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ISLAMISMO
O Islamismo é uma religião monoteísta, ou seja, acredita na existência de um único Deus; é
fundamentada nos ensinamentos de Mohammed, ou Muhammad, chamado pelos ocidentais de
Maomé. Nascido em Meca, no ano 570, Maomé começou sua pregação aos 40 anos, na região onde
atualmente corresponde ao território da Arábia Saudita. Conforme a tradição, o arcanjo Gabriel
revelou-lhe a existência de um Deus único.
Maomé viveu os primeiros cinco anos da infância no deserto. Depois, foi ser pastor de
carneiros e, quando completou 20 anos de idade, trabalhou como caravaneiro de uma viúva rica,
Khadidja. Ela era dez anos mais velha que ele. Os dois se casaram, tiveram uma filha e, por volta do
ano 612, Maomé começou a ter visões. Ele criou então uma religião que absorveu toda a tradição
judaica e cristã. Dizia que Abraão, Moisés e Jesus eram profetas de uma mesma linhagem. Ele
próprio era o último e o mais importante dos profetas de Alá. Seus ensinamentos, portanto, eram os
que
A palavra islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah,
Deus em árabe). Seus seguidores são os muçulmanos (Muslim, em árabe), aquele que se subordina a
Deus. Atualmente, é a religião que mais se expande no mundo, está presente em mais de 80 países.
Alcorão, livro sagrado do Islamismo
O livro sagrado do Islamismo é o alcorão (do árabe alqur´rãn, leitura), consiste na coletânea
das revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. Seus principais ensinamentos são a
onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre os seres
humanos.
As faces do Islã são tão diversas como os países nos quais se estabeleceu. Mas de maneira
geral os muçulmanos formam um povo profundamente religioso.
Nos ensinamentos de Maomé há preceitos religiosos, regras para a organização do Estado,
instruções para o relacionamento entre pessoas e até normas para o dia-a-dia do tipo: as pessoas
devem cortar as unhas começando pelo dedo mínimo da mão direita e terminando no polegar.
Segundo sua doutrina, todo muçulmano nasce puro, e ganha o reino dos céus se cumpre com suas
obrigações, todas muito bem definidas.
Dentre os vários princípios do Islamismo, cinco são regras fundamentais para os
mulçumanos, os cinco pilares da religião islâmica são:
a propagação da crença num deus único;
a oração, que deve ser feita cinco vezes ao dia;
o jejum durante o mês do Ramadã (em que o Corão foi revelado a Maomé);
o zakat, doação anual que todos estão obrigados a fazer ao governo para redistribuição posterior;
a peregrinação anual a Meca, ou peço menos uma vez na vida (hajj).
Oração dos mulçumanos
Após a morte de Maomé, a religião islâmica sofreu ramificações, ocorrendo divisão em
diversas vertentes com características distintas. As vertentes do Islamismo que possuem maior
quantidade de seguidores são a dos sunitas (maioria) e a dos xiitas. Xiita significa “partidário de Ali”
– Ali Abu Talib, califa (soberano muçulmano) que se casou com Fátima, filha de Maomé, e acabou
assassinado. Os sunitas defenderam o califado de Abu Bakr, um dos primeiros convertidos ao Islã e
discípulo de Maomé. As principais características são:
Sunitas – defendem que o chefe do Estado mulçumano (califa) deve reunir virtudes como honra,
respeito pelas leis e capacidade de trabalho, porém, não acham que ele deve ser infalível ou
impecável em suas ações. Além do Alcorão, os sunitas utilizam como fonte de ensinamentos
religiosos as Sunas, livro que reúne o conjunto de tradições recolhidas com os companheiros de
Maomé.
Xiitas – alegam que a chefia do Estado muçulmano só pode ser ocupada por alguém que seja
descendente do profeta Maomé ou que possua algum vínculo de parentesco com ele. Afirmam que o
chefe da comunidade islâmica, o imã, é diretamente inspirado por Alá, sendo, por isso, um ser
infalível. Aceitam somente o Alcorão como fonte sagrada de ensinamentos religiosos.
Alguns pontos em comum entre Xiitas e Sunitas são: a individualidade de Deus, a crença nas
revelações de Maomé e a crença na ressurreição do profeta no Dia do Julgamento.
No Brasil, o Islamismo chegou, primeiramente, através dos escravos africanos trazidos ao
país. Posteriormente, ocorreu um grande fluxo migratório de árabes para o território brasileiro,
contribuindo para a expansão da religião. A primeira mesquita islâmica no Brasil foi fundada em
1929, em São Paulo. Atualmente existem aproximadamente 27,3 mil muçulmanos no Brasil.
Um quinto da população mundial segue os mandamentos de Maomé, o
profeta que queria conquistar o planeta para Alá.
Primeiro é preciso considerar que o Islã é o segundo maior grupo
religioso do planeta. A grande maioria dos muçulmanos está na Ásia e na
África, mas entre os americanos eles já são quase 7 milhões – e o número de
adesões é crescente. Depois, é preciso admitir que os muçulmanos ocupam
países paupérrimos, como o Sudão, mas também controlam áreas que são
grandes produtoras de petróleo. E, finalmente, deve-se levar em conta que,
embora os islamitas em sua maioria sejam pessoas pacíficas e generosas, há
um grupo radical e violento cuja influência entre os seguidores de Maomé
vem se tornando mais importante a cada ano. E que esse grupo foi capaz de
explodir o World Trade Center, ícone do capitalismo, matando mais de 6 000
pessoas.
Mulher, no universo muçulmano, é um ser especial. Tem de vestir uma
bata longa que esconda as formas do corpo e cubra o cabelo. Em países mais
tradicionais, mulheres que deixam o lenço escorregar em local público são MULHER MUÇULMANA
chicoteadas. Elas sofrem ainda outras restrições no Islã. Não podem estudar, Ela tem de andar com o
corpo todo coberto, não
trabalhar, discutir com seus maridos – aliás, é permitido a eles bater nas pode estudar nem
esposas. E, se ficam viúvas ou órfãs, não têm direito a herança. Essas são trabalhar, não tem
direito a herança e, em
normas que vêm do século VII. Ainda valem em muitas regiões porque o caso de adultério, é
apedrejada.
Os
Corão é tido, entre os islamitas, como uma versão concreta do sagrado.
muçulmanos acreditam
Conforme a crença muçulmana, o Corão já existia, no céu, antes que que assim demonstram
Maomé pusesse as palavras no papel. É, portanto, intocável. No capítulo que o apreço que têm pela
mulher
trata das obrigações missionárias do povo, o Corão esclarece: "Não há
compulsão no Islã". Os povos não podem ser convertidos pela força. Mas a força pode e deve ser
usada para banir a hostilidade ao islamismo. O texto sagrado, está-se vendo, autoriza a guerra contra
os inimigos do povo muçulmano. E ainda ensina: "Quando empreendida, a luta deve ser levada a
cabo com vigor".
A história do Islã tem catorze séculos. Durante oito deles, os muçulmanos dominaram um
terço do mundo conhecido. Invadiram grande parte da Europa e a Pérsia, chegaram à Indonésia.
Naquela época, eles formavam um povo ilustrado que impunha sua cultura em ambientes medievais
decadentes. Foi um tempo de glória.
A força dos radicais muçulmanos, atualmente, está no apelo que fazem à memória dos
tempos de prestígio de seu povo. E a uma interpretação meio enviesada do Corão. Em sua versão, o
suicídio no campo de batalha é uma das espécies de martírio, em favor da fé, premiadas com as
delícias do céu.
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