Aulas práticas – Ensinos Fundamental II e Médio – Citologia – Células Epiteliais CÉLULAS DO EPITÉLIO BUCAL DE MAMÍFEROS Objetivos: Observar, ao microscópio de luz, células do epitélio bucal de mamífero. Duração: Aproximadamente 30 min. Local: Laboratório adequado. Material: Espátula de madeira, lâmina histológica, lamínula, pipeta de Pasteur, álcool-éter, azul de metileno, tiras de papel filtro e microscópio de luz. Número de participantes: No máximo 30. Procedimentos: Com a espátula de madeira, realiza-se uma raspagem no epitélio da mucosa bucal, a fim de remover a camada mais superficial do tecido. O material recolhido deverá ser esfregado na lâmina histológica e fixado, por 5 minutos, com auxílio da pipeta de Pasteur e 3 gotas de álcooléter. Após a fixação, cobrir a lâmina com algumas gotas do azul de metileno por mais 5 minutos. Após a coloração, lavar o material sob água corrente, secar a parte inferior da lâmina e cobri-la com lamínula. Após esse preparo, observar ao microscópio de luz na lente de maior aumento (400X). Resultados esperados: O esfregaço do epitélio bucal humano, obtido por raspagem da mucosa da cavidade bucal mostrará uma grande quantidade de células epiteliais coradas de azul. Muitas delas poderão ser encontradas em grupos intimamente ligados, freqüentemente sobrepostas e com bordas viradas; podendo se apresentar, também, isoladas. Os núcleos apresentar-se-ão homogêneos, globosos no interior das células, porém poderão não se apresentar na porção central da célula. O citoplasma poderá apresentar uma granulação irregular fina no seu interior. Discussões esperadas: A raspagem da mucosa bucal permitirá a saída de muitas células epiteliais, pelo fato de existir uma descamação contínua delas nessa mucosa. Há sempre uma renovação contínua de células mortas ou senescentes pelo tecido epitelial subjacente. Algumas células encontrar-se-ão isoladas das outras, resultado a ser considerado, um certo grau de independência destas isoladas em relação ao restante do tecido. A fixação em álcool-éter matará as células bucais e permitirá que não haja modificações nestas durante a observação. Com a adição do azul de metileno, será possível observar estruturas como os núcleos que devido a presença de ácidos nucléicos no DNA, terão grande afinidade por substâncias de caráter básico como o corante a ser utilizado. O citoplasma também se apresentará levemente azulado, e isso mostra que há pequena presença de substâncias de caráter ácido em seu interior. As granulações finas observadas no interior das células poderão ser organelas ou grânulos de proteínas, porém não serão visíveis ao microscópio de luz utilizado por serem menores que 0,2µm. O formato das células, citado anteriormente, poderá ser encontrado de diversas formas; mais usualmente na forma de um polígono irregular com diversas arestas, do tipo planas pavimentosas, sendo a profundidade menor que a largura e menor que o comprimento. Instituto Aprenda.bio 1