Unidade 3: A estrutura social e as desigualdades:

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Unidade 3: A estrutura social e as desigualdades:
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Capítulo 7 : Estrutura e Estratificação Social.
Estrutura Social: composta por fatores econômicos, políticos, históricos, sociais, religiosos e culturais que marcam as dinâmicas organizacionais de cada sociedade.
Assim, existem sociedades estruturadas a partir de diferentes instituições sociais (como as escolas, as igrejas, os partidos e etc.) organizadas de maneiras distintas (mais centralizadas, mais descentralizadas e etc.)
Estrutura e Estratificação social
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Um dos elementos centrais de toda estrutura social, é a estratificação social, ou seja, a maneira pela qual diversos grupos são classificados ou hierarquizados dentro de uma estrutura social.
Estrutura e Estratificação Social
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Segundo Octávio Ianni, sociólogo brasileiro, para analisar a estratificação social de uma dada sociedade é preciso observar como se organizam as estruturas de apropriação econômica e dominação política.
Estrutura e Estratificação Social
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Dessa maneira a estratificação social pode ser definida:
A partir de critérios econômicos: quem possui mais bens, propriedades ou capital;
A partir de critérios políticos: quem ocupa cargos mais importantes ou influentes;
A partir de critérios sociais ou culturais (status social): linhagem, hereditariedade, origem familiar e etc.
A partir de critérios profissionais: quem possui mais habilidades ou capacidade intelectual para ocupar determinados postos ou funções de prestígio social
A sociedade organizada em castas
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O sistema de castas é uma das formas de estratificação social mais antigas, aproximadamente há mais de 3 mil anos.
Legalmente tal sistema foi abolido em 1950, mas permanece presente nas formas dos indianos distribuírem o poder e as riquezas em sua sociedade.
Principais características
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Imobilismo ou pouca mobilidade social;
Baseada na hereditariedade e na endogamia;
Rígidas regras quanto à alimentação; Proibição do contato físico entre membros de castas distintas.
A sociedade organizada em castas
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E embora sua tradições culturais e religiosas venham se mantendo através dos anos, a urbanização e crescente industrialização vem progressivamente modificando o esquema de estratificação social indiana.
Um exemplo da influência do contato com o Ocidente e da expansão do capitalismo é a criação de cotas para inclusão de castas consideradas inferiores nas Universidades indianas
A sociedade organizada em castas
As sociedades organizadas por estamentos
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Outra forma de estratificação social é o sistema de estamentos ou estados presentes nas sociedades feudais, ou em algumas sociedades européias do século XVIII.
As sociedades organizadas por estamentos:
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Segundo Ianni, para compreendermos tais formas de estratificação é preciso considerar não apenas quem detém o poder político, material ou econômico, mas também as regras sociais, a tradição, os códigos religiosos e um conjunto de direitos e deveres que são aceitos publicamente.
A desigualdade nessas sociedades não é apenas um fato inevitável, mas também de direito. Ou seja, está previsto nas leis.
Desde que nasciam, nobres e servos possuíam direitos e deveres completamente distintos porque existia um direito desigual, para pessoas consideradas desiguais.
Características das sociedades estamentais:
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Restrita mobilidade social: alguns indivíduos conseguiam obter o título de nobreza, embora a posse da terra ainda definisse o prestígio social;
Reciprocidade entre os diferentes estamentos: servos (trabalho) e senhores (proteção); suseranos (ajuda financeira ou militar) e vassalos (obrigação militar)
Embora a propriedade de terras fosse fundamental o título e a origem familiar também influenciava. (citar ex. do sociólogo José de Sousa Martins/ diferentes necessidades sociais e não apenas econômicas)
Pobreza: condição de nascença, desgraça, destino...
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”A pobreza é a expressão mais visível das desigualdades sociais em nosso cotidiano. Ao longo da história, ela recebeu diferentes explicações, muitas das quais permeiam nosso entendimento das desigualdades”. (TOMAZI, 72)
Período Medieval: não eram critérios econômicos que definiam a pobreza, mas sim a condição de nascença;
Havia uma visão ”positiva” da pobreza, ”ricos em espiritualidade”. Os ricos tinham a obrigação de ajudar os pobres como meio de se elevar espiritualmente.
Pobreza: condição de nascença, desgraça, destino...
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Outra explicação existente no mesmo período atribuía a pobreza à uma desgraça ou a uma fatalidade (guerras, doenças, problemas físicos e etc.)
A partir do séc. XVI – os pobres representavam o sofrimento de cristo e, simultaneamente, um grande perigo social (saques, roubos, libertinagem, ócio etc.) Mas agora o Estado passa a assumir a função de cuidar dos pobres.
Pobreza: condição de nascença, desgraça, destino...
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A medida em que o comércio e a indústria avançam e há a necessidade de mais mão de obra barata a pobreza passa a ser encarada como fruto da preguiça dos indivíduos que não querem trabalhar.
A partir do final do século XVIII, com o avanço do pensamento liberal (livre empreendorismo) a pobreza passa a ser atribuída exclusivamente aos indivíduos e a assistência social passa a ser vista como algo negativo que colaboraria para estimular a preguiça e o comodismo dos pobres. (estratégia da dor e do sofrimento para fazer trabalhar mais) Pobreza: condição de nascença, desgraça, destino...
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Thomas Malthus (1776­1834), economista e demógrafo britânico, afirmava que a população crescia mais do que os meios de subsistência, alertando para os riscos de um assistencialismo social que poderia estimular os pobres a ter mais filhos, aumentando assim a miséria. (controle populacional aos pobres – ex. Atual laqueadura)
Final do séc.XIX os operários pobres passam a ser vistos como perigosos por transmitir doenças, por se rebelar e se envolver em revoltas sociais. (ex. Questão dos negros no Brasil e os sanitaristas) 
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