Professor Marlos Pires Gonçalves PRODUÇÃO DE TEXTO / PROPOSTA 18 Leia os trechos a seguir: Segundo ela, “o argumento esconde um princípio de que essa sexualidade é ruim e tem que ser combatida, evitada. Essa é a base do pensamento homofóbico. A cartilha não orienta, não estimula, mas problematiza. Coloca no seu devido lugar a discussão que deve ser feita. O objetivo é que as pessoas LGBT possam ser respeitadas e que caibam na nossa sociedade, nos nossos espaços coletivos, o respeito a essa diversidade.” MEC lança cartilha para combater homofobia nas escolas O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou, nesta quinta-feira (13), que foi elaborada uma cartilha para orientar os alunos das escolas públicas sobre o preconceito e a aversão a homossexuais, a homofobia. Segundo o ministro, por ser “delicado”, o tema será tratado com critério. O material, já elaborado, ainda passará pela avaliação de um comitê de especialistas. “O MEC tem sido muito criterioso. As obras que são mandadas para as escolas são clássicas ou passam por uma avaliação. O assunto é delicado, se não fosse, não precisaria ser trabalhado nas escolas. Vamos fazer isso da maneira mais respeitosa com a sociedade”, disse o ministro. Haddad informou ainda que na fase de aprovação o material será discutido. “Não é uma questão de tomar partido, mas de cumprir uma obrigação constitucional de informar sobre um direito assegurado”, disse. A necessidade de discutir homofobia nas escolas foi identificada pelo MEC, diante da constatação de que o assunto incita ódio, a violência e a exclusão, e pode até estimular a evasão escolar. A ideia é distribuir a cartilha em seis mil escolas do ensino médio. Pensamento homofóbico O assunto já vem gerando polêmica na Câmara dos Deputados. A bancada evangélica quer impedir a distribuição da cartilha. E o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), conhecido por suas posições atrasadas e reacionárias, vem discursando sobre o assunto. Entre outras declarações desastrosas, o parlamentar disse, em entrevista em programa da TV Câmara, que os pais devem dar “um couro” nos filhos “meio gayozinhos”. A vice-presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Clara Goldman, que teve acesso ao material, nega que a cartilha estimularia a homossexualidade entre os jovens, argumento utilizado pelos parlamentares contrários ao material didático. De acordo com ela ainda, o CFP apoia a iniciativa do MEC. “Acho que a ideia de se produzir um material específico, que possa orientar essa discussão, é muito bem-vinda. Nós apoiamos a cartilha, mas nosso apoio não se restringe a ela. É em relação à luta pela promoção dos direitos dessa população em todas as políticas públicas, não só na educação. Apoiamos como uma possibilidade a mais de que, na formação, essa questão possa ser discutida com mais qualidade, assentada em princípios que sejam realmente de direitos humanos.” De Brasília Com agências EVANGÉLICOS QUEREM IMPEDIR DISTRIBUIÇÃO DA CARTILHA ANTI-HOMOFOBIA DO MEC A Frente Parlamentar Evangélica quer barrar a distribuição de cartilha elaborada pelo Ministério da Educação (MEC) para orientar alunos das escolas públicas sobre o preconceito contra homossexuais. Segundo o presidente da frente parlamentar, deputado João Campos (PSDB-GO), sua assessoria vai analisar todo o conteúdo para emitir parecer sobre a possibilidade ou não de se propor uma ação no Judiciário e na Procuradoria-Geral da República. O deputado está preocupado porque considera que se trata de “uma cartilha que está muito mais fazendo a apologia do sexo entre crianças e adolescentes do que necessariamente orientando acerca da homofobia, do ponto de vista preventivo, para educar as pessoas”. Compromisso diferenciado João Campos afirma que é contra a homofobia e contra a discriminação em relação a qualquer pessoa, mas ele acredita que o governo “parece que tem um compromisso diferenciado” e que é “contra a discriminação só contra gay”. “Agora, o que também nos preocupa é que o governo coloca nos órgãos que vão tratar dessas políticas e desses programas só pessoas que têm esse tipo de compromisso e que têm esse tipo de orientação sexual”, avalia Campos. “Aí a possibilidade de o material sair com um certo desvio de finalidade termina sendo grande porque há uma certa passionalidade na elaboração de um material dessa natureza.” Iniciativa positiva Já o deputado Maurício Rands (PT-PE) considera a iniciativa do MEC positiva porque, segundo ele, o material contra a homofobia direcionado aos jovens vai contribuir para a construção de uma sociedade “verdadeiramente democrática e mais tolerante” quanto à orientação sexual das pessoas. Para o deputado, “se há uma apologia a comportamentos distorcidos no presente é justamente devido à atitude do sistema educacional, tanto público, quanto privado, que tem tido de fechar os olhos ao bullying homofóbico”. Ele afirma que isso de deve ao fato de não haver um programa proativo para combater as atitudes de violência nas escolas aos jovens homossexuais. “O Brasil, já no século 21, é um país contemporâneo, grande ator no mundo. Mas, infelizmente, em alguns aspectos, a sociedade brasileira ainda é muito atrasada.” Avaliação de especialistas Segundo informou o Ministério da Educação, o material contra a homofobia já foi elaborado e ainda vai passar pela avaliação criteriosa de um comitê de especialistas. A distribuição da cartilha anti-homofobia a cerca de seis mil escolas públicas de ensino médio deve acontecer ainda neste ano, mas ainda não há data prevista. Reportagem – Idhelene Macedo/Rádio Câmara Edição – Newton Araújo OPINIÕES: Adonilson (18/05/2011) As pessoas que recomendam o uso deste material não deve ter cérebro. A final que discernimento tem uma criança para saber o que é certo ou errado. Não sou contra homossexuais, mas daí a criar escola de formação destes é outra coisa. Que baixaria, isso deve ser falta do que fazer, qualquer coisa que acontece essa classe e algumas outras aproveitam para tumultuar. O negócio do MEC é outro não é opção sexual desse ou daquele. Professor Marlos Pires Gonçalves Sem noção! (16/05/2011) Esta cartilha soa como um incentivo à homossexualidade de uma faixa etária em formação. Por se dirigir a menores assemelha-se, de certa forma, à pedofilia e parece tendenciosa. É absurda, patética, e me parece desonesta. E, por partir de um órgão que tem a missão institucional de educar os jovens é irresponsável e inconsequente. O combate deve ser contra toda forma de violência e discriminação contra qualquer cidadão, isto sim! (Hugo Santos/Brasília – DF) Absurdo nas escolas (20/05/2011) Sou Gay, e é por isso que acho um grande absurdo da parte do MEC lançar tal material nas escolas. Tal conteúdo nada tem contra a homofobia e, sim, induzila entre os alunos. A homofobia não será resolvida com uma cartilha que induz ao jovem a tomar certas atitudes em sua fase de formação. Querem introduzir no currículo escolar tal matéria. O governo deveria, sim, dar condições aos pais para resolverem tais questões com seus filhos no momento que se for necessário, e não em uma sala de aula. Os deputados deveriam criar meios judiciais mais rígidos para tais preconceitos. O Papel da escola é ensinar seus alunos a se tornarem bons cidadãos, e não colocar a obrigação aos professores quanto as escolhas sexuais de seus alunos. (Thina Fhayffer/ Criciúma – SC) Tendo como base os textos acima e a polêmica discussão que envolve o assunto em questão, redija um texto dissertativo, posicionando-se em relação a seguinte questão: A cartilha, Criada pelo Ministério da Educação, para combater a homofobia nas escolas, orientaria os alunos das escolas públicas sobre o preconceito e a aversão a homossexuais ou estimularia a homossexualidade entre os jovens? Observações: Seu texto deve ser escrito em língua portuguesa padrão; Não deve estar redigido em forma de poema (versos) ou narração; A redação deve ter no mínimo 20 e no máximo 25 linhas escritas; Não deixe de dar um título a sua redação; Proposta elaborada pelo Professor Marlos Pires Gonçalves