Retiro de catequistas orientado pelo

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Retiro orientado pelo Padre Rui Santiago
25/3/2011
“Apetece-me rezar”
Começámos o retiro na sexta-feira com o Padre Rui a dizer-nos que “rezar” é algo que
normalmente nos apetece pouco, embora nem sempre rezemos pouco.
Nestes 3 dias o Padre Rui disse que gostaria que juntos partilhássemos o desejo de querermos
rezar. Que este desejo vá crescendo... Há vontade de escuta da palavra nos faz apetecer “entrar em
comunhão”.
Para ser um retiro teve que nascer em retiro e para isso fez 3 dias de retiro para orientar este
retiro.
Falar de oração é falar de pessoas que fazem oração, que rezam.
Os discípulos (como judeus) rezavam por tradição 3 vezes por dias. Então porque é que pedem
a Jesus que lhes ensine a rezar? Este pedido não foi feito num momento qualquer, mas sim quando
o vêem a fazer oração.
“Diz-me como rezas e eu dir-te-ei em como é o Deus em que acreditas!”
E o que fez Jesus? Ele rezou o Pai-Nosso. Não ensinou o Pai-Nosso, porque o Pai-Nosso não
se ensina. Jesus rezou, aquilo saiu-lhe assim; por isso é que em Lucas e Mateus o Pai Nosso aparece
de maneira diferente.
A nossa fórmula, que surgiu muito mais tarde, é segundo Mateus. Na altura não era uma
fórmula, por isso é que diz “Quando rezardes dizei “assim”, e não “isto”.
O Padre Calmeiro Matias foi muito importante para o Padre Rui, e escreveu um textinho que o
Padre Rui leu, e deixou para meditarmos nesta noite:
“Infelizmente são muito poucos os cristão que fazem um encontro dialogado com Deus…
Falamos com as pessoas que amamos, mesmo quando estamos ocupados… a oração é sempre
eficaz pois prepara os nossos corações para os dons que Deus nos quer dar… amar é querer o bem
dos outros, aceitá-los como são… se Deus nos obedecesse isso seria muitas vezes faltar-nos ao
amor… a oração não é um conjunto de palavras mágicas, mas ela é sempre eficaz, porque quando
oramos ao jeito de Jesus, caminhamos ao encontro do que Deus quer.”
26/3/2011
Cântico:
“Pára um momento junto a mim, Tu és o meu Deus e Senhor
Trago-Te gravado na palma da mão
Com amor eterno e sem fim (bis)”
O que significam as palavras que usamos?
O que é que a oração não é?
Um retiro serve para nos “pormos a jeito”.
A fé é como uns binóculos que colocamos e nos fazem ver mais longe.
Para isso temos que perceber as palavras. A palavra “oração” vem do latim “oros” que significa
boca. A boca de Deus, Aquele que fala. A palavra mais forte é “adoração”. O prefixo latino “ad”
significa aproximação. Fazer adoração é “pôr-se à boca”.
“Moisés morreu à boca de Deus” é belíssimo! Ele viveu e morreu…
O que é que não é “oração”? Procurar pôr Deus a trabalhar a meu favor não é oração; não é
oração querer mudar Deus, tentar convencê-lo a fazer aquilo que nós queremos que Ele faça…
Orar é entrar no Projecto de Deus! Não é pedir a Deus que participe nos nossos projectos. A
oração não é uma negociata; não é uma burocracia do Espírito; uma contabilidade religiosa… Há
maneiras de fazer oração que tornam as pessoas insuportáveis: os olhos transformam-se em réguas,
e os olhos em selos...
O dever da oração só existe num espírito de “como é que eu posso não o fazer?”; não se deve
oração a Deus. Deus não nos manda rezar; Ele espera pacientemente que nós descubramos a
necessidade de orar; que queiramos levar até aí o nosso amor por Ele; Deus desafia-nos
continuamente. Se não o fizermos quando muito ficamos em falta connosco: “tive esta oportunidade
e não a agarrei…” Felizes aqueles a quem orar lhes faz falta!
“Rezar” é uma corruptela (palavra que ao longo dos tempos foi sendo corrompida) da palavra
“recitar” que significa “dizer muitas vezes”. Rezar é “mastigar muitas vezes”, saborear, tomar o
gosto a algumas expressões de fé.
Rezar é aprender a render-se; a entender para que lado sopra o hálito de Deus.
“Se te parece que muita coisa não está clara, estranha ou difícil… reza! Não há outra maneira
de compreender!
Experimenta, sem resistências interiores… Não esperes vir a rezar quando tiveres percebido
tudo sobre oração, porque isso é esperar o impossível!”
“Louvar” significa elogiar, bem-dizer. Dizer bem de/a Deus.
Hoje está na moda o pessimismo, dizendo que o pessimismo é realismo. Esta é uma”maldicção” da vida. E depois dizemos que isto é um facto (o facto só surgiu no séc. XVIII com o
Iluminismo) até aí havia uma procura dos significados, não dos “factos”.
O sentido máximo da vida é “ser feliz”. Eu sou muito pequeno para mim; a nossa
individualidade fica-nos muito pequena. Isto é, temos que nos “transcender”, mas não podemos
transcender-nos enquanto maldizermos porque estamos em terreno hostil.
Nós estamos muito moldados por uma mentalidade de competência, e competência é, não nos
iludamos, competição. Assim, não vivemos a importância da “desimportância”; as coisas continuam
a acontecer naturalmente, mesmo sem nós!
Palavra “suplicar” significa “sub” (debaixo de) “plicar” (tirar a pele). Explicar a palavra é “pôla em carne viva”.
Complicar é “colocar ainda mais”peles”. O Pálio antigamente era feito de peles.
Então, suplicar é pedir protecção, consolo, segurança, firmeza (daí vem também a palavra
“paleativos”).
“Liturgia”, palavra utilizada pela primeira vez pelos cristãos para significar “festa do povo”. Os
primeiros cristãos quiseram terminar com a “dolia” que era o culto utilizado pelos romanos e
pagãos. Foi assim que surgiu a “liturgia”!
É importante a oração?
O Evangelho de Jesus é uma enorme pergunta.
No Evangelho de João, depois de um longo prólogo, perguntamo-nos: o que vai dizer Jesus?
Quando Jesus abre a boca pela primeira vez, pergunta-nos. “O que é que procurais?” Esta
pergunta não teria significado se os discípulos andassem a olhar para o chão à procura de alguma
coisa. Os discípulos sentiram que esta pergunta “lhes acertou em cheio”. Eles responderam:
“Mestre, onde moras?” (não iam falar na frente de tanta gente).
Episódio de Marta e Maria: Marta faz imensa coisa; não é preciso! Maria escolheu a melhor
parte: conversar com Jesus!
Qual é a importância para ti da tua relação com Jesus?
Qual a importância da comunicação dentro de uma relação de amor?
A oração é o mundo da comunicação dentro da convivência amorosa da Fé!
A oração não é importante; torna-se importante dentro de uma relação de amor, de Fé, pois
a Fé é algo que se constrói!
Se dizemos que Deus está connosco, está presente (Jesus Ressuscitado) então porque é que nos
comportamos como órfãos? O Ressuscitado não é um corpo individual, é o corpo da comunhão:
Jesus Ressuscitados está presente para nós como “o mar está presente ao peixe”, ou como dizia São
Paulo “N’Ele vivemos, nos movemos e existimos”. Jesus Ressuscitado pode representar-se como
um círculo! Jesus está vivo para nós! O Ressuscitado tem a personalidade de Jesus: toca, mexe, fala,
vê, está activo, porque Re-Suscitou, mas é um vivente da vida do Espírito pois não morre mais! Se
construirmos esta relação de presença, Jesus começa a tornar-se um amigo interessado e
interessante! Aqui começa a surgir a oração, porque nós com os amigos conversamos! É difícil
falarmos com alguém a quem não tratamos por Tu!
Se entramos neste jogo de sedução, o nosso maior amigo, Ele, vai tornar-se o nosso grande
Amor! E nós vamos começar a viver com Ele, como Ele, vamos querer conhecer o segredo mais
certeiro que o torna tão desejado! Com Jesus experimentamos isto dentro de um processo de Fé! Se
entramos pelo Seu amor “adentro” compreendemos que Jesus é apenas uma porta, ao passarmos
através d’Ele damos de caras com o Imenso, o Abbá!
Deus, é O Amor do meu Amor! “Por Cristo, com Cristo, em Cristo!”
Para conseguirmos entrar nesta lógica de Amor, pedimos: “Ensina-nos a rezar!”
Vamos fazer dos Seus gostos, a nossa vontade! O Seu projecto é o nosso programa! Ele vai-se
tornando o nosso Senhor! Tem o senhorio em nós. Quando Ele se torna o nosso Senhor, a Sua
loucura torna-se a nossa sabedoria! A Sua fraqueza torna-se a nossa fortaleza! É a única prisão que
nos liberta! Existente; Presente; Amigo; Amor e Senhor!
A importância da oração não existe fora deste processo de Fé! Esta importância é uma
construção.
É importante a oração? Reza e percebe!
Mas quem é este Homem? Qual é a explicação de uma vida assim?
“Há gente que passa na história, da história da gente...” (fado “chuva” da Mariza) e que não é
como as pessoas vulgares que não deixam saudade!
A resposta a estas perguntas só aparece no fim dos Evangelhos. Se queremos começar pelos
títulos cristológicos, falta-nos todo o processo de experiência pascal que vem no Evangelho. É a
vida concreta de Jesus que nos responde a estas perguntas. É preciso entrar na intimidade de Jesus
com o Abbá. Filho de Deus, para nós também é um título, mas conhecê-lo como Filho (não saber
tudo, não ser capaz de tudo, de esperar ser amado…), é conhecê-lo como Jesus se conhece a si
mesmo! Todas as nossas figuras de Jesus são da sua adultez, não como a de um filhinho que
trabalha nas coisas do Pai! O segredo da vida de Jesus, a sua explicação está na sua relação, na sua
comunicação, com o Pai, na oração!
Evangelho de João – capítulo 17 – Oração sacerdotal - “Pai, chegou a hora…”. Esta oração
também é uma oração de mediação: Pai peço-Te por eles.
Qual o esquema deste Evangelho de São João? 1º o Prólogo, depois o evangelho dos sinais - O
sinal visa abrir à fé em Jesus e, crendo, receber dele a Vida nova dos filhos de Deus (Jo 1, 12), exº
Nicodemos, samaritaetc. É por apresentar Jesus nesta perspectiva que João, mesmo nos relatos
comuns aos sinópticos, lê toda a realidade em torno de Jesus como sinal revelador do seu ser de
Filho, e transforma muitas vezes uma narração em catequese simbólica.
Do capítulo 12 a 18 há uma descontinuidade – Jesus não vai no caminho da Galileia para
Jerusalém; é só conversa de Jesus com os Seus, intimidade com o Pai, mas que nos diz respeito!
Foge ao esquema dos sinópticos que retratam uma única viagem de Jesus desde a Galileia até
Jerusalém, onde é crucificado!
Jesus aparece no Evangelho de João como mediador que nos pega e nos conduz a um
verdadeiro e definitivo templo: Ele próprio!
O templo na cultura judaica, bíblica, é uma “falha tectónica”, esse lugar onde as placas se
tocam, encontram, interagem, onde Deus e o Homem se encontram sem nenhum deles estar inteiro
pois dão-se um ao outro.
Desde o princípio o Evangelho de João é uma luta entre templos: o judaico (feito por mãos
humanas) e o cristão (onde Jesus é o sumo-sacerdote; onde já não há condenação, nem pena)!
Eucaristia
O encontro de Jesus com a Samaritana é uma catequese grandiosa sobre a Nova e Eterna
Aliança que Deus sela connosco pelo Dom do Espírito Santo, na Ressurreição de Jesus. A
Samaritana é figura simbólica de Israel, e Jesus encontra-a “junto ao poço”… Encontrar “junto ao
poço” é o símbolo bíblico mais antigo para falar do desposório, da Aliança. Sempre que alguém se
encontra “junto ao poço”, na bíblia, casa-se! Assim é também aqui… Em Jesus, o Cristo, Deus
encontra de novo o Seu Povo “junto ao poço”, desposa-o de novo e para sempre numa Aliança que
não mais acabará.
A infidelidade está revelada na linguagem dos “maridos”… Os cinco são exactamente os cinco
grandes impérios sob os quais Israel tinha estado oprimida até então, “e o que tens agora também
não é teu” (o império romano). O Dom do Espírito, por Jesus, é um Dom de Libertação do nosso
Deus, cura das nossas infidelidades, perdão das nossas idolatrias, libertação das nossas submissões.
Por isso a mulher pode “deixar o cântaro para trás” e renascida da Água Viva do Poço da Aliança
correr a dar testemunho.
O testemunho que dá é o do encontro surpreendente com Jesus que se vai conhecendo
progressivamente. Começa por chamá-lo “Tu, judeu”… Depois, “Vejo que és um Profeta”…
Depois ainda, “Não será ele o Messias?!” Por fim, todos ao encontrarem Jesus pelo intermédio do
testemunho da mulher exclama: “É o Salvador do Mundo!”
É sempre uma história de amizade e revelação o que iniciamos quando nos aproximamos
também do Poço da Aliança, da Fonte da Água Viva do Espírito Santo que é Jesus. Deus está
permanentemente disposto a renovar todas estas experiências connosco. SEMPRE!
Que esta “quarentena” que temos o privilégio de viver nos encontre mais disponíveis a este
“encontro junto ao poço”, a este diálogo de Jesus connosco, do que a outras “preocupações
quaresmais” que a nossa vida já nos provou, ano após ano, não mudarem rigorosamente nada dentro
de nós…
Porque a mudança acontece quando podemos proclamar como aquela mulher: “Encontrei-o!
Conheceu-me! Disse-me tudo o que eu fiz! E sem me julgar, amou-me assim.”
27/3/2011
Escola de oração
Cântico:
“O caminho é o abandono,
Da criança que adormece
Sem medo nos braços de seu pai!”
Somos de uma tradição judaico-cristã com quase 4000 anos de aprendizagem espiritual, mas se
não as conhecemos agarramo-nos ao que conhecemos, as tradições vindas do Oriente, porque
passamos a vinda a prestar culto a mortos (exº santos).
Diz o padre Rui: Se eu tivesse uma escola de oração existiriam sobretudo espaços de
aprendizagem de oração:
1º Disciplina - Aprender a louvar
Louvar é alegrar-se com um bem sem que ele seja nosso. Para isso temos que olhar as coisas
descentrados de nós, logo é uma excentricidade e uma extravagância! Louvar é gratificar, é ver
graça e beleza na vida e na hitória. É aprender a soltar-se! Se não a virmos, o problema está na
nossa vida!
Na Bíblia a personificação do louvor, é David. O grande rival de David foi Saúl (rei antes de
David que só reinou sobre duas tribos). Ele exprime tudo o que se opõe ao louvor, à alegria e à
esperança. Saúl exprime quem se deixa dominar pela raiva, a fúria, a brutalidade, o desespero e a
inveja. Saúl obriga David a casar-se com a sua filha Mical, para o tentar dominar! Ela é a cara
chapada do pai, e como tal não compreende como é que David dança em torno da arca da aliança
quando estão cercados de inimigos (livro de Samuel); ela refufunhava à janela enquanto David
dançava.
Mical morreu sem nunca ter dado à luz porque nunca quis aprender a arte de louvar!
Nunca se está tão só, quando estamos isolados nesta atitude de não-louvor!
Uma dica: se tu não sabes como louvar a Deus, treina, ensaia, louvando pessoas!
2º Disciplina - Aprender a contemplar
“Comtemplar” – é “entrar no templo”. Lugar existencial onde o Homem se faz a Deus e Deus
se faz ao Homem (exº da falha tectónica). Contemplar é demorar-se no imenso até Ele começr a
dialogar connosco!
Estarmos face a face com a beleza facilita saltos interiores, põe-nos a alma a jeito! Temos que
para e absorver, quando já está tudo mais que visto… fiquemos! Aí vão começar a acontecer coisas
novas, no silêncio, depois de passado o limiar do desconforto! Não somos capazes de aprender a
contemplar enquanto não passarmos o limiar do desconforto, porque aí vai aparecer aquilo de nós
que menos gostamos. Contemplar é aprender a maravilharmo-nos; a encantarmo-nos! Aprender a
ver até ouvir com os olhos!
Há um método de ajuda à contemplação: a recitação! Numa posição corporal de conforto
digamos uma frase repetidamente, por exemplo, “Meu Senhor e meu dono”.
3º Disciplina - Aprender a glorificar
Aprender a dizer: “Deus, tu és o maior!”
A Glória de Deus, em português, é o “peso de Deus”! É um Deus em que pode dar o vento por
onde der que ele não cai! Deus é leal, não se muda nem muda!
Santificar o nome de Deus significa que por todos deve ser reconhecido o projecto de Deus;
devem-se proclamar hinos!
Orar, na iconografia das catacumbas, da Igreja primitiva, os homens aparecem com os braços
levantados; colocar as mãos unidas vem do feudalismo em que os servos se colocavam de joelhos
diante do seu senhor, os outros atavam-lhes as mãos, e o senhor tocava-lhes com a espada nos
ombros, sinal do servo a dizer “não tenho medo, confio em ti!”
Dentro do estilo de oração hínico há um que se chama “Invitatorio”, convocatória à
glorificação. Exº salmo 30 – a meio do louvor, da glorificação, há o invitatório, o convite a chamar
outros, e todos voltarem para o louvor.
4º Disciplina - Aprender a rezar a Escritura
A lectio divina é um exercício de “saborear um bom vinho”! É possível pegar em algumas
palavras da vida ressuscitada de Jesus e dar-lhes muitas voltas!...
Não é por acaso que o título é “rezar” a escritura! É “recitar” a escritura! Não é procurar a
moral da história, mas saborear a história! Temos que desmoralizar a Bíblia; dessacralizá-la! A
Bíblia é palavra inspirada, não sacralizada! Palavra Sagrada só a de Deus, não a de Paulo, João,
Mateus etc.
5º Disciplina - Aprender a liturgia das horas
É aprender a marcar o tempo que passa com as horas do tempo que não passa; é aprender a
selar continuamente os dias, as horas… Vem dos ritos monásticos e foi remodelada com o Concílio
do Vaticano II: Laudes (ao acordar), Vésperas (quando o Sol se põe), Horas Intermédias e
Completos.
Laudes – reviver o dinamismo pascal; louvar Deus porque a Luz venceu outra vez! O hino é o
“Benedictus”, de Zacarias.
Vésperas – Quando o Sol se põe “despegamos” – é o começo de um novo dia (o que para nós é
estranho, mas o dia começa com o nascer da Lua, na lógica bíblica) – deixamos Deus a trabalhar
sozinho, pois nós vamos para casa descansar.
Horas Intermédias - intervalos a meio do nosso trabalho! Por isso são sempre mais curtas.
Completos – na hora do dormir, de esticar o pernil. Chama-se assim, porque apesar de ser uma
oração breve, é uma assunção da afirmação de Jesus “Senhor, agora tudo está completo!”. É uma
quotidiana entrega à morte. O Hino que se reza é o de Simeão, que representa todo o AT. Quando
Jesus é apresentado no Templo, Simeão diz: “Agora Senhor já podes deixar o teu servo descansar!”
6º Disciplina - Aprender a celebrar
Temos refeição marcada com Jesus Ressuscitado, e com Ele todo o corpo que Jesus encabeça.
Assim, nenhum padre pode celebrar sozinho!
Ler capítulo 13 do Livro dos Números – catequese da Esperança. Antecipadamente, no deserto,
o povo comeu os frutos da Terra Prometida.
Nos tempos do novo testamento Yeshûa', era um nome comummente atribuído aos rapazes
judeus, que significa “Deus Salva”, porque Maria e José tinham muita fé no amor e no cuidado que
Deus havia de ter pelo seu menino que tinha acabado de nascer.
Mas, desde pequenino, que começaram a chamá-lo pelo diminutivo, porque Yeshuah era uma
palavra grande para dizer todas as vezes. O diminutivo era YESHU, que é muito mais rápido e
engraçado. Como nós já não falamos a mesma língua que o Jesus e os pais dele, o diminutivo com
que ele ficou conhecido parece um bocadinho diferente, mas é isso mesmo que dizemos ainda hoje,
em todo o mundo, nas nossas línguas: “Jesus”.
Tu sabias que nós tratamos o Jesus pelo diminutivo? A maior parte das pessoas não sabe
isto, podes crer!
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