01 23/02/2011 História Prof. iLwyzx Henrique Aluno(a):______________________________________________________ SEGUNDO BIMESTRE TERCEIRÃO HISTÓRIA PRIMEIRA CHAMADA Então a minha alma exultará no Senhor e se regozijará na sua salvação. Salmos, 35:8 1-Juvenal, um romano antigo, escreveu assim: "Rômulo, depois que distinguiu os poderosos dos humildes, deu leis de acordo com aquilo, e dispôs o que cada grupo devia fazer. Os patrícios, realizar as funções religiosas, desempenhar os cargos, administrar justiça e dirigir com ele os assuntos públicos, dedicando-se ao que concernia à cidade. Os plebeus estavam excluídos de todo o anterior por serem desprovidos de experiência nestas ocupações e por não ter tempo para elas por causa de sua escassez de meios: deviam cultivar a terra, criar gado e dedicar-se a ofícios lucrativos (...) Aos patrícios entregou os plebeus como ‘depósito’, ordenando que cada plebeu escolhesse aquele que quisesse como patrono (...) Rômulo prestigiou a relação com um nome adequado, chamando patronato a esta proteção dos pobres e humildes; deu a uns e outros funções úteis, fazendo desta mútua dependência algo benéfico e social.” 1.1- De que nos fala o historiador romano Juvenal? 1.2- Por que houve conflito social entre o patriciado e a plebe? 2- Um historiador na Roma antiga escreveu a biografia de um patrício chamado Tibério Graco. Segundo os antigos, Tibério proferiu o seguinte discurso: “Os animais selvagens espalhados pela Itália têm, cada um, seu buraco, seu antro, seu covil; e aqueles que combatem e morrem pela Itália só têm o ar e a luz:nada mais. Sem casa, sem moradia fixa, perambula com suas mulheres e filhos. Os generais mentem quando, nas batalhas, contratam os soldados para combater os inimigos pela defesa dos túmulos e dos templos: dentre tantos romanos, não há um só que possua altar paterno, um túmulo de antepassados. Fazem a guerra e morrem unicamente pelo luso e a opulência de outrem: nós os chamamos de senhores do mundo, mas eles não possuem sequer um torrão de terra.” www.cursosimbios.com.br Neste texto de Plutarco, denominado Vida de Tibério Graco, qual denúncia social foi revelada? 3- Um dos juristas mais famosos de Roma, grande adversário de Júlio César, foi Cícero, assassinado pelos cesaristas um ano após o assassinato de Júlio Cesar. Ele, Cícero, escreveu o seguinte: "Para ganhar o favor popular, o candidato deve conhecer os eleitores por seu nome, elogiá-los e bajulá-los, ser generoso, fazer propaganda e levantar-lhes a esperança de um emprego no governo. (...) Talvez sua renda privada não possa atingir todo o eleitorado, mas seus amigos podem ajudá-lo a agradar a plebe. (...) Faça com que os eleitores falem e pensem que você os conhece bem, que se dirige a eles pelo seu nome, que sem parar e conscienciosamente procura seu voto, que você é generoso e aberto, que, mesmo antes do amanhecer, sua casa está cheia de amigos, que todas as classes são suas aliadas, que você fez promessas para todo mundo e que as cumpriu, realmente, para a maior parte das pessoas." Marco Túlio Cícero. Notas sobre as eleições Cícero (106-43 a. C.) e seus conselhos são atuais ou inatuais? Por quê? COMENTÁRIO 1-Juvenal nos fala da fundação de Roma e das origens das desigualdade entre os Patrícios e Plebeus; O conflito social nasceu exatamente porque os cargos públicos e o status elevado dos Patrícios excluíam os plebeus. 2-O discurso de Tibério denuncia a crise social agrária que marginaliza a plebe empobrecida. Para resolver, os irmãos graco propuseram a Reforma Agrária. 3-Os conselhos de Cícero são atuais porque há políticos que praticam a demagogia, aparecem apenas no processo eleitoral e desaparecem durante o mandato. O processo eleitoral sempre foi muito caro e implica receber doações de campanha. Os amigos que fizeram o "caixa" certamente exigirão uma fatia de benefícios, comprometendo o eleito.o 1 SEGUNDO BIMESTRE TERCEIRÃO HISTÓRIA SEGUNDA CHAMADA Um romano antigo, chamado Jordanes, escreveu no século VI, a seguinte história: 1-O texto abaixo faz referência à tentativa do tribuno da plebe Tibério Semprônio Graco de coibir um dos principais desdobramentos da expansão romana dos séculos III e II a.C. O oficial romano Orestes, tendo tomado o comando do exército, partiu de Roma ao encontro dos inimigos e chegou a Ravena, onde parou para fazer imperador seu filho, Rômulo Augusto. [...] Porém, pouco depois de Rômulo Augusto ter sido estabelecido imperador em Ravena por seu pai, Odoacro, rei dos turcilingos, tendo consigo ciros, hérulos e auxiliares de diversas tribos, ocupou a Itália. Orestes foi morto e seu filho, Rômulo Augusto, expulso do reino e condenado à pena de exílio no Castelo Luculano, na Campânia. Assim, o Império do Ocidente do povo romano, que o primeiro dos augustos Otaviano Augusto - tinha começado a dirigir no ano 709 da fundação da cidade de Roma, pereceu com Rômulo Augusto no ano 522 do reinado dos seus antecessores imperadores. Desde aí, Roma e a Itália foram governadas pelos reis dos godos. "Foi, então, quando Tibério Semprônio Graco, cidadão nobre Jordanes, in: PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. "História da Idade Média". São Paulo: Editora Unesp, 2000, p. 39-40. A minha salvação e a minha honra de Deus dependem; ele é a minha rocha firme, o meu refúgio. Salmos, 62:7 animado por uma grande ambição [...] pronunciou [...] um discurso de extrema gravidade para os povos da Itália; falou de como povos particularmente aptos para a guerra e vizinhos dos romanos pelo sangue, mas em via de deslizar pouco a pouco para a miséria [...] Depois de pronunciar este discurso, pôs em vigor a lei que proibia a posse de mais de 500 medidas de terras." APIANO. Guerras civis, I, 9, 35-36. O texto acima nos informa sobre os acontecimentos políticos que marcaram o início e o fim do Império Romano do Ocidente: a ascensão de Otávio Augusto ao poder e a deposição de Rômulo Augusto por Odoacro, no contexto das invasões bárbaras. Tendo em vista essas considerações, por que o Império declinou e caiu? Os irmãos Tibério e Caio Graco, Tribunos da Plebe romana, pretendiam o quê? 2-Um historiador francês recém falecido, 01 de abril do corrente ano, escreveu que "Após a tomada e o saque de Roma pelos visigodos, em 410, pagãos e cristãos interrogaram-se sobre as causas do acontecimento. Para os pagãos, a resposta era clara: foram os maus princípios cristãos, o abandono da religião de Roma, que provocaram o desastre e o declínio que se lhe seguiram. Do lado cristão, a queda de Roma era explicada pela comparação entre os bárbaros virtuosos e os romanos decadentes: dissolutos, preguiçosos, sendo a luxúria a origem de todos os seus pecados." Jacques Le Goff. Decadência- História e Memória. Campinas, Ed. da Unicamp, 1990, p. 382-385. Identifique no texto duas visões opostas sobre a queda de Roma. www.cursosimbios.com.br 2