Fatores de produção

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Fatores de produção
Quanto ao tema fatores de produção, há uma divergência de opiniões entre os
economistas quanto ao número de fatores, porém todos concordam com a
existência de fatores de produção. À seguir, abordaremos as duas correntes, sendo
que primeiro será feito uma análise do pensamento dos autores mais antigos ou
tradicionais, para o qual classificam em três os fatores de produção que são: A
terra, o trabalho e o capital.
A terra e o trabalho são considerados fatores originários, já o capital é derivado da
terra e do trabalho. Segundo a teoria desses autores, vamos analisar a influência
desses três fatores na produção.
Esses fatores têm influência direta na produção, os quais são utilizados para
satisfazer as nossas necessidades, direta ou depois de transformadas. O planeta
em que habitamos que foi denominado de Terra, constitui o primeiro fator de
produção e quando surgiu o homem, o mundo já estava criado.
O homem vem em constante evolução, seus conhecimentos são renovados
freqüentemente, porém, até hoje podemos aproveitar somente a superfície da
Terra, a camada inferior mais próxima e a camada gasosa que envolve nosso
planeta. A Terra tem condições de nos oferecer os gêneros alimentícios e a
matéria-prima necessária para a produção de novos bens econômicos.
A natureza é generosa, pois encontramos na Terra muitas coisas imediatamente
aproveitadas como: os peixes, animais comestíveis, ervas, frutas a água etc. E não
é só isso, temos os mares e os rios com suas quedas-d'água. O homem faz
aproveitamento desses recursos, para melhorar a sua existência. Podemos notar
também que até as coisa que a natureza nos oferece prontas, como os animais,
peixes, frutas etc., exige algum esforço que é considerado trabalho, como a caça, a
pesca, a colheita, o transporte, o armazenamento, etc. Então o segundo fator de
produção é o trabalho – Esse nome vem de um antigo instrumento chamado
tripallium, o qual era usado para castigar os escravos e exigir deles mais trabalho.
É bom lembrar que o homem é o agente da produção e o seu trabalho representa o
segundo fator da produção. O trabalho, em economia, quer dizer o trabalho
humano e não o desempenho das máquinas e nem o esforço dos animais que
parecem trabalhar. A máquina industrial e os animais colocados a serviço do
homem representam o terceiro fator de produção, que é o capital o qual vamos
abordar a seguir.
Ao longo dos anos, o homem percebeu que mesmo as coisas que não
proporcionavam a pronta satisfação de suas necessidades, serviriam para ajudá-lo
a obter outras coisas de consumo imediato. Então o homem primitivo percebeu que
poderia fazer instrumentos como o arco e flecha, o machado de pedra, a foice com
dentes de sílix, etc; que poderiam auxiliá-los a conseguir com mais facilidade as
coisas para a sua sobrevivência e de sua família. Dessa forma foi que nasceu o
terceiro fator da produção, que denominamos de capital.
É considerado capital, os bens que não se destinam à imediata satisfação do ser
humano, mas que tem a função de facilitar a produção de utilidades econômicas. O
capital no ponto de vista econômico é representado pelas matérias primas, usinas,
máquinas, ferramentas, edifícios industriais etc. O dinheiro ou o crédito, também é
considerado capital, somente do ponto de vista comercial ou financeiro,
representando a fonte do financiamento para a compra dos bens de produção: bens
duráveis e transitórios – insumos.
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Quando os três fatores estão em harmonia, a produção com certeza estará
crescente, observamos na terra o fator originário com uma riqueza incalculável
para o ser humano, com o trabalho conseguirmos os bens econômicos, e por fim
vem o capital, que só com ele pode se concluir o ciclo produtivo.
A sociedade vem evoluindo, com isso nasceu um novo fator de produção, defendido
por muitos autores, denominado de empresa, que representa a organização
econômica que tem a função de reunir ou combinar os fatores tradicionais da
produção terra, trabalho e capital e que agrega o quarto fator, a empresa, a qual
tem a função de produzir bens e serviços.
Quando falamos em economia moderna observamos que é caracterizada pela
existência de muitas e variadas empresas produtoras de bens e serviços. Chegou a
um ponto de importância na vida econômica, que a empresa passou a ser
considerada um novo fator de produção, defendida por alguns autores de
Economia. Porém, não devemos considerar a empresa como fator de produção, e
sim forma de produção. Justificando esta teoria observamos que antes da
Revolução Industrial, que passou da produção manual, para a produção mecânica,
a qual deu inicio no século 18 e se desenvolveu no século 19. A partir da revolução
industrial, que antes era de forma doméstica – produção manual – ganhou nova
forma, a empresarial – produção mecânica.
Então, concluímos que tradicionalmente são três os fatores de produção: A terra, o
trabalho e o capital. Depois de analisar a fundo os três fatores da produção,
estamos preparados para eliminar um fator, que é a terra. Dessa forma fica o
trabalho e o capital ao qual pode ser aplicada a seguinte fórmula: – Fatores de
produção = Trabalho + Capital.
O fator trabalho é o esforço somente do homem, fica de fora deste fator, os
animais e as máquinas. Já o fator capital com a redução dos fatores passa a ter um
novo conceito que o divide em três: Terra, bens de produção e bens de consumo
duráveis...
1. Terra: são os bens duráveis da natureza como as minas, áreas urbanas,
terrenos agrícolas etc.
2. Bens de produção duráveis ou capital fixo: são bens feito pelo homem, como
as ferramentas, máquinas etc.
3. Bens de consumo duráveis: são bens produzidos pelo homem como os
automóveis, residências etc.
Quando unimos a força do trabalho dos trabalhadores ativos com os recursos do
capital disponível empregado por todas as empresas, desde o primeiro dia do ano,
surge, no fim do período – para facilitar os trabalhos de análise macroeconômica de
um país foi escolhido o período de tempo de 1º de janeiro a 31 de dezembro –, a
produção nacional bruta ou produto nacional bruto do país.
Define-se a produção global do país, no prazo de um ano, como bens econômicos,
em bens de consumo e bens de produção.
Sendo a produção nacional bruta ou produto nacional bruto, um dos mais
importantes agregados macroeconômicos, o qual tem dois destinos, o investimento
e o consumo.
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È importante frisar que Investimento no mercado financeiro tem um sentido; já em
Economia tem outro. No mercado financeiro significa aplicação do capital em títulos
públicos ou privados ou, então, a compra de ativos reais, como dólar, ouro, imóvel
etc. No setor econômico significa aplicação em edifícios, equipamentos industriais,
maquinarias, instalações etc. É muito importante conhecer os dois significados.
A produção total de um país, bem como a produção que recebe do exterior, segue
os mencionados destinos, sendo que uma parte da produção é consumida –
geralmente todos os bens de consumo e serviços – e a outra parte é aplicada ou
investida novamente na produção por particulares, governo e empresas em menor
escala, como novo capital.
Podemos comparar uma pessoa que precisa de uma casa para a sua família. Pois
ela reserva parte de seus rendimentos para um investimento que pode ser, para a
aquisição ou construção da casa própria, e a outra parcela é destinada para a
alimentação, vestuário, remédios, educação etc.
Essas noções são consideradas básicas, porém é muito importante conhecer a
atividade econômica de um país, porque a regra é praticamente igual em todo o
mundo. Tudo o que foi abordado até aqui nos dá a condição de entender a equação
fundamental da produção de qualquer país. Lembrando que: Fator de produção =
Trabalho + Capital. Com tudo que vimos até agora, chegamos a mais uma fórmula
da produção global de um país que é: Produção Nacional Bruta = Consumo +
Investimento.
Esta fórmula mostra que a produção – ou produto – nacional bruta será sempre a
soma em dinheiro – moeda de cada país – dos bens consumidos pelas empresas,
governos e particulares, mais os bens destinados ao investimento, constituindo
assim o novo capital, para outro ciclo de operação no ano seguinte.
A produção – ou produto – nacional bruta pode ser apresentada em termos
monetários – na moeda de cada pais –, como também pode ser representados por
meio de taxas percentuais ex: 2,5%, 4%, 6% etc., para efeito de estatísticas, para
comparar um período em relação a outro. A fórmula da produção global de um país
pode ser representada palas iniciais das palavras e fica assim: PNB = C + I. Ex:
PNB (R$ 75.000) = C (R$ 55.000) + I (R$ 20.000).
Completando o estudo da produção e seus fatores, devemos observar a
depreciação do capital, que em Economia significa desgaste físico dos bens de
produção ou do capital fixo representado pelos equipamentos, utensílios,
instalações durante as operações de produção. Sendo que o capital fixo sofre
desgaste pelo uso, então o total da depreciação deve ser deduzido do valor da
produção – ou produto – nacional bruta, para se ter maior precisão no cálculo da
produção global de um país.
Quando deduzimos o total da depreciação do capital fixo da produção – ou produto
– nacional bruta, fica o resultado da produção – ou produto – nacional liquida, a
qual pode ser PNL ao custo dos fatores de produção e PNL a preços de mercado.
Concluímos então que...

a produção – ou produto – nacional bruta é o valor – em moeda do país – da
produção global de bens e serviços de um país;

a produção – ou produto – nacional liquida é a mesma produção anterior
depois de deduzido o valor da depreciação do capital fixo.
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Vamos ver a fórmula da produção – ou produto – nacional líquida fica assim:
Produção nacional líquida = Consumo + Investimento - Depreciação. Usando as 1ª
letras fica assim: PNL = C + I - D. Ex: PNL (R$ 75.000) = C (R$ 60.000) + I
(20.000) - D (5.000).
Nas considerações finais é importante esclarecer que, considerando apenas a
produção interna do país, – excluindo as rendas líquidas enviadas ao exterior e
também a depreciação do capital fixo – deve se falar em produção – ou produto –
interna bruta - PIB. Este é outro agregado importantíssimo na moderna análise
macroeconômica, de vez que ele representa, como dissemos, tudo aquilo que se
produz exclusivamente dentro das fronteiras geográficas de um país – sem as
relações externas. O PIB constitui um indicador da atividade econômica global de
um país, sinalizando o seu crescimento – variação positiva - ex. 4.1% – ou seu
decréscimo – variação negativa ex. - 2.6% – de um ano para outro. Tudo que
abordamos neste artigo é usado para a economia de qualquer país, seja ele
desenvolvido ou subdesenvolvido.
RUIZ,
Manoel
.
Fatores
de
produção.
Disponível
<http://www.sociedadedigital.com.br/artigo.php?artigo=103&item=4]>.
em: 27 jun. 2005.
Fonte
em:
Acesso
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