Equipe cria vacina contra tênia

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Janeiro/Fevereiro 2012
Internacional
Reprodução
Equipe
cria vacina
contra tênia
Professor cubano líder de trabalhos
que têm colaboração da Unesp
ministra disciplina em Araçatuba
Cínthia Leone
A
iniciativa da professora Caris
e pelos recursos do Programa
Professor Visitante, financiado
pela Pró-Reitoria de PósGraduação.
O grupo do docente cubano
desvendou a genética da
tênia suína, identificando
e determinando a função
de proteínas do DNA. Os
trabalhos levaram a uma
vacina preliminar, feita de três
peptídeos, que são biomoléculas
de aminoácidos (componentes
das proteínas). Segundo Bobes,
ela tem se mostrado muito
efetiva, embora não tenha sido
testada em grande escala.
O estudo também ajudará
a aprimorar e baratear
o diagnóstico, dizem os
pesquisadores. Atualmente,
isso depende de procedimentos
tênia do porco (Taenia
solium) é um verme que
causa duas doenças
em seres humanos: a teníase e a
cisticercose. O cubano Raúl Bobes
Ruiz, professor de Biotecnologia
da Universidade Autônoma
do México, coordena estudos
internacionais para produção de
uma vacina contra esse parasita. O
projeto tem o apoio de instituições
de diversos países, incluindo a
Unesp, por meio da colaboração
da médica veterinária Caris
Maroni Nunes, professora da
Faculdade de Medicina Veterinária
(FMVA), Câmpus de Araçatuba.
Cientista analisa
“Brasil potência”
Segundo analista argentino, Lula e FHC
levaram país a projeção mundial, mesmo
sem exercer liderança regional
Daniel Patire
A
posição brasileira entre
os principais atores
do cenário global
foi conquistada a partir de um
trabalho intenso de marketing
dos ex-presidentes Fernando
Henrique Cardoso e Luiz Inácio
Lula da Silva. A afirmação foi
feita pelo cientista político
argentino Andrés Malamud, do
Instituto de Ciências Sociais da
Universidade de Lisboa, Portugal,
em palestra no Programa de
Pós-Graduação em Relações
Internacionais San Tiago Dantas,
na Praça da Sé, em São Paulo, no
mês de outubro.
Em sua exposição, “Um líder
sem seguidores? O Brasil entre
os empecilhos regionais e a
emergência global”, Malamud
disse que o país, apesar de
não ser uma liderança na
América Latina, nem mesmo na
América do Sul, decolou como
emergente. Esse fenômeno
contradiz a teoria das Relações
Internacionais, que prediz
que todo país aspirante a
protagonista global deve, antes,
ser legitimado no nível regional.
“Apesar de seus problemas
estruturais graves, o Brasil está
presente hoje nos principais
órgãos decisórios globais”,
disse. Ele cita como exemplo a
liderança que o Brasil exerce
agora no G20, na Organização
Mundial do Comércio (OMC) e
na Cúpula do Clima.
Nação “soft power”
Para o cientista, o país vendeu
uma imagem muito positiva
de potência emergente, o
que é chamado nas relações
internacionais de “soft power”.
Ou seja, o Brasil se coloca como
uma nação aberta ao diálogo,
promotora da diplomacia na
resolução de conflitos.
“Apesar de a imprensa
brasileira contestar as viagens dos
ex-presidentes, elas foram muito
importantes para elevar o Brasil
ao nível de ator internacional”,
avaliou o especialista. “O resultado
disso pode ser verificado, por
exemplo, na realização da Copa
do Mundo em 2014 e dos jogos
Olímpicos em 2016.”
Daniel Patire
Bobes veio ao Brasil
ministrar a disciplina
“Genômica de parasitas”, do
Programa de Pós-Graduação
em Ciência Animal da FMVA.
Sua visita foi viabilizada por
Tênia do
porco: equipe
identificou
genética do
verme
caros, como ressonância
magnética e tomografia
computadorizada, ou métodos
perigosos, como punção lombar,
em que é retirado líquido da
medula óssea do paciente.
A teníase e a cisticercose
estão na lista de doenças
negligenciadas da Organização
Mundial da Saúde. “Os
laboratórios farmacêuticos
não têm interesse porque
essa contaminação acomete
principalmente as populações
mais vulneráveis dos países
pobres”, afirma Bobes.
Ameaça à
pecuária bovina
A tênia do boi (Taenia
saginata) não é tão comum
quanto a suína, mas tem mais
importância econômica, devido
à ameaça à cadeia produtiva do
gado de corte.
Universidades de países
desenvolvidos promovem
pesquisas sobre a Taenia
saginata. Um exemplo desse
esforço é o microbiologista
inglês Robert Michael
ParkHouse, professor do
Instituto Gulbenkian de Ciência,
em Portugal, que busca formas
de impedir que esse verme se
desenvolva no gado bovino.
Em novembro, ele também
veio à Unesp para trocar
experiências com pesquisadores
de Araçatuba.
Para Malamud, viagens
de ex-presidentes foram
benéficas
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