SINOPSES SINOPSE CURTA Após quase 50 anos de casamento com Leo Tolstói (Christopher Plummer), a condessa Sofia (Helen Mirren), dedicada esposa, musa e secretária, vê o seu mundo abalar quando o marido, por influência de seu assistente Chertkov (Paul Giamatti), decide deixar todo o seu legado ao povo russo. Com desempenhos notáveis de Helen Mirren e Christopher Plummer - que lhes valeram nomeações para Óscares e Globos de Ouro -, A Última Estação é um filme complexo, divertido, rico e comovente sobre a dificuldade de viver com o amor e a impossibilidade de viver sem ele. SINOPSE Após quase cinquenta anos de casamento, Sofia, a dedicada esposa, amante, musa e secretária de Leo Tolstói – ela copiou o manuscrito de Guerra e Paz seis vezes... à mão! – vê subitamente o seu mundo virado do avesso. Ao adoptar uma nova religião, o grande escritor russo renuncia aos seus títulos de nobreza, às suas propriedades e inclusivamente à sua família, trocando tudo pela pobreza, vegetarianismo e mesmo o celibato. Após ela lhe ter dado treze filhos! Quando Sofia descobre que o fiel discípulo de Tolstói, Chertkov – que ela despreza – pode ter persuadido secretamente o marido a assinar um novo testamento, onde deixa os direitos das suas novelas icónicas ao povo russo e não 2 à sua própria família, é consumida por uma raiva justificada! É a última gota! Empregando toda a sua astúcia, todos os truques de sedução do seu considerável arsenal, Sofia luta ferozmente por aquilo que considera ser seu por direito. No entanto, quanto mais radicais são as suas acções, mais facilmente Chertkov consegue persuadir Tolstói do mal que ela fará à sua gloriosa herança. O jovem e crédulo Valentin surge no meio desta extraordinária contenda, tornando-se no novo e dedicado assistente de Tolstói. Valentin rapidamente se transforma num peão, primeiro do intriguista Chertkov, depois da magoada e vingativa Sofia, com cada um a conspirar para anular as vantagens do outro. Para complicar ainda mais a sua vida, Valentin apaixona-se perdidamente pela bela e sedutora Masha, uma livre-pensadora partidária da nova religião de Tolstói, cujas atitudes pouco convencionais relativamente ao sexo e ao amor simultaneamente o atraem e confundem. Seduzido pelas noções de amor ideal de Tolstói, mas baralhado pelo rico e turbulento casamento de Tolstói, Valentin não está ainda preparado para lidar com as complicações do amor no mundo real. A história de dois romances, um no início e outro a aproximar-se do fim, A Última Estação é um filme complexo, divertido, rico e comovente sobre a dificuldade de viver com o amor e a impossibilidade de viver sem ele. NOTAS DA CRÍTICA INTERNACIONAL Três desempenhos extraordinários de Helen Mirren, Christopher Plummer e James McAvoy para deixar os vaticinadores dos Óscares a salivar. - THE HOLLYWOOD REPORTER Helen Mirren supera inclusivamente o seu desempenho oscarizado de “A Rainha” com esta “tour de force” como Condessa Sofia Tolstói no excelente A Última Estação de Michael Hoffman. - NEW YORK POST Algumas mulheres nunca deixam de ser sexys. Helen Mirren é uma dessas mulheres. Tem 64 anos. Quando chegar aos 70, vamos começar a sentir algum carinho por septuagenárias sexys. - Roger Ebert, CHICAGO SUN-TIMES Atraente, absorvente, frequentemente muito divertido para um drama biográfico literário e, acima de tudo, profundamente comovente, com desempenhos perfeitos de todos. - EMPIRE A incomparável Helen Mirren é simplesmente espantosa. - Peter Travers, ROLLING STONE Arrebatador e perfeito. Apaixonante, profundo e inesquecível. - NEW YORK OBSERVER 4 THE NEW YORKER por David Denby | 14.12.2009 O SOFRIMENTO DO AMOR Em “A Última Estação,” Christopher Plummer, no auge de uma longa carreira, compõe um retrato apaixonado do artista quando velho – Leo Tolstói aos oitenta anos, imponente, poderoso e quase assustadoramente activo. Helen Mirren, revelando a sua idade e ainda assim a actriz mais sexual no ecrã, está à sua altura interpretando Sofia, a esposa de Tolstói há quarenta e oito anos. Tal como Tolstói, Sofia surge-nos como uma heroína do Velho Testamento: já deu à luz treze filhos seus; fez seis cópias manuscritas de “Guerra e Paz”; governa a sua casa e ama-o tão apaixonadamente como sempre o amou. Adaptada da novela de Jay Parini de 1990, a qual se baseia em grande medida nos diários do casal e de outros homens e mulheres do seu círculo, esta produção dirigida por Michael Hoffman assemelha-se a uma noite fantástica no teatro – os dois demónios em palco atacam-se mutuamente e produzem cenas de afecto, desgosto e raiva Shakespearianos. Em 1910, Tolstói é um sobrevivente desconfortável no novo século, intrigado por um fonógrafo a tocar no seu jardim de Yasnaya Polyana (uma elegante casa senhorial na Alemanha faz as vezes da propriedade). À medida que a morte se aproxima, ele e Sofia lutam em torno do seu testamento. Deve deixar os extraordinariamente lucrativos direitos de autor das suas obras-primas seculares à sua mulher e filhos? Ou deve legá-los ao “povo russo”, para serem administrados por uma organização que promove as suas obsessões crepusculares – um culto religioso neo-cristão e neo-socialista que dirige comunas, defende a resistência passiva à violência e renuncia a sexualidade? O 5 inimigo de Sofia nesta luta é o principal discípulo e administrador de Tolstói, o fanático Chertkov (Paul Giamatti), que introduz na propriedade um jovem espião, Valentin (James McAvoy), um celibatário e dedicado tolstoiano, nomeado secretário do escritor. Respeita-o tanto que mal consegue falar com Tolstói quando os dois se encontram pela primeira vez, mas a sua renúncia da carne desaparece subitamente quando Masha (Kerry Condon), uma acólita extraordinariamente sedutora e inteligente, o seduz. Hoffman filma as cenas entre os jovens amantes de uma forma genuinamente erótica, depreendendo-se facilmente o lado em que o filme se posiciona nesta disputa filosófica entre ascetismo e sensualidade. Hoffman não parodia as crenças religiosas e pedagógicas de Tolstói, crenças essas que, mais tarde, influenciaram profundamente Gandhi e Martin Luther King, Jr., mas o filme sugere implicitamente que a espiritualidade exaltada e abnegada, por muito nobre que seja, é um guia de vida menos poderoso que o amor quotidiano. Tolstói, que não é um defensor fanático da sua causa, parece saber isso. Numa cena extraordinariamente bem escrita e interpretada com uma melancolia nostálgica por Plummer, o velho conversa com Valentin, sentado a seu lado na floresta de Yasnaya Polyana, descrevendo os primeiros anos do seu casamento como um paraíso assombroso. A carreira de Hoffman tem sido extraordinariamente irregular – fez a delirante comédia pop “Soapdish”, em 1991, e um medíocre “Sonho de uma Noite de Verão”, em 1999. Neste filme, atinge uma nova expressividade, fluidez e força. “A Última Estação” pode não ser original na sua forma, mas está cheio de vida, com muitas cenas de uma contundente franqueza que parece vir directamente das novelas russas (apesar do tom sentimental se aproximar mais do hipertiroidismo de Dostoievski do que do tom mais firme e calmo de Tolstói). O material mais rico é o ódio de Sofia por Chertkov, cujo celibato ela suspeita ser na realidade uma máscara da sua homossexualidade. Em 6 todo o caso, ela está certa que ele é um exibicionista e um oportunista, a esconder a sua ambição sob uma máscara piedosa. E ela considera a vocação anti-sensual de Tolstói um disparate – trata-se de um homem de enormes desejos, que lhe mostrou os seus diários de prostituição juvenil na véspera do casamento. A situação de Sofia é miserável: ela ainda deseja sexualmente o seu marido e está disposta a tudo para o atrair novamente à sua cama e destruir a sua pureza ideológica. Helen Mirren pode ser a única actriz a conseguir implorar por sexo sem perder um orgulho feroz. A sua Sofia, vestida de branco como uma noiva, com cabelo comprido e forte, faz cenas, geme e deixa-se levar pela sua raiva e desejo como uma boneca de trapos numa tempestade. É o trabalho emocionalmente mais cru da carreira de Mirren; ela dá forma poética à loucura e violência do ciúme banal. O seu olhar para Plummer, ora suplicante, ora terno, é devastador. Plummer, ele próprio a chegar aos oitenta anos, projecta naturalmente grandeza de espírito, até mesmo na ridícula velhice. Fisicamente, parece enorme. Os seus olhos devoram o Valentin de McAvoy – o seu Tolstói está faminto de informações sobre todos. Não percebe por que tem de escolher entre a esposa e os seguidores; quer o amor de todos e Sofia transforma a sua vida doméstica num inferno. Para ele, não há paz, excepto na fuga e na morte. Em suma, o filme está à altura do seu grande par. O esplendor e vastidão de Yasnaya Polyana afirmam a cada cena a grandeza do mundo sensual que Tolstói, com uma energia ambígua e muitos olhares nostálgicos para o passado, quer renunciar tão desesperadamente. 7 BIOGRAFIA ARGUMENTISTA/REALIZADOR MICHAEL HOFFMAN Michael Hoffman cresceu em Idaho e estudou na Boise State University. Com uma bolsa da prestigiada Rhodes Foundation, estudou na Universidade de Oxford em 1979, onde encontrou um jovem Hugh Grant, com quem fez o seu primeiro filme, Privileged, sobre um adolescente de famílias priveligiadas. Após a graduação, foi um dos membros fundadores da Oxford Film Company, a produtora da sua segunda longa-metragem, Restless Natives, uma comédia sobre dois escoceses que assaltam grupos de turistas americanos. Atraiu muitas atenções nos Estados Unidos em 1988 com Terra Prometida, um drama sobre a passagem para a idade adulta com Kiefer Sutherland e Meg Ryan nos papéis principais. Em 1991, realizou Soapdish, uma comédia de $25 milhões, onde trabalhou uma vez mais com um elenco cheio de estrelas, entre as quais Sally Field, Kevin Kline, Whoopie Goldberg e uns muito jovens Robert Downey Jr. e Teri Hatcher. Em 1995, Hoffman regressou ao universo britânico com Restauração, um filme estreado mundialmente no Festival de Cinema de Berlim do ano seguinte. Seguiram-se a comédia romântica Um Dia em Grande, com George Clooney e Michelle Pfeiffer, a adaptação internacionalmente reconhecida de Sonho de 8 uma Noite de Verão de Shakespeare e Game 6, baseado num argumento do conceituado escritor Don DeLillo e protagonizado por Michael Keaton e Robert Downey Jr. Antes de A Última Estação, Michael Hoffman escreveu um piloto para a estação televisiva HBO em parceria com Seymour Hersh, o jornalista galardoado com o Prémio Pulitzer, e realizou o documentário Out of The Blue: A Film About Life and Football. 9 BIOGRAFIAS DOS ACTORES HELEN MIRREN Helen Mirren é uma das mais populares e conceituadas actrizes da actualidade, com uma carreira internacional dividida entre o teatro, cinema e televisão, reconhecida pelas suas interpretações difíceis, poderosas e versáteis, já consagradas com inúmeros prémios. O maior exemplo disto é o recente A Rainha, onde representou a Rainha Isabel II, papel pelo qual recebeu um Óscar, um BAFTA e um Globo de Ouro, além de muitos outros prémios um pouco por todo o mundo. No mesmo ano de A Rainha, Mirren recebeu um Emmy, um Globo de Ouro e o Prémio SAG pela sua Rainha Isabel I na mini-série Elizabeth I do canal HBO e foi ainda nomeada na mesma categoria para os prémios Emmy e Globo de Ouro pela sua Detective Jane Tennison, uma velha personagem à qual voltou em Prime Suspect: The Final Act, o último episódio desta série da PBS. A carreira cinematográfica de Helen Mirren começou no final da década de sessenta, na longa-metragem Homens Maduros de Michael Powell, ao lado de James Mason. A sua afirmação definitiva aconteceu com A Sexta-feira mais Longa, o filme icónico de John Mackenzie onde contracenou com Bob Hoskins. Posteriormente, participou em inúmeros filmes aclamados, onde foi explorando os seus limites. Entre estes, encontram-se Excalibur, a fantasia de aventuras de John Boorman, Tempo de Guerra, o thriller irlandês de Neil Jordan pelo qual 10 foi eleita Melhor Actriz no Festival de Cinema de Cannes de 1984, A Costa do Mosquito de Peter Weir, O Cozinheiro, o Ladrão, a sua Mulher e o Amante dela de Peter Greenaway e Em Nome do Filho... de Terry George (que também co-produziu). Representou também outra monarca em A Loucura do Rei George de Nicholas Hytner, pela qual recebeu uma nomeação para o Óscar de Melhor Actriz Secundária e o Prémio de Melhor Actriz no Festival de Cinema de Cannes de 1995. Foi ainda nomeada para um Óscar por Gosford Park de Robert Altman e para um Globo de Ouro por Meninas de Calendário de Nigel Cole. Nos últimos anos, participou em Na Sombra do Assassino, O Tesouro: Livro dos Segredos, Ligações Perigosas e RED – Perigosos e terminou recentemente as filmagens de Love Ranch, um filme realizado pelo seu marido (Taylor Hackford, com quem trabalhou pela primeira vez em O Sol da Meia Noite de 1985) e também de uma adaptação cinematográfica de A Tempestade realizada por Julie Taymor e de The Debt de John Madden. Foi distinguida com o título Dame Commander of the British Empire em 2003. CHRISTOPHER PLUMMER Christopher Plummer é um dos mais conceituados actores de língua inglesa no teatro e cinema dos últimos 50 anos. Um canadiano natural de Montreal, Plummer estreou-se profissionalmente no teatro e na rádio em francês e inglês, tendo já participado em mais de 100 longas-metragens. Desde a sua estreia teatral em Nova Iorque (1954), participou em inúmeras produções de prestígio da Broadway e recebeu por três vezes o prémio Tony: por Cyrano (1973), Barrymore (1997) e, mais recentemente, pelo seu King Lear no Lincoln Center (2004). Em 2007, foi nomeado pela sétima vez para um Tony, pela peça Inherit the Wind (2007). Ao longo da sua carreira, trabalhou como actor principal no National Theatre britânico, quando este era dirigido por Sir Laurence Olivier, e na Royal Shakespeare Company sob a direcção de Sir Peter Hall. Nos seus primeiros anos, trabalhou também no Stratford Festival of Canada sob Sir Tyrone Guthrie e o seu mentor Michael Langham. Já representou grande parte dos principais papéis do repertório clássico. Após a sua estreia no cinema em 1957 com Lágrimas da Ribalta de Sidney Lumet, Christopher Plummer apareceu em numerosos filmes, incluindo o célebre e oscarizado Música no Coração de Robert Wise, O Homem que Queria ser Rei de John Huston, A Batalha de Inglaterra, A Queda do Império Romano, O Estranho Mundo de Daisy Clover, Os Olhos da Testemunha, Malcolm X e Infiltrado de Spike Lee, O Regresso da Pantera Cor-de-Rosa, Lobo, Eclipse Total, 12 Macacos, O Informador, Uma Mente Brilhante, Ararat, Syriana e, mais recentemente, o 11 premiado Man in the Chair. Antes de A Última Estação, protagonizou Parnassus – O Homem que Queria Enganar o Diabo de Terry Gilliam. Entre os muitos prémios com que já foi galardoado, incluem-se dois Emmys (entre seis nomeações) e um prémio Genie por Processo Arquivado por Ordem Real (tendo ainda sido nomeado por The Amateur, Impolite e Blizzard). Em 1968, a Rainha Isabel II concedeu a Christopher Plummer o título Companion of the Order of Canada. Em 1986, foi eleito para o Theatre Hall of Fame e, em 1999, para o Canada’s Walk of Fame. JAMES MCAVOY James McAvoy nasceu em Glasgow, na Escócia, em 1979 e licenciou-se na prestigiada Royal Scottish Academy of Music and Drama. É considerado um dos mais talentosos jovens actores britânicos, tendo já sido premiado nos festivais de cinema de Cannes, de Santa Barbara e nos BAFTAs. McAvoy iniciou a sua carreira com dois pequenos papéis, primeiro na longametragem Regeneration, um drama sobre a Primeira Guerra Mundial, e depois na bem-sucedida série da HBO Band of Brothers, produzida por Tom Hanks e Steven Spielberg. Ganhou alguma fama internacional com o seu Leto Atreides II na mini-série Children of Dune, premiada com vários Emmys. Posteriormente, encarnou Dan Foster na série dramática política State of Play, uma das mais bem sucedidas exportações da BBC dos últimos anos, premiada com vários BAFTAs. A popularidade de McAvoy continuou a crescer no início de 2004 com o sucesso da série televisiva Shameless no Reino Unido. Ainda em 2004, protagonizou a sua primeira longa-metragem, Rory O’Shea 12 Was Here. No ano seguinte, interpretou Sr. Tumnus, o Fauno, um dos personagens icónicos de O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa: As Crónicas de Narnia, que se transformou num fenómeno global, com receitas superiores a 700 milhões de dólares em todo o mundo. Após este sucesso, participou no premiado O Último Rei da Escócia, representando um médico escocês que trava amizade com Idi Amin, interpretado por Forest Whitaker. McAvoy foi nomeado para um BAFTA, um BIFA (British Independent Film Award), um prémio da Academia Europeia de Cinema (EFA) e um London Critics Circle Award pela sua interpretação neste filme. Seguiram-se Starter for Ten, A Juventude de Jane, onde contracenou com Anne Hathaway, e Expiação, o filme de abertura do Festival de Cinema de Veneza de 2007, recebido com uma extraordinária ovação de pé. A interpretação de McAvoy neste filme conquistou os críticos e o público. Recebeu uma nomeação na categoria de Melhor Actor nos Globos de Ouro e nos BAFTAs, tendo ainda sido premiado como melhor actor pelo London Film Critics Circle e nos prémios da revista Empire. No Verão de 2008, protagonizou Procurado, ao lado de Morgan Freeman e Angelina Jolie. Este filme foi um sucesso internacional com receitas superiores a 330 milhões de dólares em todo o mundo. James McAvoy terminou recentemente a rodagem de Live with It, uma comédia dramática realizada por Nicole Holofcener, onde contracena com Seth Rogen. 13 PAUL GIAMATTI Com as suas numerosas interpretações singulares, subtis, premiadas e aclamadas pela crítica, Paul Giamatti tornou-se num dos actores mais versáteis da sua geração. Após estudar Língua inglesa e literatura na Universidade de Yale e Teatro na Yale School of Drama, Giamatti participou em inúmeras peças, incluindo a produção de The Iceman Cometh, encenada por Kevin Spacey, pela qual recebeu o prémio Drama Desk de Melhor Actor Secundário. Na Broadway, entre outras peças, participou em Racing Demon, com encenação de Richard Eyre, e The Resistable Rise of Arturo Ui, onde contracenou com Al Pacino. Giamatti começou por atrair as atenções na América em 1997 ao interpretar Kenny Rushton, o director de programas de O Rei da Rádio, a popular comédia de Betty Thomas, baseada na autobiografia de Howard Stern. Seguiram-se papéis secundários em filmes como A Vida em Directo, O Resgate do Soldado Ryan e O Negociador. Em 1999, teve o seu primeiro grande sucesso com Homem na Lua de Milos Forman, o “biopic” do cómico Andy Kaufman. Participou ainda em O Casamento do Meu Melhor Amigo, O Agente Disfarçado, Donnie Brasco, Pago para Esquecer, o “remake” de Tim Burton de O Planeta dos Macacos, o filme de animação Robots e em filmes independentes como If These Walls Could Talk 2, Pares e Conta-me Histórias. Paul Giamatti afirmou-se como actor principal no filme American Splendor de Shari Springer Berman e Bob Pulcini, uma autobiografia do autor de banda desenhada Harvey Pekar. Seguiram-se inúmeros prémios e nomeações pelas suas interpretações em Sideways de Alexander Payne e Cinderella Man de Ron Howard. Por este último, recebeu um prémio SAG de Melhor Actor 14 Secundário em 2006 e foi nomeado para um Óscar e Globo de Ouro na mesma categoria. Ainda em 2006, participou em A Senhora da Água de M. Night Shyamalan e em O Ilusionista ao lado de Edward Norton e Jessica Biel. No ano seguinte, contracenou com Clive Owen no thriller de acção Shoot ‘Em Up e foi Nick ‘Santa’ Claus na comédia natalícia Fred Claus. Antes de A Última Estação, protagonizou a mini-série John Adams do canal HBO, baseada no best-seller homónimo de David McCullough, e a comédia Pretty Bird, estreada no Festival de Sundance de 2008 e produzida pela sua produtora, Touchy Feely Films. Em 2009, participou na longa-metragem Alma Perdida de Sophie Barthes (também produzida pela Touchy Feely Films) e em Dupla Sedução de Tony Gilroy. 15 ACTORES EQUIPA TÉCNICA Sofia Tolstói Helen Mirren Leo Tolstói Christopher Valentin Bulgakov Plummer James McAvoy Vladimir Chertkov Paul Giamatti Sasha Tolstói Anne-Marie Masha Kerry Condon Dushan John Sessions Sergeyenko Patrick 16 Duff Kenned Produção Chris Curling Jens Meurer Bonnie Arnold Argumento/Realização Michael Hoffman Produtores Executivos Andrei Konchalovski Phil Robertson Judy Tossell Robbie Little Direcção de Fotografia Sebastian Montagem Patricia Rommel Direcção de Arte Patrizia Guarda-roupa Monica von Brandenstein Jacobs Direcção de Arte Patrizia Música Sergey Edschmid von Brandenstein Yevtushenko 112 min. | Cor | 2.35:1 | Dolby Digital | Alemanha/Rússia/França Distribuído por Alambique 17