Artigo de Revisão A importância do treinamento muscular respiratório em pacientes com insuficiência cardíaca e em pacientes no período pré e pós cirúrgico de revascularização miocárdica The importance of respiratory muscle training in patients with heart failure and in patients in the pre and post surgical myocardial revascularization Rafael Caetano Leal dos Reis1, Giulliano Gardenghi² Resumo Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) pode ser definida como uma síndrome clínica complexa, caracterizada pela incapacidade do coração ejetar quantidade suficiente de sangue para atender às necessidades metabólicas dos diferentes tecidos. Pacientes com IC podem apresentar força muscular inspiratória diminuída, o que contribui para a ocorrência de fadiga, astenia e noctúria seguida de oligúria; alterações cerebrais; edema, derrame pleural; hepatomegalia; engurgitamento jugular; ritmo de galope; dispnéia e fadiga; observados durante o esforço e agravados pela congestão pulmonar presente nesta síndrome. A cirurgia de revascularização miocárdica (RM) isolada é indicada para pacientes com Angina Estável ou Instável (AE ou AI) e infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Objetivo: Descrever a eficiência e influência do exercício físico em pacientes com IC no período peri-operatório de RM, com foco na melhora da resistência a fadiga decorrente do treinamento muscular respiratório. Métodos: Revisão bibliográfica de estudos publicados entre os anos de 1998 a 2015. Considerações finais: A utilização do Treinamento Muscular Inspiratório (TMI) pode aprimorar a função muscular inspiratória e conseqüentemente melhorar a função ventricular esquerda, a ejeção sanguínea para o corpo, o metaborreflexo de maneira a contribuir com o desempenho físico e a saúde do indivíduo com IC submetido à RM. Descritores: insuficiência cardíaca; exercício físico; revascularização miocárdica. 1 Abstract Introduction: Heart failure (HF) can be defined as a complex clinical syndrome characterized by the inability of the heart to eject enough blood to meet the metabolic needs of different tissues. HF patients may have decreased inspiratory muscle strength, which contributes to the ocurrence of fatigue, weakness, nocturia followed by oliguria; brain changes; edema, pleural effusion; hepatomegaly; jugular engorgement, gallop rhythm, dyspnea and fatigue; observed during stress often aggravated by pulmonary congestion present in this syndrome. The surgery of the myocardial revascularization alone is indicated for patients with stable angina or unstable (SA or UA) and myocardial infarction (MI).Objective: describe the efficiency and influence of physical exercise in HF patients in the perioperative period of MR, with a focus on improved fatigue resistance due to the respiratory muscle training.Methods: Literature review of studies published between the years 1998-2014. Final Thoughts: The use of inspiratory muscle training (IMT) can improve inspiratory muscle function and consequently improve left ventricular function , blood ejection for the body, the metaboreflex in order to contribute to physical performance and health of the individual with HF submitted to MR. Keywords: heart failure ; physical exercise; myocardial revascularization. 1. Fisioterapeuta, especialista em Fisioterapia Cardiopulmonar e Terapia Intensiva pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás/CEAFI Pósgraduação/GO 2. Fisioterapeuta, Doutor em Ciências pela FMUSP, Coordenador Científico do Serviço de Fisioterapia do Hospital ENCORE/GO, Coordenador Científico do CEAFI Pós-graduação/GO e Coordenador do Curso de Pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar do Hospital e Maternidade São Cristóvão, São Paulo/SP – Brasil Introdução Insuficiência Cardíaca Congestiva (IC) A insuficiência cardíaca (IC) não é mais considerada uma doença cardíaca pura, mas sim uma síndrome complexa que envolve múltiplos sistemas e mecanismos compensatórios neuro-humorais. Algumas 2 manifestações periféricas da doença são a disfunção endotelial, alterações musculares esqueléticas, anormalidades de fluxo sanguíneo e do controle quimiorreflexo ventilatório¹. A prevalência de IC em indivíduos após os 60 anos é estimada em 4,5%, com sobrevida de menos de 40% em cinco anos. A IC é a terceira maior causa de hospitalizações, atingindo 10 indivíduos a cada 1000 novos casos na faixa etária de 70 anos e até 25 novos casos entre os 80 anos. No Brasil a IC representou 4% das internações gerais e 31% das internações por problemas cardiovasculares no ano de 20102. A IC, caracterizada por alterações hemodinâmicas e neuro-humorais, gera no doente fadiga e dispnéia de maneira a limitar o seu desempenho . Além disso, o consumo de oxigênio de pico é cerca de 40% menor no paciente portador da doença quando comparado ao indivíduo saudável pareado pela idade 3. O treinamento físico, por sua vez, pode modificar esse quadro, atenuando tanto a fadiga quanto a dispnéia, e aumentando o consumo de oxigênio de pico nestes pacientes 3,4. Fundamentado, tornou-se uma conduta não- farmacológica segura, que auxilia efetivamente no tratamento de pacientes com IC5,6. Segue uma figura que ilustra as variáveis de risco cardiovascular Figura1. Variáveis para o cálculo do risco cardiovascular. 3 Material e Métodos O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica realizada por meio de consulta em bases de dados. A busca ocorreu no período de Dezembro 2014 a Março de 2015. Esta revisão de literatura, foi baseada em trabalhos escritos em português ou inglês, obtidos nas bases de dados do PubMed, Lilacs e Google Acadêmico, utilizando por referência publicações realizadas entre 1998 e 2014. Palavras-chave utilizadas: Insuficiência cardíaca, treinamento muscular, treinamento muscular inspiratório, força muscular e metaborreflexa. Discussão e resultados: Fisiopatologia A insuficiência cardíaca pode ser causada por defeitos estruturais, anomalias funcionais (disfunção ventricular), ou uma sobrecarga súbita além da capacidade do coração. Afecção heterogênea em que o músculo cardíaco é incapaz de bombear sangue suficiente para satisfazer as necessidades metabólicas do corpo. Os pacientes com IC podem apresentar alterações da função muscular inspiratória, associada com hiperatividade quimiorreflexa e metaborreflexa inspiratória, as quais podem agravar a intolerância ao exercício. Com a dispnéia e a fadiga, progressivamente ocorre restrição das atividades cotidianas, pelo círculo vicioso de inatividade – piora da capacidade física e redução da qualidade de vida7. Os sintomas são decorrentes de uma complexa resposta fisiopatológica à disfunção ventricular e conseqüente diminuição da oferta de oxigênio aos tecidos8. Quimiorreflexo O melhor aporte considerado de oxigênio aos tecidos é mantido por adaptações da circulação e da ventilação, interligados do meio da integração complexa de vários sistemas, destacando-se barorreflexo arterial, quimiorreflexo central e periférico, ergorreflexo e reflexo de estiramento pulmonar9. Os quimiorreflexos são os principais mecanismos de controle metabólico ventilatório às mudanças de concentração do oxigênio e gás carbônico arterial. Os quimiorreceptores centrais, localizados na face ventral do 4 bulbo, respondem primariamente às variações na pressão parcial de gás carbônico (CO2) no sangue arterial. Os quimiorreceptores periféricos, (Pressão Arterial Sistólica) SAP localizados na artéria carótida comum e na artéria aorta, com aferências para o centro respiratório no bulbo e para o núcleo do trato solitário9. Metaborreflexo muscular inspiratório em indivíduos saudáveis A ativação do metaborreflexo pela contração dos músculos esqueléticos é amplamente conhecida. Entretanto, apenas na última década, descreveu-se que o metaborreflexo também pode ser ativado pelo trabalho dos músculos respiratórios10,11,12. Inicialmente, demonstrou-se que o exercício físico (intensidade > 85% do consumo máximo de oxigênio [VO2 máx]) induz fadiga muscular diafragmática até mesmo em atletas de elite 13. Em seguida, evidenciou-se que o aumento do trabalho muscular inspiratório (via resistência inspiratória) eleva os níveis de noradrenalina, reduzindo o fluxo sanguíneo da perna durante exercício máximo em bicicleta14. Esses achados originaram a hipótese da existência de um “metaborreflexo inspiratório” ativado durante o exercício físico. Uma teoria confirmada no estudo subsequente comprovou a existência de redistribuição do fluxo sanguíneo dos músculos periféricos ativos para o diafragma, correspondendo a mais de 14 - 16% do débito cardíaco15. Metaborreflexo inspiratório em pacientes com IC Foi comprovado que a musculatura inspiratória, em pacientes com IC, pode estar implicada na intolerância ao exercício. Além disso, a redução da oxigenação da musculatura inspiratória mediada pelo exercício físico agudo nos pacientes com IC poderia aumentar o trabalho ventilatório e exacerbar o metaborreflexo muscular inspiratório, que conforme citado anteriormente, limita a tolerância ao exercício devido à redução da perfusão dos músculos locomotores16. Alterações e complicações pós-cirurgias cardíacas Sabe-se que a disfunção dos músculos respiratórios devido a uma cirurgia pode levar à redução da capacidade vital, volume corrente, capacidade pulmonar total e consequente insuficiência da tosse. Estes valores reduzidos 5 podem causar atelectasia, pneumonias, derrame pleural, fator de risco para infecções pulmonares, e diminuição na capacidade residual funcional, que, por sua vez, altera propriedades de troca e aumento da ventilação/perfusão17. Uma adequada adaptação de treinamento da força muscular inspiratória no pré-operatório das cirurgias torácicas é responsável por maior capacidade funcional quando comparada aos indivíduos que apresentaram fraqueza muscular no período anterior à cirurgia17. A fraqueza muscular da musculatura inspiratória pré-operatória eleva o risco de complicações pulmonares no pós-operatório e o TMI pode ajudar a combater essas alterações. Estudos sobre as alterações pós-cirúrgicas demonstram que os volumes pulmonares não dependem unicamente da atividade da musculatura respiratória, mas também das propriedades mecânicas dos pulmões18. A redução da complacência pulmonar, o aumento da resistência das vias aéreas e a abolição dos suspiros são também fatores observados depois da cirurgia cardíaca. A menor mobilidade diafragmática associada à dor implica na capacidade residual funcional reduzida, diminuindo a ventilação e a expansibilidade das áreas mais inferiores dos pulmões18. Giacomazzi et al.17 demonstraram em seus estudos que a dor foi a queixa mais persistente, assim como a significante redução da função pulmonar até o quinto dia pósoperatório. Treinamento muscular inspiratório O exercício respiratório e o TMI, podem mudar a musculatura inspiratória do paciente com IC, proporcionando qualidade de vida, saúde e ganho de performance física. Em vários estudos comprobatórios que serão citados neste tópico de TMI será verificada a importância deste treinamento muscular, sua eficiência, eficácia e prevenção. Em um estudo randomizado realizado no ano de 2011, veio provar a eficiência do TMI na prevenção de algumas patologias nos pré e pós-operatório de cirurgia de Revascularização do Miocárdio (RM), tais como a melhora da capacidade oxidativa através de fibras musculares intermediárias, caracterizadas como fibras (brancas e oxidativas)19. Neste estudo foram 6 realizados avaliações funcionais, ex.; perfil ventilatório, radiológico e clinico de pacientes submetidos a cirurgia de RM, orientações dos procedimentos a serem realizados, em um hospital de cardiologia do sul do Brasil, utilizando a espirometria e a força muscular ventilatória da manovacometria para avaliar os volumes e capacidades pulmonares. Foi observado no estudo deste artigo redução significativa do volume expiratório final (VEF1), da capacidade vital forçada (CVF) e da força muscular ventilatória 20 . Percebe-se por meio destes estudos que o TMI, em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca eletiva, é capaz de reduzir o risco de complicações pulmonares, pois melhora a força e o endurance dos músculos respiratórios além de melhorar a ventilação desses pacientes no pré-operatório e também reduzindo a ansiedade21. Já no pós operatório, o objetivo da TMI é o tratamento de complicações pulmonares como atelectasia, derrame pleural e pneumonia, na tentativa de acelerar o processo recuperação da função pulmonar, que ocorre normalmente apenas 15 dias após o procedimento cirúrgico22. Um estudo em pacientes com IC demonstrou que a sensibilidade quimiorrreflexa periférica participa da gênese da ventilação oscilatória em repouso, uma vez que a inibição do quimiorreflexo periférico normaliza a ventilação nesses pacientes23. Além da inibição farmacológica do quimiorreflexo, o treinamento muscular inspiratório pode atenuar a ventilação oscilatória ao exercício em pacientes com IC e fraqueza muscular inspiratória 24. De fato, o treinamento muscular inspiratório a 30% pressão inspiratória máxima (PI máx) reduz as oscilações da ventilação em 57%, concomitante com aumento de 115% da força muscular inspiratória. Levando-se em consideração que a ventilação oscilatória pode ser originada pelo quimiorreflexo periférico, testouse a hipótese de que o quimiorreflexo está exacerbado nos pacientes com IC e fraqueza muscular inspiratória25,26. Neste estudo, demonstrou-se uma associação inversa entre quimiorreflexo periférico e PI máx (r=-0,57, p=0,01), ou seja, a fraqueza muscular inspiratória está relacionada com a exacerbação do quimiorreflexo periférico26. Percebe-se que o grupo com fraqueza muscular inspiratória apresentou quimiorreflexo periférico maior do que pacientes com força muscular inspiratória preservada26. Dessa forma, a redução da força muscular inspiratória pode agravar a exacerbação da sensibilidade 7 quimiorreflexa em pacientes com IC, o que potencialmente poderia estar relacionado com reduções da capacidade funcional e intolerância ao exercício27. Treino de caminhada A realização do exercício constitui um estresse fisiológico para o organismo em função do grande aumento da demanda energética em relação ao repouso, o que provoca grande liberação de calor e intensa modificação do ambiente químico muscular e sistêmico. Conseqüentemente, a exposição regular ao exercício ao longo do tempo (treinamento físico), promove um conjunto de adaptações morfológicas e funcionais que conferem maior capacidade ao organismo para responder ao estresse do exercício. Dessa forma, após essas adaptações um exercício de mesma intensidade absoluta (mesma velocidade e inclinação na esteira, por exemplo), provocaria menores efeitos agudos após um período de treinamento. É importante destacar que os efeitos crônicos do exercício dependem, fundamentalmente, da adaptação periférica, que envolve tanto um melhor controle e distribuição do fluxo sangüíneo, como adaptações específicas da musculatura esquelética. Foram notados também um aumento significativo de mitocôndrias nas musculaturas esqueléticas, o que neste caso é benéfico e ajuda na melhor oxigenação do organismo28, Em outro ensaio clínico randomizado demonstrou a eficácia que a atividade aeróbia pode reduzir a morbimortalidade principais componentes que destes casos e um dos colabora com essa eficácia, é a redução da ansiedade, domínio físico e mental desses pacientes, diminuição das fibrilação atrial, levando consequentemente menor tempo de internação hospitalar 29. Conclusões O treinamento muscular inspiratório melhora a capacidade funcional e a qualidade de vida nos pacientes com IC e fraqueza muscular inspiratória. Levando em consideração também a prevenção de morbidades pulmonares, como atelectasias e outras infecções pulmonares. Esses achados foram confirmados em um estudo recente que investigou os efeitos do TMI na IC e que apresentou, em sua amostra, a grande maioria de pacientes com fraqueza muscular inspiratória, com alterações da CVF. Além disso, com a associação de treinamento houve evolução 8 da qualidade de vida, da eficiência ventilatória e da cinética de recuperação do consumo de oxigênio, além do decréscimo das oscilações ventilatórias. Portanto, é nossa visão que, até que outros estudos estejam disponíveis, pacientes com insuficiência cardíaca estável por disfunção sistólica devem exercitar-se regularmente. Os pacientes que realizaram exercícios de respiração profunda após a realização da RM, mostraram uma quantidade significativamente menor de atelectasia e tiveram menor redução da CVF e VEF1 no quarto dia de pós operatório em comparação com pacientes que não realizaram exercícios físicos. Referências 1. Jessap, M.; Suzan Brozena. Heart Failure. Review Article. N. Engl. J. Med, v.348, n.1, p.1-18, 2005. 2. Ministério da Saúde. Datasus. [internet]. Informações de Saúde. População residente/Município/Niterói 2010. [acesso em 2011 jul 05]. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?ibge/cnv/poprj.def>. 3. Rondon MUP et al. Exercício físico e insuficiência cardíaca. Rev da Soc de Cardiol do Estado de São Paulo, v. 10, n. 1, p. 273-284, 2001. 4. Arena R, Myers J, Abella J, Peberdy MA, Bensimhon D, Chase P, et al. The prognostic value of the heart rate response during exercise and recovery in patientswith heart failure: influence of beta-blockade. Int J Cardiol. 2010;138(2):16673. 5. Belardinelli R et al. Effects of moderate exercise training on thallium uptake and contractile response to low-dose dobutamine of dysfunctional myocardium in patients with ischemic cardiomyopathy. Americ Heart Association, v. 1, n.97, p.553-56, 1998. 6. Negrão CE, Barreto ACP. Efeito do treinamento físico na insuficiência cardíaca: implicações autonômicas, hemodinâmicas e metabólicas. Rev da Soc de Cardiol do Estado de São Paulo, v. 8, n. 2, p. 273-284, São Paulo, 1998. 9 7. Belardinelli R. et al. Randomized, controlled trial of long-term moderate exercise training in chronic heart failure: effects on functional capacity, quality of life, and clinical outcome. Americ Heart Association, v. 1, n.99, p.1173-1182, 1999. 8. Ferraz AS, Yazbek Junior P. Prescrição do exercício físico para pacientes com insuficiência cardíaca. Rev Soc Cardio Rio Grande do Sul, ano XV, n.09, p.1-13, set./out./Nov./dez 2006. 9. Guimarães GV, Belli JFC, Bacal F, Bocchi EA. Comportamento dos Quimiorreflexos Central e Periférico na Insuficiência Cardíaca. Sociedade brasileira de cardiologi, p.1-7, 2011. 10. St Croix CM, Morgan BJ, Wetter TJ, Dempsey JA. Fatiguing inspiratory muscle work causes reflex sympathetic activation in humans. J Physiol, v.529, n.2, p.493504,2000. 11. Derchak PA, Sheel AW, Morgan BJ, Dempsey JA. Effects of expiratory muscle work on muscle sympathetic nerve activity. J Appl Physiol, v.92, n.4, p.1539-1552, 2002. 12. Harms CA, Babcock MA, McClaran SR, Pegelow DF, Nickele GA, Nelson WB, et al. Respiratory muscle work compromises leg blood flow during maximal exercise. J Appl Physiol, v.82,n.5,p.1573-1583,2012. 13. lli SK, Held U , Frank l, Spengler CM. Effect of respiratory muscle training on exercise performance in healthy individuais: a systematic reaview and meta-analysis. Sports Med. Aug 2012;42(8):707-724. 14. Vieira PJC, Ribeiro JP, Cipriano CJr, Umpierre D, Cahalin LP, Moraes RS, et al. Effect of transcutaneous electrical nerve stimulation on muscle metaboreflex in healthy young and older subjects. Eur J Appl Physiol. 2012;112(4):1327-34. 10 15. Harms CA, Wetter TJ, McClaran SR, Pegelow DF, Nickele GA, Nelson WB, et al. Effects of respiratory muscle work on cardiac output and its distribution during maximal exercise. J Appl Physiol, v.85, n.2, p.609-618,1998. 16. Ribeiro JP, Chiappa GR, Callegaro CC. Contribuição da musculatura inspiratória na limitação ao exercício na insuficiência cardíaca: mecanismos fisiopatológicos. Rev. bras. Fisioter, v.16, n.4, p.261-267, 2012 17.Giacomazzi CM, Lagni VB, MONTEIRO MB. Postoperative pain as a contributor to pulmonary function impairment in patients submitted to heart surgery. Braz J Cardiovasc Surg, v.21, n.4, p.386-392, 2006. 18. Miranda RCV, Padulla SAT, Bortolatto CR. Fisioterapia respiratória e sua aplicabilidade no período pré-operatório de cirurgia cardíaca.Rev Bras Cir Cardiovasc, v.26, n.4, p.647-652, 2011. 19. Barros GF, Santos CS, Granado FG, Costa PT, Límaco RP, Gardenghi G.Treinamento muscular respiratório na revascularização do miocárdio, Rev Bras Cir Cardiovasc vl.25, n.4, p.1-8 2010 20. Morsch KT, Leguisamo CP, Camargo MD, et al. Ventilatory profile of patients undergoing CABG surgery. Rev Bras Cir Cardiovasc 2009; 24(2):180-7. 21. Gracia, RCP, Costa D. Treinamento muscular respiratorio em pos-operatorio de cirurgia cardiaca eletiva. Braz. j. phys. ther, v.6,n.3, p.139-146, 2002 22. Ferreira LL, Marino HC, Cavenaghi, S. Fisioterapia cardiorrespiratória no paciente cardiopata. Rev Bras Clin Med, v.10,n.2,p.127-131, 2012. 23.Ponikowski P, Anker SD, Chua TP, Francis D, Banasiak W, Poole-Wilson PA, et al. Oscillatory breathing patterns during wakefulness in patients with chronic 11 heartfailure: clinical implications and role of augmented peripheral chemosensitivity. Circulation, v.100, n.24,p.2418-2424,1999. 24. Dall’Ago P, Chiappa GR, Guths H, Stein R, Ribeiro JP. Inspiratory muscle training in patients with heart failure and inspiratory muscle weakness: a randomized trial. J Am Coll Cardiol, v. 47, n. 4, p.757-763, 2006. 25. Stein R, Chiappa GR, Güths H, Dall’Ago P, Ribeiro JP. Inspiratory muscle training improves oxygen uptake efficiency slope in patients with chronic heart failure. J Cardiopulm Rehabil Prev, v.29, n.6, p.392-395, 2009. 26. Callegaro CC, Martinez D, Ribeiro PA, Brod M, Ribeiro JP. Augmented peripheral chemoreflex in patients with heart failure and inspiratory muscle weakness. Respir Physiol Neurobiol,v.171, n.1, p.31-35, 2010. 27. Meyer FJ, Borst MM, Zugck C, Kirschke A, Schellberg D, Kübler W, et al. Respiratory muscle dysfunction in congestive heart failure: clinical correlation and prognostic significance. Circulation. 2001;103(17):2153-8. 28. Tzou W, Vitcenda M, McBride P. Smoking status after cardiac events and participation in outpatient cardiac rehabilitation. J Cardiopulm Rehabil 2004; 24: 94-9. 29. Hadj A, Esmore D, Rowland M, Pepe S, Schneider L, Lewin J, ET al. Preoperative preparation for cardiac surgery utilising a combination of metabolic, physical and mental therapy. Heart Lung Circ. 2006; 15:172-181. Endereço para correspondência: Endereço para correspondência: Rafael Caetano Leal dos Reis CEAFI PÓS-GRADUAÇÃO - Rua: T-28, nº 1.806, Setor Bueno. Goiânia-GO 12 CEP: 74215-040 e-mail: [email protected] 13