supostos débitos relativos ao Imposto Predial Territorial Urbano – IPTU e ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN. 17.6 Auto de Infração ICMS – aplicação de decisão judicial sobre demanda contratada A Companhia recebeu Autuação Fiscal (Auto de Lançamento Fiscal), no qual a Autoridade Fiscal Estadual constitui crédito tributário contra a Companhia, pelo pretenso descumprimento de ordem judicial exarada nos autos de processo judicial (Mandado de Segurança n. 001/1.05.0355252-0), que determinou que houvesse incidência do ICMS em relação apenas à energia efetivamente consumida (kWh). Em suma, o fisco estadual pretendeu fazer a Companhia tributar o ICMS sobre rubrica de demanda (kW) e não sobre consumo (kW/h). Os fundamentos de defesa da Companhia são no sentido de reafirmar o estrito cumprimento da ordem judicial, sendo impossibilitada de agir em sentido diverso, por expressa vedação legal. Ainda, a Companhia ressalta em sua defesa a expressa manifestação pretérita do próprio fisco estadual no sentido de tributação do ICMS apenas sobre a energia efetivamente consumida (em kWh), em relação a outros clientes, bem como a tentativa do fisco de aplicar ordem judicial proferida em processo diverso, ao caso do processo judicial que originou o auto de lançamento. 71 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 17.7 Ações Cíveis – Especiais São assim chamadas as ações que contenham objeto complexo, grande repercussão econômica e valor da causa superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais). 17.8 Ações Cíveis – Massa Nesta categoria de ações propostas contra a AES Sul, a contingência dos processos é apurada conforme a média das condenações, considerando o número de entradas/baixas, o objeto da ação, o percentual de perda apurado e a média das condenações. 17.9 Ações de Termos de Convênio Trata-se de demandas judiciais nas quais a parte autora alega ter firmado contrato com a distribuidora de energia para a realização de obras de instalação/expansão de rede de energia elétrica (especialmente área rural), tendo contribuído financeiramente para tais obras. A parte autora, geralmente, requer o valor da contribuição sob a alegação de que há contrato que prevê a devolução dos valores ou, nas hipóteses em que não há previsão de devolução dos valores, que a quantia investida reverterá para o patrimônio da distribuidora, devendo, portanto, ser devolvida, sob pena de enriquecimento sem causa da concessionária. Cartas de fiança e caução Em 31 de dezembro de 2010, as principais cartas de fiança da Companhia estão demonstradas abaixo: Natureza Quantidade Contratos de financiamentos Contratos comerciais 10 75 72 Valor 110.866 7.685 Taxa a.a. 0,65% a 1,25% 0,65% a 1,00% AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 18. Encargos tarifários e do consumidor a recolher 31.12.2010 CIRCULANTE Conta de desenvolvimento energético - CDE Quota para a CCC - Sistemas Isolados Quota para a Reserva Global de Reversão Programa de incentivos de fontes alternativas de energia elétrica - Proinfa Outros encargos Total NÃO CIRCULANTE Quota para a Reserva Global de Reversão Total 31.12.2009 01.01.2009 6.158 9.051 2.856 1.221 19.286 5.890 1.478 2.898 1.240 11.506 5.085 7.615 919 5.723 896 20.238 5.052 5.052 2.390 2.390 - 19. Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 31.12.2010 CIRCULANTE Eficiência Energética Pesquisa e Desenvolvimento Empresa de pesquisa energética Fundo nacional de desenvolvimento científico e tecnológico Total NÃO CIRCULANTE Eficiência Energética Pesquisa e Desenvolvimento 31.12.2009 01.01.2009 12.974 7.315 263 526 21.078 15.200 7.000 252 505 22.957 18.535 10.702 1.976 4.088 35.301 2.375 2.375 2.347 4.136 6.483 - As despesas com pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética nos exercícios de 2010 e 2009 estão divulgadas na nota nº 24. A movimentação do saldo, foi como segue: P&D Saldo em 01 de janeiro de 2009 Provisões Pagamentos Aplicações Atualização Monetária Saldo em 31 de dezembro de 2009 Provisões Pagamentos Aplicações Atualização Monetária Saldo em 31 de dezembro de 2010 35.301 26.790 (19.591) (15.514) 2.454 29.440 22.742 (13.192) (17.517) 1.980 23.453 73 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 20. Outras obrigações 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 CIRCULANTE Outras taxas de iluminação pública ICMS - transferência de créditos (*) Concessionárias e permissionárias de energia elétrica (**) Consumidores-PIS/COFINS Consumidores-Créditos Resolução 024/00 Lei 12.111 Outras Total 16.801 11.187 30.436 2.718 1.099 790 6.598 69.629 8.533 10.068 27.341 77 161 6.048 52.228 7.551 10.254 27.817 86 9.408 55.116 373 373 - - NÃO CIRCULANTE Outros Total (*) Vide nota n° 30.a (**) Vide nota n° 34.1.b 21. Patrimônio Líquido a) Capital social: O capital social autorizado da Companhia é de R$ 1.500.000. A Companhia, mediante deliberação do Conselho de Administração independente de reforma estatutária, está autorizada a aumentar o capital social até o limite do capital social autorizado emitindo as ações ordinárias e/ou preferenciais de uma ou mais classes, guardando ou não proporção com as espécies e classes existentes. O preço de emissão das ações para aumento de capital deverá ser fixado pelo Conselho de Administração ou pela Assembléia Geral, conforme as respectivas competências legais, sendo facultado à esta delegar poderes ao Conselho de Administração. Em 31 de dezembro 2010 o capital social de R$ 433.236 está representado por 279.298 ações sem valor nominal, das quais 214.243 são ordinárias e 65.055 são preferenciais. 74 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) b) Composição acionária: 31.12.2010 e 31.12.2009 Ordinárias Acionistas Quantidade (mil) AES Guaíba II Outros Total das ações c) 213 1 214 Preferenciais % Quantidade (mil) 99,62 0,38 100,00 65 65 % 100,00 100,00 Reservas A composição das reservas é a seguinte: 31.12.2010 Composição dos saldos das reservas: Reservas de capital Ágio na emissão Remuneração de bens e direitos Outorga de opção de compra de ações (i) Reserva de lucro: Reserva legal (ii) Reserva especial para dividendo obrigatório não distribuído (iii) 31.12.2009 01.01.2009 1.089 2.475 1.796 5.360 1.089 2.475 1.651 5.215 1.089 2.475 1.465 5.029 23.714 172.796 196.510 13.746 172.796 186.542 3.970 172.796 176.766 i) É composta por outorga de opção de compra de ações preferenciais da The AES Corporation aos administradores, empregados ou pessoas naturais que prestam serviços à Companhia. ii) Pela legislação societária brasileira, a Companhia deve transferir 5% do lucro líquido anual apurado nos seus livros societários preparados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para a reserva legal até que essa reserva seja equivalente a 20% do capital integralizado. A reserva legal pode ser utilizada para aumentar o capital ou para absorver prejuízos, mas não pode ser usada para fins de distribuição de dividendos. iii) Reserva especial para dividendo obrigatório não distribuído é decorrente da parcela de dividendos devido ao sócio controlador originada pelo ágio auferido na incorporação reversa da controladora AES Guaíba I em abril de 1998, retida à época por deliberação do sócio controlador. 75 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) d) Outros resultados – ajustes de avaliação patrimonial Em 31 de dezembro de 2010 o saldo do ajuste de avaliação patrimonial era composto pela atualização dos bens do ativo financeiro de concessão, no montante de R$5.812 (R$679 em 31 de dezembro de 2009). Este saldo está sendo apresentado líquido do imposto de renda e contribuição social. 22. Destinação do Resultado O Estatuto Social da Companhia estabelece um dividendo mínimo de 25%, calculado sobre o lucro líquido anual, ajustado na forma prevista no artigo 202 da Lei nº 6.404/1976. Conforme ata de Reunião de Diretoria realizada no dia 25 de fevereiro de 2011 foi proposto e aprovado a destinação do lucro de 2010 distribuído da seguinte forma: R$11.896 para reserva legal, dos quais R$1.928 referem-se ao exercício de 2009, e R$226.020 para dividendos declarados ao acionista controlador. Conforme descrito na nota 21, a Companhia não poderá, temporariamente, distribuir os dividendos em favor do acionista controlador até que sejam liquidadas suas obrigações regulatórias. Dessa maneira, o valor dos respectivos dividendos declarados ao acionista controlador foi registrado no passivo não circulante e não será distribuído neste exercício em razão das causas acima citadas. A Administração da Companhia registrou proposta de dividendo adicional nos montantes de R$169.515 e R$148.467 em 31 de dezembro de 2010 e 2009 respectivamente, em atendimento às disposições da Lei 6.404/1976. De acordo com orientação da CVM essa proposta de dividendos foi registrada em conta específica no patrimônio líquido da Companhia. 31.12.2010 Lucro líquido do exercício Absorção de prejuízo acumulado de exercício anterior Impacto dos ajustes dos CPCs Constituição de reserva legal Dividendos propostos Proposta de dividendos adicionais Saldo de lucros (prejuízos) acumulados 199.358 (9.968) (19.875) (169.515) - 76 31.12.2009 156.964 (14.715) 53.273 (9.776) (37.279) (148.467) - AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 23. Resultado por ação A tabela a seguir apresenta o resultado por ação para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009: 31.12.2010 31.12.2009 Numerador: Lucro líquido do período (A) 199.358 210.237 Denominador (em milhares de ações) Média ponderada do número de ações ordinárias (B) Média ponderada do número de ações preferenciais (C) 214.243 65.055 214.243 65.055 1,0600 68.958 1,0600 68.958 279.298 283.201 279.298 283.201 0,7039 0,7462 0,7424 0,7869 Remuneração das ações preferenciais - 6% Média ponderada do número de ações preferenciais ajustadas (D) Denominador ajustado Denominador para lucro básico e diluído por ação (E) = (B+C) Denominador para lucro básico e diluído por ação ajustado (F) = B+D) Lucro por ação Lucro básico e diluído por ação ordinária (G) = (A/F) Lucro básico e diluído por ação preferencial (H) = (G x 1,06) Lucro atribuível ao acionista Período 31.12.2010 31.12.2009 Ordinárias Preferenciais 150.815 159.045 48.543 51.192 Total 199.358 210.237 Em 31 de dezembro de 2010 e 2009, as quantidades de ações da Companhia não sofreram alterações. A reserva de capital referente ao pagamento baseado em ações não traz impactos relevantes se considerado no cálculo do lucro diluído. 77 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 24. Receita Operacional Líquida 31.12.2010 Receita da Prestação do Serviço de Distribuição de Energia Elétrica Classe de consumidores: Residencial Industrial Comercial Rural Poder Público Iluminação pública Serviço público Remuneração do ativo financeiro Subtotal - Fornecimento Outras Encargo de capacidade emergencial Receita de operações com energia Fornecimento não faturado Conta de Comp. Alíquota Efetiva PIS e COFINS (-) Transferências ** Receita pela disponibilidade da rede - clientes livres (-) Transferências (**) Suprimento de energia elétrica Energia Elétrica de Curto Prazo Outras receitas Receita de construção Receita Operacional Bruta Número de consumidores faturados (*) (*) R$ MWh (*) R$ 973.489 8.162 84.910 105.634 8.222 111 848 1.181.376 2.140.120 2.687.414 1.095.228 1.268.573 177.407 228.631 205.095 7.802.468 868.985 764.205 450.176 193.491 77.786 46.704 66.081 7.087 2.474.515 945.724 8.186 83.827 103.898 7.802 111 869 1.150.417 2.034.122 2.393.704 1.046.422 1.204.399 167.866 228.363 201.956 7.276.832 786.765 693.930 411.742 176.044 69.676 45.063 63.593 4.993 2.251.806 1.181.376 7.802.468 52 (1.215) 958 (2.642) (1.442.752) 37.157 1.442.752 8.326 13.856 42.883 247.534 2.821.424 1.150.417 7.276.832 (14) 2.905 9.449 5.081 (1.163.798) 29.623 1.163.798 13.618 2.545 43.407 138.249 2.496.669 ICMS PIS COFINS Quota para RGR Encargo de capacidade emergencial - ECE Eficiencia energética, P&D, FNDCT e EPE Conta de desenvolivimento energético - CDE Conta de consumo de combustível - CCC Deduções a Receita a Bruta Receita Operacional Líquida MWh (*) 31.12.2009 Número de consumidores faturados (*) 1.181.376 7.802.468 (511.450) (42.701) (196.555) (14.797) (6.332) (12.473) (73.902) (97.177) (955.387) 1.866.037 1.150.417 7.276.832 (469.387) (39.909) (190.059) (20.992) (1.019) (15.109) (70.677) (61.006) (868.158) 1.628.511 Informações não auditadas pelos auditores independentes. (**) Em atendimento às instruções e orientações da ANEEL, a concessionária realizou transferência da receita da atividade de comercialização para a atividade de distribuição, adotando para fins de valorização a tarifa definida pelo Órgão Regulador. 78 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 25. Custo do serviço de energia elétrica MWh (*) 31.12.2010 R$ 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009 Energia elétrica comprada para revenda: Itaipu CGTEE AES Uruguaiana Comercialização no CCEE Compra - CCEAR MCSD Trocas Livres Proinfa (-) Créditos PIS/Cofins Total (*) 2.143.809 150.672 174.273 5.776.693 522.970 213.731 8.982.148 2.205.320 226.008 186.190 273.655 5.059.711 191.787 190.373 8.333.044 199.964 15.724 57.670 14.982 579.076 47.321 36.534 (108.752) 842.519 230.398 22.637 27.867 26.928 449.534 17.181 31.751 (91.693) 714.603 Informações não auditadas pelos auditores independentes. 31.12.2010 31.12.2009 Encargo de uso do sistema de transmissão e distribuição: Tarifa de transmissão - CEEE conexão Tarifa de transmissão - Eletrosul conexão Tarifa de transmissão - Itaipu transporte Outras tarifas de transmissão - Rede básica Encargos Uso Rede Elétrica - ESS Tarifas de Transmissão - CUSD RGE Encargo de Energia de Reserva - EER Total 20.957 1.204 16.690 174.770 16.456 6.667 6.180 242.924 21.955 1.201 15.948 164.604 8.913 6.035 630 219.286 26. Compra e venda de energia elétrica de curto prazo no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica 31.12.2010 31.12.2009 Compras Ajustes divulgados pela CCEE no valor da compra de energia referente a exercícios anteriores Compra de energia elétrica referente ao período Total compra energia elétrica de curto prazo (1.155) (8.865) 16.137 14.982 35.793 26.928 Vendas Venda de energia elétrica referente ao período Total compra energia elétrica de curto prazo 13.856 13.856 2.545 2.545 79 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 27. Despesas Operacionais 31.12.2010 31.12.2009 Despesas com vendas Despesas com pessoal Despesas com material Despesas com serviços de terceiros Outras despesas Provisão para créditos de liquidação duvidosa Total (16.935) (1.443) (13.120) (2.081) (5.995) (39.574) (6.511) (350) (2.165) (2.205) (14.696) (25.927) Despesas gerais e administrativas Despesas com pessoal Previdência Complementar Despesas com material Despesas com serviços de terceiros Outras despesas Depreciação Total (25.109) (4.472) (1.020) (33.425) (4.033) (5.190) (73.249) (26.779) (4.574) (881) (30.229) (3.078) (4.984) (70.525) Outras despesas operacionais Taxa de fiscalização ANEEL - TFSEE Arrendamento e aluguéis Seguros Tributos Constituição de provisões Recuperação de despesas Ganhos na desativação de bens e direitos Outras despesas Total (3.534) (631) (25) (259) (14.172) 1.926 10.898 (15.940) (21.737) (3.127) (675) (25) (275) (7.066) 1.024 12.527 (11.618) (9.235) (134.560) (105.687) Total Líquido 80 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 28. Receitas e Despesas Financeira 31.12.2010 Receitas Financeiras Renda de aplicações financeiras Indenização - Acordo AES Uruguaiana 31.12.2009 15.419 14.386 9.050 14.870 4.370 1.790 2.445 62.330 6.824 8.432 13.404 10.013 3.290 5.540 47.503 (89.055) (3.428) (12.446) (6.896) (22.565) (134.390) (101.054) (3.738) (4.821) (7.272) 3.530 (113.355) Variações Monetárias e Cambiais Líquidas Variações monetárias e cambiais ativas Variações monetárias e cambiais passivas Total 67.262 (49.159) 18.103 34.629 (3.696) 30.933 Total Líquido (53.957) (34.919) Acréscimo moratório - consumidores Multas Multas por - auto religação Benefício da Lei 11.941/09 Juros - Lei 11.638 Outras Total Despesas Financeiras Encargo de dívidas Custos de Empréstimos Multas Multas Moratórias, Compensatórias e Sancionatórias Outras Total 81 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 29. Imposto de renda e Contribuição Social O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido são calculados com base nas alíquotas vigentes nas datas dos balanços, sendo 25% para o Imposto de Renda e 9% para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Os tributos diferidos relativos a provisões temporariamente indedutíveis, prejuízos fiscais, base negativa da contribuição social são registrados nas contas patrimoniais (nota nº 7). A composição da base de cálculo e dos saldos desses tributos é a seguinte: Imposto de Renda 31.12.2010 31.12.2009 Contribuição Social 31.12.2010 31.12.2009 a) Composição dos tributos no resultado: Na rubrica de tributos: Correntes Diferidos Total (21.496) 81.582 60.086 (16.629) 28.852 12.223 (8.799) 29.369 20.570 (6.951) 10.387 3.436 118.702 194.578 118.702 194.578 1.601 541 839 49 3.030 121.732 25% 30.433 (1.250) (89.608) 1.730 690 (10.013) 505 (2) (7.090) 187.488 25% 46.872 (894) (38.426) 1.601 541 843 49 3.034 121.736 9% 10.956 (32.268) 1.730 690 (10.013) 489 2 (7.102) 187.476 9% 16.873 (13.825) b) Demonstração do cálculo dos tributos - Despesa: Resultado antes dos tributos Adições (exclusões): Despesas Não Dedutíveis Contribuições e Doações Não Dedutíveis Receita não tributável - Benefício Lei 11.941/09 Outros Multas indedutíveis Total das adições (exclusões) Base de cálculo Alíquota nominal Despesa com tributos às alíquotas nominais Incentivos Fiscais (PAT/Rouanet) Receita adicional de prejuizos fiscais, base negativa e diferenças temporárias cf. limitações CVM 371 Receita sobre prejuízos fiscais de IR e base negativa de CS utilizados para compensação parcelamento Lei 11.941/2009 Ajustes de bases anteriores - consolidação Lei 11.941 Ajustes de bases anteriores - outros Total da despesa (receita) com tributos 82 339 (60.086) (20.944) 1.328 (159) (12.223) 742 (20.570) (7.540) 1.114 (58) (3.436) AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 30. Transações com partes relacionadas A Companhia é controlada diretamente pela AES Guaíba II Empreendimentos Ltda. e indiretamente pela The AES Corporation. a) As principais transações e saldos entre partes relacionadas no período findo em 31 de dezembro de 2010, estão demonstradas a seguir: 2010 Ativo Fornecedores Devedores Diversos AES Big Sky AES Infoenergy AES Uruguaiana (*) Total Resultado Passivo 28 28 Outras Obrigações 65 65 11.187 11.187 AES Big Sky AES Infoenergy AES Uruguaiana (*) Total 22.384 22.384 (57.670) (57.670) 2009 Passivo Ativo Consumidores concessionárias e permissionárias Energia Comprada p/revenda Devedores Diversos 28 28 Fornecedores 64 2.386 2.450 Serviços de teceiros Resultado financeiro (809) - 34.167 34.167 (809) Resultado Outras Obrigações 10.068 10.068 Energia Comprada p/revenda (27.867) (27.867) Serviços de teceiros 32 32 (*) Vide notas n° 20 AES Uruguaiana O saldo remanescente que a Companhia possui no contas a pagar no valor de R$ 11.187 para a AES Uruguaiana é referente à venda do crédito de ICMS entre as empresas, em anos anteriores. As operações com a AES Uruguaiana são provenientes do contrato de compra de energia celebrado entre CEEE, RGE, AES Sul e AES Uruguaiana. 83 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Em 2010, ainda existiam diversas controvérsias relacionadas à execução deste contrato, e estas controvérsias consistiam em: i) o recebimento, pela Companhia, dos benefícios diretos e indiretos auferidos pela AES Uruguaiana em decorrência da operação integrada da UTE Uruguaiana incluindo-se os Encargos de Serviços de Sistema; ii) o recebimento, pela AES Uruguaiana das diferenças dos valores relativos a faturas glosadas pela Companhia desde maio de 2001; iii) a exigência, pela Companhia, do pagamento de multa por atraso do início da entrada em operação da UTE Uruguaiana; iv) o ressarcimento pela energia não entregue nos meses de maio e junho de 2001; e v) o ressarcimento a título de potência assegurada referente aos períodos em que a Usina ficou paralisada ou operando de forma deficitária em virtude de incêndio (novembro e dezembro de 2000). Com o objetivo de por fim a tais controvérsias, a Companhia celebraram acordo para dirimir referidas controvérsias. Este pela ANEEL em 30 de abril de 2010, através do despacho impactos contabilizados pela Companhia até o dia 31 de relacionados estão evidenciados no quadro abaixo: e a AES Uruguaiana acordo foi aprovado 1.210. Os principais dezembro de 2010, 31.12.2010 Demonstração Resultado Resultado Operacional Energia Elétrica Comprada p/ Revenda Resultado Financeiro Juros e Atualização Energia Comprada Juros e Atualização Benefício de Despacho Otimizado Correção monetária - Crédito ICMS (57.670) (57.670) 34.167 14.505 20.781 (1.119) 31.12.2009 (27.867) (27.867) 210 210 AES Big Sky As operações com a AES Big Sky correspondem aos contratos de licença e manutenção de uso do software SAP e prestação de serviços de gerenciamento e administração da plataforma SAP, incluindo hospedagem no datacenter, suporte, gerenciamento de rede e determinadas tarefas correlacionadas. As operações com a AES BIG SKY foram aprovadas pela ANEEL por meio dos despachos nºs. 1.877 e 1.334. 84 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) b) A remuneração da Alta Administração - de acordo com a orientação contida na Deliberação CVM nº 560, de 11 de dezembro de 2008, a Companhia está divulgando a remuneração de sua alta administração. No exercício de 2010 e de 2009, a remuneração foi conforme segue: Descrição 31.12.2010 Benefícios de curto prazo (i) Benefícios pós-emprego (ii) Outros beneficios de longo prazo (iii) Benefícios de rescisão do contrato de trabalho (iv) Remuneração Baseada em ações (v) Total 3.918 102 290 125 145 4.580 31.12.2009 3.582 121 411 186 4.300 i) Benefícios de curto prazo: compostos por ordenados, salários e contribuições para a seguridade social, licença remunerada e auxílio-doença pago, participação nos lucros e bônus (se pagáveis num período de doze meses após o encerramento do exercício) e benefícios não-monetários (tais como assistência médica, habitação, automóveis e bens ou serviços gratuitos ou subsidiados) para a alta administração; ii) Benefícios pós emprego: compostos por pensões e outros benefícios de aposentadoria; iii) Outros benefícios de longo prazo: incluindo licença por anos de serviço ou outras licenças, jubileu ou outros benefícios por anos de serviço, benefícios de invalidez de longo prazo e, se não forem pagáveis na totalidade num período de doze meses após o encerramento do exercício, participação nos lucros, bônus e remunerações futuras; iv) Benefícios de rescisão de contrato de trabalho: incluem-se as ofertas para incentivar a demissão voluntária ou de incentivo a aposentadoria; v) Remuneração baseada em ações: são benefícios a empregados relacionado com pagamentos baseados em ações, em que os funcionários prestam serviços em troca de títulos patrimoniais, vide nota nº 38. A remuneração da alta administração da Companhia é determinada por um comitê de remuneração, sendo consideradas as performances individuais e as tendências de mercado. 85 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 31. Seguros Período de vigência Risco Responsabilidade Civil Responsabilidade de Executivos Riscos Operacionais Frota veículos - RCF de até 01/06/10 15/02/10 01/04/10 31/08/10 01/06/11 15/02/11 01/04/11 31/08/11 Importância segurada 30.000 10.000 1.050.300 1.000 O escopo dos trabalhos de nossos auditores não inclui a revisão sobre a suficiência da cobertura de seguros, a qual foi determinada pela Administração da Companhia e que a considera suficiente para cobrir eventuais sinistros. 32. Instrumentos financeiros 32.1 Considerações Gerais A Companhia mantém operações com instrumentos financeiros, cujos limites de exposição aos riscos de crédito são aprovados e revisados periodicamente pela Administração. A Companhia limita os seus riscos de crédito através da aplicação de seus recursos em instituições financeiras de primeira linha. Todas as operações estão integralmente reconhecidas na contabilidade na rubrica dos seguintes instrumentos financeiros: a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) Caixa e equivalentes de caixa (nota nº 5); Investimentos de curto prazo (nota nº 5); Consumidores, concessionárias e permissionárias (nota nº 6); Devedores diversos; Ativo financeiro de Concessão(nota nº 9); Cauções e depósitos vinculados (nota nº 17); Fornecedores (nota nº 12); Empréstimos e financiamentos - incluem encargos (nota nº 14); Custo a amortizar (nota nº 14); e Subvenções governamentais (nota nº 15). 86 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 32.2.a Valor justo Os instrumentos financeiros ativos e passivos ajustados às taxas correntes de mercado estão demonstrados a seguir: 31.12.2010 ATIVO Caixa e equivalentes de caixa Investimentos de curto prazo Consumidores, concessionárias e permissionárias Devedores diversos Cauções e depósitos vinculados Ativo financeiro de concessão Total PASSIVO Fornecedores Empréstimos e financiamentos - incluem encargos Custos a amortizar Subvenções governamentais Total Valor Contábil 31.12.2009 Valor Justo Valor Contábil 01.01.2009 Valor Justo Valor Contábil Valor Justo 22.933 111.867 306.757 4.962 19.645 112.439 578.603 22.933 111.867 306.757 4.962 19.645 112.439 578.603 8.748 90.849 321.702 3.265 17.029 74.327 515.920 8.748 90.849 321.702 3.265 17.029 74.327 515.920 17.109 55.993 305.962 1.781 35.452 57.260 473.557 17.109 55.993 305.962 1.781 35.452 57.260 473.557 422.396 673.695 (17.180) 991 1.079.902 422.396 673.695 (17.180) 991 1.079.902 327.858 704.996 (16.628) 280 1.016.506 327.858 704.996 (16.628) 280 1.016.506 330.416 813.856 (20.366) 1.123.906 330.416 813.856 (20.366) 1.123.906 O método de mensuração utilizado para cômputo do valor de mercado dos instrumentos financeiros foi o fluxo de caixa descontado, considerando expectativas de liquidação desses ativos e passivos e taxas de mercado vigentes e respeitando as particularidades de cada instrumento na data do balanço. 32.2.b Hierarquia de valor justo A tabela a seguir apresenta uma análise dos instrumentos financeiros reconhecidos pelo valor justo, após o seu reconhecimento inicial. De acordo com a deliberação da CVM nº 604, estes instrumentos financeiros estão agrupados em níveis de I a III, com base no grau em que o seu valor justo é cotado: Nível I – preços negociados (sem ajustes) em mercados ativos para ativos idênticos ou passivos; Nível II– informações diferentes dos preços negociados em mercados ativos incluídos no Nível 1 que são observáveis para o ativo ou passivo, diretamente (como preços) ou indiretamente (derivados dos preços); Nível III– informações para o ativo ou passivo que não são baseados em variáveis observáveis de mercado (informações não observáveis). 87 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) A Companhia classifica seus instrumentos financeiros conforme abaixo: Valor de mercado 31.12.2010 Nível I Nível II Nível III ATIVO Investimentos de curto prazo Consumidores, concessionárias e permissionárias Devedores diversos Cauções e depósitos vinculados Ativo financeiro de concessão Total 111.867 306.757 4.962 19.645 112.439 555.670 - 111.867 306.757 4.962 - - 112.439 536.025 - PASSIVO Fornecedores Empréstimos e financiamentos - incluem encargos Custos a amortizar Subvenções governamentais Total 422.396 673.695 (17.180) 991 1.079.902 - 422.396 673.695 (17.180) 991 1.079.902 - Valor de mercado 31.12.2009 Nível I Nível II Nível III ATIVO Investimentos de curto prazo Consumidores, concessionárias e permissionárias Devedores diversos Cauções e depósitos vinculados Ativo financeiro de concessão Total 90.849 321.702 3.265 17.029 74.327 507.172 - 90.849 321.702 3.265 - - 74.327 490.143 - PASSIVO Fornecedores Empréstimos e financiamentos - incluem encargos Custos a amortizar Subvenções governamentais Total 327.858 704.996 (16.628) 280 1.016.506 - 327.858 704.996 (16.628) 280 1.016.506 - Valor de mercado 01.01.2009 ATIVO Investimentos de curto prazo Consumidores, concessionárias e permissionárias Devedores diversos Cauções e depósitos vinculados Ativo financeiro de concessão Total 55.993 305.962 1.781 35.452 57.260 456.448 PASSIVO Fornecedores Empréstimos e financiamentos - incluem encargos Custos a amortizar Total 330.416 813.856 (20.366) 1.123.906 88 Nível I Nível II - Nível III - 55.993 305.962 1.781 35.452 57.260 456.448 - - 330.416 813.856 (20.366) 1.123.906 - AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 32.3 Instrumentos financeiros por categoria Síntese dos instrumentos financeiros por categoria: 31.12.2010 Empréstimos e recebíveis ATIVO Investimentos de curto prazo Consumidores, concessionárias e permissionárias Devedores diversos Cauções e depósitos vinculados Ativo financeiro de concessão Total 306.757 4.962 19.645 331.364 PASSIVO Fornecedores Empréstimos e financiamentos - incluem encargos Custos a amortizar Subvenções governamentais Total Disponíveis para venda Total 111.867 112.439 224.306 422.396 673.695 (17.180) 991 1.079.902 - 111.867 306.757 4.962 19.645 112.439 555.670 422.396 673.695 (17.180) 991 1.079.902 31.12.2009 Empréstimos e recebíveis ATIVO Investimentos de curto prazo Consumidores, concessionárias e permissionárias Devedores diversos Cauções e depósitos vinculados Ativo financeiro de concessão Total 321.702 3.265 17.029 341.996 PASSIVO Fornecedores Empréstimos e financiamentos - incluem encargos Custos a amortizar Subvenções governamentais Total Disponíveis para venda Total 90.849 74.327 165.176 327.858 704.996 (16.628) 280 1.016.506 - 90.849 321.702 3.265 17.029 74.327 507.172 327.858 704.996 (16.628) 280 1.016.506 01.01.2009 Empréstimos e recebíveis ATIVO Investimentos de curto prazo Consumidores, concessionárias e permissionárias Devedores diversos Cauções e depósitos vinculados Ativo financeiro de concessão Total 305.962 1.781 35.452 343.195 PASSIVO Fornecedores Empréstimos e financiamentos - incluem encargos Custos a amortizar Total 330.416 813.856 (20.366) 1.123.906 89 Disponíveis para venda Total 55.993 57.260 113.253 - 55.993 305.962 1.781 35.452 57.260 456.448 330.416 813.856 (20.366) 1.123.906 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 32.4 Informações sobre liquidez A Companhia adota como política de gerenciamento de risco: (i) manter um nível mínimo de caixa como forma de assegurar a disponibilidade de recursos financeiros e minimizar riscos de liquidez; (ii) estabelecer diretrizes para contratação de operações de hedge para mitigação dos riscos financeiros da Companhia, bem como a operacionalização e controle destas posições. 32.5 Informações qualitativas e quantitativas sobre instrumentos financeiros A Deliberação CVM nº 550, de 17 de outubro de 2008, dispõe que as companhias abertas devem divulgar, em nota explicativa específica, informações qualitativas e quantitativas sobre todos os seus instrumentos financeiros, principalmente aqueles representados por operações com derivativos. Uma vez identificados os riscos a serem mitigados, a Companhia busca os instrumentos mais adequados para contratar o hedge. Os principais fatores que deverão direcionar a decisão do instrumento a ser utilizado estão listados a seguir: • • • Situação de liquidez da Companhia; Condição de crédito junto ao mercado financeiro; Cenário de mercado. Análise de sensibilidade das aplicações financeiras Com a finalidade de verificar a sensibilidade do indexador nas aplicações financeiras ao qual a Companhia estava exposta na data base de 31 de dezembro de 2010, foram definidos 05 cenários diferentes. Com base no relatório FOCUS de 31 de dezembro de 2010 foi extraída a projeção do indexador SELIC/CDI para o ano de 2011 e este definido como o cenário provável; a partir deste calculadas variações de 25% e 50%. 90 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Para cada cenário foi calculada a receita financeira bruta não levando em consideração incidência de tributos sobre os rendimentos das aplicações. A data base utilizada da carteira foi 31 de dezembro de 2010 projetando para um ano e verificando a sensibilidade do CDI com cada cenário. Indexador Cenário I Cenário II Cenário Provável Cenário III Cenário IV Selic / CDI Posição em 31.12.2010 6,03 9,05 12,06 15,08 18,09 Aplicações Financeiras (Equivalentes de Caixa) Aplicações Financeiras (Investimentos de Curto Prazo) Operação Aplicações Financeiras (Equivalentes de Caixa) Aplicações Financeiras (Investimentos de Curto Prazo) 11.283 111.867 Risco Cenário I CDI CDI Cenário II 680 6.746 Cenário Provável 1.021 10.118 Cenário III 1.361 13.491 Cenário IV 1.701 16.864 2.041 20.237 Análise de sensibilidade das dívidas Com a finalidade de verificar a sensibilidade dos indexadores nas dívidas aos quais a Companhia estava exposta na data base de 31 de Dezembro de 2010, foram definidos 05 cenários diferentes. Com base no relatório FOCUS de 31 de Dezembro de 2010, foi extraída a projeção dos indexadores CDI / IGP-M / DOLAR e assim definindo-os como o cenário provável; a partir deste foram calculadas variações de 25% e 50%. Para cada cenário foi calculada a despesa financeira bruta não levando em consideração incidência de tributos e o fluxo de vencimentos de cada contrato programado para um ano. A data base utilizada da carteira foi 31 de Dezembro de 2010, projetando os índices para um ano e verificando a sensibilidade dos mesmos em cada cenário. Operação Taxa de Juros Saldo de Principal em 31.12.2010 DIVIDAS EM REAIS COM TAXA PRE-FIXADA Eletrobrás - Luz para todos Eletrobrás - Finel 5,00% a.a. 5,00% a.a. 59.595 17.582 MOEDA ESTRANGEIRA Eletrobrás Itaipu 12,00% a.a. 8.265 CDI Arrendamento mercantil CCB - Unibanco CDI+1,05% a.a. CDI+1,7% a.a. 385 568.625 TOTAL Projeção Despesas Financeiras - Ano 2011 Queda de 25% de 50% NA NA NA NA 1,2900 Base Case NA NA 0,8600 Aumento de 25% de 50% NA NA NA NA 1,7200 2,1500 (2.067) (4.456) 322 2.711 2,5800 5.100 9,05% 39 62.002 6,03% 28 44.538 12,06% 51 79.409 15,08% 63 96.873 18,09% 74 114.280 62.041 44.565 79.460 96.936 114.354 IGPM Consumidores IGPM+6,00% a.a. 6.481 4,16% 675 2,77% 579 5,54% 769 6,93% 865 8,31% 960 TJLP BNDES Safra TJLP+3,55% a.a. 2.928 4,50% 240 3,00% 195 6,00% 286 7,50% 331 9,00% 377 91 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 32.6 Fatores de risco que podem afetar os negócios da Companhia 32.6.1 Risco de crédito A Companhia está obrigada, por força de regulamentação do setor de energia elétrica e por cláusula incluída no contrato de concessão, a fornecer energia elétrica para todos os clientes localizados na sua área de concessão. De acordo com a regulamentação do setor de energia elétrica, a Companhia tem o direito de cortar o fornecimento de energia elétrica dos consumidores que não efetuem o pagamento das faturas. 32.6.2 Riscos de taxa de juros e indexadores A Companhia possui empréstimos relevantes remunerados pela variação do DI, acrescidos de juros entre 1,1% a 1,7% ao ano. Consequentemente, o resultado da Companhia é afetado pela variação desse índice. Os pagamentos de energia comprada de Itaipu também são afetados pela volatilidade do fator de risco de taxa de câmbio (dólar norte-americano). 32.6.3 Risco de preço A tarifa de fornecimento, de acordo com o Contrato de Concessão, é reajustada anualmente e revisada a cada cinco anos. O reajuste/revisão da Companhia ocorre no dia 19 de abril de cada ano. 92 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) A Agência Nacional de Energia (ANEEL) autorizou o reajuste médio das tarifas de energia da Companhia em 5,56%, correspondendo a um efeito médio negativo de 2,16% a ser percebido pelos consumidores cativos, para o ciclo 2010/2011. Parcela A Reajuste Tarifário 2010 Encargos setoriais Energia Comprada Encargos de transmissão subtotal A Parcela B IRT Econômico CVA - Itens parcela A Outros componentes financeiros Subsídios Tarifários IRT Financeiro IRT total 2,88% -2,47% 1,25% 1,66% 0,81% 2,47% -3,05% 0,38% 5,75% 3,09% 5,56% O reajuste foi homologado através da Resolução Homologatória n° 965, de 13 de abril de 2010, publicada no Diário Oficial da União em 16 de abril de 2010, e entrou em vigor no dia 19 de abril de 2010. No dia 12 de abril de 2010 foi assinado o Terceiro Aditivo ao Contrato de Concessão para Prestação do Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica nº 012/1997 - DNAEE entre a Companhia e a União Federal, cujo impacto se deu a partir do reajuste tarifário de abril de 2010. A metodologia de cálculo do reajuste tarifário anual foi alterada de modo a capturar os efeitos econômico-financeiros das variações de mercado exclusivamente sobre os Encargos Setoriais a partir de fevereiro de 2010. 93 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 32.6.4 Risco de mercado Os custos associados à compra de energia são compostos por itens não gerenciáveis. A legislação atual estabelece que as empresas de distribuição devem garantir o atendimento a cem por cento dos seus mercados de energia e prevê que a ANEEL deverá considerar, no repasse dos custos de aquisição de energia elétrica, até cento e três por cento do montante total de energia elétrica contratada em relação à carga anual de fornecimento da Distribuidora. Os principais fatores de incerteza na compra de energia estão relacionados à previsão de 5 anos da carga e à expectativa de preços futuros. Tais fatores podem implicar em penalidades por insuficiência de contratação, quando a contratação for inferior a 100%, e em custos não repassáveis às tarifas de fornecimento, quando a contratação for superior a 103%. Para mitigação desses riscos, há instrumentos de contratação de energia elétrica previstos pela regulamentação tais como leilões de ajuste, MCSD (Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits), opção por redução dos CCEAR’s de energia existente devido a (i) migração de clientes ao mercado livre, (ii) acréscimos na aquisição de energia decorrentes de contratos celebrados antes da edição da Lei nº 10.848/2004, e (iii) outras variações de mercado. A estratégia de suprimento de energia busca assegurar que o nível de contratação permaneça na faixa entre 100% e 103%, minimizando os custos com a compra de energia requerida para atender todos os clientes cativos. Adotou-se, dessa forma, uma abordagem de gestão de risco na compra de energia focada na identificação, mensuração e gestão dos riscos de volume e preços, além da utilização de ferramentas de otimização para suporte na decisão de contratação de energia. Conforme disposto na Portaria MME nº 45, de 9 de março de 2007 e nas regras estabelecidas pela Resolução Normativa ANEEL nº 305, de 18 de maio de 2008, a eventual exposição no nível de contratação a qual as Distribuidoras possam ser submetidas, por fatos alheios a sua vontade, poderá ser repassada à tarifa da Distribuidora. Este repasse deverá ser concedido desde que atendidas as condições dispostas na portaria anteriormente mencionada. Adicionalmente, cabe à ANEEL analisar a isenção da aplicação de penalidade por eventual não atendimento à obrigação de contratação da totalidade de seu mercado. 94 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 32.6.5 Risco de regulação As atividades da Companhia, assim como de seus concorrentes são regulamentadas e fiscalizadas pela ANEEL. Qualquer alteração no ambiente regulatório poderá exercer impacto sobre as atividades da Companhia. 32.6.6 Risco de aceleração de dívidas A Companhia tem contratos de empréstimos e financiamentos, com cláusulas restritivas “covenants” normalmente aplicáveis a esses tipos de operações, relacionadas à atendimento de índices econômico-financeiros, geração de caixa e outros. Essas cláusulas restritivas foram atendidas e não limitam a capacidade de condução do curso normal das operações. 32.6.7 Risco de Volatilidade dos Custos da “Parcela A” O reconhecimento dos ativos e passivos regulatórios tem a finalidade de neutralizar os impactos econômicos no resultado em função dos aumentos dos custos não gerenciáveis denominados de “Parcela A” ocorridos entre o período do reajuste tarifário anual. As Normas Internacionais de Contabilidade não permite o registro destes ativos e passivos. Dessa forma, com a adoção das referidas normas, o resultado da Companhia está sujeito a volatilidade decorrente das variações do aumento destes custos entre o período do reajuste tarifário. 33. Informações por segmento A Administração da Companhia é o órgão responsável por revisar regularmente as informações financeiras, de forma a alocar os recursos e analisar o desempenho da Companhia. A Companhia é administrada como uma única operação, uma vez que suas receitas operacionais decorrem substancialmente do fornecimento de energia elétrica para consumidores finais na região Centro Oeste do Estado do Rio Grande do Sul. Sendo assim, a Administração da Companhia não utiliza informações por segmento para analisar o desempenho da Companhia. 95 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 34. Assuntos regulatórios 34.1 Energia no curto prazo – CCEE a) Comercialização de Curto Prazo Em 31 de dezembro de 2010, o saldo da conta de consumidores, concessionárias e permissionárias e o da conta de fornecedores incluem a contabilização dos valores referentes à comercialização de energia no curto prazo compostos da seguinte forma: 31.12.2010 CCEE a receber Comercialização conforme pré-fatura novembro/2009 Comercialização do período de setembro de 2000 a dezembro de 2002 Correção monetária do período de setembro de 2000 a dezembro de 2002 CCEE a pagar Estimativa referente a comercialização de dezembro/09 e dezembro/08 Estimativa referente a comercialização de períodos anteriores Estimativa referente ao ESS de dezembro/09 Comercialização conforme pré-fatura de novembro/09 e novembro/08 ESS conforme pré-fatura novembro/09 e novembro/08 Comercialização do período de setembro de 2000 a dezembro de 2002 ESS do período de setembro de 2000 a dezembro de 2002 Correção monetária, juros e multa do período de setembro de 2000 a dezembro de 2002 31.12.2009 01.01.2009 20.505 8.474 28.979 205 20.505 6.221 26.931 20.555 6.568 27.123 (4.698) (2.081) (4.701) (4.192) (3.575) (62.229) (15.014) (1.084) (1.337) (500) (78) (62.229) (15.014) (10.924) (2.000) (7.560) (1.769) (62.229) (15.014) (114.717) (92.632) (84.466) (211.207) (182.228) (172.874) (145.943) (183.962) (156.839) (*) Os montantes relativos à comercialização realizada no período de 1º de setembro de 2000 a 31 de dezembro de 2002, podem estar sujeitos a modificações dependendo da decisão dos processos judiciais em andamento, conforme descrito no item b desta nota . b) Exposição decorrente de preços entre submercados Em 2001, a Companhia decidiu por não utilizar o mecanismo de alívio de exposição em relação à energia de Itaipu. Posteriormente, contudo, em virtude da diferença de preços entre os Submercados Sul e Sudeste, a Companhia teve registrada em seu favor uma exposição positiva. Em 16 de maio de 2002, a ANEEL, sob o pretexto de interpretar corretamente as regras do extinto “Mercado Atacadista de Energia” (MAE) considerou ilegal a opção da Companhia, mediante a publicação do Despacho n° 288, sob a alegação de que o alívio de exposição seria mandatório. Além disso, o Despacho n° 288 da ANEEL eliminou o direito que a empresa tinha a receber os valores que haviam sido registrados em seu favor em decorrência da diferença de preços nos Submercados Sul e Sudeste, fazendo com isso com que a empresa de credora líquida passasse a devedora do mercado. 96 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) A Companhia, todavia, não concordando com tal decisão da ANEEL está utilizando todos os meios legais disponíveis para contestar esse despacho. Assim, em 23 de agosto de 2002, a AES Sul ajuizou ação em face da ANEEL, visando à anulação do Despacho n° 288 e buscando os créditos resultantes da exposição positiva. Em 29 de outubro de 2002, o juízo da 15ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, em antecipação de tutela proferida na ação nº 2002.34.00.026509-0, determinou que a ANEEL se abstivesse de impor à Companhia o teor do Despacho nº 288, mormente no tocante ao refazimento de suas demonstrações contábeis, bem como que a ANEEL diligenciasse junto ao CCEE no sentido de comunicar que fosse contabilizado em favor da mesma o resultado da exposição positiva verificada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2001. Em 20 de novembro de 2002 a ANEEL interpôs Agravo de Instrumento, solicitando a revogação dos efeitos da liminar concedida à Companhia, tendo sido deferido liminarmente o efeito suspensivo da decisão até o julgamento final do recurso. Em 22 de julho de 2005, a Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região julgou improcedente o Agravo de Instrumento nº 2002.01.00.040870-5 interposto pela ANEEL, restabelecendo, com isso, integralmente, os efeitos da antecipação de tutela deferida no processo nº 2002.34.00.026509-0, determinando a realização de recontabilização e liquidação que desconsiderassem os efeitos do Despacho n° 288. Em abril de 2006, a ANEEL interpôs Recurso Especial contra a decisão proferida em sede de Agravo de Instrumento, o qual foi recebido sem efeito suspensivo. Em junho de 2008 o Supremo Tribunal de Justiça não conheceu desse Recurso Especial (RESP) interposto pela ANEEL. Todavia, a ANEEL não cumpriu de pronto a medida liminar, sendo necessária uma série de medidas judiciais para que a Agência efetivasse a liquidação dos valores. Após diversas intimações para cumprimento da decisão liminar, a ANEEL determinou que a CCEE realizasse a recontabilização e liquidação. Em outubro de 2008, a CCEE divulgou que a Companhia tinha uma diferença a receber de aproximadamente R$ 418 milhões, referente ao período de 2001, abrangido pela liminar. Em novembro de 2008, a CCEE implementou o plano de liquidação. Diversas empresas atingidas pela nova liquidação ingressaram com várias medidas judiciais, tais como, mandados de segurança e suspensões de liminares, e obtiveram êxito. Em 10 de novembro de 2008, a Companhia recebeu o valor aproximado de R$ 27 milhões de empresas que não obtiveram liminares. 97 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Porém, em 12 de novembro de 2008, a liminar obtida foi revogada pelo Juiz de primeiro grau na parte em que impunha à ANEEL a obrigação de contabilizar em favor da AES Sul o resultado da exposição positiva verificada no balanço financeiro do exercício findo em 31 de dezembro de 2001. Além disso, o juiz de primeiro grau determinou a inclusão no processo das empresas que podem ser afetadas pela decisão de ilegalidade do Despacho 288. A Companhia recorreu por meio da interposição de um agravo de instrumento, tendo sido concedida nova decisão liminar, em 05 de dezembro de 2008, para reativar em parte a liminar anterior, impedindo que a AES Sul seja alvo de cobranças dos valores que haviam contra ela sido apurados na liquidação em que o Despacho nº 288/02 foi empregado. Nessa mesma decisão liminar no Agravo de Instrumento, a Desembargadora (Magistrada de Segundo Grau) suspendeu o processo até o julgamento do agravo e dos Mandados de Segurança. O Agravo de Instrumento teve seu mérito julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região por decisão publicada em 30 de julho de 2010, que manteve a impossibilidade de que: (i) fossem contabilizados e liquidados valores desconsiderando os efeitos do despacho 288, e (ii) a AES fosse cobrada por qualquer valor relativo ao Despacho 288. As decisões referentes aos Mandados de Segurança foram publicadas em 19 de outubro de 2009 e concederam a segurança tão só para que os efeitos da tutela antecipada não recaiam sobre os terceiros que não integraram o processo 2002.34.00.026509-0, em que se discute a ilegalidade do Despacho 288. A AES Sul opôs embargos de declaração a essa decisão, que foram julgados em 26 de fevereiro de 2010. Após, em março de 2010, houve a interposição de Recursos Ordinários por algumas das impetrantes dos mandados de segurança, bem como a interposição, pela AES Sul, de Recursos Especiais contra as decisões que julgaram os mandados de segurança, recursos esses que ainda pendem de julgamento. Todas as empresas que deveriam efetuar pagamentos em decorrência da nova contabilização determinada pela CCEE em cumprimento à liminar foram citadas e apresentaram suas contestações. A AES Sul apresentou réplica a essas contestações em 09 de dezembro de 2009. Aguarda-se definição sobre necessidade de produção de provas e decisão de primeira instância. 98 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) A Companhia mesmo não concordando com o Órgão Regulador e mantendo o questionamento judicial do Despacho n° 288, registrou, por tratar-se de ativo contingente, provisão para perdas sobre esse crédito no montante de R$ 437.800, conforme: R$ Saldo no exercício findo em 31/12/2001 Receita registrada no exercício de 2002 (-) Provisão para perda com créditos referente a exposição decorrente de preços entre submercados registrada durante o exercício Saldo líquido na conta de Consumidores e revendedores 373.942 63.858 (437.800) - b) Leilões de energia Os Leilões de Compra de Energia Elétrica Proveniente de Novos Empreendimentos de Geração estão previstos nos parágrafos 5º ao 7º do art. 2º da Lei nº 10.848, de 15/03/2004, e nos arts. 19 a 23 do Decreto nº 5.163, de 30 de Julho de 2004, com redação modificada conforme o Decreto nº 5.499, de 25/07/2005. A Companhia participou de todos os leilões necessários para atendimento de 100% de seu mercado. 99 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 34.2 Conta de compensação de variação de custos da parcela “A” – CVA a) Período de 26 de outubro de 2001 a 31 de dezembro de 2009 A Lei nº 10.438/2002, em conjunto com diversas Portarias Interministeriais, sendo a última a de nº 361, datada de 26 de novembro de 2004, criou mecanismo de compensação das variações ocorridas nos custos não gerenciáveis incorridas pelas distribuidoras de energia a partir de 26 de outubro de 2001. Esses custos são representados, principalmente por: (1) tarifa de repasse de potência proveniente de Itaipu Binacional; (2) tarifa de transporte de energia elétrica proveniente de Itaipu Binacional; (3) quota de recolhimento à conta de consumo de combustíveis – CCC; (4) quota de recolhimento à conta de desenvolvimento energético – CDE; (5) tarifa de uso das instalações de transmissão integrantes da rede básica; (6) compensação financeira pela utilização dos recursos hídricos; (7) encargos de serviços de sistema – ESS; (8) quotas de energia e custeio do Programa de Incentivo Fontes Alternativas de Energia Elétrica – Proinfa; e (9) custos de aquisição de energia elétrica. Adicionalmente, os seguintes itens de custo da Parcela A têm a data de alteração de seus valores concatenada com a data de revisão ou reajuste tarifário da distribuidora: (1) energia comprada estabelecida nos contratos iniciais; (2) quota de reserva global de reversão – RGR; (3) taxa de fiscalização de serviços de energia elétrica; (4) encargos de conexão, inclusive aqueles decorrentes da entrada em operação de novos ativos de conexão; e (5) encargos de uso dos sistemas de distribuição. 100 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) b) Ativos e passivos regulatórios Em função da adoção das normas internacionais de contabilidade, a Companhia reverteu integralmente os saldos dos ativos e passivos regulatórios. Caso os ativos e passivos regulatórios não tivessem sido revertidos, a Companhia teria registrado em suas Demonstrações Contábeis os seguintes saldos: ATIVO 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 40.242 40.242 67.047 67.047 72.277 72.277 NÃO CIRCULANTE Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA TOTAL ATIVO NÃO CIRCULANTE 11.450 11.450 11.787 11.787 22.372 22.372 TOTAL DO ATIVO 51.692 78.834 94.649 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 66.350 66.350 84.785 84.785 34.064 34.064 19.878 19.878 37.842 37.842 19.196 19.196 (43.792) 9.256 (34.536) 41.389 (85.182) (43.793) 41.389 41.389 51.692 78.834 94.649 31.12.2010 31.12.2009 CIRCULANTE Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA TOTAL ATIVO CIRCULANTE ATIVO PASSIVO CIRCULANTE Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA TOTAL PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA TOTAL PASSIVO NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO Lucros/Prejuízos acumulados Resultado do Exercício TOTAL PATRIMÔNIO TOTAL DO PASSIVO RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA Custo com Energia Elétrica Energia elétrica comprada para revenda Encargos do uso do sistema de transmissão e distribuição TOTAL DAS DESPESAS OPERACIONAIS RECEITA (DESPESA) FINANCEIRA Receita Despesa Variações monetárias/cambiais - líquidas TOTAL RECEITA (DESPESA) FINANCEIRA RESULTADO 101 (42.206) 57.680 12.552 9.709 22.261 7.847 586 8.433 (4.279) 13.001 1.967 10.689 (6.146) 6.991 18.224 19.069 (9.256) 85.182 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) c) Período de 1° de janeiro a 25 de outubro de 2001 - Variação de itens da parcela “A” A Medida Provisória nº 14, de 21 de dezembro de 2001, convertida na Lei nº 10.438 de 26 de abril de 2002, estendeu o tratamento dado às variações dos custos não gerenciáveis a partir de 25 de outubro de 2001, também para o período de 1º de janeiro a 25 de outubro de 2001. Esses custos seriam recuperados através de aumento tarifário extraordinário, condicionado à adesão ao Acordo do Setor Elétrico proposto pelo Governo Federal e desistência de todos os pleitos e do direito de reclamar valores relativos à recuperação de custos não gerenciáveis ocorridos até a data de 31 de dezembro de 2000, tanto em nível administrativo quanto em nível judicial. Discordando dessa condição por entender ser ela danosa à concessão, a Companhia decidiu, em reunião do Conselho de Administração realizada em 29 de julho de 2002, não aderir ao referido acordo. Dessa forma, não foi assegurado à Companhia o direito ao aumento tarifário extraordinário para recuperação dos valores relativos à variação dos itens da Parcela “A”, no montante de R$ 67.505, e os mesmos foram revertidos para o resultado em 31 de dezembro de 2002, como item extraordinário. A Companhia ajuizou diversas ações judiciais na Justiça Federal de Brasília, relativas aos custos de Parcela “A” não repassados às tarifas ao longo do período da concessão, nas quais foi realizada perícia técnica que reconheceu o prejuízo a ser repassado às tarifas. Em 02 de junho de 2006 e 10 de julho de 2006 a Companhia apresentou manifestação acerca dos laudos periciais juntados nos processos, bem como o laudo da assistente técnica. A ANEEL apresentou sua manifestação e o parecer de seu assistente técnico em 31 de outubro de 2006. A Companhia peticionou em 28 de novembro de 2006 impugnando a manifestação da ANEEL e o parecer de seu assistente técnico acerca do laudo pericial. Em 06 de março de 2007 os autos foram conclusos ao juiz. Encerrada a fase pericial com a impugnação da manifestação do assistente técnico da ANEEL em novembro de 2006, a Companhia apresentou alegações finais em 25 de abril de 2007. A ANEEL também apresentou suas alegações finais, tendo as últimas sido juntadas em 04 de julho de 2007. Todos os processos estavam conclusos para sentença em agosto de 2007. . 102 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Em 09 e 10 de agosto de 2010, seis desses processos foram sentenciados. Quatro dos seis processos foram julgados procedentes, determinando-se que o aumento dos custos da Parcela A causou impacto nas tarifas e que estes custos deverão ser repassados às revisões tarifárias. Uma das seis ações foi julgada parcialmente procedente para condenar a ANEEL a indenizar a Companhia na importância de R$ 189 por serviços realizados no período de dezembro de 1999 a julho de 2000 sem a contrapartida tarifária, conforme apurado no laudo pericial, acrescido de correção monetária a partir de cada mês da prestação de serviços e de juros de 1% ao mês a partir da citação. A última ação sentenciada (2002.34.00.032146-9) entendeu existir litispendência parcial com a ação 2002.34.00.032143-8 em relação ao período de 1º de janeiro a 31 de março de 2001, e julgou improcedente o restante da demanda. Em 16 de agosto de 2010, a Companhia opôs embargos de declaração a cinco das seis sentenças e em 23 de agosto de 2010, interpôs recurso de apelação à sentença. Todos os recursos aguardam julgamento. 34.3 Universalização do serviço público de energia elétrica O Programa nacional de universalização do acesso e uso de energia elétrica, denominado “Luz para Todos”, foi instituído pela Lei n° 10.438, de 26 de abril de 2002 e regulamentado pelo Decreto n° 4.873, de 11 de novembro de 2003. O Programa é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, operacionalizado pela Eletrobrás e a Companhia é o principal agente executor (*) no Estado do Rio Grande do Sul. O objetivo do programa “Luz para Todos” é proporcionar energia elétrica às famílias residentes no meio rural e que ainda não possuíam acesso à energia elétrica. A Companhia já realizou 27.184 (*) ligações pelo programa, superando a previsão inicial que era de 13.000(*) (obtida através do CENSO – 2000). Quantidade de ligações realizadas por ano (*): ANO 2004 ANO 2005 ANO 2006 ANO 2007 ANO 2008 ANO 2009 ANO 2010 TOTAL 503 4.452 5.420 6.939 5.370 2.310 2190 27.184 Para a realização destas ligações, a Companhia investiu, até dezembro de 2010, o montante de aproximadamente R$229.200 (*). 103 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) O programa originalmente previsto para ser concluído até 2008 teve sua conclusão prorrogada pelo Ministério de Minas e Energia para 2010 devido ao volume de novas solicitações que superaram em mais de 2 milhões (*) de ligações e expectativa inicial do programa no âmbito nacional. No caso da Companhia, estima-se um volume de atendimentos de 3.500 (*) ligações em 2010. A Companhia realizou, em 2009, 1.532 (*) ligações de universalização, as quais foram enquadradas no primeiro trimestre de 2010 como Obras do “Programa Luz para Todos”, passando a ser tratadas pelo 5º contrato celebrado entre a Companhia e Eletrobrás. (*) Não auditado pelos auditores independentes. 34.4 Ação coletiva – PIS/COFINS ilegalidade da cobrança na fatura de energia Ação Coletiva movida pela Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (processo n. 001/1.09.0249155-9 – 16ª. Vara Cível do Foro Central de Porto Alegre/RS), visando a declaração de ilegalidade do destaque do PIS/PASEP e da COFINS na fatura de energia elétrica, bem como a devolução em dobro dos valores que reputa indevidamente cobrados dos consumidores e, em sede de liminar, a suspensão do destaque e da respectiva “cobrança” (valor estimado de R$9.600/mês). No dia 26 de outubro de 2009 foi proferida sentença julgando improcedente a ação, mesmo sem a constituição da relação processual, conforme faculta o art. 285-A do Código de Processo Civil. Em abril de 2010 a Defensoria Pública apresentou Recurso de Apelação contra mencionada sentença, tendo sido apresentada defesa (em sede de Recurso de Apelação) pela Companhia. Importante ressaltar que o posicionamento do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul atesta a legalidade dos procedimentos tomados pela Companhia (e demais distribuidoras de energia elétrica do Rio Grande do Sul). Além disso, em 22 de setembro de 2010 houve um posicionamento do STJ favorável (em votação unânime) ao setor elétrico em caso análogo. Mais do que posicionamento favorável, o Recurso Especial n.1.185.070/RS (cuja recorrida foi a CEEE-D) foi processado na sistemática do artigo 543-C do Código de Processo Civil, afetando todos os demais processos em trâmites com a mesma matéria, dentre eles a Ação Coletiva em questão. 104 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) A ação possui chance de perda remota, em decorrência do posicionamento do Superior Tribunal de Justiça. 35. Efeitos no Resultado e no Patrimônio Líquido das Informações Trimestrais Decorrentes da Plena Adoção das Normas Contábeis de 2010 A Companhia optou por não reapresentar as suas Informações Trimestrais até a data de apresentação de suas demonstrações financeiras do exercício social iniciado a partir de primeiro de janeiro de 2010. Em decorrência da não reapresentação de suas Informações Trimestrais, a Companhia conforme determina a deliberação CVM nº 656/11 evidenciou abaixo os efeitos no seu patrimônio líquido e no resultado da plena adoção das normas contábeis de 2010. PATRIMÔNIO LÍQUIDO Originalmente emitido Contrato de concessão - ICPC 01 Custo emissão de dívidas - CPC 38 Ativos e passivos regulatórios Imposto de renda e contribuição social diferido Ajustado ao CPC RESULTADO Originalmente emitido Ativos e passivos regulatórios Pagamento baseado em ações - CPC 10 Custo de empréstimos - CPC 20 Contrato de concessão - ICPC 01 Imposto de renda e contribuição social diferidos Ajustado ao CPC 1º Trimestre 2010 2º Trimestre 2010 652.622 3.253 15.674 83.225 (34.154) 720.620 1º Trimestre 2010 - 3 meses 670.827 4.890 14.693 71.613 (30.418) 731.605 2º Trimestre 2010 - 6 meses 39.264 39.431 (47) (954) 2.502 (13.917) 66.279 57.469 27.819 (80) (1.935) 1.728 (9.361) 75.640 3º Trimestre 2010 682.187 7.352 13.696 68.989 (30.013) 742.211 3º Trimestre 2010 - 9 meses 68.829 25.196 (112) (2.932) 2.215 (8.285) 84.911 1º Trimestre 2009 631.679 (6) 19.468 (77.208) 20.150 594.083 1º Trimestre 2009 - 3 meses 26.169 (35.819) (54) (898) 336 12.388 2.122 2º Trimestre 2009 636.297 253 18.538 (17.295) 24 637.817 2º Trimestre 2009 - 6 meses 30.787 24.094 (102) (1.829) 788 (7.803) 45.935 3º Trimestre 2009 676.901 409 17.594 9.037 (8.646) 695.295 3º Trimestre 2009 - 9 meses 71.391 50.426 (145) (2.772) 1.164 (16.549) 103.515 Estas informações foram sujeitas aos procedimentos de revisão especial aplicados pelos auditores independentes da Companhia de acordo com os requerimentos da CVM para Informações Trimestrais (NPA 06 do IBRACON), incluindo os ajustes decorrentes da adoção das novas práticas contábeis, não tendo sido, portanto, sujeitas aos procedimentos de auditoria 36. Compromissos O principal insumo da Companhia é a energia elétrica, e a sua contratação ocorre, essencialmente, através de leilões públicos regulamentados pela ANEEL. A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico instituiu a contratação de energia por meio de leilões em um esforço para reestruturar o Setor de Energia Elétrica a fim de fornecer incentivos aos agentes privados e públicos para construir e manter capacidade de geração e garantir o fornecimento de energia no Brasil a tarifas moderadas por meio de processos competitivos de leilões públicos de energia. 105 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia possuía dois tipos básicos de acordos de fornecimento: (i) quotas de compra de energia de Itaipu, que se estendem até 2027, (ii) quotas de suprimento de energia de projetos do PROINFA. As obrigações de compra da Companhia com Itaipu são vinculadas ao Dólar e, portanto, a Companhia está exposta ao risco das taxas de câmbio em caso de valorização do Dólar frente ao Real (vide nota nº 25). Adicionalmente, a Companhia incorre em custo pelo acesso ao sistema de distribuição e de transmissão, cuja as tarifas são homologadas pela ANEEL (vide nota nº 25). A Companhia também possuí compromissos relacionados a encargos setoriais tais como: Conta de Consumo de Combustível - CCC, Conta de Desenvolvimento Energético – CDE e Reserva Global de Reversão – RGR, cujo as tarifas também são homologadas pela ANEEL. 37. Demonstração do Resultado por Atividade - (Não Auditado) De acordo com o requerido pela ANEEL, a seguir é apresentada uma demonstração do resultado por atividade: 31.12.2010 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO Distribuição RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA Custo com Energia Elétrica Custo com Energia Elétrica - Comprada de Terceiros Encargo de uso do sistema de transmissão e distribuição Custo de Operação Pessoal e administradores Material Serviços de terceiros Depreciação e amortização Custo de construção Outras DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com vendas Despesas gerais e administrativas Outras despesas operacionais CUSTO E DESPESAS OPERACIONAIS RESULTADO DO SERVIÇO RESULTADO FINANCEIRO RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS E ITENS EXTRAORDINÁRIOS Contribuição Social Provisão para Imposto de Renda Contribuição Social - diferido Imposto de Renda - diferido LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Quantidade ações ON Quantidade ações PN Resultado por ação ON Resultado por ação PN 106 Comercialização Atividade Não Vinculada Total 1.095.066 770.968 3 1.866.037 (37.556) - (804.963) (242.924) - (842.519) (242.924) (36.377) (6.167) (55.047) (80.023) (247.534) (1.950) (464.654) (12.485) (506) (33.286) (1.060.878) (33.286) (36.377) (6.167) (67.532) (113.815) (247.534) (1.950) (1.558.818) (73.260) (18.203) (91.463) (556.117) 538.949 (43.997) 494.952 494.952 214.243 65.055 2,31 7,61 (39.574) 11 (3.534) (43.097) (1.103.975) (333.007) (9.960) (342.967) (8.799) (21.496) 29.369 81.582 80.656 (262.311) 214.243 65.055 (1,22) (4,03) (33.286) (33.283) (33.283) (33.283) 214.243 65.055 (0,16) (0,51) (39.574) (73.249) (21.737) (134.560) (1.693.378) 172.659 (53.957) 118.702 (8.799) (21.496) 29.369 81.582 80.656 199.358 214.243 65.055 0,93 3,06 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 31.12.2009 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO Distribuição RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA Custo com Energia Elétrica Custo com Energia Elétrica - Comprada de Terceiros Encargo de uso do sistema de transmissão e distribuição Custo de Operação Pessoal e administradores Material Serviços de terceiros Depreciação e amortização Custo de construção Outras DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com vendas Despesas gerais e administrativas Outras despesas operacionais CUSTO E DESPESAS OPERACIONAIS RESULTADO DO SERVIÇO RESULTADO FINANCEIRO RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS E ITENS EXTRAORDINÁRIOS Contribuição Social Provisão para Imposto de Renda Contribuição Social - diferido Imposto de Renda - diferido LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Quantidade ações ON Quantidade ações PN Resultado por ação ON Resultado por ação PN Comercialização Atividade Não Vinculada Total 831.726 796.779 6 1.628.511 (30.784) - (683.819) (219.286) - (714.603) (219.286) (28.433) (6.176) (56.349) (65.213) (138.250) (12.290) (337.495) (18.629) 1.144 (920.590) (35.242) (35.242) (28.433) (6.176) (74.978) (99.311) (138.250) (12.290) (1.293.327) (70.663) (10.929) (81.592) (419.087) 412.639 (27.270) 385.369 385.369 214.243 65.055 1,80 5,92 (25.927) 138 (3.128) (28.917) (949.507) (152.728) (2.828) (155.556) (6.951) (16.629) 10.387 28.852 15.659 (139.897) 214.243 65.055 (0,65) (2,15) 1 1 (35.241) (35.235) (35.235) (35.235) 214.243 65.055 (0,16) (0,54) (25.927) (70.525) (14.056) (110.508) (1.403.835) 224.676 (30.098) 194.578 (6.951) (16.629) 10.387 28.852 15.659 210.237 214.243 65.055 0,98 3,23 38. Plano de Remuneração Baseado em Ações AES Corp concedeu opções de ações a seus colaboradores através da outorga de instrumentos patrimoniais. Nos termos dos planos, a AES Corp pode emitir opções de compra de ações da própria AES Corp a seus colaboradores, a um preço igual a 10% do preço de mercado na data da outorga da opção. Estas opções de ações são geralmente concedidas com base em um percentual da remuneração base do colaborador. As opções de ações têm um prazo contratual de dez anos. Em todas as circunstâncias, as opções de ações concedidas pela AES Corp não dão direito ao seu detentor de liquidar a opção em dinheiro ou através de outros ativos da AES Corp. A média ponderada do valor justo de cada concessão de opções foi estimada, a partir da data da concessão, utilizando o modelo do “Black-Scholes”, utilizando a média ponderada das seguintes premissas: 2010 Volatilidade esperada (%) Prazo de vida esperado das opções (anos) Taxa de retorno livre de risco (%) 2009 38 6 2,86 107 66 6 2,01 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) A tabela a seguir apresenta o número e média ponderada do preço de exercício e o movimento das opções de ações durante o exercício, relacionados com os instrumentos descritos acima: Quantidade de Ações Em aberto em 1º de janeiro de 2009 Em aberto em 31 de dezembro de 2009 Exercíveis em 31 de dezembro de 2009 e expectativa de ações exercíciveis Elegíveis para exercício em 31 de dezembro de 2009 32.077 32.077 31.132 27.741 Quantidade de Ações Em aberto em 31 de dezembro de 2009 Exercidas durante o exercício Canceladas e expiradas durante o exercício Em aberto em 31 de dezembro de 2010 Exercíveis em 31 de dezembro de 2010 e expectativa de ações exercíciveis Elegíveis para exercício em 31 de dezembro de 2010 32.077 (4.340) (6.327) 21.410 21.034 19.714 Média ponderada do preço de exercício (US$) 16,50 16,50 16,38 15,86 Média ponderada do preço de exercício (US$) 16,50 5,31 18,97 18,04 18,03 17,97 AES Corp concede também aos colaboradores um plano de remuneração de ações restritas. Estas ações restritas são geralmente concedidas com base em um percentual do salário do colaborador. Estas opções de ações restritas devem ser mantidas pelo colaborador por dois anos, após este prazo esta opção pode ser trocada por ações da AES Corp. O valor justo das opções é estimado na data de concessão, sendo o valor justo igual ao preço de fechamento das ações da AES Corp. A tabela a seguir apresenta o número e média ponderada do preço de exercício e o movimento das opções de ações durante o exercício, relacionados com os instrumentos descritos acima: Quantidade de Ações Em aberto em 1º de janeiro de 2009 Exercidas durante o exercício Concedidas durante o exercício Em aberto em 31 de dezembro de 2009 Exercíveis em 31 de dezembro de 2009 e expectativa de ações exercíciveis Elegíveis para exercício em 31 de dezembro de 2009 108 5.954 (2.864) 4.492 7.582 11.788 17.927 Média ponderada do preço de exercício (US$) 19,83 19,69 6,71 12,11 18,21 16,05 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 de dezembro de 2010 e 2009 (Valores expressos em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) Quantidade de Ações Em aberto em 31 de dezembro de 2009 Exercidas durante o exercício Canceladas e expiradas durante o exercício Concedidas durante o exercício Expiradas durante o exercício Em aberto em 31 de dezembro de 2010 Exercíveis em 31 de dezembro de 2010 Média ponderada do preço de exercício (US$) 7.582 (3.541) (704) 2.393 5.730 10.985 15.659 12,11 14,69 10,54 12,18 10,74 17,62 15,54 A despesa reconhecida referente a serviços de funcionários recebidos durante o exercício está demonstrada na tabela abaixo: 2010 Depesas proveniente de transações de pagamneto com base em ações 2009 186 145 39. Evento subsequente Em 23 de fevereiro de 2011 foi homologado pela Previc – Superintendência Nacional de Previdência Complementar o fechamento para novas adesões do Plano de Benefício Definido da Companhia na Fundação Eletroceee. 109 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Relatório da Administração 2010 AES Sul Distribuidora Gaucha de Energia S.A Prezados Acionistas, A administração da AES Sul Distribuidora Gaucha de Energia S.A (“AES Sul”) submete à apreciação de V.Sas. o Relatório de Administração e as demonstrações contábeis acompanhadas do relatório dos auditores independentes sobre essas demonstrações, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2010. As demonstrações contábeis são elaboradas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo “International Accounting Standards Board” – IASB, com as práticas contábeis adotadas no Brasil e normas aplicáveis às concessionárias de Serviço Público de Energia Elétrica estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (“ANEEL”). Perfil A AES Sul é responsável pelo fornecimento de energia elétrica a 118 municípios no Estado do Rio Grande do Sul. A Companhia detém uma área de concessão de 99.512 km². Para atender à demanda de 1.181 mil de unidades consumidoras, a AES Sul, conta com 1.291 colaboradores próprios, dispõe de uma estrutura com 50 subestações, uma linha de transmissão de 1.718 quilômetros, linha de distribuição de 40.572 quilômetros e uma linha de baixa tensão de 20.668 quilômetros. Seu acionista controlador por meio da empresa AES Guaíba II Empreendimentos Ltda é a AES Corporation. A AES Corporation é um dos maiores grupos mundiais na área de geração e distribuição de energia elétrica, emprega mais de 29 mil pessoas diretamente e está presente em 28 países. Contexto Setorial O setor elétrico brasileiro tem suas diretrizes estabelecidas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e é regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Além desses organismos, destacamse, dentre os principais agentes institucionais: o Operador Nacional do Sistema (ONS), que tem a atribuição de coordenar e controlar a operação do Sistema Interligado; a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que é responsável pela contabilização e liquidação das transações no mercado de curto prazo e, sob delegação da ANEEL, realiza os leilões de energia elétrica; e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que desenvolve os estudos e pesquisas para o planejamento do setor. O atual modelo do setor foi elaborado com o objetivo de assegurar o fornecimento de energia elétrica e a modicidade tarifária. O principal marco deste modelo setorial foi a Lei nº. 10.848, de março de 2004, que dispõe sobre a atuação dos agentes dos segmentos de geração, distribuição, transmissão e comercialização. Tarifas As tarifas de fornecimento de energia elétrica são reajustadas anualmente a partir de uma fórmula paramétrica prevista no contrato de concessão. Essa fórmula considera o repasse de custos não- 1 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 gerenciáveis (encargos setoriais, custos de compra de energia para revenda e custos de transmissão) e corrige os custos gerenciáveis da Companhia (despesas operacionais, remuneração dos ativos e depreciação) pelo IGP-M dos 12 meses anteriores à data-base do reajuste da concessionária deduzidos do denominado “Fator-X”. No caso da AES Sul, a cada cinco anos é realizada uma revisão tarifária, que visa a restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro originalmente estabelecido em seu Contrato de Concessão. Dentre os principais pontos que são considerados pela ANEEL na metodologia de revisão tarifária estão a avaliação da base de ativos, os custos e despesas operacionais da empresa de referência, perdas regulatórias, depreciação e o custo médio de capital (WACC) que, aplicado sobre a base de ativos, determina a remuneração da Companhia. A próxima revisão tarifária da AES Sul está prevista para ocorrer dia 19 de abril de 2013 e, portanto, serão adotados os procedimentos a serem definidos oportunamente pelo órgão regulador Aneel. No dia 08 de setembro de 2010, o regulador (Aneel) aprovou em reunião pública da diretoria a abertura de Audiência Pública 040/2011 para obter subsídios para a definição da metodologia e critérios gerais para o 3° ciclo de revisões tarifárias. A metodologia prévia proposta pelo regulador para o 3º ciclo de revisão tarifária propõe mudanças em relação à base de ativos, WACC (custo ponderado do capital), receitas irrecuperáveis, outras receitas, cálculo do “Fator X”, custos operacionais, entre outras. As contribuições foram feitas através de audiência pública até o dia 10 de janeiro de 2011, porém a metodologia final ainda não foi definida. Adicionalmente, em 11 de janeiro de 2011 foi aprovada em reunião de diretoria da ANEEL a abertura de uma audiência pública para discussão dos procedimentos a serem adotados, em caráter provisório, para as distribuidoras que serão submetidas à revisão tarifária periódica antes da aprovação da metodologia aplicável ao 3º ciclo de revisão tarifária. Segundo a proposta, essas empresas teriam a revisão aplicada 90 dias após a aprovação definitiva da Metodologia do 3º Ciclo de Revisão Tarifária, retroativa às datas base das suas revisões. Além disto, eventuais diferenças dos valores de tarifas praticadas até a data serão consideradas como componente financeiro e serão incorporadas na própria revisão tarifária pelo período remanescente ou no próximo reajuste tarifário. Reajuste Tarifário de 2010 No dia 13 de Abril de 2010, a Aneel autorizou reajuste tarifário médio de 5,56% à AES Sul, aplicado em sua tarifa desde 19 de Abril de 2010, conforme publicações da Resolução Homologatória nº 965/2010 e Nota Técnica nº 87/2010. Este reajuste consistiu em Reajuste Base e efeitos financeiros de acordo com a composição na tabela abaixo: Reajuste Tarifário 2010 Parcela A Encargos Setoriais 2,88% Energia Comprada -2,47% Encargos de Transmissão 1,25% Parcela A 1,66% Reajuste Base 2,47% 0,81% Parcela B CVA Total -3,05% Custos financeiros da Parcela A Subsídios Tarifários Reajuste Total 0,38% 5,75% 5,56% 2 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Desempenho Operacional Suprimento de Energia SUPRIMENTO (GWh) ITAIPU LEILÃO FATURAMENTO (GWh) 2.140 RESIDENCIAL 1.095 COMERCIAL 2.687 INDUSTRIAL 2.144 Energia Requerida 6.299 CGTEE* 151 PROINFA 214 CCEE 174 8.982 1.269 682 179 930 RURAL P. PÚBLICO E OUTROS PERDA TRANSMISSÃO PERDA DISTRIBUIÇÃO * Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica O resultado dos contratos de compra firmados e da energia requerida pelo consumo dos clientes cativos define o nível de contratação da Companhia. A AES Sul encerrou 2010 a um nível de contratação de 98,1%, o que expôs a AES Sul no mercado de curto prazo num montante de 174 GWh. A subcontratação de 2010 ocorreu devido à descontratação com a AES Uruguaiana ocorrida em setembro de 2008. Esta descontratação foi reconhecida pelo órgão regulador como “exposição involuntária”. A AES Sul, no esforço para eliminar o seu déficit, utilizou-se de mecanismos regulados de compra de energia. No ano, a AES Sul acumulou um déficit de 174 GWh de energia que foi comprada no mercado de curto prazo (CCEE) a um preço médio de R$ 70,03/MWh, gerando um despesa de R$ 21,1 milhões. Perdas (%) 8,2 8,2 8,6 8,4 1,1 1,4 1,7 1,0 7,1 6,8 6,9 7,4 2007 2008 2009 2010 Perdas Comerciais Perdas Técnicas As Perdas de Distribuição são calculadas com base no “Critério de Perdas Físicas”, que considera o total de suprimento de energia medido na fronteira nos últimos 12 meses (10.434 GWh). A AES Sul encerrou o ano de 2010 com um índice de 8,43%, correspondendo à perda comercial de 0,99% e perda técnica de 7,44%. No final do exercício de 2010, em comparação a 2009, observou-se ligeira piora no indicador de perdas técnicas devido ao impacto do aumento atípico de carga nos dois 3 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 últimos meses do ano em razão do elevado consumo dos clientes rurais irrigantes, os quais são atendidos por redes mais extensas e, portanto, onde as perdas são mais elevadas. Durante 2010, a estratégia adotada pela Companhia para reduzir a perda comercial contemplou três frentes de trabalho: o combate a fraudes e furtos, a campanha de regularização de ligações clandestinas e o recadastramento de iluminação pública em 11 municípios. Para o combate a fraudes e furtos foi mantida a estrutura de 2009, com a atuação de 34 equipes de campo e respectiva estrutura de apoio. Em 2010 foram realizadas inspeções em 47 mil unidades consumidoras e, como resultado foram constatadas 7,2 mil irregularidades. A regularização do consumo de tais unidades consumidoras correspondeu à R$ 7,1 milhões (deduzidos os impostos). Comparativamente, em 2009 também foram realizadas 47 mil inspeções por meio das quais 6 mil irregularidades foram encontradas, gerando R$ 8,6 milhões em arrecadação. O programa de regularização de ligações clandestinas realizado em 2010 contou com recursos provenientes do Programa de Eficiência Energética. Os esforços foram concentrados na instalação do padrão de entrada e medição, além da interação com a comunidade por meio de eventos comunitários, palestras e a distribuição de lâmpadas econômicas visando a redução da conta de energia, atingindo um total de 635 famílias. Arrecadação (%) 99,8 99,4 99,5 100,0 2007 2008 2009 2010 Em 2010, a taxa de arrecadação alcançou o patamar de 100,0%, superando em 0,5 ponto percentual a arrecadação de 2009. O melhor desempenho do indicador reflete principalmente, o encerramento da ação judicial envolvendo o consumidor Gerdau, em outubro de 2010, que possibilitou a arrecadação extra de R$ 6,6 milhões. Sem esse acordo, a taxa de arrecadação em 2010 seria de 99,7%, refletindo a melhoria contínua das ações com foco na adimplência do setor público. Além disto, o setor privado de forma geral também apresentou bom desempenho, especialmente a classe residencial, em função da retomada e intensificação do corte residencial, que no ano anterior sofreu restrições em decorrência de liminar que ampliou o prazo de reaviso de 15 para 60 dias, postergando a execução dos cortes em 2009. 4 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Indicadores de Qualidade 14,50 13,94 14,00 13,54 13,16 13,50 21,00 20,00 13,00 13,00 15,72 16,00 12,00 12,50 15,36 15,00 11,00 15,10 12,00 10,00 9,00 11,50 8,00 12,40 11,00 10,00 11,90 19,60 20,90 2008 2009 18,05 10,13 11,00 7,00 5,00 6,00 6,00 10,50 5,00 10,00 4,00 9,50 0,00 2008 FEC (vezes) 2009 2010 Meta Aneel DEC Padrão ANEEL para 2010: 13,16 horas 1,00 DEC (horas) 2010 Meta Aneel FEC Padrão ANEEL para 2010 15,10 vezes Os indicadores DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor) e FEC (Freqüência Equivalente de Interrupção por Consumidor) representam a qualidade do serviço de distribuição de energia elétrica nos seus aspectos de duração e freqüência das interrupções nos fornecimentos. No ano de 2010, o AES Sul investiu no Plano de Recuperação do DEC, com ações voltadas à melhoria do tempo de atendimento como, por exemplo, a contratação de 45 novas equipes de atendimento emergencial, sendo 24 turmas próprias e 21 terceirizadas. Foram ainda investidos cerca de R$ 6 milhões na aquisição e instalação de 230 equipamentos de operação sob-carga telecomandados nas redes de distribuição, permitindo a operação remota do sistema. Como resultado, houve redução do DEC e do FEC para o ano de 2010, que foram de 18,05 horas e 10,13 vezes respectivamente, representando significativa queda em ambos os indicadores, comparados aos 12 meses findos em dezembro de 2009. Relacionamento com Clientes A AES Sul conta com ampla gama de canais de relacionamento disponíveis aos clientes. São canais específicos para diferentes tipos de manifestação: call center, lojas próprias, rede conveniada de atendimento, Torpedo e Internet. A AES Sul tem como visão ser a melhor distribuidora de energia elétrica do País. Em busca desse resultado foi estabelecido o programa “Por Você, Cliente”, uma ação estratégica da Companhia, com o objetivo de construir, disseminar e consolidar a cultura do “foco no cliente”. Todos os clientes podem comunicar a interrupção no fornecimento de energia elétrica também por meio de mensagens de texto via telefone celular, o AES Sul Torpedo. Além disto, a Companhia criou a rede conveniada de atendimento através de parcerias com estabelecimentos comerciais, ampliando os canais de atendimento presencial. Em 2010, 85 estabelecimentos foram conveniados. A AES Sul realizou, em 2010, 4,8 milhões de atendimentos a clientes, sendo: call center: 54%; Internet: 17%; Lojas: 8%; Convênios (Imobiliárias e Rede Conveniada de Atendimento): 14% e AES Sul Torpedo: 7% dos atendimentos. 5 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Satisfação A AES Sul acompanha o nível de satisfação dos seus clientes, anualmente, por meio de pesquisas específicas direcionadas a cada um dos seus segmentos. No segmento de varejo, a Companhia utiliza a pesquisa da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), que possui 39 atributos de qualidade divididos em sete macro categorias (Fornecimento de Energia; Informação e Comunicação; Conta de Luz; Atendimento ao Cliente; Imagem da Empresa; Responsabilidade Social e Iluminação Pública). O reconhecimento da sociedade aos serviços prestados se confirmou por meio do ISQP (Índice de Satisfação da Qualidade Percebida) da Abradee, que atingiu 86,5%. No Prêmio Abradee 2010, a AES Sul subiu duas posições, sendo considerada a 6° melhor concessionária de energia elétrica do País. Também são utilizados o Índice Aneel de Satisfação de Clientes (IASC) e uma pesquisa feita pela própria empresa com clientes que entram em contato através do call center. Em 2010, a AES Sul conquistou pela primeira vez o Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ), confirmando-se como referência em excelência em gestão. O alinhamento e o envolvimento dos profissionais no processo de gestão são as principais razões do reconhecimento, que consolida o Grupo AES Brasil e mostra que foi alcançado um nível elevado de maturidade na gestão. Desempenho Comercial A Companhia fornece energia elétrica em uma área de concessão com aproximadamente de 3,6 milhões de habitantes, abrangendo a região Centro-Oeste do Estado do Rio Grande do Sul, em um total de 118 municípios que vão desde a região metropolitana de Porto Alegre até a fronteira com a Argentina e o Uruguai, no oeste do Estado. Atividade Comercial – Mercado O mercado total da área de concessão da AES Sul no ano de 2010 atingiu 9.424 GWh, crescimento de 7,7% ao compararmos com o ano de 2009. No mercado cativo foram distribuídos 7.802 GWh, superior em 7,2% em relação a 2009, explicado pelo bom desempenho das classes industrial e pela migração de clientes para a classe livre. Com isso, os clientes livres apresentaram 9,9% de crescimento, em função da migração e da recuperação da atividade industrial. O desempenho do mercado total da AES Sul (+7,7%) foi superior ao apresentado pela região Sul, cujo mercado total no ano cresceu 6,1%. O resultado da empresa seguiu em linha com o mercado total do Brasil, que apresentou aumento de 7,8%, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Tal evolução foi decorrente da devido à recuperação da atividade econômica no estado após a crise de 2009 e pelo grande crescimento dos irrigantes no fim de 2010 devido à estiagem e a antecipação do consumo desses clientes. 6 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Comparação do Consumo* (GWh) +5,2% +12,2 +4,7% +5,4% +2,2% +7,2% +9,9% +7,7% 9.424 8.752 7.276 2.034 2.140 2.394 2.687 1.046 Residencial 7.802 Industrial 1.095 Comercial 1.204 1.476 1.622 1.269 598 Rural 2009 611 Outros Mercado Cativo Clientes Livres Mercado Total 2010 * Não considera consumo próprio Clientes Residenciais – Em 2010, o consumo da classe residencial cresceu 5,2% em comparação a 2009. Tal aumento é explicado, principalmente, por: (i) incremento no número de consumidores faturados (28 mil novas unidades consumidoras nos últimos 12 meses); e (ii) elevação da temperatura, principalmente no início de 2010, causada pelo fenômeno do El Niño, associada ao aumento da capacidade de consumo da população. Clientes Comerciais – Com incremento de 4,7% em relação a 2009, o consumo foi estimulado principalmente pela facilidade de crédito, que favoreceu a intensificação das atividades comerciais dos setores associados à venda de material de construção civil e de automóveis, com reflexo positivo no consumo destes estabelecimentos. Clientes Industriais – Foram distribuídos 2.687 GWh aos clientes industriais cativos da AES Sul em 2010, um crescimento de 12,3% frente a 2009. O crescimento da classe industrial deveu-se, em parte, pela recuperação da produção decorrente dos efeitos da crise financeira global, notadamente nos setores de metalurgia, calçadista, borrachas e plásticos. Clientes Rurais (consumidores tradicionais, cooperativas de eletrificação e irrigantes) - O consumo cativo dessa classe foi de 1.269 GWh em 2010, crescimento de 5,3% ante 2009. Nos últimos meses de 2010, o fenômeno La Ñina causou estiagem favorecendo o consumo dos irrigantes, este efeito corresponde à aproximadamente 1,0% do crescimento total das vendas da AES Sul. Clientes Livres – O consumo dos clientes livres da área de concessão da AES Sul totalizou 1.622 GWh, um aumento de 9,9% frente ao total consumido em 2009. A recuperação da atividade industrial na região Sul foi a principal responsável pela alta do consumo dos clientes livres em 2010 em comparação a 2009. 7 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Desempenho Econômico-Financeiro Receita Operacional Em 2010, a receita operacional bruta atingiu R$ 2.821,4 milhões, montante 13,0% superior ao mesmo período de 2009 devido: (i) ao crescimento de 7,3% do mercado cativo entre os períodos; (ii) aplicação do IFRS que introduziu o reconhecimento das receitas de construção, gerando um incremento de R$ 126,2 milhões no ano de 2010 quando comparado com o ano anterior; e (iii) parcialmente compensado pelo reajuste tarifário aplicado anualmente no mês de abril que teve um impacto médio percebido pelo consumidor negativo de -2,1%. Vale mencionar que a receita de construção esta relacionada às obras executadas para atender aos consumidores, de acordo com as regras do IFRS tal receita tem como contrapartida uma despesa e, portanto, não impacta o resultado da Companhia. As Deduções da Receita Operacional totalizaram R$ 955,4 milhões em 2010 um crescimento de 10,0% em relação ao ano de 2009. Tal variação é resultado do aumento da receita de fornecimento e conseqüente aumento nos tributos (ICMS, PIS e COFINS), aumento nos encargos setoriais principalmente CCC durante o ano de 2010. A receita operacional líquida da AES Sul totalizou R$ 1.866,0 milhões em 2010, representando crescimento de R$ 237,5 milhões em relação ao ano de 2009. R$ milhões Receita de Fornecimento 2009 Var (%) 2010 x 2009 2010 2.312,5 2.517,2 8,9% 46,0 56,7 23,5% 138,2 247,5 79,1% 2.496,7 2.821,4 13,0% (868,2) (955,4) 10,0% Total Deduções (868,2) (955,4) 10,0% Receita Liquida 1.628,5 1.866,0 14,6% Outras Receitas Receita de Contrução Total Receita Bruta Deduções da Receita Bruta Custos e Despesas Operacionais As despesas operacionais totalizaram R$ 1.585,2 milhões em 2010, 20,8% (R$ 273,1 milhões) superior ao registrado em 2009, detalhadas a seguir: Despesas Operacionais - em R$ milhões* 2009 Var (%) 2010 x 2009 2010 Parcela A 933,9 1.085,4 16,2% Energia Elétrica Comprada para Revenda 714,6 842,5 17,9% Transmissão 219,3 242,9 10,8% PMSO 378,2 499,8 32,2% 25,0% Pessoal Serviços de Terceiros Materiais Outros Total 66,3 82,9 107,4 114,1 6,2% 7,4 8,6 16,2% 197,1 294,2 49,3% 1.312,1 1.585,2 20,8% * Não inclui depreciação 8 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Custos Operacionais A despesa com energia elétrica comprada teve acréscimo de 17,9% em função de maior volume e preço médio da energia comprada. A despesa com encargos do uso da rede elétrica e transmissão foi 10,8% superior ao ano de 2009, consequência dos reajustes tarifários das transmissoras. Pessoal Os custos e despesas de pessoal aumentaram 25,0% no ano. Esta variação é explicada principalmente pela contratação de 297 leituristas e entregadores, e ao acordo coletivo que definiu o reajuste dos salários em 6,5%. Outras Despesas Operacionais As outras despesas operacionais apresentaram um incremento de R$ 49,3% em 2010. Essa variação é explicada principalmente pelo aumento nos custos de construção em 2010 no valor de R$ 126,2 milhões, decorrente da adoção do IFRS; pelo aumento de R$ 8,7 milhões nas provisões para crédito de liquidação duvidosa causado pela maior inadimplência dos consumidores; parcialmente compensado pela redução em provisões para contingências de R$ 7,1 milhões explicam a variação entre os períodos comparados. Outras Despesas Operac ionais - R$ milhões PCLD e Baixas Provisão (Reversão) para contingências Custo de Construção Demais * Total 2009 V ar (%) 2010 2010 x 2009 6.0 14.7 145.0% 14.2 7.1 -50.0% 138.2 247.5 79.1% 38.7 24.9 -35.7% 197.1 294.2 49.3% * Arrendamentos e aluguéis, indenizações, perdas e danos, publicidade, tarifas bancárias, IPTU, etc EBITDA Em 2010 o Ebitda foi de R$ 291,7 milhões, decréscimo de 11,3% em relação ao no ano de 2009. O bom desempenho no consumo de energia entre os períodos não foi suficiente para neutralizar os efeitos que justificam a redução no Ebitda: (i) reajuste tarifário com efeito médio percebido pelo consumidor de -2,1%; (ii) aumento de R$ 23,6 milhões nos custos com encargos de rede elétrica de transmissão; e (iiI) aumento de 16,6 milhões nas despesas com pessoal;. Resultado Financeiro Em 2010, o Resultado Financeiro foi uma despesa de R$ 54,0 milhões, superior a despesa de R$ 30,1 milhões registrada no ano anterior. Esse aumento decorre: (i) do efeito positivo, em 2009, da reversão de multa e juros sobre débitos de PIS e COFINS devido a adesão ao Refis, no valor de R$ 21,2 milhões; e (ii) do acréscimo, em 2010, nas despesas com multas de DIC/FIC e DMIC parcialmente compensado pela redução nos encargos de dívida da Companhia. 9 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Lucro Líquido A Companhia registrou um lucro líquido de R$ 199,4 milhões no ano, o que representa um decréscimo de R$ 10,8 milhões. Esse desempenho é explicado, principalmente, pelo (i) efeito médio negativo percebido pelo consumidor em função do reajuste tarifário; (ii) aumento nos custos com pessoal; (iii) aumento nas despesas com compra de energia e encargos de transmissão; (iv) reversão de despesas financeira devido a adesão ao Refis em 2009; (v) parcialmente compensado pelo aumento do mercado total; e (vi) pela redução nos encargos de dívida. Endividamento Ao final do exercício de 2010, a dívida bruta da Companhia era de R$ 656 milhões, montante 4,85% inferior à posição de 31 de dezembro de 2009. A dívida líquida, de R$ 507 milhões, registrou redução de 13,89% em relação ao ano anterior. No decorrer do exercício, a AES Sul captou um total de R$ 12,7 milhões em recursos de empréstimos e financiamentos referentes ao Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica "Luz para Todos". A Concessionária pagou R$ 46,6 milhões referentes à principal durante 2010, incluindo R$ 28,6 milhões relativos ao CCB captado com o Unibanco em junho de 2006 e refinanciado em setembro de 2010. O custo médio da dívida total da AES SUL passou de CDI + 1,84% a.a., em 31 de dezembro de 2009, para CDI + 1,01% a.a. em 2010. Essa queda é explicada pelo refinanciamento do CCB com o Unibanco ocorrido em 30/09/2010, no valor de R$ 568,6 milhões, ao custo de CDI + 1,70% a.a.. O prazo médio da dívida passou de 3,4 anos em 31 de dezembro de 2009, para 5,4 anos em 31 de dezembro de 2010. 121 121 121 120 120 121 121 121 120 120 26 7 19 15 2 13 11 10 11 10 2011 2012 2013 2014 Moeda Nacional 2015 2016 2017 2018 de 2019 a 2028 Dólar Investimentos Em 2010, as aquisições de bens vinculados à concessão e outros ativos somaram R$ 265,2 milhões, dos quais R$ 8,6 milhões correspondem a projetos financiados por consumidores e R$ 256,6 milhões foram investidos com recursos próprios. Os investimentos realizados focaram na melhoria da confiabilidade da rede, na ampliação da capacidade de atendimento à carga e no aumento da segurança das redes melhorando assim os níveis de qualidade e eficiência do sistema elétrico. 10 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Investimentos - R$ milhões 2009 2010 Var (%) 2010x2009 Serviço ao Consumidor e Expansão do Sistema 77,8 129,5 66,5% Manutenção 54,7 85,8 56,8% Recuperação de Perdas 0,3 0,8 162,4% Tecnologia da Informação 2,1 1,9 -7,6% Outros 6,1 18,2 196,2% 141,0 236,1 67,5% 4,4 8,6 95,6% 145,4 244,7 68,3% 20,5 -721,2% Total (c/ recursos próprios) Financiado pelo cliente Subtotal Material em Depósito Total (3,3) 142,1 265,2 86,7% Principais Investimentos – 2010 Expansão do Sistema e Serviços ao Consumidor Foram investidos R$ 152,4 milhões em expansão do sistema e serviços ao consumidor. a. O investimento em serviços ao consumidor em 2010 atendeu à adição de 39 mil clientes. b. Em expansão do sistema, destacam-se investimentos para as obras em andamento da Linha de Transmissão Santa Maria 3 - São Gabriel, Nova Subestação Canoas 3, Nova Subestação Novo Hamburgo 2 e Ampliação da Subestação Santa Maria 5, beneficiando mais de 401 mil clientes. Recuperação de Perdas Em 2010, foram investidos R$ 0,8 milhões em recuperação de perdas. Manutenção Os investimentos em manutenção somaram R$ 83,4 milhões em 2010. Estes recursos foram destinados principalmente à substituição de postes, melhoria de proteção, modernização de linhas de transmissão e subestações e aquisição/substituição de equipamentos de campo. Investimento Remunerável O Investimento Remunerável, também denominado de Base de Remuneração, e a cota de depreciação regulatória fazem parte da Parcela “B” da Receita Requerida – RR da Concessionária, e foram homologados pela Resolução Homologatória Aneel nº 635, de 17/04/2008. Em 2010, esta parcela do investimento da AES Sul foi conforme segue: 11 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Componentes do Investimento Remunerável (R$ milhares) a) Ativo Imobilizado em Serviço Bruto b1) (-) Depreciação Acumulada b2) (-) Depreciação Acumulada % c) d) e) f) g) h) i) j) k) Revisão (abr/08) Reajuste (abr/09) Reajuste (abr/10) 2.186 2.323 2.368 (1.218) 55,7% (1.294) 55,7% (1.319) 55,7% (-) Obrigação Vinculada ao SPEE (104) (110) (112) = Ativo Imobilizado em Serviço Líquido 864 918 936 (+) Almoxarifado 1 1 1 = Investimento Remunerável (Base Remuneração) 865 919 937 (+) Investimento previsto no Xe 141 141 141 = Investimento Total Remunerável na Tarifa 1.006 1.060 1.078 Bens 100% depreciados 157 167 170 Variação do IGPM (RH Aneel/Reajuste Tarifário) 6,3% 1,9% Cota de Depreciação - Taxa média anual 4,5% 4,5% 4,5% a) Valor deduzido dos valores de Bens Administrativos, Veículos e Moveis e Utensílios b) Valor da depreciação acumulada d) Valor depreciado ‐ obrigação especial (c) f) Valor depreciado (d) + almoxarifado (e) Os ativos remuneráveis para fins tarifários são apurados de acordo com metodologia específica definida pela Aneel. Tais ativos são remunerados a uma taxa que representa o custo de capital médio ponderado (WACC= 15,1%). A remuneração assim obtida é reajustada anualmente, no mês de abril, pelo IGP-M diminuído do fator X. No reajuste tarifário da AES Sul de 2010, homologado pela REH 965/2010, esta variação (IGPM-X) foi de 2,90%, sendo considerado o IGPM do período de 1,94% e o fator X de -0,95%. Programa de Eficiência Energética A AES Sul destina 0,5% de sua receita operacional líquida ao Programa de Eficiência Energética, seguindo determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além de recursos próprios. Os projetos integrantes do PEE têm como objetivo a redução no consumo de energia e a difusão dos conceitos de utilização racional e segura da energia elétrica, além de projetos de eficiência energética destinados a comunidades de baixo poder aquisitivo, cumprindo também uma função social. No ano de 2010, foram investidos cerca de R$ 11,7 milhões em projetos integrantes do Programa de Eficiência Energética, sendo: (i) aproximadamente R$ 5,5 milhões destinados para a construção de 45 estações de bombeamento para lavouras de arroz irrigado, na região oeste do Estado do Rio Grande do Sul; (ii) R$ 4,4 milhões em programas voltados à comunidades de baixo poder aquisitivo; (iii) R$ 1,8 milhão em ações de eficiência energética voltados para Escolas Estaduais, Poder Público e Hospitais filantrópicos. 12 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Pesquisa e desenvolvimento A companhia destina 0,2% de sua receita operacional líquida (ROL) ao programa de P&D atendendo à legislação do setor elétrico. Os projetos são pautados na busca de inovações tecnológicas para fazer frente aos desafios de mercado e de forma que o capital investido possa trazer retorno para a Companhia e seus consumidores. Entre outros benefícios, o Programa gera o incentivo ao aprendizado na organização, fazendo a gestão do conhecimento interno, quebrando paradigmas e melhorando o desempenho geral. Em 2010, foram aplicados recursos na ordem de R$ 6,2 milhões em 17 projetos relacionados a: novas tecnologias de rede, análise de distúrbios elétricos, despacho de equipes de emergência, melhoria nos indicadores de qualidade do fornecimento de energia elétrica, aplicação de transformadores eficientes em sistemas de distribuição, entre outros. Segurança O ano de 2010 foi positivo para a AES Sul em termos de segurança – valor número 1 da empresa. Apesar de terem sido registrados 23 acidentes houve uma redução de 23% na comparação com os acidentes ocorridos em 2009. A melhoria continua deve-se principalmente à descentralização das ações, através da atribuição da responsabilidade pelas ações preventivas e corretivas às lideranças de cada área. A estratégia de segurança inclui ainda a busca por referências, ferramentas e tecnologias consideradas, além de benchmarks de segurança em outros setores. Um exemplo é o Cartão de Tarefas, inspirado em uma prática obrigatória da aviação que consiste em uma relação de diversos itens de segurança que precisam ser observados antes de uma tarefa ser iniciada. Houve também o crescimento no número de inspeções de equipes de campo, que passou de 2,9 mil inspeções em 2009 para 5,6 mil em 2010. A AES Sul, além de participar no Comitê de Segurança do Trabalho AES Brasil, mantém dois comitês formais de segurança: O Comitê Corporativo AES Sul e o Comitê Regional AES Sul, que representam os interesses de 100% dos colaboradores. Segurança com a População Em 2010, a AES Sul também conseguiu avançar nos indicadores de segurança dos seus clientes. A empresa promove constantemente campanhas de informação e conscientização em relação ao uso seguro da energia elétrica. Dentro do trabalho para evitar novas ocorrências, a empresa constatou que 31% dos acidentes acontecem em atividades relacionadas à construção civil. Por conta disso, a Blitz da Segurança foi implementada, esta ação consiste na visita a obras para a disseminação de informações sobre os riscos da energia elétrica e sobre os procedimentos seguros e atitudes adequadas em trabalhos realizados nas proximidades da rede. Já a iniciativa Parceiros de Segurança é uma parceria da empresa com órgãos públicos e instituições (como o Corpo de Bombeiros, a Polícia e a Defesa Civil) para facilitar a disseminação de informações à população e instruir os profissionais dessas entidades sobre os procedimentos de segurança a serem seguidos em caso de ocorrências. O AES Sul na Escola faz parte da estratégia para divulgar as informações sobre uso racional e seguro de energia elétrica às populações de baixa renda dentro da área de concessão. O público-alvo são os alunos das escolas da rede municipal e estadual aos quais os conceitos de segurança são apresentados de forma divertida e linguagem leve. Entre 2007 e 2010, o número de acidentes com a população diminuiu 60%. Seguindo essa tendência de redução, em 2010 foram registrados 13 acidentes com a população, sendo apenas dois deles fatais. 13 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Excelência na Gestão Em 2010, a AES Sul conquistou pela primeira vez o Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ), confirmando-se como referência em excelência em gestão. Fruto da evolução contínua das boas práticas de gestão empresarial e das vantagens competitivas da Companhia, o prêmio reconhece os valores do Grupo AES Brasil. Relacionamento com o Público Interno A AES Sul tem 1.291 colaboradores, possui 55 estagiários e 25 aprendizes do SENAI. A idade média dos colaboradores é de 34,5 anos e, do total do quadro, 19,21% são mulheres. O plano de carreira, criado e adotado em 2005, continua fazendo com que as oportunidades de crescimento se multipliquem dentro da AES Sul. O recrutamento e a seleção externos ocorrem somente para os cargos de início de carreira e para outras vagas em que não tenha sido encontrado um candidato interno adequado. O enfoque desse trabalho encontra-se nas políticas de desenvolvimento de carreira que incluem os processos de educação continuada, o estágio, o reconhecimento, cursos de idioma e participação em cursos e seminários. Pelo programa Siga Livre, houve 1.092 movimentações, sendo 330 enquadramentos e 669 méritos (alterações de salário sem modificação de cargo) e 93 promoções. O número de HHT (média de horas de treinamento por colaborador) totalizou 118 horas/homem em 2010. Com o foco no desenvolvimento permanente de sua equipe, a Companhia investe no Programa de Educação Continuada, possibilitando um constante desenvolvimento pessoal e profissional. Atualmente, 97 pessoas são beneficiadas pelo programa auxílio-bolsa de estudo para nível médio e superior. Por meio de parceria com entidades de ensino, também propicia descontos nos valores das mensalidades para cursos de supletivo, técnico, graduação e pós-graduação. Em algumas instituições, este desconto é extensivo aos dependentes dos colaboradores e estagiários. Gestão Ambiental A AES Sul monitora suas operações de modo a garantir a mitigação de possíveis danos ao meio ambiente ou às comunidades da área de concessão da empresa. Para isso, utiliza um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) baseado na norma ISO 14001:2004, que sistematiza a realização de todas as atividades, principalmente aquelas que oferecem maiores riscos ambientais. Em 2010, um dos destaques foi o programa de destinação adequada de equipamentos que utilizavam óleo Ascarel (PCB), de forma a não afetar o meio ambiente. Para essa ação, a Companhia destinou R$ 1,7 milhão. Ao longo do ano, os recursos destinados ao gerenciamento de impactos ambientais (arborização, manejo sustentável, equipamentos e redes protegidas) totalizaram R$ 18,5 milhões. Outros R$ 2,7 milhões foram direcionados a tratamento e destinação de resíduos tóxicos e a projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) voltados ao meio ambiente. Gestão social A AES Sul desenvolve os projetos sociais que serão executados com base nas seguintes diretrizes: (i) Investimento em projetos de alto impacto nas comunidades onde atua, seguindo dois pilares: Cultura (Restauração do Patrimônio Histórico, Teatro e Música) e Cidadania (Inclusão Social, Geração de Renda e Educação); (ii) Promoção de boas práticas de Responsabilidade Social 14 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Corporativa na relação com fornecedores, colaboradores, clientes, comunidade e governo; e (iii) Transformação social por meio da promoção da cidadania em comunidades socialmente vulneráveis. Em 2010, a AES Sul destinou R$ 8,8 milhões a projetos sociais, dos quais R$ 1,4 milhão refere-se a recursos de leis de incentivos fiscais (Lei Rouanet, Lei do Esporte, Lei de Incentivo a Cultura e destinação de 1% do Imposto de Renda devido a Fundos Municipais da Criança e do Adolescente). Reconhecimentos Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ), que destaca a AES Sul como referência em excelência em gestão pela Fundação Nacional de Qualidade Medalha Eloy Chaves, outorgada pela Fundação COGE, que reconhece a cultura de segurança alcançada pela AES Sul entre as distribuidoras de energia elétrica com mais de 2 mil colaboradores Troféu Ouro no Prêmio Gaúcho da Qualidade (PGQP), que promove o reconhecimento das empresas gaúchas pelas práticas de excelência em gestão da qualidade. Estrutura Societária Em 31 de dezembro de 2010, o capital social da concessionária era de R$ 433,2 milhões, composto por 279.298 ações, sem valor nominal, sendo 214.243 ações ordinárias, representando 76,7% do capital total, e 65.055 ações preferenciais, equivalentes a 23,3%. A AES Sul coloca à disposição dos seus acionistas e investidores a Acionistas, instalada na sua sede, na Rua Dona Laura, 320 - 14º andar, serviços estão disponíveis no Banco Itaú S.A., agente contratado para a empresa zela por manter um relacionamento transparente colaboradores e demais públicos interessados. Central de Atendimento aos Porto Alegre - RS. Os mesmos esta finalidade. Desta forma, junto aos seus acionistas, Além disto, por ser subsidiária da AES Corp, companhia de capital aberto com ações na Bolsa de Nova York, a AES Sul adequou seus controles à Lei Sarbanes-Oxley (SOX), cujo objetivo é assegurar a confiabilidade das demonstrações financeiras de empresas que negociam ações no mercado norteamericano. Serviços de Auditoria Independente A AES Sul utiliza os serviços de auditoria independente da Ernst & Young Terco Auditores Independentes S.S. ("EYT") para auditoria de suas demonstrações contábeis. No decorrer desse exercício a EYT também foi contratada para a realização de outros trabalhos relacionados à auditoria do balanço social, e auditoria CVA, cujos respectivos honorários representaram 10,22% do total dos honorários de auditoria. Não foram contratados quaisquer outros serviços não relacionados à auditoria, reforçando a impossibilidade de ocorrência de algum tipo de conflito de interesses. 15 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Balanço Social 16 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Balanço Social Anual / 2010 AES Sul 1 - Base de Cálculo 2010 Valor (Mil reais) Receita Líquida (RL) Resultado operacional (RO) Folha de pagamento bruta (FPB) 2 - Indicadores Sociais Internos Alimentação Encargos sociais compulsórios Valor ( m il) % sobre FPB 2009 Valor (Mil reais) 1.866.037 1.628.511 172.659 229.497 78.421 % sobre Valor ( m il) RL % sobre FPB 61.723 % sobre RL 8.991 11,47% 0,48% 5.726 9,28% 0,35% 17.261 22,01% 0,93% 14.494 23,48% 0,89% Previdência privada 4.472 5,70% 0,24% 4.574 7,41% 0,28% Saúde 4.579 5,84% 0,25% 3.035 4,92% 0,19% Segurança e saúde no trabalho 4.171 5,32% 0,22% 1.796 2,91% 0,11% 483 0,62% 0,03% 449 0,73% 0,03% Educação Cultura Capacitação e desenvolvimento profissional Creches ou auxílio creche Participação nos lucros ou resultados Outros Total - Indicadores sociais internos 3 - Indicadores Sociais Externos - 1,67% 0,07% - 0,00% 0,00% 1.311 1,67% 0,07% 696 1,13% 0,04% 187 0,24% 0,01% 155 0,25% 0,01% 10.051 12,82% 0,54% 10.047 16,28% 0,62% 0,00% 2.034 3,30% 0,12% 2,76% 43.006 % sobre Valor ( m il) RL 69,68% % sobre RO 2,64% % sobre RL 51.507 Valor ( m il) 0,00% 65,68% % sobre RO Educação 1.225 0,71% 0,07% 177 0,08% 0,01% Cultura 1.600 0,93% 0,09% 892 0,39% 0,05% - 0,00% 0,00% 0,03% 0,00% Saúde e saneamento 974 0,56% 0,05% Esporte 140 0,08% 0,01% Creches - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00% Combate à fome e segurança alimentar - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00% 0,00% 77 Outros 4.808 2,78% 0,26% 63 0,03% Total das contribuições para a sociedade 8.747 5,07% 0,47% 1.209 0,53% 0,07% 671.069 388,67% 35,96% 684.807 298,39% 42,05% 679.816 Valor ( m il) 393,73% % sobre RO 36,43% 686.016 % sobre Valor ( m il) RL 298,92% % sobre RO 42,13% % sobre RL 12.890 7,47% 0,69% 613 0,27% 0,04% 5.762 3,34% 0,31% - 0,00% 0,00% 18.652 10,80% 1,00% 613 0,27% 0,04% Tributos (excluídos encargos sociais) Total - Indicadores sociais externos 4 - Indicadores Am bientais Investimentos relacionados com a produção/operação da empresa Investimentos em programas e/ou projetos externos Total dos investim entos em m eio am biente Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa 5 - Indicadores do Corpo Funcional ( ) não po ssui metas ( ) cumpre de 51a 75% ( ) não possui metas ( ) cumpre de 51a 75% ( ) cumpre de 0 a 50% ( X ) cumpre de 76 a ( ) cumpre de 0 a 50% ( X ) cumpre de 76 a 100% 100% Nº de empregados(as) ao final do período Nº de admissões durante o período Nº de empregados(as) terceirizados(as) 2010 2009 1.291 902 484 79 1.771 1.100 Nº de estagiários(as) 55 54 Nº de empregados(as) acima de 45 anos 286 120 Nº de mulheres que trabalham na empresa % de cargos de chefia ocupados por mulheres 252 230 13,16 1,22 Nº de negros(as) que trabalham na empresa 104 29 % de cargos de chefia ocupados por negros(as) 0,00 0,00 Nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais 6 - Inform ações relevantes quanto ao exercício da cidadania em presarial 26 2010 24 Metas 2011 Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa 71,79 34,38 Número total de acidentes de trabalho Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por: Os pradrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por: Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa: 5 ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) não se envo lve ( ) direção A previdência privada contempla: A participação dos lucros ou resultados contempla: Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa: Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa: Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): % de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: 0 ( X ) direção e gerências ( ) to do s(as) ( ) direção empregado s( as) ( ) to do s(as) (X ) todos(as) ( ) direção e + Cipa gerências empregado s( as) ( ) segue as ( X ) incentiva ( ) não se no rmas da e segue a OIT envolverá OIT ( ) direção e ( X ) todos(as) ( ) direção gerências empregado s( as) ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) não são co nsiderados ( ) não se envo lve na empresa: 5.805 na empresa: 100% ( X ) direção e ( ) to do s(as) gerências empregado s( as) ( ) to do s(as) (X ) to do s(as) + Cipa empregado s( as) ( ) seguirá as ( X ) incentiva normas da e segue a OIT OIT ( ) direção e ( X ) to do s(as) gerências empregado s( as) ( X ) todos(as) empregado s( as) ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) são sugerido s ( X ) são exigido s ( ) não serão co nsiderado s ( ) serão sugerido s ( X ) serão exigidos ( ) apó ia ( X ) organiza e incentiva ( ) não se envo verá ( ) apo iará ( X ) o rganiza e incentiva no P ro co n: 107 no P ro co n: 100% na Justiça: 3.435 na Justiça: 24% na empresa: 0 no P rocon: 0 na empresa: __% no P ro co n: ___% ( X ) to do s(as) empregado s( as) na Justiça: 0 na Justiça: __% Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Em 2010: 1.352.146 Em 2009: 1.267.243 Distribuição do Valor Adicionado (DVA): 66,10% governo 5,06% colabo radores(as) 14,74% acio nistas 14,10% terceiro s 68,48% go verno 4,35% co labo rado res(as) 16,59% acio nistas 10,57% terceiro s 7 - Outras Inform ações 17 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado Regulatórios Em atendimento ao Despacho nº. 4.097 de 30 de dezembro de 2010, emitido pela ANEEL, abaixo apresentamos o balanço patrimonial e a demonstrações de resultados elaborados em conformidade com as normas regulatórias, bem como quadro com a conciliação entre as demonstrações contábeis regulatórias e societárias: AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS REGULATÓRIOS - ANEEL LEVANTADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 31 DE DEZEMBRO DE 2009 ATIVO 31.12.2010 31.12.2009 CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa Investimentos de curto prazo Consumidores, concessionárias e permissionárias Tributos e contribuições sociais compensáveis Devedores diversos Outros créditos Provisão para créditos de liquidação duvidosa Almoxarifado Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA Despesas pagas antecipadamente TOTAL ATIVO CIRCULANTE 22.933 111.867 306.757 6.146 9.138 48.764 (55.992) 6.734 40.242 1.429 498.018 8.748 90.849 321.702 5.583 2.836 34.514 (50.529) 3.380 67.047 982 485.112 NÃO CIRCULANTE Consumidores, concessionárias e permissionárias Tributos e contribuições sociais compensáveis Tributos e contribuições sociais diferidos Cauções e depósitos vinculados Outros créditos Provisão para créditos de liquidação duvidosa Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA Total realizável a longo prazo 134.853 2.918 323.093 19.645 17.626 (122.126) 11.450 387.459 138.024 339 215.304 17.029 16.316 (126.063) 11.787 272.736 Investimentos Imobilizado Intangível TOTAL ATIVO NÃO CIRCULANTE 650 1.099.360 502.447 1.989.916 1.295 857.025 621.773 1.752.829 TOTAL DO ATIVO 2.487.934 2.237.941 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 18 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS REGULATÓRIOS - ANEEL LEVANTADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 31 DE DEZEMBRO DE 2009 PASSIVO 31.12.2010 31.12.2009 CIRCULANTE Fornecedores Tributos e contribuições sociais Empréstimos e financiamentos Encargos de dívidas Custos a amortizar Subvenções governamentais Encargos tarifários e do consumidor a recolher Provisões para litígios e contingências Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA Obrigações estimadas Pesquisa e Desenvolvimento Outras obrigações TOTAL PASSIVO CIRCULANTE 422.396 45.576 24.806 17.032 (2.211) 991 19.286 44.250 66.350 18.305 21.078 69.629 747.488 327.858 49.266 82.172 289 (3.934) 280 11.506 34.412 84.785 14.564 22.957 52.228 676.383 NÃO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos Custos a amortizar Subvenções governamentais Tributos e contribuições sociais Provisões para litígios e contingências Dividendos declarados Encargos tarifários e do consumidor a recolher Compensação de variação dos itens da parcela A - CVA Pesquisa e Desenvolvimento Outras obrigações TOTAL PASSIVO NÃO CIRCULANTE 631.857 (14.969) 7.633 2.115 31.059 281.044 5.052 19.878 2.375 373 966.417 622.535 (12.694) 1.063 11.903 42.603 112.702 2.390 37.842 6.483 824.827 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reserva Capital Reserva Legal Reserva de Lucro Ações em Tesouraria Lucros (prejuízos) acumulados Proposta de distribuição de dividendos adicional TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO 433.236 5.360 23.714 172.796 (8.056) (22.536) 169.515 774.029 433.236 5.215 13.746 172.796 (8.056) 119.794 736.731 TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.487.934 2.237.941 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 19 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E DE 2009 31.12.2010 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 1.660.708 31.12.2009 1.432.581 CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA Custo com Energia Elétrica Energia elétrica comprada para revenda Encargos do uso do sistema de transmissão e distribuição (855.071) (252.633) (722.450) (219.872) (36.377) (6.167) (67.532) (103.474) (1.351) (1.322.605) (28.433) (6.176) (74.978) (98.116) (417) (1.150.442) (39.574) (73.249) (32.635) (145.458) (1.468.063) 192.645 (25.927) (70.525) (26.583) (123.035) (1.273.477) 159.104 66.609 (147.391) 16.138 (64.644) 128.001 (8.799) (21.496) 28.532 79.257 77.494 205.495 53.649 (115.525) 12.710 (49.166) 109.938 (6.951) (16.629) 18.004 50.012 44.436 154.374 Custo de Operação Pessoal Material Serviços de Terceiros Depreciação e amortização Outras DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com vendas Despesas gerais e administrativas Outras despesas operacionais CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS RESULTADO DO SERVIÇO RECEITA (DESPESA) FINANCEIRA Receita Despesa Variações monetárias/cambiais - líquidas LUCRO ANTES DOS TRIBUTOS Contribuição Social Provisão para Imposto de Renda Contribuição Social Diferida Imposto de Renda Diferido LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 20 RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO 2010 Conciliação do lucro líquido e do patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2010 e 2009 31.12.2010 Lucro líquido regulatório - ANEEL Reversão de ativos e passivos regulatórios Receita de construção Custos de construção Ativos financeiros e intangíveis Imposto de renda e contribuição social diferidos Lucro líquido societário - de acordo com o IFRS 31.12.2009 205.495 (9.257) 247.534 (247.534) (44) 3.164 154.374 85.182 138.250 (138.250) (541) (28.778) 199.358 210.237 31.12.2010 31.12.2009 Patrimônio líquido regulatório - ANEEL Reversão de ativos e passivos regulatórios Ativos financeiros e intangíveis Imposto de renda e contribuição social diferidos 774.029 34.536 8.413 (14.601) 736.731 43.793 (1.378) (14.421) Patrimônio líquido societário - de acordo com o IFRS 802.377 764.725 21 DECLARAÇÃO DOS DIRETORES Os Diretores da AES SUL DISTRIBUIDORA GAÚCHA DE ENERGIA S.A. (“Companhia”), inscrita no CNPJ/MF sob o nº 02.016.440/0001-62, com sede na Rua Dona Laura, 320, 14º andar, Bairro Rio Branco, CEP 90430-090, na Cidade de Porto Alegre/RS, em observância às disposições constantes nos incisos V e VI do § 1º do artigo 25 da Instrução CVM nº 480, de 07 de dezembro de 2009, DECLARAM que reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas no parecer dos Auditores Independentes da Companhia, Ernst & Young Auditores Independentes S.S., bem como que reviram, discutiram e concordam com as Demonstrações Financeiras da Companhia referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010. São Paulo, 22 de março de 2011. Diretores: Britaldo Pedrosa Soares Diretor Presidente Antonio Carlos de Oliveira Diretor Geral Rinaldo Pecchio Junior Diretor Financeiro e de Relações com Investidores Jorge Luiz Busato Diretor Vice-Presidente Eduardo Girardi Diretor de Operações Giovani Ferreira Cruz Diretor Comercial e Regulatório